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Sábado | 3.Novembro.2012
semanário - edição n.º 737 • 5.ª série - 0,50 € • região de setúbal
Director: Raul Tavares
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VENDA INTERDITA
Actual Famílias da região já entregaram este ano 391 casas aos bancos
Anti-Stress Teatro Montemuro em Alcochete
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D. Manuel da Silva Martins, em entrevista exclusiva
Comércio perde 20% Francisco Carriço diz que o comércio tradicional na já perdeu na região 20 por cento dos seus estabelecimentos. PÁG. 14
Pag. 10
Carlos Beato aceita lista para o Montepio Geral
Passos Coelho traz Merkel à Autoeuropa
Marcelino já tinha sido suspeito de abuso sexual
ACTUAL O presidente da Câmara de Grândola aceitou o convite do Padre Vitor Melícias e do líder daquele banco mutualista, Tomás Correia, para con-
FECHO A senhora toda poderosa da Europa vem visitar a unidade de Palmela a convite do Governo português, dia 12, num dos momentos mais espe-
+POLÍTICA O líder do
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correr à administração da instituição . Caso seja eleito, Beato deverá deixar a edilidade já no início do próximo ano numa transição pacífica . PÁG. 3
rados da sua deslocação a Portugal como chefe do Governo Alemão. A visita da chanceler está a ser rodeada de altas medidas de Segurança.
PS de Grândola, João Marcelino, arguido de alegado caso de abuso sexual de uma menor de 9 anos de idade, foi suspeito num
caso idêntico arquivado em 2009. Os socialistas aguardam que chegue do Brasil para exigir a demissão deste de todos os cargos políticos. PÁG. 7
DR
+ECONOMIA
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«Dói-me muito a situação de Setúbal e do país!»
Caderno Pub.
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O Sul Jornal de debate e cultura
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Abertura
Inventor de Palmela cria motor que gasta metade Já construiu telescópios e um ecrâ que funciona às claras. Mas a sua nova invenção pode ser revolucionária e já interessa a investidores. O protótipo deverá funcionar num automóvel dentro de um ano.
J
oaquim Candeias garante que a sua mais recente invenção vai “revolucionar” os automóveis no mundo. O arquitecto de 58 anos, proprietário de uma empresa radicada num armazém do Pólo Industrial de Brejos do Carreteiros, em Olhos de Água (Palmela), revela que descobriu um motor, com um sistema completamente inovador, que permite gastar metade do combustível. O projecto já seduziu investigadores de física nuclear na Universidade de Coimbra e interesse de investidores. O motor «Cande», assim se designa vai ser desenhado em breve por uma empresa do ramo Pub.
auto, admito Joaquim Candeias que o protótipo poderá estar a funcionar num automóvel dentro de um ano. Combustão para melhor aproveitar combustível O proprietário da empresa Lusoscreen (outros inventos na caixa) – revelou ao Semmais que o segredo foi ter conseguido resolver o problema da falta de eficiência dos motores. Isto é, num motor convencional, quando o combustível incendeia, a força que daí
Porém, com a nova solução, afiança é possível assegurar a ocorrência da combustão, mas no momento do máximo binário, permitindo um muito maior aproveitamento da força do combustível. E é exactamente neste ponto que anuncia uma “revolução” para a mecânica dos automóveis
Outras aplicações no horizonte Por enquanto só exibe o protótipo feito em acrílico, não tendo ainda testado a invenção. «Isto tem muitas outras aplicações, que vai para além dos carros. O mesmo sistema também ser utilizado para produzir energia eléctrica, ou então em
Fotos: DR
se obtém é aplicada na direcção do eixo do motor, permitindo aproveitar apnas um máximo de 30% da força do combustível.
::::::::::: Roberto Dores :::::::::::
Do ecrã às claras ao espelho sem vidro e muita criatividade embarcações» revela, prometendo ainda testar o motor com ar comprimido, acreditando que terá, igualmente, «uma grande eficácia. Estamos a falar de motores ambientalmente muito mais evoluídos. Nem têm nada a ver com as baterias que alimentam os carros eléctricos, porque elas também são poluentes e têm prazo de durabilidade», assinala Joaquim Candeias. E qual será o preço do novo motor? O inventor ainda não sabe, mas assegura que será mais barato do que os actuais, desde logo, porque exibe eixos normais, o que quer dizer que será mais simples e económico.
Joaquim Candeias, 58 anos. Tirou Arquitetura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e trabalhou na câmara de Lisboa até 2000. Depois de construir vários telescópios à mão viria a ficar célebre por ter criado o único ecrã do mundo capaz de funcionar às claras, onde as imagens projectadas se mantém bem vivas, mesmo debaixo de uma intensa luz solar. A inovação que tornou obsoletas as vulgares telas pouco resistentes à luminosidade levaram Joaquim Candeias a perder a conta ao número de ecrãs «Lusoscreen Alto Ganho» produzidos e exportados para auditórios, restaurantes e bares dos quatro cantos do mundo. Mas há três anos lançou uma nova
invenção: um espelho sem vidro que, segundo o criador, está «repleto de vantagens». À primeira vista assemelhase a papel de alumínio, mas não é. Aliás, Joaquim Candeias, designa apenas por «plástico espelhado de alta definição», garantindo tratarse de uma matéria-prima muito barata, que lhe vai permitir entrar no mercado com preços altamente concorrenciais. «Até receio que por ser tão barato as pessoas julguem que isto não preste», alerta, revelando que nos Estados Unidos o sistema já é utilizado em meios audiovisuais, para projectar imagens, mas com um tipo de película bem mais caro, que orça os 500 euros o metro quadrado.
Este Novembro saiba quais são as 500 Maiores Empresas do Distrito, numa mega edição com estudos sobre o nosso universo empresarial.
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Editorial
Espaço Público
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// Raul Tavares
E refundar os impostos ? A ideia da refundação do Estado é assustadora e pode deitar por terra de uma só vez o contrato social que é o pilar decisivo nas sociedades civilizadas, geradas por um pensamento político que trouxe a luz da modernidade e do progresso. É nesse alicerce que assenta a igualdade de direitos e de oportunidades, com direitos e com regras. E por isso se paga impostos. A sua derrocada será um retrocesso ímpar e vai muito ao arrepio da sustentabilidade que o Ocidente sempre encontrou na liderança da geo-política internacional em nome de sociedades mais justas e sobretudo mais democratas, mesmo com hiatos, interesses e erros que se têm vindo a adensar. Na verdade, o direito à Saúde, à Educação, à Segurança e à Justiça, deviam ser direitos inalienáveis. Quando este tripé falhar, estaremos à beira do colapso e do caos. A privatização do Estado é a face da mesma moeda da Estatização da sociedade. Nem uma, nem outra coisa assume os verdadeiros interesses do povo. E se nos perguntam o que estaremos dispostos a pagar para ‘merecer’ esses cuidados, também se devia perguntar ao Estado porque tem utilizado abusivamente mal os impostos que pagamos em situações que nada tem a ver com os nossos interesses colectivos…
O jornal que saía à rua
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m fundo de história é o daquele peddy paper que já pudemos denominar “Lenine de passagem”, “ele andou por aqui”. Mérito deste a teoria sobre a situação revolucionária segundo a qual «para a revolução não basta que as massas exploradas e oprimidas tenham consciência da impossibilidade de viver como dantes e exijam mudanças; para a revolução é necessário que os exploradores não possam viver e governar como dantes. Só quando os “debaixo” não querem o que é velho e os de “cima” não podem como dantes, só então a revolução pode vencer» («O esquerdismo, doença infantil do comunismo», 1920). O achado, é o monumento erguido em 1958 em Penamacor à memória de um Juiz do Supremo Tribunal de Contas, par do reino, Conselheiro do Estado e Ministro da Marinha no gabinete de Hintze Ribeiro, Jacinto Cândido, desassombradamente selectivo em palavras suas gravadas sobre pedra: «A revolução há-de fazer-se (de duas maneiras): bem ordenada e dirigida, de cima para baixo, do governo para o povo, e então raiará vida nova e entraremos num período de felicidade e de paz, ou (ao contrário) quando o governo não possa, não queira ou
Valdemar Santos* não saiba fazê-la, (e então surgirá) de baixo para cima, da periferia para o centro em ondas alterosas de anarquia que subverterão tudo e todos». Desmérito também o há, o nosso, que repetimos estas coisas. Só que há três semanas estávamos a ouvir Passos Coelho a acusar Jerónimo de Sousa de fazer “declarações incendiárias que instigam à violência”, enquanto no PS se vaticinava sobre a expansão de uma “catarse” a 15 de Setembro em contraponto com o infinitamente menos soft 29 da CGTP apoderada da “arrogância”, ainda por cima a reboque, de querer usufruir do “direito de ser dona da rua”. E enquanto Dom Policarpo bramava que “as manifestações de rua não resolvem os problemas do país”, “muito menos uma revolução”. Na quarta semana de Agosto de 1937 saía o quarto Avante! clandestino do mês (nº 48 da série II). Provava ser uma terrível arma de formação de consciências: “Depois de leres este jornal, não o destruas. Envia-o a um católico, a um legionário iludido ou a um militar. Assim cumprirás com o dever de anti-fascista”. Saía, e era à rua. *Militante do PCP
Dez perguntas sobre o mercado único* Viver e envelhecer na Europa Em 2012 celebra-se o 20.º aniversário da realização do Mercado Único Europeu.De 15 a 20 de Outubro tem lugar a Semana do Mercado Único, em Portugal, com workshops e seminários sobre a temática (http://www. eurocid.pt).Desde 1992 foram progressivamente abolidas as fronteiras internas entre os países da União Europeia e o Mercado Único – baseado na livre circulação de pessoas, mercadorias, serviços e capitais – passou a ser uma realidade. Graças ao Mercado Único, os cidadãos da UE podem receber as pensões de reforma a que têm direito independentemente do Estado-Membro em que decidam viver. 6. Trabalhei em vários países da UE e tenciono reformar-me em breve. Onde devo pedir a minha pensão de reforma? Quando chegar a altura de pedir a sua pensão, normalmente deve fazê-lo no país onde está a viver ou no país onde trabalhou pela última vez. Esse país é responsável por tratar o seu pedido e reunir os registos das contribuições efetuadas em todos os países onde trabalhou. Caso nunca tenha trabalhado no país onde agora vive, deve apresentar o requerimento à entidade competente do último país onde trabalhou. O seu pedido será tratado por essa entidade.
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A lista dos contactos nos vários países da UE está disponível em: http://europa.eu/youreurope/citizens/work/ retire/state-pension-claims-andcalculation/index_pt.htm#popup. A pensão é a principal fonte de rendimento de um em quatro (1/4) cidadãos europeus. A liberdade e o direito que o assiste de visitar, trabalhar, estudar e viver a reforma noutro país constitui a face humana do Mercado Único. Os governos nacionais são os principais responsáveis pelos regimes de pensões. À União Europeia cumpre apoiar e completar as atividades dos EstadosMembros no domínio da proteção social e ter em conta a garantia de uma proteção social adequada na definição e execução das suas políticas. A legislação europeia inclui: a coordenação da segurança social em matéria de pensões públicas; as regras para fundos de pensões profissionais; a portabilidade e a proteção dos direitos a pensão complementar em caso da insolvência do empregador e regras aplicáveis às companhias de seguros de vida. As pensões são cruciais para o sucesso social e económico da Europa. É uma prioridade assegurar um rendimento de reforma adequado e sustentável para os cidadãos da UE no presente e no futuro. Alcançar estes objetivos numa Europa que envelhece constitui um desafio considerável. A maioria dos Estados-Membros procuraram preparar-se para este desafio levando a cabo reformas dos seus sistemas de pensões. * A sexta de dez perguntas e respostas da responsabilidade da Comissão Europeia no quadro actual da integração, por ocasião do 20.º aniversário do Mercado Único.
Actual
Beato vai concorrer à administração do Montepio
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25 anos de sócio do Montepio e o desafio da «responsabilidade social» Carlos Beato é sócio do Montepio Geral há mais de 25 anos e, após grande ponderação, como sublinham as nossas fontes, optou por aceitar o convite por se tratar de «um desafio de relevante importância, por se tratar de um projecto de responsabilidade social, como é o Montepio», explicam as fontes do Semmais. E sobre a
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presidente da câmara de Grândola, Carlos Beato, impedido por lei de se recandidatar à autarquia, decidiu aceitar esta semana o convite para integrar uma das listas ao Conselho de Administração do Montepio Geral, cujas eleições deverão ocorrer no próximo mês de Dezembro, apurou o Semmais de fonte fidedigna. O autarca, que tem vindo a anunciar o seu «apego» definitivo a Grândola e aos grandolenses, havia declinado, nos últimos meses, todos os convites e pressões que lhe foram feitos para eventuais candidaturas a autarquias dentro e fora do distrito, já informou os seus colegas do executivo camarário a sua adesão a este novo projecto, para o qual foi convidado pelo Padre Vítor Melicias e pelo presidente daquela instituição mutualista, Tomás Correia. Ontem mesmo, dirigiu uma missiva aos trabalhadores da autarquia, à qual o Semmais teve acesso, na qual informa as razões pelas quais aceitou «o honroso convite» e relembra que continua, desde 2005, sem auferir o salário mensal devido pela sua presidência do município. Na mesma
carta, Beato, garante que, em caso de eleição para o novo cargo, reunirá os colaboradores da autarquia para explicar «em primeiramão» a sua decisão e «falar sobre o futuro». Apego a Grândola e transição pacífica Já na semana passada, por ocasião do Dia do Concelho, Beato fez um discurso emocionado e não deixou de frisar as suas opções futuras para o concelho a que se
dedicou na última década. «É natural que o ‘comandante das tropas’ queira que se dê continuidade a uma obra que foi bem sucedida aos olhos de toda a gente», sustentam as nossas fontes. Caso a lista que integra para a administração da instituição bancária mutualista venha a ganhar, o autarca deverá deixar o cargo já no início do próximo ano, sendo que deverá ser substituído pela actual vice-presidente, Graça Nunes. «Este será um problema menor, uma vez
que a actual equipa da Câmara está afinada na estratégia que foi definida até ao final do mandato e é da inteira confiança pessoal, profissional e politica do Presidente», referiu ao Semmais outra das fontes próximas do autarca. A maior preocupação de Carlos Beato prende-se, agora, com a sua substituição nas próximas autárquicas. O Presidente sempre disse gostar de vir a ter uma palavra a dizer sobre o assunto, e «está a acompanhar de perto o processo» junto do PS, partido por onde foi eleito como independente. Mesmo sem escolhas defini-
transição, em caso de ter que abandonar a presidência da autarquia, subsiste a ideia de que com a obra e o projecto cumpridos e honrados, não é por meia dúzia de meses que alguma coisa poderá ser posta em causa, designadamente num período pré-eleitoral», tendo em conta as eleições autárquicas de Outubro do próximo ano.
tivas, o nome de António Candeias, ex-presidente da Junta de Freguesia de Melides e actual Presidente da Assembleia de Freguesia, eleito pelo PS, parece ser o putativo candidato que reúne mais forças no concelho, coadjuvado pelo actual vereador, Ricardo Campaniço, militante doPS, que acompanha o líder do Novo Ciclo Autárquico Socialista à 15 anos. E, caso o processo seja bem conduzido o próprio Carlos Beato poderá estar disponível para aceitar liderar a lista candidata à Assembleia Municipal de Grândola.
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A ideia é contribuir para a angariação de fundos para a edificação de um futuro equipamento misto que funcione como Lar Residencial e Centro de Actividades Ocupacionais, visto não existir em todo o distrito de Setúbal qualquer equipamento ou resposta social exclusiva para a problemática do autismo. Para os organizadores da iniciativa, trata-se de «um momento histórico» dado que, «mais uma vez e sem qualquer interferência do poder público», as duas grandes associações de esco(u)teiros a nível regional, uniram-se pela inclusão das crianças e jovens com Perturbação do Espectro do Autismo. Para o sucesso desta iniciativa, a APPDA-Setúbal reconhece publicamente o apoio da Cáritas Diocesana de Setúbal, que facultou uma centena de latas para a realização do peditório, o que, no entender do presidente da associação, «revela uma boa prática institucional de trabalho em parceria».
Região já devolveu 391 casas à banca
NO DISTRITO de Setúbal foram entregues 391 casas aos bancos, este ano. Os dados reportam-se ao período entre 1 de Janeiro e 30 de Setembro e equivalem a quase dois imóveis diários, transformando a região numa das que maiores dificuldades registam no país à hora de cumprir o pagamento do crédito a habitação. Apenas os distritos do Porto (641), Lisboa (590) e Faro (551) são superados por Setúbal, segundo revela a Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP). A entrega de casas no distrito de Setúbal tem partido de muitos privados, incapazes de fazer face às mensalidades a pagar à banca, mas também se regista hoje um novo fenómeno, segundo o qual, os próprios promotores imobiliários estão a optar por se desfazerem dos imóveis perante as dificuldades económicas que atravessam as empresas. «Há um rol de compromissos, relativos a empréstimos a impostos, que é impossível de suportar aos
dias de hoje», explica ao SemMais, Paulo Alexandre Vieira, operador neste ramo de actividade em Setúbal, para quem «a entrega de casas ainda vai sendo uma solução, que, mais ou menos, permite às pessoas não perderem muito dinheiro e livraremse dos encargos. Isto, desde que a negociação fique bem-feita com ao banca, porque, caso contrário, as pessoas poderão não se livrar por completo da dívida e depois ainda é pior», alerta. Precedente de Portalegre e a nova Lei Aqui, é dado o exemplo da sentença favorável concedida pelo Tribunal de Portalegre a uma família que entregou a casa ao banco, com o argumento de que não tinha meios financeiros para a continuar a pagar, logrando liquidar o empréstimo na sua totalidade. Aliás, a nova lei, que entra em vigor em 2013, obriga os bancos a prevenirem o incumprimento de créditos à habitação e ao consumo e a apresentarem um plano de pagamentos.
Paulo Alexandre Vieira confirma que nunca como hoje foram entregues tantas casas aos bancos, admitindo que, pelo menos até final deste ano, várias dezenas de famílias da região venham a a tomar a mesma opção. «Há gente que nos contacta alarmada, explicando que está asfixiada e que precisa urgentemente de vender a casa, mesmo que perca parte do investimento que realizou. Só que hoje é muito difícil comercializar imóveis, mesmo a preços baixos», reconhece, pelo que perante os sucessivos incumprimentos e a exigência da banca, não resta alternativa às famílias que não seja abandonar o lar. De resto, é precisamente esta a equação já realizada pela APEMIP, quando admite que até final do ano venham a ser entregues ao banco mais cerca de duas mil casas em Portugal, pelo que o distrito de Setúbal não deverá escapar à tendência. Roberto Dores
Aeroporto low-cost mais perto da base aérea do Montijo NA SEQUÊNCIA da reestruturação do aeroporto de Lisboa, o Governo admite que a Base Aérea N.º 6 do Montijo poderá ser a solução para complementar a Portela. Mas, caso a construção do novo aeroporto de Lisboa avance, em Alcochete, essa realidade só passará para o terreno a partir de 2022 e o investimento rondará os 170 milhões de euros. Os deputados do PSD do distrito sempre defenderam que a Base do Montijo tem todas as condições para se tornar um aeroporto destinado aos voos low-cost, mantendo a sua componente militar, pelo que consideram que a Base Aérea N.º 6 é a melhor localização para um aeroporto vocacionado para voos de baixo custo.
A COMISSÃO concelhia do PS do Montijo mostra-se «muito preocupada» com a sustentabilidade da Simarsul, empresa de capitais públicos que detém a concessão da recolha, tratamento e rejeição das águas residuais da Península. Francisco Santos, líder da concelhia ‘rosa’ montijense, realça que no primeiro trimestre de 2012, segundo dados da empresa, o montante da dívida rondava «os 26 milhões de euros». E recorda que em 2011, os municípios que cumpriram as suas obrigações para com a Simarsul foram os do Montijo e de Palmela. «Ficámos a saber que a Simarsul já avançou com sentenças executórias junto das autarquias do Barreiro e do Seixal», sublinha, reconhecendo que a sustentabilidade da Simarsul «não deve ser posta em causa, pelo que o cumprimento dos pagamentos à Simarsul é indispensável ao nosso futuro sustentável». Além do mais, entende que os atrasos dos pagamentos por parte dos municípios, coloca em causa «os ordenados e os postos de trabalho da empresa». Deputados socialistas questionam Governo Os deputados ‘rosa’ do distrito querem que o Governo esclareça em que data foi concluído o processo de liquidação da empresa Arco Ribeirinho Sul, data da Assembleia Geral e dos registos, recordando que o prazo estipulado pelo Governo era 10 de Abril de 2012. Os deputados querem ainda saber qual o montante total de honorários auferidos pelo liquidatário, bem como se o liquidatário tem acumulado a remuneração auferida da Arco Ribeirinho Sul com a de presidente do conselho de administração da empresa púbica ‘Baía do Tejo’, cargo para o qual foi nomeado em Abril último.
O líder da Distrital Pedro do Ó Ramos considera que o Montijo reúne «grandes potencialidades», dado a sua dimensão, podendo a aviação civil coabitar sem interferências com a actividade militar. Segundo o político, «são mais de 950 hectares, com duas pistas ao nível da Portela e tem todas as condições para ser complementar,
não implicando a saída militar». Para o líder PSD, esta é a melhor opção a nível financeiro, ambiental e de acessibilidades, quando comparada com a hipótese de Sintra. «A nível de dimensão, Sintra não chega aos 200 hectares, enquanto as acessibilidades são melhores no Montijo, estando mais perto de Lisboa, conclui. DR
Angariação de fundos para actividade ocupacionais
PS preocupado com sustentabilidade da Simarsul
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DEZANOVE localidades do distrito de Setúbal vão receber, este fim-de-semana, o segundo Peditório APPDA-Setúbal, para ajudar os cidadãos com perturbações do desenvolvimento e autismo. Os cidadãos de Setúbal, Palmela, Azeitão, Corroios, Quinta do Conde, Montijo, Charneca da Caparica, Costa da Caparica, Lavradio, Barreiro, Quinta do Anjo, Almada, Arrentela, Trafaria, Cacilhas, Seixal, Sesimbra, Palhais e Fernão Ferro vão ser convidados a ajudar este projecto desenvolvido no âmbito do protocolo entre a APPDA-Setúbal, Associação Portuguesa para as Perturbações do desenvolvimento e Autismo, a Junta Regional de Setúbal do Corpo Nacional de Escutas (CNE) e a Chefia Regional da Região Além do Tejo da Associação dos Escoteiros de Portugal (AEP).
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Mais de mil escuteiros do distrito ajudam cidadãos com autismo
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Sรกbado | 3.Nov.2012 Pub.
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Troiaresort distinguido em filmes de turismo
O FILME institucional do troiaresort foi agraciado com o prémio principal, na categoria Hotéis & Resorts, do Festival Internacional de Filmes de Turismo Art&Tur 2012. Esta 5.ª edição, realizada de 24 a 27 de Outubro, em Barcelos, contou com a participação 360 filmes de 28 países, que apresentaram o que de melhor se faz a nível mundial na área audiovisual do sector do turismo. O objectivo principal do filme “Natureza Especial”, que marcou
uma nova etapa na comunicação do projecto troiaresort, foi a divulgação das principais características do espaço quando comparadas ao mundo natural, da Península de Tróia, e à personalidade do ser humano. O resultado final correspondeu a quase cinco minutos de imagens reais onde a base da ideia criativa assume a assinatura “Natureza especial” como o mote da caracterização do troiaresort, enquanto destino vocacionado para famílias.
Plural senta Alcochete no banco dos réus
BÁRBARA Martins, de Setúbal, venceu um concurso promovido pela Benetton e pela Unhate Foundation a nível mundial destinado a jovens desempregados ou licenciados sem colocação e com o objectivo de que cada jovem tivesse condições para dar o primeiro passo na criação do seu próprio negócio. O prémio, no valor de 5 mil euros, deverá ser utilizado num projecto a aplicar em 2013. Mas em vez de criar o seu negócio e conseguir um posto de trabalho, Bárbara Martins optou por usar a verba na construção de um projecto de valorização para os mais desfavorecidos na sociedade. O objectivo
Bárbara Martins altruísta
é criar uma feira da solidariedade, apelando a empresas e entidades locais, e fazer reverter o valor angariado para instituições de cariz social. «Quero que esta feira seja uma oportunidade para quem precisa», explica ao Semmais. «O facto da iniciativa ser apoiada pela Benetton e acompanhada do ponto de vista mediático pode ser muito bom para a imagem da cidade. Enquanto se promove a solidariedade também se está a promover Setúbal do ponto de vista turístico e económico», afirma Bárbara Martins. A Feira da Solidariedade que deve acontecer na Primavera do próximo ano, vai ter também animação musical e outras atracções para, segundo a promotora, «chamar o maior número de pessoas possível e assim angariar um valor maior para oferecer a essas instituições», sustenta.
Programação eclética pretende chamar público ao Fórum Luísa Todi
qualquer ‘feedback’ em relação ao trabalho entregue e a Câmara deve à Plural mais de 100 mil euros. Contactámos a autarquia, por correio electrónico, telefone e carta, mas não tivemos respostas e as reuniões têm sido sempre adiadas», relatou. Fonte do município diz que o presidente Luís Franco não presta esclarecimentos uma vez que o processo vai dar entrada no tribunal. Segundo Luís Rebolo, o trabalho de revisão do PDM já passou por diversos executivos municipais, mas as dívidas em causa são referentes a 2011, tendo os trabalhos sido interrompidos no início deste ano.
OS NAIFA, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo e Luís Represas e João Gil são alguns dos nomes apresentados esta semana, em conferência de imprensa, que integrarão a programação oficial do Fórum Municipal Luísa Todi, nos próximos dois meses. A programação, feita «de forma muito cuidada», segundo João Pereira Bastos, diretor artístico do Fórum, teve em conta «uma vertente eclética» com o objectivo de «fidelizar o público e de fazê-lo retornar aos hábitos
de ir ver cultura ao Luísa Todi». Daí que a oferta vá desde a dança à música clássica e popular portuguesa, bem como espectáculos infantis, teatro e apresentações de obras literárias. Nestes dois primeiros meses de programação oficial do fórum, os destaques vão para o espectáculo de Luís Represas e João Gil, que actuam no dia 30 de Novembro, às 21h30, num espectáculo que assinala os 36 anos de carreira dos dois músicos. O grupo de Luís Varatojo, Maria Antónia Mendes, Samuel Palitos, Sandra Baptista e Rodrigo
Dias, A Naifa, atua no dia 7 de dezembro, às 21h30, enquanto a Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, dirigida por Vasco Wellenkamp, se apresenta no dia 13, em duas actuações de “O Corpo, a Natureza e a Geometria”, uma obra destinada especialmente ao público infantil. No dia 15 de Dezembro, o Fórum recebe a Orquestra Metropolitana de Lisboa, num concerto que conta com a direcção, a título especial, do maestro e cravista inglês Nicholas Kraemer e um reportório centrado no período barroco.
Entidades visitam territórios da Baía do Tejo
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A PLURAL, contratada para proceder à revisão do Plano Director Municipal de Alcochete, anunciou que vai avançar com acção judicial contra a autarquia por dívida superior a 100 mil euros relativa ao trabalho realizado em 2011. Luís Rebolo, gerente da empresa, disse à Lusa que entregou à Câmara, em Dezembro de 2011, um projecto de PDM que está concluído «do ponto de vista processual» e com todos os elementos «necessários e suficientes para permitir a tramitação legal do mesmo». «Até ao momento não recebemos
Este prémio vem confirmar o carácter da imagem e da sonorização de uma película simples mas densa de cenas que apostam na sensibilização ambiental e na qualidade natural de Tróia. Para João Madeira, directorgeral do troiaresort, este reconhecimento deixa-nos «muito orgulhosos» mas, também, com uma responsabilidade «acrescida porque há que elevar, ainda mais, a divulgação internacional da oferta turística de Tróia».
Jovem sadina vence concurso mundial patrocinado pela Benetton
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Sábado | 3.Nov.2012
A BAÍA do Tejo promoveu, no passado dia 25, uma visita aos territórios do projecto Arco Ribeirinho Sul, nomeadamente Barreiro, Almada e Seixal, com os membros do grupo de acompanhamento da execução deste projecto. Esta iniciativa surge na sequência da primeira reunião, realizada em Julho, promovida pela CCDR-LVT. O grupo de acompanhamento é constituído pelas Câmaras Municipais de Almada, Seixal e Barreiro, CCDR-LVT,
Parpública, Baía do Tejo e Ministério das Finanças. Descontaminação dos solos a muito bom ritmo A visita visou mostrar o trabalho que tem sido desenvolvido ao nível da descontaminação dos solos, assim como abordar a reabilitação dos territórios tendo em vista a dinamização e captação de investimentos, por forma a garantir a
execução da estratégia Arco Ribeirinho Sul. A Baía do Tejo é uma empresa vocacionada não só para a exploração de Parques Empresariais nos seus três territórios localizados nos concelhos do Barreiro, Estarreja e Seixal, como também para a valorização dos mesmos através de instrumentos de ordenamento, na sequência das atribuições de desenvolvimento da estratégia Arco Ribeirinho Sul.
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NR 27
ano: 2012 . nr 27 . mês: Outubro . director: António Serzedelo . preço: 0,01 €
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Agora, quando grande parte de nós já conhece o desemprego, o maravilhoso mundo de “novas oportunidades” de que nos falava Passos Coelho, e quando já percebemos que a palavra “ajuda” tem um significado diferente no dicionário do FMI, uma nova solução surge-nos no horizonte. Os ilustres fazedores de opinião, que saltam pelo canais televisivos mais depressa do que o comum dos mortais consegue fazer “zapping”, num acto de redenção trazem-nos agora uma nova esperança: um “governo de salvação nacional”. Sim, isso mesmo. Propõem que, à laia da encomenda do fabuloso Rei Artur aos cavaleiros da Távola Redonda, o presidente da Républica nomeie uma “equipa maravilha” para buscar o Santo Graal de conseguir pagar a dívida sem fazer desaparecer o país. Tudo para nos salvarem de nós próprios porque isso de compromissos, programas e promessas eleitorais é coisa para ganhar eleições. Sabem do que falam, muitos deles já foram ministros e membros de governo. Perante tanto “patriotismo” e altruismo de quem antes defendeu o acordo ruinoso com a troika, e agora sacode os salpicos da torrente que fizeram desabar sobre nós, só nos resta desconfiar. Desconfiar de quem fala em baixar salários no alto da sua reforma de 150 mil euros, de quem nem sequer pagava impostos, de quem está à frente das privatizações mas é pago pelas empresas interessadas no negócio. Não podem merecer a nossa confiança. Por isso, devemos questionar a patranha de mudar de governo sem haver eleições.
A receita deles é conhecida, é a que levou a Grécia ao desespero. O resultado está à vista, sentimo-nos cada vez mais gregos. Vemos a Grécia que “não somos” todos os dias: nos nossos familiares e amigos desempregados, nos idosos sem dinheiro para remédioas, nos miúdos que vão para escola sem comer, naqueles que são obrigados a emigrar... Chegou a hora de dizer basta! Fim ao silêncio, está na hora de sairmos à rua! Há que exigir a demissão deste governo e a marcação de eleições. Voz à Democracia, mas não só. Tal como dizia Zeca Afonso, “para se ser cidadão é preciso muito mais que meter um voto numa urna”: é preciso estar atento, é preciso participar. A gente que nos está a desgovernar não o faz por inabilidade, por ser desastrada ou incompetente, eles estão a servir os seus interesses e não o país. No próximo dia 12 Novembro teremos a oportunidade de dizer à mais alta representante dos juros agiotas, em nome dos quais nos roubam a vida, que somos e queremos ser donos do próprio destino e temos direito a viver com dignidade porque as nossas vidas valem mais que os lucros deles. É isso que vamos dizer à Sra. Merkel. No dia 14 é o dia de virar o disco e dizer que não vamos em cantigas. Vamos parar o país com a Greve Geral que será Internacional - finalmente! Nesse dia não haverá gregos, espanhóis ou portugueses, seremos gente que luta por um futuro melhor. Leonardo Silva Presidente Prima folia Cooperativa Cultural
Ilustração Dinis Carrilho
A Salvação Nacional
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Os Açores, a sua Marcha ,e o seu Orgulho Estive na 1ª marcha do Orgulho Gay dos Açores,em Ponta Delgada no dia 1 de Setembro. Fui a convite do Terry Costa grande promotor desta aventura do Azores Pride.Foi para mim um enorme desafio até por ser o padrinho nacional da marcha, em nome da Opus Gay.Já Conhecia os Açores. Tinha estado aí duas vezes, uma como turista, outra para participar num programa da RTPa, em canal aberto.Pelas perguntas que me fizeram,vi quanto havia de repressão e preconceito na cabeça das pessoas. Entretanto, volta e meia, recebia telefonemas de jovens, de homens, e até de militares a pedirem me ajuda,aflitos. Vi assim, como era dorida a vida para um homossexual nestas ilhas. Como tinham de ter vidas falsas, mal assumidas, retraídas, duplas, esdepreciativa de referir “travestis”, condidas, assustadas, o que os lança e acrescentava que os homos de numa grande confusão identitária, bem, da ilha, iriam estar todos nos propicia para criar nas suas cabeça passeios a “chinga-los “. Estavam grandes confusões que desaguam indignados, porque” essa “visibigeralmente em depressões,auto nelidade toda lhes ia estragar -lhe os gações, homofobias , alcoolismo, deengates, com os homens casados pendências, em taras e com quem andavam até mortes e suicídeos. às escondidas”. Além Ouvir este S. Miguel, não esdisso, o desfile “pretencapando à crise, des- discurso, de dia retirar direitos aos lumbra me com a pai- pura homofobia heteros o que não era sagem, o ar puro que se interiorizada, deu- justo”, acrescentava! respira, o ambiente, o me razão dobrada Ouvir este discurasseio, o património, para sentir que so, de pura homofobia o peixe e o queijo, que interiorizada, deu-me tinha de ir. delicias! mas sobreturazão dobrada para do, com a qualidade de sentir que tinha de ir. vida, rara, que se usufrue, fruto de A Marcha seria a grande prova politicas governamentais assertivas! dos nove contra o preconceito defendido por tipos como ele, e por alguns Nada comparado com o Continente. jornais reaccionários, que acabaram Sortudos! Gosto de S.Miguel, e quero por a publicitar a contra gosto. voltar às ilhas, apesar dos preconQuantas pessoas iriam, a este ceitos e da homofobia tão pesados evento tão “fracturante“, nas terras que os lgbt (lésbicas, gays, bi, e da festa do Senhor do Santo Cristo, transsexuais) sofrem no dia a dia. e das tradicionais touradas á corda? Antes de partir de Lisboa, Nos Açores a homossexualidade recebera um “encorajador” telemasculina tem muitas raízes esconfonema de um “amigo“ de Ponta didas. Antigas, como o caso do 7ª Delgada de 40 anos. donatário de S. Miguel, conde de Vila Dizia me que era um “erro“ir, Franca, (titulo hoje mudado para Riporque só se esperavam no desfile beira Grande), herói da revolução de meia dúzia de ” travecas”, forma
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envergonhados, idosos, mulheres e crianças, que sorriam, piscavam o olho cumplíces, ou lacrimejavam comovidos, e tiravam fotos para recordar aquele momento, que nunca tinham pensado ver, naquelas terras tão católicas... Conclui duas coisas. Que as questões ditas fraturantes, tinham acabado de sair da centralidade dos grandes centros, Lisboa e Porto, para ir para a periferia, onde os cidadãos já se sentiam globalizados, capazes de entender e aceitar a diferença sem problemas. Outra, quererem entrar na Modernidade de cabeça levantada, sobretudo, aceitando as novas formas dos afectos tal como se apresentam, em relação com diversas sexualidades, desligando-se das formas tradicionais de conjungalidade e das 1640, amigo de D. Joao IV. Denunabordagens da familia patriarcal. ciado à Inquisição,por seus pagens, As Mulheres tem aqui e até um filho, por praa sua quota positiva. ticas homossexuais, tal Todos demos Com este 1ª Pride valeu-lhe condenação os açoreanos deram à morte, comutada em um passo em uma lição ao país arprisão perpétua, graças frente na defesa caico, e hipócrita. à intervenção do seu dos Direitos Os lgbt passaram real amigo. Humanos, com de invisíveis, a visíveis Modernas que pasque se constroem no espaço público. sam mais pelas ilhas A mensagem do Terceira e Flores, graças Democracias Governo Regional foi a existência de bases sólidas, no militares estrangeiras respeito de todas muito boa. que sempre”municiam as minorias, Todos demos um “os locais, de jovens passo em frente na ultrapassando fardados, em idades defesa dos Direitos a homofobia e o sexualmente muito Humanos, com que se activas para alegria machismo que é constroem Democrade todos, sem grandes a doença mortal cias sólidas, no respeito riscos, porque é tudo de dos nossos dias, de todas as minorias, passagem. ultrapassando a homas curável, Como se iria então mofobia e o machismo com pílulas de desenrolar a festa? que é a doença mortal informação. Para grande surdos nossos dias, mas presa minha, que me curável, com pílulas alegraria com 40-50 pessoas, dede informação. parei com dois grandes cortejos. Obrigado,associação Pride AzoUm, o oficial na Av Marginal, com res, e Terry Costa! umas duzentas pessoas. Outro, nos passeios, que desliAntónio Serzedelo zava mais devagar, acompanhando Director do jornal o Sul o nosso, de curiosos, simpatizantes anser2@gmail.com MONTAGEM: DINIS CARRILHO
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NA VIGIA 03 Resposta à crise que nos aflige Hoje, mais do que nunca, teA Greciarização do nosso país mos de desmascarar este cortejo prossegue a grande velocidade. de falsidades. Quando essa corja Com aumentos da TSU, ou do diz que “tem de cumprir os comIVA e do IRS. Com cortes de toda promissos assumidos”, mente a ordem sobre os salários e as pende forma vergonhosa. Qualquer sões de reforma. Com a abolição compromisso, destinado ao pade apoios sociais, na saúde como gamento da dívida externa de um na educação, no apoio às crianças estado, pode ser renecomo aos deficientes, gociado ou anulado, a estratégia de empo(...) a Islândia como tem acontecido brecimento do povo inúmeras vezes com português mantém os (...) forçou a os mais diversos paseus contornos e ace- renegociação das íses. A Alemanha, por lera-se. “Para salvar a condições de exemplo, só agora economia nacional”, pagamento da acabou de pagar as berram os políticos dívida externa que indeminizações com actualmente de serpassa a ser paga que se comprometeu, viço, numa gritaria depois de ter perdido ensurdecedora, sem por um período a 2.ª Guerra Mundial. que jamais definam de 70 anos E os EUA têm pago aquilo de que estão a a sua gigantesca e falar, sempre envolsempre crescente dívida externa, tos em estatísticas e linguagem quer com mais dívidas, quer com em politiquês e economês, para pagamentos faseados ao longo de que aqueles que os sustentam, os 60, 70 e mais anos - num proceshumilhados ofendidos de ontem so habitual, que se traduz no não e de hoje, não percebam o que pagamento de facto, devido à desse esconde por detrás dos corrivalorização do dólar num período queiros e dissimuladores discursos tão alargado. Mais recentemente, grandiloquentes dos políticos proa Islândia, por seu turno, graças à fissionais. Ou seja, a transferência pressão do seu povo (contrária ao do rendimento dos trabalhadores desejo dos políticos do país), forpara as mãos dos capitalistas. çou a renegociação das condições “Não há nenhuma outra saída”, de pagamento da dívida externa repetem exaustivamente os proao empobrecimento daqueles inque passa a ser paga por um períopagandistas de todos os matizes. felizes povos que, como nós, lhes do de 70 anos e praticamente sem E, não satisfeitos, injuriam-nos até caem nas garras. Afinal, o que essa juros. E ainda conseguiram obter à náusea, “Assumimos um comcorja pretende é assegurar o pauma moratória, que lhes permite promisso que temos a obrigação gamento atempado dos emprésnão efectuar qualquer pagamento de respeitar”, como se a dívida timos, concedidos sob a chantanaqueles anos em que o PIB do estatal fosse semelhante à divida gem da obediência e sobretudo o país não apresente crescimento. de uma família. pagamento dos juros leoninos que Porque será que Repisando constantemente as conseguem extorquir estes simuladores falsidades com que nos perseguem, às suas vítimas. E que, (...) interessa profissionais da po“Precisamos de pagar aquilo que no caso português, lítica têm tanta pre- honrar aqueles devemos”. “Sim”, insistem os prorepresentam 9.000 ocupação com as compromissos que pagandistas, “necessitamos desses milhões de euros/ano, obrigações contraídas se traduzem em empréstimos externos para custear ou seja, a rúbrica de com o pagamento da benefícios para o as despesas indispensáveis, como maior montante dos dívida externa, mas capital (...) e perdas os salários dos funcionários e as gastos orçamentais não apresentam a pensões de reforma”… Quase semdo estado português para a população? pre concluindo, cinicamente, “Os é constituída pelo pamínima preocupação portugueses consumiram acima gamento desses juros… para com os comprodas suas possibilidades”. Andamos a empobrecer e a trabamissos que assumiram perante o lhar, aqueles que ainda encontram povo do seu país? Não será portrabalho, para encher os cofres de que, para esta corja, só interessa PUBLICIDADE semelhantes agiotas e dos seus sehonrar aqueles compromissos que quazes nacionais, ou seja, aqueles se traduzem em benefícios para o que jamais são afectados pelos sacapital e os seus sequazes, e perdas crifícios que tanto apregoam... para para a população? os outros. Convém lembrar que E, quando demagogicamente nunca um país conseguiu livrarnos martelam os ouvidos com a se deste fardo da dívida externa necessidade desses empréstimos e dos respectivos juros usurários, para pagarem, entre outras coisas, recuperando a situação anterior à os salários e as pensões, abusam da pretensa ajuda. Excepto um, o da credulidade popular. Chile de Pinochet, que após 20 anos Recordo que, quando o goverde mortífera ditadura, melhorou no anterior se dirigiu, de chapéu os indicadores macroeconómicos, na mão, a mendigar empréstimos mas agravou enormemente o fosso aos usurários internacionais, entre as classes sociais. agora representados pela Troika, Quanto à balela de “consuo PIB português ultrapassava os mirmos acima das nossas pos180.000 milhões de euros. Hoje sibilidades”, é também indispenjá é mais reduzido, porque as mesável desmascará-la. Esses gajos didas impostas pelos sovinas da do poder dos diversos governos banca conduzem inevitavelmente
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La Bohéme Festa de Halloween 31 de Outubro
FOTO: LEONARDO SILVA
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fizeram, e continuam a fazer, os nos e os seus mentores do capital, gastos mais mirabolantes e desneem investimentos e mescambilhas cessários sem jamais nos prestarem feitas nas nossas costas, acompacontas. Gastam o dinheiro que nos nhados por um apelo desenfreado conseguem extorquir através dos ao consumo sem sentido que os impostos, juntamente com aquele bancos com as suas pretensas faoutro que pedem aos usurários e cilidades de crédito promoveram nós pagamos, da forma que bem a seu belo prazer. entendem. E jamais nos prestam E actualmente, ainda por cima, contas, sempre protegidos pelo vociferam que consumimos acima abstruso “segredo de estado”. O das nossas possibilidades? povo não é ouvido nem achado soBelo exemplo da hipocrisia e bre as despesas que essa pandilha falsidade dos parasitas da política faz naquilo que bem entende. Nunprofissional que, eles sim, gastam ca nos prestam contas, mas quando acima das possibilidades do povo chega a hora de pagar, somos nós que os sustenta. que temos de suportar Só uma luta consos resultados das suas tante, e de cariz inmanigâncias, das suas ternacionalista, nos (...) a rúbrica inúteis negociatas, lu- de maior montante pode salvar do destino crativas para poucos e dos gastos anunciado por estas ruinosas para a maiopolíticas, ou seja, o orçamentais(...) é ria, e dos seus elefanempobrecimento e a tes brancos. Hoje, constituída pelo degradação das conquando o sistema pagamento desses dições de vida da pocapitalista sobrevive juros… pulação. ligado à máquina esE só uma luta funtatal, que lhe proporciona os lucros damentada numa perspectiva de ambicionados graças ao domínio e combate solidário, que aponte exploração que, mais do que nuncaminhos para uma nova organica, exercem sobre o povo, é que se zação social, em que o paradigma lembram de nós. Para pagar os seus do lucro, hoje hegemónico, seja desmandos e ganância. substituído pela cooperação e pela Fazem acordos, como o da satisfação das necessidades, nos Troika, e nós nem sabemos qual pode fazer escapar em definitivo o montante e condições de pado abismo para o qual o capitagamento, de que forma contraílismo conduz o povo. ram esse empréstimo e quais as TERTULIA LIBERDADE condições impostas para o pagar. tertulialiberdade.blogspot.com Somos meramente utilizados para os enriquecer. Quem gastou à tripa José Luís Felix forra foram os sucessivos goverEconomista
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A Igreja e a Crise As declarações do Cardeal Patriarca de Lisboa são verdadeiramente lamentáveis, ofensivas e intoleráveis, para alguém que esteja atento para o que se tem passado nos últimos anos. Sei que os adjectivos aqui empregues para caracterizar a conferência de imprensa de D. José Policarpo em Fátima são, talvez, fortes demais, se não mesmo ofensivos para com a pessoa. Porém, se podemos dizer que é “suportável” ouvirmos os políticos dizer hoje uma coisa e amanhã outra, conforme as conveniências e as repugnantes tácticas político-eleitorais, principalmente numa época de crise extrema como a actual, infelizmente, não posso utilizar da mesma tolerância para com a Igreja, em particular o Cardeal Patriarca. É verdade que D. José Policarpo já nos tem habituado a declarações completamente desprovidas de sentido, contenção e falta de noção do lugar que ocupa, mas estas últimas declarações em Fátima, e logo nesta localidade tão simbólica para todos os católicos portugueses, ultrapassam todos os limites do aceitável e do inaceitável. Em primeiro lugar, deixa-me perplexo a sua concepção de democracia que fica incomodada com as manifestações legítimas dos cidadãos, mais, que fica inquieta quando os governantes são obrigados a mudar políticas porque os seus eleitores assim o exigem. Eu tenderia a concordar, no último caso, com o sr. Cardeal caso a situação
não apresentasse a gravidade que apresenta, mas assim como a propaganda do regime debita frases e ideias que defendem a necessidade de medidas extremas em época de crise, então é impossível não aceitar que o combate a essas medidas também seja extremo, apesar do país se encontrar bem longe deste quadro reivindicativo. Em segundo lugar, o que me deixou mais estarrecido foi a apologia dos sacrifícios como forma de expiação dos nossos pecados. Esta ficou bem patente nas palavras
proferidas acerca da nossa culpa pelos excessos que cometemos no passado, excessos esses que o nosso nível de vida real, humilde se não pobre, não podia suportar. Este tipo de discurso moralista e recriminador é inaceitável, não porque não seja verdade, mas sim porque não é totalmente verdade, sendo proferido com uma ligeireza e generalidade que choca vindo de quem vem. A “cereja no topo do bolo” são os sinais positivos que sua excelência vislumbra, que demonstram que os sacrifícios levarão a
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avaliar o impacto de cada decisão no bem comum, lembrando que estes momentos difíceis podem pôr em causa os níveis de vida da população e serão os mais desfavorercidos quem mais sofrerá com as consequências. Bem, que leitura particular apresenta do último ano para vir agora manifestar ideias como estas? E o quase certo agravamento das condições de vida no próximo ano, pelas medidas que se vêm anunciando, ainda me deixa mais perplexo perante tal posição. Por fim, temos a ideia que o sr. Cardeal veicula de que não deve, nem o peçam à Igreja, entrar na “balbúrdia de opiniões”. Se por um lado, não se deve ter ouvido, pois não fez outra coisa se não dar opiniões, ou mesmo, clarificar uma posição, por outro, volta a esquecer-se das suas próprias palavras. Ainda não há uma mês, aquando da entrega do prémio Champalimou, perguntado sobre se, perante a situação do país, a Igreja deveria estar tão silenciosa, responresultados positivos. deu que os Bispos não irião ficar Mas será que tenho de lemcalados. Pelos vistos, queria dizer brar ao sr. Cardeal que em 2005 que a concordância da Igreja com tinhamos, pelo menos, 2 milhões o rumo do país viria a ser expressa. de pobres e que hoje teremos atinÉ verdade que alguns, muito gido cerca de 3 milhões. Que com poucos, têm verbalizado as suas estas políticas a tendência será a preocupações, quer como membros de este número aumentar expoda Igreja, quer como cidadãos pornencilmente. Que nunca vi tantas tugueses, que também o são. Exempessoas a fazerem fila nas mais diplo disso é D. Januário Torgal Ferversas instituições de solidariedade, reira, no seu estilo muito particular quer para se alimentar, e apresentando uma quer para alimentar os posição pessoal, que Mas será que seus filhos, incluindonão tem ficado calado, se neste lote também tenho de lembrar e D. Manuel Martins já os afortunado que ao sr. Cardeal que deu a sua achega, e se ainda conservam o em 2005 tinhamos, porventura fosse mais seu posto de trabalho. pelo menos, 2 procurado pelos miQue existem estudan- milhões de pobres crofones da comunites em todos os níveis cação social, talvez já e que hoje teremos de ensino que passam tivesse escandalizado fome e muitas vezes é atingido cerca de 3 mais alguns membros na escola que recebem milhões do governo, correndo a única refeição do dia. também ele o risco de Que no ensino superior nem isso ver a sua folha de IRS plasmada conseguem, pois não têm direito em algum jornal. É também vera refeições providenciadas gradade que mais algumas vozes, que tuitamente pelas universidades subtilmente respondem a D. José e politécnicos, levando muitos a Policarpo, se têm feito ouvir depois simplesmente desistirem da sua das declarações extemporâneas formação académica. Que na UE deste. Mas em geral, a maior parte somos o país que apresenta maiodos Bispos e a Igreja tem estado res desigualdades de rendimentos. demasiado calada, a não ser que O que é mais chocante não é a como um todo se reveja na verborideia de o sr. Cardeal não conhecer reia, para ser educado, do Cardeal o país em que vive, porque isso é Patriarca. Como católico, grandes uma mentira, conhece e conhedúvidas me assolam sobre a estruce-o bem. O mais chocante é que tura da igreja portuguesa ao consrecuando ao início de Novembro tatar que uma personalidade como esta é o seu mais alto representante. do ano passado, D. José Policarpo, também em Fátima, defendia que José Carlos Neto tinha de existir equidade nos saHistoriador crifícios pedidos e era necessário FOTO: LEONARDO SILVA
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04 À BOLINA
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Política Líder do PS de Grândola já tinha sido suspeito de outro abuso sexual arquivado em 2009
Socialistas em ‘choque’ querem a ‘cabeça’ de João Marcelino no caso de pedofilia
Pub.
DR
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presidente da concelhia do PS de Grândola, João Marcelino, que há meses está a ser investigado por pedofilia, tendo já sido constituído arguido pela PJ de Setúbal, terá estado envolvido num processo similar, igualmente de alegado abuso sexual de menor, que foi arquivo pelo tribunal de Grândola em 2009. O advogado, de 48 anos de idade, que se ausentou há cerca de 20 dias para o Brasil por razões familiares – em declarações ao CM havia anunciado regresso para ontem (sextafeira) – não imagina a dor de cabeça que o espera, pelo menos nas hostes partidárias, tal a onda de choque que o caso está a gerar na Vila Morena. «A família da menina (de 9 anos, alegadamente amiga do filho mais novo de Marcelino) está de rastos e a receber tratamento psicológico, e na vila não se fala de outra coisa», confessou um familiar da criança que vive numa localidade próxima da sede do concelho.
Forçar a demissão de Marcelino da concelhia Mas as consequências políticas são igualmente devastadoras para o político do PS, que faz parte da assembleia da Junta de Freguesia de Grândola. Pedro Ruas, que esteve para avançar contra Marcelino na eleição da concelhia de Junho deste ano, defende que «Ele (João Marce-
lino) deve renunciar a todos os cargos políticos», uma vez que se trata de um «caso grave» com efeitos nefastos na opinião pública. «O PS não pode ser confundido com estas situações, pelo que deve demitir-se», defende Ruas ao Semmais. Esta posição parece ser transversal à maioria dos elementos do executivo da concelhia de Grândola, alguns dos quais dispostos a «fazer
cair» o órgão partidário , caso Marcelino não opte por esta decisão. Sobretudo, disse outra fonte contactada pelo Semmais, «por seriedade e honestidade política, embora só os tribunais tenham a capacidade de julgar o caso concreto». A situação está também a ser acompanhada pela distrital do PS, liderada por Madalena Alves Pereira, que deverá, em última instância, «tomar conta do processo». Segundo as fontes contactadas pelo Semmais, a presidente estará à espera da anunciada chegada do arguido para iniciar o processo de recomposição da concelhia grandolense. «Vamos ver qual será a percepção da Distrital e da cúpula nacional do partido, tanto mais que estamos muito perto das autárquicas. É preciso forçar a demissão de Marcelino e depois fazer avançar o vice-presidente. Em alternativa deveria ser aberto um período eleitoral ou a federação nomear uma comissão administrativa», disse um dirigente federativo.
Seis câmaras não mostram dívidas a deputados PSD AS CÂMARAS de Alcácer do Sal, Alcochete, Barreiro, Moita, Seixal e Sesimbra ainda não indicaram aos deputados do PSD os valores das dívidas a fornecedores, bem como quais os maiores credores e a taxa do IMI e da derrama aplicada naqueles concelhos. O pedido foi feito há quatro meses. O deputado do PSD, Paulo Ribeiro, considera que estes municípios estão a «ocultar informações bastante importantes aos munícipes sobre o estado financeiro das autarquias», acrescentando que é «esta é uma obrigação que está a ser posta em causa, ainda por cima por quem tanto clama por transparência». O social-democrata recorda que as autarquias não honrando os seus compromissos a tempo e horas, «estão a criar entraves económicofinanceiros impedindo as pequenas e médias empresas de subsistir em tempo de crise». Tendo em conta a recusa das câmaras em fornecer as informações solicitadas, os deputados do PSD apresentaram novo requerimento.
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Dossier Portos 2009
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2011
2012 (até Setembro)
18.795.000
20.028.000
20.490.078
15.110.210
2.405.309
3.328.546
5.303.923
3.845.913
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-
2.995.692
2.651.966
Indicadores Económico Volume de Negócios Resultado Líquido Dividendos para o Estado*
Estatística Portuária Fotos:DR
Total de carga movimentada(Ton) Contentores (TEU)
5.859.149 25.506
7.006.252 50.744
6.892.587 77.127
4.858.901 -
Dados fornecidos pela APSS / Estatística portuária em toneladas e TEU’s / Indicadores económico-financeiros em milhares de euros * Valor entregue no ano indicado, mas relativo ao resultado do ano anterior
Gestão rigorosa de Carlos Lopes colocou dívida a zeros PELA segunda vez à frente da gestão e dos destinos do Porto de Setúbal, Carlos Lopes tem cavalgado uma das mais relevantes valências da estrutura portuária sadina, a transfega automóvel, com fortes investimentos nos terminais Ro-Ro. Mas a carga geral também tem-se mantido em alta, sendo que em 2010 bateu um assinalável recorde. Profundo conhecer da realidade portuária, o gestor público, com larga experiência, é tido como metódico e rigoroso. Um dos trunfos da sua gestão é o verdadeiro milagre operado no endividamento bancário, que desceu de 11.448 milhões para zero, entre 2005 e 2011.
Localização estratégica do Porto de Setúbal ganha rotas internacionais
O
Porto de Setúbal é um porto natural situado no Estuário do Sado que dispõe de condições naturais de acesso marítimo e de protecção. Com uma localização única no cruzamento das grandes rotas de carga nacionais e internacionais, o porto setubalense assume-se como um ponto de referência estratégico no sector portuário de carga e descarga, uma vez que, a funcionar 24 horas por dia todos os dias do ano com acessos privilegiados aos terminais através de vários canais de navegação, esta infra-estrutura beneficia de acessos directos rodoviários e ferroviários. A este nível de performance, que faz do porto de Setúbal um dos mais
bem sucedidos do país, não é estranho o nível de investimento que tem vindo a ser feito pela administração portuária quer em tecnologia, de que se destaca a telemática que permite a ligação directa no interior dos terminais de Carga Geral, Ro-Ro e Contentores e a ligação directa com os sistemas ferroviários nacionais e internacionais; bem como as obras de melhoramento do sistema portuário com vista a uma maior dinâmica de movimentação de cargas. Por outro lado, todos os agentes de navegação, empresas de estiva e entidades públicas da Comunidade Portuária estão ligados à autoridade portuária através de uma rede informática de gestão das escalas dos navios e movimento de mercadorias.
Primeiro porto português galardoado com Ecoport Constituído por doze terminais, de duas naturezas distintas, terminais de serviço público e terminais de uso privativo, movimenta toneladas de carga com uma elevada consciência ambiental, uma mais-valia económica e social que levou o porto de Setúbal a receber, este ano, o título ECOPORT. Um motivo de orgulho para a administração portuária, «na medida em que foi o primeiro porto português a obter este prestigioso estatuto e o terceiro da Península Ibérica», recordou, na altura, o presidente do conselho de administração, Carlos Lopes.
Com esta classificação, o Porto de Setúbal passa a integrar a rede europeia da EcoPorts Foundation, entidade integrada na European Sea Port Organization (ESPO), que compara e distingue as melhores práticas ambientais portuárias. Resultados recorde de 2,8 milhões A dinâmica do investimento em infra-estruturas, redes de comunicação e consciência ambiental são parte da boa prestação do equipamento portuário que, durante o primeiro semestre deste ano, registou um resultado líquido de 2,8 milhões de euros, o que repre-
senta um aumento de 100 por cento e 17 por cento em relação ao período homólogo de 2010 e 2011, respectivamente. Para este incremento contribuiu, ainda, a redução verificada nos Gastos Operacionais (5 por cento) em relação ao 1º semestre de 2011, em especial nos fornecimentos e serviços externos (7 por cento) e gastos com pessoal (11 por cento). Comparado com o primeiro semestre de 2010, a APSS regista uma redução de 14 por cento nos gastos operacionais e de 5 por cento em relação ao primeiro semestre de 2011, cumprindo, desta forma, os objectivos do Governo definidos para 2012.
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Entrevista D. Manuel da Silva Martins, em entrevista exclusiva, fala da crise actual e da de Setúbal dos anos 80
«A crise de Setúbal era muito pior que a do país, hoje é de todo o Portugal»
Semmais – É impressão minha ou desde a sua sucessão tem tido deslocações menos regulares a Setúbal e sempre curtas. É uma opção sua? D. Manuel Martins - Nunca foram regulares e, infelizmente para mim, poder-se-ão até contar pelos dedos das mãos e dos pés!. É verdade que sou solicitado em muitas direcções, mas não preciso de ir a Setúbal para trazer Setúbal sempre comigo. Acredito que mantenha contactos com o D. Gilberto e que acompanhe o distrito de forma constante… O Senhor D. Gilberto, amigo de longa data, repete os convites para passar parte dos meus dias em Setúbal, mas eu também penso que não tenho razões para andar por aí. Embora mantenha uma intensa relação com a Diocese com encontros, cartas, telefonemas, convivências. Meu Deus, não temos feito outra coisa. Devo a D. Gilberto um montão de amabilidades, algumas das quais nem dão para contar. E de Setúbal sei de tudo quanto posso saber. A comunicação social uma vez por outra trazme notícias e todas me interessam, até o tempo que vai fazer. Mas o que mais sei vem do jornal diocesano ‘Notícias de Setúbal’ e de ‘O Setubalense’, que me é enviado num gesto de grande gentileza.
DR
Um arauto dos direitos humanos
D. Manuel é sócio honorário da Liga dos Amigos do S. Bernardo
Fotos: DR
Numa deslocação relâmpago a Setúbal, o exprelado sadino fez as comparações possíveis com a crise actual e a luta contra a fome que liderou entre os anos 80, lançou farpas aos «adoradores» da filosofia económica e falou do papel da Igreja na acção social. «Esta situação tem causas e causadores», afirmou. E diz como vive com Setúbal todos os dias mesmo estando longe.
A década do luto que se viveu em Setúbal «vestiu as roupas de uma epopeia» D. Manuel da Silva Martins diz que «enchia um livro que aceitasse ser grande», com histórias marcantes sobre o período em reclamou haver fome em Setúbal, numa região que vestiu o luto quase uma década, entre os anos 80 e 90. «Aconteceram coisas impensáveis, a nível das desgraças, a nível dos poderes, a nível das soluções procuradas, a nível de casos pontuais que vestiram, não raro, as roupas da epopeia», lembra. E há pergunta se ainda recebe muitas missivas oriundas do distrito, o ex-prelado sadino afirma que não e diz que «é assim que deve ser». «Até nisso o povo de Setúbal é inteligente e sabe como deve comportar-se», afirma.
Apesar de tudo e a essa distância como vê a situação social na região. Sente alguma similitude com o período em que teve que esgrimir alertas com os governantes e liderar a luta contra a fome… O que lhe posso dizer é que dóime muito a situação do meu país. Dói-me muito a situação de Setúbal. Nos anos 80, julgo que a situação de Setúbal era muito pior que a do país. Hoje, infelizmente, esse pior implantou-se em Portugal. Os mestres que digam porquê. Mas cada vez creio mais que esta situação em Portugal e noutros países europeus, tem uma filosofia económica que a explica, tem adoradores que a expandem e com ela se locupletam e encontra seguidores atordoados que mais se deixam levar por interesses, incluindo os eleitorais, do que por qualquer bem do povo.
agora terminado pensou nisso. Oxalá que sim. De contrário, o mundo continuará a fazer o seu caminho sem Igreja. Mas não lhe custa, passados estes anos todos, voltarmos às cantinas sociais, uma espécie da ‘sopa dos pobres’, que de certo modo estigmatizou, à época, a imagem de Setúbal? A quem não custa? E logo porque são fruto de responsáveis pelo menos distraídos. Como disse, esta situação tem causas e causadores. “Acordai”.
Medo de solução tardia e «mal acompanhada» Vislumbra, ainda assim, alguma saída para esta encruzilhada? O que posso dizer é que estamos mal, muito mal. E quem se debruça na história, veja-se 1929, e no mais pérfido que as filosofias podem contar, logo se deixará apoderar do medo de que a solução venha tarde e mal acompanhada. Como tem visto a acção da Igreja e das instituições que a mesma suporta no campo social? No meio de toda esta tragédia nacional, a Igreja vai à frente no cumprimento das Obras de Misericórdia. Agora, desde que me conheço como gente, sempre ouvi dizer que a missão profética na Igreja tem sido o parente pobre da Evangelização. Vamos ver se o Sínodo
Essa expressão parece estar a correr o nosso universo de contestação. Não lhe parece que temos uma sociedade civil mais activa? Está a despertar sim. A cidadania consiste nisso: convencer-se a gente que somos construtores da história, que não nos deixaremos manipular seja por quem for. Infelizmente há muita gente manipuladora e outra tanta que se deixa manipular. O importante é que o sentimento de cidadania cresça, cresça mais e cresça sempre. Só assim seremos um povo inteiro e a sério. Pela análise que faz da situação que estamos a viver, corremos mesmo o risco de empobrecer de facto, sem retorno e com consequências drásticas… Ainda nos quer mais pobres? Mas a verdade, a triste verdade, é que ainda vamos ser mais pobres, nisso tem razão. Por quanto tempo, não sei, mas vai demorar. Tenho-me enganado muitas vezes. Oxalá esta seja mais uma e das crassas.
37 anos depois de ter sido ordenado Bispo de Setúbal, D. Manuel Martins esteve, no passado sábado, de visita ao distrito que continua a sentir como a sua terra de eleição. O Bispo Emérito celebrou uma missa na Sé de Setúbal e presidiu aos 25 anos da Liga dos Amigos do Hospital e dos 25 anos da biblioteca do Centro de Estudos Raio de Luz, em Sesimbra, à qual “empresta” o nome. Para José Pedro Xavier, que preside ao Raio de Luz, o Bispo Emérito «mantém a frescura de quem tem convicções muito firmes» e, por isso, sente-se «magoado» com a situação que o distrito atravessa. Xavier também sente essa mágoa: «Estamos a preparar uma resposta social, mas enquanto isso continuamos a acção cultural» que é cada vez mais dificultada «porque quem não tem que comer não sente condições de se cultivar». Já Cândido Teixeira, que preside aos Amigos do Hospital, realça a necessidade do apoio à saúde, lembrando que este é um trabalho da sociedade civil iniciado há 25 anos com o Bispo Emérito de Setúbal como primeiro associado honorário. A deslocação foi sentida pelo presidente da Cáritas como um acto «muito gratificante». O responsável aproveitou a visita de D. Manuel a convite do Raio de Luz e da LAHS para transmitir as dificuldades da Cáritas de Setúbal devido ao grande volume de pedidos de auxílio. «As dificuldades deverão ser maiores nos próximos tempos», pois a ajuda de quem pode «fica sempre aquém das necessidades diárias, sublinha.
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CULTURA 05 O terramoto de 1755 em Setúbal Existe um texto particularmente mumificado entre os depósitos cobertos de pó das gazes da biblioteca de Setúbal que convém que espreite a luz do dia. Intitula-se “Estragos do Terremoto vaticínio de felicidades. Sobre os habitadores da nobilíssima Vila de Setúbal na justificada aflição em que se viram no primeiro de Novembro de 1755”, da autoria do Pe. Francisco de Santo Alberto. Tratou-se de um frade franciscano do Seminário de Brancanes, em Setúbal, edifício esse também esquecido, o que é pena. É um pequeno tratado, com 53 páginas apenas. São poucas as referências a Setúbal e ao que efetivamente se passou a 1 de Novembro de 1755, mas gostávamos de partilhá-las: “Quem pusesse em ti os olhos, ó amado povo de Setúbal, no primeiro deste mês, e visse que a
“Que viste nesta notável Vila de mesma terra pelas bocas, que abriSetúbal? Viste os seus sumptuosos ra no seu tremor estava lançando, Templos alagados, os Mosteiros cacheis de água, que te afogava; demolidos, e arruinados, uma quem reparasse que rebentando grande, ou mayor parte de suas a água neste vistoso campo do casas, e palácios tão desbaratados, Bomfim fazia equivocar com sua e caídos, que ficaram inundação do prado desertos, e inabitáveis; alegre com o verdene(...) descrições as ruas montes de engro das ondas; quem tulho. Que mais viste? atende-se a tuas va- dispersas na obra Um grande número de lentes muralhas des- narram-nos que criaturas mortas, relifeitas, consumidas, e ao terramoto giosos, eclesiásticos, e despedaçadas ao im- seguiu-se uma seculares, de tal sorpulso deste soberbo onda de enormes te, que só em uma rua licor; quem encontraem menos espaço de se nas tuas ruas os proporções cinco varas se desenbarcos, os batéis, e os tulharam trinta e sete cadáveres: iates atravessados com o ímpeto as pernas quebradas, as cabeças do mesmo empolado elemento; abertas, os corpos moídos, e feriquem ultimamente presenciasse dos eram tantos, que se este efeito o mar tão ensoberbecido, furioso, da destruição de seus edifícios.” e levantado passando muito além “Que lágrimas, que gemidos, daqueles fins, que o Autor da naque desmaios não te vi naquele tureza lhe tinha posto.”
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confirmação. No entanto, o texto de Fr. Francisco de Santo Alberto é um texto ideológico, que procura encontrar as explicações do fenómeno. E tal como os atuais membros do governo e os comentadores televisivos, vem repetindo sempre que a culpa do terramoto é dos pecados dos setubalenses. Faça-se a penitência dos pecados, as reformas de vida, e aproveitemos os bens que se aproximam após este severo castigo e paguemos a dívida. Que o autor tivesse esperança que acreditassem nele em meados de Setecentos, entendesse, mas será que querem mesmo que acreditemos que a culpa do terramoto da dívida, volvidos mais de 250 anos, é nossa?
dia? Que confissões, que arrependimentos, que propósitos de nunca mais pecar não praticaste naquela ocasião? Que misericórdias não pedias ao Céu em altas vozes? Se pedias a Deus misericórdia, se choraste então as tuas culpas sinal é, que conhecias tu então, que as tuas culpas eram a causa principal do Terremoto.” Estas descrições dispersas na obra narram-nos que ao terramoto seguiu-se uma onda de enormes proporções que atingiu boa parte do povoado. Também não é de espantar que se tenham elevado as águas da ribeira do Livramento (atual Av. 22 de Dezembro), provocando uma cheia no Bomfim. Os mortos e os feridos, os edifícios destruídos, os aterros, são especificidades igualmente referenciadas noutros documentos coevos e que encontram, neste texto, mais uma
José Luís Neto Subdirector do jornal O Sul
em antigos edifícios, onde estão agoUma das imagens de marca, dira instalados espaços comerciais; no gamos, da nossa cultura, que tanto Bairro Salgado em moradias do prinnos orgulha e encanta os estrangeicípio do séc. XX, em estilo Arte Nova. ros, são os azulejos. Desde finais do Na zona mais antiga da cidade ainda séc. XV (nessa altura importados da se conservam painéis Espanha árabe) que os de azu-lejos anteriores temos em espaços inte(...) circuitos ao grande terramoto de riores, nomea-damente levam parte das 1755, embora a grande em igrejas e capelas, maioria seja pos-tepalácios e palacetes, peças roubadas rior a essa data. Uns mais tarde também em para o estrangeiro são figurativos, outros claustros e em galerias e outra para casas compõem retorcidos viradas para pátios ou de antiguidades padrões de gosto barsumptuosos jardins. A roco, outros são friamente geomépartir do séc. XVIII a sua aplicação tricos; uns são de fabrico artesanal, invadiu também paredes exteriores outros pro-duzidos industrialmete de palácios, nuns casos viradas para (ainda em finais do séc. XIX). Variadas os jardins ou quintas envolventes, tipologias ali podemos encontrar, noutros casos viradas para os espaincluindo painéis executados por ços públicos, sobretudo tratando-se encomenda, já no séc. XX, para ilusde edifícios urbanos. Embora não trarem, simbolicamente, o tipo de abundem os casos, também vemos atividade a que o espaço comercial coberturas de azulejos em paredes se dedicava. exteriores de igrejas e capelas, assim Mas também existem fachacomo em fontanários. Ora, são sodas com coberturas ou painéis de bretudo os azulejos que se expõem azulejos muti-lados noutras zonas, mais aos olhos de quem passa (mas como em Troino, assim como em não só, também os que se situam em antigas moradias aban-donadas interiores de edifícios abandonados) noutros pontos da cidade. Entre que são os maiores e mais fáceis alelas sobressai a bonita e incomvos de saque. preensivelmente danificada pelo Em Setúbal, há duas áreas onde tempo e por ação humana (aliás, a isso é particularmente visível: Baixa caminho da ruína) moradia situada e Bairro Salgado. Na Baixa sobretudo
PORMENOR DE UM PAINEL DA MORADIA DA AVENIDA DOS COMBATENTES
Roubo de azulejos nas zonas históricas de Setúbal
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sim como de curiosos trabalhos em a meio da face norte da avenida dos ferro e em madeira. Combatentes. Esta casa, já há muiEsta devassa do pato rodeada por prédios trimónio (que, convém de diferentes épocas, poderia dizer, acontece por todo poderia ser, mesmo ser (...) uma o país) dá-se por várias assim, uma autêntica razões: porque algumas pérola de arquitetura e autêntica pérola áreas da cidade estão decoração, se devida- de arquitectura pouco habitadas, pormente con-servada. As e decoração, se que existe uma vigilânformas e proporções devidamente cia insuficiente, porque graciosas que apreconservada. uma cultura de respeito senta estão cobertas de pelo património histórico-cultural fabu-losos e originalíssimos painéis é coisa que pouco se pratica, mas de azulejos, alguns já mutilados, as-
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sobretudo por exis-tirem circuitos de comércio ilegal (que urge combater) onde os azulejos entram. Consta que esses circuitos levam parte das peças roubadas para o estrangeiro e outra para casas de antiguidades, mas também para as mãos de alguns comer-ciantes de rua, que os vendem em feiras à vista de toda agente, sem que sejam sujeitos a qualquer tipo de controlo. Os azulejos roubados são vendidos de forma avulsa ou em pequenos e ape-lativos painéis emoldurados, que bem ficam como peças decorativas em qualquer casa, mas onde infelizmente cumprem um papel lamentável por estarem deslocados e desenraizados dos locais e dos enquadramentos para onde foram originalmente concebidos. E de onde não deveriam ter sido retirados! Como se não bastasse, Setúbal perdeu recentemente o seu maior painel de azulejos, que se encontrava na parede sul do mercado do Livramento, aquando da derrocada causada por uma obra contígua, que provocou a morte de sete traba-lhadores. António Galrinho Docente
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18 de Novembro Aniversário da Associação José Afonso
“Às vezes não tenho jeito para falar de Amigos” 12h Almoço/Convivio na A.M.B.A (Assoc. Moradores Bairro Anunciada) 18h Concerto no Forum Luisa Todi
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Polinização, o alicerce da vida da maçã; quando devidamente A polinização é um serviço polinizada é perfeitamente siecológico fundamental à manumétrica e contém dez sementes. tenção da vida na Terra. Garante a Menos sementes ou um formato reprodução de plantas, organismos irregular denunciam base das redes tróficas uma falha ao nível da terrestres, e a conse(...)estima-se polinização. quente sobrevivência De forma global, de todos os animais que mais de dois estima-se que mais de que, direta ou indire- terços de todas as dois terços de todas tamente, delas depen- plantas terrestres as plantas terrestres dem. Embora também dependam de dependam de polinipossa ser realizada polinizadores. zadores. O mais copor fatores abióticos nhecido é, sem dúvida, a abelha do (vento ou água), a polinização memel. Na sua demanda por pólen e diada por animais contribui para néctar, com que alimenta a colónia a produção de bens essenciais ao e produz mel, cada abelha visita homem, como culturas agrícolas, milhares de flores e transfere pólen fibras, medicamentos, corantes e de umas para outras. Como polibebidas. O grupo que mais contrinizador é particularmente eficaz, bui para o sucesso deste processo já que, em cada saída da colónia, é o dos insetos, de entre os quais tende a realizar recolhas em flores se destacam as abelhas. Cerca de da mesma espécie. Contudo, esta um terço da produção agrícola abelha está longe de ser a única a depende destes polinizadores e desempenhar tão importante funoutro tanto beneficia indiretamenção. Pensa-se que existam mais te desse fenómeno, em quantidade de 20 mil espécies de abelhas no e qualidade de frutos e semennosso planeta, muitas das quais tes. Um exemplo conhecido é o
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polinizadores eficazes. Num momento em que as colónias de abelha do mel se têm vindo a reduzir de forma significativa (devido provavelmente à ação conjunta de fatores como doenças, parasitas, uso de pesticidas, alterações dos campos electromagnéticos naturais
pelo uso de redes elétricas e de comunicações), estas espécies podem vir a assumir, de um ponto de vista antropomórfico, um papel de maior relevo na polinização. Maioritariamente solitárias, nidificam em orifícios no solo ou em madeira morta, onde a fêmea fecundada armazena o
alimento necessário aos ovos que aí deposita, antes de encerrar a entrada com terra. A existência de alimento e abrigo potenciam a sua fixação em determinado local. É neste contexto que surge a Apis Domus, empresa de investigação em ecologia de polinizadores que visa a promoção e manutenção de habitats propícios para polinizadores silvestres. Da varanda de aromáticas ao hectare de monocultura, do jardim público ao campo de golfe, todos os espaços verdes beneficiam da presença de insetos polinizadores e promover a sua presença exige apenas um pouco de atenção e cuidado. Porque economia, sociedade e ambiente são aliados e não concorrentes, trabalhamos hoje, para garantir os frutos de amanhã, para nós e para os nossos filhos. Mais informações em www. facebook.com/apisdomus Andreia Albernaz Valente Bióloga, promotora do projeto
Uma Luta pela Cultura contra a Austeridade A cultura sempre foi, mesmo quando foi alcandorada a ministério e tinha um ministro pirotécnico, a mal amada dos Orçamentos de Estado. Tirando algumas medidas com impacto significativo a nível nacional, por exemplo a Rede Nacional de Bibliotecas, o resto, mesmo que acabasse por ter impacto positivo, como Serralves ou a Casa da Música, surgia avulso à margem de uma intervenção com coerência numa política de cultural. Os sucessivos ocupantes do cadeirão cultural preocupavam-se mais em encontrar uma maneira em deixar a sua marca digital. Todos andaram à procura de inventar um museu a que o seu nome fosse ligado. Ideias não lhes faltaram cada cor seu paladar. Ela era o Museu das Viagens e do Mar, da Língua Portuguesa, uma sucursal do Ermitage, e um fantástico dedicado à Imaginação. Enquanto deliravam para ficar na história, as verbas para a rede nacional de museus, centrais e locais, iam escasseando, o que é bem sintomático de uma política cultural errante, preocupada mais com o verniz da cultura do que com a cultura, despreocupada com uma intervenção que lhe desse substância. Sem norte, deixavam-se mesmo invadir por outros ministérios que, sem lhes dar cavaco, intervinham na sua área de acção, caso do Museu dos Coches em Belém ou alienavam competências e tutelas sobre o património para os sucessivos ministérios da economia, que cres-
de cultura repete com insistência cem e minguam em harmónio ao o estribilho não há dinheiro, não sabor dos sigilosos critérios dos há dinheiro, à velocidade com que governos dos últimos trinta anos. Goebbels puxava da pistola quanGoverno após governo, ia-se do ouvia falar de cultura. de mal a pior. Os apoios às activiAs políticas dos últimos godades artísticas reduziam-se ano vernos que já estavam a criar uma após ano. Museus, bibliotecas lusituação insustentável, com a destavam pelos cada vez mais escastruição e perversão do princípio de sos apoios. O património edificado serviço público; estrangulamento estava em contínua degradação. financeiro; desmantelamento, reDesmantelavam-se organismos dução e desqualificação de seressenciais, Os quadros de pessoal viços; centralização e agregação qualificado ficavam abaixo dos burocrática de instimínimos exigíveis. A tuições; a mercantilicultura ameaçava ruína.Com este governo zação, chegaram, com Quando o que era ameaça toro actual governo, a ouve falar de nou-se uma certeza. uma situação extrema. cultura repete A pasta foi assumida Tudo isto enquanto por um personagem com insistência todos os factores de que tem por currículo o estribilho não produção e manutencultural, uma voz de há dinheiro (...) à ção dos bens culturais barítono hesitante, velocidade com aumentavam expocomo todos podenencialmente, por que Goebbels mos constatar quanvia directa ou pela puxava da pistola do depois de perpetrar aplicação de taxas de um roubo em directo quando ouvia falar IVA mais elevadas. A anunciando uma bru- de cultura. situação de estrantal transferência dos gulamento financeiro, bolsos dos trabalhadores para o que já colocara o orçamento para capital, foi, sem uma ruga de prea Cultura muito abaixo do nível da ocupação cantar o chamava-se subsistência, agravou-se com nonini vestia de organdi que o faria vos cortes agora sob a bandeira da mais uma vez chumbar num cas“austeridade” imposta pela troika ting do La Feria, esse encenador de e servilmente aceite por PS, PSD e musicais fatelosos. Ocupadíssimo CDS. Todas as actividades que já com uma governação que inferniza eram realizadas em situação de a vida dos portugueses, arranjou grande dificuldade, são atiradas um secretário de estado habituado para uma real indigência que põe às astúcias dos subterrâneos da em causa o seu funcionamento cultura, pronto a mordê-la até a mesmo mínimo. Para as áreas do deixar no osso. Quando ouve falar Património Edificado, dos Museus,
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dos Sítios Arqueológicos, das Bibliotecas, dos Arquivos, a catástrofe é iminente. Se o que existe está em perigo, o que poderia existir fica condenado a morte prematura. È uma política de desastre em linha com a política de desastre deste governo em todas as áreas e que ameaça atirar definitivamente o país para o mais fundo dos abismos. Neste contexto em que se torna quase impossível a vida dos trabalhadores, reformados, pensionistas, pequenos e médios empresários a favor do grande capital, sacrificados no altar do deus dinheiro. Quando cada vez mais mulheres e homens, atirados para a pobreza ou para as suas margens, nunca reconheceram ou deixam de reconhecer a forma abstracta do pão por só verem no pão o combustível necessário para lhes assegurar a sobrevivência, poderá questionar-se a premência de exigir 1% para a cultura. Se não se deveria sepultar temporariamente essa reivindicação debaixo de outras urgências colocadas pelo estado de sítio imposto pelo governo, pela troika que vai fazendo caminho por entre os maleáveis escolhos de uma oposição gaguejante e intermitente, o que a torna objectivamente cúmplice da situação que se vive. Calar essa reivindicação em nome de uma qualquer grelha de prioridades ditadas por uma realidade que está bem à vista de todos, seria não contribuir para lutar contra essa realidade. Seria um acto de submissão a um
pragmatismo empobrecedor. Seria renunciar mesmo à mais fecunda ideia de humanismo, aceitar que a cultura e as artes são um ornato para o regime exibir, pactuar com o metafisico afastamento entre a cultura e as artes da vida, quando se deve defender com toda a clareza e veemência a cada vez mais necessária presença da cultura na vida real, no nosso quotidiano. A luta pelos bens materiais é tão importante como a luta pelos bens imateriais. É tão importante lutar contra o iníquo Código do Trabalho como por um sistema educativo que fertilize a inteligência dos jovens. É tão central lutar pelo salário mínimo como pelo apoio às actividades artísticas. É tão fundamental reivindicar um serviço público de televisão, que se tem progressivamente prostituído, como por sector empresarial do Estado que querem desmantelar completamente. É tão premente lutar por uma política para a cultura e por 1% para a cultura como lutar pela alteração das políticas de uma austeridade que não é igual para todos, que conduzem Portugal para uma situação de catástrofe social. Erguer as bandeiras de 1% para a cultura é juntá-las às bandeiras em que se exige o fim desta política de desastre nacional. É um dever e uma exigência patriótica. Manuel Augusto Araújo Arquitecto da Câmara Municipal de Setúbal
No Conselho de Ministros de 20 de Setembro foi aprovada uma nova legislação para o trabalho portuário. Desde aí que os estivadores dos portos portugueses de Setúbal, Sines, Lisboa, Figueira da Foz e Aveiro têm estado em greve, com o último pré-aviso a confirmar a greve até ao dia 7 de Novembro. Pela Europa, estivadores de outros portos têm demonstrado a sua solidariedade, realizando greves, assembleias ou recusando-se a receber navios desviados dos portos grevistas. Os estivadores estão em greve porque a nova legislação tem implicações terríveis no futuro da estiva e dos seus trabalhadores. Sucintamente, conduz ao despedimento colectivo de mais de 2/3 dos estivadores, engrossando as filas de desempregados; prevê a contratação precária a termo e intermitente de novos trabalhadores, para substituição dos efectivos despedidos; aplica a estratégia de poupança nos salários para permitir maiores lucros às empresas monopolistas que detêm os portos; propagandeia, como resultado, uma diminuição serve de mote para a reflexão dos custos do sector, na ordem sobre o desequilíbrio estrutural dos 30%, que claramente será que tem vindo a ser conseguida às custas provocado pelas pode uma exploração (...) estivadores líticas europeias de capitalista das relaausteridade. ções laborais. de outros portos As políticas de Ironicamente, a têm demonstrado a austeridade que têm greve dos estivadores sua solidariedade, vindo a ser aplicadas é de apenas um turem Portugal são pono por porto, o que (...) recusando-se líticas profundamensignifica que cada a receber navios te neoliberais: cortes estivador português desviados dos na despesa pública e continua a trabalhar portos grevistas. privatizações (saibanum horário redumos que foi proposta uma dizido de... 8H por dia, 40H por rectiva pela União Europeia que semana. A situação actual dos visa a privatização da Segurança estivadores é um importante e Social), liberalização dos mercaóbvio exemplo da relação de dos, despedimentos e diminuição forças entre o trabalho e o cade salários. Conduzem, em últipital no contexto europeu, que
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A greve dos estivadores de Setúbal e o neoliberalismo europeu
é o fantasma da requisição civil, ma análise, à aplicação de uma lançado pelo sector privado, em mesma variável de ajustamento resposta à greve dos estivadores. económico: a compressão salaA Associaçao Industrial Porturial. No fundo, aliando os poderes guesa, entre outras económico, social e empresas, exige em político ao capital, (...) a greve dos comunicado mais em detrimento do exploração nos portrabalho. Permitindo estivadores é de tos e o uso de toda a portanto que os tra- apenas um turno força do Estado para balhadores paguem (...) cada estivador impôr essa exploração a crise, ao mesmo português aos trabalhores portempo que o Estado continua a tuários, numa clara Social para o qual trabalhar num alusão à ordem de descontam imposrequisição civil que tos insuportáveis vai horário reduzido de... 8H por dia, pode ser dada pelo sendo destruído. Estado. Ora, esta O que surge como ordem fura a greve e permite a ainda mais grave neste panorama, relembro, de favorecimento do capunição penal dos trabalhadores pital em detrimento do trabalho, que não se apresentem ao serviço.
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No entanto, esta lei está prevista na legislação desde 1974 para situações de extrema gravidade, que resultem de catástrofes ou calamidades públicas, fazendo face a situações de emergência ou quando se torne imperioso assegurar o regular funcionamento de empresas ou serviços de interesse público essencial. Estranhamente, não está em causa o interesse público essencial, mas sim a quebra de lucros que as empresas exportadoras estão a sofrer com a greve nos portos portugueses. Que o sector empresarial sugira este caminho e que este caminho não seja desde logo veementemente posto de parte pelo governo levanta sérias questões sobre o direito à greve e confirma, para quem ainda possa estar na dúvida, que as políticas de austeridade euro-centristas enquadram uma estratégia de crescimento económico assente no desemprego, na precarização e numa cada vez maior intervenção pública para defesa dos lucros privados. Por este brutal ataque aos estivadores e às suas organizações de classe, que se vem somar ao ataque generalizado ao nosso estado social, e em solidariedade para com o povo português, castigado pelo desemprego crescente, precariedade galopante e empobrecimento violento, demita-se senhor Primeiro-Ministro. Durante a ditadura, os estivadores já sofreram muitos ataques. Não será agora que viramos as costas à luta. Nunca mais caminharemos sós! in Manifesto dos Estivadores de Portugal (as razões de uma luta) http://estivadeportugal.blogspot. pt/2012/09/manifesto.html Sandra Coelho Jornalista
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NA VAZANTE 07
Sábado | 3.Nov.2012
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www.semmaisjornal.com
Anti-stress Mais de 3 mil pessoas já viram “Mercador de Veneza”
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peça “O Mercador de Veneza”, de William Shakespeare, com encenação de Ricardo Pais, já foi vista por mais de 3 mil pessoas. Estreou em Julho no Teatro de Almada, no âmbito do 29.º Festival de Teatro, e regressou à cena para ser vista até 11 de Novembro. Uma parceria com o Teatro Nacioal São João. Entrecruza duas intrigas: a que decorre na Veneza sombria e mercantil, e a que tem por cenário a beleza de portas abertas à música e ao amor de uma Belmonte supostamente virtuosa. Uma dupla narrativa que evoca a multiplicidade humana, partindo das personagens de um judeu cruel, porém humano, e dos cristãos que
João Reis e Albano Jerónimo
fazem dele a sua vítima. Albano Jerónimo interpreta António, um mercador cristão em estado de depressão. «Este António é um desafio particular porque nunca me
tinha sido proposto fazer tal trabalho em cena. E começa logo na primeira coisa que António diz ao público, que de certa forma é um convite para o público perceber esta tristeza», explica o actor. Já João Reis dá vida a Shylock, um especulador judeu. «Esta peça tem uma característica que a torna aos olhos de muitos anti-semita, observação com a qual eu não concordo de todo, acho que a encenação do Ricardo Pais contraria bastante essa ideia, e eu tento que o Shylock fuja um bocadinho ao estereotipo do judeu». Para ver de terça-feira a sábado, às 21h30, e aos domingos, às 16 horas.
Ofertas Semmais Convites para o Parque da Mina O Parque da Mina é um parque temático e localiza-se em Caldas de Monchique, Portimão. Nesta antiga quinta, com zonas de lazer e de piquenique, o público pode apreciar a Casa Museu, com mais de 300 anos, entre outras actracções. Temos entradas para oferecer aos leitores. Basta dizer quanto tempo de antiguidade tem a Casa Museu? Respostas devem ser dirigidas a 918 047 918 ou passatempos.semmais@mediasado.pt
Escolhas Sadinas Por Ana Sobrinho PASSEIOS PEDESTRES MUNICIPAIS DE SETÚBAL DIA 4 ÀS 10H00 - “O Desafio de S. Luís”, pelo alto da serra./ Informações: 265 227 685 | www.sal.pt/ CASA DA CULTURA DIA 8 ÀS 21H30 NA SALA JOSÉ AFONSO – CLUBE DE CINEMA/ O FILME DA MINHA VIDA – Carlos Curto apresenta Easy Rider, de Dennis Hopper (1969, 94 min.). É difícil de definir Carlos Curto, já que a amplitude de projetos onde aparece envolvido é enorme. É encenador, ator, músico e atualmente diretor do Teatro Animação de Setúbal, ou seja é uma das mais criativas e multifacetadas personalidades de Setúbal, que escolhe como filme da sua vida o clássico da contracultura norte-americana “Easy Rider”./ Entrada 1€ DIA 9 ÀS 21H30 NA SALA JOSÉ AFONSO – “MUITO CÁ DE CASA” - ANTÓNIO GEDEÃO, UMA VIDA – Lançamento de Biografia e conferência por Cristina Carvalho, autora da obra./ Entrada gratuita.
MUSEU DO TRABALHO MICHEL GIACOMETTI DIA 10 ÀS 15H00 – “MUSEU DO TRABALHO FAZ 25 ANOS” - Duas exposições fotográficas sobre o Museu:” Recolha Etnográfica da coleção Michel Giacometti” e “Momentos” do quotidiano do museu, das tardes interculturais e das visitas guiadas aos diversos públicos; presença de artesãos em laboração (pesca, olaria, vime, bilros, pão, cortiça e carpintaria); música popular portuguesa pelo grupo de cavaquinhos e pela Tuna do Instituto Politécnico de Setúbal; visionamento dos filmes “Os vossos testemunhos” e “Da fábrica ao museu” e o lançamento das conservas Nero “Ostras de Setúbal”, constituem o programa do 25º Aniversário do Museu. SUGESTÕES PARA: ANAFSOBRINHO@GMAIL.COM Pub.
+ Cartaz... Juventude irreverente O Teatro Montemuro apresenta a peça “Remendos”. Conta a história de Inês, uma jovem irreverente e cheia de vida, que terá de lutar para impedir o casamento arranjado pelos pais. Fórum Cultural, Alcochete | 21h30.
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Comédia Quim Roscas & Zeca Estacionâncio trazem a Setúbal o maior espectáculo de stand up comedy dos últimos anos em Portugal. Capricho Setubalense | 21h00.
Rodrigues dos Santos lança “A Mão do Diabo” “A MÃO do Diabo” é o 10.º romance de José Rodrigues dos Santos editado pela Gradiva. Um dos rostos mais emblemáticos da área da Informação na RTP, já vendeu mais de 1 milhão de exemplares em todo o mundo e está publi-
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Diário da separação Assista à apresentação do livro “Pai vem me ver…”, de Nuno Vilaranda. É o diário do pai de dois filhos menores que, após a separação conjugal, começa a viver uma experiência dramática. Biblioteca de V.N.S. André | 18 horas.
cado em 18 línguas. O novo livro de Rodrigues dos Santos fala de causas e consequências de uma crise económica que não é meramente ficção. Segundo o autor, «o livro abre os olhos para a realidade». No romance, Tomás de Noronha volta a ser o antiherói da história cuja acção arranca em plenos tumultos gregos contra a austeridade. «Os culpados andam todos por aí», diz o autor.
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+ Região
O HOSPITAL Garcia de Orta, desde a passada terça-feira, começou a entregar aos seus utentes admitidos no serviço de Urgência, um documento informativo com os custos associados aos cuidados de saúde que recebem. «A iniciativa, já implementada em oito dos quinze maiores hospitais do país, tem como objectivo dar a conhecer à população e aos profissionais de saúde, de forma transparente e clara, os custos dos serviços e cuidados de saúde de que os cidadãos beneficiam no âmbito do Serviço Nacional de Saúde», refere fonte do hospital. A unidade hospitalar de Almada explica que se trata de um documento meramente informativo e
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ALMADA
Doentes urgentes sabem custos dos cuidados que recebem
que não implica qualquer custo ou pagamento para o utente. O hospital esclarece que a medida pretende «sensibilizar os utentes para o esforço económico que os serviços e cuidados de saúde representam para todos os contribuintes, de modo a contribuir para uma utilização mais
racional e adequada dos serviços de saúde». «A informação de custos dos cuidados de saúde deve ser preferencialmente entregue no momento da alta em qualquer um dos serviços de urgência do Hospital Garcia de Orta», conclui a mesma fonte do Hospital Garcia de Orta.
Campaniço vence prémio em Almada
Montijo quer Natal com arte na cidade MONTIJO NATAL com Arte é o nome da iniciativa a desenvolver pela Câmara Municipal do Montijo, a Junta de Freguesia do Montijo e a Escola Profissional com o objectivo de dinamizar o comércio do centro da cidade na época natalícia. As entidades organizadoras desta acção consideram que a ideia é envolver a comunidade escolar num projecto de criatividade, partilha e vocação em que se pretende despertar e estabelecer contacto com as expressões plásticas e artísticas e, ao mesmo tempo, trazer ao centro da cidade mais população que permita ao comércio tomar um novo fôlego. De acordo com a Câmara, este projecto
ALMADA O ROMANCE original “Os demónios de Álvaro Cobra”, de Carlos Campaniço, venceu o Prémio Literário Cidade de Almada, que contou com a participação de 51 obras literárias. O vencedor, que tem três livros editados, ganhou um prémio pecuniário de 5 mil euros. Carlos Campaniço nasceu em Safara, Moura, em 1973, e é licenciado em Línguas e Literaturas Modernas. Segundo Violante Magalhães, da Associação Portuguesa dos Críticos Literários, neste romance cruzam-se os temas do amor e morte, da esperança e exaspero. Instituído desde 1989, este prémio é considerado uma referência nacional na área da literatura e na promoção da criação literária em língua portuguesa.
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Hospital Garcia de Orta já passa factura virtual
A ideia é animar a baixa
pretende transmitir uma forte mensagem de sensibilização ambiental e uma necessidade de rentabilizar materiais recicláveis de uma forma criativa, utilizando meios e recursos disponíveis ao alcance de todos. Natal com Arte incluirá diversas actividades, com destaque para uma árvore de Natal com seis metros de altura inteiramente construída com garrafas de plástico pelos alunos da Escola Profissional.
Medida contraria crise e ajuda orçamento das famílias
Sesimbra mantém valor do IMI SESIMBRA O S PROPRIETÁRIOS de imóveis em Sesimbra não vão ver aumentado o valor do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) no próximo ano. A autarquia de Augusto Pólvora decidiu manter a taxa igual a este ano, bem como os incentivos aos proprietários que efectuem obras de recuperação no núcleo antigo da vila. A proposta, enviada para a aprovação da Assembleia Municipal, prevê a manutenção da taxa de IMI nos 0,4 por cento, valor 25 por cento abaixo do máximo previsto na lei, que é de 0,5, para os prédios urbanos. A autarquia entendeu não promover o seu agravamento, devido à carga fiscal prevista no Orça-
mento de Estado para 2013, que vai dificultar ainda mais a vida a muitas famílias. Quanto aos prédios rústicos e urbanos, as taxas permanecem nos 0,8 e 0,7 por cento. De igual modo vão manter-se os estímulos aos projectos de reabilitação urbana. A Câmara decidiu ainda eliminar a redução do IMI verificada nos anos anteriores, para os prédios arrendados, em virtude da extinção da Taxa de Conservação de Esgotos em 2013, que desagrava a carga fiscal dos proprietários, e não agravar o IMI para os prédios degradados, visto que estes estão a ser objecto de reavaliação por parte do Ministério das Finanças.
BARREIRO A ENTRADA em pleno funcionamento da ETAR Barreiro/Moita constitui «uma fase marcante» da história do Barreiro e da região. A convicção é do presidente da autarquia, Carlos Humberto de Carvalho, que esta semana abordou a importância deste equipamento durante um encontro no Tejo, a bordo do catamarã Pedro Nunes. O autarca recordou o trabalho de «muitas décadas, complexo e exigente» para que
hoje se chegue «à integração plena» no sistema. «Para ser mais rigoroso, quase plena, na medida em que, dos 100 por cento das águas residuais produzidas no concelho do Barreiro, 95 por cento podem ser tratadas. Dois e meio que ainda sobram pertencem às AUGI (Áreas Urbanas de Génese Ilegal) e ainda não há possibilidade de serem tratadas desta forma» por falta de infraestruturas, adiantou. Os restantes casos estão localizados na Avenida Bento
Alcochete recebe autocarro Energybus ALCOCHETE
O ENERGYBUS, um autocarro temático, em torno da utilização racional da electricidade, chega com o apoio da S.energia ao concelho de Alcochete. O Energybus tem como objetivo final informar, sensibilizar e promover o consumo eficiente da energia eléctrica em Portugal. Na estrada desde Outubro de 2007, este veículo já foi visitado por mais de 60.000 portugueses. O Energybus que teve Lisboa como ponto de partida, está a percorrer o país inteiro,
proporcionando a todos os visitantes uma viagem diferente e interactiva, com equipamentos de demonstração de novas tecnologias que incentivarão os portugueses a adoptarem comportamentos mais eficientes e amigos do ambiente. Esta iniciativa foi desenvolvida pela EDP, em parceria com a TerraSystemics, no âmbito do Plano de Promoção de Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica, aprovada pela ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.
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ETAR do Barreiro é arma para limpar ambiente
Despoluição do Tejo é certa
Gonçalves e pontualmente nas freguesias de Santo André e Palhais. Com o concelho coberto quase na totalidade por rede
de drenagem, «valor que vai muito para além dos objectivos nacionais» consagrados no PEEASAR II 2007-2013, (Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Drenagem de Águas Residuais, que define como grandes metas70 por cento ao nível mínimo de atendimento local e 90 por cento nível mínimo de atendimento nacional, o autarca considera que «passámos a ser uma cidade, do ponto de vista do saneamento básico, das mais desenvolvidas da Europa».
Seixal incentiva aleitamento materno SEIXAL O CONCELHO
do Seixal assinala a Semana do Aleitamento Materno entre 3 e 12 de Novembro com um conjunto de actividades direccionadas para bebés e família. Esta é já a 3.ª edição da iniciativa, promovida em parceria com o Agrupamento de Centros de Saúde Seixal-Sesimbra. O programa é celebrado à escala mundial e realiza-se com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF),
Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). No dia 3 há Ioga para Bebés dos 24 aos 36 meses, acompanhados por um adulto, na Biblioteca Municipal do Seixal, no dia 7 há Conversas com a Saúde, A Importância do Aleitamento Materno no Pavilhão Municipal da Torre da Marinha; e no dia 10 Natação para Bebés, na Piscina Municipal de Corroios.
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SETÚBAL
A POLÍCIA Judiciária (PJ) de Setúbal continua a investigar um acto de vandalismo nas instalações da comunidade terapêutica “O Lugar da Manhã”, localizadas na freguesia da Anunciada, que trata de 15 consumidores de álcool e de drogas, dos 17 aos 40 anos. No ar pairam as suspeitas de intimidação e fogo posto, conforme avançou Carlos Fugas, director da instituição com 20 anos de existência. Para o responsável da instituição, que não acredita em coincidências, este acto de vandalismo está
relacionado com uma reportagem sobre ‘smartshops’, lojas que vendem ‘drogas legais’, transmitida na segunda-feira à noite pela TVI, onde Carlos Fugas criticou estes espaços e alertou para o perigo que os mesmos representam para os jovens e para as suas famílias. «Algumas das substâncias vendidas nestas casas são muito perigosas. Em Setúbal sei que existem três lojas destas. Na Madeira, este ano, já morreram 4 jovens e há a registar 170 internamentos psiquiátricos, e ali existem também vendedores de
Câmara da Moita garante projecto Eco-Lar A CÂMARA Municipal da Moita aprovou, na sua última reunião, a atribuição de um subsídio no valor de 4 986,60 euros, à Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros, para apoiar Projeto Eco-Lar, referente ao ano de 2012. A Ação Eco-Lar consiste na sinalização de possíveis situações de insalubridade que coloquem em causa a saúde pública, na sua avaliação por parte de técnicos de entidades diversas, adequadas à problemática do indivíduo/ família, e na intervenção, acompanhada ou não de
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MOITA
Sta. Casa promove saúde
encaminhamento para os serviços competentes. Com o objectivo de assegurar a sustentabilidade da Ação Eco-Lar, decorrente do já terminado Projecto “Entre Nós”, foi assinado um protocolo entre a Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros, a Câmara e as juntas, com vista ao seu desenvolvimento e implementação.
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“O Lugar da Manhã” em Setúbal suspeita de fogo posto
Os 15 utentes das instalações da Anunciada estiveram em risco
Alcácer no superior
PALMELA A ALDEIA de
DADE Sénior de Alcácer do Sal (USAS) abriu esta semana portas na vila do Torrão, três anos depois de ter iniciado actividade na sede do concelho. Para já, são seis os professores voluntários que, a título gracioso, oferecem o seu tempo para transmitir conhecimentos aos primeiros 37 alunos inscritos. A “casa” da universidade sénior no Torrão será a antiga escola primária situada no jardim de S. Francisco. Diz a autarquia que esta é mais uma forma de contribuir para o envelhecimento activo, combatendo a solidão que muitas vezes ocupa a vida das pessoas mais idosas.
Quinta do Anjo volta a cumprir a tradição e, até domingo, dia 4, vive a 256.ª edição das Festas de Todos os Santos, numa organização da Associação das Festas, liderada por Pedro Chula, com o apoio do município. Fundada em 1756, como forma de agradecimento pela proteção da aldeia durante o terramoto do ano anterior, aquela que é a festividade mais antiga do concelho tem na procissão em Honra da Nossa Senhora da Redenção um dos seus momentos mais altos. Animação, gastronomia, desporto e muita música, com a participação activa do movimento associativo do concelho, completam o
Participaram na iniciativa 17 instituições, com a participação de cerca de uma centena de seniores. O vereador Álvaro Beijinha, responsável pela acção social da autarquia, participou na visita e considerou que «estas iniciativas são muito importantes para a população sénior uma vez que têm como principal objectivo proporcionar-lhes momentos de intercâmbio e de convívio como forma de combate ao isolamento». Este ano, a autarquia vai também promover um almoço-convívio seguido do tradicional magusto. O
Projecto Idoso Ser Activo
convívio está marcado para o dia 8 de Novembro, no Pavilhão de Feiras e Exposições da Câmara. A autarquia colabora com a oferta de castanhas cozidas ou assadas e da tradicional água-pé.
programa da iniciativa. No dia da Restauração do Concelho, no dia 1, o historiador António Matos Fortuna, figura «emblemática e defensora da terra», foi alvo de homenagem póstuma, pelo Grupo dos Amigos do Concelho de Palmela, junto ao Largo do Poço Novo. Pedro Chula realça o espírito de convívio que se vive com as festas, bem como a aposta em projectos e artistas ‘prata-da-casa’. «Apesar das limitações financeiras, as festas não perdem a qualidade e servem para todos se divertirem e conviver». As festas, orçadas em cerca de 10 mil euros, terminam com um espetáculo de fogo-de- artifício, este domingo, às 23h50.
Grândola reabre casa Frayões Metello GRÂNDOLA NO ÂMBITO
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SANTIAGO A CÂMARA de Santiago do Cacém realizou esta semana o primeiro de dois passeios ao Oceanário de Lisboa, destinado aos seniores das instituições do concelho. Tratase de mais uma iniciativa promovida pela Autarquia com vista a proporcionar momentos de convívio e lazer. Com a realização desta actividade pretende-se também encerrar o Projecto Ser Idoso Ser Activo, este ano enquadrado também no Ano Europeu do Envelhecimento Activo e da Solidariedade entre Gerações.
Todos os Santos anima aldeia de Quinta do Anjo
ALCÁCER A UNIVERSI-
Santiago leva idosos ao Oceanário
rua a vender produtos os jovens», conta Carlos Fugas. Carlos Fugas esclarece que foi na manhã da passada terça-feira que os utentes deram conta da situação. «Os utentes encontraram chamuscadas, por volta das 7 horas da manhã, as duas garrafas de gás propano de 45 quilos, que alimentam os fogões do refeitório da instituição», conta, acrescentando que tal cenário «nunca aconteceu nos 20 anos de actividade da instituição». Segundo a mesma fonte, desconhecidos
das comemorações dos 468 anos da atribuição da Carta de Vila a Grândola, o município abriu esta semana a reposição parcial da exposição “História Arqueológica de Grândola – vestígios e artefactos” e a reconstituição de uma sala de aula do ensino primário. Este é um novo espaço de cultura que irá acolher as colecções museológicas do município, exposições temporárias de longa duração e o serviço educativo. A casa Frayões Metello
foi residência de famílias da nobreza local. Já este ano, foram realizadas obras de conservação do imóvel, com respeito pela sua memória e traça arquitectónica, para acolhimento das colecções museológicas do município, apresentação de exposições temporárias de longa duração e funcionamento do serviço educativo que promoverá visitas orientadas e actividades educativas de acordo com as especificidades dos diversos públicos.
arrombaram o portão do anexo onde se encontravam as duas garrafas de gás e tentaram pegarlhes fogo, mas, como estava a chover, não conseguiram. A partir de agora, Carlos Fugas promete uma «maior protecção» ao espaço onde se encontram as botijas de gás. «Esse anexo vai agora passar a ser coberto, de forma a interditar a entrada de intrusos», frisa. A instituição “O Lugar da Manhã” acolhe outros 23 jovens, com problemas de álcool e de drogas, em instalações localizadas na zona do Vale da Rasca.
Sines ensina ambiente SINES O PROGRAMA
de Educação Ambiental (PEA) para o ano lectivo 2012/2013, em Sines, foi esta semana lançado oficialmente. Promovido pela Câmara de Sines, o PEA pretende despertar as consciências dos mais jovens para a importância da preservação do meio ambiente e poupança dos nossos recursos. O programa, destinado a mais de 800 alunos do ensino préescolar e 1º ciclo, aposta num conjunto sistematizado de iniciativas nas escolas, desde sessões teóricas e palestras, visualização de filmes e documentários, ateliers práticos e actividades no terreno, coordenadas por técnicos da autarquia em colaboração com os docentes. O objectivo é dotar alunos, professores e restante comunidade educativa de um conjunto de conhecimentos e ferramentas que lhes permita intervir directamente na construção de uma sociedade e de um ambiente mais sustentáveis e perpetuar esses comportamentos nas gerações futuras.
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s últimos três anos foram dramáticos para o comércio tradicional do distrito e perto de um quarto dos estabelecimentos existentes fecharam portas empurrando para o desemprego perto de um milhar de trabalhadores. Segundo dados ainda não sistematizados da Associação de Comércio e Serviços do Distrito de Setúbal, mais de 20 por cento dos estabelecimentos associados fecharam nos últimos anos «sufocados por uma carga fiscal incomportável», confirmou ao Semmais o líder da Associação Francisco Carriço. O presidente da ACSDS considera que, nos últimos anos, os sucessivos governos têm «imputado aos pequenos e médios empresários fortes cargas de impostos» que têm aumentado sucessivamente o número de insolvências e falências. «E o erro dos governos é não terem percebido ainda que quanto mais alta for a carga fiscal, menos receita de impostos recebem porque entramos num ciclo vicioso». Neste quadro, Carriço admite mesmo que os pequenos comerciantes quando têm de cortar algum pagamento
Hotelaria mais afectada
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Ainda sem os números todos compilados, já é mais que certo que nos últimos três anos mais de 20 por cento do nosso comércio encerrou portas. O presidente da ACSDS receia que venha aí ainda pior.
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Mais de 20 por cento do comércio tradicional do distrito fechou portas
Comércio tradicional «é mais que um negócio» No centro da cidade de Setúbal há mais de meia centena de lojas fechadas num universo de aproximadamente 400. À noite e aos fins-de-semana a baixa da cidade deixou de ter vida e este é só um dos sintomas do encerramento de tantas lojas. «É necessário entender que o comércio tradicional tem uma relação directa com as questões sociais e até de segurança das cidades», diz Francisco Carriço. «O encerramento das lojas no centro das cidades tira vida aos centros históricos, afasta as pessoas para a periferia e impede até o desenvolvimento de melhores espaços para usufruto das populações. Uma baixa comercial activa é seguramente mais segura e este é também um papel social do comércio», acrescenta o dirigente.
«optam por não pagar os impostos, cumprindo primeiro as suas obrigações com fornecedores e empregados». No país já fecharam cinco mil empresas do ramo Só este ano, em Portugal, fecharam perto de cinco mil empresas. Os dados são referentes aos primeiros nove meses do ano e representam um aumento de mais de 50% em relação ao ano anterior para o mesmo período. O número de falências e insolvências registado é superior ao total das empresas que fecharam portas em 2011. O cenário no distrito não é diferente daquele que se vive a nível
nacional e embora os dados ainda não estejam devidamente compilados, Francisco Carriço não tem dúvidas de que «este é um dos piores anos que há memória no comércio tradicional e o próximo ano vai ser seguramente pior». O presidente da ACSDS estima mesmo que se o governo não alterar a actual situação fiscal «quando o tentar fazer já não haverá pequenas e médias empresas para recuperar». Para além da sobrecarga fiscal imposta aos pequenos e médios empresários, o comércio ressente-se também do facto dos consumidores «estarem a deixar de comprar», afirma o responsável da ACSDS. E acrescenta: «O aumento do desemprego e as pers-
A hotelaria era o sector mais próspero do comércio tradicional e actualmente é aquele que mais sofre. No distrito de Setúbal representava mais de metade dos estabelecimentos comerciais. O aumento do IVA para 23%, no início do ano, «foi um rude golpe para os empresários do sector e muitas das insolvências registadas no distrito são na área da restauração».
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de Sines foi seleccionada para atribuição desta distinção, com os projectos Janela Única Portuária, Cartão Único Portuário e Sistema de Informação e Identificação Geográfica a serem galardoados com o CEEP–CSR Label. Embaixador de França ‘namora’ porto Pascal Silva, embaixador de França em Portugal, visitou esta semana o Porto de Sines para discutir o futuro do porto numa perspectiva de curto a médio prazo.
Pascal Silva visitou plataforma de Sines
Pascal Teixeira da Silva mostrou-se particularmente interessado no papel que Sines possa vir a desempenhar enquanto Hub portuário de referência à escala Europeia, capaz de servir um hinter-
A GALP Energia deu mais um passo na consolidação do seu compromisso com a responsabilidade social ao subscrever o código de conduta – Empresas e VIH, mostrando-se assim empenhada com os valores da não discriminação e da igualdade de direitos entre trabalhadores independentemente da sua condição de saúde. Este código de conduta, enquadrado pelos princípios adotados pela Organização das Nações Unidas e o Código de Conduta da Organização Internacional do Trabalho, consagra a não discriminação de pessoas que vivem com a infeção pelo VIH, a igualdade no acesso à prevenção e ao tratamento da infeção pelo VIH, da divulgação junto dos trabalhadores de informação relativa à infeção e o reconhecimento que a realização de testes para detecção da infeção é uma medida de saúde pública importante, que não pode comprometer o ingresso e a progressão na carreira do trabalhador.
O mal do Governo ... O aumento de lojas de venda de produtos chineses tem sido uma constante nos últimos anos e são estas lojas que nos dias que correm ocupam os melhores espaços nos centros da cidade. Com produtos a preços mais acessíveis, as lojas chinesas passaram a dominar o comércio tradicional e constituíram «mais um factor de perturbação no sector». No entanto, diz Francisco Carriço, «os chineses não fizeram metade do mal que este governo tem feito ao comércio tradicional».
pectivas de dias piores levam o consumidor a retrair-se no momento de comprar e gera-se um efeito bola de neve. O comerciante não vende o que vendia antes, mas tem obrigações fiscais cada vez maiores às quais não consegue fazer face. Já não se justifica ser empresário e o caminho mais fácil é fechar as portas».
Porto de Sines ganha prémio internacional O PORTO de Sines foi distinguido com o galardão CEEP-CSR Label que reconhece as empresas de serviços públicos que se destacam pelo cumprimento da excelência na prestação de serviços e das melhores práticas no âmbito da responsabilidade social. A atribuição do prémio foi realizado por um júri internacional independente e a entrega do prémio decorrerá a 14 de Novembro, em Bruxelas. Entre candidaturas de muitas empresas dos vários estados membros, a candidatura do Porto
Galp reforça vertente social
land alargado além Pirenéus. O redesenhar do sector marítimo portuário internacional, que resultará do alargamento do Canal do Panamá já em 2014, foi apontado como uma importante janela de oportunidade para os portos da fachada atlântica, onde Sines se destaca, tendo em conta as suas características naturais de porto de águas profundas. Durante a reunião houve ainda lugar a uma análise ao crescente tráfego entre o Porto de Sines e os portos franceses, com especial destaque para o Porto de Le Havre.
Fundação Repsol apoia alunos A FUNDACIÓN Repsol apresentou terça-feira o projecto Fondo de Emprendedores, no Instituto Superior Técnico, em Lisboa. O projeto visa apoiar os melhores projectos empresariais que forneçam soluções de poupança e eficiência energética, promovendo assim a inovação, o desenvolvimento empresarial e a captação de talentos. Este Fondo de Emprendedores, lançado este ano, é o primeiro fundo privado em eficiência energética e tem como alvo empreendedores que tenham constituído ou que pretendem iniciar um negócio em várias áreas da energia. O referido projecto, com uma dotação financeira de 1,5 milhões de euros anuais, encontra-se na segunda fase e as propostas devem ser apresentadas até dia 16 de Novembro.
Fertagus oferece descontos A FERTAGUS, empresa do grupo Barraqueiro, concessionária da gestão e exploração da linha ferroviária do eixo Norte/Sul, que inclui a travessia do Tejo através da Ponte 25 de Abril, vai oferecer descontos até 25 por cento no bilhete simples de comboio em dias de jogo do Sporting, no estádio de Alvalade. Para ter direito ao desconto, os passageiros têm de apresentar o bilhete do jogo na bilheteira da Fertagus. Além deste desconto, a concessionária oferece, nestes dias, a quem adquirir bilhete para o comboio, o parque de estacionamento nas estações da Fertagus. A campanha vai estar em vigor até ao final da época 2012/2013.
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+ Desporto Sub-21 defrontam Escócia em Setúbal
Festa do Desporto no Barreiro
O particular de preparação dos sub-21 para a qualificação para o Europeu da categoria, em 2015, na República Checa, diante da Escócia, realiza-se no Estádio do Bonfim no dia 14 de Novembro.
O Barreiro recebe a Festa do Desporto, a 10 e 11. Sábado à noite, na Cidade Sol, tem lugar a entrega de medalhas de Bons Serviços e Dedicação aos clubes e equipas que se destacaram esta temporada.
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últimos dez anos consecutivos o título de campeã regional de Ciclismo/BTT na vertente Cross Country. Além do 1.º lugar em equipas, os atletas do GDVP conquistaram as seguintes classificações: Infantis Francisco Guerreiro - 1.º lugar; Sub23 - Pedro
Ribeiro – 1.º lugar; Elites Renato Ferreira – 1.º lugar; Elites - Luís Martins – 4.º lugar; Veteranos B Joaquim Bica - 1.º lugar; Veteranos B - Fernando Mirante - 2.º lugar; Veteranos C -Rui Rosa - 1.º lugar; Veteranos C - Manuel Francisco - 2.º lugar.
Rui Rosa, atleta do GDVP
A direcção do Grupo Desportivo da Volta da Pedra mostra-se satisfeita com o trabalho dos seus atletas, que têm conquistado resultados «fantásticos resultados» na época que agora termina. Pub.
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futebolista do V. de Setúbal Miguel Lourenço, de 20 anos, foi distinguido, na terça-feira, pelo Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol com o prémio de Melhor Jogador Jovem da Liga Zon Sagres referente ao período Agosto/ Setembro 2012. O galardão foi entregue por To-Zé, delegado do SJPF para a Zona Sul, no Estádio do Bonfim. Em apenas mês e meio, o central Miguel Lourenço assumiu-se como titularíssimo do V. de Setúbal e tornou-se internacional Sub-21 por Portugal. O atleta, na época transacta, esteve emprestado ao Casa Pia, da 3.ª Divisão. O defesa sadino mostrou-se surpreendido por ter ganho o referido galardão: «Fui surpreendido, tinha outros colegas de profissão a concorrerem pelo prémio e foi uma surpresa ter ganho», disse ao SJPF.
A EQUIPA do Grupo Desportivo da Volta da Pedra (GDVP), conquistou, no passado dia 28 de Outubro, o título de Campeã Regional de Cross Country SetúbalÉvora-Beja, na 2.ª Prova BTT/XCO de BTT AJAL. De salientar que a equipa do GDVP, conquistou nos
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Miguel Lourenço eleito melhor jogador jovem
BTT de Volta da Pedra sagra-se campeã regional
Miguel Lourenço elogiou ainda a iniciativa do SJPF. «É muito importante porque representa uma espécie de incentivo para o trabalho desenvolvido pelos atletas. O reconhecimento do nosso trabalho é gratificante e damos muito valor a este tipo de iniciativas», explicou. O futebolista reuniu a maioria das preferências dos votantes do site do SJPF, com 49,9 por cento dos votos. Miguel Lourenço bateu Cédric (Sporting), Diogo Amado (Estoril), Flávio Ferreira (Académica de Coimbra) e Ricardo (Vitória de Guimarães).
Paulo Tavares quer equipa concentrada para ganhar aos leões O V. SETÚBAL recebe o Sporting este domingo, às 20h15, em jogo a contar para a 8.ª jornada da Liga Zon Sagres. Ao fazer a antevisão do jogo, o médio Paulo Tavares espera poder explorar a «falta de confiança» nos ‘leões’. «Vamos tentar aproveitar alguma falta de confiança que possa existir mas não é por isso que jogaremos com menos respeito pelo adversário, que não estando a fazer uma boa época, não deixa de ser uma grande equipa», reconheceu Paulo Tavares. Para vencer o Sporting, Paulo Tavares entende que a equipa do Vitória tem de estar bem concentrada. «O mais importante é estarmos concentrados, bem posicionados, sermos inteligentes e explorar todos os erros do
adversário», lembrou. O médio Danilo Alves não deverá jogar contra os leões. Contraíu uma lesão muscular na coxa direita. De fora continua o guardaredes Fonseca. O guardião aguarda o resultado de uma ressonância magnética ao ombro esquerdo. Jorge Luiz, expulso em Guimarães, tem feito ginásio. O treinador José Mota vai assistir ao jogo das bancadas, uma vez que foi multado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, com dez dias de suspensão, na sequência da expulsão na partida com o V. Guimarães. Entretanto, os sadinos jogaram na quinta-feira, à porta fechada, com os juniores e venceram por 3-0, com golos de Ricardo Silva, Kiko e Miguel Pedro.
Concessionário: Auto Soeiro Lda Morada: Zona Industrial, Rua dos ferreiros, lote 3 (ao lado do LIDL) Contactos: autosoeiro.opel@autosoeiro.pt; Tel 212 808 910/914 Site: www.autosoeiro.pt
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