Semmais_30_jun

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Sábado | 30.Junho.2012

Director: Raul Tavares

semanário - edição n.º 721 • 5.ª série - 0,50 € • região de setúbal

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Distribuído com o

VENDA INTERDITA

Anti-Stress UHF com disco novo em Almada

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O Sul Jornal cultural e de debate

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Caderno

Câmaras obrigadas a travar corrida a fundos do QREN ACTUAL Os municípios da península de Setúbal não estão a recorrer aos fundos comunitários, ao abrigo do Plano Operacional Regional de Lisboa (POR Lisboa), como seria de esperar. Depois de um pe-

ríodo de grande euforia com o anúncio destas verbas importantes, a maioria das câmaras da região abrandou a corrida aos financiamentos comunitários. O balanço foi traçado ao Semmais pelo presi-

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Actual Pegões coloca Pingo Doce no alto

dente da CCDR-LVT, Eduardo Brito Henriques. A taxa de execução tem vindo a cair, sendo que no final do ano passado rondava os 28 por cento, abaixo da média da Área Metropolitana de Lisboa. PÁG. 4

Ministra da Agricultura abriu ciclo de conferências Cegonhas do jornal Semmais da região ÚLTIMA PÁGINA

Refinaria de Sines Barreiro reclama ganha novo centro 1,8 milhões +NEGÓCIOS A unidade Galp Energia inaugurou um centro de investigação que vai testar um novo reactor. E deu trabalho a dez doutorandos.

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ACTUAL O presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto, lamenta que os Transportes Colectivos do Barreiro sejam sempre prejudicados na atribuição de indemnizações compensatórias. Só das contas do ano passado, a edilidade reclama uma verba de 1,8 milhões de euros. PÁG. 4

já passam cá o ano alimentadas pelo lagostimvermelho

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Abertura Capital do garum conquista Turismo de Portugal e mostra-se ao público

O triunfo das ruínas romanas de Tróia

DR

A distinção do Turismo de Portugal vem celebrar uma história com mais de 2000 de história. A Tróia Resort deu uma preciosa ajuda na requalificação. Seguem-se as visitas ::::::::::::::::: Roberto Dores :::::::::::::::::::

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uem não ouviu falar delas? Porém, poucos conhecem a imponência e a história das Ruínas Romanas de Tróia, que acabam de ser distinguidas com uma Menção Honrosa do Turismo de Portugal. Trata-se de um raro complexo de produção de salga de peixe – será o maior do mundo romano – nas margens do rio Sado, onde se produzia o então célebre garum, um distinto paté. Agora já não há motivos para que os vestígios continuem a ser uns ilustres desconhecidos. Não faltam visitas guiadas àquele Monumento Nacional. São mais de 2 mil anos de história que se abrem ao público, aquando dos tempos em que Tróia ainda nem era península, mas apenas uma ilha em pleno Sado, com o nome de Ácala. Foi por ali que o império romano

ergueu fábricas para deitar mãos a uma espécie de “produção gourmet”, com paté de peixe que era conduzido a Roma, via marítima, para abastecer, sobretudo, as famílias mais abastadas. Complexo da primeira metade do Séc. I Este preparado era muito apreciado nas cozinhas da época, traduzindo um negócio chorudo para os produtores, para exploravam o bom peixe desta região. A construção do complexo foi feita na primeira metade do século I, tendo a ocupação romana perdurado ao longo de 500 anos. É por aqui que se desenrola a visita promovida pela equipa de arqueologia do Troiresort, do grupo Sonae. «Além das fábricas e das

oficinas de salga, com uma capacidade e produção excepcional, os visitantes poderão ver as termas, a basílica paleocristã, que é muito fora do comum pelo estado de conservação em que se encontra e pelas pinturas a fresco nas paredes», destaca a arqueóloga coordenadora do projecto, Inês Vaz Pinto. O programa das visitas é vasto, começando por mostrar os romanos em Tróia, com actividades pedagógicas nas ruínas para crianças hospedadas no troiaresort nos meses de Verão. Já para os maiores de 13 anos é possível ser-se arqueólogo por um dia, experimentando o trabalho de escavação com a equipa de arqueologia durante um dia. Pelo meio, há um curioso jantar romano inspirado no livro de receitas de Apício.

Património Mundial talvez um dia Foi para tirar partido das potencialidades do peixe da região e da excelência do sal do rio Sado, associados ao clima, que os romanos construíram a conserveira de Tróia, apostando na concretização de um dos maiores complexos de produção de salgas de peixe. Os tanques onde se preparavam as conservas e molhos de peixe, entre os quais o famoso «garum» são a maior teste-

munha. O complexo é conhecido desde o século XVI, mas só 200 depois viria a ser sujeito à primeira escavação, por ordem da então Infanta D. Maria - futura rainha – que permitiu desvendar as casas da chamada rua da Princesa. Nos meados do século XIX os trabalhos arqueológicos conduziram à descoberta do núcleo residencial da rua da Princesa e parte das termas. Foi

já em pleno século XX que foram desenvolvidos grandes trabalhos pelo Museu Nacional de Arqueologia que puseram a descoberto a totalidade da ternas e a maior fábrica de salga, além do mausoléu e de várias necrópoles. A 16 de Junho de 1910 o complexo foi classificado como Monumento Nacional, mas os arqueólogos sonham com o Património da Humanidade.

Ruínas Fenícias ao abandono no Sado EM AVANÇADA estado de abandono e degradação continuam as ruínas Fenícias localizadas na Herdade do Pinheiro (Alcácer do Sal), em pleno Estuário do Sado. O património está datado do século sete antes de Cristo, mas o futuro encontrase, cada vez mais, comprometido. Segundo os arqueólogos, as ruínas consistem numa «descoberta muito importante», por terem demonstrado que os fenícios tinham estado na costa atlântica Oeste. Até à data da descoberta, considerava-se que aquele povo só tinha chegado até Cádis, no Sul de Espanha. As ruínas estão totalmente abandonadas, sobretudo porque depois das escavações, não foram feitos os devidos trabalhos de manutenção, originando que o plano de recuperação, suportado por várias fases, não tenha passado do papel. A história começa há mais de 3100 anos, altura em que apareceram os primeiros vestígios de fenícios nas regiões costeiras da Península Ibérica, provenientes do outro lado do Mediterrâneo, em navios que

chegaram a atingir os 30 metros de comprimento. Vinham em busca de ouro, cobre e ferro, cuja idade iniciaram na Península. Os estaleiros navais de Sídon e Tiro construíam os melhores navios da época, com os famosos cedros do Líbano, que ultrapassavam os 30 metros. Esta famosa madeira, de grande resistência e elasticidade, permitia construir grandes navios para o mar, sem necessidade de recorrer a numerosas articulações que os fragilizassem. A sua utilização possibilitou o comércio marítimo que os Fenícios tão bem souberam aproveitar. A barca funerária de Keops, no III milénio a.C., exposta no Museu das Pirmides, no Cairo, foi feita com esta preciosa madeira. Os faraós egípcios encomendavam, aos Fenícios, barcos e até expedições, como as que se fizeram à região do Punt (Somália), sendo a mais famosa a da rainha Hatchepsut, no século XV a.C., documentada no seu templo funerário, e mais tarde a circumnavegação da África por Necho II, no século VII a.C.


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Editorial

Espaço Público

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// Raul Tavares

Contributo do Semmais para levantar a região O Semmais arrancou esta semana com um ciclo de conferências que visam debater novos caminhos para a região no quadro das actuais dificuldades económicas e financeiras que o país atravessa e dos desafios com que vamos ser confrontadas nos próximos anos. Não são caminhos fáceis, mas como já ficou demonstrado em outros ciclos de crise, a pujança da região, das suas gentes e dos seus protagonistas é um trunfo que nos permite confiar, com trabalho, competência e criatividade, num futuro mais risonho. È nestas horas que vale a pena agir. Esta iniciativa do jornal de referência do distrito, reconhecido pelo seu papel de agente e parceiro da região, não é mais que isso. Um contributo para realçar o que temos de melhor, apelar à agregação de esforços e procurar encontrar novas plataformas de gerar ciclos positivos. Esta primeira conferência, com a presença de uma ministra que não veio fazer um discurso redondo, mas falar de questões muito concretas, foi um exemplo paradigmático. E o facto de termos colocado em cima da mesa as preocupações de grandes e pequenos produtores, mostrando os factores positivos de empresas empreendedoras, mas também os pontos de constrangimento que impedem novas saídas, foi uma aposta certeira. È neste caminho que queremos seguir, dando expressão à missão pública que sempre empreendemos.

ficha técnica Director: Raul Tavares; EditorChefe: Joaquim Guerra; Redacção: Anabela Ventura, Bruno Cardoso, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Dinis Carrilho. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: redaccao. semmais@mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado. pt. Administração e Comercial: Tel.: 265 538 810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Ser homem é ser livre O Homem é um ser moral. Porém, “ser moral” não designa uma característica que nasça com as pessoas. O ser humano é uma construção continuada, é nesse processo que adquire consciência e se concretiza como sujeito moral ou Pessoa. O conceito de pessoa é o conceito mais rico e mais difícil de definir, mas é ele que vai significar e dignificar o Homem. É um conceito grego enriquecido por toda a cultura cristã. O próprio direito distingue algo de alguém, coisa de Pessoa, pois esta exige respeito e um tratamento adequado. Os Homens são realizações únicas da mesma espécie e ser Pessoa não é uma qualidade que se possa perder ou ganhar, mas é algo que nos faz superiores, diferentes e únicos. Errar é humano porque está na nossa natureza poder fracassar, mas a Pessoa tem possibilidade de se conduzir, de se gerir e de descobrir o seu projecto para além do ser biológico que é. Todavia não é o aperfeiçoamento biológico que nos dá inteligência, esta é antes o recurso divino que possuímos e nos faz superiores. A Pessoa tem uma realidade interior que a faz ser aquilo que é. Para além do aspecto físico e

Inês Henriques

dos comportamentos que executa, nos quais se manifestam influências da exterioridade social, cada ser humano tem uma identidade, isto é, um núcleo substantivo particular e permanente que constitui a essência do seu Eu. Diferentemente dos outros seres que apresentam graus relativos de valor, a Pessoa é a mais elevada forma de existência, pois o seu valor é absoluto, intangível e intocável. Ser homem é ser livre. Os condicionalismos não podem ser vistos como limites, mas sim como um espaço em que o ser humano se situa para exercer a sua autonomia. Como ser solidário, a Pessoa irmana-se dando-se aos outros. Pela amizade, deseja o bem de todos e contribui para a sua realização. A entidade da Pessoa formase pelas convicções que tem, pelos deveres que assume e pelas promessas partilhadas em que investe a sua liberdade. Ao implicar-se responsavelmente, a pessoa age recusando a abstenção, a neutralidade, a indiferença. Esta dispõe de uma dimensão crítica com que avalia os mais diversos aspectos da vida, procurando transformálos de acordo com aquilo em que acredita.

Do Pico para o Bonfim

B

em se sabe que o Vitória de Setúbal, orgulhoso da sua meritória antiguidade, desfruta de apreço nacional e também além fronteiras, muito embora esta última faceta tenha andado na mó de baixo nos tempos mais recentes. Sob expectativa do que sucederá em 2012/13, em especial pela promessa feita de retorno ao aproveitamento de valores ‘caseiros’, confesso-vos nesta minha croniqueta a agradável sensação de ter escutado muitas e boas referências do Vitória sadino na magnífica Ilha do Pico – Açores. Eu não sabia e fiquei a saber: na Madalena, principal pólo habitacional do Pico, existe um Vitória de ricas tradições competitivas, reforçadas recentemente quando a ‘carolice’ de uns quantos promoveu a visita da equipa principal do Vitória de Setúbal ao histórico burgo da Madalena. Do que foi o alegre convívio proporcionado em pleno Atlântico obtive fidedignos testemunhos de duas personalidades que marcaram, cada qual a seu modo, a minha visita ao Pico. Um dirigente de eleição, o Dr. José Manuel Caldeira, latinista conceituado, falou-nos da amizade que mantém com vitorianos de reconhecido apego ao clube como Nicolau da Claudina, Carlos Cardoso e Fernando Tomé, todos eles assumidos como simpatizantes do

David Sequerra

“Eu não sabia e fiquei a saber na Madalena, principal pólo habitacional do Pico, existe um Vitória de ricas tradições competitivas, reforçadas quando a ‘carolice’ de uns quantos promoveu a visita da equipa principal do Vitória de Setúbal”

Vitória Clube da Madalena. Mas o depoimento que me foi mais grato registar foi o de António Luz, internacional júnior de 1969, ‘keeper’ e técnico do Boavista por vários anos, meu antigo pupilo de Selecção Sub-18, ‘picoense’ por força do destino desde 1998, com bom trabalho desenvolvido como técnico do Vitória açoriano. Quem me diria a mim que reencontraria o Luz na luminosidade atlântica do Pico? Mas foi o que aconteceu, recentemente, com palavras elogiosas e boas recordações para com o Vitória de Setúbal, a muitíssimas milhas (marítimas, naturalmente…9 do Estádio do Bonfim. E talvez haja muitos leitores do Semmais que ficam a saber que há um Vitória, na Madalena (Pico).

Rui Espírito Santo*

Férias... Para algumas famílias, é sinónimo de descanso, é um direito poder usufruir de uns tão merecidos dias, semanas. Alguns afortunados, até mesmo de meses, mas para um vasto número de famílias, é também sinónimo de viajar. Tudo seria normal, a não ser quando se tem um animal de estimação, seja gato, cão, periquito, papagaio e esses sim, muitas vezes são esquecidos, abandonados por aqueles a quem eles depositam toda a sua lealdade e em segundos, são excluídos... Parece um pouco cliché falar disto, mas a pura verdade é que existem pessoas capazes de despejar, como se já não preciso fosse, um ser vivo, sem rancor algum ou sinal de arrependimento. Ter um animal doméstico, não é só achar que é bonito, que está na moda! Não é só exibir no hipermercado o maior saco e da marca mais cara da ração para o seu cãozinho, há que ter responsabilidades, planear a adopção e ter o discernimento de assumir se tem ou não condições para

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um novo membro da família, quais os prós e contras nessa opção! É muito fácil ter um animal, mais fácil é ainda abandoná-lo. Irónico será falar dos que gastam quinhentos euros ou mais por um animal doméstico e abandoná-lo, como já houve casos! Desde os primórdios, que o Homem tinha por hábito domesticar um animal, fosse qual ele fosse, mas por uma única razão...companhia! Mas uma companhia que duraria anos!! Hoje, infelizmente, outros valor se perderam neste País, mas esse valor da companhia e amizade pura, foi transformado num acto de interesses e vejo que a Amizade e companhia já não são mais para toda a vida, mas até nos convier e não seria abusado dizer, que quem faz este tipo de atrocidades a um inofeso animal, faz-nos pensar o que não fará a um Ser Humano... Mais triste ainda, é ver um inteiro País a revoltar-se com a tão afamada CRISE, quando se esquecem que a revolta deveria ser iniciada nesses valores, que são tão impor-

tantes, ou mais e nem reparam que a base em tudo nesta vida se reflecte numa e só palavra...respeito!! Se tem Respeito algum, por favor

não abandone os seus animais de estimação, eles nunca o abandonariam! * Comerciante Pub.


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Actual Majoração nas comparticipações pode atingir 65 por cento ainda este ano

Municípios «sem capacidade» para absorver fundos comunitários ::::::::::: Bruno Cardoso ::::::::::

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s municípios da península de Setúbal estão a ter «menor capacidade» de absorver fundos comunitários, ao abrigo do Programa Operacional Regional de Lisboa (POR Lisboa). A garantia foi dada ao Semmais pelo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), Eduardo Brito Henriques, que acrescentou, ainda assim, que a região é uma das poucas em todo o país com uma «boa taxa de execução, a rondar os 40 por cento». De acordo com a Infodata LVT 3, do Observatório Regional da CCDR-LVT, a taxa de execução entre os nove municípios da península até ao final do ano passado era de 27,5%. De um total de 104,7 milhões de euros aprovados,

só tinham sido realizados 28,8 milhões. Os municípios de Almada e de Palmela destacavam-se de entre todos os outros, com taxas de execução a rondar os 37 e 35 por cento, respectivamente, enquanto o de Alcochete só tinha realizado 5,1 por cento do investimento aprovado. Eduardo Brito Henriques sossegou ainda os autarcas da região referindo que os projectos de regeneração urbana sofrerão uma majoração na comparticipação comunitária até 65 por cento e por esses valores ficará, «dado que este programa operacional é de competitividade e de emprego, diferente dos do resto do país». «É por isso que as majorações não serão iguais às do resto do país, na ordem dos 80 e tal por cento, mas ultrapassarão, seguramente, os 50 por cento», acrescenta.

Fotos: DR

Taxa de execução do POR Lisboa na Península de Setúbal rondava os 28 por cento no final do ano passado. Média é inferior à da própria Área Metropolitana de Lisboa.

Região aguarda versão final do PROT-AML O presidente da CCDRLVT considera também «vantajoso» incluir na revisão do Plano Regional de Ordenamento do Território de Lisboa e Vale do Tejo todos os grandes investimentos a construir, mas afirma que alguns «poderão

não ver a luz do dia no horizonte mais próximo». «Ou se coloca no plano o que será construído ou aquilo que se espera ser concluído, mas no horizonte em perspectiva», afirma. Brito Henriques acredita ainda que o Governo dará uma resposta decisiva «em breve» sobre a revisão ou não do PROT-AML.

As majorações não serão iguais às do resto do país, mas ultrapassarão, seguramente, os 50 por cento”, diz Eduardo Brito Rodrigues

Câmara do Barreiro reclama 1,8 milhões em indemnizações O PRESIDENTE da Câmara Municipal do Barreiro lamenta que os Transportes Colectivos do Barreiro tenham sido deixados de lado, uma vez mais, das indemnizações compensatórias do Estado e reclama mesmo o pagamento de 1,8 milhões de euros, feitas as contas do ano passado. Em 2010, a autarquia já estimava

ter a receber do Estado desde 1974 aproximadamente 35 milhões em indemnizações compensatórias, o equivalente a cerca de um milhão de euros por ano. Em causa, segundo explica Carlos Humberto, continua a estar o défice tarifário e a não aplicação dos inquéritos de 2007, referentes à real procura dos TCB’s.

«É uma medida penalizadora para a população barreirense, porque somos a única entidade transportadora pública na Área Metropolitana de Lisboa que não recebe estas indemnizações», lamenta Carlos Humberto. O autarca promete, deste modo, continuar a intervir junto do Governo, em particular da

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Santa Casa da Misericórdia de Palmela Admite (M/F) Ajudante de Lar Requisitos: Curso de formação na área da Geriatria Experiência profissional na função As candidaturas deverão ser enviadas para a morada: Avenida Rainha D. Leonor, apartado 69 – 2950-208 Palmela ou scmpalmela@gmail.com

Secretaria de Estado dos Transportes, para que «o problema seja resolvido e ultrapassado» e por não querer «abdicar da auto-sustentabilidade do transporte público». Segundo uma resolução do Conselho de Ministros publicada recentemente em Diário da República, o Governo vai distribuir quase

386 milhões de euros pelas empresas públicas, de modo a indemnizá-las pelo serviço público que prestam à população. O valor é inferior em mais de 100 milhões de euros face ao ano anterior. Os transportes públicos vão arrecadar 144 dos 386 milhões de euros. Bruno Cardoso

Setúbal contesta estudo da DECO A CÂMARA de Setúbal levanta sérias dúvidas em relação ao estudo de qualidade de vida apresentado pela DECO (Associação de Defesa do Consumidor) e que coloca a capital de distrito no último lugar entre as 21 cidades analisadas. Em carta dirigida ao presidente da associação, a autarquia exige conhecer os «critérios e metodologias que nortearam a elaboração do referido estudo». Na missiva assinada por Maria das Dores Meira, e à qual o Semmais teve acesso, a autarca recusa-se a «aceitar, passivamente, a divulgação de conclusões que põem em causa a qualidade desta cidade e que causam sérios prejuízos à sua imagem e desenvolvimento». Setúbal pontuou 46 pontos, em 100 possíveis, ficando em último lugar na lista, atrás de Lisboa. Segundo o estudo, Setúbal é a pior cidade a nível nacional nos sectores da educação, segurança e criminalidade, cultura, lazer e desporto. A dificuldade de encontrar emprego é também apontada como uma das “falhas” na qualidade de vida e a inexistência de salas de espectáculos e de actividades culturais são pontuadas com 25 e 37 pontos, respectivamente. No lado positivo, os setubalenses avaliam as condições de habitação, saúde e comércio e serviços com as notas mais altas. Embora o sector da educação tenha uma das piores avaliações em comparação com as outras cidades do país, os setubalenses pontuam este critério com mais de 60 pontos.


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Cegonha já passa o ano alimentada a lagostim A proliferação do exótico lagostimvermelho, de origem americana, é o petisco que tem mantido a permanência das ‘nossas’ cegonhas. A população tem vindo a aumentar inesperadamente. ::::::::::: Roberto Dores ::::::::::

Há u m alimento inesperado no distrito que já permite à cegonha-branca ter o que comer durante todo o ano nos rios, açudes e barragens, viabilizando a sua permanência na região. A proliferação do exótico lagostimvermelho da Louisiana, que tanta contestação tem merecido, sobretudo, dos agricultores, tornou possível à cegonha virar costas às rotas de migração para África, ficando por cá a passar o Inverno. Um fenómeno que está a ajudar a aumentar a população para valores impensáveis há cerca de 20 anos.

Faltam ainda dois anos para a próxima contagem de casais de cegonhas, mas os dados referentes aos últimos Censos já davam conta de existência de mais de 400 casais só em Alcácer do Sal, o concelho português onde mais exemplares nidificam, justamente devido à existência de arrozais, que tanto atraem os lagostins. Aliás, segundo a SPEA (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves), a construção de açudes e de barragens, a introdução do lagostim de água doce em Portugal e a proliferação de lixeiras que constituem uma fonte de alimento para a cegonha-branca são algumas das justificações possíveis para o facto de muitas aves só fazerem as migrações de Inverno nos primeiros anos devida. Cada vez mais ninhos vão surgindo no alto das torres, das igrejas, dos postes de alta tensão, depósitos de água, continuando, curiosamente, esta ave a ser alvo de uma atenção especial do homem, sempre associada a mitos e lendas, tratando-se de uma espécie migradora que efectua longas viagens entre a Europa e África. Nos meses quentes, migra de África para a

Europa para se reproduzir. No Inverno, faz a viagem de volta ao continente africano. Ou melhor, era esta a tendência até há uns anos atrás, mas hoje até as cegonhas que saem dos locais de reprodução não vão além do sul do país e de Espanha. Menos migração menos risco de mortalidade De acordo com o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade, o fim de um período de seca de vários anos e a proliferação de uma espécie exótica invasora, o já citado lagostim-vermelho da Louisiana, que passou a constituir a base da alimentação da cegonhabranca, permitiram que centenas destas aves passassem a residir em Portugal, o que diminui os riscos de mortalidade associados à migração. «Quanto mais longa é a jornada, maior a mortalidade. A capacidade que a cegonha-branca tem para ficar nos locais de invernada contribuiu para o aumento da espécie», salienta Domingos Leitão. A preferência da cegonhabranca por estruturas artificiais para a construção dos ninhos (como postes, chaminés e torres de condução de energia) tornou-se um problema para a sua segurança.

Para minimizar os riscos, a REN desenvolveu, em 1993, uma estratégia de realojamento dos ninhos que aparecem em torres de energia para locais adequados. Desde aí, já foram realojados mais de 1700 ninhos de cegonhas-brancas. O estatuto de conservação da espécie é de «Pouco Preocupante» ou «Least Concern», tanto em Portugal como no Livro Vermelho da UICN, a nível mundial. Recordese que a espécie sofreu um enorme decréscimo populacional no século XX devido a perda de habitat e ao uso de pesticidas na intensificação da agricultura. Nas últimas duas décadas tem recuperado e inclusivamente reapareceu em alguns países.

Fiel para toda a vida A cegonha branca fica toda a sua vida comum mesmo parceiro. Talvez por isso o nome desta ave em hebraico signifique “Alguém fiel” e isto não é um privilégio só do parceiro. Esta ave é fiel também às suas origens pois a maioria delas voltam aos seus ninhos ano após ano, logo que o Inverno se vai. O macho e a fêmea dividem a incubação e a alimentação dos filhotes numa dedicação extrema. A cegonha e uma ave com uma envergadura de 95 a 105 centímetro de comprimento e uma beleza uniforme na forma com que voa com suave elegância.

Publireportagem

O restaurante/café “Nostra Trattoria”, localizado no Largo António Joaquim Correia, ao Bairro de Tróino, junto à igreja da Anunciada, em Setúbal, continua a apostar na cozinha italiana, onde impera a originalidade, as receitas tradicionais, os sabores ‘coloridos’ vibrantes e naturais, não esquecendo a simplicidade e a frescura dos pratos típicos italianos. Cláudia Silva, a gerente, realça que o feedback dos clientes tem sido «muito bom», notando que já recebeu a visita de clientes habituais do espaço de tapas “Lés-a-Lés”, nas Escarpas de S. Nicolau, onde já trabalhou, como empregada de mesa, durante três anos.

Fotos: DR

“Nostra Trattoria” valoriza pratos italianos

A cozinha do “Nostra Trattoria” aposta numa gastronomia típica das tabernas italianas

O “Nostra Trattoria” (que traduzido à letra signi-

fica ‘taberna típica italiana’) encerra à segunda-feira,

criou quatro postos e trabalho, todos do sexo

feminino, e está em actividade vai para dois meses.

Restauração sempre a correr nas veias Cláudia Silva, 38 anos, é natural de Loulé, onde mantém a família. Vive em Setúbal há quase 20 anos. Antes de abrir o “Nostra Trattoria”, Cláudia Silva já trabalhou no “Lés-a-Lés”, mas, segundo confessa, a escola da sua vida, em termos

de restauração, foi o restaurante “Quinta do Lago”, em Almancil. A empresária recuperou a antiga taberna típica do Pescador, em Setúbal, para fazer nascer o “Nova Tratorria”, que agora gere com sucesso.

Gerente, Cláudia Silva, ladeada por clientes

«Este é um projecto que já tinha em mente há algum tempo. Gosto imenso da cozinha italiana, cujos pratos são fantásticos, pela mistura dos sabores e aromas», vinca, relembrando que os clientes podem encontrar no “Trattoria” a verdadeira cozinha italiana e mediterrânica, onde sobressaem os peixes e carnes assados no forno a lenha, os pratos de massas, as pizzas, as massas, as pastas, as saladas raras e originais, e, nas sobremesesas, o tiramisu e o panacota, confecionados no próprio espaço. «Nós não utilizamos quaisquer cores artificiais e sabores, mas somente ingredientes naturais selecionados e frescos», frisa Cláudia Silva.


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Moscatel Pingo Doce ganha “Prestígio” no Concurso Nacional de Vinhos

Burricada na Quinta de Alcube

Porta-estandarte da região volta a dar cartas e aproxima consumidores de marca própria Pingo Doce. Moscatel é produzido pela Cooperativa Santo Isidro de Pegões, que já acumula 68 distinções em 2012.

UM PASSEIO ao património histórico e cultural, degustação de produtos regionais e uma burricada são algumas das atividades previstas para este sábado, na Quinta de Alcube, no âmbito do “Viva o Vinum”. A burricada na Quinta de Alcube começa com a degustação de queijo de Azeitão, acompanhado de sumo de laranja, seguindo-se um passeio pedestre até à capela do Alto das Necessidades, local onde se encontra o segundo cruzeiro mais antigo de Portugal, datado do século XV. Um almoço volante de sardinhada e febras, com acompanhamento de vinhos de Alcube, tem início às 13 horas, sendo que, pelas 15 horas, decorre uma visita guiada à adega da quinta localizada em plena Serra da Arrábida. O espírito de convívio em família é um dos pontos fortes do programa, incluindo, às 16 horas, uma burricada pela quinta, atividade que antecede o encerramento, às 17h30, com um brinde final entre todos os participantes. Os bilhetes para uma pessoa custam 20 euros e para duas pessoas, 35 euros, existindo ainda um passe familiar, para casal e duas crianças até aos 12 anos, no valor de 40 euros.

O VINHO moscatel Pingo Doce conseguiu conquistar, pela primeira vez entre a grande Distribuição, a medalha Prestígio na sexta edição do Concurso Nacional de Vinhos, a única competição do género com esta abrangência em Portugal. Em declarações ao Semmais, Ana Alves, directora de comunicação marca própria Pingo Doce, mostrou-se bastante satisfeita

com a conquista e considera que a distinção poderá aproximar o produto de clientes até agora com mais reservas em adquirir produtos de marca própria. Ana Alves acrescenta que a marca Pingo Doce «tem apostado na melhoria da imagem dos seus vinhos», em particular do moscatel agora galardoado, e promete associar a distinção ao rótulo das embalagens deste néctar, o portaestandarte da região de Setúbal. À venda nas lojas da marca a um custo de 3,39€, o moscatel de Setúbal Pingo Doce é um exemplo b e m eluci-

dativo da estratégia de desenvolvimento de produtos marca própria «com qualidade, a preços acessíveis e denunciadores da relação de proximidade que se tem estabelecido entre o Pingo Doce e os fornecedores». O moscatel de Setúbal Pingo Doce resulta de uma parceria com a Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, que chegou a produzir cerca de 200 mil litros deste néctar no ano passado. O enólogo Jaime Quendera explica que o moscatel em causa tem uma grande doçura, conferida por aromas que recordam o mel, a casca de laranja e diversas frutas secas, como as avelãs. “Essa doçura é contrabalançada por uma certa acidez, evidenciando

a qualidade superior desta bebida, reconhecida agora pelos júris numa prova cega e exigente», reitera. Futuro risonho e espumantes para breve De acordo com Jaime Quendera, a Cooperativa Agrícola Santo Isidro de Pegões cresceu 10% nas vendas nos últimos anos, tendo já ganho este ano 68 medalhas nos mais diversos concursos cá dentro e no exterior. «O futuro avizinhase risonho, até porque trabalhamos para o consumidor e para mais mercados, produzindo em quantidade e qualidade», explica. Para breve, revela o enólogo, está previsto o lançamento de uma gama de espumantes e de um moscatel com 14 anos. Apostas fortes para ‘atacar’ o mercado. Além deste moscatel, o vinho Alentejano Pingo Doce Branco recebeu a medalha de prata no Concurso Nacional de Vinhos. Bruno Cardoso

A comitiva e responsáveis da “Casa”

O grupo foi recebido com uma visita guiada à empresa, onde foram visualizados os principais sectores onde se está a investir, nomeadamente a construção da nova adega. Seguiu-se a apresentação do

projecto total, assim como os principais objectivos que a empresa espera atingir, quando o investimento estiver concluído. A visita culminou com uma prova de vinhos e de produtos regionais, que foi do agrado de todos. Segundo Joana Vida, responsável pelas Vendas e Qualidade, a Venâncio da Costa Lima considera esta visita um sinal «muito positivo» da parte das entidades presentes, agradecendo o facto de a comitiva ter considerado a adega «um exemplo no âmbito da aplicação» do programa Programa Proder.

IPS entrega cartas de curso a 420 graduados

Fotos: DR

O INSTITUTO Politécnico de Setúbal entrega este sábado, dia 30, as Cartas de Curso aos graduados de licenciatura e mestrado das cinco Escolas Superiores, nomeadamente Escola Superior de Educação, Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, Escola Superior de Ciências Empre-

Mais uma levada de licenciados para a região de Setúbal

sariais, Escola Superior de Tecnologia do Barreiro e Escola Superior de Saúde, que concluíram os estudos nos anos letivos 2009/2010 e 2010/2011. A cerimónia de entrega das Cartas de Curso terá início pelas 17 horas, no Campus do Instituto Politécnico de Setúbal e contará com a presença do presidente do Instituto Politécnico de Setúbal, Armando Pires, dos diretores das Escolas Superiores e representantes dos órgãos de gestão e da Associação Académica do IPS. A sessão culminará com a atuação das Tunas Académicas.

DR

A ADEGA Venâncio da Costa Lima, de Quinta do Anjo, recebeu na passada segunda-feira uma visita da comitiva da Comissão Europeia e do Ministério da Agricultura. Estes representantes escolheram esta adega, no âmbito da aplicação do Programa Proder/ Acção: 1.1.1 - Modernização e Capacitação das Empresas, com a finalidade de tomar contacto com a realidade de uma empresa que está em «plena fase de investimento nas suas infra-estruturas e em equipamento para promover a qualidade de produto».

DR

Venâncio da Costa Lima mostra investimentos

A ROTA DE VINHOS DA PENÍNSULA DE SETÚBAL promoveu em Bruxelas, no passado dia 19 de Junho, os excelentes vinhos da Península de Setúbal. Realizada na Embaixada de Portugal em Bruxelas, os vinhos da região estiveram em destaque junto a uma plateia de mais de duzentos convidados, entre agentes do trade belga, grande distribuição, importadores de vinho, restauração, jornalistas especializados e funcionários portugueses e estrangeiros das instituições europeias e embaixadas, empresários e clubes de vinho. Esta acção de promoção constituiu uma presença internacional no âmbito de Palmela

Cidade Europeia do Vinho 2012 e deu a conhecer os vinhos medalhados de grande qualidade de doze adegas: Casa Ermelinda Freitas; Sivipa; Casa Agrícola Horácio Simões; José Maria da Fonseca, Casa Agrícola Assis Lobo, Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões; Bacalhôa; Quinta de Alcube; Venâncio da Costa Lima, Herdade da Comporta; Malo Tojo e Adega Cooperativa de Palmela. Entretanto, prossegue a 13 de Julho mais um passeio enoturístico no Rio Tejo, desta vez com os vinhos de Malo Tojo e, na pousada do Castelo de Palmela, tem lugar este domingo, dia 1 de Julho, uma prova de vinhos e astronomia .


06 . 12

NR 23

ano: 2012 . nr 23 . mês: Junho . director: António Serzedelo . preço: 0,01 €

http://jornalosul.hostzi.com

Vários foram os autores e organizações que, em diversas ocasiões, ao longo de mais de três décadas, sublinharam a importância do papel desempenhado pelas mulheres saharauís quer na construção dos acampamentos de refugiados em Tindouf, como na luta pela independência. O conflito existente originou a divisão da população saharauí, de um lado do muro construído por Marrocos, ficaram os que permaneceram no Sahara Ocidental ocupado, do outro, os que fugiram para o sudeste argelino. Em ambos os casos, a mulher tem um papel preponderante na luta pela libertação. Temendo a invasão de Marrocos e Mauritânia, em 1975, a população civil iniciou um processo de fuga rumo a leste, ao deserto. Enquanto os homens lutavam no Exército de Libertação do Povo Saharauí (EPLS), mulheres, crianças e idosos instalaram-se no maior deserto quente do mundo, onde a extremidade das temperaturas origina difíceis condições de vida, “não havia nada (…) as mulheres, através das suas melfas (traje típico) ação e construção dos acampamentos, muitas vezes, sem qualquer apoio masculino, criaram os seus filhos sozinhas e, cedo, os viram partir para países como Líbia, Argélia ou Cuba, para concluírem os seus estudos. Adaptaram-se, sentiram a morte de cada mártir, readaptaram-se ao regresso dos homens, aos tempos de “paz”. Do ponto de vista público e político, a União Nacional de Mulheres Saharauís tem uma visibilidade internacional notória e, dando a conhecer o conflito existente e o papel desempenhado pelas mulheres na sociedade saharauí. Relativamente à ocupação de cargos políticos, existem actualmente cinco ministras em vinte e um ministérios, sendo que no que se refere à administra-

ção dos acampamentos, as responsáveis por cada bairro são geralmente mulheres. Do ponto de vista profissional, representam uma maioria esmagadora nas escolas, jardins-de-infância e cargos administrativos. Do ponto de vista da formação, existem diversos centros onde as mulheres acedem a vários tipos de formação. A mulher mantém bem saliente o seu “papel de cuidadora” (Caratini 2006, 8), apresentando-se como um elementochave dentro de casa. É frequente existirem casas em que, por diversas razões, o homem está total ou parcialmente ausente, tal como os delegados da Polisário noutros países, militares ou porque simplesmente houve um divórcio, “o meu pai só está cá [nos acampamentos] um mês por ano (…) a minha mãe [para mim] é tudo, mãe e pai”, comentou um jovem. Autores como Sophie Caratini, entre muitos outros, defenderam que a revolução Saharauí permitiu a ascensão social das mulheres, que adquiriram “um status praticamente sem igual no mundo árabe” (2006, 9). Rita Marcelino dos Reis Antropóloga

Ilustração Dinis Carrilho

As cuidadoras dos acampamentos


“A cultura, sob todas as formas de arte, de amor e de pensamento, através dos séculos, capacitou o homem a ser menos escravizado”. André Malraux O Teatro Estúdio Fontenova levou à cena no passado mês de Maio, o texto do consagrado autor catalão José Sanchis Sinisterra “O Cerco de Leninegrado”. O espectáculo contou com a encenação de José Maria Dias e as interpretações de Graziela Dias e Sara Costa. Esta criação é baseada nas memórias de duas mulheres que vivem entrincheiradas num velho teatro em que o peso do tempo se abate sobre as suas fundações, lutando e nunca se rendendo, combatem a demolição anunciada do espaço que encarnou muitas das alegrias, lutas e tristezas que foram a sua existência. Para o encenador, este “Teatro” «é uma metáfora para tudo o que se desmorona e que tem o fim anunciado por imposições tecnocratas e economicistas.» Em contraponto à “espuma dos dias”, José Maria Dias afirma a intenção da «envolvência da partilha e da aproximação de todos nós aos tempos perigosos e difíceis que atravessamos, em que se desmorona o estado social e tentam apagar as memórias e desfazer os sonhos e as utopias.» Para tal, «o Teatro Estúdio Fontenova apelou à comunidade em

FOTO DE PEDRO SOARES “O CERCO DE LENINEGRADO”

O Teatro é uma arma!

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geral a participar no processo criativo de um espectáculo. Participação que consistiu na angariação e cedência de um objecto (ele mesmo memória ou símbolo de uma memória), que foi o ponto de partida para o ambiente cénico do espectáculo.» O texto de Sinisterra escrito em 1994, infelizmente não carece de actualidade, principalmente pela forma como as Artes e a Cultura têm vindo a ser tratadas nestes últimos tempos pelos governantes deste cantinho à beira-mar plantado. Poderia muito bem ter sido um grito de rebeldia em forma de palavras de um autor português no meio da política de terra queimada a que assistimos, tal a sua contemporaneidade.

curso e ideias que os “outros” que nos O espectáculo oferece-nos um exploram. Então, o Teatro tem de ser toque humanidade profundo, princiuma arma para ser partilhada, entre palmente pelas excelentes actuações os mais velhos e os mais novos, e até de Graziela Dias e Sara Costa. As suas nas ruas se preciso for. personagens poderiam Não há idade para lutar facilmente cair na coOs por uma causa justa. média fácil e na cariO espectáculo recatura, estereótipos “Fontenova” lembra-nos que o que em que muitas vezes se conseguem desta conquistámos sejam retratam os mais velhos forma relembrardireitos laborais ou de nós. Tal não sucede. nos a acção das acesso à cultura não As duas mulheres, ape- palavras de Zeca nos foram oferecidos sar das vicissitudes que Afonso «para de mão beijada. É um lhes trouxe o envelhecer, “pauzinho na engretêm memória mesmo se ser cidadão é nagem” deste sistema quando esta às vezes necessário muito falha, seja a sua ou a co- mais que meter um que nos oprime e nos diz sermos apenas lectiva, têm consciência voto numa urna». números na contadaquilo que tentaram bilidade que nos fazem crer que construir e ousaram sonhar, têm a é a Vida. dignidade dos passos trilhados em Os “Fontenova” conseguem destempos adversos no caminho que ta forma relembrar-nos a acção das é a Utopia. palavras de Zeca Afonso «para se ser São personagens que têm a cacidadão é necessário muito mais que pacidade de rir de si próprias não meter um voto numa urna». dos mais fracos e que afrontam os Para terminar, uma nota aos poderosos apesar de todas as suas programadores culturais, o Teatro lacunas. Pelo meio a magia na persoEstúdio Fontenova está a tentar fanagem de Sara Costa, que vai ficando zer estrada com “O Cerco de Leninemais jovem com o passar do tempo, e, grado”, aproveitem e partilhem este rejuvenesce à medida que aumenta a espectáculo com as populações que sua percepção de que é preciso voltar servem. a cerrar fileiras, com os “nossos” os mais pobres e esquecidos pela socieVão ao Teatro pela vossa Saúde! dade, porque alguns dos que foram dos “nossos” aparecem-nos vestidos Leonardo Silva de igual e a comungar o mesmo disSub-director Jornal O Sul

A corrupção alimenta a crise Assim, se por um lado, há resgates “A corrupção alimenta a crise”, financeiros e económicos em curso, diz-nos a ONG alemã “Transparency”, por outro, todos já temos a noção no seu recente relatório “Dinheiro, clara, é preciso resgatar a Democrapolítica, e poder, perigos de corrupção cia, face à partidocracia, que tomou na Europa”. Nele se diz que Espanha, hoje conta do Estado. Grécia, Itália, e PortuMas ninguém o faz… É gal são casos claros de (..) é preciso o grande esquecimento. como a ineficácia, falta Sabemos, claramente, de transparência, leis resgatar a que muitas instituições pouco claras, abusos Democracia, face à representativas do Estae corrupção não estão partidocracia, que do foram tomadas por bem controlados, ou se- tomou hoje conta interesses privados, corquer convenientemente do Estado. porativos, ou por sectosancionados. Tudo paíres económicos, muito ses a braços com sérias afastados dos interesses dos cidadãos questões financeiras, e da dívida soe do Bem Comum. Sectores como o berana. O relatório acrescenta que o sistema financeiro (bancos), Banco de financiamento dos partidos políticos Portugal (reguladores), Parlamento não está bem regulado nestes países (partidos),poder judicial (tribunais), e por isso, é fonte de uma enorme Tribunal Constitucional (eleição corrupção, que prejudica a econodos juízes), Autonomias (Madeira), mia. Nem sequer os códigos de boas Governos (com pouca ou nenhuma condutas servem, porque estão cheios legitimidade), Partidos (envolvidos no de buracos, convenientemente feitos, jogo da alternância), todos são palcos para permitir escapadelas.

Av. Luísa Todi 239 Setúbal 265 536 252 • 961 823 444

garrafeiratody@hotmail.com

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02 NA VIGIA

de luta intestinas ou interesses que põem em causa a Democracia, ao serviço do Bem Comum. E o pior é que, embora se saiba tudo isto muito bem, as mudanças necessárias não estão ainda na agenda política, uma vez que os que precisam de ser reformados, seriam as principais vítimas dessas mudanças. Daí que ponham todos os entraves possíveis a quaisquer alterações, para que não sejam levadas a cabo, com muitos argumentos jurídicos, éticos, políticos, etc, para se justificarem. Assim, o Estado de Direito está cada vez mais transformado num Estado de Partidos, cujo único objectivo é a alternância partidária para conquista do Poder, para depois distribuírem prebendas e benefícios às suas clientelas. A “Transparency” diz: “o financiamento dos partidos políticos está mal regulada, ou então, tem tantos buracos, feitos propositadamente…”. Agora, que estamos a assis-

tir a tentativas de redefinir o Estado Social, devido a uma Europa que se calculou mal, pelo menos a partir da criação do Euro, também devíamos definir, em nome dos interesses da Cidadania, os limites da Partidocracia que envenena, duramente, a nossa economia. É o momento de nos indignarmos!... Não é necessária uma nova Constituição, basta identificá-los, um a um, os buracos democráticos, isolá-los e libertá-los da Partidocracia, para se progredir muito mais rapidamente, em termos de igualdade e distribuição da riqueza pela Cidadania. “A corrupção alimenta a crise”, diz-nos a ONG alemã “Transparency”, no seu recente relatório “Dinheiro, política e poder, perigos de corrupção na Europa”. António Serzedelo Editor do programa de radio Vidas Alternativas anser2@gmail.com)


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Portugueses no Holocausto terá sido o número de vítimas Em anos recentes, a biblioda matança perpetrada pelas grafia sobre a questão do Hoparanoias de Hitler e Estaline locausto e os judeus em Pornas chamadas terras sangrentas tugal veio a enriquecer-se com onde se incluem a Polónia, os investigações de inegável intepaíses Bálticos, a Bielorrússia, a resse: José Freire Antunes em Ucrânia e a parte da Rússia que “Judeus em Portugal” recolheu esteve sob a bota nazi. o testemunho de 50 homens e É facto que a partir de junho mulheres (Edeline, 2002); Irene de 1940 um conjunPimentel escreveu o to de personalidades importante “Judeus Com a de renome mundial em Portugal durante passou por Portugal a II Guerra Mundial” ocupação da a caminho de outras (Esfera dos Livros, Grécia, os nazis paragens, reis, po2006); um investi- iniciaram a líticos, escritores, gador com pergami- deportação em cientistas, músicos. nhos, Avraham Mil- massa, os judeus Mas os judeus de gram deu à estampa clamaram pelos origem portuguesa outro livro de grande muito cedo encaqualidade “Portugal, seus direitos mas minharam-se para Salazar e os Judeus” Salazar proibiu Portugal. A autora (Gradiva, 2010). Isto a revalidação regista os casos da a par de memórias dos passaportes família Cassuto, a fade alguns dos refu- e certificados de mília de Ruth Arons e giados, como será o nacionalidade Nella Maissa, recorcaso do impressivo da as instituições relato de Fritz Teppi- portuguesa. judaicas que procuch “Um refugiado na ravam mitigar o sofrimento dos Ericeira” (Mar das Letras, 1999). refugiados bem como a ação de Esther Mucznik, uma estudiosa vigilância da polícia política. E das questões judaicas, acaba de com esta moldura que ajuda a publicar “Portugueses no Hocompreender melhor o drama locausto” (Esfera dos Livros, dos judeus refugiados em Por2012) que veio trazer luz sobre histórias ainda mal conhecidas tugal, a autora oferece-nos um do grande público. A autora deestudo sobre os portugueses em dica este seu trabalho a todos os Amesterdão, ficamos a conhecer portugueses que morreram no a comunidade portuguesa e como Holocausto, vítimas dos crimes quase todos eles, mesmo invonazis e, entre todos eles, aos descando a sua origem portuguesa, cendentes de portugueses expulforam assassinados nos campos sos devido à sanha inquisitorial de concentração. Como escreve que avassalou o país no início a autora, a quase totalidade da do século XVI e que se refugiacomunidade dos judeus de oriram em Amesterdão, Istambul gem portuguesa na Holanda (4 ou Salónica. mil homens, mulheres e crianças) Em jeito de enquadramento, pereceram no Holocausto e eram a autora descreve a ideologia radescendentes dos antigos judeus cial do nazismo e como foi praque se refugiaram em Amesterticada desde que a Adolf Hitler dão em finais do século XVI. ascendeu ao poder. Se a escalada Tratava-se de uma comunidaantissemita se tornou uma rede que gozava de uma vitalidade alidade na fase ascendente do excecional que vivia arreigada nazismo, é a partir do momento aos valores tradicionais judaicos. em que se ocupou a Polónia, e Basta recordar que em 1675 foi mais tarde a Bielorrússia, Ucrâinaugurada a famosa sinagoga nia e uma parte da Rússia que que se tornou no símbolo da idalevou a uma mudança drástica de de ouro do judaísmo sefardita no conceito da Solução Final, na Holanda, como se escreve: “Sio extermínio do povo judeu. tuada em pleno coração do bairro A autora compendia os dados judaico, a iniciativa da sua edifimais salientes da execução desse cação coube ao rabino Aboab da plano que levou à matança de Fonseca, nascido em Castro Daire cerca de 6 milhões de judeus, de uma família de cristãos-novos número horrível que só será sue batizado com o nome de Simão perado pelo de 14 milhões que da Fonseca. O rabino Aboab jun-

“PORTUGUESES NO HOLOCAUSTO”

to geográfico, a autora recorda tou a si um comité de fundadores a importância da comunidade cujos nomes indicam claramente judaica de Salónica, um dos a sua origem portuguesa: Isaac de centros judaicos mais imporPinto, Samuel Vaz, David Salom tantes do mundo: “Os fugitivos de Azevedo, Abraham de Veiga, de Espanha e Portugal trouxeJacob Aboab Osório, Jacob Isram consigo uma rael Pereyra e Isaac brilhante cultura Henriques Coutinho”. intelectual, o espíDurante a guerra a si(...) os rito de iniciativa, o nagoga foi saqueada. judeus de origem gosto do risco, um Durante a ocupação portuguesa sólido conhecimento nazi, as autoridades muito cedo técnico e a sua rede judaicas procuraram de relações ligando adiar a deportação encaminharam-se países e continende judeus de origem para Portugal. tes. Portugueses portuguesa, em vão. ilustres como Amato Lusitano, Paralelamente à destruição da Joseph Caro, Gracia e Joseph vida, também os ocupantes fizeNasi, deixaram a sua marca em ram tudo para aniquilar as instiSalónica, contribuindo para a tuições da comunidade religiosa. sua prosperidade, nas ciências, Devido a um legalismo inflexível, na literatura, na tipografia, no Salazar não deu ouvidos aos rocomércio e na indústria. No inígos das autoridades judaicas. cio do século XX, cerca de 80 Passando para outro pon-

mil judeus povoam a cidade”. No início da I República, autoridades diplomáticas portuguesas em Istambul e Salónica emitiram certificados provisórios de inscrição consular portuguesa a cerca de 400 famílias judaicas. O regime de Salazar não acolheu bem e sempre suspeitou da legalidade desta nacionalidade. Com a ocupação da Grécia, os nazis iniciaram a deportação em massa, os judeus clamaram pelos seus direitos mas Salazar proibiu a revalidação dos passaportes e certificados de nacionalidade portuguesa. São acontecimentos sombrios em que detentores de nacionalidade portuguesa irão ser assassinados em campos de concentração. A investigação transfere-se depois para os judeus registados nos consulados portugueses, em França, destaca-se o comportamento de José Brito Mendes pela sua coragem a salvar vidas e registam-se os nomes de militantes de esquerda portugueses que irão ser executados pelos seus ideais. Impressionante é voltarmos a ler o que se passou na tragédia húngara, nomeadamente em 1944. A autora refere o comportamento nobre de diplomatas como Sampaio Garrido que correndo todos os riscos protegeram judeus e não judeus das perseguições políticas e raciais. Ao contrário de Aristides Sousa Mendes nem Teixeira Branquinho nem Sampaio Garrido foram vítimas de Salazar pela sua generosidade em querer defender a vida de vítimas inocentes. Trata-se de um levantamento meritório, a autora reuniu dados importantes sobre descendentes de portugueses que acabaram nas câmaras de gás, temos aqui um bom inventário de coragem e humanismo envolvendo diplomatas e mesmo a infanta Maria Adelaide de Bragança. Mais uma obra que contribui para a clarificação do acolhimento dos refugiados, da diplomacia portuguesa e de embaixadores e cônsules que não hesitaram no heroísmo anónimo, ficamos com uma ideia mais nítida de como a espiral devoradora do nazismo atingiu ancestrais e portugueses que eram judeus. Beja Santos Docente Universitário

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CULTURA 03


Recordações de areia Naquela praia onde o mar não chega Tinduf ficou para trás e os quatro jeeps progridem através da estrada pedregosa, deserto adentro. Desembarcámos há pouco em terra argelina, contudo, embora sem termos passado uma fronteira propriamente dita, avançamos agora em território administrado pela RASD, República Árabe Democrática Saharaui. Um singelo posto de controlo marca uma invisível linha divisória. A enorme extensão de solo árido que se estende à nossa frente leva o nome de Hamada, o Deserto da Morte. O mesmo que, 35 anos atrás, várias dezenas de milhar de homens, mulheres e crianças atravessaram, a pé, de burro, de camelo, em viaturas precárias, improvisadas, fugindo do invasor marroquino. O mesmo que a Argélia cedeu a cerca de 180 mil refugiados que actualmente se repartem por quatro acampamentos, Smara, El Ayun, Awserd e Dahjla, os mesmos nomes das quatro principais cidades do Sahara Ocidental ocupado. Da nossa caravana, um dos veículos vai em breve cortar à esquerda para Smara, o mais povoado de todos os acampamentos. Os outros três seguirão viagem por mais três a quatro horas até ao último reduto, a mil milhas de qualquer lugar habitado: Dahjla. Ali, 30 mil pessoas lutam pela sobrevivência, assegurada em mais de 90% por bens alimentares e água potável trazidos pela ajuda humanitária internacional. “Dá-me uma gotinha de água/ Dessa que eu oiço correr/Entre pedras e pedrinhas…”. Quase inconscientemente, os trinta e muitos graus de temperatura e a secura do ar trazem às gargantas lusas o ‘cante’ alentejano. A paisagem, essa, não ostenta azinheiras nem sobreiros. As raras acácias espinhosas que víamos há pouco, aqui e ali foram desaparecendo à medida que rumamos a leste. Ainda nem bem percorremos uma vintena de quilómetros e somos obrigados a parar: um dos caixotes repletos de medicamentos que transportamos acaba de se despenhar da pick up onde segue a carga, espalhando o seu conteúdo na estrada. Um pequeno incidente depressa solucionado e no qual felizmente apenas se perdem algumas lamelas de comprimidos. O essencial do que trazemos vai intacto: uma grande dose de entusiasmo, muita curiosidade e energia q.b. , para além de material escolar e desportivo e um de conjunto de painéis solares que se destina ao hospital do acampamento. Montado este equipamento, será possível à incubadora ali existente passar a

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04 ASSOCIATIVISMO

funcionar 24 horas por dia salvando Lebsir, que nos dá as boas-vindas assim a vida a muitos prematuros. a Dahjla, acolhendo-nos com água Em Dahjla, 75% da população tem fresca e o tradicional chá na sua sala menos de 35 anos, o que significa de reuniões. Só o tempo de acertar que já nasceram ali, longe do seu agulhas. Fica marcada a reunião de país de origem, que não conhecem. trabalho para amanhã, domingo, às O sol está prestes a diluir-se 9 da manhã. Estamos todos estoiraatrás de nós quando alcançamos dos das quase 24 horas de viagem o posto de vigia que marca a entramas não há tempo a perder. Todos da de Dahjla. Dois ou três militares temos muito que fazer e sabemos trocam umas palavras que a semana passa com o motorista - uma num instante. AmaNos campos interacção rápida e nhã seguiremos para muito pouco burocrá- de refugiados as ‘haimas’, as enormes tica, sobretudo se le- saharauis dois tendas onde vivem as varmos em conta o que terços da população ‘nossas’ famílias, mas nos será dito daqui a tem menos de 35 como estas não fopouco pelo governador anos, o que equivale ram atempadamente da willaya (município): alertadas da nossa a dizer que duas em não podemos esquecer chegada, a primeira que, apesar do cessar- cada três pessoas noite será passada fogo que vigora desde não conhecem o seu no chamado ProtoSetembro de 1991, “o país. colo, uma construção país está em guerra”. destinada a receber Nos próximos dias, porém, não convidados importantes. É ali que nos voltaremos a lembrar disto, ‘moram’ as equipas dos Médicos a não ser daqui a quase uma seSem Fronteiras e outras organizamana, quando nos deslocarmos, ções que regularmente se deslocam juntamente com algumas centeaos acampamentos para efectuar nas de activistas pela paz e pelos campanhas sanitárias. É ali também direitos humanos ao denominado que iremos ser recebidos na próxi“Muro da Vergonha”, que separa ma quinta-feira para um almoço os territórios ocupados do Sahara comemorativo da inauguração da livre. Para já, no meio da areia, das Escola 10 de Maio. Para já, a grande tendas e das construções de adobe, sala forrada a tapetes apenas contém alguns sofás quadrangulares o que impera é a alegria das criancoloridos. Há vários quartos com ças que nos recebem com acenos colchões, uma cozinha, uma copa, e sorrisos. Cedo percebemos que e instalações sanitárias com dois não somos os únicos forasteiros chuveiros, lavatório e sanitas turcas. por ali. Mas nem por isso a nossa Um ‘hotel de cinco estrelas’ tendo presença passa despercebida… Os em conta o nosso cansaço e aquilo grupos de jovens que dão colorido para que vínhamos mentalmente ao omnipresente tom de terra do preparados. acampamento interrompem as suas Toda a estadia será pontuada animadas conversas e jogos de bola por esta sensação de expectativas para nos ver chegar. ultrapassadas. Mas as aparências É o próprio governador, Salem

iludem! Por detrás da generosa hospitalidade com que somos recebidos, existe um enorme espírito de sacrifício. Nos próximos dias iremos compreender o quanto a comunidade se sente grata pela nossa presença e a forma discreta como nos dão o melhor de si próprios e como se privam para nos proporcionar todo o conforto de que são capazes. Em troca, pedem apenas que falemos ao mundo sobre o seu povo e a sua luta. Meia-noite e já quase todos adormeceram debaixo da lua. O calor convenceu a maior parte dos viajantes a optar por levar os colchões lá para fora. Mas o jantar tardio e a excitação da viagem impedem ainda os últimos resistentes de pregar olho. Distinguem-se vozes na escuridão. Umas falam espanhol, outras hassania, a variação local do árabe. De tempos a outros o som de um motor denuncia a passagem próxima de um carro. Alguns param. Duas mulheres vêm andando na nossa direcção. Envergam as tradicionais melfas, longos panos coloridos que as saharauis usam para se cobrir da cabeça aos pés. A mais nova não hesita: “Buenas noches. Hablas español?”. Apresenta-se: “Soy Lemira y esta es mi madre”. Rapidamente percebemos que vêm precisamente à nossa procura. Demasiado entusiasmadas com o anúncio da chegada dos portugueses, vêm ver se da comitiva faz parte algum dos viajantes que hospedaram no ano passado. Mas o João adormeceu exausto e nem a animada conversa que decorre mesmo a seu lado o faz despertar. “Quereis vir já?”, oferece a jovem. “É só pegarem nas vossas coisas, está ali o meu pai, no jeep”… Fica para amanhã, agradecemos. Já passa das dez horas quando nos reunimos com o governador. Em Dahjla ficamos rapidamente a saber que os planos e os horários são ‘flexíveis’. Há que ter em conta um sem-número de imponderáveis. Destacar-se-á porém uma evidência: um elevado sentido de organização comunitária que se manifesta em variadíssimos aspectos do quotidiano, da resolução de necessidades básicas à imensa consciência política que se sente omnipresente, desde a mais tenra idade. Não é fácil coordenar projectos individuais e colectivos do grupo. Há pessoas que vieram com missões específicas para cumprir, acções de formação previstas, dados que têm de ser recolhidos. É preciso fazer render o tempo, sem esquecer que entre o meio-dia e a cinco da tarde o calor intenso não permite trabalhar. Horas que aproveitamos para conviver com as nossas famílias. Observar os gestos do quotidiano, a repartição das tarefas.

Provar algumas iguarias, como a carne de camelo, o cuscus integral feito à mão e os saborosos legumes crescidos numa estufa comunitária. E beber litradas de água e de chá. Os viajantes bem sentem – ou dizem sentir – a falta de umas imperiais ‘estupidamente geladas’ mas ali não há bebidas alcoólicas. É em torno do chá que as línguas se desatam e se recebem as visitas. Um ritual mil vezes repetido, mas que não cansa a vista dos viajantes fascinados. É feito – quase sempre pelo homem da casa – num tabuleiro redondo de metal onde são pousados a chaleira e os pequeninos copos de vidro. A água é aquecida num fogareiro a carvão e o chá é vertido dezenas de vezes de copo para copo, a meio metro de altura, até criar uma espuma abundante. Cada chá são na realidade três copos. Reza a lenda que o primeiro é amargo como a vida, o segundo doce como o amor, o terceiro suave como a morte. São três da tarde e os adultos dormem quase todos a sesta. Lá fora, a temperatura deve rondar os 40ºC. Lemira está a pintar os pés e as mãos da Vanessa e da Rita com henna. Sara e Senia, as irmãs mais novas, entretêm-se com o verniz fucsia que lhes demos. Falamos da chuva e do bom tempo. Sara admira-se com Rita: “Como?! Não gostas de chuva?!!” Os olhos arredondam-selhe de espanto: “Eu adoro”… É disso que os jovens nascidos nos campos sentem mais falta. De tudo o que é molhado. Da praia e da piscina. Da lama. Muitas delas já tiveram oportunidade de conhecer o mundo para lá da secura arenosa dos acampamentos onde moram ao abrigo do programa espanhol denominado “Férias em Paz”. Graças a este projecto, dezenas de crianças saharauis deslocam-se anualmente durante os dois meses mais quentes a várias localidades de Espanha, onde são recebidos por famílias voluntárias. E ali podem conhecer aquilo que lhes corre nas veias mas que os olhos nunca viram: o mar. Nos campos de refugiados saharauis dois terços da população tem menos de 35 anos, o que equivale a dizer que duas em cada três pessoas não conhecem o seu país. Talvez por isso a consciência política desperte tão cedo. As crianças já parecem nascer a saber fazer o ‘V’ de vitória com os dedos. Todas frequentam a escola e um número esmagador de entre elas tirará um curso superior. Mas a grande maioria voltará depois para os confins do deserto onde não resta grande coisa para fazer se não esperar. Pelo dia em que da gigantesca praia onde moram se possa ver o oceano perdido há mais de 35 anos. Myriam Zaluar Jornalista


Sábado | 30.Jun.2012

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Política Alguns pontos da rede viária estão saturados e há défice de transportes públicos

Autarcas surpresos com conclusões de plano de mobilidade e transportes Mais de metade das viagens na zona da terceira travessia sobre o Tejo não se destina a Lisboa, como originalmente se pensava. Presidente da Câmara do Barreiro diz que nova ponte é «inevitabilidade». ::::::::::: Bruno Cardoso :::::::::::

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maior parte das deslocações entre o concelho do Barreiro e algumas freguesias dos municípios da Moita, Seixal, Sesimbra e Palmela, 61 por cento, é realizada no seio da própria área de influência da terceira travessia sobre o Tejo e só 6 por cento têm como destino a capital, Lisboa. Esta foi uma das principais conclusões do Plano de Mobilidade e Transportes Intermunicipal apresentado esta semana no Barreiro e conseguiu surpreender os autarcas da região. Carlos Humberto, presidente da Câmara Municipal do Barreiro, não escondeu a surpresa pelos números apresentados no estudo, mas garante que estes não tiram força à ideia de construir uma nova ponte entre as duas margens do Tejo. «Todos os que estiveram a assistir à apresentação deste plano são unânimes na ideia de uma cidade das duas margens, de uma Lisboa poli-nucleada», afirma o autarca, que continua a ser um defensor acérrimo deste grande investimento.

De acordo com o mesmo estudo, a maior parte da população em movimento nesta área de intervenção desloca-se para ir trabalhar e fá-lo, predominantemente, em transporte público, se o destino for Lisboa, ou em transporte individual, na península de Setúbal. A grande utilização do transporte individual rodoviário na região já chegou, inclusive, a saturar a rede na Estrada Nacional 10, no Seixal, na Estrada Municipal 510 de acesso à EN10, no acesso ao IC21 e noutros locais. Alguns registam mesmo uma baixa cobertura pelo transporte colectivo rodoviário, como é o caso da Quinta do Anjo. Já em algumas áreas do Barreiro e no Seixal há «má cobertura» pelo transporte colectivo ferroviário, apesar da grande procura verificada nestas duas localidades, bem como em Foros de Amora, Fogueteiro ou Coina. As áreas centrais do Barreiro, Seixal, Moita, Fernão Ferro, Lavradio, Quinta do Conde e Baixa da Banheira são apontadas como tendo grande vocação pedonal, apesar de

persistirem problemas como a descontinuidade, o estacionamento excessivo e ilegal e a má pavimentação na maioria dos casos. Terceira travessia no Tejo é «inevitabilidade» O plano de mobilidades identifica, assim, um significativa estruturação urbanística e de serviços junto da EN10, Autoeuropa, Coina e IC32, que reflecte a diferença existente entre o desmesurado crescimento demográfico periférico nas décadas de 60 a 90, ainda que sempre em declínio, e a parca rede viária construída, que só começou a sofrer algum revés com a ponte Vasco da Gama e com a aposta em outras redes viárias ao longo dos anos 90. «Trata-se de um projecto importante porque reflecte os problemas do presente, direccionando-os para o futuro», conclui Carlos Humberto, acrescentando que a terceira travessia é mesmo uma «inevitabilidade, que os municípios na sua área de influência consideram ser indispensável».

Deputados ‘laranja’ pedem ajuda para produtores de arroz do vale do Sado OS DEPUTADOS do PSD do distrito, em conjunto com os deputados do mesmo partido que integram a Comissão de Agricultura e Mar da Assembleia da República, apresentaram um Projecto de Resolução para resolver os conflitos dos produtores de arroz no Vale do Sado. No documento, os deputados lembram que a cultura do arroz no distrito, em particular no concelho de Alcácer do Sal, assume uma importância económica e social «muito pertinente» para toda a região, acrescentando que a produção de

arroz na região do Vale do Sado tem-se mantido «relativamente estável» nos últimos anos, apesar da crise actual, tendo-se mostrado de «grande importância» no rendimento final dos produtores, representando um sector produtivo gerador de «riqueza e emprego». Os social-democratas sublinham que no caso das duas unidades existentes no Vale do Sado, não houve, ainda, transferência da totalidade dos elementos activos das unidades industriais de secagem e armazenagem de cereais, mantendo-se na posse do Estado desde

a extinção da EPAC. O coordenador dos deputados do PSD na Comissão de Agricultura e Mar, Pedro do Ó Ramos, propõe que se encontre uma forma legal para que a unidade industrial de secagem e armazenagem de cereais de Alcácer do Sal, possa ser atribuída ao Agrupamento de Produtores de Arroz do Vale do Sado, Lda. (APARROZ) e que a unidade industrial de secagem e armazenagem de cereais de Águas de Moura possa ser atribuída à Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal.

Policentrismo António Ramalho, presidente da Estradas de Portugal, destaca o facto de a região de Setúbal ser cada vez mais «policêntrica», bem como o facto de a maior parte das deslocações para Lisboa ser feita em transporte colectivo. «Cada vez mais é necessário preparar os investimentos integrando a procura em função da oferta», acrescenta Ramalho, que prometeu analisar uma futura ligação da Circular Regional Interna da Península de Setúbal (CRIPS) à EN10. Pub.


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Anti-stress

Almada vira capital das artes do mundo e acolhe o mestre Peter Stein

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Governo francês distingue Benite Joaquim Benite, em fase de reabilitação física, devido a um aneurisma e outras doenças, acaba de ser distinguido com mais um prémio internacional: o“Grau de Oficial das Letras”, atribuído pelo Governo francês. Para Rodrigo Francisco, esta distinção enche de orgulho toda a equipa da CTA. «É

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ualidade, diversidade e actualidade marcam a 29.ª edição do Festival Internacional de Teatro de Almada, que decorre entre 4 e 18 de Julho, em onze teatros de Almada e Lisboa. São apresentadas 18 produções, das quais quatro estreias, num total de 45 sessões, além de uma série de actividades complementares, como colóquios, debates com criadores, e exposições documentais e de artes plásticas. A actriz Cecília Guimarães é a homenageada. A Companhia de Teatro de Almada estima que a edição está orçada em cerca de 350 mil euros e que deverá receber mais de 23 mil espectadores. O município contribui com duzentos mil euros e a organização do festival envolve cerca de 380 pessoas.

um reconhecimento que surge mais do estrangeiro do que propriamente de Portugal, que é fruto de uma grande colaboração e proximidade entre Joaquim Benite e o Governo francês, que tem trazido alguns dos maiores criadores de teatro ao festival de Almada», desabafa Joaquim Benite.

Rodrigo Francisco, director-adjunto, durante a apresentação

Francisco Rodrigo, director -adjunto da Companhia de Teatro de Almada, destacou durante a apresentação do certame, a presença, pela primeira vez em Portugal, de Peter Stein, com o espectáculo “Faust Fantasia”. «É um dos grandes mestres do teatro mundial, que vai trazer um recital a partir

de Fausto I e II, de Goethe. É um momento histórico para o festival». Realça ainda a presença de Christoph Marthaler, um dos «mais originais» encenadores do momento. Mas também é de destacar a companhia alemã Schaubuhne am Lehniner Platz, numa co-produção com o Teatro Nacional de Tela-

vive, resultante de uma profunda reflexão sobre o conflito israelo-árabe, a companhia belga tg STAN, e ainda espectáculos que pela sua qualidade resumem o que de melhor se faz no teatro mundial. De acordo com Francisco Rodrigo, o corte de 38 por cento da DirecçãoGeral das Artes (DGA)

Mestre Chainho reúne amigos em disco

levou a companhia a reduzir o número de espectáculos e a conter despesas nos materiais promocionais. As novas parcerias com o Teatro ao Largo e com o Theatro Circo, de Braga, permitiram ao festival obter alguns fundos comunitários do QREN para a realização de alguns espectáculos mais dispendiosos.

+ Cartaz... Novo disco ao vivo

Os UHF apresentam oficialmente, ao vivo, o novo disco “Ao Norte – Unplugged”, o primeiro registo acústico gravado no ano passado em dois concertos em Fafe. Academia Almadense | 21h30

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O GUITARRISTA de São Francisco da Serra (Santiago do Cacém), António Chainho, prepara-se para dar um grande concerto no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. É já no dia 3 de Julho, a partir das 21 horas. Pelo palco do grande auditório alfacinha vão passar, entre outros convidados, a brasileira Adriana Calcanhoto, e o português Camané, que vão interpretar, respectivamente, os inéditos “Vislumbre” e “Pietà”. O concerto intitula-se “António Chainho – Entre Amigos” e pretende, segundo o mestre da guitarra portuguesa e com estatuto internacional, reunir no mesmo palco os seus cúmplices para recordar os melhores momentos das parcerias em

Os preços dos ingressos, devido à crise, não sofreram qualquer aumento. Apesar da crise, a procura de bilhetes tem sido «muito positiva». Por outro lado, a CTA aguarda com expectativa a abertura de concurso público para o apoio quadrienal de 2013/2016, por parte da DGA, para preparar as próximas temporadas e o próximo festival. Já a vereadora Amélia Pardal, afirmou que foi «preciso muita inteligência, capacidade e atitude crítica» para montar a edição de 2012 nas «condições em que é feita». A autarca não tem dúvidas que o evento projecta a cidade e atrai turistas, sendo fundamental «mais meios e apoios» para a continuidade do festival.

O concerto intitula-se “António Chaínho - Entre Amigos”

disco e ao vivo, com diversos nomes da canção nacional e internacional. Com quase 50 anos de carreira, o artista, a convite da editora a que está ligado, decidiu fazer um ‘best-of’, com o mesmo nome do concerto, o qual deverá ser lançado no mercado em Setembro próximo. «Penso que faz todo o sentido lançar este disco. O

público irá gostar, tanto deste concerto, como depois do disco, que vai reunir algumas das melhores vozes de Portugal», vinca António Chainho, que faz questão de relembrar que pelo palco do CCB vão também passar Ana Sofia Varela, Marta Dias, Filipa Pais, Isabel Noronha e Ana Vieira, bem como a música de Fernando Alvim e Rao Kyao.

Jazz alegre O quarteto Chibanga Groove, formado em 2008, encara o jazz como uma música alegre, com ritmos fortes, progressivos, muita improvisação e mistura de variados estilos. Cine-Teatro S. João, Palmela | 21h30.

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Teatro nas Aguncheiras “Olhando o céu estou em todos os séculos”, com encenação de São José Lapa e texto original de Abel Neves, é interpretado por São José Lapa e Valerie Braddell, entre outros. Espaço das Aguncheiras, Azóia | 19 h.

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Ofertas Semmais

Convites para “O Fantasma da Revista”

Temos convites para oferecer aos nossos leitores para o musical da Academia de Santo Amaro, “O Fantasma da Revista”, da autoria de Miguel Dias. O espectáculo, que tem lotado a sala daquela colectividade alfacinha, tem sido um verdadeiro sucesso de bilheteira e tem proporcionado bons momentos de disposição entre o público. Ligue 918 047 918 para solicitar os seus convites.

Convites para esculturas na areia

O 10.º Festival Internacional de Esculturas em Areia (FIESA), em Pêra, no Algarve, é subordinado ao tema “Ídolos”. Funciona entre as dez da manhã e a meia-noite, durante todo o Verão, e de 16 de Setembro a 25 de Outubro encerra às 20 horas. Temos convites para os leitores visitarem o FIESA. Basta ligar 918 047 918 ou enviar um e-mail para: passatempos.semmais@mediasado.pt

Nova abordagem ao fado Os Eterno Retorno apresentam uma abordagem inovadora ao fado instrumental com Miguel Pyrrait, Rita Ramos, Tiago Marques, João Gaspar e Carlos Mil-Homens. Centro de Artes de Sines | 22 h.

Sucessos românticos A Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba junta a banda e a escola de dança (ballet e sevilhanas) para um espetáculo inédito de música e cor. Largo dos Açougues, Alcácer do Sal, | 21h30.


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Clemente – Cantor

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«A música transformoume no rapaz que nasceu no Bairro de Troino em cidadão do mundo»

Sente-se um verdadeiro ‘embaixador’ de Setúbal? Porquê? Não sou ‘embaixador’ de nada nem de ninguém, embora o Dr. Mário Soares, durante um jantar que ofereceu a pessoas ligadas à Cultura, no Castelo de S. Jorge, enquanto Presidente da Republica tenha dito perante a Rosa Lobato de Faria e a Alexandra que eu era um verdadeiro embaixador de Portugal. Pode dizer-se que Setúbal é boa madrasta e má mãe? Desde que nasci que ouço essa frase. Não será por despeito de quem vem de fora arriscar mais e conseguir alcançar os objetivos? As famílias que estão em Setúbal há mais de três ou quatro gerações não devem tecer criticas porque estão demasiadamente adormecidas para quem se diz setubalense. Coragem é prePub.

cisa nos momentos difíceis para gritar em praça pública “O Rei Vai Nu”. E tão nu que ele vai… digo eu. Até onde a música o poderá levar? A música transformou-me no rapaz que nasceu no Bairro de Troino em cidadão do mundo. Aonde ainda me poderá levar? Não tenho bola de cristal para adivinhar. Já pensou em criar a sua própria editora? Jamais. Estou há três anos a produzir no Canadá um CD com alguma qualidade musical, com uma orquestra alargada e é experiência que jamais voltarei a repetir. Os custos são demasiadamente altos para o prazer que irei ter no fim. Se lhe saísse o Euromilhões onde investiria o dinheiro do prémio?

Não vai sair de certeza porque não jogo absolutamente a nada. Só acredito em Deus e no trabalho. Contos de príncipes e princesas nem quando era pequeno, quanto mais com esta idade que já dá para ter juízo q.b. Já alguma vez lhe deu vontade de partir o microfone? De partir o microfone não, mas de o enfiar pela boca de certos ‘técnicos’. Confesso que já contei muitas vezes até dez… Se não fosse cantor que outra profissão escolheria? A música aconteceu na minha vida por mero acaso ou, sei lá, estava escrito nas estrelas. Se não fosse a música, nesta altura do ‘campeonato’ teria o meu diploma de ‘Senhor Doutor’, pela Faculdade de Letras de Lisboa, doutorado em Germânicas, como o curso era de-

nominado no meu tempo. É o único lamento que tenho para os senhores pais por não lhes ter dado essa alegria que esperavam que acontecesse. O que o faz zangar seriamente? Já nada me faz zangar pois tudo espero da vida e dos homens. Já vi e ouvi muito do alto dos meus 56 anos e, certamente, muito irei continuar a ver e ouvir cada ano que vai passando. Qual a sua opinião sobre o trabalho dos autarcas da região? Como em todas as profissões (autarca é profissão, porque recebem vencimento) há do bom do mau e do piorio. Só que o povo pode andar distraído mas um dia acorda e depois é que irão ser elas. Há alguma figura regional

B. I.

Idade: 56 anos // Naturalidade: Setúbal Estado civil: Solteiro // Residência: Nova Iorque

Íntimo Filme ou livro de cabeceira: O livro “O Novo Testamento Férias de sonho: Cuba... definitivamente. Local de eleição: A “minha” Serra da Arrábida. A primeira paixão: A música e o palco Maior ousadia: Ter sido frontal com o “poder” o que me custou uma cáfila de inimigos Ídolo de referência: Alexandre, o Grande e Madre Teresa de Calcutá Projecto de vida por realizar: Viver!

que lhe mereça rasgos de elogios? Sebastião da Gama, que cantou a “Serra Mãe” como mais ninguém foi capaz. Nem com todas as campanhas de marketing televisivo a custar muitos milha-

res de euros aos contribuintes conseguem a simplicidade, o impacto e a eficácia da poesia e da prosa de Sebastião da Gama. Conheço gente que veio de outros países à região de Setúbal depois de lê-lo.


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+ Região [ ALMADA ]

AS ESPECIALIDADES gastronómicas apresentadas pelos restaurantes na 8.ª edição do Concurso Gastronómico do Concelho de Almada serão distinguidas no dia 5, a partir das 17 horas, no Centro Municipal de Turismo, em Cacilhas. A entrega dos prémios será acompanhada de um momento musical. Organizado pela Câmara Municipal de Almada, este concurso tem como objectivo promover a qualidade e a diversidade da gastronomia do concelho, principalmente na sua vertente turística, mas também como património cultural. Além das duas categorias a concurso – Cozinha Regional Portuguesa e

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Prémios para a gastronomia

A boa gastronomia em destaque nos restaurantes de Almada

Cozinha de Autor – serão ainda distinguidos a melhor entrada/sopa, o melhor prato principal e a melhor sobre-

mesa das ementas em competição. Também a qualidade dos serviços e equipamentos serão premiados.

[ SEIXAL ] Júri aprecia marchas O PAVILHÃO Cidade de Almada, no Feijó, recebe, este sábado, pelas 22 horas, a grande final das marchas populares de Almada. Este ano, apresentam-se a concurso oito marchas. O cantor António Calvário e os actores Paula Marcelo, Joana Figueira, Mara Galinha, Paulo Vasco e Fernando Pires, são algumas das personalidades que apadrinham as marchas populares. Os vencedores serão conhecidos no final da noite. Além das oito marchas, desfila ainda a Associação Rumo ao Futuro.

Município ganha prémio de acessibilidade A CÂMARA do Seixal e a AMESEIXAL – Agência Municipal de Energia do Seixal receberam o 2.º lugar do Prémio Acessibilidade aos Transportes. A iniciativa do Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT) distingue medidas e acções que contribuam de forma eficaz para a promoção de maior acessibilidade aos transportes públicos, integrando soluções inovadoras na efectiva eliminação de barreiras para os cidadãos com necessidades especiais e mobilidade reduzida.

O projecto distinguido – Informação aos Utentes de Transportes Públicos com Limitações Sensoriais – foi implementado em 2010, durante a Semana Europeia da Mobilidade, com a colaboração dos operadores TST e Fertagus. Através da instalação de painéis electrónicos junto das principais paragens da rede da TST e da colocação de sinalização informativa em braille nas estações da Fertagus, combateram-se as barreiras no acesso à informação.

Saberes, sabores e memórias no Solar dos Zagalos ESTE sábado, às 10 horas, o Solar dos Zagallos, na Sobreda, celebra a XII Festa do Solar dedicada aos “Saberes, Sabores e Memórias”. Ao longo do dia pode

aprender, de uma forma divertida e animada, nos jardins do Solar e dançar ao som da música tradicional. Deixe-se envolver pelos saberes (exposições,

mercado de produtos artesanais, ateliers, oficina do conto, exercício físico), pelos sabores (doces tradicionais, petiscos e piqueniques) e pelas memórias (música

clássica e tradicional, baile, jogos tradicionais, chinquilho, visitas guiadas ao património religioso e à coleção de olaria e mural da festa).

Sabores do mar, este sábado

A CALDEIRA à Pescador, uma das grandes referências gastronómicas de Sesimbra, está em destaque em vários restaurantes da vila até este sábado. Tamboril, safio, tremelga e pata-roxa, ou caneja, como é conhecida, são os peixes indispensáveis na verdadeira caldeirada, mas há quem lhe junte outras espécies capturadas pela frota local. Os pescadores, acompanhados pelas famílias, têm o hábito de nos Santos Populares, e especialmente

na noite de São Pedro, véspera de São Marçal, se encontrarem nas lojas de companha ou nas ruas, num convívio em torno de uma mesa, onde a caldeirada é cabeça de cartaz. Nestes dias é também possível apreciar um conjunto de ruas ornamentadas, preparadas pelos moradores e associações locais com semanas de antecedência. A este colorido junta-se a animação dos bailes e das Marchas Populares, que voltam a sair à rua no último dia do mês.

Concelho ensina turismo e ambiente NOS DIAS 19, 20 e 21 de Julho, a Biblioteca Municipal de Sesimbra acolhe várias acções de formação sobre Turismo e Ambiente – Potencialidades em Portugal e Educação Ambiental em Meio Marinho. A primeira, que se realiza no dia 19, debruça-se sobre o aproveitamento, de modo

sustentável e equilibrado das riquezas naturais do país, e é dirigida a estudantes, profissionais, investidores e empreendedores na área do turismo e natureza. A segunda, que decorre nos dias 20 e 21, tem como objectivo estabelecer contacto directo com conceitos e exemplos

práticos de educação ambiental no meio marinho, de forma a compreender as potencialidades dos ecossistemas enquanto recursos pedagógicos, e destina-se a estudantes universitários, professores da área das ciências naturais, biólogos, técnicos e jovens empreendedores na área ambiental.

Carlos Sargedas preside ao Rotary Club de Sesimbra NOVE anos depois da sua primeira presidência, Carlos Sargedas foi novamente eleito presidente do Rotary Club de Sesimbra. Para a direcção, Carlos Sargedas é neste momento o membro do clube que aposta numa aproximação do clube à comunidade tendo na cerimónia de posse manifestado a sua intenção de “abrir” mais o clube à comunidade também através várias palestras sobre o movimento rotário no mundo, no país mas também na comunidade. Carlos Sargedas tem nos últimos anos feito alguma formação ao nível dos novos líderes de Rotary, de forma a tornarse um futuro líder no movimento rotário.

Painéis electrónicos e sinais em braille são algumas novidades

Economia local ajuda associação de cegos O RESTAURANTE Quinta Valenciana, em Fernão Ferro, em parceria com a rádio local RDS promove, este domingo, uma festa para divulgar a economia local com o objectivo principal de angariar fundos para a Associação de Cegos do Seixal. Também solidário com esta causa estará o convidado especial Nuno Miguel, que com a sua música ao vivo presenteia esta festa durante a tarde de domingo entre outros tantos cantores da localidade incluindo grupo coral alentejano e rancho folclórico, que estarão igualmente solidários com a causa.

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Caldeirada é rainha à mesa

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Associação de cegos apoiada

a acção é destinada a toda a população e de entrada livre.


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ASSOCIATIVISMO 05 "Marrocos pratica uma política de extermínio da população Saharaui"

João Falcão-Machado O Sahara Ocidental é um conflito duradoiro e ao mesmo tempo silenciado. Como explica esta situação da já apelidada “a última foi criada por Marrocos, que se colónia africana”? nega a continuar com o procesAhamed Fal, delegado da so. Com esta atitude, Marrocos Polisario em Portugal - Recenenquadra-se, uma vez mais, fora temente comemorou-se o 39º da legalidade internacional. aniversário da Frente POLISARIO J.M -Gdeim Izik (Movimento de Liberé considerado por tação de Saguia el A comunidade muitos como o perHamra y Río de Oro). cursos do movimenSão 39 anos de resis- internacional é to conhecido como tência e de luta pelos responsável pel a “Primavera Árabe”. direitos legítimos do tragédia que vive O que significa isso? Povo Saharauí pela o povo saharauí: A.F - Gdeim Izik é autodeterminação e a expressão máxima a determinação, di- Marrocos ocupa do repúdio à ocureitos estes que são ilegalmente um pação marroquina. reconhecidos pela território ... Efectivamente, conscomunidade internatituiu o começo de um protesto cional e que lhes foram usurpados em todos os países árabes, com por um país vizinho. Marrocos, a diferença que, no Sahara Ociviolando o direito internacional, dental, foi contra uma ocupação invadiu militarmente o território exterior. em 1975, dando assim lugar a um Este acampamento de protesto conflito que se prolonga até aos marcou uma etapa crucial na luta nossos dias. do povo saharauí, foi um desafio A comunidade internacional às forças de ocupação, constituiu é responsável pel a tragédia que uma mensagem para o mundo vive o povo saharauí: Marrocos inteiro de que o povo saharauí ocupa ilegalmente um territóestá disposto a defender os seus rio, saqueando as suas riquezas, legítimos direitos. intimidando a sua população, Gdeim Izik conseguiu romper impondo a lei do terror, meo bloqueio informativo e o isoladiante as prisões arbitrárias, as mento imposto pelas autoridades deportações forçadas, os tribuda ocupação. Pôs a descoberto nais militares, o isolamento e a a verdadeira essência do regiprivação da população saharaui, me marroquino, que respondeu nos territórios ocupados, dos com os métodos mais desumanos, direitos mais elementares, assim massacrando sem distinção de como o isolamento do mundo sexo ou de idade uma população exterior. indefesa. Actualmente há uma susA população saharauí, através pensão das negociações que se deste acontecimento conseguiu desenrolavam sob a égide das Naunficar ainda mais o seu métoções Unidas. Esta nova situação

Propriedade e editor: Prima Folia • Cooperativa Cultural, CRL / Morada: Rua Fran Paxeco nº 178, 2900 Setúbal

/ Telefone: 963 683 791 • 969 791 335 / NIF: 508254418 / Director: António Serzedelo / Subdirector: José Luís Neto • Leonardo da Silva / Consultores Especiais: Fernando Dacosta •

FRENTE POLISÁRIO EM VISITA A SETÚBAL

Ahamed Fal, antigo ministro do Ambiente da República Árabe Saharaui Democrática (RASD), o governo no exílio da POLISARIO, Frente de Libertação de Saguia el Hamra e Río de Oro, é desde o início do ano o represente do movimento em Portugal. Sua principal missão: promover informação sobre a situação do seu povo e sensibilizar os quadrantes político e sociais para um processo de autodeterminação e independência, que se arrasta desde 1975, quando Espanha, então potência colonizadora, se retirou do Sahara Ocidental, entregando-o a Marrocos e à Mauritância, traindo promessas iniciais de salvaguardar a vontade do povo saharauí, através da realização de um referendo de autodeterminação.

do de luta, marcando uma linha teja presente no processo de Paz, divisória entre os saharauís e as porque ocorre esta violação sisforças de ocupação. temática dos Direitos Humanos? J.M - Num Magreb onde soA. F - Efectivamente, Marpram vários ventos de mudança rocos pratica uma política de e olhado com preocupação pela extermínio da população sahacomunidade internacional, qual rauí nos territórios ocupados a importância geo-estrategica do do Sahara Ocidental, perante Sahara Ocidental? os olhos das Nações Unidas, A. F - O Sahara Ocidental representada pela MINURSO, encontra-se numa posição geque agrupa mais de 15 nacionaográfica muito importante, ao lidades. A atitude passiva da MIabarcar três regiões no plano NURSO perante este extermínio internacional, quero dizer, Áfridesacreditou as Nações Unidas: ca, Médio Oriente e Europa. É um Marrocos mantêm um bloqueio território com imensas riquezas informativo sobre o território, não permite a entrada imprensa minerais e um banco de pesca dos estrangeira, impede a presença mais ricos e variados do Mundo. das organizações internacionais O conflito do Sahara Ocidental defensoras dos direitos humaparalisa até ao momento a intenos e, desta forma, gração dos países do mantém o território Magreb, que tem de (...) “a mão que num estado de sítio. se edificar obrigaHá alguns países toriamente sobre o pede está sempre que toleram esta porespeito da soberania debaixo da mão lítica de extermínio, de cada um dos seus que dá” sobretudo a França, membros, incluindo cuja atitude é contraa República Árabe ditória com os princípios sobre os Saharauí Democrática (RASD). quais se fundamenta a República O Sahara Ocidental e a RASD Francesa, baseados na liberdade, constituem um elemento estabiigualdade e o respeito dos Direitos lizador em toda a região, e assim Humanos. tem demonstrado ao longo de toJ.M - Um número significativo dos estes anos, na sua contribuide saharauís vive nos acampação na luta contra o terrorismo, mentos de refugiados na zona o tráfico de droga, a emigração de Tinduf, Argelia e dependem ilegal, elementos que Marrocos exclusivamente da ajuda interutiliza para desestabilizar toda a nacional. Com a crise económica região e o sul da Europa. que persiste em todo o mundo, J.M - A repressão marroquina como tal se percute na vida dos é particularmente violenta nos acampamentos? territórios ocupados do Sahara A.F - A crise tem um impacOcidental. Ainda que a ONU es-

Raul Tavares / Conselho Editorial: Catarina Marcelino • Carlos Tavares da Silva • Daniela Silva • Hugo Silva • José Manuel Palma • Maria Madalena Fialho • Paulo Cardoso / Director Artístico:

Dinis Carrilho / Consultor Artístico: Leonardo Silva / Morada da Redacção: Rua Fran Pacheco nº 176 1ª 2900-374 Setúbal / Email: Jornalosul@gmail.com / Registo ERC: 125830 / Deposito Legal:

to negativo em todo o mundo, sobretudo nas sociedades mais vulneráveis. A sociedade saharauí, tanto nos acampamentos de refugiados, sofre o duplo impacto de ser refugiada e de ser ocupada. Os saharauís sempre aceitaram a ajuda exterior se esta leva consigo a mensagem da solidariedade e recusaram as ajudas somente de caractr caritativo ou seja, sempre distinguiram entre solidariedade e caridade, porque estamos conscientes de que a caridade humilha, seguindo o refrão africano que diz que “a mão que pede está sempre debaixo da mão que dá”. A ajuda solidária pode diminuir num determinado momento, mas sempre está presente. J.M - Como os saharauís vêem a posição portuguesa perante este conflito? A. F - O conflito do Sahara Ocidental é pouco conhecido em Portugal, devido ao bloqueio qie Marrocos impõe sobre o tema. Não obstante, a postura de Portugal com Timor é uma referência e um exemplo a seguir pelos outros países na defesa da legalidade internacional e do direito dos povos à autodeterminação e à independência. O povo português saberá estar à altura de todos os povos democráticos da Europa na defesa dos direitos de todos os povos, entre os quais o povo saharauí. João Falcão Machado Jornalista 305788/10 /Periocidade: Mensal / Tiragem: 45.000 exemplares / Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA - Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 Moralena 2715-029 - Pêro Pinheiro


A Obsessão e o seu Dia Simplesmente, "Sherlock" Custa a crer que esperei um ano. Um ano? Conto mentalmente a minha miséria e acrescento sem hesitação: ou mais, ou mais. Sem dúvida que foi mais. A não ser que tenha sido menos. É provável que tenha sido menos. Não que isso seja particularmente relevante para a questão em causa. Como se sabe, o tempo é relativo. E eu, relativamente falando, sinto que esperei uma eternidade. Senão mesmo um pouco mais. Volto ao ponto. Eis o ponto: o de que só agora tive a oportunidade de me comprazer com a segunda temporada de “Sherlock”. A primeira temporada, de três episódios de 90 minutos cada, passou na BBC em Julho e Agosto de 2010 e ganhou, sem disputa, o prémio BAFTA de 2011 para melhor série dramática. Facto: até relativamente tarde mantive-me indiferente ao assunto. Erro meu. Visto e revisto, percebi do que o mundo falava e porque razão falava. Rendime, e esperei pacientemente por

eu conheço a argumentação. mais. Uma espera que terminou, Corrijo: eu inventei a argufinalmente, em Janeiro desmentação. Versões modernas te ano com a transmissão da de histórias clássicas? Lembro segunda temporada. E já não era Shakespeare – assassinado sem tempo. já vezes sem conta no ecrã –, Falo de “Sherlock” e falo e dispenso um tão evidente bem. Para bom entendedor terror. Mas existem excepções meia palavra basta. Porque, – poucas, pouquíssimas. Confie de facto, não me refiro meraem mim, sou insusmente a uma nova peito: “Sherlock” é adaptação televisiva A questão uma dessas raras e das aventuras de era: seria possível brilhantes. Sherlock Holmes, dar vida a uma A razão para o icónico detective personagem maior tal facto é simples. fluente na “ciência Simples e curta. Moda dedução” criado que a vida numa ffat e Gatiss sempre por Sir Arthur Cooutra vida? se demonstraram nan Doyle em finais como profundos do século XIX. Na conhecedores e admiradores verdade, refiro-me ao Sherlock das histórias criadas por Conan recriado (é essa a palavra) por Doyle. Um pormenor crucial que Steven Moffat e Mark Gatiss faz toda a diferença. na série britânica que adapta Devo admitir que li ainda e actualiza o célebre detective, pouco das ditas aventuras. brilhantemente interpretado Falha minha? Honestamente, por um Benedict Cumberbatch, prefiro não falar disso. Felize com um sempre encantador mente, Moffat e Gatiss nunca Martin Freeman como Doutor sofreram desse injustificável John Watson, seu fiel amigo e problema existencial. Quando companheiro de aventuras, a se encontravam, falavam – e uma Londres do século XXI. ao que parece falavam mesPauso. Sherlock Holmes mo muito – das aventuras de numa Londres do século XXI? Holmes e Watson. Daí ao que Percebo o óbvio cepticismo se seguiria, foi naturalmente na face do leitor. Eu sei, eu sei:

um passo. O potencial, eles sabiam-no, estava lá. Mas era necessário fazer algo de novo e fresco, assombrados que estavam pelas anteriores adaptações televisivas que, na verdade, sempre lhes haviam parecido demasiado reverenciais e, em certo sentido, estanques. A questão era: seria possível dar vida a uma personagem maior que a vida numa outra vida? A pergunta era astuta, principalmente porque se respondia a ela mesma. Afinal, uma personagem maior que a vida permite-se a viver qualquer vida. O resultado foi simplesmente “Sherlock”. Um Sherlock moderno onde o cenário mudara, mas não, naturalmente, o seu centro gravítico original. Bem vistas as coisas, uma Londres moderna implica não só tecnologia moderna como igualmente o enfado moderno – esse terrível peso de existência que levou, por exemplo, a que este Sherlock se viesse a provar como um ex-fumador com tendência para a recaída. Muito logicamente, Sherlock não se furta a utilizar essa mesma tecnologia (telemóveis, Inter-

net, etc., etc.) para o auxiliar na resolução dos impossíveis casos que acaba por ter em mãos. Mas, independentemente disso, o facto que permanece é que é o seu poderoso intelecto que lhe permite, no fim, solucionar todos os enigmas impossíveis. Isso e a amizade e parceria que mantém com John Watson, claro. Porque, no fundo, esta sempre foi uma história acerca da amizade; uma estranha e em grande medida improvável amizade. Moffat e Gatiss pretenderam ser irreverentes e pouco canónicos na sua proposta de “Sherlock”. Conseguiram-no. Mas sem nunca perder de vista o espírito original do material em que se baseavam. Muitas vezes é necessário que tudo mude para que tudo fique na mesma. E muitas vezes ainda bem que assim é. Agora só falta mesmo uma coisa: que estreie a terceira temporada agendada lá para princípios de 2013. Uma pequena eternidade? Por favor, não vamos falar disso. Tiago Apolinário Baltazar t.apolinariobaltazar@gmail.com

OLHÓ LICENCIADO FRESQUINHO! É APROVEITAR QUE ‘TÁ BARATINHO! Este país não é para jovens. Pelo menos não para jovens que desejem sentir-me realizados profissionalmente e ter o mínimo de independência, o mínimo de desafogo. Tal como recentemente noticiado (denunciado?) em vários órgãos da comunicação social, ao abrigo do programa Estímulo 2012, várias empresas estão a (tentar) contratar licenciados em troca do salário mínimo (ou pouco mais que isso, para que não pareça tão mal). - Olha, finalmente encontrei estágio em Arquitetura! - A sério? Quando começas, quais são as condições? Conta tudo! - Começo para a semana. O horário é flexível, tenho é de fazer umas 10 horas por dia, pelo menos. Pagam o salário mínimo. - Ah... O. K. - Pois... Muitos defendem que «é melhor pouco que nada», e é essa falta de autoestima laboral que nos trouxe (arrastou?) até onde estamos hoje. Qualquer licenciado que que tenha investido tempo, dedicação e dinheiro na sua edução não pode senão ferver por dentro quando lhe atiram umas migalhas, enquanto tentam convencê-lo que aquilo é tudo o que merece em troca de tudo quanto sacrificou.

SARA SEITA

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NR 23

JUN

06 NA VAZANTE

- Então, que tal corre o trabalho? - O anúncio dizia “trabalho”, mas é mais estágio. Pagam subsídio de alimentação e transporte. - Ah... O. K. - Pois... Também há quem critique aqueles que abraçam a precariedade laboral. Tais críticos claramente nunca devem ter sentido a pressão de ter

filhos para alimentar e contas para pagar. Ter princípios é bonito, mas não põe comida na mesa. É indecente que as empresas se aproveitem da fragilidade económica para explorar aqueles que realmente não podem estar sem receber um salário - por mais baixo que este possa ser. Mais indecente se torna esta realidade quando acontece não só sobre as barbas do nosso governo, como com

a sua concordância, dado que se limita a encolher os ombros e deixar acontecer. - Então e como estás a fazer com as despesas da casa? - Não estou. Tive de voltar para casa dos meus pais… - Então… Mas isso implica duas horas e tal de transportes por dia! - É verdade… Já levei duas reprimendas, porque houve dois dias

que cheguei atrasada, por causa das greves…. Como é que este governo pretende impulsionar o emprego e o empreendedorismo se cada medida anunciada parece um prego no caixão onde jaz aquilo que em tempos foi a ambição dos seus jovens? Como é que é possível combater o insucesso escolar tendo em conta a galopante taxa de recém-licenciados desempregados? E depois ainda nos querem “vender” a preço de saldo. Como se fôramos sobras irrelevantes. - Acabou o estágio? Pediram-te que ficasses? - Não, precisam de alguém com carta de condução. Eu ainda não consegui terminar a minha, porque não me pagavam o suficiente. Havia despesas mais prioritárias! - Ah... O. K. - Pois... Parece que por mais que nos esforcemos, não chegamos a lado nenhum. Não é lá muito inteligente atiçar uma colmeia, e é isso que o governo tem vindo a fazer. Há de chegar o dia em que as abelhas irão atacar para defender a sua casa. Ou então a colmeia cairá no chão, vazia: sai mais barato comprar um bilhete de avião que pagar a renda. Vanessa Correia Estudante


Trágico destino de um património

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ASSOCIATIVISMO 07

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GRAVURA RUPESTRE SARAHUI, CERCA DE 5000 ANOS

Agenda Made In Cafe Noites de Albarquel

quecendo ainda a sua literatura, Gravuras rupestres vandalizatanto a tradicional, baseada na das por oficiais da missão de Paz experiência do deserto, como a das Nações Unidas, edifícios que contemporânea, permarcaram a história feitamente desconhede um país deitados O Sahara cida em Portugal. abaixo, segregação Se no caso das dos estudantes saha- Ocidental tem pinturas rupestres, rauís limitando ou im- um importante situadas nos terripedindo o seu acesso património tórios libertados, a a determinados níveis vandalização ocorrido conhecimento. cultural, quer da em 2006 e denunTudo isto o destino material, quer ciada pelos arqueótrágico do patrimó- imaterial, com nio e da cultura de origem deste a pré- logos Joaquim Soler, da Universidade de um país ocupado. história, (...) Gerona, Espanha, e O Sahara OcidenNick Brooks, da Unital tem um importante versidade de East Anglia, Reino património cultural, quer material, Unido foi feita por oficiais em quer imaterial, com origem deste comissão na MINURSO, já a desa pré-história, como as pinturas truição do edificado dentro dos rupestres em Rekeiz Lemgasm e na territórios ocupados do Sahara Cova do Diabo, em Lajuad, até ao Ocidental obedece a uma estratéperíodo colonial espanhol, como gia da força ocupante, Marrocos, o forte de Villa Cisneros (hoje de apagar a memória colectiva Dahjla), passando pela presença saharauí relacionado com tudo o portuguesa, expressa na fortaleza que se refira ao período anterior de Bojador, entre outras. Não es-

Junho dia.

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dia.

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• Sábado

Grooveland

Marcão • MPB

Julho dia.

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Eurico Silva • covers e originais

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dia. à invasão de 1975. Os dois investigadores consQuinteto de Jazz de Setúbal tataram ainda que no caso de Rekeiz Lemgasm houve pinturas dia. que foram arrancadas da rocha, Marcão • MPB desconhecendo-se quem praticou tal roubo e, ainda segundo Soler, durante o período colonial espaComo o apoio do nhol (1884 - 1975) também vários jornal Cultural e de Debates foram os roubos de património feitos pelas forças colonizadoras. Da memória à revolta É preciso ir-se à vizinha Esde Abdurrahaman Budda, abor- no país vizinho, “La Primavera panha para se poder encontrar dando a luta pela independên- Saharaui - Escritores Saharauis numa livraria qualquer obra de cia ou, ainda, “La Maestra que con Gdeim Izik” , é um conjunto escritores actuais me enceñó en una de poemas e relatos que reflecsaharauís, a grande tabla de madera”, tem a dura realidade contemmaioria dos quais de Bahia Mahmud porânea nos territórios ocupaEm Portugal, escrevendo desde o esta riqueza Awah, alguns dos li- dos, com especial incidência no exílio. Em Portugal, vros publicados no acampamento de protesto de literária é esta riqueza literária ultimo ano, são es- Gdeim Izik, nos arredores de El desconhecida. é desconhecida. critas de destaque Aaiún, e destruído violentamente “ E l l a rg o v i a j e que reflectem uma pela polícia marroquina em Nohavia Este”, de Bachir Lehdad, memória pessoal e colectiva, vembro de 2010. recordando a tragédia da fuga que no cativam e nos ajudam a à invasão marroquina há quaJoão Falcão Machado entender um conflito silenciado. se 40 anos, “Tifariti, Mi Tierra”, Jornalista A obra mais recente editada

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[ BARREIRO ]

D.R.

Voluntariado urbano mobiliza centenas

Novos e velhos unidos para darem cara nova ao concelho

A COCA-COLA e a Habipax são os mais recentes parceiros do “Dia B”, mega projecto de voluntariado urbano, que se realiza hoje no Barreiro, com mais de mil inscritos. Jardim dos Franceses, Polidesportivo do Bairro 6, “Largo Casal”, Praia de Alburrica, na Freguesia do Barreiro, Praia da Torralta, Parque Infantil D. Duarte, Ribeira das Naus, na Verderena, Praia de Copacabana, Parque Paz e Amizade, Largo da Telha, Rua do Mormugão, em Santo André, Cidade Sol, em Santo António, Mata da Machada, em Palhais, envolvente da Igreja e Pátio dos Loios, no

Lavradio, Avenida da Escola de Fuzileiros Navais, Parque da Cidade, Bairro Alfredo da Silva, no Alto do Seixalinho, e Parque de Merendas junto à Rotunda de Coina, são alguns dos locais que receberão voluntários. Como voluntários estarão no terreno, além de cidadãos a título individual, representantes de cerca de meia centena de grupos organizados. No terreno vão estar quatro eixos da mesma campanha: Limpeza Urbana, Requalificação de Mobiliário Urbano e Espaço Público, Manutenção de Espaços Verdes e Arte Urbana.

[ MONTIJO ]

Festas do padroeiro até 2 de Julho ATÉ ao próximo dia 2, a cidade do Montijo volta a receber mais uma edição das Festas Populares de São Pedro, numa mistura entre actividades de carácter religioso e outras de dimensão profana. Na vertente religiosa, o dia de São Pedro (29 de Junho) é o ponto alto das comemorações com as habituais procissões. Este ano, a procissão fluvial saiu ontem da Base Área N.º 6 do Montijo em direcção ao Cais das Faluas, tendo, à noite, sido realizada a procissão nocturna de São Pedro. Este sábado, dia de São Marçal, decorrerá o tradicional almoço da classe piscatória. Nessa noite, a Praça de Touros Amadeu Augusto dos Santos receberá a Corrida de Toiros de São Pedro – Adega de Pegões com os cavaleiros Joaquim Bastinhas, Rui Fernandes e João Telles Júnior. Após a Corrida, terá lugar o grande momento de convívio que é a tradicional Noite de

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São Pedro do Montijo é festajado Julho adentro, com festa rija, missa e a tradicional procissão

Comes e Bebes. Para além destes, o já famoso e muito participado “Bibe Eléctrico” voltará a encher as ruas de música e animação; haverá diversos espectáculos musicais e actividades desportivas no Jardim da Casa Mora e nos palcos da Avenida dos Pescadores e da Praça da República; a Rua Joaquim d’ Almeida receberá as largadas

de touros; e as marchas populares voltarão a desfilar pelo centro da cidade, no dia 1 de Julho, às 22h30. No domingo, a TVI estará na Praça da República com o programa em directo “Somos Portugal”. Durante toda a tarde, poderá assistir a vários momentos musicais com artistas do panorama nacional, conhecer o artesanato, a gastronomia

[ MOITA ]

Bibliotecas abrem para animar Verão

(Performance de Dança), Atelier de Espantalhos “Espanta Tu!”, projecto “Latas na Cidade”, entre outras. No Desporto, as propostas também são variadas e incluem o Workshop de BTT, Caminhada e Volteio a Cavalo. A população está também convidada a participar nos piqueniques, nas visitas a bordo do Varino Pestarola e nas iniciativas da Biblioteca existente no Parque Catarina Eufémia. São actividades direccionadas para diferentes públicos (bebés, crianças, jovens, adultos, seniores), que decorrerão em parques e matas, largos e praças, escolas e colectividades.

D.R.

Espaços públicos em festa até Setembro ESTÁ em curso mais uma edição dos Espaços Vivos, o programa de animação de verão do concelho que pretende dinamizar os espaços públicos de uma forma descentralizada, envolvendo os agentes culturais locais. A programação decorre até Setembro e divide-se pelas áreas da cultura, do desporto e do ambiente, entre muitas outras. Em Julho, os Espaços Vivos oferecem, na cultura, a actuação de bandas e ranchos folclóricos, as iniciativas “Pintar o Barreiro e os Barreirenses”, “Arte na Natureza”, Ateliê da Ginga, “A Cidade”

e as principais actividades económicas do nosso concelho. Venha assistir! O encerramento das Festas Populares de São Pedro 2012 será no dia 2 com o concerto de Romana, às 22h30 na Praça da República, o espectáculo de fogo de artifício piromusical e a tradicional Queima do Batel, às 00h00 na Frente Ribeirinha.

Projecto promove o livro e a leitura junto dos mais novos

NOS meses de estio, a Câmara da Moita continua

a dinamizar projectos que fomentam o gosto pelo livro

e pela leitura, especialmente junto dos mais pequenos e das suas famílias. Para o mês de Julho, está agendada a iniciativa “Vem Ouvir Histórias Soltas e Loucas”, no dia 4, na Biblioteca do Parque, no Parque José Afonso, na Baixa da Banheira, no dia 5, na Biblioteca Municipal do Vale da Amoreira, e no dia 7, na Biblioteca Estival,

na Praia Fluvial do Rosário. No dia 27, , a Biblioteca Municipal de Alhos Vedros vai ser palco para as “Histórias de Colinho”, dirigidas particularmente a crianças dos 3 aos 5 anos. As bibliotecas municipais da Moita também promovem durante estes meses de verão iniciativas dirigidas especialmente aos Jardins-de-Infância e ATL.

Profissões tradicionais no Moinho de Maré ATÉ ao próximo dia 4 de Agosto, o Moinho de Maré, em Alhos Vedros, acolhe a exposição denominada “O Salineiro, o Marítimo e o Construtor Naval – Profissões Tradicionais do Concelho da

Moita”. Com esta exposição, a Câmara afirma pretende r«valorizar as principais profissões que contribuíram para o desenvolvimento económico e social deste concelho à beira rio».

Ao passar pelo Moinho de Maré, em Alhos Vedros, o visitante será convidado a fazer uma “viagem” pelo dia a dia dos últimos profissionais do rio: dos arrais das antigas fragatas e varinos, dos salineiros que extra-

íram o sal dos talhos desta margem sul do Tejo e dos construtores navais que deixaram de laborar em embarcações tradicionais. A exposição pode ser visitada aos sábados, das 14h30 às 18h30.

Piscina Municipal de Alhos Vedros abre vagas AS INSCRIÇÕES para a época 2012/2013 na Piscina Municipal de Alhos Vedros vão estar abertas a todos os

munícipes, entre 16 e 21 de Julho, e para não munícipes, de 23 a 28 de Julho. De acordo com o regu-

lamento de funcionzmento, as renovações sem alterações podem ser efectuadas entre os dias 25 e 27 de Julho.

As renovações que necessitem de alterações devem ser efectuadas entre 9 e 14 do mesmo mês.


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[ SETÚBAL ]

[ ALCOCHETE ]

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Feira com programa de excelência A FEIRA de Sant’iago volta a animar Setúbal entre os dias 21 de Julho e 5 de Agosto com aquele que é, segundo a organização, “o melhor cartaz dos últimos anos” e que conta com nomes como Áurea, Carminho, Boss AC, David Fonseca, José Cid, Luísa Sobral e a brasileira Vanessa da Mata, entre outros. Apesar da excelência do programa, a autarquia assegura que o orçamento será de menos de 400 mil euros na edição 430 da Feira de Sant’iago, valor orçamentado o ano passado, e que a contratação de artistas não atingiu

Maria das Dores Meira e Sérgio Mateus apresentaram o certame

os 100 mil euros. O segredo para reduzir custos, explicou Sérgio Mateus, responsável pela organização do evento, «passa por fazer as contratações dos artistas nacionais

logo no início do ano, quando ainda têm as agendas em aberto, o que permite poupar cerca de 30 por cento nos cachets». A presença da brasileira Vanessa da Mata, que

dará dois concertos em Portugal, «foi uma feliz coincidência», explica o responsável, uma vez que, segundo o mesmo «foi possível ajustar a agenda da cantora no nosso país com a abertura da feira”. Os 136 anos do Mercado do Livramento é o tema da edição, estando prevista uma homenagem aos cinco trabalhadores que perderam a vida nas obras de modernização do mercado, no início do ano, após a derrocada de uma parede, e assegurada uma exposição fotográfica, com fotos antigas do mercado nunca antes tornadas públicas.

Semáforos protegem peões na Praça do Brasil COM vista a reforçar a segurança rodoviária dos peões, na zona da Praça do Brasil, o município está a colocar semáforos junto de passadeiras existentes, nomeadamente na estrada dos Ciprestes, perto da estação ferroviária, e na Avenida da República da Guiné-Bissau.

O investimento é superior a 20 mil euros. «O reforço do sistema de sinalização semafórica visa diminuir a perigosidade de atravessamento das vias e eliminar riscos de circulação para os peões», salienta o vereador Carlos Rabaçal, sobre esta intervenção.

A materialização desta ação, uma «resposta direta a um problema identificado há algum tempo», refere o autarca, «vai ter um impacte muito positivo na circulação na zona da Praça do Brasil, uma área com grande fluxo pedonal, devido à proximidade da estação ferroviária».

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Os novos semáforos vão funcionar em articulação com o sistema já existente na zona da Praça do Brasil. «Desta forma é garantida a fluidez de trânsito rodoviário e, fundamentalmente, é melhorada a segurança pedonal dos muitos utilizadores desta área urbana» de Setúbal, frisa o autarca.

Câmara contra mega-escolas O EXECUTIVO municipal repudia a pretensão do Governo em reorganizar a rede escolar que, no caso de Alcochete, pressupõe a agregação do Agrupamento de Escolas El-Rei D. Manuel I com a Escola Secundária de Alcochete. O presidente da Câmara destaca que o parecer da Junta Metropolitana de Lisboa vai ao encontro da rejeição da constituição destes mega-agrupamentos. «O sentimento geral é de que este modelo de ordenamento da gestão escolar não serve os interesses da comunidade educativa», afirma Luís Miguel Franco. Entre os vários protestos, o executivo queixa-se de que «não

resulta claro que a agregação de escolas proposta seja garante da democraticidade subjacente ao princípio da escola pública», de que «não foi realizada uma avaliação formal e fidedigna ao modelo de gestão dos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas». Por outro lado, sustenta que o modelo de gestão proposto «apresenta incoerências várias que suportam a percepção generalizada de que a agregação de escolas visa responder sobretudo, se não exclusivamente, às políticas de contenção orçamental em detrimento da melhor prestação de um dos serviços basilares da sociedade contemporânea».

Pombal de novo em apreciação

POCEIRÃO recebe até este domingo, a XXIII Feira Comercial e Agrícola, que conta com o apoio da Junta de Freguesia do Poceirão e do município. A valorização da atividade agrícola e dos produtores, a mostra dos recursos e potencialidades da freguesia e a celebração da identidade local são os principais objetivos do certame, que integra a programação “Palmela, Cidade Europeia do Vinho”. Uma mostra de máquinas agrícolas com cerca de 1500 metros quadrados, mostra de animais, o Festival das Adegas e do Vinho, várias dezenas de pavilhões institucionais e do movimento associativo, artesanato e venda de hortícolas directamente do produtor são alguns dos destaques da feira, que dá a conhecer o mundo rural. Um vasto programa de animação

O SEGUNDO período de apreciação pública do regulamento do Fundo de Compensação do Plano de Pormenor da Rua Marquês de Pombal, em Pinhal Novo, está a decorrer. Este regulamento define as regras de funcionamento, em matéria financeira, das verbas geradas pela implementação do referido plano. O documento pode ser consultado, ao longo de 30 dias úteis, em www. cm-palmela.pt, bem como no edifício dos Paços do Concelho, e na Junta de Freguesia de Pinhal Novo, durante as horas normais de expediente. A apreciação pública consiste na recolha de observações ou sugestões que os interessados queiram formular sobre o conteúdo deste projeto de regulamento.

Actividade promove tradição

apresenta várias ofertas, com destaque para a música, o teatro de revista, a gastronomia, o desporto, o stand-up comedy e as atividades equestres. O colóquio “Agricultura versus Grandes Hipermercados”, decorre este sábado, às 10 horas.

O autarca Luís Miguel Franco quer escolas inclusivas

Base aérea abre portas à comunidade

DR

A PROPÓSITO das comemorações do Dia do Vinho, “Palmela, Cidade Europeia do Vinho 2012”, a acção Palmela Wine propõe um conjunto de atividades que associam a cultura do vinho ao território e aos recursos turísticos da região, promovendo um maior conhecimento sobre o consumo moderado. Destaque para uma experiência diferente, a prova de vinhos com astronomia, que alia a descoberta dos sabores regionais à exploração dos céus, a partir do promontório privilegiado do castelo local. A 6 e 7 de Julho, a Palmela Wine Party propõe duas noites de boa música, gastronomia e descontração no centro histórico da vila, para descobrir os melhores vinhos da região, os quais têm conquistado várias medalhas no país e estrangeiro.

Poceirão valoriza mundo agrícola

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Palmela Wine promove vinhos

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[ PALMELA ]

Os sessenta anos da BA 6 são assinalados com a população

NAS comemorações do 60.º aniversário da Força Aérea Portuguesa, a Base Aérea N.º 6 em Samouco abre as suas portas à população este fim-de-semana, com um conjunto de iniciativas que incluem exposições, demonstrações e uma parada militar. Este sábado, a BA6 está aberta ao público com exposições estáticas de aeronaves, exposições de

equipamentos e material utilizado para vários tipos de missões, demonstrações cinotécnicas e de capacidades operacionais. Amanhã, a partir das 15h00, a população está também convidada para assistir à cerimónia militar, presidida pelo ministro da Defesa Nacional, e ao desfile das Forças em Parada com militares e meios operacionais da Força Aérea.


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[ LITORAL ]

O EXECUTIVO de Santiago do Cacém está satisfeito com a atribuição do Prémio do Conto Camilo Castelo Branco, instituído pela Associação Portuguesa de Escritores ao livro Caixa Baixa de Eduardo Palaio, a obra que, em 2010, venceu o Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca. O livro do artista plástico e escritor foi co-editado em 2011 pela Colibri e pela Câmara de Santiago do Cacém. O Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca é concedido bienalmente e distingue uma colectânea de contos originais, escritos em língua portuguesa, por autor maior de idade, natural de qualquer país que integre a comunidade lusófona. Em Abril, encerraram as candidaturas para a edição deste ano,

O executivo santiaguense felicita Eduardo Palaio, cuja obra voltou a vencer

para a qual concorreram 43 obras. O Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca será entregue em Outubro de 2012. O júri da nona edição é constituído pelo Vice–Presidente da

Associação Portuguesa de Escritores, José Correia Tavares, pelo editor da Revista Os Meus Livros, João Morales e pela Professora Helena Cabral, da EB2/3 de Vila Nova Santo André.

Alentejo contra paragem das obras na A26 A COMUNIDADE Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL) pediu esta semana esclarecimentos ao Governo sobre as suas «reais intenções» em relação à subconcessão Baixo Alentejo, manifestando-se preocupada com a paragem nas obras da A26 e do IP2. Segundo a posição da CIMBAL, a paragem nas obras de construção da A26, entre Sines e Beja, e de requalificação do IP2, nos troços São Manços/Beja e Beja/Castro Verde, é «prejudicial para a região». No documento, a CIMBAL sublinha «a necessidade de prosseguimento urgente das obras” e defende que “qualquer alteração a efectuar” no traçado da A26 “deve ter em conta a opinião das autarquias respectivas».

América Latina ‘pisca o olho’ a Santiago do Cacém O CONCELHO santiaguense recebeu, ontem, uma visita dos embaixadores de países sul americanos, nomeadamente os representantes dos governos daArgentina, Cuba, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai. A visita serviu para que os diplomatas se inteirassem das potencialidades do concelho, na procura de novas parcerias ao nível do tecido económico e

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Pimel 2012 elegeu os melhores de Alcácer

institucional da região. E as expectativas são enormes. A delegação de embaixadores da América Latina em Portugal, o presidente e secretário geral do Instituto para a Promoção e Desenvolvimento da América Latina (IPDAL), e o presidente da Turismo do Alentejo, Ceia da Silva, tiveram ainda honras de uma recepção com o presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Vítor Proença.

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A AUTARQUIA de Manuel Coelho abriu as candidaturas aos apoios sociais escolares para as crianças doensino préescolar e do 1.º ciclo do Agrupamento Vertical de Escolas de Sines. As candidaturas são efectuadas na Secção Administrativa do Serviço de Educação, nos Paços do Concelho da Câmara Municipal de Sines, entre as nove da manhã e as três e meia da tarde. Diz o regulamento que os candidatos têm de preencher um formulário de candidatura, apresentar um atestado de Residência no Concelho de Sines e o ofício da Segurança Social com a indicação do índice de Abono de Família. A Câmara Municipal de Sines concede apoio em livros e material escolar às crianças mais carenciadas a frequentar o 1.º ciclo do ensino básico e apoio com o custo das refeições aos alunos do 1.º ciclo e pré-escolar. De acordo com as normas em vigor, as crianças mais carenciadas (escalão A), são isentas do pagamento de senha e as crianças com escalão B pagam metade do valor definido por lei.

Livro Caixa Baixa ganha prémio Camilo Castelo Branco

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Sines lança apoio social escolar

O potencial económico do concelho está a captar a atenção de vários países

Grândola marca Rota das Tabernas ATÉ ao próximo dia 14 de Julho, o concelho de Grândola apresenta uma rota pelos melhores e mais genuínos sabores do Alentejo. A Rota das Tabernas passa por oito tabernas típicas do concelho de Grândola, onde cada petisco para descobrir e saborear é acompanhado por um “menu cultural” surpresa, que

pode incluir poetas populares, cante alentejano, fado e música popular. O “menu” inclui também vinhos e gastronomia de produtores do concelho. Na Rota estão nomes já habituais no certame, e que têm vindo a valorizar este património cultural da região, como é a Taberna do Agostinho, (Santa Margarida da Serra); a Taberna

dos Mosqueirões; o Café Triunfo, Santa Margarida da Serra; a Taberna Típica Alentejana, em Grândola; A Taberna, nas Sobreiras Altas: a Tasquinha do Zé de Moura, na sede de concelho; e a Casa Dimas, em (Santa Margarida da Serra. A Rota das Tabernas termina dia 14 de Julho, na Taberna o Justense, na Aldeia da Justa.

Personalidades, instituições e trabalhadores premiados pelo município

A XXII Pimel – Feira do Turismo e das Actividades , que no fim-desemana encerrou portas, distinguiu cidadãos e instituições com a Medalha de Mérito Municipal e eleitos os melhores doces, méis e petiscos do certame. Este ano, o município distinguiu cinco entidades colectivas e dois cidadãos. Os homenageados foram a Fundação Nossa Senhora das Dores, o Conjunto Chave d’Ouro e o Grupo Feminino de Cantares do Xarrama e a Associação Alcacerense de Socorros Mútuos e ainda

os cidadãos Augusto Jorge e Henrique Galvão Lopes. A autarquia distinguiu ainda os trabalhadores que, em 2012, completam 30 anos ao serviço da Câmara, os cidadãos que fizeram parte da comissão de honra que escolheu os agraciados com a Medalha de Mérito e três empresários que se destacam pela presença assídua na Pimel: Maria Luzia Onça, na área do artesanato, João Alberto Carreira (tasquinhas) e Aldegundes de Freitas, na doçaria.

Pintura e Cerâmica na Biblioteca PINTURA de David Mora Catlett e peças de cerâmica de Amadeu Porto e Maria do Rosário Paquete para apreciar em Grândola, até 14 de Agosto. David Mora Catlett é um pintor e escultor mexicano, filho de um reconhecido pintor e de uma famosa escultora e pintora afro-americana. Há alguns anos, passou férias numa

quinta perto de Azinheira dos Barros e aí pintou uma série de quadros que retratam aspectos do quotidiano de alentejanos. Amadeu Porto iniciou o contacto com a cerâmica na vila oleira do Redondo. Autodidacta, exerce actividade em Grândola, na Oficina de Cerâmica S. Pedro. As suas peças

utilitárias, decorativas e escultóricas, resultam da pesquisa, reflexão e experimentação na arte da cerâmica de alta temperatura. Rosário Paquete é de Grândola e começou a actividade na cerâmica pela via decorativa; hoje a sua preferência vai para o figurativo. É mais uma iniciativa cultural de encher o olho.


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+ Negócios Nova centro de investigação da Galp Energia é aposta para aumentar produção e melhorar a competitividade

Refinaria de Sines ganha ‘know how’ A refinaria de Sines da Galp Energia inaugurou esta semana um novo centro de investigação que vai potenciar o desenvolvimento tecnológico da unidade e gerar mais ‘know how’ para o sector nacional. E há também um novo reactor em fase de instalação, que vai testado pelos novos equipamentos. da empresa petroquímica. Esta aposta forte na inovação e tecnologia, com retorno previsto «na optimização dos processos de produção e na melhoria sustentável da qualidade do produto», como enfatizou Ferreira de Oliveira, «é colocar a Galp Energia na vanguarda das novas tecnologias e apostar no capital humano». O presidente da empresa deixou claro que o investimento nos recursos humanos qualificados de topo e a aquisição de equipamentos sofisticados, de que é exemplo o novo centro de investigação, «é uma aposta de futuro em nome da competitividade». O trunfo da ligação às universidades Dando expressão a um sonho antigo do Professor Ramôa Ribeiro, catedrático do Instituto Superior Técnico, falecido em 2011, o centro é a nova coqueluche do laboratório já existente na refinaria

Fotos: DR

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refinaria de Sines da Galp Energia passou a ter uma nova ferramenta tecnológica de vanguarda com a inauguração, quinta-feira, do novo centro de investigação “Prof. Ramôa Ribeiro”, que vai permitir testar as unidades de produção da plataforma industrial e introduzir melhorias na cadeia de procedimentos. O novo laboratório de testes catalíticos irá mimetizar o funcionamento da unidade de hidrocraqueamento do gasóleo pesado, actualmente em fase de construção, cuja peça base é um reactor de 42 metros de altura e cinco de diâmetro, num projecto orçado em cerca de 1,4 milhões de euros. «Tratase de uma das maiores unidades do mundo na sua categoria, que irá aumentar a produção de gasóleo e de jet fuel», explicaram responsáveis da empresa durante a visita à refinaria que contou com a presença de Ferreira de Oliveira, o homem-forte

Ferreira de Oliveira orgulhoso do novo Centro “Ramôa Ribeiro”

de Sines, liderado por Luís Cabrita. A unidade técnica conta com 33 profissionais altamente especializados e

Plataforma de Sines é aposta forte para Ferreira de Oliveira O patrão-mor da Galp Energia, Ferreira de Oliveira, era um homem feliz, por ter concretizado «o sonho» de Ramôa Ribeiro. «Sei que se ele aqui estivesse estaria muito orgulhoso. Foi um homem excepcional e esta ligação ao mundo académico, com a criação dos

doutoramentos é uma aposta consciente da nossa parte», confessou ao Semmais à margem da inauguração. Ferreira de Oliveira, não tem dúvidas de que a nova unidade de investigação será também «um viveiro de técnicos de excelência» que

vão consolidar o ‘know how’ «para a empresa e para o país». E reafirmou a importância da refinaria de Sines nos rácios de exportação portuguesas «acima da Autoeuropa», como frisou, e como uma das maiores da Europa no universo da refinação de petróleo.

elabora cerca de 700 análises, de diversas tipologias todos os anos. «Estamos preparados para todos os tipos de expe-

os jovens engenheiros serão integrados em grupos de trabalho com vista à sua participação em alguns dos projetos mais inovadores que estão a ser desenvolvidos pelo construtor automóvel alemão. A Volkswagen Autoeuropa oferece um pacote remuneratório competitivo, bem como um plano diversificado de formação contínua para favorecer a integração no âmbito de um destacamento internacional. No termo do programa, os participantes terão a possi-

bilidade de oferta de emprego nas fábricas alemãs das marcas Volkswagen e Audi. Com esta iniciativa, pretendese «abrir as portas para o mundo internacional do grupo Volkswagen», conforme realçou Jürgen D. Hoffmann, director de recursos humanos, finanças e tecnologias de informação da Volkswagen Autoeuropa. A iniciativa é designada First Experience Program FEP e terá início em Outubro de 2012. Para fazer parte do projeto, os candidatos devem

levado para a frente com a forte ligação às universidades como o estamos a fazer», explicou. O director da unidade da Galp Energia de Sines lembrou ainda os serviços prestados pelos laboratórios da refinaria para os tribunais e autoridades policiais, em peritagens solicitadas para aferir múltiplas substâncias apreendidas pelas polícias portuguesas ou objecto de investigação e procedimento judicial. «É uma das missões de que nos orgulhamos e é também serviço público», disse ao Semmais Cordeiro Catarino. Igualmente satisfeito pelo novo investimento em terras sineenses, Manuel Coelho, presidente do município, fez questão de sublinhar a «grande visão estratégica» da empresa na criação do centro de investigação e lembrou que este investimento da Galp Energia vai potenciar ainda mais o grande pólo industrial, logístico e económico do concelho.

Plano para reduzir peso com os custos de energia Os responsáveis da plataforma industrial estão preocupados com os custos de energia que têm aumentado desmesuradamente, sendo que representam actualmente, segundo Cordeiro Catarino, director da refinaria, cerca de 70 por cento das despesas operacionais

Autoeuropa contrata 32 licenciados A VOLKSWAGEN Autoeuropa está a lançar um programa internacional para incorporar recém-licenciados. Os candidatos selecionados assinarão um contrato inicial de dois anos com a empresa para obter formação técnica e trabalhar em diferentes fábricas do grupo Volkswagen. O período de trabalho em Portugal terá a duração máxima de 3 meses e os 21 meses restantes serão passados em fábricas do grupo na Alemanha. Durante estes dois anos,

rimentações e para garantir a qualidade de serviços à empresa, à nossa indústria e aos nossos clientes», afirmou Luís Cabrita. Em termos concretos, o centro, que já está a funcionar há três meses, é uma «parceria feliz», na expressão de Ferreira de Oliveira, entre a Galp Energia e o mundo universitário, sendo que estão a ser realizadas naquela unidade especializada dez teses de doutoramento, desenvolvidas por estudantes universitários. «Estamos a criar ‘know how’ português e mais uma vez a liderar a investigação no sector, porque para ser competitivo é preciso conhecimento e ter uma verdadeira cultura tecnológica», disse Ferreira de Oliveira. Este aprofundamento do saber é também um trunfo para o director da unidade de Sines, Cordeiro Catarino. «Este centro vai crescer e é a chave para a modernização do sector, antecipado pela Galp Energia e isso só poderá ser

ser detentores de diploma que confira grau de licenciado ou mestrado nas áreas de engenharia ou tecnologias de informação, ter domínio da língua inglesa, conhecimento da língua alemã e estarem totalmente disponíveis para mobilidade internacional. A Autoeuropa continua a apostar na formação para atrair talentos nacionais. O FEP é mais um projeto no âmbito dos programas qualificantes que a Volkswagen Autoeuropa tem abraçado nos últimos anos.

da estrutura. «É um grande peso, sobretudo quando temos vindo a reduzir as margens de lucro», explicou ao Semmais o mesmo responsável. E para ‘atacar’ este problema está a ser implementado um conjunto de novos processos nas diversas cadeias de

produção, que passam pela mudança de turbinas e diminuição de fugas de vapor, entre outros procedimentos certificados. «O nosso objectivo é reduzir até ao final deste ano 5 por cento destes custos, o que seria excelente», afirmou Cordeiro Catarino.

Porto de Sines quer ferrovia A ADMINISTRAÇÃO do Porto de Sines (APS) participou no Fórum de Discussão “A Euroace e a Ligação Ferroviária de Mercadorias SinesCaia-Madrid-Paris” que teve lugar em Vendas Novas, no passado dia 21 de Junho. No encontro foi debatida a importância do eixo ferroviário de mercadorias entre o Porto de Sines, Espanha e resto da Europa. Neste âmbito, a APS focou a sua intervenção na valorização da existência de uma ferrovia para a sua infra-estrutura portuária assim como para toda a plataforma industrial e logística em que está inserida, a qual

é uma referência, constituindo-se como «a maior plataforma ferroviária de mercadorias no nosso país», enfatizam os seus responsáveis. A APS destacou ainda que, dada a «evolução que o Porto de Sines tem registado nos últimos anos, assim como a perspectiva de movimentação de carga prevista», assumese «fundamental» a existência de um corredor ferroviário que permita estender, «de forma ainda mais competitiva, a área de influência deste porto ao centro da Península Ibérica e, posteriormente, ao resto da Europa».


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+ Desporto Atletismo junta centenas em Santiago

Arranca este sábado, na frente ribeirinha da Moita

Cerca de 200 atletas estão já inscritos para o 6º. Grande Prémio de Atletismo “Nossa Sr.ª do Livramento” de S. Francisco da Serra, marcado para 7 de Julho. A prova, com partida e chegada em S. Francisco da Serra, tem um percurso de 9 km.

o Troféu de Canoagem S. Pedro 2012. Este ano, a prova é orientada para os escalões de formação na modalidade de canoagem, na vertente de Esperanças, com jovens masculinos e femininos dos 9 aos 16.

Sesimbra mergulha pela inclusão no desporto a FPDD (Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes) e o Surf Club de Sesimbra (SCS) e estarão abertas a todas as pessoas, com ou sem deficiência. O representante da DDI Portugal, Paulo Guerreiro, realça que a escolha de Sesimbra deve-se «às condições excepcionais de mar e acessibilidade», no entanto, lamenta, «os apoios que aqui encontramos são praticamente nulos». Condições do mar fazem a diferença Ainda assim, as expectativas são grandes, pois, considera que a presença do secretário de Estado dos Assuntos do Mar neste aniversário «vem

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m Mar Para Todos é a proposta da DDI Portugal, para as comemorações do seu II aniversário, marcado para este sábado, em Sesimbra. A vila ‘pexita’ recebe, assim, pela segunda vez consecutiva, o evento que tem como objectivo promover o mergulho com pessoas portadoras de deficiência como um pacote de actividades de excelência na inclusão social e reabilitação. Durante esta tarde serão realizadas diversas actividades, na Praia do Ouro, ligadas ao mar e à praia como o mergulho, o voleibol sentado, o ténis de praia, o surf e o boccia. As actividades serão dinamizadas pela DDI Portugal em parceria com a Escola de Mergulho Haliotis, com

A DDI Portugal tem escolhido a vila de Sesimbra para as suas mais variadas iniciativas

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MEYONG, o avançado internacional camaronês, renovou esta semana o contrato que o liga ao Vitória de Setúbal por mais duas temporadas, ficando vinculado ao clube sadino até junho de 2014. O avançado de 31 anos é um dos jogadores mais acarinhados pela massa associativa do Vitória e é um dos nomes mais sonantes no plantel de José Mota.

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Em comunicado, a SAD do Vitória de Setúbal enalteceu «a postura do jogador ao longo de todo o processo negocial» já que, embora tivesse recebido propostas mais vantajosas do ponto de vista financeiro «optou por continuar a defender a camisola centenária do Vitória FC.» No sentido de preparar a próxima época e com o objectivo de aumentar as opções de escolha de José

Sado volta a viver emoções da natação

DR

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IMOBILIÁRIO

aumentar a nossa responsabilidade e, ao mesmo tempo, um indicador de que o trabalho temos vindo a desenvolver não passa despercebido». Ao longo destes dois anos, a DDI Portugal tem vindo a ganhar não só adeptos como amigos. Um grupo que se solidifica aos poucos, não só em Portugal como no mundo inteiro. Flemming Thygue, vice-presidente da DDI estará uma vez mais em Portugal para comemorar este aniversário com a equipa que considera «um grande exemplo a nível mundial». Os portugueses «são mencionados em todas as feiras e congressos onde estamos presentes como sendo um caso de sucesso», remata.

DEPOIS de ter recebido o apuramento olímpico para os 10 quilómetros de águas abertas, o rio Sado volta a viver as emoções da natação pura, mas desta vez na vertente amadora. As inscrições para a prova “Baía do Sado a Nado”

já estão abertas para atletas não federados e simpatizantes da natação com idades entre os 18 e os 70 anos. A prova com cerca de dois quilómetros e meio disputa-se entre a baía da Gávea e o Parque Urbano de Albarquel, tem lugar no próximo dia 21 de Julho a partir das 15 horas e está incluída no programa dos Jogos do Sado. Os participantes, que percorrem um trajeto, a favor da maré, são repartidos pelos escalões dos 18 aos 30 anos, dos 31 aos 40, dos 41 aos 50 e dos 51 aos 70 anos.

Mota, o clube sadino assinou contrato também com dois jogadores oriundos das camadas de formação do clube. Kiko, de 19 anos, celebrou o seu primeiro contrato de jogador profissional de futebol, estando agora vinculado ao Vitória até 2015. Também o defesa central Miguel Lourenço, de 20 anos, renovou até 2014. A época passada o jogador esteve cedido ao Casa Pia.

Azeitão com pentatlo moderno PERTO de centena e meia de atletas, com idades entre os 6 e os 16 anos, participam numa competição internacional de pentatlo moderno, a realizar no dia 15 de julho, em Azeitão. A “X Copa Atlântica/ Campeonatos Nacionais da Juventude” contempla as disciplinas de natação e combinado (tiro e corrida). A competição conta com a participação de perto de duas dezenas de atletas ingleses de North Kent e, previsivelmente, com desportistas da Federação Catalã de Pentatlo Moderno.


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A fechar

Carlos Sargedas

Câmara de Setúbal ‘visitada’ por técnicos da Troika

Conferência do Semmais juntou mais de 20 palestrantes e centena e meia de participantes

Assunção Cristas mostra ‘caminhos agrícolas’ para o país e região A MINISTRA da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, enalteceu, quarta-feira, as potencialidades dos vinhos da região na produção nacional e de outros cluster’s que apostam na diferenciação, de que são exemplo os queijos, a maçã-riscadinha, a doçaria e a gastronomia. Presente na sessão de abertura da conferência organizada pelo Semmais, em Palmela, subordinada ao tema “Novos

Caminhos para o Cluster Agrícola no Distrito de Setúbal”, Assunção Cristas garantiu que dentro de seis a sete anos o deficit no sector agrícola, calculado em cerca de 3 mil milhões de euros, «vai ser desfeito», reafirmando que a agricultura tem «um papel relevante a desempenhar na transformação estrutural» da economia portuguesa. Intervenção muito pragmática

Seca extrema na região A 15 de Junho a seca agravou a sua intensidade em particular nas regiões do Sul, face a 31 de Maio, revela o relatório do Instituto de Meteorologia. O distrito estava em seca extrema. A 15 de Junho, «não se verificou a ocorrência de precipitação em quase toda a região do Sul, sendo o valor médio da quantidade de preci-

pitação ocorrida no território continental de 7.8 milímetros, valor inferior ao valor médio 1971-2000 (32.2 mm) para este mês»., refere o IM.Tendo em conta que o mês de Junho é caracterizado por valores médios mensais da quantidade chuva baixos, será mais provável a continuação da situação de seca.

A intervenção da ministra versou todas as questões ligadas directamente ao desenvolvimento do sector e das suas fileiras, prometendo «vantagens» na revisão da PAC, e uma determinada «limpeza» nos programas de financiamento, nomeadamente do PRODER. Deu números, exortou os produtores ao associativismo, fez críticas ao sector dos seguros, que «não cobrem os prejuízos» de quem trabalha a

terra, e disse estar empenhada em fomentar a atracção de jovens para a actividade agrícola. Igualmente presente na abertura dos trabalho, que juntou mais de duas dezenas de palestrantes e cerca centena e meia de participantes, no conjunto das sessões, Ana Teresa Vicente, a edil anfitriã, não se escusou a afirmar que a «sustentabilidade da região discute-se numa época de desafios para

o poder local», mas afiançou grandes expectativas no «desenvolvimento rural como parte integrante do território». A fechar os trabalhos, o director regional da Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo, Nuno Russo, enfatizou a necessidade de os produtores ganharem escala, reafirmando a agricultura da região «como um sector gerador de riqueza e emprego».

Nova restaurante social N.ª Senhora da Conceição não tem mãos da medir O RESTAURANTE social da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, na Diocese de Setúbal, debate-se com um aumento de pedidos e a sua capacidade de resposta tem vindo a diminuir, revelou o pároco local à agência Ecclesia. O espaço, que esta

semana assinala o primeiro ano de existência, passou das 94 para 56 diárias afirma o padre Constantino Alves. As razões para este decréscimo na ajuda social estão, segundo o sacerdote, na falta de apoios das entidades oficiais: «Até hoje não recebemos um

cêntimo, nem da Segurança Social nem do Governo nem da câmara nem da junta de freguesia», afirma. Sendo um complemento «àquilo que eles não fazem», os poderes instituídos tinham «obrigação de ajudar», acrescenta o religioso da Congregação dos Filhos da Caridade.

A Câmara Municipal de Setúbal recebeu na passada quarta-feira uma delegação do Ministério das Finanças, composta, entre outras entidades, por técnicos das instituições que compõem a Troika. A reunião foi pedida à autarquia para debater a dificuldade de aplicação da Lei dos Compromissos nas autarquias locais. As conclusões da reunião entre ambas as partes não foram divulgadas ao Semmais, embora uma fonte da autarquia garanta que a delegação «veio ouvir opiniões do executivo e de técnicos camarários». A autarquia sadina não foi a única na Área Metropolitana de Lisboa (AML) a receber a visita da delegação do Ministério das Finanças. O Semmais sabe que a delegação reuniu também com as câmaras municipais de Sintra e de Vila Franca de Xira, duas das maiores autarquias na AML a gerir orçamentos anuais elevados. Contactadas, fontes das câmaras do Seixal e de Almada afirmaram, por seu lado, desconhecer a presença da delegação nas suas instalações recentemente.

Avaliação de casas caiu no distrito O valor médio de avaliação bancária, realizada no âmbito da concessão de crédito à habitação, fixou-se em 952 euros por metro quadrado em Maio, no distrito de Setúbal. Os dados são do Instituto Nacional de Estatística (INE). Face ao mês anterior (Abril) registouse um decréscimo de 1,7%. Comparativamente com período homólogo verificou-se uma quebra de 8,5%. O preço dos apartamentos fixou-se nos 946 euros metros quadrados, menos 2,5% do que no mês de Abril. Comparativamente com igual mês de 2011 registou-se uma quebra de 10%. O valor das moradias foi de 957 euros por metro quadrado, menos 0,9% do que no mês anterior e menos 7,4% do que em período homólogo.


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