semmais
Sábado 5 | Dezembro | 2015
Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 881 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita
POR CAUSA DO ATRASO DO REGISTO CRIMINAL DE PROFESSORES
ESCOLAS DA REGIÃO ADIAM VISITAS DE ESTUDO
CHOCALHOS ALENTEJANOS JÁ SÃO PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL DA HUMANIDADE
SOCIEDADE PÁGINA 2
ROLA-BRAVA CORRE O RISCO DE DESAPARECER DA ARRÁBIDA Só com uma ação consertada no sul da Europa vai ser possível dar uma ‘espécie de segunda vida’ à Rola-Brava, uma ave migradora que já começa a escassear na Arrábida e que acaba de entrar na Lista Vermelha das Espécies em vias de extinção no País.
NEGÓCIOS PÁGINA 11
A ADEGA VENÂNCIO DA COSTA LIMA APOSTA EM NOVOS NEGÓCIOS Já há visitas de estudo adiadas nas escolas porque os docentes não conseguiram entregar a tempo o registo criminal, que agora passou a ser obrigatório. Os tribunais estão entupidos com tantos pedidos e não conseguem dar resposta.
SOCIEDADE PÁGINA 2 PRÓXIMA EDIÇÃO COM A MARCA SEMMAIS
AS 1000 MAIORES NÃO PERCA NO PRÓXIMO SÁBADO UMA EDIÇÃO ESPECIAL DEDICADA ÀS 1000 MAIORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SETÚBAL E A TODOS OS RÁCIOS E INDICADORES.
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A VCL investiu mais de 2 milhões de euros nas novas instalações. A produtora de vinhos de Quinta do Anjo já abriu as portas da primeira loja oficial de vinhos e lança-se no Enoturismo. Acolhe eventos na adega velha e estreia este Natal o primeiro Moscatel Roxo.
DESPORTO PÁGINA 14
PRESIDENTE DO V. SETÚBAL DEFENDE SALA DE TROFÉUS NO PALÁCIO SALEMA Fernando Oliveira gostava que a sala de troféus fosse instalada no Palácio Salema e acusa o município de não cumprir com alguns projetos. Garante que, apesar das dificuldades, enquanto dirigir o clube não se põe de joelhos nem presta vassalagem a ninguém.
SOCIEDADE FEDERAÇÃO NACIONAL DE CAÇADORES JÁ REGISTOU A AMEAÇA QUE PAIRA SOBRE ESTA ESPÉCIE DA ARRÁBIDA
Rola-brava está a vermelho na região mas caçadores querem salvá-la das espécies em risco de extinção TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
MAIS ESPÉCIES EM RISCO
A
Federação Nacional de Caçadores (Fencaça) reconhece a ameaça que paira sobre a rola-brava que já começou a escassear na Arrábida e que acaba de entrar na Lista Vermelha das Espécies em risco de extinção no país, com a categoria de «vulnerável», mas o presidente Jacinto Amaro assegura que os caçadores portugueses não são os maiores culpados, numa altura em que estão autorizados a caçar «apenas» seis rolas por dia. O dirigente diz que só com uma ação consertada no sul da Europa vai ser possível dar uma «espécie de segunda» vida a esta ave migradora. «Em Espanha, Itália e Malta não há limite. Depois, é preciso perceber que as rolas que nascem em Portugal têm que atravessar Espanha, até Gibraltar, para chegarem a África no inverno», alerta, garantindo que uma elevada percentagem acaba abatida em território espanhol. Contudo, ainda segundo o dirigente, existem também outros fatores que explicam o desaparecimento desta ave. «A troco de subsídios, deixámos de produzir cereais, o que implica
Os principais grupos de aves que mostram agravamentos no risco de extinção são os abutres, as aves marinhas e as aves limícolas, algumas delas ocorrem em Portugal e requerem medidas de conservação urgentes. Em Portugal temos atualmente uma espécie em risco crítico, que partilhamos com Espanha: a pardela-balear, e três “Em Perigo”. Mas já tivemos mais, que, entretanto, já viram a categoria de ameaça diminuída graças a esforços de projetos de conservação, entre as quais o priolo e a freira-da-madeira e graças ao resultado de um melhor conhecimento sobre as populações individuais de aves. Contudo, existem ainda sete espécies com o estatuto de conservação urgentes: a águia-imperial, o painho-de-monteiro, a abetarda, a freira-do-bugio, a felosa-aquática, e as novas espécies que agora entraram na lista: a rola-brava e o zarro. falta de comida. Hoje em dia a rola tem ótimas condições no norte de África e fica por lá», sublinha, alertando para um fenómeno novo após a «invasão» da rola-turca, que está a conquistar terrenos à rola-brava. «Andamos a pedir há muito tempo autorização para a caçar como correção de densidades. Alimenta-se nas capoeiras, suiniculturas e aterros sanitários e vai trazer problemas sanitários», vaticina Jacinto Amaro, para quem «só uma ação consertada» entre, pelo menos, os países do
sul da Europa, poderia ter algum sucesso. Caso contrário, questiona, «quem terá moral para pedir aos caçadores portugueses que não atirem às rolas, se as matam nos outros países?». É a primeira vez que é feita referência mundial para a conservação de espécies cinegéticas caçadas em território nacional, que passa também a integrar o zarro (pato selvagem). A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) lança um «alerta vermelho», exigindo ao Governo «a urgente alteração à lei
da caça». Luís Costa sustenta que «se esperarmos por uma ação consertada vai deixar de haver rolas. Nós temos responsabilidade sobre o Portugal. Os outros que façam o mesmo». O abrupto desaparecimento da rola-brava no Alentejo atingiu uma quebra de 40% da população na última década. «Não há tempo a perder se ainda quisermos tentar salvar a espécie», alerta o diretor executivo da SPEA, justificando que a quebra de 40% das aves apurada em Portugal teve por
base um estudo de monitorização, feito na última década, através de indicadores de quadrados de amostra, o que não permite quantificar o número de casais que nidificam no país. Daí que a inclusão de «rola portuguesa» – porque apesar de ser migradora, nasce por cá durante a primavera – na Lista Vermelha criada pela União Internacional de Conservação da Natureza em colaboração com a BirdLife International em 1963, não tenha surpreendido os ambientalistas.
OS TRIBUNAIS DA REGIÃO ESTÃO ENTUPIDOS COM TANTOS PEDIDOS DE REGISTO CRIMINAL
Há escolas do distrito a adiar visitas de estudo por atraso do registo criminal de professores TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
J
á há visitas de estudo que estão a ser adiadas nas escolas da região porque os professores não conseguiram ainda entregar o diploma sobre o registo criminal, que passou a ser obrigatório – a partir de agosto - para todos os trabalhadores que têm contacto direto com menores. Novas regras que envolvem necessariamente todos os educadores, professores e restantes funcionários das escolas públicas e privadas. «Os tribunais da região estão entupidos com tantos pedidos de registo de criminal e não conseguem dar resposta», de-
nuncia fonte de um estabelecimento escolar de Setúbal, alertando que as escolas que permitam saídas de alunos acompanhados por professores ou por auxiliares sem estarem com o documento na sua posse acabam por ser multadas. As próprias forças de segu-
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rança admitem que estão atentas a esta questão e que têm questionado os professores sempre que encontram visitas na rua, perguntando-lhes pela declaração de idoneidade. O documento é passado pela respetiva escola mediante a entrega do registo criminal.
«Perante esta situação é óbvio que as visitas de estudo estão inviabilizadas», lamenta a mesma fonte, estando já vários sindicatos em contacto com os grupos parlamentares a quem tentam sensibilizar para este problema, agravado, segundo dizem, como facto de estar em causa «uma inaceitável violação de dados pessoais» dos professores, auxiliares e de outros técnicos ligados a este processo, já que o documento que é exigido desde agosto não contém só a informação considerada necessária a quem mantém contacto com menores. A proposta surge no seguimento da alteração legislativa, ocorrida em finais de agosto, que veio tornar obrigatório a
apresentação anual de um certificado de registo criminal, numa estratégia de prevenção que visa a proteção de menores de adultos que, por exemplo, tenham sido condenados por abusos sexuais. A própria Federação Nacional de Professores (FNE) exigiu que fosse facilitado o processo de obtenção do certificado de registo criminal, obrigatório para quem trabalha com crianças, e que os docentes ficassem isentos de pagar qualquer taxa. A FNE remeteu um ofício à nova ministra da Educação pedindo que seja garantida a todos os trabalhadores da educação a isenção de qualquer taxa exigida para a obtenção do diploma sobre o registo criminal.
SOCIEDADE
Número de pessoas que vivem sozinhas triplicou num distrito onde o concelho de Almada lidera a tabela do INE TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
O
número de pessoas que vivem sozinhas tem vindo a aumentar na região desde 1960, mas com especial incidência ao longo das duas últimas décadas. O distrito registava uma média de 23 por cento famílias unipessoais em 2011, contra 8 por cento em 1960, tratando-se de uma evolução que pode ser atribuída ao envelhecimento da população, «mas também a mudanças na vida privada de indivíduos em idades mais jovens, sobretudo solteiros e divorciados», segundo avançam os especialistas do Instituto Nacional de Estatística (INE). Comparando 2011 com 1991 verifica-se que o número de famílias unipessoais na região disparou, quase duplicando, com um aumento de 13 para 23 por cento, traduzindo um peso superior aos 8 por cento
no conjunto da população residente na região. Esta evolução é também evidente no peso crescente que as pessoas que vivem sós têm vindo a assumir no total das famílias. Por concelhos, e voltando a recuar até 1960 para alcançarmos a referência ao longo do último meio século, Seixal liderava com 10 por cento de famílias clássicas unipessoais para cada cem famílias, passando a 20,9 por cento em 2011. Já Setúbal surgia na segunda posição, com 8,9 que viria a aumentar para 23,3 por cento, seguindo-se Alcochete com 8,2 há meio século, chegando hoje aos 20,6 por cento. É Almada que detém atualmente o maior número de pessoas que vivem sós, com 25,8 por cento, embora há 50 anos fosse dos municípios com valores mais baixos do país (5,4 por cento). O Barreiro ocupa o segundo lugar, com 24,5, depois dos
SAIBA MAIS
6,7 em 1960. Ainda segundo o INE, após a atualização de dados este ano, o sentido deste crescimento tem sido similar para mulheres e homens, mas a população do sexo feminino regista valores mais elevados de famílias unipessoais. Em 2011, 5,2 por cento das mulheres e 3 por cento dos homens viviam em famílias unipessoais, o que representa um acréscimo face aos valores registados em 2001 (4 e 2,1 por cento, respetivamen-
te) e 1991 (3,1 e 1,3 por cento, respetivamente). Esta evolução acompanha os principais padrões de distribuição das famílias unipessoais na Europa. A população portuguesa regista, no entanto, uma proporção de famílias unipessoais no total da população residente (8,2 por cento) abaixo da média europeia (UE27), que se situa nos 14,5 por cento, sendo que cerca de 8 por cento são mulheres e 6 por cento são homens (Eurostat, EU-SILC, 2011).
A distribuição das pessoas que vivem em famílias unipessoais em Portugal é variável consoante o sexo, mas também de acordo com a estrutura etária. Perto de metade das pessoas neste tipo de famílias tem 65 e mais anos de idade (46,9 por cento), distribuindo-se em proporções similares nas diferentes faixas etárias até aos 84 anos. Se a este valor for acrescida a proporção de quem tem idade compreendida entre os 50 e os 64 anos (21,6 por cento), a percentagem de indivíduos em famílias unipessoais com 50 ou mais anos de idade aumenta para 68,5 por cento. A proporção de pessoas com idade até aos 49 anos é substancialmente inferior: 7,4 por cento têm entre 15-29 anos e 24 por cento têm idades compreendidas entre os 30 e os 49 anos. A análise comparativa desta distribuição face aos dados censitários de 1991 demonstra que a população adulta (com mais de 20 anos) a residir numa família unipessoal aumentou em todos os grupos etários.
Maria João Camolas eleita Profissional do Ano pelos rotários de Palmela TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM
A
presidente da Sociedade Filarmónica Humanitária, Maria João Camolas, acaba de ser distinguida pelo Rotary Club de Palmetla com o título de Profissional do Ano. O jantar de entrega do galardão teve lugar no passado dia 20, no salão de festas da própria coletividade. A homenageada, que agradeceu a distinção, realçou que se trata de «um reconhecimento de um trabalho pessoal e coletivo enorme em prol de um projeto social, cultural e educacional ímpar na nossa região, o qual é desenvolvido na Humanitária e no Conservatório Regional de Palmela, acrescentando que representa, ainda, «uma dedicação extrema que embora voluntária exige profissionalismo, bom senso e
muita humildade». Maria João Camolas partilhou o troféu com «a família, diretores, professores, colaboradores, sócios e amigos que ousaram traçar objetivos, iniciando este brilhante percurso, movimento impulsionador na vida e história da nossa coletividade». Já João Santos, líder dos rotários palmelenses, afirma que Maria João Camolas, enquanto pre-
sidente da Humanitária, centenária e prestigiada coletividade palmelense, incutiu uma forte dinâmica de rejuvenescimento da mesma, tendo contribuído, decisivamente, para a imagem de Palmela além-fronteiras, nos domínios cultural, educacional e social, seguindo elevados padrões de profissionalismo e de qualidade, a bem da comunidade que serve».
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SOCIEDADE
População convocada a dar nova cara a Alcochete
TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM
TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
É
sob lema “A rua também é sua” que o município de Alcochete tenta “puxar” a população para que arregace as mangas dando o seu contributo à regeneração urbana, com o objetivo de reabilitar a imagem núcleo antigo da vila. A ideia é que os proprietários recuperam as casas obsoletas ou devolutas, depois da degradação ter avançado durante décadas. Estão garantidos vários benefícios fiscais a quem aderir ao desafio, como a isenção de IMI durante cinco anos ou de pagamento de taxas urbanísticas, além da redução do IVA de 6 por cento nas empreitadas, entre outras vantagens. Para te-
Talentos de peso passam pela feira do livro de Alcácer do Sal
C rem acesso aos benefícios os moradores são precisam de enviar um requerimento à autarquia manifestando a intenção de reabilitar as casas, enquanto a e edilidade se compromete a tornar o processo rápido. «Só com uma ação conjunta seremos capazes de melhorar a qualidade urbana de Alcochete», sublinha o presidente da autarquia, Luís Franco, acrescentando que deste passo dependerá a revitalização do comércio tradicional e atração de novas atividades económicas, a par de equipamentos sociais e culturais.
atarina Furtado, Catarina Beato, Andreia Vale, Maria Teresa Lopes Pereira e Conceição Marmeleira, autoras sonantes no panorama literário, partilham com o público as suas mais recentes obras na 19.ª Feira do Livro de Alcácer do Sal, na biblioteca municipal. A iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Alcácer do Sal foi ontem à noite, dia 4, inaugurada pelo presidente Vítor Proença, tendo decorrido também uma sessão de animação musical com Mendes Caffé Duo. O destaque de Catarina Furtado pertence a “O que vejo e não esqueço”, um livro autobiográfico no qual a apresentadora da RTP
conta experiências comoventes em defesa dos mais necessitados nas suas viagens como Embaixadora da Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População. Catarina Furtado vai estar em Alcácer no dia 13, às 15 horas. “Os cavaleiros de Santiago em Alcácer do Sal”, de Maria Teresa Lopes Pereira está em destaque no dia 12, às 15 horas. Esta obra tem prefácio do conceituado historiador José Mattoso que classifica a obra como “uma monografia académica“ na
qual a autora “reconstitui com alguma minúcia a história da Ordem de Santiago e sua relação com a vila e o castelo de Alcácer”. Destaque também para a presença da autora do blogue “Dias de uma Princesa”, Catarina Beato que vai estar em Alcácer também no dia 12, às 21 horas para apresentar o seu romance “Provo-te” que reflete sobre o amor. “Puxar a brasa à nossa sardinha”, da jornalista da CMTV, Andreia Vale, é outro livro que vai ser apresentado na feira do Livro no dia 11, às 18 horas. Andreia Vale partilha nesta obra a sua paixão por expressões idiomáticas. O livro infantil “O baile das vogais”, da alcacerense Conceição Marmeleira, e publicado com o apoio do município, ensina as vogais de forma divertida e também vai ser oficialmente
apresentado este domingo, às 16 horas, seguida da atuação de Susana Pedro. E este sábado, a partir das 17 horas, há uma Roda de Contos a pensar nas crianças e com a presença do contador de histórias montemorense Carlos Marques e diversos contadores locais, entre os quais Célia Assis, Rosário Vitória, Vitória Serra, Fernanda Caixas e Vítor Ramos. Além das apresentações de livros, o evento surge como «uma boa proposta» para compras de Natal. A funcionar na biblioteca local, segunda a quinta-feira, das 10 às 19 horas, e às sextas, sábados, domingos e feriado com horário de acordo com programa de atividades, a feira apresenta várias propostas literárias nas mais diversas vertentes a preços convidativos.
Município de Palmela exige a reposição e reforço do atendimento social TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM SM
U
m ano depois da suspensão do atendimento social descentralizado no concelho de Palmela, sem aviso prévio por parte do Centro Distrital de Setúbal do Instituto de Segurança Social, o município voltou a exigir a reposição e o reforço deste serviço de proximidade, essencial num território caracterizado pela sua «extensão e dispersão urbana» e com «graves limitações» ao nível do transporte público. O balanço deste período é «claramente negativo», assistindo-se a um número «crescente de situações de fragilidade social, com muitos cidadãos idosos, desempregados ou doentes a desesperarem face às dificuldades de acesso aos par-
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cos apoios a que poderiam ter direito e a verem agravada a sua situação, por não conseguirem deslocar-se à sede do Centro Distrital, em Setúbal. Cortou-se, assim, um trabalho de duas décadas no apoio e acompanhamento das famílias, com resultados de sucesso». O município insiste na «urgência» de retomar o trabalho descentralizado
junto das populações mais carenciadas, em condições de igualdade e celeridade, lembrando que a Rede Social de Palmela está a dar o máximo para não abandonar os cidadãos, mas que existem competências próprias da Segurança Social, que «devem ser assumidas rapidamente e em prol do bem-estar das pessoas».
POLITICA
Comunistas reclamam escola secundária em Quinta do Conde na Assembleia da República
O
grupo parlamentar do PCP entregou na passada semana na Assembleia da República um projeto de resolução exigindo o desenvolvimento de todos os procedimentos legais para a concretização urgente da construção da Escola Secundária na Quinta do Conde. Segundo a DORS do PCP, a oferta da rede pública ao nível do ensino secundário na freguesia da Quinta do Conde é «muito insuficiente» face ao número de jovens com idade de frequência deste nível de ensino e «não evoluiu» de molde a acompanhar a evolução demográfica que se verificou. Nos últimos anos registou-se um «crescimento demográfico assinalável» na Quinta do Conde, assim como um «elevado
índice» de juventude. Foi, inclusivamente, das freguesias do país com «maior crescimento» da população, de acordo com os dados dos Censos 2011. A única escola com ensino secundário nesta freguesia, segundo o PCP, é a secundária Michel Giacometti, que tem uma capacidade «muito limitada» no ensino secundário. «Nesta escola, somente cerca de 400 estudantes, frequentam o ensino secundário. É evidente que esta escola não tem capacidade nem condições para assegurar a frequência escolar no ensino secundário à população estudantil da freguesia», vinca o PCP. Ainda segundo os comunistas, «mais de mil estudantes são obrigados a deslocarem-se diariamente para escolas secundárias nos concelhos de Setúbal, Seixal, Barreiro, Palmela,
Almada e até Lisboa, porque na Quinta do Conde não há rede pública que responda. Diariamente, estes jovens percorrem longos percursos, com uma enorme perda de tempo associada que pode ir até a três horas por dia, com custos acrescidos para as famílias. O tempo despendido pelos estudantes nas deslocações para a escola, introduz um enorme desgaste, o que também não contribui para melhorar o sucesso escolar». O município de Sesimbra já disponibilizou um terreno para a construção da escola secundária, com 21 820 metros quadrados. Perspetiva-se uma escola com capacidade para 1 260 estudantes e 54 turmas do 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário. Em termos de oferta de escola prevê-se a existência de cursos científico-huma-
nísticos e profissionais, uma unidade de ensino estruturado e uma unidade de multideficiência. O Ministério da Educação já reconheceu a necessidade da construção da escola secundária, tendo
atribuído o desenvolvimento do projeto à Empresa Parque Escolar. O projeto foi adjudicado em Junho de 2011, sobre qual «não se conhece a evolução e a conclusão da obra estava prevista para 2013».
A comunidade educativa, a população e as autarquias dinamizaram uma nova petição, a exigir a construção urgente da secundária na Quinta do Conde. Mais de 5700 pessoas subscreveram esta petição.».
Bruno Vitorino avança com recandidatura à distrital do PSD
B
runo Vitorino anunciou esta semana a sua recandidatura à liderança do PSD de Setúbal, cujas eleições estão agendadas para este sábado, dia 5, defendendo a realização de eleições l egislativas «logo que as regras constitucionais o permitam». Bruno Vitorino também é deputado na Assembleia da República e vereador na Câmara Municipal do Barreiro. «Numa altura em que Portugal saía da maior crise económica e financeira da sua história democrática, a irresponsabilidade dos partidos da oposição deu lugar a uma crise política», afirmou. O candidato referiu que o Presidente da República foi "forçado" a dar posse a um Governo «politicamente ilegítimo e refém de uma esquerda radical e totalitária».
«O PSD deverá estar preparado para qualquer eventualidade política, pois ninguém acredita que este Governo seja credível, nem estável, nem duradouro», salientou. Em relação às eleições presidenciais de 2016, Bruno Vitorino defendeu que o distrito de Setúbal se deve mobilizar para garantir a vitória de Marcelo Rebelo de Sousa
«logo na primeira volta». «Queremos também mobilizar os militantes e simpatizantes do PSD para as eleições autárquicas de 2017, apresentando candidaturas em todos os concelhos do distrito e reforçando a presença do PSD nos órgãos autárquicos do distrito de Setúbal», conclui Bruno Vitorino.».
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LOCAL
ALMADA MUNICÍPIO MOSTRA APOSTA PARA A REGULARIZAÇÃO DAS CHEIAS O município está a participar, até este domingo, na 21.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP21), em Paris. O edil da autarquia, Joaquim Judas, está presente no evento para mostrar o projeto almadense MultiAdapt - Adaptação Multifuncional para Regulação de Cheias, Amenização Micro-Climática e Segurança Alimentar, no âmbito do Programa das Ações Transformadoras. O conceito do projeto MultiAdapt combina hortas urbanas, com bacias de retenção e a restauração ecológica de linhas de água, resultando num relevante efeito sinérgico de promoção da infiltração em profundidade, controlo de cheias e de produção hortícola biológica local, restabelecimento de continuidades ecológicas, bem como amenização dos efeitos de ilha de calor urbana. Das centenas de projetos candidatos, Almada foi uma das 20 cidades de todo o mundo escolhidas para apresentar o seu projeto de adaptação às alterações climáticas no Pavilhão das Cidades e Regiões a um conjunto de entidades internacionais. O presidente do município marcará ainda presença na Cimeira Climática para os Lideres Locais, evento coorganizado pela Câmara de Paris. Este sábado, Joaquim Judas está, também, presente na sala plenária 2 da COP 21 por ocasião do Dia de Ação, um encontro que destaca o compromisso dos Estados e dos atores não-governamentais na defesa do clima.
SANTIAGO DO CACÉM PRAIA DA COSTA DE SANTO ANDRÉ GANHA NOVO VISUAL As obras na praia da Costa de Santo André são inauguradas este sábado, a partir das 14h30, com a presença de um membro do Governo de António Costa, por confirmar à hora de fecho da nossa edição. A cerimónia começa com a receção dos convidados, seguindo-se, às 15 horas, as intervenções do dia. Usarão da palavra os presidentes do conselho de administração da Polis Litoral Sudoeste, André Barreto, e do edil de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha. A visita à intervenção, que dotou esta afamada praia do concelho, acontece meia hora depois. Às 16 horas é descerrada uma placa que assinala esta importante inauguração para a melhoria e o conforto dos utentes e turistas desta importante e bela zona balnear da nossa região. A cerimónia de inauguração das obras na praia da Costa de Santo André culmina com um Porto de Honra, que é servido a todos os convidados.
MONTIJO AFONSOEIRO QUEIXA-SE DE POLUIÇÃO AMBIENTAL A última visita do presidente do município, Nuno Canta, e dos vereadores Francisco dos Santos e Clara Silva ao território da União das Freguesias do Montijo e Afonsoeiro decorreu no passado dia 30. Os munícipes estão irritados com os maus cheiros originados por uma fábrica de reciclagem de óleos, instalada na zona industrial do Pau Queimado. Nuno Canta assegurou que «iria averiguar a situação», frisando que a responsabilidade do licenciamento industrial é do Ministério da Economia. Outro tema em destaque foram os problemas de trânsito e circulação automóvel dentro na parte antiga do Afonsoeiro, devido à falta de estacionamento e da fluência da circulação viária. O edil informou que esta questão está já em avaliação, existindo a possibilidade de um ajustamento e reordenamento da circulação automóvel em algumas ruas quer através da colocação de sinalização vertical. Também foram visitadas as obras na rua do Pinheiro, que vão permitir a criação de um novo acesso rodoviário e a consolidação da vala que se encontra naquele local. No Alto das Vinhas Grandes, foi verificada a reabilitação do polidesportivo que se encontra junto às Residências Montepio e a necessidade de intervenção nos parques infantis. No bairro do Afonsoeiro, a câmara e a junta estão a realizar uma avaliação de todos os equipamentos existentes nesta zona para avançar com obras. No bairro do Charqueirão foi avaliada a necessidade de alterar a iluminação pública na rua da Boa Esperança e na rua de Timor, no Afonsoeiro, existe, também, um problema relacionado com as árvores que têm causado danos nas casas dos moradores. As árvores serão retiradas e substituídas por outras mais pequenas.
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SESIMBRA MOSTRA DE DOCES DE NATAL SOLIDÁRIA AQUECE VILA PISCATÓRIA A Mostra de Doces de Natal, promovida pelo município, é uma das imagens de marca do programa natalício do concelho. O evento realiza-se no parque da vila, este sábado, às 15 horas, e na Fortaleza de Santiago, no dia 8, à mesma hora. A animação está a cargo da Bota Big Bang, Ecos, grupo coral A Voz do Alentejo, na Quinta do Conde, e da Anacrusa Band, Pedro Marinheiro (saxofone) e Daniel Dealunay (piano), na vila de Sesimbra. Coscorões, sonhos, fatias albardadas e azevias são algumas das especialidades que marcam presença na iniciativa, que atrai centenas de visitantes. Os doces podem ser adquiridos por um valor simbólico de 50 cêntimos. Este ano, a verba arrecadada reverte para a associação Encontra a Esperança e para a Casa do Povo de Sesimbra. Durante as mostras, os mais novos vão poder visitar a Casa do Pai Natal, e deixar a sua carta no marco de correio do Polo Norte. O Pai Natal, uma das mais populares figuras desta quadra, que tem nas crianças os seus maiores admiradores, vai estar acompanhado pelos seus simpáticos ajudantes.
GRÂNDOLA PROGRAMA RECHEADO DÁ AS BOAS VINDAS AO NATAL
SEIXAL DESCENTRALIZAR A ARTE DE REPRESENTAÇÃO A TODA A POPULAÇÃO Até ao dia 12 de dezembro, a arte da representação vai chegar a vários palcos do concelho do Seixal, através de mais uma edição do Festival de Teatro. Um dos principais objetivos deste evento é a aposta na descentralização para levar o teatro a toda a população. O Festival de Teatro é um evento abrangente que acolhe atores e grupos consagrados, bem como grupos do concelho que, embora amadores, contam já com uma vasta carreira artística. Na edição deste ano são 9 as peças a que o público vai poder assistir. Neste momento ainda é possível ver 4 dessas peças. O festival promove géneros teatrais como o drama, os monólogos e a comédia, onde os atores dão vida a personagens que retratam o dia-a-dia das pessoas, com as suas tragédias e alegrias. Este sábado, às 16h30, sobe ao palco “A Minha Escola”, pelo projeto (Des)dramatizar, no cinema S. Vicente. No dia 11, às 21h30, vai à cena “Guerra É Guerra”, peloTeatro Extremo, no Clube Recreativo da Cruz de Pau. E no dia 12, às 21h30, “Ana Bola sem Filtro”, fecha o certame, no auditório municipal do Fórum Cultural do Seixal.
A chegada do Pai Natal à vila está prevista para as 15 horas. Há lançamento de neve e os espetáculos “Natal Encantado”, pela Associação Remédios do Riso, e dança, pelas crianças da Ludoteca. Durante a tarde decorre ainda o mercadinho de Natal. A emblemática praça da República que, até ao dia de Reis, será a Praça do Natal, conta com a casa do Pai Natal, a Árvore da Alegria e muita animação para os mais novos. Além deste sábado, também vai haver animação a 12 e 19 de dezembro. Para celebrar a época natalícia, o município procedeu à iluminação alusiva ao Natal dos principais pontos da vila, como o edifício dos Paços do Concelho, o coreto e o jardim principal da vila. Nas principais vias de comércio tradicional foram colocadas decorações iluminadas e som ambiente, e na praça Catarina Eufémia, no centro, foi colocada uma árvore de Natal iluminada com 10 metros de altura. Também a praça D. Jorge, no centro tradicional, está iluminada no âmbito da colaboração do município com a Junta de Freguesia de Grândola e Santa Margarida da Serra. Ao longo do mês decorrem os tradicionais concertos de Natal em todas as freguesias do concelho e festas e atividades solidárias promovidas pelo movimento associativo. Para o edil, Figueira Mendes, «em tempos difíceis como aqueles que se vivem, a iniciativa Natal em Grândola visa sobretudo celebrar e tornar esta quadra mais alegre e contribuir para a dinamização e revitalização do nosso comércio tradicional». As iluminações de Natal são inauguradas este sábado e desligadas à meia-noite de 6 de janeiro.
LOCAL
ALCÁCER DO SAL INCENTIVOS AO COMÉRCIO TRADICIONAL COM MUITA ANIMAÇÃO O município, com o apoio da União das Freguesias de Alcácer do Sal e de Santa Susana, desenvolve, até ao dia 6 de janeiro, o programa “Comércio Local, a sua escolha neste Natal” para animar a cidade e incentivar a população a fazer as suas compras de natal no comércio tradicional. Estão previstas diversas atividades nas principais artérias da cidade, tais como um carrossel infantil gratuito no Largo Luís de Camões e insufláveis para crianças, além de animação, música e ações desportivas a cargo de associações do concelho, entre as quais Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba, Vera Letras, Projeto Sempre em Forma, Núcleo do Sul da Liga Portuguesa Contra o Cancro - delegação de Alcácer, Sociedade Visconde de Alcácer, Escola de Karaté Shotokai Murakami-Kai e coro da Universidade Sénior. A par deste programa a autarquia instalou iluminação de natal nas principais ruas, nomeadamente na Av.ª dos Aviadores, Av.ª Soares Branco, largo Visconde, rua Manuel Bombarda, rua Direita, rotunda Norte, rotunda 25 de abril (onde está uma árvore de natal com 16 metros de altura), rotunda Sul, ponte rodoviária, ponte pedonal, dos Açougues (com uma árvore de natal com 6 metros de altura), rua José Cupido, mercado municipal, edifício da Câmara, edifício dos Serviços Técnicos, estrela gigante nas muralhas do Castelo e Torre do Relógio. No Torrão, há carrossel gratuito no jardim do coreto.
SETÚBAL BOCAGE COM ATIVIDADES EM DEZEMBRO As comemorações dos 250 Anos do Nascimento de Bocage, iniciativa de âmbito internacional, promovem três atividades em dezembro. O programa, arquitetado pela Câmara Municipal de Setúbal e por uma comissão científica presidida por Daniel Pires, apresenta o recital dramatizado “Aquele canta e ri; não se embaraça.”, do projeto GoG, com encenação de Carlos Curto, este sábado, dia 5, às 21 horas, na Casa da Cultura. Segue-se a conferência “O Mundo Europeu de Bocage: das Luzes à Revolução Francesa”, por Viriato Soromenho-Marques, no dia 15, às 18h30, na Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa. A terceira atividade de dezembro das Comemorações dos 250 Anos do Nascimento de Bocage, programa a decorrer ao longo de um ano, é a cerimónia de entrega de distinções do Prémio de Poesia Popular António Maria Eusébio “O Calafate”, evento da Universidade Sénior de Setúbal, a realizar no dia 18, às 21 horas, na Galeria Municipal do Banco de Portugal.
PALMELA ESPAÇO DO CIDADÃO INAUGURA NO DIA 8 PARA SERVIR A COMUNIDADE O município de Palmela inaugura o “Espaço Cidadão – Serviço de Apoio à Comunidade”, no próximo dia 8 de dezembro, a partir das 15 horas. Localizado em pleno coração do centro histórico da vila, junto ao mercado municipal, o Espaço Cidadão vai acolher todos os serviços públicos prestados pela Junta de Freguesia de Palmela e serviços de proximidade, como aconselhamento e apoio jurídico, e contará, também, com áreas polivalentes para a dinamização de atividades culturais e educativas, abertas às instituições locais, ao movimento associativo e à população, em geral. Além dos serviços a prestar, a própria recuperação deste conjunto edificado vem contribuir, fortemente, para a valorização e qualificação do entro histórico. Testemunha de muitos séculos de ocupação humana, por diversas culturas, este edifício exibe elementos arquitetónicos de grande valor e contará, também, com uma exposição permanente de espólio arqueológico recuperado na sequência das campanhas de escavações realizadas no local e na proximidade.
ALCOCHETE CÂMARA PROCURA FOTOS DE EVENTOS PARA VÍDEO SOBRE COMEMORAÇÕES DOS 500 ANOS DO FORAL A Câmara Municipal de Alcochete está a preparar o encerramento das comemorações dos 500 anos do Foral de Alcochete e pede a colaboração de todos os munícipes para que possam, na sessão solene do próximo dia 16 de janeiro de 2016, realizar uma retrospetiva de todas as iniciativas que contribuíram para o êxito desta programação. Desta forma, a autarquia alcochetense apela a todos os munícipes que tenham registos fotográficos dos espetáculos, exposições, palestras, animações ou de outras iniciativas que deram corpo a esta programação que enviem para o setor de Comunicação e Imagem, através do endereço eletrónico dataec.sci@cm-alcochete.pt. As imagens enviadas serão posteriormente selecionadas para integrar um conteúdo multimédia a ser apresentado na cerimónia de encerramento. «A colaboração de todos é fundamental para reunir memórias que são parte da história e identidade locais», vinca fonte da autarquia alcochetense.
MOITA ARTES E TALENTOS INVADEM O MERCADO MUNICIPAL O mercado municipal da Moita acolhe este sábado, das 9 às 13h30, a feira Artes e Talentos – Especial Natal 2015. O evento repete-se a 12 e 19 de dezembro, à mesma hora. Trata-se de uma oportunidade para oferecer peças diferentes e originais, de artesanato, aos seus familiares e amigos neste Natal, longe das confusões das compras nas grandes superfícies comerciais. A iniciativa “Artes e Talentos” da Câmara Municipal da Moita decorre no âmbito do Programa de Dinamização e Animação do Mercado Municipal da Moita e destina-se a promover e valorizar a atividade desenvolvida pelos artesãos do concelho. Os interessados em participar na feira devem solicitar mais informações através do endereço: pav.mun.exposicoes@mail.cm-moita.pt ou do telefone 210 816 914. Simultaneamente, nas manhãs deste sábado, e nos próximos dias 12 e 19 de dezembro, haverá animação infantil de Natal, nos mercados municipais da Moita e da Baixa da Banheira.
SINES CIDADE DOS AFETOS PROMOVE ESTILOS DE VIDA SAUDÁVEIS A Câmara aderiu ao projeto Cidade dos Afetos, que pretende mobilizar toda a comunidade para o desenvolvimento de atividades que apliquem a componente afetiva, de modo a preservar o bem-estar e os estilos de vida saudáveis, particularmente em contexto escolar. A adesão foi formalizada no II Encontro de Unidades de Saúde Públicas Geminadas, que decorreu na Casa do Médico, no dia 26 de novembro. Este projeto teve origem no Barreiro, no ano letivo de 2009/10, e estendeu-se aos concelhos do Agrupamento de Centros de Saúde Oeste Norte e do Agrupamento de Centros de Saúde Arco Ribeirinho. O projeto chegou a Sines por iniciativa da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, através da Unidade de Saúde Pública, contando também com o apoio da Unidade de Cuidados na Comunidade de Sines. A promoção do bem-estar em ambiente escolar, com enfoque na importância dos afetos e do desenvolvimento de competências afetivas e emocionais, é o principal objetivo do projeto, que usa a maçã como símbolo e segue o lema “Escola de afetos. Escola de sucesso”. Além da autarquia, que desde a primeira hora abraçou o projeto, o mesmo conta já com a participação do Agrupamento de Escolas de Sines e da Escola Secundária Poeta Al Berto, que, no âmbito do Encontro de USP Geminadas apresentaram as suas propostas de atividades a realizar em 2016. Estas atividades serão realizadas, maioritariamente, em meio escolar, mas pretende-se que se estendam também à comunidade em geral.
BARREIRO CIDADE ACOLHE UM DOS FESTIVAIS MAIS CARISMÁTICOS DA EUROPA O Festival Barreiro Rocks 2000-2015 decorre este fim-de-semana com muita música e animação para todos. Este ano esta edição comemora o seu 15.º aniversário. São três dias de concertos, exposições e cinema, no Barreiro, até este domingo. O documentário “Barreiro Rocks”, realizado por Eduardo Morais, foi apresentado, pela primeira vez, em televisão no canal 180, na noite de 1 de dezembro. O festival decorre em três diferentes palcos, nomeadamente no Ferroviários & #PartyFiesta – Grupo Desportivo “Os Ferroviários do Barreiro”; Escola Conde de Ferreira – Centro de Produção Artística e Associação Desenvolvimento Artes e Ofícios. O “Barreiro Rocks” é apoiado pelo município e é programado e produzido pela Hey, Pachuco! Associação Cultural, entidade distinguida com o galardão “Barreiro Reconhecido – Arte e Cultura” em 2014. Realizado no Barreiro desde 2000, é considerado um dos festivais «mais carismáticos da Europa». Os ingressos rondam entre os 10 e os 20 euros. O passe, para os três dias, custa 30 euros. A exposição coletiva “Barreiro Rocks 2000-2015” pode ser apreciada, até este domingo, na Associação Desenvolvimento Artes e Ofícios. O orçamento do município ultrapassa os 44 milhões de euros, dos quais 7 milhões destinam-se aos investimentos.
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DELEGAÇÃO PORTUGUESA, LIDERADA PELO TURISMO DO ALENTEJO, EFUSIVAMENTE APLAUDIDA NA ASSEMBLEIA DA UNESCO, EM WINDHOEK, NAMÍBIA.
Um chocalhar português para todo o mundo O fabrico do chocalho está, a partir de terça-feira, salvaguardado pela UNESCO. A candidatura promovida pela entidade regional de turismo do Alentejo foi aprovada sem mácula, numa tarde em que se soltaram os sons daquele tradicional artefacto português e, com eles, as lágrimas de alguns dos promotores. TEXTO RAUL TAVARES IMAGEM SM
O
chocalho português e o seu fabrico têm agora as portas do mundo escancaradas para se revitalizarem, depois de se terem tornado, terça-feira, em Windhoek, capital da Nabímia, Património Imaterial da Humanidade com Salvaguarda Urgente. A candidatura portuguesa, liderada pela entidade regional de turismo do Alentejo, em parceria com a Câmara de Viana do Alentejo e pela Junta de Freguesia de Alcácovas, considerada mesmo a capital da arte chocalheira em Portugal, foi aprovada sem mácula e considerada mesmo «modelo e exemplar» pela presidente do Comité da Unesco, Trudie Amulungu. Momentos antes, alguns membros da delegação portuguesa não escondiam um certo nervoso, sobretudo, perante as discussões que se geraram à volta de candidaturas oriundas da Colômbia e da Mongólia, que acabaram por passar no fim da navalha, e do Egipto, que ficou mesmo pelo caminho. «Algumas delegações estão a ser muito minuciosas, fizeram o trabalho de casa, mas estou confiante», confessava ao Semmais, o professor Jorge Freitas Branco, um dos elementos que fez parte da comissão cientifica da candidatura alentejana. Mas, quando subiu ao plenário, o dossier português não demorou mais que cinco minutos em debate, recolhendo palavras de aceitação e reconhecimento. Logo de seguida, como que numa explosão de emoções contidas, soaram os sons do choca-
lho, os abraços e as lágrimas, contagiando uma parte significativa das delegações estrangeiras, apanhadas de surpresa pela manifestação efusiva dos portugueses. «Hoje é um dia feliz para Portugal, para os portugueses e para a região do Alentejo», proclamou a embaixadora portuguesa na Namíbia, Helena Paiva que, mais tarde, já refeita da «grande emoção» que diz ter sentido, manifestou-se surpreendida com o «conhecimento técnico» relevado na candidatura. «Não sei se reparou na formulação errónea e erros crassos na preparação, mesmo processual, de alguns outros dossiers aqui trazidos. É um orgulho saber que a nossa foi considerada exemplar, aprovada em dois minutos e sem contestação de ninguém. É um grande dia», afirmou. Também a feliz coincidência da 10.ª Sessão do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da Humanidade ter-se realizado na Namíbia, em África, foi lembrada pela diplomata à reportagem do Semmais: «É um continente com o qual temos grandes ligações, e sobretudo num país que tem uma cultura do mundo rural muito forte. Estes chocalhos foram um sucesso, toda a gente estava a perguntar onde se podiam comprar. Não há nenhum namibiano que não tenha gado. Estamos a falar de um país com 2,1 milhões de habitantes e 5 milhões de cabeças de gado, portanto podem ser 5 milhões de chocalhos». Ainda nada refeito da forma «distinta» como o plenário da Unesco recebeu e aprovou a candidatura do fabrico de chocalhos, o instrumento sonoro na transumância de rebanhos, An-
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tónio Ceia da Silva, presidente da entidade regional de turismo do Alentejo, que liderou a candidatura disse ter sido «uma grande vitória para o Alentejo, para as suas tradições, num contexto de valorização do nosso território, das suas gentes, tradições e culturas, que fazem parte do nosso plano estratégico». O facto de o comité de avaliação da Unesco ter considerado a candidatura portuguesa como modelar, foi igualmente destacado por Ceia da Silva que quer agora fazer com que esta distinção, tal como o Cante alentejano, elevado a património da humanidade em 2014, possam contribuir para acentuar o destino turístico do Alentejo. «Temos hoje um perfil de turista exigente, que procura os valores diferenciadores em cada território. Estas con-
O QUE SIGNIFICA A CHANCELA DA UNESCO A inscrição do fabrico de chocalhos na Lista do património Imaterial com necessidade de salvaguarda urgente implica um conjunto de responsabilidades, tendo por base o perigo de extinção da atividade. Está em causa, no fundo, garantir a transmissão do saber-fazer e a sustentabilidade desta atividade ancestral no futuro. Uma das variáveis agora a implementar tem a ver com o ensino do oficio, que é também praticado, para além do concelho de Viana do Alentejo, em Estremoz e Reguengos de Monsaraz. Na forja está um protocolo a celebrar brevemente com o estabelecimento prisional de Beja. «Está em fase adiantada, e a ideia é incluir nas rotinas dos reclusos esta atividade, ministrada por um mestre do ofício que lhes dará essa formação», explicou Bernardino Bengalinha, o edil de Viana do Alentejo. Outras ideias a implementar passam pela criação de um centro de pastorícia e da metalurgia tradicional, em Alcáçovas, o centro nevrálgico desta aticidade no país. Encorajar e criar viabilidade económica, promover a sua orientação jurídica e incentivar a investigação académica, constituem outros pontos-chave para a preservação da atividade no futuro.
PROMOÇÃO COM O “CHAPÉU” TURÍSTICO COMO FATOR DE SUSTENTABILIDADE?
quistas são decisivas para esse projeto e para esse caminho de marca», disse. Autarcas de Viana do Alentejo nas nuvens Ao rubro estiveram os dois autarcas presentes na comitiva alentejana. O presidente da Câmara de Viana do Alentejo, Bernardino Bengalinha, e Sara Pajote, presidente da Junta de Alcácovas, considerada a capital da arte chocalheira em Portugal. Emocionado, Bernardino Bengalinha confessou ter aliviado «uma tensão» que se vinha a acumular desde a véspera. «É o fim de uma grande ansiedade, e saber que esta decisão foi tomada desta forma, sem nenhum reparo em pouco mais de dois minutos, é de uma enorme satisfação. Estamos todos de parabéns, porque se tratou de uma candidatura exemplar», afirmou. Ainda com o lacrimejar nos olhos, Sara Pajote, lembrou que se trata de o culminar de um trabalho que envolveu muito empenho de muita gente: «Hoje foi o primeiro dia do resto das nossas vidas. Um começo e uma grande responsabilidade, pois cabe-nos agora pegar nesta grande riqueza que os nossos antepassados nos deixaram e não mais deixarmos morrer esta atividade, que faz parte da nossa identidade». As duas autarquias, que foram os principais parceiros da
turismo do Alentejo nesta cruzada, não quiseram deixar de lembrar os chocalheiros, porque, frisou Bernardino Bengalinha, «nada teria sido possível sem a sua arte e persistência». Agora, é preciso «encontrar soluções para dinamizar e impulsionar a atividade, procurando que esta se mantenha, como até aqui, por muitas gerações», salientou Sara Pajote. Já Paulo Lima, o antropólogo que foi responsável pela elaboração da candidatura, tal como acontecera com a do Cante Alentejano, o ano passado, em Paris, quis partilhar os louros da ideia e do seu desenvolvimento com Ana pagará, a especialista que, segundo o investigador, consultou «milhares de documentos», bem como com o resto da sua equipa. Lembrou também que nada teria sido possível sem o envolvimento institucional da Entidade Regional de Turismo do Alentejo, bem como do município de Viana e da junta de freguesia de Alcáçovas que, disse, «perceberam a importância da nossa proposta». «Este processo não se resume ao instrumento em si, mas sobretudo pelo que o mesmo representa na cultura local, pelo que a sua preservação e salvaguarda são fundamentais» acrescentou ainda Paulo lima. Outro investigador que desempenhou um papel fundamental para a construção cientifica do projeto foi o antropólogo
Um dos pontos que poderia suscitar alguma discussão na avaliação do processo, radicava no «cuidado especial», plasmado na decisão do Comité da Unesco, relativo a uma “excessiva exploração turística do bem”. O comité alertou para a necessidade de “evitar possíveis consequências não intencionais» do plano de salvaguarda pelo desenvolvimento deste cluster. O ponto alegadamente critico não fez qualquer mossa do ponto de vista da elevação deste ‘elemento’ a património imaterial da humanidade com salvaguarda urgente, mas ficou o pressuposto em cima da mesa. Ceia da silva e até Vítor Costa, da Agência para a Promoção Turística do Alentejo, não têm duvidas que o fator turístico é decisivo no ponto de vista da sustentabilidade económica e da preservação da atividade. «Hoje ir ao Alentejo e achar que não há nada para fazer já é um mito. », afirma Vítor Silva ao Semmais. O dirigente lembra, aliás, que do ponto de vista da estratégia turística, «é vital que se venda uma identidade e uma região com as suas especificidades e diferenciação». Por seu turno Ceia da Silva, salienta que todos estes sub-produtos inscritos no cluster turístico da região, são também «alavancas imprescindíveis pada as economias locais. Não há turismo sem produto, mas também, no caso da nossa região não há sustentabilidade sem turismo«, afirmou. Pelo contrário, alinhando com os alertas do comité da Unesco, alguns especialistas consideram que «muitas vezes a exploração turística pode ser prejudicial à perpetuidade de certos bens e culturas, tal como lembrou ao PUBLICO, Paulo Ferreira da Costa, do ministério dos negócios estrangeiros. O mesmo responsável, contudo, declarou a necessidade de haver “um grande equilíbrio entre a promoção turística e as utilizações que possam preservar e dar continuidade à função social e cultural» deste tipo de bens, como é o caso da arte chocalheira.
Jorge Freitas Branco, que também integrou a comitiva portuguesa em Windhoek, já que foi orientador do primeiro doutoramento sobre o tema. Com a elevação esta terça-feira do fabrico do chocalho e, em 2014, do Cante Alentejano, ambos no registo do património imaterial da humanidade – sem que esta é a primeira distinção portuguesa no elemento imaterial de salvaguarda urgente – a que se juntam o Centro Histórico de Évora, em 1996, e as Fortificações de Elvas, em 2012 - estes dois últimos na área do património natural da humanidade -, a região do Alentejo é a que mais património inscreve na Unesco em termos nacionais.
JÁ SE CHOCALHAVA HÁ DOIS MIL ANOS Segundo o dossier da candidatura, a arte chocalheira tem mais de dois mil anos de atividade, sendo possível encontrar chocalhos celtibéricos do seculo 1 a.C, idênticos aos fabricados na atualidade. «A ameaça de extinção é real, uma vez que a maior parte dos chocalheiros abandonaram a atividade por falta de viabilidade económica, e não tem havido renovação geracional. Todavia, segundo os autarcas presentes na capital da Namíbia, na freguesia da Alcáçovas tem havido um incremento do setor, com a entrada em atividade de dois mestres na casa dos 30 anos, que abriram uma nova fábrica-oficina de chocalhos e um novo esquilaneiro, este último com a produzir esquilas e esquilões, sucedâneos do instrumento mais conhecido daquela zona, precioso auxiliar na atividade rural da transumância de rebanhos, e agora guindado à escala mundial.
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NEGÓCIOS DO SONHO À REALIDADE: JÁ FOI INAUGURADA A QINTA DA SERRALHEIRA
Quinta da Serralheira já tem espaço próprio em Palmela Em 2014 foi dado o passo que iria definir o futuro da Quinta da Serralheira: a recuperação e reconversão dos espaços de uma Quinta que tinha atividade extinta, de áreas excelentes mas em mau estado e ali, bem perto de Palmela, no coração da região da Península de Setúbal. No passado dia 21, a obra foi apresentada em festa à comunicação social, amigos e clientes.
TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM
O
s vinhos Damasceno e Nocturno já tinham o reconhecimento público e clientes fidelizados, mas não tinham um espaço só deles, para se darem a conhecer, serem apresentados, provados e vendidos. No passado dia 21 de novembro abriram-se as portas da renovada Quinta da Serralheira, totalmente (ou quase) recuperada e reconvertida em espaços onde predomina o bom gosto, com detalhes retro-chique, e o recurso a materiais que se fundem com a natureza envolvente. «A Quinta da Serralheira nasceu da necessidade de materializar um projeto que, desde o início, não tinha casa própria. A empresa utilizou uma Quinta cuja atividade anterior se encontrava extinta e, em setembro de 2014, deu início a um ambicioso projeto de recuperação e reconversão de um espaço a poucos minutos do centro da vila de Palmela. A quinta, além de uma vinha com cerca de 2,5 hectares, conta com um espaço para eventos, um centro de estágio de barricas e um espaço onde funciona a loja de vinhos e toda a área administrativa e operacional da empresa», afirmou Lício Cardoso, responsável comercial da empresa.
O projeto começou em 2011 com a aquisição das várias propriedades e a reconversão das vinhas existentes. Em 2014, deu-se início à recuperação da Quinta da Serralheira, tendo a primeira fase da obra sido concluída Março de 2015. As instalações recentemente inauguradas são, então, compostas por um espaço para a realização de eventos, com capacidade máxima para 150 pessoas; uma loja onde o visitante poderá adquirir os vinhos e produtos da Quinta da Serralheira, bem como produtos regionais, sendo um espaço intimista para ações de prova, workshops e degustações; e um edifício destinado à área administrativa. O próximo passo será a construção da adega, cuja precisão de conclusão das obras está prevista para 2017. Nocturno e Damasceno: a qualidade em cada garrafa! A Quinta da Serralheira produz duas gamas de vinhos: Nocturno e Damasceno. Os vinhos Nocturno têm a particularidade de serem provenientes de colheita noturna e destinam-se a um público mais jovem, cosmopolita, proporcionando momentos ímpares entre animadas conversas ou a acompanhar saborosas e delicadas refeições. São vinhos aromáticos e frescos, de grande equilíbrio e harmonioso final de boca. O Nocturno
branco é proveniente das castas Moscatel e Fernão Pires, já o Nocturno tinto resulta das castas Syrah, Castelão e Touriga Nacional. «A gama Nocturno deverá crescer nos próximos anos e esperamos apresentar num futuro próximo um rosé e um tinto Reserva», garante Lício Cardoso. São produzidas atualmente cerca de 60 mil garrafas, podendo ser encontradas no mercado nacional a 3,99 Euros. A gama Damasceno foi criada a pensar nos apreciadores mais exigentes a nível nacional e internacional. É composta por um branco produzido das castas Chardonnay, Verdelho e Fernão Pires; um tinto elaborado a partir de Merlot, Syrah e Cabernet Sauvignon; e um tinto Reserva re-
sultado das castas Touriga Nacional e Syrah. São vinhos elegantes e de grande complexidade, perfeitos para refeições mais elaboradas e requintadas. Entre as três referências Damasceno, foram produzidas 40 mil garrafas, que podem ser adquiridas a 5,85€ (branco), 7,99€ (tinto), e a 14,99€ (tinto reserva). 26 hectares de vinhas próprias Todos os vinhos da Quinta da Serralheira resultam da colheita das uvas plantadas nos 26 hectares de vinhas próprias onde predominam principalmente as castas brancas (70 por cento contra 30 por cento de castas tintas). Nas castas brancas destacam-se Moscatel Graúdo, Arinto, Fernão
Pires, Chardonnay, Verdelho, Antão Vaz e Viognier; já nas tintas a seleção recaiu sobre as castas Alicante Bouchet, Merlot, Touriga Nacional, Castelão, Syrah e Cabernet Sauvignon. Os vinhos passam por um estágio em barrica e outro em garrafa antes de serem introduzidos no mercado. Nuno Cancela de Abreu é o enólogo consultor. «Embora o projeto inicial não contemplasse a construção de adega própria, facto é que o aumento das vendas verificado nos últimos anos fez com que o cenário se alterasse. Atualmente a vinificação é feita em Catralvos assim como estágio de toda a nossa produção». Destacou o responsável comercial da Quinta da Serralheira, acrescentando que: «A Quinta da Serralheira, enquanto produtor da Península de Setúbal, tem como objetivo primordial criar vinhos de elevada qualidade e de perfil internacional. No contexto nacional, definimo-nos como um pequeno produtor cuja ambição passa por crescer de forma sustentada num mercado cada vez mais competitivo». De facto, desde sempre que este produtor se destacou pela qualidade dos vinhos apresentados, missão que assume em cada detalhe. Os vinhos da Quinta da Serralheira obedecem aos mais exigentes parâmetros. Prova disso são os, já muitos, prémios e distinções nacionais e internacionais conquistadas mas, acima de tudo, a crescente fidelização dos clientes. Em Portugal, os vinhos Nocturno e Damasceno vão conquistando cada vez mais clientes. De forma a consolidar o projeto, o principal desafio passa pela aposta no mercado externo como factor de crescimento das vendas: Suíça, Brasil, Reino Unido, Alemanha, Japão, Bélgica, Holanda e, mais recentemente, os Emirados Árabes Unidos são alguns dos países onde estão presentes. O objetivo é «crescer sustentadamente», garantem.
Embaixador da República da Coreia visitou o porto de Sines TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM
O
porto de Sines recebeu, no passado dia 2 de dezembro, a visita do embaixador da República da Coreia em Portugal, Lee Yoon, que pretendeu aferir das potencialidades económicas do porto e da zona industrial e logística de Sines.
No decorrer da visita, também acompanhada pelo presidente da AICEP Global Parques, Francisco Mendes Palma, o presidente da APS, João Franco, apresentou os principais fatores de competitividade do porto, dando especial destaque aos terminais especializados preparados para receber e operar todos os tipos de navios e cargas assim como à localização geoestratégi-
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ca do porto de Sines, que o torna num excelente ponto de entrada na Europa. As características do porto, aliadas às condições ímpares oferecidas pela ZILS – Zona Industrial e Logística de Sines foram os atributos apresentados ao diplomata, visando criar sinergias que fomentem o desenvolvimento de relações comerciais entre os dois países.
NEGÓCIOS VENÂNCIO DA COSTA LIMA MODERNIZA-SE PARA ACOMPANHAR O EXIGENTE MERCADO VINÍCOLA
Adega de Quinta do Anjo cria loja de vinhos, espaço de eventos e implementa o enoturismo A adega Venâncio do Costa Lima, em Quinta do Anjo, está irreconhecível graças a uma requalificação superior a 2 milhões de euros. Além de novas instalações, a adega conta com a sua primeira loja oficial de vinhos, dispõe de enoturismo e de espaço para eventos. Este Natal é lançado o primeiro Moscatel Roxo da casa. E é caso para dizer, a VCL já não comercializa apenas os seus afamados vinhos. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM
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Adega Venâncio da Costa Lima, localizada em Quinta do Anjo, está de ‘cara lavada’ para melhor servir os seus clientes e turistas. O investimento nas novas instalações é superior a 2 milhões de euros e houve ajuda comunitária. «Esta adega, com 100 anos de atividade, não tinha um espaço ainda onde pudesse ter expostos e à venda todos os seus produtos, alguns dos quais não existem na grande distribuição. É o primeiro espaço oficial, muito agradável, onde os clientes podem ver as primeiras colheitas e as mais antigas. Temos cá, por exemplo, o Moscatel do Centenário, que não é muito comum encontrar-se à venda nas grandes superfícies. Isto sem falar no acompanhamento profissional de uma técnica formada em turismo que faz a componente da loja e do enoturismo», argumenta Joana Vida, responsável pelo Marketing e Comunicação. A loja está aberta todos os dias, à exceção do domingo O enoturista consegue fazer o percurso completo A aposta no Enoturismo é outra novidade da VCL. É encarado como um complemento «à nossa atividade, muito importante, com um crescimento acentuado», sublinha Joana Vida, que acrescenta que a região optou por «colocar o vinho e o Enoturismo como um dos pilares do turismo e isso, como produtores de vinho, é muito importante para nós. O vinho e a produção do vinho sempre fizeram
parte da nossa cultura. Desde há muito que detetámos esta falta e investimos, agora, com mais força, porque já temos melhores condições para receber o enoturista. Foi contratada uma profissional, na área do turismo, para o acolhimento, visita do turista e prova de vinhos que termina na adega velha». Joana Vida revela que a profissional Rita Camolas explica aos turistas todo o processo de produção do vinho, ou seja, «todos os passos
por onde a uva passa até se transformar em vinho. A pessoa fica a conhecer a adega, os vinhos e o seu processo de fabrico. Nem todas as adegas, na sua vertente enoturística, fazem este processo. Além da zona de vinificação, temos também nas nossas instalações a adega velha. Conseguimos juntar tudo aqui. O enoturista consegue fazer o circuito completo. Além isso, simplificamos o modo de visita, sendo que não é necessário marcações
com antecedência. Temos visitas às 11 e às 16 horas. Basta aparecer, mas, para provar vinhos com enchidos, queijos ou doces é necessário fazer reserva com um dia de antecedência».
Pela sala de eventos, que funciona na velha adega, já passaram mais de 300 pessoas que ali realizaram as suas festas. «É um espaço, com capacidade para 120 pessoas, que mantém a traça original da antiga adega e que inclui os velhos alambiques, onde se fabricava a aguardente. Todo o tipo de festas pode-se aqui realizar, num ambiente original. Também somos flexíveis nos preços. Já não vendemos só vinhos. Além de vendermos vinhos, temos uma história para contar e uma adega para visitar. Queremos, sobretudo, acompanhar o mercado. É fundamental esta empresa familiar acompanhar o mercado global. A única maneira de nos mantermos no mercado é atualizarmo-nos», sublinha Joana Vida.
CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL NOTÁRIA MARIA TERESA OLIVEIRA Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em Setúbal
MOSCATEL ROXO FAZ A SUA ESTREIA NA VCL O Moscatel Roxo, que se junta a uma vasta gama de produtos para todas as bolsas e para várias ocasiões, vai estrear-se na próxima semana na VCL. «É um produto que vai estar disponível em exclusivo na nossa loja na adega, durante este Natal, das 9 às 19 horas, nos dias úteis, e das 9 às 13 e das 15 às 19 horas, aos sábados», sublinha Joana Vida, que acrescenta que o preço do Moscatel Roxo está fixado nos 15 euros. «A colheita é de 2012. É um Moscatel que está muito bom e com uma imagem muito bonita. Era um produto que não tínhamos e que nos fazia falta. Temos excelentes moscatéis de Setúbal mas não tínhamos o Roxo. As uvas são oriundas de vinhas localizadas no Lau. O primeiro lançamento vai ser apenas com duas mil garrafas».
Certifico, para efeitos de publicação que no dia vinte e sete de novembro de dois mil e quinze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 108 do livro 287 – A, de escrituras diversas, na qual: Cidália Maria Pereira Martins, viúva, residente na Rua dos Combatentes, n.º 20, Santo Ovídio, Faralhão em Setúbal, contribuinte número 128944552 e Sílvia Maria Pereira Martins, divorciada, residente na Rua dos Combatentes, n.º 20, Santo Ovídio, Faralhão em Setúbal, contribuinte número 196387906 e Sónia Maria Pereira Martins, divorciada, residente na Rua dos Combatentes, n.º 20, Santo Ovídio, Faralhão em Setúbal, contribuinte número 221454810, justificaram a posse em comum e sem determinação de parte ou direito, invocando a usucapião, do seguinte imóvel: Prédio urbano composto de lote de terreno para construção urbana, designada por Lote 14, sito em Santo Ovídio, freguesia do Sado, concelho de Setúbal, descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob o número novecentos e noventa e sete, da mencionada freguesia, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2111. Está conforme. Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 27 de Novembro de 2015. A Notária, Maria Teresa Oliveira Com registada sob o número 1879
ARESTAURANTE CASA SETÚBAL DO PEIXE PORTUGAL
RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167 SEMMAIS | SÁBADO | 5 DE DEZEMBRO | 2015 | 11
CULTURA DEPOIS DE TER FEITO CARREIRA NA “BARRACA”, EM LISBOA
Gato leva “Vai Vem” a festival de teatro iberoamericano MÍMICA ESTÁ NA GÉNESE DA ATIVIDADE DO GATO
A produção de teatro físico “Vai Vem” ainda não ganhou prémios, mas bem merece. A produção do Gato vai estar no XV Festival de Teatro Iberoamericano, na Colômbia, o que, na opinião do seu diretor, é o maior prémio que o grupo pode receber.
TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM
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peça “Vai Vem”, que tem como tema a migração, passou por Setúbal, no passado dia 27 de novembro. Com encenação do colombiano Juan Carlos Agudelo e produção da Gato SA, o espetáculo conta a história de quatro personagens que naufragaram em alto mar. A peça, com dramaturgia de Ángela Valderrama, é protagonizada por Helena Rosa, Marina Leonar-
do, Raúl Oliveira e Tomás Porto, e tem a particularidade de se desenrolar em palco sem palavras, ou seja, apenas com mímica, sons e melodias de encantar, isto, sem contar, com as excelentes interpretações. É mesmo de arrepiar. Esta produção, de teatro físico, teve uma antestreia, no mês de Abril, em Santo André, e estreou depois no Teatro A Barraca, em Lisboa, a convite da atriz Maria do Céu Guerra, tendo ficado em cena duas semanas. “Vai Vem” irá participar
no XV Festival Iberoamericano de Teatro de Bogotá, o «maior prémio que podíamos receber», regozija-se Mário Primo, o diretor da companhia. «É talvez o maior festival do mundo, pela sua dimensão e prestígio e pelo conjunto extraordinário de companhias que recebe», opina o diretor, que acrescenta: «Seremos a única companhia portuguesa convidada, entre 27 países dos cinco continentes, a participar nesta edição que envolve 30 salas de espetáculos e mais 13 es-
paços não convencionais. Um evento com uma logística extraordinária que estou certo será um marco muito importante na já longa vida deste grupo de teatro e uma oportunidade de crescimento artístico e de representação nacional que assumimos com muito orgulho». O convite para “Vai Vem” participar neste festival deveu-se «aos “bons ofícios” do encenador colombiano Juan Carlos Agudelo, que contratámos e trouxemos a Portugal em
Ao longo dos seus 27 anos de existência, o Gato SA tem privilegiado a formação em teatro físico e realizado formações especializadas com especialistas de várias áreas, desde a dança à mímica e à máscara teatral. Esta aposta decorreu de uma dessas formações com o encenador Juan Carlos Agudelo, abordando os princípios técnicos de Étienne Decroux, o pai da mímica moderna. A qualidade do formador entusiasmou o grupo a trazê-lo novamente a Portugal para uma formação mais extensa da qual resultasse um espetáculo teatral. E foi deste modo que surgiu “Vai Vem”. Esta cooperação luso/colombiana «pode vir a resultar a médio prazo no regresso do encenador para um projeto de maior envergadura, para a encenação da peça “Woyseck”, de Georg Büchner, numa versão de teatro físico com atores portugueses, assim possamos encontrar uma estrutura que queira ser parceira desta iniciativa», frisa Mário Primo. dois períodos de preparação do espetáculo num total de cinco meses». “Vai Vem” já foi apresentada em oito salas diferentes e está disponível para viajar em Portugal e
no estrangeiro, «embora neste momento não tenhamos nenhum convite até Março, altura em em que estaremos em Bogotá e em Cali, para 7 apresentações em terras colombianas».
Moscatel, localizado na Quinta onde decorreu o evento. Depois, «ninguém pode apagar a história da Rádio Azul. Queremos trazer gente nova para a rádio e a gente nova está aqui, nesta faixa etária». No dia 13 de dezembro, às 15 horas, no auditório da Secundária Lima de Frei-
tas, em Setúbal, realiza-se a próxima eliminatória. A final, com as mais bem classificadas dos dois eventos, acontecerá no início de 2016, ainda sem data nem local definido. A orientação e a preparação do desfile estiveram a cargo de Olívia Enguiça e Carlos Afonso.
Aline Santos foi eleita Miss Rádio Azul Azeitão
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line Santos, de 22 anos, venceu a eliminatória de Azeitão da Miss Rádio Azul. Foi no passado domingo, na Quinta Vítor Guedes, numa eliminatória que envolveu 11 candidatas. O certame pretende celebrar os 30 anos da emissora de Setúbal e cativar ouvintes femininas
entre os 17 e os 30 anos. Cheila Lourenço e Cristiana Vilela levaram para casa os troféus de 1.ª e 2.ª Damas, respetivamente. Já Sara Antunes e Filipa Clemente foram galardoadas com as faixas de Miss Fotogenia e Miss Simpatia, respetivamente. Aline Santos, estudante
e cheerleader no V. Setúbal, confessou que a vitória é uma sensação «única». Realça a sua «calma» antes de entrar em palco, o que foi «muito bom, pois isso tem-me ajudado em vários concursos». Ouvinte da rádio Azul, a jovem reside em Setúbal e está a frequentar um curso de auxiliar de
saúde, para entrar na carreira de enfermagem. Alberto Antunes, da organização, faz um balanço «positivo» da eliminatória, sublinhando o apoio «espetacular» da União das Freguesias de Azeitão, que ofereceu o almoço às candidatas no restaurante Jardim do
Simone de Oliveira atua em Sesimbra
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cantora Simone atua, este sábado, às 21h30, no teatro João Mota, em Sesimbra. Verdadeiro ícone para várias gerações de artistas, Simone de Oliveira, 77 anos, é um dos maiores nomes da história da música portuguesa. Em 1969 venceu o Festival RTP da Canção com o seu maior êxito “Desfolhada Portuguesa”, da autoria de José Carlos Ary dos Santos e Nuno Nazareth Fernandes. A comemorar 58 anos de carreira, a cantora e atriz foi condecorada em outubro com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, que distingue todos aqueles que tenham prestado serviços relevantes ao país ou à cultura portuguesa.
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Neste espetáculo, íntimo e de “olhos nos olhos”, serão revisitados alguns dos momentos mais marcantes da sua magnífica carreira, canções intemporais e histórias de uma mulher fascinante. Simone de Oliveira será acompanhada ao piano pelo maestro Nuno Feist.
AGENDA MONTIJO5SÁBADO21H II GALA DA ACADEMIA DE ARTES Teatro Joaquim D´Almeida
No âmbito das comemorações do 161.º aniversário da Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro, realiza-se um espetáculo multidisciplinar intitulado “II Gala da Academia de Artes”. Celebre esta importante data para o Montijo e assista a um espetáculo com a participação de professores e alunos da Academia de Artes.
SETÚBAL5SÁBADO21H30 DEZ TUNAS ACADÉMICAS A CONCURSO Forum Luísa Todi
A Tuna Académica de Setúbal Cidade Amada – TASCA, organiza mais uma edição do seu festival de tunas masculinas, na nossa bela cidade, desta feita, o VIII Por Terras do Sado – Festival de Tunas da TASCA. Esta 8.ª edição, tal como as anteriores, conta com 4 tunas a concurso, a disputar vários prémios.
MOITA5SÁBADO11H LIVRO INFANTIL ”MEMÓRIAS DE UMA BOTA VELHA” Biblioteca Bento de Jesus Caraça
O livro infantil “Memórias de uma Bota Velha”, da autoria de Sónia Lourenço Mendes, é apresentado, para toda a gente que queira assistir. A obra, editada pela Chiado Editora, conta com ilustrações de Ana Mar Figueiredo.
SANTIAGO6DOMINGO16H CONCERTO SOLIDÁRIO COM FILIPA PAIS Auditório António Chaínho
Filipa Pais participa no concerto solidário organizado pelos alunos da escola da guitarra portuguesa Mestre António Chaínho. Carla Chainho e Eduardo Serrão também cantam. Fernando Vicente e António Eduardo vão estar na guitarra portuguesa e na viola, respetivamente.
GRÂNDOLA11SEXTA21H COMÉDIA DE TEIXEIRA GOMES
CULTURA
Ana Pereira quer singrar no mundo da moda
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na Pereira, de 17 anos, que venceu recentemente o Moda Sado 2015, pretende contribuir para que a moda em Portugal seja «mais valorizada», pois considera que existem «muito boas» manequins em Portugal. Diz que se inscreveu no Moda Sado para ajudar a desenvolver o seu gosto pelo mundo da moda. Não foi incentivada por ninguém mas confessa que a sua mãe apoiou a sua inscrição e, sempre que pode,
ajuda-a nesta área. A jovem realça que começou a desfilar em desfiles realizados por pessoas suas conhecidas. «O primeiro foi para o meu cabeleireiro Karlos Wendell, na sua gala anual de 2014, e, depois disso, participei no último dia do Lisbon Desing Show em 2014, e fui fazendo vários desfiles», relembra. Ana Pereira nasceu em Almada e reside em Corroios. Estuda no 12.º ano, na área de Ciências Socio-
económicas, na escola Ruy Luís Gomes, situada em Miratejo/ Laranjeiro. A nível académico, confessa que gostaria de terminar o 12.º ano para depois ingressar na faculdade, em Lisboa, e, ao mesmo tempo, manter como grande passatempo, «o mundo da moda, a minha grande paixão». A jovem talento gosta de estar com os amigos, passear, visitar museus, ler, ouvir música, teatro e cinema.
Tragédia otimista e nova peça para a infância estreiam na CTA
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“Tragédia Otimista”, do russo Vsevolod Vichnievski, com encenação de Rodrigo Francisco, estreou na passada sexta-feira, no Teatro l Joaquim Benite, em Almada. O espetáculo é uma produção da Companhia de Teatro de Almada e transporta o espectador para o contexto da Revolução de Outubro de 1917. Em plena guerra civil russa, a tripulação anarquista de um navio que combatera na I Grande Guerra recebe um comissário bolchevique, que tem como missão mobilizá-la para a luta contra os brancos. O comissário é, surpreendentemente, uma mulher, que muito rapidamente tem de impor-se. Segue-se um intenso debate ideológico, no qual se discutem os valores e os ideais da Revolução. E,
pouco a pouco, da antiga tripulação anarquista começa a surgir um verdadeiro coletivo. Não satisfeito com o carácter revolucionário e subversivo da peça, Vichnievski quis destacar ainda o papel fundamental das mulheres num dos episódios mais marcantes da história. Larissa Reissner – a primeira mulher a chegar a comissária no seio do exército Vermelho –, serviu de inspiração para a protagonista. O elenco, que integra 16 atores e vários estagiários do curso de Teatro da Escola Secundária Anselmo de Andrade, é protagonizado por Pedro Lima e João Tempera, entre outros. A peça pode ser vista até 31 de janeiro de 2016, de quarta a sábado, às 21h30, e aos domingos, às
16 horas. Entretanto, este sábado, pelas 16 horas, na sala experimental, estreia “Pastéis de nata para Bach”, para a infância, com encenação de Duarte Guimarães, para ficar em palco até dia 20. “Pastéis de nata para Bach” procura, segundo Teresa Gafeira, «remar contra a vulgaridade que caracteriza muita da pro-
dução teatral e musical para crianças». Depois de “O barbeiro de Sevilha”, “A flauta mágica” e “Verdi que te quero Verdi”, a CTA continua assim o trabalho que tem vindo a desenvolver para aproximar os mais novos da música clássica e do teatro. São intérpretes André Alves, Joana Francampos, João Farraia, Paula Moreira e Pedro Walter.
Cine granadeiro
GANHE OS ÚLTIMOS CONVITES PARA “A NOITE DAS MIL ESTRELAS”
O grupo de teatro Alteatro apresenta a peça “Sabina”, uma comédia com adaptação do texto de Teixeira Gomes, que promete divertir os grandolenses em noite fria de Outono. Entradas a dois euros. O espetáculo destina-se a maiores de 12 anos de idade.
O musical “A Noite das Mil Estrelas”, de Filipe La Féria, em cena no Casino Estoril, encontra-se em fim de carreira, estando o seu término assinalado para 20 de dezembro. O espetáculo “A Noite das Mil Estrelas” contou, até à data, com mais de 90 mil espectadores em mais de 150 representações. Aclamado pela crítica como “O melhor Musical de La Féria”, “A Noite das Mil Estrelas” alcançou o sucesso prenunciado. Para se habilitar aos convites basta ligar 969 431 085 ou 918 047 918.
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SEMMAIS | SÁBADO | 5 DE DEZEMBRO | 2015 | 13
DESPORTO PRESIDENTE DO V. SETÚBAL, FERNANDO OLIVEIRA, DIZ QUE EDIL DORES MEIRA AINDA NÃO CUMPRIU COM MUITA COISA QUE PROMETEU AO CLUBE
«Gostaríamos que a sala de troféus fosse deslocada para o Palácio Salema» TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM ANTÓNIO LUÍS
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presidente do V. Setúbal, Fernando Oliveira, quer saber quando avançam no terreno algumas obras e projetos do município em atraso, como por exemplo o relvado sintético, anunciado pela presidente, «com pompa e circunstância», durante o seu discurso no 103.º aniversário do VFC, em novembro de 2013; a alteração ao PDM/Vale da Rosa/direito de superfície do estádio do Bonfim, denominado projeto “Vitória Século XXI”; a localização do museu do Vitória no palácio Salema; a requalificação do estádio do Bonfim, de acordo com o pré-projeto existente, e se Setúbal “Cidade Europeia do Desporto 2016” prescinde ou não do contributo do clube sadino. Estas questões foram colocadas à edil Dores Meira, num encontro, realizado no dia 1, com a Comunicação Social, na nova sala de conferências de imprensa, onde Fernando Oliveira se queixou que está por aplicar ao clube a tarifa social de resíduos sólidos urbanos
para os contratos do Bonfim e da Várzea, reduzindo, assim, gastos «significativos» nas contas. Também não foi ligada à rede de pública a iluminação exterior do estádio, bem como não avançou a marcação topográfica dos dois terrenos de Vale do Cobro para se proceder à respetiva vedação e projeto de iluminação de implantação de instalações desportivas para o futebol de formação. Quanto à sala de troféus Josué Monteiro, o presidente revelou que «foi intempestivamente desmantelada pela CMS, sem projeto acordado e sem o necessário plano de execução», sublinhando que a direção vê com «muitíssimo agrado» a sua deslocalização para o Palácio Salema, como a senhora presidente sugeriu, em fevereiro deste ano, numa reunião ocorrida entre a direção e a CMS, mas, até à data, não temos conhecimento de qualquer desenvolvimento». Já sala de imprensa, realça que foi «um imperativo regulamentar e não um capricho desta direção, que em nada interfe com o pré-projeto desenvolvido para o estádio do Bonfim, nomeadamente no que ao museu e instalações anexas respeita».
Palmelense inaugura relvado sintético no dia 12 TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM SM
«Esta Direcção tem rosto e trata os problemas de frente» Fernando Oliveira realçou que a direção do VFC «tem rosto e quando confrontada com os problemas, trata-os de frente, de forma direta e utilizando os canais institucionais para a resolução dos mesmos. Bom exemplo
Fundado em 8 de Abril de 1924, o Palmelense Futebol Clube é um dos 6 clubes fundadores da Associação De Futebol de Setúbal. O Palmelense conta hoje com cerca de 210 atletas nos diversos escalões. A formação do Palmelense é uma das maiores e melhores escolas de formação de futebol do distrito com mais de 180 atletas nos diferentes escalões, dos petizes até aos Juniores e disputando com 11 equipas as provas da Associação de Futebol de Setúbal. Por lapso, na última edição do Semmais, na entrevista a João Paulo Santos, o presidente do clube, foi publicada uma foto que nada tem a ver com o relvado sintético. Pelo lapso, as nossas sinceras desculpas ao clube, direção e associados.
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disso é o facto de, apesar de ter motivos mais que suficientes de defesa da honra, perante a carta enviada pela senhora presidente no passado dia 1 de outubro, sobre o corte de relações institucionais e que, ao contrário do afirmado, na conferência da Câmara, não foi o Vitória que, 50 dias depois de a ter rececionado, divulgou o teor da mesma, solicitou, isso sim, o agendamento de uma reunião à líder do executivo para discussão das várias matérias, cuja marcação nunca sucedeu». Fernando Oliveira diz que, ao contrário da edil, a sua direção «não fez, não faz, nem nun-
ca fará» considerações sobre a gestão do município. «Aguardámos, pacientemente e sem nos pronunciarmos, pois consideramos que, por vezes, o silêncio, é o melhor conselheiro». Porém, questiona o líder, «por que motivos para um corte de relações institucionais, neste preciso momento, com a instituição desportiva mais emblemática da região, que estava em vésperas de celebrar o 105.º aniversário e tendo à porta um evento único e de enorme importância para setúbal e toda a população, como é a atribuição a setúbal de “Cidade Europeia do Desporto em 2016?”».
Os “batoteiros”…
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Palmelense inaugura, no dia 12, às 16 horas, o seu relvado sintético, no campo Atlético Cornélio Palma. O investimento está orçado em cerca de 150 mil euros. Muito desejado por todos os palmelenses, o relvado sintético constitui a esperança no futuro desportivo do Palmelense Futebol Clube. Este sonho de há muito, torna-se hoje realidade, com os apoios da Câmara e Junta de freguesia de Palmela e de algumas empresas da região. Trata-se do segundo campo em Portugal com o sistema Naturafill: a última geração em relvados sintéticos com enchimento de cortiça e passível de obter certificação máxima - FIFA 2 estrelas. A utilização de cortiça no relvado permite uma prática desportiva mais confortável, económica e mais amiga do ambiente. Após a cerimónia de inauguração têm lugar várias atividades onde participarão atletas de todos os escalões e de várias coletividades do concelho de Palmela.
Fernando Oliveira esclareceu que a conferência de imprensa foi agendada por causa das posições públicas assumidas pela presidente do município. «Lamentamos, profundamente, ter agendado esta conferência, mas a isso se viu obrigada esta direção». O líder vitoriano relembrou que «todo este turbilhão tem origem em duas notícias publicadas num jornal desportivo, notícias essas às quais a direção do VFC e, nomeadamente o seu presidente, é totalmente alheia, quanto à forma e conteúdo, aliás, como é publicamente assumido pela presidente da CMS nas suas intervenções, quando refere, explicitamente, que se trata de …’ataques de proveniência desconhecida…”».
a crescente proximidade dos próximos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro, como cidade-sede e daqui por sete meses, está a acontecer algo de escandaloso nos domínios da anti-ética que o Olimpismo condena, com firmeza prestigiante. Nos domínios do Atletismo, a modalidade-super dos jogos, a poderosa Rússia (e lembre-se bem da URSS…) vê-se confrontada com alguns melindrosos casos de “doping”, de falsear resultados à escala dos “podiuns”, em especial quanto a 2008 e 2012. Os “batoteiros” estão a ser apanhados, sendo acesa a discussão sobre as sanções a aplicar, mormente quanto a 2016. Há atletas de nomeada, campeões pela Rússia, que se insurgem quanto a tendências de generalizar funções, proclamando-se limpos(as), em zelosa preparação para os próximos Jogos Olímpicos. Os próximos tempos vão ser de um constante “suspense” e as autoridades russas já promete-
QUATRO LINHAS DAVID SEQUERRA COLABORADOR
ram luta aberta com os “batoteiros”. Entretanto, os maus exemplos de anti-Coubertin sucedem-se. A equipa búlgara de Halterofilismo, “carregada” de substâncias dopantes, já foi banida dos jogos. E há situações similares no Cazaquistão e na Roménia. De muita gravidade a suspensão do alto dirigente senegalês, Lamine Diack, membro dos mais antigos do COI, presidente da Federação Internacional de Atletismo até há bem pouco metido em negociatas em que o flagelo do “doping” também marcou presença. Também em Portugal, infelizmente, as figuras de batoteiros aparecem. Ficou a saber-se que a Entidade Reguladora da Verdade Desportiva detetou nos últimos tempos, doze casos em cinco modalida-
des distintas, entre as quais, com surpresa, a natação. As previsíveis consequências punitivas só vão aparecer nas próximas semanas, mas espera-se firmeza no castigo aos “batoteiros”. O mercantilismo das drogas tem de ser travado e Portugal deve acautelar-se face aos maus exemplos que vão chegando de todo o mundo. Com o campeonato da Europa, em futebol, e Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro, é certo e sabido que em 2016 muito se falará de “doping” e de outras batotas lesivas dos verdadeiros ideais do Desporto, com falsificação de bilhetes, compras de influências, buscanbílias de fértil imaginação. Estejamos atentos e, com denodo e firmeza, contra os batoteiros, marchar, marchar!
EDITORIAL
OPINIAO
Governo para quem precisa. Governo para quem precisa de governo
Raul Tavares Diretor
Um zoológico de humanos em terras africanas
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ns dias passados nesta terra quente da África austral, banhada por uma imensa vastidão desértica e seca, deu para perceber como o mundo global nos tenta sugar a identidade, mas também a intemperada força cultural dos povos, que persiste na pegada civilizacional da humanidade. A Namíbia, dez vezes maior que Portugal, mas com uma população que pouco excede os dois milhões de habitantes, e um zoológico de humanos, jardim, também! Numa economia em que 50 por centro dos seus ativos se dedica ao mundo rural, com cinco milhões de cabeças de gado e outros animais, com destaque para o aqui tão famigerado springboks (uma das muitas espécies de gazelas que pululam nesta fascinante ambiência), bem se vê quem esta em maioria… Windhoek, a capital namibiana, com os seus cerca de 300 mil humanos, e moderna, limpa, ocidentalizada, mas foi plantada, literalmente, por entre desertos, savanas e altas montanhas. A coabitação entre estas gentes de ca (quase 90 por centro negros) e a estoica natureza parece fluir. Neste zoológico de humanos, contam-se façanhas de homens que bem armados definham espécies, como os cães selvagens que tanto adornam as veredas deste gigantesco ecossistema. E há também animais que matam as crias, vá-se la compreender esta coisa dos vertebrados, animais e humanos que persistem na matança, das espécies, da natureza do criador e de si próprios. E há homens ricos, parte deles heróis do escalpe diamantífero - a coluna vertebral deste jardim zoológico – que coabitam com as maiorias imberbes, os outros humanos ainda longe da vertigem do vil metal, que adornam o ócio da sua terra quente e vermelha, com uma lassidão de combate ao tempo que escoa e a um certo ‘mundus vivendus’ cultural que foge aos cânones do Globo moderno. Não esquecer da dizimação de mais de mais de 100 mil Hereros, Damaras e Namas, indígenas locais mortos durante uma parte da administração alemã, ate 1908. Nesta paisagem cultural, - onde John Weissmuller fez de tarzan com humanos e outros animais, o fabrico do chocalho foi elevado a património imaterial da humanidade, com a chancela da UNESCO para a sua salvaguarda urgente. A defesa das extinções não deixa de ser um compartimento com dimensões para todos os gostos. Foi bom ‘salvar’ a espécie dos nossos chocalhos que rezam um mundo rural ancestral, mas seria bom que nesta selva global também se prevenisse, a tempo, outras espécies de homens, de culturas e de bichos ferozes.
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s governos vão e vêm. O país fica. É assim há 900 anos. Por isso não percebo tanta conversa, tanto barulho e o muito ruído que ouvimos de manhã à noite. Tudo por causa de saber quem se senta na cadeira de primeiro-ministro. E só esperámos 53 dias. Parece assim que não sabemos tratar de nós. Será? Será que não passamos de indigentes à espera das decisões do governo? Será que somos totalmente dependentes de quem ocupa o poder? No mínimo é uma postura curiosa. Até porque os portugueses não perdem uma, uma só, oportunidade para dizer que o governo não faz nada. Então se não faz nada para quê tanta preocupação? Estou perplexo! Até porque tudo à volta continua a funcionar. O café abre como habitualmente. O hospital continua a salvar vidas. A polícia a sair à rua. O tribunal a atrasar a decisão que deveria ter sido para antes de ontem. Afinal o que é que faz o governo que as portuguesas e os portugueses que trabalham na administração não saibam fazer? Não entendo. A Bélgica teve tempos sem governo (mais exatamente 541 dias!). Mais de 1 ano. A Alemanha 86 dias a formar um. Mas pronto são países atrasados. Nós, pelo contrário, somos um país
adiantado. Precisamos de um. E já imediatamente! Será para nos salvar ou para nos enterrar? Na verdade a especialidade dos governos, pelo menos dos últimos, é salvar bancos. Por isso como não tenho nenhum banco não estou nada preocupado. Se pensarmos um bocadinho (só um bocadinho) fora da “verdade estabelecida” constatamos, afinal, que a generalidade dos cidadãos, no seu dia-a-dia, não interage com o governo. Apenas o vê nos media. Geralmente ou em inaugurações ou a fazer discursos. A mesmíssima generalidade dos cidadãos precisa e utiliza a administração pública de forma quotidiana. Não apenas utiliza como, aliás, paga. O essencial é pois muito mais a administração pública (e a sua qualidade) do que o governo. Dito isto, e em consequência, diria que a grande reforma estrutural é “essa coisa simples” de sermos cidadãos. E exercer, finalmente, esse enorme poder que em nós reside. Que não se limita a um voto de quatro em quatro anos e abundante maledicência no resto do tempo. E o nosso poder de sobrevivência não deve, em caso algum, ser menosprezado. Já sobrevivemos a certos reis, loucos todos os dias, e a certos presidentes, múmias dia sim, dia não. Logo a teoria do “ou um governo ou o caos”
TURISMO SEMMAIS JORGE HUMBERTO SILVA COLABORADOR
esbarra no realismo da nossa longa história. Quem na verdade precisa de governos? Quem não sabendo fazer negócios com risco os quer fazer às escondidas e sem nada arriscar. Quem é especialista em decidir em proveito próprio e dos amigos. E dos amigos dos amigos que os há tantos. Quem? Basta olhar em volta. Não estão quase sempre lá? Não destroem milhões (de euros) como quem destrói dezenas? Não são os donos disto tudo? Respeitáveis, conservadores (vestidos desse cinzento cor das suas vítimas) e tão, mas tão, importantes. São eles os vossos donos como na idade média? São eles que vos protegem? Ou somos nós que temos de ser protegidos deles? Decidam-se! Entretanto (uuufff!) temos um novo governo. Não entro na longa e deprimente ladainha do “sou a favor” ou “sou contra”. Desejo, naturalmente, boa sorte ao Dr. António Costa. E desejo essa boa sorte com toda a sinceridade. E,
mais, encaro este governo com expectativas positivas. Mas não com as expectativas de que resolva todos os problemas do país. Problemas que só os portugueses podem resolver ou, melhor, ir resolvendo. O governo é um contributo não é a solução. A solução, mesmo que não o saiba, está em si. Por isso, ao contrário do senso comum, desejo que governe pouco em vez de governar muito. E faço votos (todos temos direito à ingenuidade!) que, em vez de se meter em tudo e legislar sobre tudo o que mexe, ajude a criar as condições para que as portuguesas e os portugueses se governem, a eles e a elas próprias, melhor. Perto da cidadania e da comunidade e longe do governo e da “autoridade”. Governo para quem precisa. Governo para quem precisa de governo. P.S.: O título desta crónica é descaradamente roubado a um tema do álbum Cabeça Dinossauro (1986) da banda punk brasileira Titãs.
O que faz avançar a civilização
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esde cedo que ouvimos conselhos sobre aquilo que devemos fazer com a nossa vida. No entanto, quantas vezes é que nos fazem mudar de ideias? “Dessa forma nunca vais ganhar dinheiro, filho”. “Devias arranjar um trabalho a sério e dedicares-te àquilo de que gostas nos tempos livres”. É claro que estes avisos são razoáveis e, se não pensarmos muito no assunto, até fazem sentido. Tentamos não ceder ao medo que provocam e arriscamos. Por vezes até ao ponto em que tudo corre mal. A verdade é que só depois desse momento é que nos confrontamos com a grande questão: queremos ou não dedicar a vida a fazer aquilo de que gostamos? Desde que me lembro de ser pessoa que gosto de arte: música, cinema, literatura, teatro, pintura... Comecei por ser
músico de bandas de garagem, em Setúbal. E aprendi com os meus companheiros desse período que existia qualquer coisa difícil de definir que nos unia. Estávamos a tentar que aquilo que fazíamos reflectisse aquilo que éramos. Passávamos horas a aperfeiçoar a possibilidade de conseguirmos partilhar alguma coisa com quem nos fosse ouvir. Algumas pessoas compreendiam-nos, pensávamos, quando vinham ter connosco com o entusiasmo de quem tinha acabado de participar num momento que transcendia o quotidiano. É impossível ficar indiferente a esta sensação. É como se no meio de todo o caos ameaçador em que vivemos surgisse, de vez em quando, uma luz. Mais tarde compreendi que a mais importante escolha que fazemos não tem particular
À PARTE LEVI MARTINS
DIRETOR DA COMPANHIA MASCARENHAS-MARTINS relação com a actividade a que nos dedicamos, mas sim com a maneira como nos relacionamos com os outros. As actividades artísticas e culturais criam, muitas vezes, espaços em que a liberdade é maior (por tudo o resto parecer estar ao serviço da ideia de lucro). Quando são levadas a sério, acabam quase sempre por pôr em causa as ideologias vigentes, aparentemente inquestionáveis. O que justifica os conselhos sensatos de quem sabe que será penoso o caminho de quem deseja questionar o inquestionável.
É com esta consciência que fundámos uma Companhia no Montijo. E que desejamos arriscar fazer aquilo de que gostamos. Mais do que a adesão a uma estratégia que promete fazer-nos chegar a algum lado (ou seja, ao que se possa medir quantitativamente), aquilo que parece unir-nos é a possibilidade de vivermos à parte das ideologias que têm conduzido às mais terríveis catástrofes. O que me faz recordar aquilo que um amigo um dia me disse. “O que faz avançar a sociedade é a tecnologia. O que faz avançar a civilização é a arte”.
Diretor Raul Tavares | Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida - coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Mediasado, Lda; NIPC 506 806 537 Concessão Produto Mediasado, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: redaccao.semmais@mediasado.pt; publicidade.semmais@ mediasado.pt. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98
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