Semmais 5 julho 2014

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16 anos

Distribuído com o

A REGIÃO

SOMOS TODOS

NÓS

edição especial comemorativa do 16º aniversário do semmais

VENDA INTERDITA Sábado | 5 julho 2014

Diretor: Raul Tavares

semanário — edição n.º 818 • 7.ª série — 0,50 € • região de setúbal

www.semmaisjornal.com

Cultura 9

Negócios 12

Atual 7

Forum Luisa Todi recebe Rodrigo Leão na próxima sexta-feira dia 11

Gerente da Sivipa em entrevista faz balanço da empresa que está a celebrar 50 anos.

Festa de iguarias foi êxito na Escola Profissional e Técnica da Moita Fotos: DR

Projeto da Cáritas apoia famílias na criação de empresas

Distrito tem menor área ardida do país em ano de exceção

ATUAL A Cáritas está desenvolver um projeto de apoio para que as famílias ganhem autonomia financeira através da criação de empresas. A adesão tem sido escassa e uma das razões prende-se com critérios apertados. PÁG. 4

Lagoa de Albufeira vai ser aberta pela terceira vez este ano ATUAL Estão a decorrer os trabalhos de ligação da Lagoa de Albufeira ao mar, numa extensão de 500 metros. Esta é a terceira vez que a Câmara de Sesimbra tenta ligar estas águas, por dificuldades de assoreamento na "boca da Lagoa". PÁG. 4

Levar peixe às escolas porque "o Alentejo é Fish" O ano passado, por esta altura, e contas feitas ao primeiro semestre, já tinham ardido 207 hectares de floresta na região, o equivalente

a mais de duzentos campos de futebol. Este ano, no período comparado, só arderam 12 hectares , havendo a registar três incên-

dios e 115 fogachos. Dados positivos, agora que arranca a fase "Charlie", para prevenir o período mais crítico.

ABERTURA PÁG. 2

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RESTAURANTE ● SETÚBAL ● PORTUGAL RUA GENERAL GOMES FREIRE, 138

ATUAL A proposta está em cima da mesa e foi uma das conclusões da conferência "O Alentejo é Fish". A ideia é levar peixe aos refeitórios do Litoral Alentejano. O presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo apoia.

  960 331 167


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ABERTURA

Distrito tem menor área ardida do país em ano de exceção

Atenções e cautelas a reter no usufruto da floresta

Até ao momento a região tem ficado de fora dos grandes incêndios e nem sempre é assim. O ano passado, por esta altura já tinham ardido 207 hectares de floresta no distrito, em comparação este ano arderam apenas 12. Agora é preciso ampliar cautelas. Roberto Dores

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distrito de Setúbal é a região do país com a menor área ardida, estando a viver uma das épocas mais calmas de que há memória em matéria de fogos florestais. A península regista um total de 12 hectares de área ardida, segundo os dados provisórios relativos ao primeiro semestre são do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), o que traduz uma significativa redução comparando com o ano passado,

tos e quatro de mato. quando o distrito já somava 207 Os dados foram revelados hectares queimados, o equivaquando já está em marcha o pelente as 207 campos de futebol. ríodo crítico – conhecido como Contabilizando povoamentos e matos, o distrito contabilifase Charlie - que começou a 1 de za este ano três incêndios floresJulho e vai vigorar até 30 de Setais e 115 fogachos, quando há tembro, alertando o presidente da um ano chegava aos 18 Liga de Bombeiros PorFase “Charlie” incêndios florestais e tugueses, Jaime Marta avança para 189 fogachos, que tiSoares, que os tempos combater são de preocupação nha destruído 169 hecperíodo crítico também no distrito de tares de povoamentos Setúbal, uma vez que o inverno e 38 hectares de mato. Mas sechuvoso que se fez sentir, tendo gundo a Autoridade de Proteção Civil, o primeiro semestre de 2014 levado a um crescimento de comficou marcado pela destruição bustíveis, aliado às temperaturas de oito hectares de povoamenaltas podem começar a causar

«grandes dificuldades aos bombeiros» ao longo do Verão Apesar do investimento do Governo ser mais generoso este ano, os bombeiros continuam a queixar-se de «mau planeamento e um mau ordenamento da floresta, resultado de más políticas nacionais», reportando-se à questão da prevenção. Recorde-se que 2013 foi um ano quente, mas para 2014 perspetivam-se temperaturas ainda mais elevadas, segundo a Organização Meteorológica Mundial, apesar da instabilidade exibida até agora.

A maioria das causas conhecidas dos incêndios florestais é de origem humana, pelo que as autoridades alertam que no período crítico, nos espaços florestais e agrícolas, não é permitido fumar, fazer lume ou fogueiras, fazer queimas ou queimadas, lançar foguetes e balões de mecha acesa, fumigar ou desinfestar apiários, salvo se os fumigadores estiverem equipados com dispositivos de retenção de faúlhas. Também a circulação de tratores, máquinas e veículos de transporte pesados que não possuam extintor, sistema de retenção de fagulhas ou faíscas e tapa chamas nos tubos de escape ou chaminés vão ser alvo de vigilância apertada.

Ficha técnica Diretor: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redação: Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projeto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Natália Mendes. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. E-mail: redaccao.semmais@mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado.pt. Administração e Comercial: Telem.: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98


ESPAÇO PÚBLICO

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EDITORIAL

Raul Tavares

As estatísticas do desemprego

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em sido grato saber que os níveis de desemprego têm pressupostamente caído no nosso país. É o maior dos dramas com que a crise nos atravessou e um flagelo para as famílias que se viram atirados para esse poço sem fundo. Sou cético em relação a essas virulentas estatísticas. Não me canso de afirmar que estão a ser amputadas partes da atual realidade. Uma delas é a colossal imigração, sobretudo de jovens qualificados, perto de trezentos mil, que estão fora das estatísticas. Não contam? Outra parte da realidade são os desempregados que já deixaram de receber subsídio e caíram na desproteção social. O Instituto Nacional de Estatísticas contabilizou 465 mil pessoas a viver esta situação. Destes, uma parte não procura emprego por razões diversas, outros não querem trabalho a qualquer preço e situação e o resto, também fora do sistema, estão no subemprego, na precaridade. Também não contam? Em cinco anos, rezam as mesmas estatísticas, o país inscreveu na lista negra do desemprego, entre 2007 e 2012, mais 357 mil pessoas. Uma explosão que agora parece sustida também pelas razões que acima aduzo. É dramático. E mesmo com estas razias que as estatísticas banalizam, não sei como iremos ficar quando forem reduzidas as políticas públicas de apoio ao emprego, grande percentagem na atual criação de postos de trabalho. Isto para dizer que só a aceleração da economia pode ajudar a encurtar o caminho do desemprego. E para isso são necessárias políticas de incremento da atividade económica, boa gestão dos fundos, uma banca capaz, justiça a funcionar e fiscalidade sem garrote. Uma visão que deve ser assertiva por todas as componentes da sociedade, incluindo o universo académico. O pior que se pode fazer é abanar sem mexer, deixar que o flagelo seja inevitável no quadro do ajustamento. Se assim for, vamos mesmo ter um país trucidado, com um fosso cada vez mais perigoso de gerir.

Um escritor de espectáculos

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oël Pommerat apresentou-se pela primeira vez em Portugal no Festival de Almada 2011, com Cercles/Fictions, um espectáculo que subiu à cena no Teatro Nacional D. Maria II e a que o jornal Público chamou uma “magnífica máquina de sonhos”. Foi enquanto artista associado do Odéon-Théâtre de l’Europe que Pommerat, um dos mais badalados encenadores franceses da actualidade, criou A reunificação das duas Coreias, espectáculo de título propositadamente enigmático e que acaba por ser sobre o Amor – ou sobre a sua impossibilidade. Esta “vintena de sainetes implacáveis”, segundo o Libération, resulta num espectáculo “espantoso e encantatório” (Le Figaro), ou não se tratasse Pommerat de um “mágico da cena” (Magazine Théâtrale). O que pode (ou não pode) dizer um título acerca do espectáculo que anuncia? Quem vier assistir à Reunificação das duas Coreias poderá esperar abraços fraternos entre a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, e o seu homólogo do Norte, o patus-

Rodrigo Francisco Diretor da CTA co Kim Jong-un? Não pode. Não é disso que se trata. O título propõe-nos uma imagem sobre a atracção dos opostos. O amor? Isso mesmo. Golpe publicitário, então? O autor responde: “O título é evidentemente misterioso – e assim é que está bem. Para mim, um título é algo que deve revelar-se a quem mergulha de cabeça numa obra. Ao espicaçar a imaginação do espectador, antes que o espectáculo comece, o título já está a cumprir a sua função”. Um teatro parecido com a vida Joël Pommerat considera-se a si próprio um dramaturgo que não escreve peças, mas espectáculos, e é justamente essa marca que o define – o hábito de ensaiar (como este espectáculo o foi) durante quatro meses com a “sua família” de actores, intérpretes que estão nos antípodas do actor-vedeta, das “carinhas larocas”, e que comungam numa pesquisa da Obra

de Arte total, para a qual concorrem, também, a apuradíssima luz e o cenário minimal de Éric Soyer, bem como o desenho sonoro de François e Grégoire Leymaire, que põe em evidência “a dicção precisa, forte e lancinante” dos actores, “como que saída da noite das noites” (in Libération). As posições de Pommerat sobre o teatro têm-lhe valido polémicas intensas e até a rejeição apaixonada de alguma crítica: “A forma como hoje em dia se pensa o teatro é poeirenta – aborrecida”, afirmou numa entrevista à Paris Match. “Não me interessa escrever um texto, fechado no meu quarto, para depois ir montá-lo ou dá-lo a alguém que o monte. Não concebo peças, mas espectáculos. E creio que não basta acrescentar uma música rock a uma peça para que ela passe a ser modernaça. Não tenho qualquer receio de fazer viajar o meu teatro por territórios menos assépticos, menos elegantes – mas que se pareçam muito mais com a vida”. O senhor Nevoeiro Nascido em 1963, Joël Pommerat abandonou os estudos aos 16 anos e tornou-se actor aos 18, começando a escrever aos 23. Estreia-se na encenação aos 27 anos:

um monólogo (Le chemin de Dakar) que serve de pretexto para a fundação da companhia que ainda hoje é a sua, a companhia Louis Brouillard [Luís Nevoeiro]. Durante a década de noventa Pommerat escreve e dirige vários espectáculos apresentados no Théâtre de la Main d’Or, em Paris, e faz ainda uma incursão no mundo do cinema, através da realização de várias curtas-metragens. 2001 traz consigo o início de um caminho que lançará os seus espectáculos em várias digressões – caminho esse que, refira-se, se manteve até aos dias de hoje, pese embora as várias (e prestigiosas) aventuras aceites por este verdadeiro “mestre da arte cénica” (La Terrasse): em 2006 foi artista associado do Festival d’Avignon; em 2007 fez uma residência de três anos no Bouffes du Nord, o teatro de Peter Brook (que chegou a indicá-lo como seu sucessor); e entre 2010 e 2013 foi artista associado do Odéon-Théâtre de l’Europe. Em França A reunificação das duas Coreias ganhou dois prémios do sindicato de críticos de teatro (Melhor Texto e Melhor Cenografia), o Prémio Palmarès Théâtre para Melhor Espectáculo, atribuído pela France 2, e o Prémio do jornal Le Figaro para Melhor Autor.

Venda forçada, nem sim nem não

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ntrou em vigor, no passado dia 30 de Junho, a lei de bases gerais da política pública de solos, de ordenamento do território e de urbanismo, Lei nº31/2014 de 30 de Maio. Todavia para a sua aplicação plena e eficácia o legislador prevê ainda um prazo de seis meses para rever a legislação sobre os regimes jurídicos da urbanização e edificação, dos instrumentos de gestão territorial e cadastro predial. Por agora vamos deter-nos apenas na figura jurídica, que a lei introduz, como novidade, a Venda Forçada. Atentemos então no artigo35º. da Lei . A venda forçada é uma sanção para os proprietários que não cumpram os seus deveres. Tais deveres devem resultar do incumprimento de uma operação de regeneração urbana que esteja prevista em plano territorial; duma operação de reabilitação; da manutenção dos edifí-

Maria Amélia Antunes Membro do S.N. do PS e pres. da A. M. Montijo)

cios em estado de ruina ou sem condições de habitabilidade e ainda de parcelas ou lotes de terreno em consequência de demolições, entretanto realizadas. A ideia é interessante como forma de promover a reabilitação e regeneração nos centros históricos das cidades, vilas e aldeias. A questão crítica é a da sua execução”, do modus operandi.” Prevê a Lei que a venda forçada só terá lugar com o acordo

do proprietário quanto ao valor do bem. Caso o proprietário não esteja de acordo tem direito ao valor de uma justa indemnização. Ora, esta justa indemnização só pode ser obtida pela via da expropriação, por utilidade pública, isto é, através do Código das Expropriações. Este só existe para defesa do direito de propriedade, que está consagrado no artigo 62 da Constituição da Republica Portuguesa.” Por outro lado, o legislador também consagrou no artigo 34ºda Lei a expropriação por utilidade pública e as condições em que a mesma pode ter lugar. Mas quer no caso da venda forçada quer no de expropriação o valor a encontrar é o mesmo, pois a base legal para a justa indemnização, o valor, o preço a pagar é o que resultar da aplicação do Código das Expropriações.

A venda forçada aparece, pois, ligada à expropriação, pelo menos quanto ao justo valor a pagar. Só que na expropriação por utilidade pública o que se pretende é salvaguardar o direito de propriedade, enquanto na venda forçada estamos perante a aplicação duma sanção aos proprietários por incumprimento dos seus deveres. São situações distintas que deveriam ter tratamento diferente. É que o preço a pagar sai sempre dos cofres públicos, pois na falta de acordo só quem pode lançar mão da expropriação são as entidades públicas. Temos assim que a venda forçada não sendo uma expropriação é equiparada, mas é uma sanção; a expropriação por utilidade pública é uma garantia do direito de propriedade. Donde a venda forçada não é uma expropriação. É a forma de poder ser considerada Constitucional?

LETRAS EM PAPEL QUADRICULADO

O que não consigo esquecer

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que poderei eu dizer? Certamente seria mais fácil contar um episódio triste, dramático, em que os pormenores ficam cravados na memória e a dor no

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Margarida Nieto Estudante coração. Sim, seria, mas não o farei. Falarei, então, da minha gran-

de paixão, do único local que adormece a minha dor e me dá luzes de esperança – a Serra da Arrábida. Perco-me no meio dos arvoredos e dos pequenos arbustos num triste dia de chuva – sim, num dia de chuva, porque a chuva torna tudo mais mágico, menos real – e inspiro. Inspiro e volto a inspirar. Ah! Como aquele odor inebriante me invade os pulmões! Inspiro outra vez e, como não

poderia deixar de ser, volto a perder-me naquela frescura natural e tento decifrar os odores – o adocicado cheiro da terra molhada combina-se com a frescura das ervas e com o calmante odor dos pinheiros. Celestial! Caminho por entre as silvas e as pernas descobertas doem-me a cada passo que dou. Mas é uma dor saudável e eu chego até a gos-

tar dela – faz-me sentir viva, apaixonada, entregue à Natureza. Subo e desço montes, salto pequenos riachos. Inspiro. Deito-me na relva, olho o céu recortado pelas folhas das árvores. Inspiro. E de cada vez que lá vou, alcanço um nível de felicidade inimaginável, alcanço o mais puro estrato de felicidade. E como poderia eu esquecer-me disso?


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ATUAL Projeto regista ainda pouca adesão por critérios apertados

Cáritas apoia famílias em crise na criação da própria empresa O “Criatividade” pretende dar autonomia financeira a pessoas em situação de desemprego e apela ao empreendedorismo. As candidaturas escasseiam. Segundo a Cáritas o entusiasmo é grande, mas o critério de seleção é muito apertado.

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Impulsionar pequenos negócios é o objetivo

Por todo o país a Cáritas já conta com mais de 50 candidaturas a este projeto, assumindo Eugénio Fonseca que no distrito de Setúbal o maior universo de interessados procura apenas financiamento, sem a intenção de assumirem encargos. «Isto é, querem dinheiro mas não querem assumir as responsabilidades de negócios, pelo que têm ficado muitos pelo caminho», acrescenta o mesmo responsável. O projeto destina-se a desempregados de longa duração, jovens recém-licenciados e quadros de empresas que tenham ficado sem emprego. Os interessados poderão apresentar uma ideia de negócio ou, em alternativa, recorrer a um banco de ideias disponibilizado pela Cáritas. A base definida pela Cáritas aponta para o apoio a pessoas em situação de exclusão social que, por via do empreendedorismos, tenham a possibilidade de vol-

Detalhes do projecto «Criatividade: O Franchising Social potenciado pelo Marketing Social» é desenvolvido pela Cáritas Portuguesa, com o apoio técnico-científico da IPI Consulting Network. O projeto é cofinanciado pelo Programa Operacional de Assistência Técnica/Fundo Social Europeu. O Franchising Social potenciado pelo Marketing Social tem como fim último gerar valor de forma sustentada através da replicação de projetos-piloto de Franchising Social e da criação de micro-negócios e atividades por conta própria. Deste modo, este projeto visa a Inclusão Social pela via do empreendedorismo, por forma a autonomizar financeiramente pessoas em situação de desemprego: Pela promoção e implementação de projetos de Franchising Social.

tar ser inseridas no mercado de trabalho, havendo boas perspetivas para a existência de um fundo de apoio que permita a implementação de um projeto-piloto na área do franchising social. Segundo revela ainda Eugénio Fonseca, será dada particular atenção aos empreendedores que tenham «com-

petências e experiências profissionais ricas que possam ser replicadas na área social e que, desta forma, consigam sair da situação de desemprego em que se encontram». O projeto destina-se também a jovens que tenham terminado os seus cursos e que queiram tentar encontrar aqui um futuro profissional.

Reabertura da Lagoa de Albufeira ao mar concluída na próxima semana ESTÃO a decorrer os trabalhos de ligação da Lagoa de Albufeira ao mar. Trata-se de uma extensão de areal com cerca de 500 metros, pelo que a intervenção só ficará pronta a 8 e 9. De realçar que a intervenção que está a ter lugar neste momento não tem as mesmas caraterísticas da que acontece no equinócio da primavera, quando a Lagoa está cheia do inverno, e assim que se abre o canal, as águas saem com grande pressão para o mar.

Neste momento, a Lagoa encontra-se vazia e as máquinas estão a retirar o máximo de areia possível do canal para que o mar entre e

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Cáritas Diocesana já tem em marcha no distrito o projeto designado por “Criatividade: O Franchising Social potenciado pelo Marketing Social”, com o qual pretende apoiar e dar autonomia financeira a pessoas em situação de desemprego, mas até à data são poucas as candidaturas consideradas viáveis. «Não chegamos à

dezena», revela ao Semmais das a avançarem para a conso seu presidente Eugénio trução de microempresas, Fonseca, admitindo que o mas nem todas as pessoas «entusiasmo» em torno do interessadas têm apresentado vocação empreendeprograma tem sido grande, mas o critério de seleção é dora. Ou seja, explica Eugémuito apertado, reconhece nio Fonseca, «estamos a fao dirigente. lar da criação de negócios, Em tempos em com uma margem Projeto apoia que a crise tanto desempregados de risco muito aperta na região, grande. É preciso de longa o objetivo da Cáter capacidade, duração ritas passa por habilidade e percriar condições que incenceber que nem tudo é lucro», tivem as famílias carenciajustifica.

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Roberto Dores

Terceira tentativa este ano

renove as águas interiores. É a terceira vez que a autarquia tenta abrir a Lagoa este ano, depois de o ter feito no equinócio da primavera e em maio. A dificuldade deve-se a um assoreamento cada vez maior na chamada “Boca da Lagoa”. Apesar de ser uma responsabilidade da Agência Portuguesa de Ambiente, o município tem garantido esta operação nos últimos anos, com recurso a orçamento municipal.


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Litoral Alentejano quer levar peixe às escolas

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PALMELA, em segundo, e Setúbal, em quatro, são os dois únicos municípios da região a figurar no ‘top 10’ do ranking dos concelhos mais exportadores do país, publicado pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) relativo ao ano passado. Segundo os dados que foram publicados no Expresso Online’, as empresas instaladas em Palmela representaram um nível de exportações de 1,9 mil milhões de

euros, enquanto as fixadas em Setúbal atingiram 1,5 mil milhões de euros aproximadamente. O estudo do INE sublinha a importância da visibilidade para que um concelho atinja estatuto de «mercador», mesmo que tenha uma escala demográfica pequena. Mas sobretudo, e no caso de Palmela isso verifica-se com o caso da Autoeuropa, a dimensão internacional das empresas é essencial.

Ceia da Silva, líder da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo

tamos a falar de um produto muito saudável para as nossas crianças, apesar das espinhas», resume a especialista ao Semmais”, enquanto o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, António Ceia da Silva, justifica que o peixe é hoje «uma das mais-valias na valorização da costa alentejana. Afinal, explica, «temos 160 quilómetros de costa e aquilo que se come por aqui mais típico é o peixe, entrando no receituário desta região». O projeto agora lançado preten-

de merecer a atenção do «estado, das autarquias, dos pais e da comunidade em geral», segundo resumem as conclusões do encontro, sendo que ao nível da concertação técnica da rede das escolas de hotelaria e turismo do País, é sugerida a introdução do tema da Dieta Mediterrânica nos currículos e atividades letivas «dos futuros profissionais do turismo, quer dos ´chefs´, quer dos diretores de hotel», diz ainda o documento. Roberto Dores

A INICIATIVA “Digressão da Adega de Palmela”, depois de ter passado pela Casa da Música Piano - Bar, em Setúbal, entre 8 e 22 de Junho, já está no restaurante “Filipe”, em Sesimbra, entre 4 e 13 deste mês. Uma carta de vinhos premiados e novidades da Adega de Palmela, tais como o Vinho Branco Ana by herself, lançado o mês passado em parceria com a estilista Ana Salazar, oferta de degustações do vinho do dia, um expositor onde pode ver e escolher o néctar que prefere, e preços bem simpáticos, são algumas das atracções deste evento. Levar a Adega de Palmela onde estão as pessoas, favorecendo a curiosidade e a prova, é o objectivo.

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Adega em Digressão em Sesimbra DR

A PROPOSTA está na mesa. Levar peixe aos refeitórios das escolas do Litoral Alentejo poderá ter um papel decisivo junto dos jovens da região. Isto é, uma aposta na educação alimentar, que alerte para a importância de se começar a comer peixe desde tenra idade. Faz bem à saúde, mas os jovens preferem largamente a carne, alertam os nutricionistas, pelo que uma das principais conclusões da conferência “O Alentejo é Fish”, dedicada à Dieta Mediterrânica, apontou ao desenvolvimento de um trabalho que envolva pais e funcionários escolares. O projeto pode mesmo avançar para a margem norte do Sado, com a ambição de ensinar as crianças a «aprender a comer e a gostar de peixe». De resto, Maria Palma Mateus, do Conselho Científico da Fundação da Dieta Mediterrânica dá o mote: «É preciso que os pais habituem as crianças a comer peixe e desde cedo», disse, acrescentando que, para tal, basta que logo a seguir à fase da amamentação os progenitores vão introduzindo peixe na comida dos bebés. «Eles passam a gostar daquele sabor no futuro e nunca terão a tendência de dizer que não gostam. Es-

Palmela e Setúbal no ‘top 10’ dos maiores exportadores

Pessoal do restaurante “Filipe”

Famoso pela excelência do peixe fresco, o cinquentenário restaurante Filipe, onde as caldeiradas, e cataplanas são rainhas, aceita agora o desafio de conjugar os excelentes vinhos da Adega de Palmela a um menu com gosto a férias.


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Carlos Paixão, um dos sócios gerentes do conhecido Alfoz

Club Náutico Alfoz de Alcochete reabre com nova gerência DR

TURISMO, desporto e energia são áreas académicas dos 12 cursos de pós-graduação/especialização disponíveis a partir de outubro no Centro de Formação Avançada de Setúbal, numa iniciativa conjunta do município e da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. A entrada em funcionamento do novo centro de estudos foi formalizada esta semana na sala multiusos do Fórum Luísa Todi, com a apresentação dos cursos e especializações a ministrar. «Estamos a dar uma resposta naquilo que é um desígnio desta autarquia, nomeadamente na criação de oportunidades formativas e de valorização para a população», salientou o vereador da Educação, Pedro Pina. O projecto, a funcionar na Escola Profissional de Setúbal, arranca com horário pós-laboral, adaptado às necessidades dos alunos dos cursos, com o mínimo de 12 formandos. O Centro de Formação «permite criar aqui um pleno de potencialidades e de oportunidades», realçou o autarca, ao adiantar que «os cursos foram pensados e focados naquilo que são as necessidades formativas do nosso concelho, diversificando a oferta para os diferentes públicos».

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Centro de Formação Avançada de Setúbal arranca com 12 cursos de pós-graduação

Sessão de apresentação de mais esta valia de formação para o distrito

“Enologia”, “Qualidade e Segurança Alimentar”, “Perícias em Genética Forense”, “Futebol, Treino e Análise”, “Coaching”, “Personal Trainning”, “Manutenção em Sistemas Elétricos”, “Gestão e Monitorização de Energia”, “Eficiência Energética”, “Arquitetura Bioclimática”, “Gestão de Projeto e Arquitetura de Turismo” e “Reabilitação Urbana” são alguns dos cursos disponíveis. O autarca afirmou que estes cursos asseguram «uma maior qualificação e mais oportunidades para as pessoas, que ficam, mais aptas para lidar com os desafios do mercado de trabalho». No encontro foram assinados

protocolos de colaboração com os parceiros Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal, Sivipa, Casa Ermelinda Freitas, Adega Cooperativa de Palmela, Associação de Futebol de Setúbal e Malo Tojo, entre outros. Faria Ferreira, em representação do conselho de administração da Universidade Lusófona, afirmou: «Esperemos que o esforço de cada um dos intervenientes seja recompensado com o êxito deste centro de estudos», frisou Faria Ferreira, que assegura que «a Lusófona coloca toda a experiencia em prol desta parceria juntamente com a autarquia».

O CLUB Náutico Alfoz, em Alcochete, abriu as portas no passado sábado, com nova gerência atribuída à empresa Playeventos, Lda., criando 7 postos de trabalho. Destinado ao público em geral, entidades públicas e privadas, o Club Náutico Alfoz, com capacidade para acolher 600 pessoas, irá apostar em eventos de cariz corporativo, social, festivo ou para actividades náuticas. A festa de inauguração envolveu mais de 400 convidados que assistiram a concertos, ilusionismo e outras animações. «O espaço tem um potencial enorme, pelas características que apresenta, pela sua localização e pela proximidade

de Lisboa. Além disso, não existe espaço semelhante nas proximidades para a realização dos eventos/actividades que nos propomos desenvolver», realça Carlos Paixão, um dos gerentes, relembrando que, a partir de agora, o Club Náutico Alfoz passa a funcionar «a tempo inteiro». «Qualquer evento pode aqui ser desenvolvido, desde que o espaço o permita. O cliente expõe a sua ideia e nós executamos», vinca. Uma exposição de fotografia alusiva a várias paisagens e motivos de Alcochete pode ser visitada no espaço, enquanto a piscina pode ser utilizada pelo público em geral durante o verão.

CRÓNICA UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA

Ser autarca

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er autarca, eleito por um partido da oposição (ainda por cima do partido do governo) e ter um pelouro é como fazer política em cima de um arame farpado, com a susceptibilidade permanente de se cair. Se a essas características juntarmos um espírito autocrítico, daqueles que não defende o Governo apenas por defender e por ser do seu próprio partido, mas que simultaneamente não alinha em falsos moralismos dos socialistas, estes bem mais responsáveis por muitas medidas que Pedro Passos Coelho tomou do que o próprio, pois estão na base das suas necessidades, assim como de comunistas, bloquistas e às vezes até centristas, então estamos peran-

Paulo Edson Cunha Vereador PSD/Seixal te um conjunto de decisões tomadas sempre em contramão, desapoiado de qualquer facção, muitas vezes até do próprio partido. Vem esta dissertação a propósito das minhas interessantes reuniões de câmara onde eu, único vereador da dita família política de direita, continuo a defender a grande maioria das medidas deste governo e a dizer que independentemente dos muitos disparates que identifico no dia-a-dia, continuo a achar que o PSD é actualmente e neste contexto o melhor

para o País e em simultâneo, semanalmente acompanho a CDU, o PS e o BE m muitas medidas com impacto local que são fortes críticas ao governo. Faço-o, não para estar bem com Deus e o Diabo, mas sim para poder estar de bem com a mina consciência, com o interesse público e para com a defesa dos eleitores da população por onde fui eleito. Ora, mas sabemos que sobretudo a CDU é useira e vezeira na arte da contra-informação política e na criação de factos políticos, de tal forma que às vezes até entram em contradição. Na última Reunião de Câmara, no Seixal, chamei a atenção do Sr. Presidente para o facto de, na minha opinião, da mesma forma que eu costumo estar ao lado da CMS contra o governo, se for o caso, em defesa da população,

não lhe ficaria mal, assim como ao restante executivo da CDU elogiar a vitória do nosso governo numa matéria que beneficiará toda a nossa população e que se trata de ter conseguido negociar retirar a Península de Setúbal da Área Metropolitana de Lisboa no que concerne a apoios, ou seja, como esta era considerada “mais rica” tinha menor direito a apoios e assim esses apoios passam a ser possíveis. Por via dessa “conquista” as empresas do nosso distrito, entre as quais o Seixal passam a poder beneficiar do acesso a apoios e de fundos comunitários. Apesar do que aqui escrevi, a retórica do Sr. Presidente da Câmara para tentar desvalorizar e até desmentir esses factos foi de tal ordem que nem me apeteceu continuar a discussão. Enfim…

Da minha parte, continuarei a apoiar o meu município e até “bandeiras” de outros partidos, se necessário contra o meu governo, desde que seja no interesse da população que represento e se acreditar nas causas. Uma Nota final para um pedido que me foi comunicado há pouco: alterar a próxima reunião de câmara, antecipando-a da tarde para de manhã. Motivo? Para os trabalhadores poderem participar na Manifestação. Perguntei que Manif. Não me levem a mal, mas se eu fosse decorar todas as Manif´s, Plenários, Encontros, Jornadas de Luta, etc, etc, teria de adquiri uma agenda paralela para as poder apontar. Deixo aqui a pergunta, sem querer ofender os direitos de quem quer que seja: justificava-se mesmo esta alteração? Pois…


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III Feira da Gastronomia atesta qualidade dos alunos e mostra dinâmica

Festa de iguarias animou Escola Técnica Profissional da Moita

O

s alunos do curso de restauração da Escola Técnica Profissional da Moita puseram à prova os seus dotes culinários durante a III Feira da Gastronomia, na qual estiveram em destaque as iguarias do Alentejo, Madeira e claro, Lisboa e Vale do Tejo. Da nossa região, podia-se provar ‘Ameijoa à Moita’, ‘Jus de Bulhão Pato, coentros e limão’, ‘Torricado de sardinha em conserva de Setúbal’, ou a ‘Fogaça de Palmela com creme de laranja e limão da Serra dos Barris’, iguarias confedos produtos para a feira que, segundo disse, «serve num principal cionadas pelos alunos do curso de restauração, vertente cozinha pasobjetivo de mostrar as suas capacitelaria, e servidas pelos alunos na dades sob pressão da avaliação feivertente restaurante bar. ta por quem vem ao certame». E acresNum autêntico mar de sabores, centou: «É necessário preparar os alunos para as exigências cada vez a região da Madeira também esteve presente na feira com o ‘Chambão e mais altas dos clientes e desta escoAlcatra’, assado lentamente no forla saem com todas as capacidades no à madeirense com batata frita, ou inerentes à adaptação num mercao ‘Bolo Doce da Madeira com Melado onde a imposição da qualidade aumenta cada vez mais». ço’. Já da bem próxima região do Alentejo, as migas e o entrecosto não Ao contrário das anteriores edipodiam faltar, com o ‘Entrecosto de ções, que registou a presença de toPorco Aldeano’, frito em banhas com das as regiões portuguesas, este ano migas de pão alentejano a organização decidiu e espargos verdes. apostar apenas em três, Iniciativa mais refinada tem de forma a garantir um Também a salada de ganho grande maior empenho e dedipé de porco em coentraadesão de público cação dos ‘chefs’ e aluda chimichurri com cebola de Alcochete e pinos na elaboração e conckles caseiros, ou a sericaia alenfeção de produtos mais específicos, tejana, com calda de moscatel e ganhando assim «maior variedade uva moscata mostraram a corae originalidade». Volvidos três anos gem e audácia dos alunos e resda “Feira da Gastronomia da EPT ponsáveis do curso de restaurada Moita, a adesão do público tem ção em inovar nas iguarias tradivindo a aumentar, como explica ao cionais das várias regiões sem lhes Semmais Guilherme Rocha, diretor pedagógico da instituição. «No tirar o carácter que as define como início esta feira era apenas virada sendo específicas de cada local. para as famílias e amigos dos aluCeleste Alves, diretora do curso nos que entregam a sua sabedoria de restauração na Escola Técnica aos produtos mas hoje já se vê um Profissional da Moita, salientou ao Semmais o grande trabalho demonspúblico mais diversificado, nomeatrado pelos cerca de 140 alunos endamente os tutores de estágios dos volvidos na confeção e preparação alunos que trazem as suas famílias, Pub.

Os formandos e os docentes esmeraram-se numa iniciativa que tem ganho peso.

ou mesmo outros agentes da região diretamente ou indiretamente envolvidos com a escola». O carácter de firmar relações entre alunos, professores, orientadores de estágio e agentes de desenvolvimento da região é outra das razões pela qual a feira se realiza num único dia. O curso de restauração nas suas duas vertentes não foram os únicos em destaque na III edição da Feira da Gastronomia, que contou com a participação de outros na montagem e ultrapassagem de desafios inerentes a esta. «O curso de organização de eventos teve um grande papel fulcral para que o certame fosse um sucesso, bem como o de Comunicação, Marketing, Publicidade e Relações Públicas», frisa Guilherme Rocha, que ainda aponta para o novo curso de Produção Agrária como uma grande aposta no futuro da região que teve o seu espaço em destaque na Feira da Gastronomia, com a mostra de vegetais cultivados por alunos e ofertas de louro aos transeuntes. Rogério Matos

Cartório Notarial de Setúbal Notária Maria Teresa Oliveira Sito na Avenida 22 de Dezembro nº21-D em Setúbal Certifico, para efeitos de publicação que no dia três de Julho de dois mil e catorze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 61 do livro 269-A, de escrituras diversas, na qual: José Silva Pinto casado sob o regime da comunhão de adquiridos com Lília Maria Pereira Martins Pinto, residente na Rua das Marinhas, n.º 37, Brejos de Canes, em Setúbal, contribuinte número 215588991, justificou a posse, invocando a usucapião, do seguinte prédio: Prédio Urbano, composto de rés do chão para habitação, com a área coberta de setenta e sete virgula cinquenta e cinco metros quadrados e logradouro com a área de duzentos e oitenta e cinco virgula quarenta e cinco metros quadrados, sito na Rua das Marinhas, n.º 37, freguesia de GambiaPontes-Alto da Guerra, concelho de Setúbal, que confronta do norte com Rua das Marinhas, do sul com José Augusto Rendeiro Ralho, do nascente com Herdeiros de José Carolo e do poente com Gualdino José Estrabocha Lascas, ainda por descrever na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 3576. Está conforme. Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 03 de Julho de 2014. A Notária, Maria Teresa Oliveira

COMENTÁRIOS DIVERSOS (4 — Transportes)

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ONCESSÃO TPP-Só Transtejo tem impacto na Península Setúbal (mas interessa modelo financiamento que Autarquia Lisboeta quer aplicar c/ receitas: Estacionamento/IMI). Gov. assume dívidas, mas prejuízo estrutural, devido a: crise/desemprego, comboio transportar rápido/ cómodo e utentes transportados de/ para casa c/ rebatimentos autocarros, reduziram procura. Gov. referir que a partir de 2015 deixa de pagar indemnizações compensatórias, pode levar futura concessionária a deixar de usar tarifas sociais piorando a situação, ou exigir reequilíbrio financeiro. Mesmo assim 5 empresas manifestaram interesse na concessão Transtejo? A33 - Porquê não equidade nas portagens (tarifas em pequenos troços, isentos em troços maiores)? PONTE SEIXAL-BARREIRO– Além T. Contentores. Barreiro é prevista reativação cais Siderurgia Nacional. Será que também não é prioritária a reposição desta ponte permitindo ligar as Zonas Empresariais Barreiro-Seixal e, sendo percurso muito menor do que EN-10/A33/ IC21 retira tráfego a estas vias reduzindo muito as externalidades? C.R.AML-Concluídas: CRIL-PVG-IC32/A33 (CRIPS) falta concluir a Distribuidora Rodoviária da AML, apesar da queda de tráfego nas 2 pontes devido à crise/desemprego/aumento combustíveis. Realizados estudos p/determinar melhor localização/tipo infra-estrutura concluiram: 1º) Face à orientação da procura, só construção corredor Trafaria-Algés descongestionará a P25A(mais do dobro do tráfego da PVG) prevendo-se redução 40% no tráfego c/redução das externalidades, permitir reforço comboios ponte e contribuir p/ melhor tráfego na AML.2º) Túnel tem vantagens e.v. ponte: captação 20%superior tráfego virtude viabilizar para além da ligação à CRIL, ligação à marginal Lisboa-Estoril;Não tem impactos: visual/acústico/físico (não afecta áreas sensíveis (ex. Arriba Fóssil Caparica nem PDM´s); Custa menos 200M€ (túnel 570M€2008). Projectos ditos prioritários c/ valores superiores: Novo T.Contentores. APL (600M€) Barreiro; Modernização Ferrovia Aveiro-V.Formoso (900M€)?; Construção IP3 Coimbra-Viseu (600M€) mas ele já lá está? Ferrovia Sines-Badajoz (1000M€) enquanto Espanha não muda mercadorias p/bitola Europeia não basta resolver estrangulamentos capacidade e ligar Évora-Badajoz? PENA GOVERNO NÃO DAR PRIORIDADE AO FECHO DA CRAML DADO O SEU ENORME IMPACTO AML? AEROPORTO COMPLEMENTAR LISBOA - Inequívocos benefícios p/ actividades Económicas Distrito Setúbal se BA6-Montijo,

Caldeira Lucas (Eng.o, Gestor, Prof., Consultor) técnico/económica melhor segundo “players”: ANA/VINCI (Concessionária) APPLA/Ryanair. Ampliação não elástica Portela além segurança sobrevoo capital, levarão Gov. a decidir neste sentido! (Tive orgulho contribuir p/lobby-Distrito Setúbal p/este objectivo c/concorrência: Sintra/Cascais/ Alverca). AEROPORTO BEJA- Pós tentativas perde única ligação ficando “às moscas”. O que levou anterior Gov. a investir 40M€ na requalif. da Base Militar para Civil? Era previsto que servisse para transportar passageiros p/ Empreendimentos Turísticos Alqueva/ Litoral Alentejano mas a crise instalou-se e estes pararam. Apesar 147km fará sentido a sua complementaridade c/ Faro? Será que Sevilha (3h17min)/Badajoz (2h40min) não terão alternativas melhores? Projecto é tb p/ carga (prod: perecíveis do regadio Alqueva e alto valor acrescentado c/dimensão média. Cadeia comercial/produtiva/comercial está assegurada? Parqueamento/Manutenção aeronaves, Escola/ Investigação, Testes onde estão? Que prod. pesados/gr.dimensões serão produzidos região Beja que precisem portos Sines/Setúbal? Foi pena fábricas Embraer Beja e.v. Évora p/ cluster aeronáutico. Embraer não preferiria construir aeronaves Beja e.v. só asas/caudas? (Autor teve privilégio participar fase formação do proj.Embraer). O Autor (Mestre Transportes) foi: -Assessor Pl.Ctrl.Gestão/Director Grd. Empresa Nacional Transportes (20anos); Membro AG-Rodoviária Alentejo; Docente Universitário: Gestão-Logística/Aprovisionamentos e Economia de Transportes; Responsável DGV-Distrito Setúbal (e membro Comissão Segurança Rodoviária); Responsável dos Transportes/Acessibilidades Parque Expo; Administrador APSS-Administração dos portos de Setúbal e Sesimbra. -Consultor nas áreas Acessibilidades/Transportes: Avaliação/Reorganização de Empresas de Transportes; OID´s Madeira/Cascais; SONAE-Empreendimento de Tróia-Grândola; Auditor de Infra-Estruturas de Transportes p/Intervenção Operacional de Acessibilidades e Transportes; Participação em Gabinetes de Estudo, IST-Vias de Comunicação e “think-tank” Plataforma para o Crescimento Sustentável.


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CULTURA “Illusion” estreia em Setúbal pelo TAS

II Arruada da livraria Culsete

O Teatro Animação de Setúbal acolhe, este sábado, às 22 horas, no Teatro Carlos César, a peça “Illusion”, com João Brás e António Vaz Mendes, e direcção de Carlos Cur-

Livros com preços bonificados, encontros com autores e sessões de autógrafos, a par apontamentos musicais e de cinema são iniciativas da II Arruada da livraria Culse-

to, numa produção do projecto GoG. O espectáculo conta a história de dois actores desempregados que constroem um espectáculo por encomenda.

DICIONÁRIO ÍNTIMO Maria Teresa Meireles

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ó (do latim «nodus»): ligação, enlace, dificuldade, trama, laçada, enredo, vínculo, articulação. Atar, amarrar, prender. No plural, «nós» torna-se pronome pessoal. Os nós do/no nosso corpo: o «nó na garganta», o «nó no coração», os «nós no cérebro», os «nódulos» no peito, os «nós dos dedos», o «nó- de-Adão». Nós da madeira: «Não há carne sem osso nem madeira sem nó», diz o provérbio. O «nó da acção» equivale ao seu núcleo; «não dar ponto sem nó»: ser interesseiro. «Nós é coisa atada», diz o adágio. Os nós juntam, tornam um. «Dar o nó», casar, mantem esse sentido: duas pessoas, um só casal. «Nó cego»: porque o amor impossibilita a razão? Bloqueio e libertação: «deslindar o nó», desatar o nó. Antónimos de «nó»: abertura, facilidade, passagem, impedimento, desprendimento, desembaraço, divórcio. Para descer de uma janela, os nós nos lençóis são fórmula conhecida e comprovada. É costume dar-se nós nas plantas ou atar-se-lhes pedaços de tecidos para marcar caminhos. O nó é um marco, uma adição, uma chamada de atenção. O nó acrescenta qualquer coisa ao fio inicial, à sua regularidade lisa e contínua – por vezes uma imperfeição; outras vezes algo digno de nota ou rememoração. O Quipu era uma forma de mnemotécnica ou texto/tessitura que consistia na união de cordas (que poderiam ter diferentes cores e tamanhos) onde eram dados nós. Cada cordão poderia ter mais de um nó que equivalia a palavra ou número. A posição dos nós e a sua quantidade indicavam valores numéricos de acordo com o sistema decimal. Os nós dividem-se essencialmente em nós de ligação, nós fixos e nós de bloqueio. Os seres humanos poderão, também eles, reconhecer-se nesta

tipologia? «Nó»: medida náutica de velocidade. «Nó de marinheiro», «nó de enforcado», «nó de gravata», «nó heráldico». «Cortar o nó górdio»: os oráculos preveniram que quem desatasse o nó de Górdio (rei da Frígia que tinha morrido sem deixar herdeiros) dominaria toda a Ásia. Quinhentos anos mais tarde, Alexandre O Grande «desatou-o» de forma prosaica e eficaz: cortando-o com a sua espada. A expressão tornou-se então sinónimo de um problema aparentemente insolúvel resolvido de forma simples. No Brasil, na sequência do universo das coisas impossíveis, uma expressão deliciosa: «dar nó em pingo de água». Um dos clássicos do ilusionismo tem a ver com fazer-se atar e conseguir libertar-se. A magia tradicional vive também de «prender» ou «desprender» uma pessoa a outra - neste caso através de um laço/nó forçado ou reforçado através de rituais. «Os Nós e os Laços», de António Alçada Baptista; «Nós de Vozes», de Ana Paula Guimarães; «O Nó dos Livros», de Margarida Fonseca Santos; «Nó de Víboras», de François Mauriac – este último, um livro sobre a raiva e a amargura de um homem rico que, ao morrer, descreve o ninho de víboras em que tem vivido, o nó que o cercou, (en)cerrou e sitiou ao longo de toda a vida. Balzac, outro francês, escreveu: «A Avareza é um nó corredio que aperta cada dia mais o coração e acaba por sufocar a razão.» Balzac, à semelhança do que defendeu muito mais tarde António Damásio, entende a inteligência como emocional na sua essência. O nó é o que não deixa fluir e toda a Vida deverá ser fluidez e humidade. Talvez por isso Pablo Neruda tenha tornado o nó apenas estéril: «agora tens aridez de nó», escreveu. dicionariointimo@gmail.com

te, a realizar entre 4 e 13. A iniciativa da Culsete, que se faz na rua, no passeio em frente da livraria, na Av.ª 22 de Dezembro, decorre todos os dias das 15 às 23 horas.

Destinada a crianças e jovens, a escola irá dinamizar a comunidade

Club Setubalense arranca em Setembro com escola de dança para formar novos bailarinos Formar jovens bailarinos e dinamizar a comunidade em torno da dança são as principais metas da escola de dança do Club Setubalense que aposta num projecto coeso e inovador com docentes profissionais.

No histórico edifício onde funciona a sede social do Club Setubalense vai nascer um projecto de ensino

vontade de Alberto Prata, presidente da colectividade. «Queremos promover e dinamizar actio Club Setubalense, vidades relacionadas com a danlocalizado na Avenida ça, trazer gente de Setúbal a parLuísa Todi, em Setúbal, ticipar nas mais diversas activivai nascer em Setembro uma dades lúdicas, desportivas e artísticas», conta Sofia Rosado. escola de dança. Segundo a presidente do conselho pedagógico, A direcção pedagógica e o corSofia Rosado, as perspectivas po docente são compostos por vápara o projecto são as melhores. rios profissionais habilitados para «Vamos ter um projecto educao ensino em artes do espectáculo em dança, música e extivo coeso e inovador As matriculas centrado na formação pressões, nomeadamenpara a escola técnica e artística espete António Laertes, Sofia decorrem até cializada do aluno, bem Rosado, Rita Cardoso, Setembro como na formação inteMarina Popova, Sónia Rigral como indivíduo», realça a beiro e Sofia Amieiro. responsável. «Queremos desenvolver uma Classes de Iniciação ao Moaprendizagem especializada atravimento (dos 3 aos 9 anos), curvés do corpo e do movimento, so de formação de bailarinos/ uma aprendizagem centrada no curso básico de dança (2.º e 3.º desenvolvimento das capacidaciclos do ensino básico) e curso des técnicas, artísticas e perforsecundário de dança são as acmativas dos estudantes, formanções a ministrar neste novo prodo-os bailarinos profissionais jecto que surgiu no terreno por com todas as competências teóAntónio Luís

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ricas, técnicas e práticas exigidas em contexto artístico profissional actual», argumenta Sofia Rosado. A estrutura curricular é «bastante ecléctica», composta por várias disciplinas. As que são transversais à maioria dos anos, são: Técnica de Dança Clássica e Moderna, as Danças Históricas, de Carácter, a Música, a Expressão Dramática, entre outras com uma componente «mais criativa». As inscrições para as audições estão abertas e decorrem a 7, 8, 17, 15, 21 e 22 deste mês, às 10 horas, para o ensino básico, e às 12h30 para o secundário. Os candidatos são sujeitos a provas de técnica de dança moderna e clássica e a um momento de improvisação. As matriculas, condicionadas às aprovações do Ministério da Educação, decorrem até Setembro, em articulação com o Agrupamento de Escolas Sebastião da Gama.


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Adelaide Ferreira encerra festas A cantora Adelaide Ferreira encerra as Festas Populares da Baixa da Banheira, em honra a S. José Operário, com um grande concerto no palco principal do certame. Festas Populares da Baixa da Banheira • 21 horas.

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Cartaz...

Drama de um sobrevivente

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O actor Pedro Giestas protagoniza a história do drama de um sobrevivente que ficou esquecido numa aldeia deserta de Portugal. Sociedade Humanitária, Palmela • 21h30.

Sons do Mundo na Casa da Cerca

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Dono de uma das mais interessantes discografias do nosso país, o músico e compositor Rodrigo Leão tem conhecido o sucesso dentro e fora de portas, facto que lhe tem permitido ter convidados de peso nos seus discos. Forum Luísa Todi, Setúbal • 21h30.

Sábado

O concerto “Sons do Mundo” tem como principais influências o fado, a música clássica e a música do mundo, mesclando os sons da música oriental e ocidental, propondo uma viagem pelas emoções. Casa da Cerca, Almada • 21 horas.

Rodrigo Leão tour

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Musical do medalhão perdido O musical “The Love Boat” conta a história de um rapaz que após sofrer um desgosto de amor decide fazer um cruzeiro. Encontra um medalhão perdido e decide procurar a dona do mesmo, sem dar conta que procurava o amor da sua vida. Forum Cultural de Alcochete • 21h30.

Peça “Vestido de Noiva” em cena no auditório da Costa de Caparica até dia 20 deste mês

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DEPOIS da estreia, no passado sábado, a peça “Vestido de Noiva”, do Teatro na Gandaia, está em cena no auditório da Costa de Caparica, mais dois fins-de-semana, às sextas e sábados, às 22 horas, até 19 de Julho, e com uma sessão extra no domingo, dia 20, às 18 horas. “Vestido de Noiva”, uma das peças do teatro desagradável de Nelson Rodrigues, um dos maiores vultos da dramaturgia de Língua Portuguesa. A peça, encenada por Rui Cerveira, conta com texto de Nelson Rodrigues e interpretações de António Olaio, Carlos Dias Antunes, Elsa Viegas, João Dacosta, José Balbino, Josefina Correia, Luísa Nápoles, Maria João Garcia, Paulina Santos, Pedro Gambôa, Rui Pito, Rute HugmeNow e Tânia Ponte.

O TEATRO Artimanha volta a apresentar este sábado, às 21h30m, no auditório municipal de Pinhal Novo, a peça “ISOPROPILPROPHEMILBARBITURSAURESPHENILDIMETHILDIMENTHYLAMINOPHIRAZOLON”, com textos de Karl Valentim, numa encenação de Hugo Sovelas. As interpretações estão a cargo de Ana Guer-

reiro, Bruno Daniel, Ilda Silva e Paulo Borgia. Segundo Rui Guerreiro, diretor da companhia, o Artimanha tudo fará para que, durante cerca de um hora, o público esqueça a angústia, o desespero e o medo. «É uma peça com quadros divertidos e cheios de humor que o autor tão bem soube escrever», vinca.

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Comédia louca do Artimanha volta à cena

Ofertas Semmais •­­ Ligue e peça os seus convites Ganhe convites para Rock no Sado Temos para oferecer aos nossos leitores passes de três dias para o II Rock no Sado, que decorre no Parque Santiago, de 15 a 17 de Agosto, e que tem como cabeças de cartaz os Xutos & Pontapés, Boss AC e Richie Campbell. Basta ligar 918 047 918.


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LOCAL Setúbal volta a sambar no calor do verão

D8 vai cantar à Feira de Agosto

Setúbal volta a sambar com o Carnaval de Verão, evento que decorre de 17 e 20, no jardim da beira-mar. A novidade é uma mini-feira de gastronomia e artesanato.

D8 (Diogo Valente), que se revelou no “Factor X”, da SIC, é o primeiro nome a subir ao palco da Feira de Agosto, a 28 de Agosto. Nos próximos dias o município promete

Moita venera S. José Operário

A iniciativa, organizada pela ACOES, tem como ponto alto, dia 19, um desfile de carnaval a percorrer, às 22 horas, na Avenida Jaime Rebelo.

divulgar o cartaz completo dos espetáculos no palco principal da feira, que decorre de 28 de Agosto a 1 de Setembro no Parque de Feiras e Exposições de Grândola.

Vitor Proença deslocou-se a Évora para participar nos contratos de financiamento

InAlentejo avança com verba para recuperar Torre do Relógio de Alcácer

ATÉ este domingo, continuam a decorrer na Baixa da Banheira as festas populares em honra de São José Operário. Concertos, fogo-de-artifício, diversão, artesanato, movimento associativo, doçaria e gastronomia, são os principais ingredientes desta festa. Do rock ao fado, passando pelo hip-hop, rap e dance music, não faltam propostas musicais, para todos os gostos, nos dois palcos, todas as noites às 22 horas. Os Ibéria e Adelaide Ferreira fazem parte do cartaz. Há ainda espaço para os tradicionais bailes populares, jogos tradicionais, futebol, atletismo e a procissão em honra de São José Operário. Estas festividades remontam aos anos 60 e estão associadas à criação da paróquia de S. José Operário.

A recuperação da Torre do Relógio, que apresenta sinais de desgaste, devido à erosão causada pela intempérie, é urgente.

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presidente do município, o “desgaste generalizado do reboVítor Proença, participou co em cal devido a erosão do venesta semana na sessão de to e chuva” na parte superior, “inassinatura de contratos de financlusive com erosão e lacunas já ciamento referentes a projetos de nas alvenarias e friso” na torre sipatrimónio cultural, que decorreu neira, e fissuras e fendas horizonna galeria de exposições da CCDRA, tais no reboco na zona do murete em Évora, com a presença dos Secredo miradouro. Ainda de acordo tários de Estado do Desenvolvicom os técnicos “nos restantes pamento Regional e da Cultura. ramentos é visível o descolamenSão 16 novos projetos na área to do reboco mas não se verificam do património cultural que vão ser fissuras de especial relevância”. Entre as intervenções previsdesenvolvidos no Alentejo, num tas está a “limpeza total da torre a investimento total de 12,8 milhões de euros, com um financiamento seco”; a colocação de redes que imcomunitário que ronda os 10,2 mipeçam a entrada de pombos; a relhões. A Torre do Relómoção das diversas fixaCalçado gio de Alcácer é um dos ções em metal oxidado, português a “fixação do sino e fermonumentos com verfotografado na ba prevista neste pacoragens necessárias após Carrasqueira te para a sua recuperao seu tratamento e pinção. tura” e a “remoção do tirante exisA Torre do Relógio foi visitatente no murete do miradouro”. da em 2012 por técnicos da DireO cais palafítico da Carrasqueição-Geral do Património Cultura, na Comporta, voltou a ser o ceral que, na altura, apontaram para nário escolhido para o mundo da

A Torre do Relógio é um dos monumentos históricos de rara beleza na cidade

moda do calçado, desta vez no âmbito de uma campanha destinada a promover o calçado português a nível internacional. Da responsabilidade da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos, a sessão fotográfica teve lugar ontem, sexta-feira. A equipa de dez elementos foi liderada pelo conceituado fotógrafo Frederico Mar-

tins, que em 2011 e 2014 esteve nomeado para fotógrafo do ano nos “Fashion Awards”, da Fashion TV, e em 2009 venceu o prémio de melhor fotógrafo de moda nos “Prémios Revelação”. Esta sessão fotográfica visou criar imagens para a promoção do calçado português no mercado internacional, destinando-se a ser publicadas na revista Vogue Itália Acessórios.

Mercado Municipal de Palmela

ARRANCAM hoje os “Mercadinhos de Palmela”, que prevêem a realização de várias mostras e mercados temáticos quinzenais. A iniciativa, que se prolongar até outubro, no terraço do mercado da vila, pretende contribuir para a dinamização comercial e turística do núcleo mais antigo da vila. Os “Mercadinhos de Palmela” dividem-se em mostras de velharias e colecionismo (5 de julho, 2 de agosto e 6 de setembro), mercado Agrobio e produtos locais (19 de julho, 16 de agosto e 4 de outubro) e o chamado “Mercado das Pulgas”, com venda de artigos em 2ª mão de particulares (20 de setembro e 18 de outubro). Paralelamente a cada mostra, haverá animação com o envolvimento de agentes económicos locais.

equipamento vai estar aberto durante os meses de Verão, de terça a sexta-feira, entre as 9 e as 19 horas; aos sábados e domingos entre as 9

sexta-feira, no período compreendido entre as 10 e as 12 horas, as piscinas estarão reservadas para a iniciativa “Férias Jovens”.

Alcochete arrenda salas do Forum

Forum Cultural de Alcochete

O MUNICÍPIO decidiu arrendar as salas 5 e 6 do Fórum Cultural de Alcochete. Os interessados em apresentar as suas propostas devem formular a sua proposta na Divisão de Administração e Gestão de Recursos, no município. A renda mensal é de 300 euros e o contrato será celebrado pelo prazo de três anos. O critério de adjudicação será o da proposta economicamente mais vantajosa, tendo em conta os factores de ponderação.

Grândola investe nos fogos DEPOIS de aprovados os planos municipais de emergência de proteção civil e da defesa de floresta contra incêndios e o plano operacional municipal, o município está a proceder aos trabalhos de limpeza das bermas das estradas num total de 100 quilómetros, e à adaptação das bocas e marcos de incêndio ao serviço dos bombeiros. A verba destinada à prevenção e combate a incêndios contempla ainda ações de sensibilização junto da população, a adaptação de veículos e meios de proteção civil, apoio ao heliporto e meios associados e as refeições dos bombeiros da equipa de combate a incêndios.

Tasquinhas animam Sines

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Piscinas de Santiago já abriram Mostras temáticas AS PISCINAS descobertas do pare as 13 horas, e entre as 14 e as 19 honos mercadinhos que urbano do Rio de Figueira, em ras. As piscinas encerram às segunSantiago do Cacém, abriram ao púdas-feiras para manutenção. de Palmela Até 24 de julho, entre terça e blico no passado dia 1 de julho. O

A cavala é mote para concurso

AS TASQUINHAS estão de volta a Sines, de 12 de Julho a 3 de Agosto. Destinam-se a promover a vocação marítima através de um recinto que conjuga paisagem, animação e sabores locais. Têm também como objetivo impulsionar o associativismo local, uma vez que são as coletividades as ocupantes dos expositores. As Tasquinhas localizam-se na Av.ª Vasco da Gama. Este ano volta a realizar-se o concurso de melhor prato confecionado com cavala fresca.


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Farol de Sesimbra está em obras O FAROL do Cabo Espichel está encerrado até dia 20 para obras de manutenção no interior. A partir dessa data o edifício será novamente aberto ao público para dar a conhecer a missão do farol e a função dos faroleiros. Construído em 1790, o farol é um dos mais antigos do país e um dos 30 abertos ao público a nível nacional. A sua edificação está ligada à primeira intenção de iluminar as costas portuguesas, conhecidas até à segunda metade do século XVIII como “costas negras” pelos navegadores ingleses. O sistema de iluminação só foi alterado em 1883. A partir daí ocorreram várias modificações para melhorar a sinalização visual e sonora. Tem alcance luminoso de 26 milhas e encontra-se automatizado.

As nove marchas de Almada cumprem tradição no pavilhão do Feijó

lho, a partir das 16 horas, no referido pavilhão. Eis os temas e as marchas participantes: Associação Almadense Rumo ao Futuro – “Os passeios a cavalo em tempos de outrora”; Centro Comunitário PIA II – “Alma d’Água”; Associação Cultural Capa Rica – “Caparica, uma arte traçada no chão”, Rua 15 – “Rua 15 volta a marchar”; Monte de Caparica

ESTE sábado e domingo tem lugar a 12.ª edição da Festa dos Povos - Festividades da Tabanka, no bairro da Quinta da Princesa, em Amora. A festa promove a multiculturalidade dos países africanos de língua portuguesa com mostras de música, gastronomia e cultura, que decorrem das 20 às 24 horas de sábado e das 10 às 24 horas de domingo. A iniciativa recria uma velha tradição cabo-verdiana das festas de romaria dos santos populares, o Colá San Jon. Esta iniciativa é organizada em parceria pela Câmara do Seixal, Junta da Amora, Associação de Reformados e Idosos da Freguesia de Amora, Comunidade Católica da Quinta da Princesa, Associação Juvenil Esperança, Projeto Tutores de Bairro do Programa Escolhas, Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento Pedro Eanes Lobato, Escola Básica da Quinta da Princesa, Associação de Escoteiros de Amora e Grupo Desportivo, entre outros.

Barreiro abriu o espaço memória na baía do Tejo FOI inaugurado no dia 29, no parque Baía do Tejo, o Espaço Memória, que engloba a exposição permanente das reservas museológicas, o arquivo municipal e uma nova galeria de exposições temporárias, onde está patente a mostra “30 anos de Cidade”. Na inauguração do espaço foi efetuada, pelos técnicos da autarquia, uma visita guiada ao fundo documental do Arquivo Municipal do Barreiro e às doações de particulares, ao acervo museológico do concelho, desde o povoado neolítico até à Companhia União Fabril e à exposição “30 anos de Cidade”. No âmbito cultural, a mostra visa também recordar a evolução da música urbana, sendo que, ao longo do ano, estão pre-

“Lugar de Encontros” dá música ao concelho do Montijo A MÚSICA é protagonista do projeto “Lugar de Encontros”, este sábado, às 21h30, na Casa Mora. Não perca o encontro de cordas entre o Grupo Coral do Montijo e a Orquestra de Guitarras – Guitardrums. Trata-se de um concerto invulgar, que alia as vozes do Grupo Coral do Montijo ao som das cordas dos Guitardrums e que promete surpreender os espetadores.

– “Lendas do S. João de Almada”; Pragal – “Taberna Portuguesa”; Al-Madan – Freguesia de Almada – “Amar Almada, pelas mãos do seu passado…”; Costa da Caparica – “Costa coração de marinheiro”; Beira Mar de Almada – “Beira Mar de cravo na mão” e Figueirinhas – “Cacilhas uma história de amor”. As marchas já desfilaram no dia 23 de Junho, na Avenida.

Seixal recebe Festa dos Povos

Com mais esta iniciativa o “Lugar de Encontros”, promovido pelo município, em parceria com diversas entidades, continua a animar a cidade e o concelho com várias atividades, sempre na perspetiva de, cada vez mais, transformar o espaço público num local de encontro, potenciando o sentimento de pertença e apresentando novos modos de olhar e sentir o Montijo.

INICIATIVAS

Piquenicão em Grândola A Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos MURPI realiza no dia 15, das 10 às 19 horas, no parque de exposição e feiras de Grândola, o 19.º Piquenicão, com a envolvência de mais de 50 grupos de cantares e de música das suas associações de reformados, para valorizar as componentes cultural e associativa.

Energias renováveis no Seixal O RioSul Shopping apresenta este sábado e domingo, a 9.º edição da Exposição de Energias Renováveis e Eficiência Energética. Trata-se de uma mostra para o público em geral conhecer empresas do setor da energia, as tecnologias e produtos que comercializam. O público tem oportunidade de se inteirar das novidades nesta área e experimentar produtos.

Património à la carte

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O COMPLEXO dos desportos “Cidade de Almada”, no Feijó, recebe este sábado, às 22 horas, a grande final das Marchas Populares de Almada, que envolve nove marchas a concurso, na sua maioria constituídas por jovens marchantes. Os atores João de Carvalho, Paula Marcelo, João Figueira, Mara Galinha, Paulo Vasco, Rosa Villa ou Filipe Salgueiro são algumas das personalidades que apadrinham as marchas populares de Almada. Os vencedores serão conhecidos no final da noite. Além das marchas concorrentes, no início da noite haverá uma atuação especial da marcha da Associação Almadense Rumo ao Futuro, instituição particular de solidariedade social sem fins lucrativos, que apoia jovens e adultos com deficiências intelectuais e motoras. Os bilhetes para assistir ao espectáculo custam 3 euros e podem ser adquiridos junto das marchas participantes e no dia 5 de ju-

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Marchas de Almada mostram surpresas e coreografias aos júris

O Espaço Memória pretende ser um espaço dinâmico e criativo

vistas várias iniciativas neste espaço como conferências, espetáculos, entre outras, sendo igualmente uma área aberta aos contributos da população e das instituições. Na inauguração do Espaço Memória, o presidente do município realçou que a cultura tem

de fazer parte de um desenvolvimento integrado e sustentado. «Queremos que este espaço seja uma memória dos cidadãos e que se construa com a criatividade de todos. Pretendemos que seja um espaço dinâmico e criativo que nos projete para o futuro», referiu.

Setúbal mostra potencialidades de Azeitão A 25.ª edição das festas da Arrábida e Azeitão, onde está em destaque a gastronomia e o artesanato, decorrem em Vila Nogueira de Azeitão até este domingo. Este sábado há a celebração de uma missa na Igreja de S. Lourenço, às 16 horas, e partida do Círio de N.ª Sr.ª da Arrábida, às 17h30, que regressa a Azeitão no dia seguinte. À noite, atuam as marchas populares, e logo depois, o cantor Toy dá um concerto, enquanto à meia-noite há música e dança pelo con-

junto de baile da Sociedade Filarmónica Providência. Um passeio de BTT, às 9 horas, dá início ao programa do último dia das festas. As marchas da Diabo no Corpo – Associação Cultural e da Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense apresentam-se ao público num desfile agendado para as 21 horas. Um concerto pela Orquestra Bohemia da Sociedade Providência, às 22h30, e baile com André Patrão encerram o programa.

Com ementa diversificada, os Patrimónios à la Carte regressam com novas sugestões de visita ao património, que aliam diferentes temáticas e experiências. Ali pode percorrer a rota dos dinossáurios, visitar o património industrial, descobrir a Sesimbra da época medieval e dos descobrimentos ,e navegar segundo a arte náutica noturna dos pescadores da terra.

Troca de manuais A biblioteca do Barreiro promove o “Dar de Volta” que consiste em receber manuais escolares para depois facultá-los a quem deles necessita. Este projeto coletivo, intermunicipal, que se baseia nos conceitos de solidariedade e rentabilização de recursos. Para que o projeto continue, participe entregando, ao longo do ano, manuais escolares do 1.º, 2.º 3.º ciclos e secundário, a partir de 2011.


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NEGÓCIOS Filipe Cardoso, gerente e enólogo da Sivipa, faz balanço da atividade da empresa

Negócio de vinhos de qualidade da SIVIPA sempre a crescer A gozar de boa saúde, tanto na faturação como na exportação, a Sivipa, que está a celebrar 50 anos de existência, orgulha-se de produzir o Melhor Vinho Tinto da região. O Ameias Syrah é o néctar mais medalhado da firma de Palmela, que aposta, agora, em nova imagem dos seus vinhos e da própria loja onde se podem adquirir vinhos de grande qualidade a preço de produtor. O enólogo Filipe Cardoso diz que o segredo dos néctares está na boa uva. António Luís Semmais – Como goza de saúde a Sivipa? Filipe Cardoso - A Sivipa tem registado algum crescimento e está de boa saúde. Esperamos este ano continuar a ver crescer a nossa facturação. O nosso grande trunfo sempre foi ter no mercado vinhos originais e com uma boa relação preço/qualidade. Quantos prémios conquistaram este ano? O ano ainda vai a meio e já conquistámos 20 medalhas, das quais 7 de ouro, em concursos nacionais e internacionais. É de realçar o tinto Ameias Syrah, que alcançou o galardão de Melhor Vinho Tinto da Península de Setúbal, no concurso da CVRPS, que coincidiu com a reestruturação da imagem do vinho. Esse néctar conquistou ainda várias medalhas de ouro em França e na Bélgica. Este

Ameias Syrah, este ano, já ganhou 7 medalhas. Qual o segredo do sucesso deste Ameias Syrah, o mais medalhado da Sivipa? Sem dúvida e, talvez, um dos vinhos portugueses mais medalhados no ano. O segredo do sucesso reside em uvas de boa qualidade, controladas desde a sua nascença, e no método de estágio que dura 4 meses em barricas. É um vinho macio e encorpado que dá prazer de beber e é aconselhável para acompanhar com o nosso queijo de Azeitão e pratos de caça. Mas também se pode apreciá-lo, sem nada, ao pôr-do-sol. Qual a medalha que maior gozo deu à empresa ganhar este ano? Foi a medalha do Melhor Vinho Tinto da região, conquistada no concurso da CVRPS, com o vinho Ameias Syrah, 2013. Somos uma região maioritariamente de vinhos tintos e, sermos distingui-

A empresa vitivinícola Sivipa é uma das grandes ‘casas’ do setor da região, com crescimento sustentado

dos com esse galardão é um grande orgulho. Já tínhamos ganho a medalha do melhor moscatel da região, em 2005. Falta-nos conquistar o melhor vinho branco. Das últimas novidades vinícolas, quais pretende destacar? Este ano lançamos muitas novidades e apostámos em nova imagem. A Sivipa, que este ano comemora 50 anos de existência, tem vindo a apostar na reestruturação de várias imagens, sobretudo na linha da gama Ameias. Além disso, lançamos o Personalizado Private Sellection, não esquecendo o novo licoroso, com colheita de 2005, que será lançado dentro um mês ou dois. O Ameias Sellecção de

Enólogo surgiu com novo formato e design. E ainda este ano, iremos lançar o Moscatel velho de 1996, com nova garrafa e imagem. No ano passado alterámos o logotipo de empresa e este ano estamos a desenhar nova imagem de rótulos. E no que toca a investimentos na adega, o que convém salientar? A fachada exterior do edifício foi pintada, bem como o piso do 1.º andar. A loja apresenta um novo visual. Está muito agradável. Convido toda a gente a vir visitá-la e adquirirem vinhos a preço de produtor. Está aberta todos os dias das 9 às 17h30. Vamos também colocar lonas no edifício exterior para dar maior visibilidade à adega.

As exportações estão no bom caminho? Sim, estão a crescer. Já exportamos para Inglaterra, Angola, China, Polónia, Suíça, Holanda, Bélgica, República Checa, Bulgária, Canadá, Itália e Roménia. Para Angola, as exportações têm decorrido bastante bem. As exportações ajudam-nos a crescer 20 por cento na facturação. Este ano vão voltar a marcar presença na Festa das Vindimas? Sim, tanto no cortejo de carros alegóricos como no espaço de venda de vinhos. São as principais festas do concelho que dão grande visibilidade aos nossos vinhos.

Troia Degusta recebeu mais de 1 700 visitantes OS VINHOS e sabores das Terras do Sado foram os anfitriões do ON TROIA DEGUSTA, uma iniciativa integrada na agenda de eventos ON TROIA para a promoção do destino que teve lugar nos passados dias 28 e 29 de Junho e que contou com mais de 1700 visitantes. O evento ao ar livre e de entrada gratuita fez as delícias do público que se deslocou ao Centro de Tróia para assistir às harmonizações de vinhos com pratos típi-

cos da região apresentados pelo Chef Martianes Candeias e ao workshop de sangrias protagonizado pelo barman José Andrade, ambos do restaurante Azimute, no Aqualuz Suite Hotel Apartamentos. Também as provas de vinhos comentadas e as apresentações de doçaria, chás e azeites fizeram sucesso entre os presentes. Durante o fim-de-semana do ON TROIA DEGUSTA, foi também possível experimentar os sabores

mais tradicionais das Terras do Sado, entre vinhos, enchidos, queijos, doces e compotas, queijos e licores artesanais de produtores locais de Setúbal, Palmela, Alcácer do Sal, Santiago do Cacém, Grândola, Azóia e Azeitão. A animação foi ainda garantida pela música ao vivo do Quarteto Fados “Deolinda de Jesus” e do grupo “Fado Reguila”, dedicado aos mais novos, em momentos de diversão para toda a família.

«Agradecemos a todos os produtores e visitantes que fizeram da primeira edição do ON TROIA Degusta um sucesso», refere João Madeira, director-geral do TROIA RESORT. E acrescenta: «Depois de termos dado a conhecer o que de melhor se faz na gastronomia da região, já estamos a preparar o ON TROIA Verão, um programa que, a partir de 12 de Julho, de manhã à noite, promete muito divertimento para toda a família».



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POLÍTICA Ana Catarina Mendes vai candidatar-se à liderança da federação socialista A deputada Ana Catarina Mendes vai candidatar-se à presidência da federação de Setúbal do PS e disputar a liderança de Madalena Alves Pereira, que se recandidata. A deputada, que faz parte da concelhia de Almada foi a escolhida

pelo grupo que tem contestado a gestão da atual líder, nomeadamente após os resultados das últimas autárquicas. Catarina Mendes conta com apoios dispersos e de muitas figuras ligadas a anteriores lideranças da federação, como

Vítor Ramalho, Eduardo Cabrita e Pedro Marques, para além dos restantes deputados eleitos nas últimas legislativas. As eleições ocorrem em Setembro, altura das primárias socialistas, entre António José Seguro e António Costa.

Governo assume que porto está mais perto do Barreiro e Câmara aplaude

Porto de contentores para o Barreiro está mais que provado

Roberto Dores

A

frase é do ministro da Economia, Pires de Lima, e vai ao encontro das ambições da Câmara do Barreiro. «Tudo aponta para que o futuro porto de contentores de Lisboa se localize neste concelho», disse o governante, reportando-se aos terrenos da Quimiparque, acrescentando que «já está mais ou menos provado» que é possível construir uma infraestrutura portuária na zona com cerca de 14 metros de profundidade, potenciando os territórios, «em especial da Baía do Tejo», salientou. Pires de Lima alertou ainda que a disponibilidade revelada pela autarquia para receber este investimento agradou à tutela, destacando o ministro ter sido «com alegria que o município recebeu a notícia», ressalvando apenas que apesar de todos os ventos serem favoráveis à instalação do terminal de contentores,

ainda falta proceder ao que o governante designa por «últimos estudos». Será deles que depende a confirmação do projeto. «Ainda estamos a receber estudos técnicos e ambientais», esclareceu, enquanto Jacinto Pereira, presidente da Baía do Tejo, afirmou que um novo porto no Barreiro, a ser construído em território da empresa, será importante para atrair mais investimento para a região. Opinião corroborada por Armando Luís Serrão, presidente da Associação Comercial do Barreiro e Moita (ACBM), para quem a cidade «precisa de alguma coisa em grande que a volte a dinamizar. Não podemos continuar a assistir ao declínio desta terra. O terminal de contentores pode ser a oportunidade que esperamos há muitos anos», insiste, enquanto exibe os sinais da crise com a perda de metade dos sócios da ACBM na última década. De mil para pouco mais de 500.

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O ministro da Economia garantiu a semana passada que falta pouco para decidir a localização no Barreiro do novo porto de contentores. A autarquia anseia pelo ‘sim’.

O ministro Pires de Lima comprometeu-se e é adepto da opção Barreiro

O presidente da Câmara, Carlos Humberto, tem defendido a construção do porto nos terrenos da Quimiparque desde a primeira hora. Recorde-se que a infraestrutura chegou a ser equacionada pelo Ministério da Economia para a Trafaria (Almada), mas depois de acesa contestação popular, recuou para os terrenos hoje geridos pela Baía do Tejo, mas onde durante décadas se celebrizou a antiga CUF (Companhia União Fabril).

Só nas ditaduras quem discorda é traidor

A

propósito da disputa interna que se está a travar dentro do Partido Socialista e que culminará com as eleições primárias que se realizarão dia 28 de Setembro para a escolha de candidato a Primeiro-ministro nas próximas eleições legislativas, muito se tem dito e escrito e há uma palavra que surge com frequência no léxico do debate – traidor. Muitos e muitas que apoiam a candidatura do atual Secretário-geral, António José Seguro, apelidam António Costa de traidor, e fazem-no porque António Costa no rescaldo do ato eleitoral para o Parlamento Europeu, decidiu tornar pú-

blica a sua disponibilidade para disputar a liderança do Partido. A disponibilidade de António Costa surge com apoio de muitos e muitas socialistas simplesmente porque havia espaço, descontentamento e vontade, para uma mudança na liderança do PS. Estes movimentos de discordância e de outras opções são normais em liberdade e em democracia. Estes ato de vontade própria e coletiva não é novo na história do PS e na história dos outros partidos. Não indo mais a trás, desde o sótão onde Guterres preparou a disputa de poder a Jorge Sampaio ou o caminho que Sócrates trilhou pelo Por-

Catarina Marcelino Deputada PS tugal socialista na procura de apoios para se candidatar quando a oportunidade surgiu com a demissão de Ferro Rodrigues, até ao percurso de António José Seguro que durante anos e mais intensamente durante a governação de José Sócrates reforçou os seus apoios nas federações, manteve-se distante e sem ter uma voz ativa no momento das decisões difíceis que o Governo teve que tomar, e quando a oportunidade chegou, no exato momento em

O autarca entende que a implementação do terminal de contentores, que coincide com a «visão estratégica» apontada no Plano de Pormenor do município para aquele espaço à beira do Tejo - situado entre outros os dois terminais já existentes, um de líquidos e um de granel - poderá mesmo traduzir o regresso do Barreiro aos tempos que se assumiu como cidade com forte peso industrial na margem sul.

que Sócrates tinha acabado de informar a Comissão Nacional que se demitia, Seguro anuncia que está disponível para a liderança. É verdade que é a primeira vez no PS que alguém se apresenta para disputar a liderança sem que o líder em exercício esteja demissionário. Mas o momento que o país atravessa não é um momento como os outros, e também é verdade que esta situação só aconteceu porque António José Seguro não teve a capacidade de tornar a sua liderança numa liderança suficientemente segura e abrangente para que este momento não tivesse condições de acontecer. Hoje, após as eleições para o Parlamento Europeu, em que o próprio António José Seguro decidiu na sua estratégia eleitoral “re-

Contestatários da Trafaria reclamam vitória A contestação em Almada começou logo no dia 22 de Fevereiro de 2013, quando o anterior ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, anunciou a intenção de lançar um mega terminal de mercadorias para a Trafaria. Da direita à esquerda fizeram-se ouvir vozes contra, por entre manifestações que juntaram centenas de moradores. «Ficou provado que tínhamos razão, foi uma vitória do povo», diz a presidente da Junta da Trafaria e Caparica, Teresa Paula Coelho, para quem «o turismo, que é a nossa aposta para as praias de excelências, só assim pode ter futuro». O Governo começou por preferir a Trafaria, porque permitia receber navios de grande dimensão, ao passo que ao Barreiro só poderão chegar barcos mais pequenos e os contentores terão de entrar em terra para serem distribuídos por camiões ou comboios.

ferendar” a sua posição como candidato a Primeiro-ministro quando apresentou, uma semana antes, as 80 medidas base para o programa de Governo, e tendo obtido um resultado de apenas 33% num momento em que o país está em rutura com o atual Governo e quer uma mudança de governação, levou à circunstância, porque o tempo se tinha esgotado, de António Costa avançar com sentido patriótico e pensando no futuro de Portugal. É assim que surge esta disponibilidade que não é contra ninguém, mas a favor do país. Chamar traidor a António Costa é um ato antidemocrático, um adjetivo que não se adequa à Declaração de Princípios do PS, porque só nas ditaduras quem discorda é traidor.


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DESPORTO Ricardo Ferreira campeão europeu de Orientação

Núcleo do Sporting reabre em Setúbal

Ricardo Ferreira, aluno da Secundária de Pinhal Novo, sagrou-se Campeão da Europa de Jovens de Orientação Pedestre, no escalão M16, em sprint. O Campeonato da

Depois de vários anos de inatividade, o Núcleo do SCP em Setúbal voltou a reabrir para juntar sócios e adeptos do clube e com o objetivo de divulgar as con-

Europa decorreu na Macedónia e o jovem atleta, que integrou uma comitiva composta por onze atletas, venceu a prova com meio minuto de vantagem sobre o segundo.

quistas do clube nas várias modalidades. O Núcleo, cuja sede está instalada na zona de Vale do Cobro, conta já com um número considerável de associados.

Apelidos que dão que pensar…

F Corrida noturna de Setúbal já tem um ano e está a ganhar fôlego

Prática desportiva e convívio junta centenas todas as semanas Começaram por ser algumas dezenas, hoje são mais de cinco centenas os adeptos semanais da corrida noturna que se realiza em Setúbal duas vezes por semana. Marta David

A

s corridas noturnas ganham adeptos um pouco por todo o país numa tradição que se cria e se importa de além-fronteiras. A ideia é juntar um grupo cada vez maior de praticantes de corrida e caminhada num hábito semanal evitando as desculpas do “não tenho tempo”, “não tenho dinheiro” ou “não tenho

companhia” para praticar desporto. Em Setúbal, a corrida noturna começou em Junho do ano passado com uma mão cheia de entusiastas que foram chamando outros e, de semana para semana o número de pessoas à partida foi crescendo. A correr ou a caminhar vão em grupo desde a Praça do Bocage, percorrendo a avenida Luísa Todi e a marginal de Setúbal até ao Parque Urbano de Albarquel voltando a repetir o percurso no sentido inverso, sempre por volta das nove da noite. Ao início as corridas aconteciam às quintas-feiras, mas o aumento significativo de adeptos e o «bom ambiente que se gerou» levou a que a organização informal passasse a realizar a iniciativa às terças e quintas.

Acima de tudo a corrida noturna pretende promover hábitos de vida saudáveis e o convívio entre pessoas de várias idades, mas, ao longo dos meses outros motivos levaram mais e mais pessoas a participar. No Natal, o caráter social do evento fez-se sentir com a recolha de alimentos para grupos de jovens que vivem numa instituição social e recentemente a prova recolheu também fundos para ajudar uma doente com cancro. O interesse cada vez maior pela corrida tem criado tem permitido ainda algumas “brincadeiras” como a “corrida do pijama” e um flashmob de aniversário, enquanto os participantes vão desenvolvendo laços de amizade e promovendo outras iniciativas.

ace às sucessivas incertezas da bastante difícil condução do Vitória de Setúbal, com o “flagelo dos cifrões” a atrapalhar, nada melhor poderia acontecer senão ter paciência. E, curiosamente, o novo técnico dos “sadinos”, de inegável valor e prestígio, é Paciência – Domingos, de nome próprio e de apelido condizente com as hostes do Vitória no preâmbulo de uma nova temporada. Há, de facto, apelidos que dão que pensar, ajustados ou antagónicos às personalidades que os ostentam. Alguns exemplos, muito ao correr da pena: Valentes que são ousados, Virtuoso de escassa habilidade, Evangelista pouco católico, Claro de tez muito morena, Sereno que é inquieto e por aí adiante… Voltemos, porém, pacientemente, ao Paciência vitoriano. Há muitos anos, na transição da década de 30 para 40, anda nos sentimos capazes de recordar um outro futebolista de apelido Paciência, Aníbal de 1º nome, médio-ala do Sporting, companheiro e amigo de Fernando Peyroteo, ele também de origens africanas. Não foi um jogador de excelência, com mais força do que jeito, chamado à condição de ter paciência quando veio de Portalegre para os “leões” um “miúdo” de muito talento – Carlos Canário, o principal “municiador” do quinteto de “violinos”, entre 1940

David Sequerra Colaborador e 1950. Quando eu era menino e moço e me deliciava a coleccionar “cromos da bola”, lembro-me que o “colossal” Aníbal Paciência era dos mais difíceis de conseguir, envolto em peganhentos rebuçados de duvidosa qualidade. Agora é a vez de “mister” Domingos (Paciência) revelar-se compreensivo e paciente quanto aos desígnios do Vitória de Setúbal que vai perder alguns dos seus mais destacados elementos como o “keeper” Kieseck e o atacante Rafael Martins, havendo dúvidas de desejada continuidade quanto a Ricardo Horta, Tiba e Venâncio. Quando redigimos mais esta crónica havia ainda algumas esperanças de cedências do F.C. Porto quanto ao Paciência II – o jovem Gonçalo, Sub-20, filho do técnico que tem sido um bom conselheiro do seu valoroso descendente. Mesmo com a preciosa ajuda de notáveis transferências, da ordem de milhões de euros; o Vitória tem de adoptar uma atitude de paciência para com o seu equilíbrio orçamental até porque tem de remunerar convenientemente o Paciência que contratou. E se há apelidos que dão que pensar, este do nortenho Domingos é um flagrante exemplo de curiosidades onomásticas. Vitória 2015 – haja paciência para esperar por bons resultados!

Campeonato da Europa de Biatle/Triatle Regata de Cruzeiro regressa ao Parque de Albarquel mantém tradição no Tejo O PARQUE Urbano de Albarquel e o Rio Sado voltam a receber, no fim-de-semana de 19 e 20 de Julho, os Campeonatos da Europa de Biatle/ Triatle - Prova Open e a World Cup Tour destinados a atletas federados de todas as idades. O evento desportivo, que se realiza pelo segundo ano consecutivo em Setúbal, conta este ano com provas de biatle (natação e corrida) e de triatle (tiro, natação e corrida) que decorrem ao longo de todo o dia de sábado e domingo. A prova é organizada pela Fe-

deração Portuguesa de Pentatlo Moderno, com o apoio da Câmara Municipal, e é composta pelas disciplinas do pentatlo moderno, para federados, e integradas na Taça do

Mundo da especialidade. Em 2013, a prova realizada em Setúbal contou com a presença de perto de 300 atletas, oriundos de Portugal, Reino Unido, Itália, Espanha, Eslováquia, Alemanha, Costa Rica e Áustria, com idades compreendidas entre os oito e os 74 anos. A disciplina de biatle ganhou maior expressão na região de Setúbal após a conquista do título mundial pelo jovem atleta João Valido formado na Escola Municipal de Desporto de Setúbal.

A TRADIÇÃO volta a cumprir-se com a XII Regata/Cruzeiro entre a Moita e Vila Franca de Xira com a participação de mais de três dezenas de embarcações típicas do rio Tejo. A prova em que participam canoas, catraios e veleiros, parte da Moita em modo cruzeiro até Vila Franca de Xira, este sábado, dia 5, e para amanhã, domingo, está agendada a regata que fará a viagem em sentido inverso, a partir das 14 horas, em direção à Ilha do Rato, junto à Base Aérea do Montijo. Enquan-

to a viagem para Vila Franca de Xira funciona como passeio, o regresso já envolve competição. Na apresentação do evento, Rui Garcia, presidente da Câmara da Moita, considerou de extrema importância «que uma iniciativa como esta se mantenha e cresça» uma vez que esta é uma tradição que «retoma uma ligação que ultrapassa a memória de todos, que já tem séculos». O fim-de-semana da regata, como é tradição, vai realizar-se enquanto decorrem em Vila Franca de Xira as festas do Colete Encarnado.



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