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edição especial comemorativa do 16º aniversário do semmais
VENDA INTERDITA Sábado | 31 janeiro 2015
Diretor: Raul Tavares
semanário — edição n.º 841 • 8.ª série — 0,50 € • região de setúbal
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CULTURA 13
NEGÓCIOS 11
SOCIEDADE 4
Revista popular "Pró Diabo Kus Carregue", sobe ao palco no Montijo.
Novo Terminal de Contentores do Barreiro capta interesse de grupo Chinês.
"Trojan Horse Was a Unicorn Festival", em Tróia, é o melhor do mundo na sua área. Fotos: DR
Antiga ministra já antevia rutura no Garcia de Orta
BALANÇO DO ANO
SOCIEDADE Ana Jorge explica ao Semmais porque veio a terreiro para defender os seus colegas clínicos demissionários, devido à crise das urgência daquela unidade hospitalar de Almada.
Ceia da Silva — A Figura Arrábida chumba — O Acontecimento As escolhas maiores da redação do Semmais para figurarem no balanço do ano de 2014 recaíram em Ceia da Silva, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo/Ribatejo e na retirada da candidatura da Arrábida a Património Mundial. Mais há mais referências a completar a carteira de escolhas. Tudo para conferir nas centrais desta edição.
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"Casa Ermelinda Freitas" conquista PME Excelência
Estado dá mais seis milhões às Câmaras, mas não convence oposição As transferências do Orçamento de Estado este ano para os municípios do distrito totalizam 114 milhões de euros, mais 6 milhões comparadas com as do ano anterior. A oposição fala em «embuste» Pub.
NEGÓCIOS Pela terceira vez consecutiva a empresa vitivinícola de Palmela arrecada este prémio de gestão pelo seu bom desempenho económico-financeiro. Mas a crise em Angola preocupa. PÁG. 11
AFS é pioneira no projeto "Cartão Branco" do fair play DESPORTO A iniciativa é inédita a nível nacional e vai premiar vai premiar jogadores, dirigentes e público em jogos juvenis. E arranca já a 7 de Março na fase final dos campeonatos infantis e benjamins. PÁGS. 8 e 9
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ENFOQUE
Hospital de Almada a ferro e fogo com urgências, falta de meios e negociações com médicos em cima da mesa
Antiga ministra considera «inevitável» rutura nas urgências do Garcia de Orta Há dois meses que o Garcia de Orta está a ser fustigado com mortes polémicas, falta de meios e demissões de chefias. Aos ‘murros na mesa’, a tutela e a gestão da unidade têm respondido aos avanços e recuos.
DR
A RUTURA que se instalou nas urgências do Hospital Garcia de Orta ao longo dos últimos dois meses já era esperada pela antiga ministra da Saúde, Ana Jorge, que esta semana saiu em defesa dos sete chefes da equipa do serviço de urgência que continuam demissionários. A ex-governante percebe o que levou os profissionais a darem o «murro na mesa», perante a falta de condições de trabalho, alertando que «não podem ser responsabilizados por aquilo que acontece aos doentes». Recorde-se que Ana Jorge é a responsável por um serviço de formação do hospital Garcia de Orta, tendo considerado que «era inevitável que isto acontecesse ao fim destes anos», acrescentando mesmo que administração já tinha sido alertada para o risco desta situação estar na iminência de poder ocorrer. Os números falam por si. As urgências do Hospital Garcia de Orta estão sobrelotadas desde o início de Dezembro. Os serviços têm capacidade para atender 350 doentes por dia, mas a média de utentes não tem baixado dos 450, segundo apurou o Semmais junto de fonte hospitalar. Perante os cem utentes diá-
A ex-ministra da Saúde, Ana Jorge, é responsável por um serviço de formação da unidade hospitalar. À direita, o administrador do Garcia de Orta.
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Texto Roberto Dores
dos Médicos já manifestou o seu apoio aos profissionais que se demitiram, considerando que, com esta atitude, os médicos não se deixaram «enredar em processos vazios de apaziguamento da opinião pública» e «revelaram uma enorme dignidade profissional e uma forte ligação ao seu compromisso com os doentes». Para esta secção da Ordem, os sete médicos resistiram «a pressões, coesos nas suas convicções e, determinados, defendem os seus doentes em particular e todo o Serviço Nacional de Saúde». «O senhor ministro da Saúde revelou mais uma vez a sua incapacidade para compreender a importância das suas funções e aludiu a uma velada desresponsabilização daqueles que se demitem», lê-se no comunicado. O ministro da Saúde, Paulo Macedo, já garantiu estar em curso «um conjunto de medidas» que espera que deem «mais segurança às equipas, aos pacientes e à qualidade dos serviços prestados».
Hospital quis contratar à pressa
rios em excesso os serviços têm entrado em frequente rutura, com os pacientes a terem que esperar largas horas por consultas, levando a que até a Câmara de Almada já tenha entrado em cena para classificar de «extrema gravidade» o pedido de demissão apresentado pelos sete chefes do Serviço de Urgência. O presidente Joaquim Judas acrescenta que as razões apresentadas pelos profissionais para justificar o abandono dos cargos, sobretudo a alusão ao fac-
O Hospital Garcia de Orta tinha publicado um anúncio recentemente na imprensa a pedir médicos para as urgências, precisamente na semana em que duas pessoas morreram nos serviços daquela unidade de saúde. O hospital, que se apresenta no anúncio como unidade de grande dimensão e com projetos de relevo nacional, com urgência polivalente, oferece contratos a tempo inteiro ou meio tempo a médicos de medicina interna e outras especialidades para integrarem a equipa fixa do serviço de urgência. Abre também vagas para anestesiologia e ortopedia.
to do risco do ato clínico ter atingido «um ponto crítico e inaceitável». Para o autarca, esta posição comprova «a falência das condições de atendimento e de trabalho». Chefias denunciam falta de camas para internar doentes Recorde-se que os sete chefes de serviço demissionários alegaram não ter condições de trabalho, havendo denúncias de macas espalhadas pelos corre-
dores com doentes, porque, segundo a fonte do Semmais, não há camas em número suficiente que permitam internar os doentes. Por tudo isto, também o Conselho Regional do Sul da Ordem
NA SEQUÊNCIA da crise com as urgências do Garcia de Orta, o presidente da Câmara do Seixal, Joaquim Santos, afirmou-se surpreendido pela revelação do ministro da Saúde de que teria atribuído 120 milhões de euros à unidade de Almada e pediu explicações sobre a utilização desse dinheiro. «O senhor ministro, hoje, deixou-nos surpreendidos ao dizer que investiu neste hospital [Garcia de Orta] 120 milhões de euros», disse o autarca, lembrando que a construção do hospital do Seixal permitia descongestionar
o Garcia de Orta e custava apenas metade do dinheiro. O autarca do Seixal lembra que o novo hospital do Seixal, que «resolvia o problema», custa 60 milhões de euros. E acrescentou: «Há que explicar no que é que o senhor ministro gastou 120 milhões de euros e porque é que apesar desse investimento, o Garcia de Orta tem ainda as urgências num estado caótico, tem mortes nas urgências. O autarca do Seixal, que falava à Lusa durante uma concentração em defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) junto ao
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Hospital Garcia de Orta, em Almada, no distrito de Setúbal, lembrou que foi o próprio Ministério da Saúde a reconhecer que a solução para descongestionar o Hospital Garcia de Orta passava pela construção do hospital do Seixal. Joaquim Santos lembrou ainda que o Hospital do Seixal surge num estudo do Ministério da Saúde como uma solução para o problema de sobrelotação do Hospital Garcia de Orta, em Almada. Recorde-se que o Garcia de Orta foi construído para 155.000 utentes, mas serve mais de 400.000.
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Joaquim Santos pressiona construção do novo hospital no Seixal
O presidente da Câmara do Seixal tem estado em todas as iniciativas
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SOCIEDADE
Grândola na campanha para biblioteca em Timor
Caldeiradas à Pescador voltam aos restaurantes
No âmbito de um acordo estabelecido com o Governo de Timor-Leste o município de Grândola e de Lagoa estão a apoiar o processo de construção do Poder Local no distrito de Lautém, em Timor-Leste, e irão de-
A Junta da Costa de Caparica está a organizar o 11.º Concurso da Caldeirada à Pescador, que decorre entre 7 de Fevereiro e 8 de Março. Este concurso é o segundo even-
senvolver um conjunto alargado de iniciativas, durante o ano de 2015, visando a formação e qualificação de técnicos timorenses e o apoio técnico e logístico à criação do futuro município de Lautém.
to gastronómico mais antigo a nível nacional e visa dinamizar a gastronomia da localidade e aumentar o número de visitantes nos fins de semana.
Três mortos e acidentes graves em semana trágica no distrito
Mecenato ajuda Câmara de Setúbal a recuperar forte de Albarquel
Foi uma semana horribilis nas estradas da região, numa altura em que a sinistralidade rodoviária atém tem vindo a diminuir. Mas há estradas que não desarmam.
DESATIVADO DESDE o final da década de 90 do século passado, o forte de Albarquel, em Setúbal, deve ganhar nova vida dentro de aproximadamente um ano quando estiverem concluídas as obras de requalificação daquelas instalações militares cedidas pelo Estado português à Câmara de Setúbal através de um protocolo assinado esta quinta-feira. O forte de Albarquel é um dos dezassete edifícios militares existentes no distrito de Setúbal, de um lote de cerca de seis dezenas a nível nacional, e que o Ministério da Defesa pretende rentabilizar. As instalações
«FOI UM acidente tão violento que deixou o cadáver irreconhecível». O relato feito pelo comandante dos Bombeiros de Grândola, Ricardo Ribeiro, retratava as consequências do embate frontal, entre um camião e uma viatura ligeira, que há uma semana ceifava a vida ao condutor de um BMW no IC 33, entre Grândola e Sines. Seria apenas o primeiro acidente mortal de um total de três que no espaço de oito dias «mancharam» as estradas do distrito. Fonte da Brigada de Trânsito limita-se a sublinhar que «há semanas assim», em que mesmo sem estarmos a atravessar quadras festivas «os acidentes acontecem com mais frequência do que o habitual”. E as condições climatéricas não têm sido das piores, atestam as autoridades. No caso de embate em Grândola, admitem ter sido uma ultrapassagem mal calculada. A estrada chegou a
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Texto Roberto Dores
estar intransitável nos dois sentidos durante largas horas para remoção dos destroços, devido à violência do embate que aconteceu num troço de alto de risco, segundo o comandante dos bombeiros de Grândola. «Cada vez que há ali um acidente já sabemos que é sempre grave», disse, tratando-se de uma zona de retas que convida a acelerar, havendo outros exemplos de choques frontais ao longo dos últimos anos. 26 de Janeiro marca página negra na região Entra uma série de outros acidentes nas estradas da região com feridos graves e ligeiros e muita chapa amolgada, eis que o 26 de Janeiro ficaria marcado na
militares, cedidas à autarquia por um prazo de 32 anos, que pode ser prorrogável, vão ser alvo de um projeto de reabilitação geral orçado em mais de dois milhões de euros. O investimento vai ser feito pela autarquia com o apoio da The Helen Hamlyn Trust, um dos principais mecenas da cidade nos últimos anos.
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agenda rodoviária do distrito com uma página negra. Uma criança perdeu a vida na Ponte Vasco da Gama, na sequência de um despiste. As autoridades não arriscaram a dizer o que terá estado na origem do sinistro. Um helicóptero do INEM ainda foi acionado e esteve no local, mas acabou por não efetuar transporte de feridos. Já não havia nada a fazer pelo menino que residia em Estremoz. Mas nesse mesmo dia a região tinha sido notícia pelos piores motivos, após a colisão frontal entre um ligeiro e um pesado de mercadorias em plena ponte de Alcácer do Sal, no sentido norte-sul. Eram quase 06.00 da manhã. O condutor do ligeiro teve morte imediata.
ATEC promove Open Day A ATEC – Associação de Formação para a Indústria, também conhecida por Academia de Formação, localizada na freguesia de Quinta do Anjo, mais propriamente no Parque Industrial da Volkswagen Autoeuropa, vai levar a cabo, a 7 de Fevereiro, entre as 14h30 e as 17h30, mais um Open Day. Está garantida uma tarde cheia de surpresas e de muita animação.
O Open Day da ATEC visa despertar nos jovens que participem na visita o interesse pelas áreas técnicas, nomeadamente as áreas ligadas à Mecatrónica Automóvel, Mecânica Industrial, Soldadura, Automação, Eletrónica, Sistemas Informáticos e Redes, e, por outro lado, mostrar aos ativos onde é dada a nossa formação, toda a tecnologia que é utilizada na mesma e que alternativas temos em
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termos de formação profissional e de formação intra e inter-empresas. A ATEC ministra formação em áreas profissionais muito técnicas ligadas à indústria e com forte procura no seio do tecido industrial português. Mas tem também um leque muito variado de formações na área de Desenvolvimento Pessoal e Organizacional e na área de LEAN.
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SOCIEDADE
“Trojan horse” de Tróia é o melhor do mundo Realiza-se desde 2013, em Tróia, sob a batuta de um jovem empreendedor. Foi agora considerado, por um reputado blogue internacional, como o melhor evento de arte digital para ver este ano. É UM evento com impacto global e junta criativos das industrias do cinema e dos jogos, em Tróia, a um nível muito elevado. E mesmo sem apoios, foi agora considerado o primeiro dos festivais a ser visitados este ano por artistas, animadores e ilustradores de todo o mundo. À frente do projeto está André Lourenço, um jovem empreendedor que luta pela consolidação e reconhecimento da iniciativa de alcance mundial. «É com orgulho que recebemos este reconhecimento internacional, onde o nosso trabalho é valorizado, sobretudo quando o evento ocorre num país sem qualquer passado de relevo nesta industria», diz ao Semmais. E por isso mesmo, acrescenta, «ter o melhor evento do mundo é certamente um feito que nos podemos orgulhar». Na verdade, a iniciativa, denominada “Trojan Horse Was a Unicorn Festival”, já agendada para Setembro deste ano, na sua terceira edição, reune a nata desta industria, um “exército” de excepcionais artistas que promo-
vem com o seu talento o crescimento desta indústria do entretenimento a nível mundial. Autênticos mestres capazes de fabricar fantásticas imagens e efeitos especiais que compõem, na atualidade, o mundo dos filmes e dos videojogos. O festival, que este ano decorre, em Tróia, entre 15 e 19 de Setembro, oferece oficinas práticas, conferências e promove a celebração de contratos com diretores de arte, capazes de relançar carreiras apetecíveis, num mercado que tem vindo a crescer. Segundo o “CreativeBloq”, que colocou o festival português à frente dos melhores do mundo, trata-se de um evento único que ocorre “no ensolarado Portugal, numa ilha de luxo, com trabalho em rede intimista e de inspiração duradoura”. Agora só falta um olhar diferente por parte da região e do país. O jovem de Setúbal, André Lourenço, é o grande impulsionador do “Trojan Horse Was a Unicorn Festival”
Tem passado despercebido ao país e à região, mas é o melhor festival do género à escala mundial. A terceira edição está já em andamento.
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Responsáveis da Associação Mutualista e Fundação Montepio visitaram instalações da Uniseti
Montepio Geral garante apoio ao crescimento da Universidade Sénior de Setúbal Texto Rita Matos
Montepio e Uniseti: uma década de parceria
Armando Sacramento, da Uniseti, explica a Carlos Beato e a Paula Magalhães, do Montepio, situação da instituição
ampliação do espaço juntamente com a Câmara, e já temos resposta positiva da Autarquia. Podemos fazer a ampliação das nossas instalações neste espaço verde do Parque do Bonfim, um parque de excelência da cidade», referiu Armando Sacramento, Presidente da UNISETI, sublinhando a importância do apoio dos vários parceiros, como é o caso da Fundação Montepio, instituição com a qual a UNISETI mantém uma relação de longa data. «Procuramos envolver as entidades e empresas neste projeto, que é a nossa necessidade mais premente e a forma que te-
mos para responder à grande procura temos tido. A Fundação Montepio é nosso parceiro há dez anos e tem estado sempre do nosso lado». Para Armando Sacramento, a grande adesão por parte dos alunos e professores deve-se ao papel que a instituição tem na sociedade e à natureza do próprio projeto. «Este é um projeto muito bonito, de combate à exclusão, sobretudo dos mais idosos. Setúbal é uma cidade muita antiga, com muitos idosos, e a nossa universidade tem um papel determinante na questão do desenvolvimento social desta cidade”.
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REPRESENTANTES da Associação Mutualista e da Fundação Montepio estiveram de visita, na passada segunda-feira, às instalações da Universidade Sénior de Setúbal (Uniseti) para conhecer, mais de perto, o trabalho desenvolvido por esta instituição e inteirar-se da situação atual e das suas principais carências. Carlos Beato, Administrador da Associação Mutualista Montepio Geral, sublinhou a importância da UNISETI como «um projeto credível que muito tem contribuído para o desenvolvimento de Setúbal», e sublinhou que o Montepio e a sua fundação, vão continuar a apoiar a instituição, contribuindo, assim, para o crescimento de «um projeto que faz tanta gente feliz». A ampliação das instalações, localizadas no Parque do Bonfim é a principal carência e a grande prioridade da Universidade Sénior de Setúbal. Com cerca de 400 alunos e 60 professores, as salas de aula tornam-se demasiado pequenas e sem as condições adequadas de trabalho. O projeto de ampliação da estrutura, na ordem dos 150 mil euros, já foi acordado entre a UNISETI e a Câmara de Setúbal e conta com a colaboração de várias empresas e entidades. «As nossas instalações já são exíguas e cada vez mais a procura é maior. Lançamos um projeto de
O Montepio é um dos parceiros mais antigos da Uniseti. Carlos Beato, Administrador da associação mutualista, constatou a «urgente» necessidade de ampliar o espaço e garantiu que a instituição que representa, «dentro das suas possibilidades e valências», estará de braços abertos para ajudar. «Para além de ver com os próprios olhos, a nossa presença aqui hoje serve ainda para deixar um sinal de que o Montepio não deixará de contribuir para que este projeto continue a fazer mais pessoas felizes». O responsável acrescentou ainda que «O Montepio é uma instituição solidária que tem também como objetivo ir ao encontro daquilo que são as necessidades das pessoas e nesta instituição estão centenas de alunos séniores a estudar, a partilhar, a envolver-se e a acrescentar valor e dinâmica à própria cidade». Realçando a importância do trabalho das Universidades Seniores, Carlos Beato, disse ao Semmais que «hoje em dia, a função e o desempenho que as universidades da terceira idade têm são insubstituíveis, porque as pessoas precisam de continuar a sentir-se pessoas, a sentirem-se valorizadas, para além da sua idade». E, acrescentou: «O Montepio tem no seu ADN uma ideia muito forte que é “juntos podemos sempre fazer mais e melhor”. Aqui, hoje, ficámos a saber que as coisas estão bem projetadas e que há o envolvimento por parte da autarquia e de outras instituições, e isso é muito positivo e motivador».
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«Para nós, enquanto Montepio e Fundação, faz todo o sentido apoiar este projeto» Depois da visita às instalações, seguiu-se uma reunião de trabalho entre a UNISETI e os responsáveis do Montepio para esclarecer alguns pontos essenciais do projeto. «Vamos explorar o enquadramento que a proposta deve ter. Cada vez mais é fundamental que as instituições enquadrem os seus pedidos de apoio com determinados critérios, e que tenham parcerias constituídas, modelo de negócio sustentável e elementos de avaliação de impacto, para que permitam ao financiador ou ao investidor social atuar em conformidade», explicou a diretora da Fundação Montepio, Paula Guimarães. A dirigente frisou ainda a relação de proximidade entre a Fundação e a UNISET e deixou a garantia de que o Montepio irá apoiar, de diversas formas, a instituição de Setúbal direcionada à população sénior. «A UNISETI foi a primeira Universidade Sénior com a qual celebrámos um protocolo. Foi, de facto, pioneira nes-
ta relação. Já recebeu o apoio da Fundação e receberá, novamente, para além de apoio técnico e o apoio ao nível da relação e do networking que é preciso fazer nestas questões. A ideia é procurar encontrar uma convergência entre as necessidades da instituição e as nossas possibilidades», afirmou Paula Guimarães. A diretora da Fundação Montepio salientou ainda que a instituição que dirige preside ao “Grace”, a maior organização de empresas na área da responsabilidade social, na base do qual «irá apresentar este projeto a outras empresas associadas», para que elas se sensibilizem. «Estamos muito envolvidos com a questão do envelhecimento ativo, até porque dispomos de residências séniores e porque o mutualismo atua ao longo do ciclo de vida e, portanto, faz todo o sentido para nós, enquanto Fundação e Montepio, estarmos próximos deste projeto», concluiu Paula Guimarães.
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POLÍTICA
Tocha da liberdade e da paz passa por Grândola
PP Almada e as urgências do Garcia de Orta
A Federação Internacional de Resistentes está a promover a passagem da Tocha da Liberdade e da Paz por vários países da Europa para assinalar os 70 anos do fim da II Guerra Mundial. O símbolo
Tendo em conta os últimos acontecimentos nas urgências do Garcia de Orta, a concelhia do CDS-PP Almada lamenta os mortos ocorridos nas urgências, apela à urgente construção do Hospital do Seixal, uma
vai permanecer em Grândola, no próximo dia 3 de fevereiro. A chegada está prevista para as 9h30, na emblemática Praça da Liberdade, a que se seguirá a inauguração da exposição da URAP.
vez que o número de utentes tem vindo a aumentar de forma «considerável», tal como o tempo de resposta que tem sido dado aos diversos casos sem entrar, contudo, em conclusões «abusivas e especulativas».
Transferência do Estado para autarquias do distrito somam este ano 114 milhões de euros
Os 6 milhões de euros que dividem opiniões entre partidos no distrito As Câmaras do distrito vão receber este ano mais dinheiro do Estado. No total são 114 milhões de euros. PS quer saber aplicação das verbas e o resto da oposição tem muitas dúvidas que se trata mesmo de mais dinheiro. Texto Roberto Dores SERÁ UM sinal de mudança? À direita ouve-se um “sim”, mas da esquerda sai um claro “não”. Os dados oficiais revelados pelo Governo apontam para um aumento de 6 milhões de euros nas transferências para as câmaras do distrito em sede do Orçamento de Estado. Os municípios vão receber este ano 114 milhões de euros, depois de no ano passado terem encaixado apenas 108 milhões. Almada é o município que mais recebe (16,5 milhões de euros depois de em 2014 ter sido contemplado com 15,7), à frente do Seixal (14,1 em 2015 e 13,4 em 2014) e de Setúbal (11,9 -11,2) com Santiago do Ca-
cém a surgir na quarta posição (11,4-10,8). Alcochete é o município que menos verbas vão ver transferidas com 2,8 milhões de euros, depois dos 2,6 de há um ano. Nas reações, Pedro do Ó Ramos, deputado do PSD , considera estar aqui o sinal de que «o pior já passou», após os anos de «muito aperto», considerando que as autarquias «cumpriram muito bem a sua função, porque reduziram a despesa muitíssimo e equilibraram as suas contas». Segundo o parlamentar, «o Governo colocou instrumentos à disposição das autarquias - caso do PAEL – que permitiram aos municípios liquidarem dívidas a fornecedores locais, que já estavam com mui-
tas dificuldades», sustentando que esta medida «contribuiu claramente para ajudar as câmaras a cumprirem». CDU fala em «embuste», PS quer saber prioridades Mas Paula Santos, deputada do PCP, tem um visão diferente, considerando que os 6 milhões a mais não passam, afinal, de um «embuste», alegando que se «estão a juntar rubricas que não são juntáveis», convidando a analisar o Fundo de Equilíbrio Financeiro de 2014 e 2015. «Existe o fundo que corresponde à participação dos municípios nos recursos públicos traduzidos em 19,5%. A média dos impostos do Estado, contado IRS,
IRC e IVA dá uma redução de cerca de cinco milhões», assevera, alertando que Almada tem um redução de 30%, Seixal 25 e Setúbal 21. «Só para citar os concelhos mais afetados», sublinha a parlamentar, garantindo que a Lei das Finanças «não está a ser cumprida». Já segundo Ana Catarina Mendes (PS), tudo o que signifique um aumento de verbas para a região é bem-vindo. Contudo, a deputada quer saber quais vão ser as prioridades, depois dos constrangimentos financeiros dos últimos anos, aludindo, por exemplo, à Lei dos Compromissos. «Esperamos que esses mais 6 milhões não venham servir para tapar dívidas que ficaram de anos anteriores, mas que permitam prestar serviços às pessoas. É o que interessa”, sublinha, alertando para existência de autarquias na península «com uma situação financeira muito má». E conclui: «Se olharmos
para a política fiscal dos municípios de Setúbal, facilmente percebemos que a CDU opta por uma política muito idêntica à Governo e isto penaliza as famílias». Para Mariana Aiveca, do Bloco de Esquerda, o aumento dos 6 milhões de euros significa que «os contribuintes estão a pagar mais». E porquê? «Se fizermos a comparação entre 2014 e 2015, verificamos que aquilo que sobe e bastante, porque supera os dez milhões de euros, de facto, são as receitas transferidas por via do IRS», justifica. A deputada insiste ainda que todas as outras receitas, provenientes de outros fundos, como o Fundo Social Municipal, «descem», pelo que «quem vai pagar mais é outra vez o contribuinte em sede de IRS». O Semmais tentou ouvir a opinião de representantes do CDS, mas até ao fecho desta edição ainda não tinha sido possível.
Deputada comunista Rita Rato denuncia atrasos de verbas ao ensino profissional A DEPUTADA do PCP na Assembleia da República, Rita Rato, deslocou-se, no passado dia 26, à Escola Profissional para a Educação e Desenvolvimento, no Monte da Caparica, onde esteve reunida com a direção da escola e com a associação de estudantes. Esta visita permitiu abordar o problema «gravíssimo» dos atrasos das verbas de financiamento público a estas escolas e dos impactos daqui decorrentes. «Esta situação é análoga aos atrasos na transferência das verbas para as escolas de música e conservatórios regionais com contrato de patrocínio», sublinhou. A EPED, à semelhança de outras escolas do concelho, «aguarda ainda pelo pagamento do MEC referente a Setembro de 2014, o que cria dificuldades ao seu normal funcionamento tendo em conta a necessidade de pagamento de salários e despesas fixas com fornecedores», contou.
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A DEPUTADA ‘rosa’ Catarina Marcelino, acompanhada por outras figuras da região do PS, visitou, no passado dia 26, a Casa Abrigo da Fundação COI, no Pinhal Novo que, que foi inaugurada na Primavera de 2013, continua encerrada por falta de financiamento do Estado. Para Catarina Marcelino, é «incompreensível» que a casa continue fechada, num distrito onde ocorrem diversas denuncias de violência doméstica, acusando o Governo PSD/ PP de «não permitir que se avance para a permanência das vítimas nas suas casas e por outro lado não favorece a abertura de respostas de acolhimento». A deputada recorda que
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Catarina Marcelino denuncia falta de financiamento a casa abrigo
no final de 2014 foram estabelecidos no distrito, entre a Segurança Social e instituições de solidariedade, 12 novos acordos de cooperação que contemplaram 193 lugares em equipamentos sociais, representando cerca de 1 milhão de euros, tendo a Casa
A deputada socialista diz que a situação da Casa Abrigo é «insustentável»
Abrigo da Fundação COI ficado de fora. A Casa Abrigo foi, totalmente, recuperada e mobilada, a custas próprias da Fundação COI, é um equipamento «necessário num dos distritos mais afetados por este flagelo, pelo que o
PS Setúbal, através dos seus deputados, irá questionar o Governo sobre esta situação, pretendendo uma solução rápida que permita mais resposta às vítimas de violência doméstica na região». Catarina Marcelino visitou ainda a Misericórdia de Palmela, onde foi confrontada com a diminuição de utentes nos serviços de fisioterapia, sendo a causa apontada pelo Provedor, os custos dos transportes de doentes que deixaram de ser comparticipados, a ausência de transportes públicos e o aumento das taxas moderadoras que penalizou fortemente as populações das zonas rurais do Concelho.
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LOCAL
Setúbal prepara plano de pormenor para zona complicada de Azeitão
A CÂMARA Municipal de Sines já arrancou, esta semana, com a remodelação da Estação Elevatória de Águas Residuais da Baixa S. Pedro. Esta é a maior estação elevatória da cidade e a última antes da entrega dos efluentes para tratamento na ETAR da Ribeira dos Moinhos. A intervenção consiste na construção da “obra de entrada”, fundamental para remoção de areias e materiais grosseiros que provocam desgaste e avarias nos sistemas de bombagem. Durante a primeira fase da obra serão utilizados os descarregadores de tempestade da estação elevatória e drenado efluente para o mar, esperando-se que a situação esteja normalizada no prazo de cerca de duas semanas.
OS TERMOS de referência para a elaboração do Plano de Pormenor da Salmoura, na zona de Azeitão, foram aprovados quarta-feira, em reunião pública ordinária do município. Na zona da Salmoura, com 147,5 hectares, estão identificados vários problemas relacionados com a necessidade de estruturar e qualificar o território marcado pela dispersão urbana e com falta de infraestruturas básicas. O plano de pormenor a elaborar deverá também assegurar condições que garantam a sustentabilidade económica de unidades empresariais instaladas na área e enquadrar os equipamentos sociais existentes de maneira a garantir os parâmetros necessários ao respetivo funcionamento e à qualificação da oferta atual e futura.
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Moita atribui méritos desportivos
Moita está atenta aos filhos da terra
O MUNICÍPIO reconhece este sábado, os valores desportivos, às 21 horas, no Fórum da Baixa da Banheira. Também serão entregues os prémios da época desportiva 2013/14 do AtletisMoita. Vai ser uma noite de distinção de atletas, treinadores e clubes que, na época passada, se sagraram campeões ou vice-campeões nacionais.
Almada distingue talentos A COMPANHIA de Dança de Almada, João Tempera, João Pargana, Maria Canilhas e Cláudia Candeias foram os premiados do 6.º Jovens Talentos, cuja gala decorreu no dia 23. O evento, promovido pelo mu-
nicípio, visa premiar os jovens do concelho, dos 12 aos 35 anos, que se distinguem nas mais diversas áreas pelo seu envolvimento na comunidade. Aos vencedores foram atribuídos prémios no valor de 500 e de mil euros.
Barreiro eleita amiga da juventude NO ÂMBITO do 1º Prémio “Cidade Amiga da Juventude”, organizado pela Casa da Juventude de Guimarães, o Barreiro foi distinguido como uma das “7 Cidades Amigas da Juventude”, entre um total de cerca de 20 candidaturas. Segundo a organização, os
critérios de eleição «prendem-se sobretudo, com o tipo de infraestruturas, equipamentos, serviços e apoios que os Municípios disponibilizam à Juventude, em especial, aqueles que se dedicam em exclusividade ao apoio da Juventude».
Forcados do Montijo em festa O FECHO das comemorações dos 50 anos dos Forcados Amadores do Montijo, este sábado, inclui visita à exposição do Museu Municipal, conferências sobre a origem dos forcados e o lançamento do Livro dos 50 Anos dos Forcados Amadores do Montijo. A partir das 15h30, no Museu da Casa Mora realiza-se a visita guiada à exposição alusiva ao gru-
po que dá a conhecer os marcos fundamentais de cinco décadas de atividade ininterrupta do grupo. Às 16h30, na Galeria Municipal, decorrem as conferências “As origens do forcado e a evolução histórica da taromaquia” e “De Aldegalega a Montijo - Forcados e Grupos, proferidas, respetivamente, por José Cáceres e Vasco Lucas, dois experts sobre touros.
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Sines avança com obras na ETAR
A empresa Refrige já mostrou interesse em participar no desenvolvimento do plano
Banda de Alcochete dá concerto no Forum A BANDA da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 festeja o seu 117.º aniversário com a realização de um concerto dirigido pelo maestro António Menino este sábado, dia 31, às 17h30, no Fórum Cultural. Serão apresentadas peças de Hélder Bettencourt, a saber “Milhafre Overture”, “The Rise 2351” e “Em Trânsito”, sendo que esta última obra foi dedicada à banda de Alcochete pelo compositor que estará presente no concerto. Destaque ainda para a interpretação de Tiago Menino (clarinete) e Hélder Alves (saxofone-alto).
A proposta salienta que, “de modo a ajustar e conciliar os interesses públicos e os privados representados no território”, a Câmara auscultou os principais proprietários na área de intervenção sobre o
eventual interesse em participar no processo de desenvolvimento do plano, tendo a Refrige, o externato Rumo ao Sucesso e a Metalúrgica de Alhos Vedros declarado o desejo de celebrar o contrato.
Sesimbra valoriza áreas do Espichel
Palmela preenche lojas nos mercados
NO ESPICHEL decorre a requalificação da horta dos peregrinos, restauro dos muros envolventes e acesso à Casa da Água, ordenamento do estacionamento e criação de percurso museológico para pessoas com mobilidade condicionada, desde a igreja até à Ermida da Memória e antigo forte. A intervenção, que resulta de candidatura aprovada pelo Programa de Desenvolvimento Rural, foi aprovada pela Direção-Geral do Património Cultural, e está a ser feita com acompanhamento arqueológico. Estão a ser utilizadas soluções técnicas adequadas a este tipo de estruturas.
A CÂMARA de Palmela promove a 24 de fevereiro, às 10 horas, no auditório da Biblioteca, uma Hasta Pública para arrematação do direito de ocupação de vários espaços de venda nos mercados de Pal-
Seixal promove antropologia, cinema e arte no Forum Cultural
Festa decorre no Forum do Seixal
Alcáce do Sal vai ter delegação da liga portuguesa contra o cancro ALCÁCER do Sal vai ter uma delegação da Liga Portuguesa Contra o Cancro, mais propriamente na Rua da República, funcionando de segunda a sexta-feira, uma a duas horas por dia nesta primeira fase.
A Liga Portuguesa Contra o Cancro pretende iniciar uma campanha sobre bons hábitos de alimentação nas escolas do concelho e passará a ter condições para desenvolver atividades de rastreio e sensibilização contra o cancro.
Santiago do Cacém retoma projeto ‘fechado’ pelo Governo HÁ “NOVA vida” na Escola de Brescos, desde o dia 22, com reativação do projeto “Fazendo e Aprendendo”, destinado aos idosos, após o encerramento do equipamento por parte do Ministério da Educação, no início deste ano letivo. Com o mote “A escola é para todos”, os últimos tempos têm sido dedicados a arranjos no espaço. O edil Álvaro Beijinha considera que estes «projetos fazem com que
mela e de Pinhal Novo. Os espaços de venda disponíveis são uma florista (500 euros como base de licitação), charcutaria ou florista (300 euros) e papelaria/tabacaria ou produtos regionais (300 euros).
as pessoas continuem a ter papel importante na sociedade e nestas pequenas comunidades. A Câmara faz aquilo que lhe compete, que é dar o apoio dentro das nossas possibilidades, neste caso com a cedência das instalações e também a outros níveis». Já Jaime Cáceres, presidente da Junta, enaltece projeto que envolve a população de uma localidade onde a escola foi fechada.
O FORUM do Seixal vai ser palco, entre 20 e 31 deste mês, da Festa de Antropologia, Cinema e Arte. O programa sugere a reflexão sobre a transversalidade dos campos artístico e antropológico, através de duas esferas: a do cinema, com uma mostra de filmes que exploram os mundos da antropologia visual, e a da arte.
Grândola já começou a ouvir a população «GRÂNDOLA, Santa Margarida da Serra e Azinheira dos Barros já receberam as primeiras visitas do executivo municipal, no âmbito da “Ao Encontro das Populações – Ouvir, Debater, Esclarecer”. Para o edil Figueira Mendes, estas visitas apresentam saldo bastante positivo: «A forma entusiasta com que fomos recebidos nas localidades que visitámos é a prova que estamos no caminho certo. O forte envolvimento das populações nas conversas que tivemos e a participação ativa nas reuniões que promovemos possibilitou uma importante troca de opiniões e partilha de ideias para, que todos juntos, possamos trabalhar em prol dum futuro melhor para o concelho».
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BALANÇO DO ANO
A Figura
DEMÉTRIO ALVES – Indicado pela CDU, conseguiu congregar as forças políticas à sua volta na polémica que envolveu a escolha para a liderança da Comissão Executiva Metropolitana de Lisboa. Um feito que na desdita partidária não é muito comum, ainda por cima com um PS forte na AML.
ANA CATARINA MENDES – A deputada socialista foi eleita líder da federação distrital num processo em que estava em causa o poder nacional do PS, na luta entre António Costa e António José Seguro. Mas venceu categoricamente e é agora olhada como figura de peso nacional.
MARIA LUIS ALBUQUERQUE – A ministra das Finanças ultrapassou todos os seus detratores e impôs-se de forma clara. E com isso, amealhou muito capital político. Tem estado no centro das decisões, para o bem e para o mal e já a apontam como sucessora da Passos Coelho. A região também a quer.
Figuras em destaque
Ceia da Silva Pres. da Entidade Regional de Turismo do Alentejo
DR
Herdou a zona do Ribatejo para gerir e agarrou o desafio de forma entusiástica, mesmo com afinados cortes da administração central. O ano passado foi o ano das grandes estratégias e das grandes conquistas. Calcorreou o território para o envolver no novo plano que, acredita, ditará um futuro risonho para o turismo do Alentejo e Ribatejo, alavancado pelo novo Quadro Comunitário 2014-2020. Confirmou que o turismo do Alentejo está em alta, tendo fechado o ano com os melhores resultados operacionais de sempre, e ainda viu consagrado o Cante Alentejano como Património Imaterial da Humanidade, na UNESCO, em Paris. Sem esquecer a saborosa luta que ditou Reguengos de Monsaraz como a “Capital Europeia do Vinho” de 2015.
AMÉLIA ANTUNES e ANA CLARA BIRRENTO – Foram grandes apostas das suas forças políticas nas eleições europeias, mas ficaram pelo caminho, embora quase à pele. A ex-presidente da Câmara do Montijo também perdeu na luta dos ‘Costas’ no PS, a diretora da Segurança Social pode ter outros voos.
JOÃO FRANCO e VÍTOR CALDEIRINHA – Estão juntos nesta galeria porque, à frente dos portos de Sines e Setúbal, respetivamente, alcançaram os melhores resultados de sempre em carga movimentada e ainda prepararam estas duas plataformas portuárias para mais crescimento.
CARLOS BEATO – Depois de meses antes ter sido condecorado com a Ordem da Liberdade, o ex-edil de Grândola e administração da Associação Mutualista Montepio Geral, foi nomeado peloo Presidente da República para Vogal do Conselho das Ordens Onoríficas Nacionais.
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O Acontecimento
MAR AGITADO NA COSTA – Recorrente na zona, o inverno rigoroso voltou a fazer das suas na Costa da Caparica, ameaçando o Verão naquela que é a praia que mais turistas recebe em todo o litoral do distrito. Mas a grande questão da reposição de areias voltou a avanços e recuos.
ALEGRO EM SETÚBAL – Setúbal era a única grande cidade da região que não dispunha de uma grande superfície, mas o Alegro abriu vinte meses depois do arranque da obra, num investimento de 110 milhões de euros e com a espetativa de criar muitas centenas de postos de trabalho.
NOVO PORTO NO BARREIRO? – A polémica ainda se estende, mas foi ano em que o Barreiro viu confirmado o sinal do Governo em instalar no seu território o novo terminal de contentores do Porto de Lisboa. Chegou a ser falado para a Trafaria, hipótese que morreu. Setúbal não concorda.
Acontecimentos em destaque
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Chumbo da Arrábida a património mundial
Depois de tanta luta e de tanta expetatia, a candidatura da Arrábida a Património Mundial foi retirada pelo Estado português naquele que se pode considerar um forte revés para o reconhecimento internacional daquela área protegida. A candidatura gizada pelos municípios de Setúbal, Palmela e Sesimbra chumbou no relatório da Internacional Council on Monuments & Sites of Nature. Tratou-se de um desaire que fez com que os representantes dos municípios
perdessem alento momentâneo, com escassas declarações, embora se admita a possibilidade de reversão do processo, o que muitos poucos acreditam, dados os critérios apertados da entidade que aprova e aclama candidaturas análogas. A Quercus não perdeu tempo e veio dizer que a decisão já era esperada e ter-se-ia ficado a dever à presença da cimenteira Secil, que o processo das autarquias aparentemente teria omitido.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – O ano fechou com um ranking que nos envergonha, ditado pelos números da violência doméstica. Fomos a região do país em que mais mulheres foram mortas em casos passionais, uma posição recorrente. Curiosamente 2015 abriu com mais um homicidio do género.
CHUMBO ORÇAMENTO MONTIJO – A Câmara do Montijo, mercê da perda da maioria política do PS no excutivo camarário, viu chumbado o seu orçamento para 2015. A divergência partidária, aliás, correu o ano inteiro, num despique entre PS e PSD, que parece eternizar-se.
SARNA NA CADEIA – Foi um episódio com contornos pouco divulgados, numa das cadeias mais lotadas do país, cerca de 225% da sua capacidade instalada. Os guardas prisionais anteveram a crise e o médico da ‘casa’ também, mas a direção da unidade prisional terá sacudido algumas culpas.
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DESPORTO
Câmara reconhece valores desportivos da Moita
Perto de quatro mil no corta-mato distrital
A Câmara da Moita reconhece publicamente, este sábado, os valores desportivos do concelho, na Cerimónia de Atribuição dos Méritos Desportivos, a decorrer no Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa
O Parque Santiago, nas Manteigadas, em Setúbal, recebe no próximo dia 11 de Fevereiro a fase distrital do Corta-mato escolar onde está prevista a participação de perto de quatro mil atletas apurados ao longo das
da Banheira. A autarquia distingue atletas, treinadores e clubes que, na época passada, conquistaram títulos nacionais ou que representaram o Município da Moita no estrangeiro nas mais variadas modalidades.
oito fases locais realizadas nos concelhos da Península de Setúbal. A prova vai contar com a participação de alunos dos vários ciclos do ensino básico, assim como do secundário e ensino profissional.
Associação de Futebol de Setúbal com iniciativa pioneira no futebol juvenil
Cartão branco da AFS premeia atitudes de fair play Cartão branco vai premiar fair play de jogadores, dirigentes e público que acompanhe os jogos da fase final dos campeonatos distritais de benjamins e infantis da Associação de futebol de Setúbal.
e Árbitros de Portugal e a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol e pretende «incentivar as atitudes de desportivismo logo a partir dos escalões mais jovens» porque como diz o povo «de pequenino é que se torce o pepino», explica Sousa Marques, presidente da Associação de Futebol de Setúbal.
A INICIATIVA é inédita e pioneira e, para já, uma experiência piloto. Arranca já a partir do dia 7 de Março e vai abranger perto de um milhar de atletas dos escalões infantis e benjamins na fase final dos campeonatos de seis escalões, quatro de futebol 7 (sub-13, sub-12, sub-11 e sub-10) e dois de futsal. Trata-se de uma iniciativa pioneira no futebol nacional ao nível das competições de clubes e vai servir para “premiar” a conduta de fair-play não só dos jogadores como também de todos os agentes envolvidos no futebol. Não confundir com o cartão branco defendido por Michel Platini. O presidente da UEFA quer um cartão branco que seja utilizado para “penalizações” de dez minutos ao jogador sancionado.
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Texto Marta David
Sousa Marques, o presidente da Associação de Futebol de Setúbal vai liderar confia no projeto
O cartão branco é uma iniciativa conjunta da Associação de Futebol de Setúbal, em par-
ceria com o Plano Nacional de Ética no Desporto, a Confederação das Associações de Juízes
Cartão por ser alargada a outras competições A implementação do cartão pode ser alargada no futuro às várias competições realizadas pela associação assim como a outras modalidades. Para já, nesta primeira fase, o objetivo é «analisar os resultados, testar as boas práticas e procurar ajustar o regulamento porque seguramente poderão existir lacunas». A amostragem do “cartão branco” é uma decisão que cabe ao árbitro de cada jogo, não havendo limite para o número de vezes que o poderá exibir, e deverá fazê-lo sempre que entender que se trata de um «comportamento de fair play em prol do futebol». Para além de premiar jogadores e demais agentes, o cartão branco é também uma forma de encarar os árbitros de forma positiva» sendo que no final do campeonato serão atribuídos prémios de “fairplay” à equipa que tenha um maior número de cartões brancos.
D’ “Os Pastilhas” da Cova da Piedade para a FIFA Percurso carregado de conquistas fechou em 2009
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LUÍS FIGO apresentou esta semana a intensão de se candidatar a presidente da FIFA – Federação Internacional de Futebol Amador – defrontando assim Joseph Blatter, o atual presidente do organismo que gere o futebol mundial. Luís Figo nasceu em Lisboa, mas desde criança viveu em Almada, na freguesia do Laranjeiro, daí que os primeiros pontapés na bola foram dados no União Futebol Clube “Os Pastilhas”, um clube de bairro da freguesia da Cova da Piedade, de onde se transferiu para o Sporting Clube de Portugal. Aos 42 anos, o antigo capitão da seleção nacional, tenta agora reunir apoios para derrotar Blatter, numa luta que, aparentemente, se apresenta desigual e desequilibrada para o lado do português. Ainda assim, Luís Figo não parece desarmar até porque acredita
Figo e natural da região e começou a jogar no pequeno clube da Cova da Piedade
ter condições de mudar e credibilizar o organismo que gere o futebol internacional. «Foi uma decisão ponderada. Assente na vontade de mudança, numa visão reformadora e na necessidade que vejo de dar mais transparência a uma instituição que
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vai perdendo credibilidade e a sua capacidade moralizadora. Olho para a reputação da FIFA neste momento e não gosto do que vejo. O futebol merece melhor», diz o antigo jogador no vídeo publicado no site da Federação Portuguesa de Futebol.
Luís Figo colocou fim à carreira de jogador profissional em 2009 depois de ter conquistado diversos campeonatos e troféus, como uma Taça de Portugal, quatro Campeonatos Espanhóis de Futebol, uma Liga dos Campeões da UEFA, uma Taça das Taças, uma Supercopa Europeia, uma Copa Intercontinental, quatro Campeonatos Italianos, uma Coppa Italia e três Supercopas Italianas. No ano 2000 conquistou a Bola de ouro, em 2001 foi eleito melhor jogador da FIFA e fez parte da geração de ouro do futebol português, tendo sido campeão do Mundo, de juniores, em Riad e 2º classificado no campeonato da Europa de 2004. Marta David
Bruno Ribeiro quer ser finalista na Taça da Liga DESDE QUE Bruno Ribeiro chegou ao Bonfim para substituir Domingos Paciência, no final da primeira volta da Liga, a equipa do Vitória parece outra. Mais garra e mais luta têm sido a receita que parece estar a resultar e a equipa verde e branca recomeça a reconquistar os exigentes adeptos sadinos. A vitória sobre o Rio Ave, por quatro bolas a uma, em casa, deu novo alento aos jogadores que, ao longo das primeiras 17 jornadas do campeonato, demonstraram falta de «motivação e confiança». Bruno Ribeiro diz que está no Bonfim para alterar esse estado se espírito e assegura que os jogadores «Sabem que têm aqui uma pessoa que assume tudo e têm de deixar de ter medo de falhar». Na próxima jornada, o Vitória desloca-se ao terreno do lanterna vermelha à procura dos três pontos. O Gil Vicente tem apenas dez pontos e um único jogo ganho em casa e, apesar da campanha vitoriana fora de portas também ser bastante negativa - apenas dois empates – o objetivo é vencer e fugir aos lugares do fundo da tabela. Um triunfo por dois a zero frente ao Guimarães para a Taça da Liga e um empate ante o Sporting, em Alvalade, deixam a equipa setubalense numa boa posição para chegar às meias-finais da competição que venceu na primeira edição. Para tal o Vitória terá de vencer o Boavista, quarta-feira, no Bonfim. À entrada para a última jornada da fase de grupos, o Vitória tem cinco pontos, os mesmos que o Belenenses, e menos dois que o Sporting que está isento e como tal já não vai pontuar. Apesar de estar mais preocupado com a campanha vitoriana no Campeonato nacional, Bruno Ribeiro admite que gostaria de voltar à final da Taça da Liga. «Ganhámos a primeira Taça da Liga e queremos chegar outra vez à final. Vamos fazer tudo para ganhar ao Boavista e ver se conseguirmos chegar às meias-finais com o Benfica», diz o treinador. VITÓRIA – BOAVISTA dia 4 às 16 horas, no Bonfim
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NEGÓCIOS
Troia promove romance no dia de S. Valentim
Setúbal mostra potencialidades na FITUR
O Troia Resort promove um Dia dos Namorados especial. De 14 para 15 de Fevereiro, o Aqualuz Suite Hotel propõe um pacote que inclui uma noite de alojamento para duas pessoas em suite T1, jantar romântico
A marca “Setúbal é um mundo – Visit Setúbal” está a mostrar-se em Madrid, até ao dia 1 de fevereiro, na Feira Internacional de Turismo (FITUR), um dos mais importantes eventos mundiais do género.
e pequeno-almoço, no valor de 159 euros. Nos Apartamentos Troiaresidence, o Troia Resort sugere noite de alojamento para duas pessoas em apartamento T1, com jantar romântico, a partir de 145 euros.
O município está presente com um pavilhão de promoção do concelho, que assenta em três linhas de força diferenciadoras – Arrábida e Sado, Gastronomia e Vinhos e Birdwatching.
Novo Terminal de Contentores do Barreiro capta investimento privado A Câmara do Barreiro diz que o interesse do grupo chinês prova a convição de que o projeto é importante para o desenvolvimento da região e do país. O presidente diz que está muito coisa em causa.
O INTERESSE do grupo chinês Fosun pretender investir na construção do novo Terminal de Contentores do Barreiro levou o vereador do Planeamento, Rui Lopo, a elogiar tal passo. «Isto só prova que quanto mais interessados houver na obra, mais firme fica a perceção de que é um projeto exequível e que é importante para o desenvolvimento da região e do País». O autarca reconhece que Bruxelas está atenta e mostra também interesse neste projeto da Área Metropolitana de Lisboa, revelando que no próximo dia 10 de Fevereiro, o embaixador da Dinamarca visita o concelho do Barreiro e que tem conhecimento de que existe também um grupo dinamarquês interessado em investir no Terminal do Barreiro. Já o presidente do município, Carlos Humberto, realça que não se está apenas a discutir o Terminal de Contentores do Barreiro mas, também, «um terreno anexo à Quimiparque de 300 hectares que permite a atração de ativida-
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Texto António Luís
des ligadas diretamente à atividade portuária que irão aproveitar a proximidade do porto para se expandir e para não terem gastos de deslocação com transportes». Segundo Carlos Humberto, o País tem de estar preparado para um aumento «muito significativo» de transportes de contentores, pois só assim Lisboa e a Área Metropolitana de Lisboa poderão ser «uma referência à escala europeia» e afirmar-se como uma «cidade região».
Carlos Humberto não tem dúvidas de que a localização do porto no Barreiro, obra avaliada em cerca de 600 milhões de euros, pode ser um importante contributo para o desenvolvimento do País, região e concelho, e que o mesmo não inviabiliza a construção da terceira travessia sobre o tejo. O município já entregou à Agência Portuguesa do Ambiente o parecer sobre a proposta de definição de âmbito do Estudo
de Impacte Ambiental do Terminal de Contentores, depois de ter expirado o período de consulta pública. O documento aponta as preocupações do município na área ambiental, acessibilidades e inserção urbana, e pede o reforço de acessibilidades e as ligações Barreiro/Seixal e Seixal/ Almada ou a Circular Regional Externa da Moita. E que deve ser estudada, ainda, uma ligação Barreiro/Montijo/ponte Vasco da Gama.
ARTLANT de Sines tem ATEC promove Open Day plano para voltar a operar A EMPRESA ARTLANT, Sines, vai avançar com a implementação de um Plano Especial de Revitalização (PER) no Tribunal de Lisboa. O objetivo, explica a administração em comunicado, passa por tentar imprimir «um novo fôlego» que tem o reinício da sua operação como meta. Recorde-se que chegaram a circular notícias que admitiam o recurso ao layoff na fábrica, mas a empresa sustenta que vai manter as equipas que têm vindo a garantir a “segurança e a funcionalidade da fábrica em permanência”. Contudo, como consequência do PER, deverão ser
agora reduzidos os horários de trabalho dos 155 funcionários afetados por esta medida. A administração da ARTLANT garante ainda que não há salários em atraso e que também não será suspenso qualquer contrato de trabalho, recusando a suspeição de um possível encerramento da fábrica de PTA de Sines. Pelo contrário, afirma estar otimista e preparada para efetuar o «rearranque da fábrica logo que possível». E já há uma data estimada: o final do Verão poderá marcar o inicio do ciclo de negócio da atividade.
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A ATEC – Associação de Formação para a Indústria, também conhecida por Academia de Formação, localizada na freguesia de Quinta do Anjo, mais propriamente no Parque Industrial da Volkswagen Autoeuropa, vai levar a cabo, a 7 de Fevereiro, entre as 14h30 e as 17h30, mais um Open Day. Está garantida uma tarde cheia de surpresas e de muita animação. O Open Day da ATEC visa despertar nos jovens que participem na visita o interesse pelas áreas técnicas, nomeadamente as áreas ligadas à Mecatrónica Automóvel, Mecânica Industrial, Solda-
dura, Automação, Eletrónica, Sistemas Informáticos e Redes, e, por outro lado, mostrar aos ativos onde é dada a nossa formação, toda a tecnologia que é utilizada na mesma e que alternativas temos em termos de formação profissional e de formação intra e inter-empresas. A ATEC ministra formação em áreas profissionais muito técnicas ligadas à indústria e com forte procura no seio do tecido industrial português. Mas tem também um leque muito variado de formações na área de Desenvolvimento Pessoal e Organizacional e na área de LEAN.
Casa Ermelinda Freitas conquista PME Excelência pela terceira vez consecutiva A CASA Ermelinda Freitas, em Fernando Pó, acaba de conquistar, pela terceira vez consecutiva, o PME Excelência, do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (IAPMEI). O prémio tem em conta, entre outros fatores, o bom rating, a rendibilidade do ativo, o crescimento do volume de negócios e a autonomia financeira. A gerente Leonor Freitas mostra-se orgulhoso com tal distinção, sublinhando que se trata de «um grande estímulo» para continuar a trilhar «o rumo de equilíbrio entre a organização da empresa e os seus resultados económicos e financeiros». A empresária de sucesso dedica o PME Excelência a toda a equipa que trabalha consigo. «Este prémio de gestão, que é também o resultado do trabalho da equipa, em função dos objetivos atingidos, que têm sido reconhecidos, nomeadamente o crescimento nas vendas e o grande equilíbrio em todos os fatores económicos da empresa. Leonor Freitas recorda que no ano passado, a Casa Ermelinda Freitas fechou o ano com um crescimento de 10 por cento, mas que ficaria «muito satisfeita» se este ano, apesar das adversidades no arranque do ano, conseguíssemos crescer da mesma forma». Os recentes entraves do Governo de Angola à entrada de produtos externos, com a imposição de quotas para a importação de vinho português, são, para Leonor Freitas, uma «grande preocupação», uma vez que a empresa, nos últimos anos, tem crescido «bastante» nesse mercado. A empresária recorda que ainda há pouco tempo esteve em Angola e constatou, in-loco, a forma como os nossos vinhos têm vindo a ser implementados e acarinhados por este mercado, com o aumento de vendas. «Este ano seria o ano da consolidação, mas estas dificuldades de exportação, agravada pelo risco de recebimento, é um problema. Temos uma encomenda para seguir e, agora, o risco aumenta», sublinha Leonor Freitas. Apesar de tudo, a empresária encara a situação como um «misto» de preocupação e esperança. «Julgo que os governos dos dois países podem encontrar uma solução bi-lateral para desbloquear a situação, porque a nossa ligação a Angola é muito especial». António Luís
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CULTURA
“Sítio do Picapau Amarelo” no palco do Luísa Todi
BB Blues aquecem noites da Moita
A peça “Sítio do Picapau Amarelo” sobe ao palco para apresentações a 1 e 8 de fevereiro, às 17 horas, no Fórum Luísa Todi, em Setúbal. Com adaptação e encenação de Diogo Novo, a partir da obra de Mon-
Foi durante a primeira Blues Night deste ano, com os “So What?”, dia 24, no Fórum José M. Figueiredo, na Baixa da Banheira, que foram divulgadas as datas do IV BB Blues Fest: de 18 a 21 de junho,
teiro Lobato, fazem parte do elenco os jovens Lucília Mateiro, Ricardo Botelho, Catarina Mouro, Yoann Auboyneau, Tomás Crawford, Lua Santos, Inês Branco, André Henriques, Pedro Alves e Sofia Fonseca.
os blues voltam a ouvir-se em vários espaços deste equipamento. O evento é promovido pela Associação BB Blues Portugal e esta edição aposta na qualidade e diversidade dos espetáculos.
António Manuel Ribeiro lança livro na livraria do Desassossego
DICIONÁRIO ÍNTIMO
UHF revelam histórias curiosas e mal contadas em novo livro
Maria Teresa Meireles
VISIBILIDADE
Texto António Luís
dicionariointimo@gmail.comO
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“POR DETRÁS Do Pano” é o novo livro dos UHF que reúne as 35 histórias que António Manuel Ribeiro escreveu para a Antena 1, entre Novembro e Dezembro de 2013, para revelar o interior da banda que impulsionou o rock português com o tema “Cavalos de Corrida”. A obra, com 340 páginas, contém um breviário dos UHF mas não pretende ser uma biografia. «Sou apenas o relator de situações que vivi com os UHF num tempo de renovação da música portuguesa», frisa António Manuel Ribeiro, acrescentando: «Esta obra culmina a digressão dos 35 anos do grupo e revela histórias concretas, curiosas e desconhecidas ou mal contadas». Editado pela Chiado Editora, o livro pretende passar a mensagem de que «um dia houve um grupo de rapazes que construiu com convicção uma identidade musical e que acabaram por fazer história em Portugal». O líder dos UHF já editou quatro livros de poesia, sendo que três são inéditos, bem como uma coletânea da poética que escreveu e foi gravada pela banda.
“Por Detrás do Pano”, com o selo da Chiado Editora, inclui um breviário dos UHF mas não pretende ser uma biografia
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O esquecimento e a morte são as formas mais comuns de invisibilidade. A invisibilidade é uma das características do Reino dos Mortos – a capa da invisibilidade de Hades. «O Invisível para os homens é o visível para os deuses», afirma Roberto Calasso em «As Núpcias de Cadmo e Harmonia» porque, tal como Saint-Exupéry escreveu: «O essencial é invisível para os olhos». Humanos. «O Homem Invisível», H. G. Wells – a história de um cientista com uma obsessão: encontrar a fórmula da invisibilidade; ver sem ser visto, desejo que começa na infância (quando nos cobrimos com uma manta ou escondemos a cara) e se prende com outro desejo: o de transgredir sem castigo. A visão é a culpa. Sem sermos vistos, não há pecado. Os «amigos invisíveis» das crianças e de alguns adultos invisíveis só para os outros; limiares entre a sanidade e a loucura. «O que é, pois, aparecer?», perguntava Michel Foucault. Manifestar-se, mostrar-se, dar(-se) a ver, tornar-se (mesmo que momentaneamente) visível. Nascer é tornar-se visível; morrer é perder visibilidade. A «tinta invisível»: truques e ilusionismos. O olhar não é coisa simples nem imediata. «O Visível e o Invisível - sobre o amor e outras mentiras», de Lucía Etxebarría; «O Visível e o Invisível», de Merleau-Ponty; «O Fio Invisível», de Júlio Machado Vaz; «Invisível», de Paul Auster, «Deixem passar o Homem Invisível», de Rui Cardoso Martins. Nas suas «Seis Propostas para o próximo Milénio», Italo Calvino inclui a Visibilidade. O problema maior da visibilidade e do poder daqueles que «dão a ver» está na escolha do que se mostra ou torna visível e na escolha do que se oculta ou (so) nega e por vezes, como defendeu Oscar Wilde, «o verdadeiro mistério do mundo é o visível, não o invisível».
António Manuel Ribeiro, o líder dos UHF, orgulha-se de ter criado a banda
A apresentação, a cargo de Rui Pego, diretor de programação de rádio da RTP, terá lugar dia 29, às 18h30, na livraria Desassossego, em Lisboa. António Manuel Ribeiro diz que
os UHF continuam a promover, ao vivo, nos auditórios FNAC, de norte a sul do País, o novo disco duplo ao vivo “Duas Noites em Dezembro”, e a preparar mais uma digressão.
Concerto do ano novo dos Loureiros une três projetos musicais em palco OS LOUREIROS de Palmela são palco, este sábado, a partir das 21h30, do concerto de Ano Novo, que conta com as participações da Orquestra de Câmara, Orquestra Juvenil e Banda de Música, dirigidas respetivamente pelos maestros António Campos, Pedro Almeida e Pedro Ferreira. A Orquestra de Câmara é a mais
recente aposta da coletividade, levando o presidente dos Loureiros a reconhecer que se trata de um projeto que fazia falta em Palmela. «É um projeto que dá andamento ao trabalho que alguns alunos que têm tido nas várias escolas de música para mostrar à comunidade o trabalho que é possível fazer com talentos deste calibre».
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VISIBILIDADE É a qualidade ou estado daquilo que é visível, perceptível ; o que pode ser visto, o que é evidente, manifesto, claro; o que não admite dúvida. Visibilidade é, também, um parâmetro utilizado em termos meteorológicos e de viação para definir e indicar a distância a que um dado objecto ou luz pode ser percepcionado. Por vezes, a visibilidade é uma questão de adaptação: os olhos preparam-se, habituam-se às trevas. À visibilidade do que é privado, chamamos devassa. O que é íntimo deverá ser preservado dos olhares – invisível, portanto, para os demais. A visibilidade e a fama; a visibilidade é a fama. A visibilidade é a luz que incide, o foco. A visibilidade tem os seus próprios caprichos e ilusões. A imagem desgasta. O recolhimento é uma forma (e uma força) da invisibilidade. O invisível é, assim e simultaneamente, o que não se vê e o que não se pode (ou deve) ver. O invisível é o contrário do óbvio, daquilo que «salta à vista», do previsível, do vulgar, por isso Jean Cocteau, em «Visão Invisível», defende que «A Invisibilidade é a condição da elegância». Mas a invisibilidade social/ pública nem sempre é desejada. Estar invisível não significa estar ausente ou inexistente. Vemos geralmente o que já conhecemos, o que se lhe assemelha ou aquilo que esperamos ver – o visível é o compreensível, o reconhecível. Reconhecemos e damos reconhecimento numa espécie de círculo vicioso e viciado - a visibilidade tem a ver com o cânon e é, por isso, sujeita a modas, a ciclos, a círculos, circuitos fechados, selados. Para Paul Klee, a Arte «não reproduz o visível. Torna visível». «Dar a ver» é, muitas vezes, um atributo ou uma função da Arte e dos críticos que, por sua vez, deverão «dar a ver» os artistas. Não dar visibilidade equivale a silenciar. Impedir a visibilidade é impedir a voz, condenar a um mutismo - questão(ões) de Poder e de contra-Poder. A visibilidade «dá-se» ou nega-se.
O maestro Campos (ao centro), durante uma das duas apresentações OCL
Já o maestro da OCL, António Campos, que dá aulas de Oboé e faz parte da direção pedagógica da escola de música dos Loureiros, diz que a ideia é colocar em palco uma orquestra de cordas, um projeto «pouco usual» em Portugal e que permite acolher músicos que tenham como prioridade outras profissões. O OCL foi criada em meados de setembro de 2014 e é constituída por cerca de 20 elementos oriundos de Palmela, Setúbal e Azeitão. A OCL já fez duas apresentações ao público. Se pretende tocar na OCL pode inscrever-se através de orquestracamaraloureiros@gmail.com. O Barbeiro de Sevilha, Capricho Italiano, Cenas do Velho Oeste, Polar Express, Arabesque, Bonaparte e Sombras da Madrugada são alguma das peças que serão tocadas em palco.
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Natalina José, Anita Guerreiro, Vitor Emanuel, Ana Paula Moita, Paulo Oliveira e Filipa Giovanni são os atores que dão corpo à revista popular “P´ro Diabo Kus Carregue!”, a nova aposta das Produções C2E que conta com textos humorísticos de conceituados autores nacionais e músicas populares. Teatro Joaquim D´Almeida, Montijo, 21h30
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Cantar Alentejo, com humor “Cantar Alentejo com humor” é o título do espetáculo que conta com as participações do grupo Os Alentejanos, de Serpa, e do humorista Jorge Serafim, sempre irreverente e engraçado. Auditório António Chaínho, Santiago do Cacém, 21h30
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Ganhes convites duplos para “Amor e Informação” Penicos dão música e poesia erótica Os Penicos de Prata apostam num concerto de música e poesia erótica e satírica portuguesa. O quarteto de voz e cordas formado em Almada adapta poemas de autores como Adília Lopes, António Botto, Fernando Pessoa, Liberto Cruz e Natália Correia. Teatro Joaquim Benite, Almada, 21h30 Quarta
Revista popular anima Montijo
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Os Diabo na Cruz, uma das bandas sensação da música moderna portuguesa, apresentam o seu novo álbum “Diabo na Cruz”, lançado no final de 2014, de que fazem parte temas como “Vida de Estrada” e “Ganhar o Dia”, integra uma digressão que a banda realiza até abril por salas portuguesas. Forum Luísa Todi, Setúbal, 21h30 Sábado
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Diabo na Cruz dão concerto
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Bailado por uma boa alimentação A Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo apresenta “Pic Nic”. O espetáculo, dirigido à comunidade educativa, com sessões às 10h30 e 14h30, estimula a imaginação, através de pequenas histórias, relativamente a uma alimentação saudável e equilibrada. Teatro S. João, Palmela, 21h30.
TEMOS 5 convites duplos para oferecer aos nossos leitores para irem dia 5 de Fevereiro, às 21h30, ao Teatro Aberto, em Lisboa, assistir à representação de “Amor e Informação”, de Caryl Churchill, com encenação de João Lourenço. “Amor e Informação” é uma peça caleidoscópica, fora do vulgar, que propõe uma reflexão sobre o modo como lidamos com a informação, o amor, os afetos, a memória e a privacidade no momento presente, profundamente marcado pela tecnologia e pelas ligações digitais que se estabelecem na sociedade contemporânea. «Há um alerta latente nesta peça em relação ao que está a acontecer à nossa memória com a evolução da tecnologia, mas também às relações entre as pessoas. É uma reflexão sobre este mundo hiperinformado em que vivemos e sobre o lugar do amor e dos afetos na sociedade atual globalizada», refere o diretor Francisco Pestana, que acrescenta que a peça
está a ter «grande recetividade» por parte do público, uma vez que o texto é «muito fora do comum em termos dramatúrgicos. São apresentados ao espetador 54 quadros, de curta duração, que são pequenos excertos de vida que abordam vários temas». Está em cena de 4.ª a sábado, às 21h30, e domingo, às 16 horas, e conta com as interpretações de Ana Guiomar, Carlos Malvarez, Cristóvão Campos, Francisco Pestana, Irene Cruz, João Vicente, Marta Dias, Marta Ribeiro, Melim Teixeira, Patrícia André, Paulo Oom, Rui Neto e Teresa Sobral. Ligue 918 047 918 e ganhe convites.
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OPINIÃO
Hemingway e o fascismo: “Che ti dice la patria?”
EDITORIAL Raul Tavares
Com a saúde não se brinca APESAR DO martírio que a austeridade impôs ao setor social, nomeadamente ao Serviço Nacional de Saúde, acompanhava, como muitos portugueses, alguma deferência pela gestão de Paulo Macedo à frente do Ministério da Saúde. Depois de Correia de Campos que, a meu ver, e por duas vezes, foi o mais incompreendido e reformista da tutela na modernidade a seguir ao período quente da revolução de Abril de 74 (por ser impossível as comparações), Paulo Macedo detinha um veio moderado na investida ideológica do atual governo contra tudo o que cheirasse a social. Mas os factos ditam um revés e a história acabará por fintar a sua mestria empática que levou à compreensão dos portugueses. O seu maior trunfo foi ter conseguido abortar o contínuo percurso da dívida no setor e o embate com os monopólios instalados, nomeadamente o farmacêutico. Mas o desinvestimento no setor, a redução de efetivos, a falta de meios básicos nos hospitais públicos, os atropelos nos urgências e a regressão dos cuidados de saúde básicos, ao nível dos centros de proximidade, são realidades concretas. Já para não falar das taxas moderadores, esse eficaz modelo ditado para reduzir afluência às urgências, mas igualmente pernicioso, porque afasta muitos dos utentes que dela precisam, alguns até em casos de ‘vida ou morte’. Nestes últimos meses, Macedo quase se colocou ao nível dos colegas da Justiça e da Educação, outros dois pilares essenciais do Estado democrático, nas trapalhadas e no zurzir por entre a confusão. Ao contrário do que a sua gestão sempre vincou, foi sempre a correr atrás do prejuízo, obrigado a um trapezismo argumentativo que o deixou fragilizado. O ano passado comemoraram-se os 35 anos da instalação do Serviço Nacional de Saúde, reconhecido como política exemplar em grande parte do mundo. Macedo sempre disse que o estava a defender. Mas tem sido, nos últimos tempos, um dos seus detonadores. E nestas coisas não há volta a dar. O Ministro ficará marcado, porque com a saúde não se brinca.
ATÉ OITO de Fevereiro teremos em cena em Almada “Kilimanjaro”, a partir do célebre conto de Ernest Hemingway “As neves do Kilimanjaro”. Neste conto Hemingway projecta em Harry aquele que seria porventura um dos seus maiores medos na altura, quando, depois de sucessos como “O adeus às armas” e “Fiesta”, o autor de “O velho e o mar” começava a tornar-se numa celebridade: tinha medo de que a “persona” social que ele próprio criara o engolisse enquanto escritor. Que o mito aniquilasse o artista. Ernest Hemingway terá sido o primeiro escritor-celebridade da História. No dealbar de um século que se encerraria sob o signo da globalização, o escritor deu eco, na sua obra, a um certo “malaise” daquela que Gertude Stein baptizou como “geração perdida”. Estamos a falar dos sobreviventes da I Grande Guerra, que atingiram a maioridade durante o conflito. Estamos a falar daqueles que tiveram de lidar com o facto de terem sobrevivido, quando uma grande parte dos seus contemporâneos pereceu. Estamos a falar daqueles que, nos “années folles”, se revoltaram contra o conservadorismo político e social instituído pelas mesmíssimas nações que enviaram milhões para a morte nas trincheiras sem o mínimo piscar de olhos, acenando com a vacuidade do heroísmo e do amor pátrio. Precisamente nessa época o recém-casado Hemingway vivia pobremente em Paris, com a jovem Hadley e o filho de ambos. Lutava para tornar-se escritor e ganhava a vida como correspondente de jornais americanos. Cobriria o conflito greco-turco, a guerra civil espanhola, o conflito cino-japonês e a II Grande Guerra. Por duas vezes Hemingway entrevistou Mussolini, a quem chamou “o maior embuste da Europa”. Rodou um documentário, narrado
Rodrigo Francisco Diretor da CTA por si, durante a guerra civil espanhola, intitulado “The Spanish earth”, cuja receita serviu para adquirir ambulâncias para a causa republicana. Durante a Segunda Grande Guerra acompanhou o desembarque do dia D na Normadia, a libertação de Paris, e perseguiu os nazis até território alemão – chegando mesmo a combater, liderando uma força de milícia, sendo quase preso por isso. O conto “Che ti dice la patria?”, um relato de uma viagem por Itália no qual se descreve o ambiente social vivido no pós I Grande Guerra que levou à ascensão do fascismo, é quase um panfleto político. Em África, a morrer com gangrena, e à medida que vai passando a vida em revista, Harry chega à conclusão de que levou uma vida vã, e que nunca deveria ter deixado para mais tarde aquilo que poderia ter escrito antes. Hemingway sublimava dessa forma um dos fantasmas que mais o atormentavam: transformar-se num escritor falhado, consumido pelo álcool. Depois da sua morte, alguns dos seus detractores insistiram em bater nessa tecla. Mas Papa Hem contradi-los, servindo-se daquilo que melhor fazia: da literatura. Nunca deixando de dar voz ao contraditório, de compreender em vez de julgar, Hemingway destaca-se como uma das vozes que no século XX nos alertaram contra o fascismo. Ouvi-lo-emos ainda hoje?
GATO ESCONDIDO COM O RABO DE FORA AS IPSS são instituições constituídas por iniciativa de particulares, sem finalidade lucrativa, com o propósito de dar expressão organizada ao dever moral de solidariedade e de justiça entre os indivíduos, com vista à prossecução de objetivos de solidariedade social consignados na Constituição da República Portuguesa. Em matéria da representatividade das IPSS no território nacional, existem Uniões Distritais (UDIPSS) que convergem ao nível da Missão, que visa promover, entre vários fins, representar, difundir e assumir a defesa dos interesses comuns das instituições particulares de solidariedade social, designadas por Associadas, sendo as UDIPSS entidades que devem desenvolver a sua atividade com total autonomia e independência a qualquer partido ou ideologia política, credo ou religião. Serve o enquadramento anterior, para situar as eleições que se vão realizar no próximo dia 28 de Janeiro 15 para os Órgãos Sociais da União Distrital das IPSS do Distrito de Setúbal (UDIPSSS), para o mandato do Triénio 2015-2018, tendo sido aprovado com 22 votos pela Assembleia Geral somente uma Lista e não aprovação de uma segunda, em virtude desta não reunir os requisitos definidos pelos Estatutos da UDIPSSS. À data em que escrevo o presente artigo de opinião, desconheço o resultado do sufrágio, o que me permite distanciar de futuras considerações que venham a ser feitas depois de se saber o resultado das eleições, o qual já é previsível, na medida em que a Assembleia Geral da UDIPSSS permitiu que fosse a votos uma única Lista. Sendo a Assembleia Geral da UDIPSSS o Órgão responsável
Paulo G. Lourenço Investigador Social pela aprovação das Listas que se candidataram às eleições, tendo estado representadas 42 Associadas do universo das 192 IPSS do Distrito de Setúbal, dever-se-á questionar após ser conhecido o resultado da votação, quais serão os Valores pelos quais se vão reger os futuros Órgãos Sociais da UDIPSSS, em particular a “representatividade” e “servir os Interesses”, de quem, com pouco mais de 10% dos votos das IPSS associadas. De facto, quando se pretende ter o “poder” e protagonismo a todo o custo, usando a legitimidade com falta de sentido de responsabilidade, dificilmente o comum cidadão acreditará na transparência das práticas das IPSS ao nível da selecção e admissão de utentes das listas de espera de algumas respostas sociais, cujo financiamento da atividade também é feito com dinheiro dos contribuintes. Sobre o valor da Solidariedade Social, esse não questiono, porque apesar das Instituições Particulares de Solidariedade Social serem representadas por pessoas, com durações de mandato, felizmente recentemente limitados por Lei, as IPSS são Organizações com uma história muita rica em valores morais e obra realizada, que não se compadecem com frases feitas de programas eleitorais, que mais se assemelham a manifestos carregados de ideologia politica e partidária.
FIO DE PRUMO
Gregos AS RECENTES eleições para o parlamento grego vieram animar o debate político no nosso País e certamente em todo a Europa, porque o facto de ter sido um partido fora daquilo que chamam de “arco da governação”, ter conseguido vencer quase com maioria absoluta, deixou a gaguejar muitos dos que estão sempre disponíveis para botar “faladura”. As sondagens cedo deram a esperança ao povo helénico de
Jorge Santos Colaborador que o Syriza, que alguns chamam de radical, poderia vencer o sufrágio e afastar da área da governação as forças que, ao longo de décadas conduziam aquele povo
a condições de vida que, tal como outros entre os quais nos incluímos, nunca tinham pensado que poderiam suportar. Por um se ganha e por um se perde e se o Syriza tivesse conseguido mais dois deputados teria alcançado a maioria absoluta, condição que tinha evitado a necessidade de, em curto espaço de tempo, ter acertado coligação com outro partido de posições ideológicas opostas mas com coincidências reivindicativas no que toca às relações com quem lhes tem emprestado dinheiro,
mas com cujas condições não concordam. De salientar a rapidez com que os novos governantes da Grécia chegaram a acordo para enfrentar a luta a que se propuseram e de imediato deram posse ao novo Governo. De registar a postura de alguns dos nossos governantes que, não conseguindo esconder o nervosismo, se esqueceram da postura diplomática e tentaram mostrar que são capazes de vir a fazer aquilo que, já deram provas, nunca irão conseguir.
Ficha técnica Diretor: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Departamento Gráfico: Natália Mendes. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: redaccao.semmais@mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado.pt. Telem.: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98
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Competitividade APESAR do mau que nos tem acontecido, para grandes males grandes remédios. Como diz CR7 há que sermos ambiciosos no bom sentido e consumirmos nacional. Bom criar AISET — Associação da Indústria da Península de Setúbal potencial motor de Empreendedorismo/Inovação/ReIndustrialização da Península, fundado pelas maiores empresas, bem diversificadas. Pena os clusters da cortiça e conserveiro (que desapareceram da Região) não estarem representados. Liderada pela Volkswagen-Autoeuropa, o método Dual de Formação Profissional Alemã, pilar da sua liderança tecnológica (salvo evoluções entretanto surgidas não é muito diferente dos Cursos Nocturnos das Escolas Industriais nos anos 1963-79) dará resposta de qualificação às necessidades empresariais e deve dinamizar a Península no Portugal 2020. DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO depende de: Ciência/Inovação/Qualificação e Indústria de transacionáveis, Investimento/Empreendedorismo, MRK/ Diplomacia Económica. Posse Tecnológica significa expansão de interesses Económicos sobre Territórios como Portugal nos Descobrimentos. Investigação/ Guerras/Espacial/Ficção Científica têm contribuído para Descobertas/Invenções. Algumas fomentaram desigualdade/perda de vidas mas maioria contribue p/elevar Qualidade de Vida de que Internet é expoente máximo. Alemanha apesar de fragilizada p/guerras conquista Liderança Tecnológica. Não basta êxito de APP´s/Startups-Tecnológicas. Construtores TV usam tecnologia tátil de empresa nacional, antes seriam cá fabricados. Diáspora da criatividade de emigrantes portugueses tem sido aproveitada p/outros países desperdiçando Portugal esta riqueza e contribuindo para insustentável Seg.Social. Termos cedido à Inglaterra (desde Cruzadas), ADN comercial-colonial, cultura “treinadores de bancada quezilentos” atrasou-nos. Nem 1 Nobel da Física, só Medicina. Bom Senso/ Ambição/Disciplina/Empreendedorismo/Inovação/Gestão e Ensino Profissional para as necessidades empresariais, boas relações Comerciais c/:EU/EUA/ EAU/BRICS/CPLP promovendo exportações c/bens tradicionais/ inovadores de Qualidade, e adequada Política Energética, contribuem p/desenvolver Portugal. Foi isto que fez a Alemanha de Bismark PRODUTIVIDADE/QUALIDADE — É fazer mais c/menos recursos sem desperdícios/devoluções. Eficiência operativa depende da curva-experiência, e economia de escala importa, razão p/trocas comerciais. Novos
sistemas: concepção produto/ tecnologia/organização industrial/qualificação, viabilizam produzir pequenas séries/tornando PRODUTIVIDADE DOMINÁVEL. Aproveitar nova Revolução Industrial: prototipagem (FabLab)/ Código aberto/Cloud/Fabrico e distribuição direta p/qualquer parte do Mundo, e redução do “Gap” salarial/aumento relativo do peso dos custos logísticos potenciam oportunidade de Portugal se Reindustrializar(cá) contribuíndo para Emprego/Sustentabilidade Social. COMPETITIVIDADE — Em mais de 300 critérios International Institute for Management avalia competitividade de 60 países onde Portugal é 43º. Especulação financeira/Euro forte (conjunturalmente mais baixos?) Desarmonizações: Fiscal/Financeira, Economia Paralela/Corrupção, anulam ganhos de produtividade. BALANÇA COMERCIAL — Europa c/superavit é falácia estatística. Alemanha tem superavit graças à sua capacidade(desde Revolução Industrial). Portugal não consegue superavit estrutural(só: 1941/3 e 2012/3) por nos termos deixado atrasar, exportando na gama baixa da cadeia tecnológica (salvo honrosas excepções) e importando da alta, como se não bastasse estarmos sujeitos a cotas de produção p/EU, como acontece agora com a sardinha, deixando pescadores no desemprego. Bons informáticos/Startups tecnológicas é insuficiente. Portugal tem de entrar em mercados potencialmente recetores dos nossos produtos. BRICS defendem-se: criam Banco Próprio, Rússia muda parceiros comerciais, China maior cliente do Brasil. Petróleo e juros baratos/desvalorização da moeda são janela de oportunidade-enquanto aberta-mas atenção a Angola. Para SUSTENTÁVEL Portugal tem de produzir transacionáveis para consumo interno/exportar se não quiser tornar-se num país de cozinheiros/empregados mesa/ cantores/dançarinos. Última alternativa para salvar a Europa será o IMPENSÁVEL “EU fechar as portas económicas ao Mundo p/salvá-la da Globalização”? Não faz sentido também pelo seu superavit comercial. INVESTIMENTO — Cultura não empreendedora/redução do IDE são óbice. Dado Economia Global, previsões apontam p/EUA ser refúgio. Será que: Acordo de Parceria Portugal-EU 2014-2020, “milagre dos pães do Plano Junker” (descricionário não permite flexibilidade PEC a Portugal), Quantitative Easing de Draghi, IFD/ Banca, Vistos Gold (c/ Investimento Industrial além da indústria da construção), Crowdfunding, remessas de Emigrantes, TTIP (?), ajudam a economia real
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UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA Caldeira Lucas (Eng.o, Gestor, Prof., Consultor)
“ Em mais de 300 critérios International Institute for Management avalia competitividade de 60 países onde Portugal é 43º. Especulação financeira/Euro forte (conjunturalmente mais baixos?) Desarmonizações: Fiscal/Financeira, Economia Paralela/ Corrupção, anulam ganhos de produtividade. ” no Portugal-2020 e.v. de serem oportunidade à mercê de fraudes? Não basta injetar dinheiro se o modelo económico não for adequado e aplicação eficaz. Rever: Plano Marshall/Ferreira Dias/Melander/Porter c/ upgrades INTERNACIONALIZAÇÃO: Banca s/controlo, escândalos c/desvios de milhares de milhões (culpados não presos nem confiscados bens). Empresas de construção/energéticas pós-ganharem experiência e deixarem-CÁ-fatura PPP/rendas penalizadoras para pagarmos, passam a empregar recursos mão-de-obra/materiais e contribuir Fiscal/Seg.Social noutros destinos, não é bom para a nossa Economia/Emprego. Bom é uma Empresa produzir CÁ usando ao máximo recursos nacionais, abastecer consumo interno/exportar e contribuir p/: Impostos/Segurança Social em Portugal. Empresas capital intensivo contribuírem mais p/ Segurança Social. Porque lhes foi reduzida a TSU? Boa decisão integrar Península de Setúbal no PLANO ESTRATÉGICO para o TURISMO na REGIÃO de LISBOA (enquanto marca SETÚBAL não for visível). Não se entende porque maior Projecto Turístico Nacional– TRÓIA-não é integrado, apesar de não ser na P.Setúbal? Há mercados Reino Unido/Normandia que gostariam vir e.v. de p/congestionadas Rivieras Francesa/ Italiana. Razões p/Aeroporto no Montijo, que também serve p/ Distrito escoar bens perecíveis/ alto valor acrescentado, assim a privatização TAP(maior exportadora/enorme impacto Turístico) salvaguarde eficazmente a manutenção do HUB Aeroportuário-Lisboa, e.v. Barajas. Façamos tudo para que a previsão de Roubini (previu a crise de 2008) de nova crise global em 2016 não se confirme.
Tragédia Grega? A SEMANA que passou ficou indelevelmente marcada pelas eleições na Grécia. À dúvida inicial de se saber se o Syriza confirmaria nas urnas a vantagem obtida nas sondagens, levou rapidamente à dúvida seguinte: conseguirá maioria absoluta? Ora, apesar do sistema político eleitoral, bastante diferente do nosso e que visa criar estabilidade governativa, a maioria absoluta não chegou e o Povo, que em Portugal costuma dizer-se que é sábio (seja lá o que isso quer dizer), subscreveu uma página da sua história, entregando os destinos do País a um partido até aqui radical, mas não lhe quis dar a maioria absoluta, provavelmente desconfiando da receita, ou melhor, da dose exagerada que estes se propunham aplicar. Agora a Europa e o mundo estão suspensos dos passos seguintes. Mas os Gregos também o estão. A verdade é que o novo Primeiro-Ministro Grego,qual cozinheiro que contestou todas as receitas tradicionais e se propunha fazer novos e mais saborosos cozinhados com outros ingredientes, vem agora dizer que afinal a receita que ele tem, tem muitos pontos de contacto com as tradicionais. Naturalmente que não se faz omeletes sem ovos, nem um delicioso arroz sem arroz, e qualquer substituto que encontremos, não produzirá esse milagre. Mais, até me podiam vir dizer que não temos de cozinhar o ba-
Paulo Edson Cunha Ver. PSD/Seixal calhau todos da mesma maneira e o truque está em inovar, apresentando precisamente essas novas receitas, com valores nutricionais semelhantes, um sabor, pelo menos aproximado e com custos mais reduzidos. O que se passa é que esse cozinheiro ainda tem de pagar a conta aos fornecedores dos cozinheiros anteriores e se não pagar, não vai ter verbas para adquirir novos ingredientes, porque os ingredientes custam dinheiro e a fonte é só uma, logo, se ele disser aos seus fornecedores que quer mudar de produtos, tudo bem, mas desde que pague os anteriores e se não pagar os anteriores, eles não lhe vão dar outros produtos, porque ninguém gosta de ser enganado duas vezes. A única opção que vejo é os Gregos terem a capacidade negocial de convencerem que a nova receita é tão boa e suculenta que vai gerar receitas que permita começar a pagar e, mais, que se eles se afundarem, levam a Europa toda atrás e aí, a Chef Alemã, temendo não conseguir alimentar o seu “esbelto” corpinho, visivelmente muito necessitado de alimento, prefira esquecer o que está para trás, não por altruísmo, mas para garantir que não lhe vão faltar muitas e boas refeições no futuro
LETRAS EM PAPEL QUADRICULADO
Perfume PERFUME PODE não ser um aroma, pode não ser um odor – pode ser uma cor, um som, uma imagem, um gesto, um sentimento, uma sensação... Um perfume é uma associação, é um sinal elétrico que percorre suavemente o nosso corpo e evoca uma qualquer recordação, um verdadeiro perfume tem de cheirar a nostalgia e, por isso, aqueles frascos coloridos nas perfumarias ainda não são perfumes, ainda não têm uma história, uma memória associada, um vislumbre de paixão, de felicidade momentânea. E o perfume, o odor, a fragrância, não precisam de ser olfativos, precisam apenas de evocar, tal como uma música pode chamar um momento passado, passando o som a ser aroma – o aroma de um momento específico, sendo irreversível, o efeito de lembrança associado, in-
Margarida Nieto Estudante contornável. Essa magia envolve o corpo, através de complexos desencadeamentos neuronais, provocando, então, uma das mais belas emoções – a nostalgia. A nostalgia é difícil de decifrar porque corrompe a mente, aliciando-a, lenta, prazerosa e sem escrúpulos, cria dependência, condena e afunda quando sentida em doses elevadas, por isso, tomem cuidado – os perfumes são, na realidade, nostalgia líquida.
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