Semmais jornal 03 Março 2012

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Sábado | 3.Março 2012

Director: Raul Tavares

semanário - edição n.º 704 • 5.ª série - 0,50 € • região de setúbal

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Distribuído com o

VENDA INTERDITA

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Anti-stress Incubus no SuperBock Super Rock

+Política Passos Coelho ‘recandidata-se’ em Setúbal

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Câmaras da Região devem 430 milhões

+NEGÓCIOS As autarquias do distrito devem no seu conjunto 411 milhões de euros, a que acresce 18,4 milhões de dividas da responsabilidade de empresas municipais. Estes dados

Trabalhadores da Câmara de Setúbal em pé de guerra

Pub.

Setúbal, Almada e Seixal, são as câmaras mais endividadas e Alcácer do Sal a que menos deve. Palmela surge como a autarquia que mais aumentou o passivo. PÁGS. 23

Temos oito praias para as 7 Maravilhas

DR

ESPECIAL Palmela já assumiu o título de Capital Europeia do Vinho, cujo lançamento ocorreu em plena Bolsa de Turismo de Lisboa. O município promete um cartaz que vai deixar o país orgulhoso. E os produtores brindam ao feito, esperando novos mercados. PÁGS. 11 a 19

constam do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, numa altura em que o assunto do endividamento autárquico saltou para a agenda mediática. Segundo os últimos dados,

ACTUAL Cerca de 400 traba-

lhadores da Câmara de Setúbal vão ter que devolver, até ao final de 2013, cerca de um milhão de euros. A presidente foi obrigada pela IGAL a revogar um despacho que lhes havia aumentado as remunerações. PÁG. 4

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Beato promete «melhor destino turístico do país» ACTUAL O presidente da Câmara de Grândola foi o cicerone de uma comitiva de deputados municipais à Herdade do Pinheirinho. PÁG. 5

DR

+Região Santiago ataca nemátodo e escaravelho da palmeira

Amarsul pode ter poluído águas da Caldeira da Moita PÁGS. 20


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Abertura

Oito praias da região finalistas para as “7 Maravilhas das Praias de Portugal”

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Pub.

Quercus espera pouca pressão

As praias nomeadas Praia Urbana Figueirinha (Setúbal) Tróia-Mar (Grândola)

Fotos> DR

distrito de Setúbal segue nesta fase com oito praias seleccionadas nas “7 Maravilhas Praias de Portugal”, com o concelho de Grândola a liderar na região com três praias entre as 70 pré-finalistas e a figurar no Top 5 a nível nacional com maior número de praias escolhidas. No global, a região candidatou 36 praias e o concelho de Almada é o grande derrotado da escolha do júri, pois nenhuma das oito praias foram nomeadas. A revelação das praias pré-finalistas teve lugar no passado dia 27 de Fevereiro, no Hotel Vila Galé Ópera, em Lisboa. O Portinho da Arrábida e a sardinha assada de Setúbal já constam entre as “7 Maravilhas Naturais e da Gastronomia” do País. Fonte do município de Grândola refere que a

selecção das praias de Tróia-Mar, Comporta e Carvalhal representa um

«novo reconhecimento» da frente atlântica do concelho, que com cerca de 45 quiló-

metros, é a maior extensão de praia do País, e a terceira maior do Mundo. Já Luís Segadães, presidente da organização das “7 Maravilhas – Praias de Portugal”, esta lista de préfinalistas é «o resultado da avaliação mais técnica e científica do processo, após a análise dos 70 especialistas de todo o País que contribuíram e colaboram com a organização. Estas 70 praias representam o que o País tem de melhor, de norte a sul, do litoral ao interior, e que cabe agora a todos divulgar para preservar». A mesma fonte reco-

Praia de Arribas Galapinhos (Setúbal) Meco (Sesimbra) Praia de Dunas Ilha do Pessegueiro (Sines) Comporta (Grândola) Carvalhal (Grândola) Praia Selvagem Ribeiro do Cavalo (Sesimbra)

nheceu que a faixa litoral alentejana e a Costa Vicentina são «claramente dominantes» e que este cenário pode ser visto como um «alerta ao sector do turismo».

Por seu lado, o vice-presidente da Quercus, Francisco Ferreira, vê com «grande satisfação» a selecção das praias da região, sublinhando que se tratam de «importantes componentes económicos e turísticos» que urge preservar e dotar das infra-estruturas essenciais. «Espero que as nossas belas praias não venham a sofrer nenhuma pressão, porque geralmente estes locais recebem verdadeiras ‘explosões’ de visitantes quando surgem nestas acções», vinca. O Conselho Científico na eleição das “7 Maravilhas Praias de Portugal” é composto por sete entidades, nomeadamente Marinha Portuguesa, Agência Portuguesa do Ambiente, Associação Bandeira Azul da Europa, Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente, Liga para a Protecção da Natureza, Quercus e SOS – Salvem o Surf. Na próxima fase, um painel de 21 personalidades vai seleccionar as 21 praias finalistas que irão a votação pública, entre 7 de Maio e 7 de Setembro, repartidas pelas categorias de Rios, Albufeiras e Lagoas, Urbanas, Arribas, Dunas, Selvagens e Uso Desportivo. A final das 7 Maravilhas – Praias de Portugal decorre em Tróia a 8 de Setembro com transmissão em directo na RTP.


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Editorial

// Raul Tavares

O embróglio dos actos gestionários O caso da devolução de remunerações por parte dos trabalhadores da Câmara de Setúbal que, por opção gestionária, foram alvos de progressão nas suas carreiras e recrutados para alegadamente preencherem lacunas do quadro de pessoal, é mais uma cena macabra do nosso sistema político-jurídico. Concentremo-nos na teia que se abateu sobre estes funcionários, e muitos outros, já que também câmaras como Almada, Sesimbra, Palmela e outras, optaram por esta interpretação da lei, que existe e está regulamentada desde 2008. Onde estará hoje o dinheiro destas famílias com vencimentos médios de 700.00 mensais? E como vão agora estes trabalhadores angariar meios para devolver o que sempre disseram pertencer-lhes pelo trabalho que já desempenharam? Não sei bem de quem é a culpa. Mas tenho a certeza de que tudo isto seria evitado se, antes, os responsáveis autárquicos tivessem cuidado de obter uma confirmação objectiva das tutelas, tal como sugeriram dirigentes da ATAM – Associação dos Técnicos Administrativos Municipais, pedindo a intervenção e análise do Conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República. E que dizer da Inspecção-Geral das Autarquias, que tanto demorou a tomar uma posição definitiva, arrastando esta embrulhada até a um desfecho quase sem retorno? Haverá ilegalidade no acto dos presidentes de câmara que tomaram estas decisões? Tenho dúvidas… Mas lembro outros autarcas, um pouco por todo o país que, ao arrepio da legislação, ousaram decidir sobre gestão do território, licenciamentos, endividamentos, numa cadeia de tábua rasa, como se os municípios e os seus territórios fossem terra de ninguém e sua pertença. Outros tempos, embora recentes, quando o país podia ser vendido a retalho, porque quem mandava podia. Estou certo que a menor das culpas está do lado de quem beneficiou com estes actos gestionários. Os trabalhadores que agora, pelo menos, deveriam ser poupados aos retroactivos dessa medida. A bem da justiça.

ficha técnica

Espaço Público

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sabilidade aos mercados. Os mercados entidades sem rosto, desumanizados e ávidos do lucro, começaram a actuar usando os doutos economistas que acham que a liberdade económica é mais importante que a condição humana. Ou melhor, para não ser tão “bruto”, aqueles que acham que o determinismo da boa gestão financeira é um valor supremo ao qual todos temos de prestar vassalagem. Esquecendo-se convenientemente que a sociedade não é só determinada pelo vil metal e que muito mais valores, e mais importantes, são factor de harmonia das sociedades, mesmo daquelas que se orientam pelos fundamentos essenciais do lucro. Portugal quer ser um bom aluno nesta escola, em que o vil metal assume a posição de charneira. Parece-me uma incongruência histórica de muito mau gosto. O facto de termos culpa na situação em que nos encontramos - como já disse, uma culpa que não nos é exclusiva - não faz de nós um povo de segunda volta na Europa Comunitária que também ajudamos a construir. Por muito que preze os outros povos europeus, não posso reconhecer a nenhum deles legitimidade para se assumirem como patronos dos restantes. É, por isso, que entendo como fundamental a necessidade de estabelecermos uma política diplomática activa

na concertação das estratégias globais para o espaço europeu e para os que desde o início assumiram a criação da moeda única. É, também, por isso que considero de muito mau gosto o que a Europa tem andado a fazer ao Povo Grego. A Grécia só muito veladamente poderá obter mais-valias desta Europa que a quer “meter na ordem”. Não foi na Alemanha ou nos países do Norte que a Democracia fez a sua aparição, fez certamente alguma da sua aprendizagem, mas não a sua criação. A cultura ocidental, tal como a conhecemos, muito deve à Grécia, com todos os seus defeitos e virtudes. Acho que ao mantermos a mesma postura que os dirigentes europeus têm adoptado, mais parecemos aqueles que abominamos como ingratos, ou seja, mais nos assumimos como aqueles que nem a sopa têm e passam a vida a cuspir nela. Na política como na vida tem que haver dignidade e respeito pelo valor supremo que são as pessoas. Sem elas nem a economia, nem as finanças, nem o mundo empresarial, nem a sociedade em geral, seriam alguma coisa. Portugal precisa de políticos à altura da sua História e com dimensão e cultura suficientes para que, em vez de chamarem nomes ao povo, ou passarem atestados de menoridade, saibam navegar no mar das tormentas e definir para si próprios os valores da solidariedade e da dignidade humana como valores fundamentais de toda a acção política. É, por isso, que António José Seguro tem sido uma peça funda-

mental na criação de uma alternativa política ao Governo, mas precisa de fazer mais, de concretizar mais e de se assumir com vigor e determinação neste combate. É preciso que o PS não se deixe enredar nas vaidades pessoais, legitimas mas claramente extemporâneas, e procure na pró-actividade dos seus militantes e simpatizantes o necessário conforto para os combates do presente e do futuro. A Europa necessita de encontrar novas soluções, parece-me uma evidência que toda a comunidade mundial já descobriu. Portugal precisa de uma solução que não se amarre e não se entrincheire na austeridade, mas que permita encontrar soluções de crescimento que sustentem a dignidade de um Povo com mais de oito séculos de História. O Distrito de Setúbal longe da angústia dos anos oitenta do século passado vive uma situação que pode levá-lo ao desespero de muitos dos seus cidadãos e à falência de muitos dos seus novos projectos, cruciais para o seu desenvolvimento e do País. É preciso recuperar a esperança e a vontade de todos para que o futuro adiado não seja irremediavelmente perdido. Há muitos investimentos que não suportarão o hiato de tempo que se preconiza, podendo gerar, tal como num castelo de cartas, uma degradação deste nosso território, tornando-o irreconhecível. Portugal precisa! E o Distrito agradece que uma nova esperança nasça nos trilhos do futuro.

três colaboradores do PNA. Este processo culminou, como sabe na minha absolvição, pedida não apenas pelo meu mandatário, como pelo próprio Ministério Público. Aliás, sem surpresa para quem assistiu ao julgamento, pois no decurso do mesmo, por mais que uma vez os Juízes do colectivo fizeram alusão à minha inocência. Porque os jornalistas do Semmais presenciaram o julgamento, não podem deixar de ignorar a minha absolvição e, mais que isso, a minha inocência. Sendo atingido, na minha honra e bom nome, com as notícias acima citadas, informo, o que também é do conhecimento do jornal, que fui condenado por ter autorizada em 2001, sem consentimento superior, a reparação de uma viatura de uma colaboradora do PNA (cuja reparação teve o valor aproximado de 2000 euros), viatura acidentada quando se encontrava, no contexto de uma situação da maior urgência. Por este, sim, fui condenado, ainda que o próprio tribunal não

tivesse deixado de dar como absolutamente provado o facto da viatura ter sofrido o acidente quando se encontrava ao serviço do PNA. Por que se tratou de uma situação que teve origem numa solicitação urgente proveniente do gabinete do então secretário de Estado da Conservação da Natureza e do Ordenamento do Território, considero que a pena que me foi aplicada, atento ao interesse público subjacente à minha decisão, é injusta e ilegal, pelo que apresentei no Tribunal da Relação de Évora o recurso da decisão do Tribunal de Setúbal. Lamento que, depois de conhecido o acórdão do Tribunal de Setúbal, o seu jornal insista nas mesmas mentiras, calúnias e insinuações que já tive que suportar, durante o ano de 2011, enquanto decorreram, em simultâneo, os dois julgamentos: no Tribunal de Setúbal e na praça pública, através de órgãos de comunicação social. Só uma palavra para sublinhar que qualquer cidadão medianamente informado, concluiria, da leitura da

acusação de corrupção, da sua inverosimilhança e ilogicidade.

Portugal precisa! E o Distrito agradece…

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estes tempos de crise em que nos vimos envolvidos e em que mergulhámos em busca dos milhões da ajuda externa, importa reflectir sobre o nosso destino colectivo. Sim, porque apesar de termos alguma responsabilidade nesta situação também temos de ser justos e razoáveis connosco e assumir que esta crise é mais do que uma crise portuguesa ou até uma crise da zona euro. Vivemos uma crise à escala mundial para a qual contribuímos, mas não somos, nem de perto nem de longe, os únicos protagonistas deste momento que o mundo atravessa e que nos obriga a passar por grandes dificuldades. Portugal é um País com uma história invejável do ponto de vista do Mundo, da Europa e da Península Ibérica. É, também, por isso que enfrento com alguma dificuldade a ideia de que somos os culpados por estarmos nesta situação. Acredito que as circunstâncias e uma errada avaliação do caminho que o Mundo e, nomeadamente, a política da globalização estavam a trilhar fizeram com que as economias mais débeis gerassem problemas que se tornaram incontroláveis para os respectivos governos. A política, vendo-se incapaz de dar resposta, optou pelo caminho mais fácil, atribuindo toda a respon-

Cartas ao Director Celso Santos não foi condenado por corrupção e sim por peculato Na edição de 4 de Fevereiro último do Jornal Semmais, de que V. Ex.ª é director, foram publicadas duas notícias (pág. III e IV do Suplemento Figuras e Acontecimentos), envolvendo a minha pessoa, como estando associada à prática de crimes de corrupção, enquanto director do Parque Natural da Arrábida (PNA). Tais notícias são falsas e daí que, para repor a verdade dos factos, exija, nos termos da Lei, a publicação desta carta, ao abrigo do direito de resposta e sem prejuízo de procedimento criminal. Como sabe decorreu em 2011 um julgamento relativo a um processo de suposta corrupção, no âmbito dos licenciamentos de construção dentro da área protegida que me envolvia a mim e a

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Mário Cristóvão*

*Ex-governador civil de Setúbal

Celso Santos

N.R. Efectivamente, o ex-director do PNA, Celso Santos, foi condenado na primeira instância, por um crime de peculato a uma pena de 18 meses de pena suspensa, e não por corrupção ou outro grau de ilicitude. E sobretudo foi, de facto, absolvido, do crime que lhe era imputado no caso dos licenciamentos suspeitos. Tratou-se de um erro grosseiro da parte do Semmais, que não custa admitir, em nome da ética e da seriedade que sempre norteou a respeitabilidade deste jornal. Tal ficou a dever-se à existência de uma condenação, agora em fase recurso judicial, que não medimos de forma correcta, numa fase de produção acelerada da edição em causa e pouco cuidada da nossa parte. Pelo facto pedimos as devidas desculpas ao Eng. Celso Santos e aos nossos leitores.

Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Joaquim Guerra; Redacção: Anabela Ventura, Bruno Cardoso, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Marisa Batista. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: redaccao.semmais@mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado.pt. Administração e Comercial: Tel.: 265 538 810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98


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Actual

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL DO NOTÁRIO LICENCIADO JOÃO FARINHA ALVES Certifico narrativamente que, por escritura de vinte e sete de Fevereiro do ano dois mil e doze, lavrada de folhas sessenta e dois e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número cento e cinquenta e seis-A, deste cartório, UBALDO DE ASSUNÇÃO FERREIRA PINHO, natural da freguesia de São Sebastião, do concelho de Setúbal, que declarou ser casado com ANA MARIA CARVALHO BUSCA PINHO, sob o regime da comunhão de bens adquiridos, como declararam, residentes habitualmente na Rua Esteiro do Almo, número 30, Pontes, Setúbal, contribuintes fiscais, respectivamente, números 170318060 e 155196049, declarou ser dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrém, de um prédio misto, com a área de três mil quinhentos e oitenta e sete vírgula cinquenta metros quadrados, composto: a) a parte rústica por horta e árvores de frutos e inscrita na respectiva matriz sob parte do artigo 30, da secção D, da freguesia de São Sebastião, que proveio do artigo pré-cadastral 350, da mesma freguesia, com o valor atribuído de noventa euros, constando como titular do referido artigo matricial: Guiomar Pinho, na proporção de dezanove mil novecentos e setenta barra cem mil avos indivisos; Idalina da Conceição Baguiço Ferreira, na proporção de trinta e nove mil novecentos e noventa barra cem mil avos indivisos; Manuel d’ Assunção Pinho e Francisco da Assunção Pinho, cada um na proporção de vinte mil e vinte barra cem mil avos indivisos; b) e, a parte urbana, com a área de cento e quinze vírgula trinta metros quadrados, destinada a habitação e anexo para armazém e adega, e inscrita na respectiva matriz urbana sob o artigo 26, da freguesia da Gâmbia, Pontes Alto da Guerra, que proveio do artigo 2776, da freguesia de São Sebastião, com o valor patrimonial de 402,99€, e atribuído de quatrocentos e dez euros, constando como titulares do referido artigo matricial: Guiomar da Conceição Pinho (cabeça de casal da herança de), Manuel d’ Assunção Pinho e Francisco da Assunção Pinho, cada um na proporção de vinte mil barra cem mil avos indivisos; Idalina da Conceição Baguiço Ferreira, na proporção de quarenta mil barra cem mil avos indivisos; situado em Brejos da Quinta de Canes, freguesia da Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra, do concelho de Setúbal, confrontando do Poente com Leonel Jorge Catalão Pinho e Ubaldo da Assunção Ferreira Pinho, do Sul com Idalina da Conceição Baguiço Ferreira, do Norte com Joaquim Carvalho, e do Nascente com REFER. No tocante ao registo predial encontra-se descrito na competente Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob parte da descrição três mil cento e setenta e seis, folhas cento e oitenta e nove, do livro B-dezoito, actual dois mil e quarenta e cinco, de dezoito de Maio de dois mil e dez, da freguesia de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra, e são titulares do prédio, sem determinação de parte ou direito: Laura da Conceição, viúva; Guiomar Pinho, solteira, maior; Manuel d’ Assunção Pinho, casado sob o regime da comunhão geral de bens com Beatriz Maria Ferreira; Francisco da Assunção Pinho, casado sob o regime da comunhão geral de bens com Aurélia Jorge Martins; Idalina da Conceição Baguiço Ferreira, casada sob o regime da comunhão geral de bens com Alberto Daniel Ferreira.

DR

IGAL “obriga” câmara sadina a anular aumentos salariais e abre polémica

Trabalhadores terão de devolver um milhão de euros

ESTÁ CONFORME. Cartório Notarial de Setúbal, aos vinte e sete de Fevereiro do ano dois mil e doze. O Notário, (Lic. João Farinha Alves)

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CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL DO NOTÁRIO LICENCIADO JOÃO FARINHA ALVES Certifico narrativamente que, por escritura de vinte e sete de Fevereiro do ano dois mil e doze, lavrada de folhas cinquenta e dois e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número cento e cinquenta e seis-A, deste cartório, IDALINA DA CONCEIÇÃO BAGUIÇO FERREIRA, e, marido, ALBERTO DANIEL FERREIRA, ambos naturais da freguesia de S. Sebastião, do concelho de Setúbal casados sob o regime da comunhão geral de bens, como declararam, residentes habitualmente na Rua Esteiro do Almo, número 50, Pontes, Setúbal, contribuintes fiscais, respectivamente, números 105849472 e 105849464, declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, de um prédio misto, com a área de seis mil trezentos e cinquenta e dois vírgula cinquenta metros quadrados, composto: a) a parte rústica por horta e árvores de frutos e inscrita na respectiva matriz sob parte do artigo 30, da secção D, da freguesia de São Sebastião, que proveio do artigo pré-cadastral 350, da mesma freguesia, com o valor atribuído de trezentos euros, constando como titulares do referido artigo matricial: Guiomar Pinho, na proporção de dezanove mil novecentos e setenta barra cem mil avos indivisos; Idalina da Conceição Baguiço Ferreira, na proporção de trinta nove mil novecentos e noventa barra cem mil avos indivisos; Manuel d’ Assunção Pinho e Francisco da Assunção Pinho, cada um na proporção de vinte mil e vinte barra cem mil avos indivisos; b) e, a parte urbana, com a área de trinta e seis vírgula quarenta metros quadrados, destinada a palheiro, e inscrita na respectiva matriz urbana sob o artigo 25, da freguesia da Gâmbia, Pontes Alto da Guerra, que proveio do artigo 2775, da freguesia de São Sebastião, com o valor patrimonial de 7,09€, e atribuído de 200 euros, constando como titulares do referido artigo matricial: Guiomar da Conceição Pinho (cabeça de casal da herança de), Manuel d’ Assunção Pinho e Francisco da Assunção Pinho, cada um na proporção de vinte mil barra cem mil avos indivisos; Idalina da Conceição Baguiço Ferreira, na proporção de quarenta mil barra cem mil avos indivisos; situado em Brejos da Quinta de Canes, na freguesia da Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra, do concelho de Setúbal, confrontando do Norte com Leonel Jorge Catalão Pinho e Ubaldo da Assunção Ferreira Pinho, do Sul e do Nascente com Ubaldo da Assunção Ferreira Pinho, do Poente com Rua Esteiro do Almo e do Poente com REFER. No tocante ao registo predial encontra-se descrito na competente Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob parte da descrição três mil cento e setenta e seis, folhas cento e oitenta e nove, do livro B-dezoito, actual dois mil e quarenta e cinco, de dezoito de Maio de dois mil e dez, da freguesia de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra, e são titulares do prédio, sem determinação de parte ou direito: Laura da Conceição, viúva; Guiomar Pinho, solteira, maior; Manuel d’ Assunção Pinho, casado sob o regime da comunhão geral de bens com Beatriz Maria Ferreira; Francisco da Assunção Pinho, casado sob o regime da comunhão geral de bens com Aurélia Jorge Martins; Idalina da Conceição Baguiço Ferreira, casada sob o regime da comunhão geral de bens com Alberto Daniel Ferreira. ESTÁ CONFORME. Cartório Notarial de Setúbal, aos vinte e sete de Fevereiro do ano dois mil e doze. O Notário, (Lic. João Farinha Alves)

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erca de 400 trabalhadores da câmara de Setúbal terão de devolver até ao final do próximo ano perto de um milhão de euros relativos a valores decorrentes de alterações de posição remuneratória por opção gestionária decididos por despacho nos anos de 2009 e 2010. A decisão surge na sequência da anulação dos referidos despachos por parte da presidente da câmara confrontada com uma exigência da IGAL – Inspecção Geral das Autarquias Locais e foi conhecida esta quarta-feira. A IGAL considera que o reposicionamento de carreira dos funcionários não poderia ter sido feita com recurso a esta opção, mas o executivo autárquico garante que continua «convicto da legalidade dos actos praticados» no que se refere às progressões e à forma encontrada para que estas acontecessem «fundamentando essas decisões numa análise técnica cuidada e rigorosa». Apesar dessas certezas, Maria das Dores Meira opta por dar cumprimento ao ordenado pela IGAL por considerar que «não pode, em consciência, colocar-se numa situação em que viria a ser obrigada, à custa do seu salário e património, a reembolsar a administração em centenas de milhares de

euros». A autarca assegurou, em conferência de imprensa, que está ao lado dos trabalhadores e reforça que o relatório da IGAL «não deixou outras alternativas» que não a anulação dos despachos. Os aumentos referentes aos anos de 2009 e 2010, com

retroactivos, foram em média de 50 euros por mês, mas há trabalhadores que se viram aumentados em mais de 150 euros mensais. A maioria dos trabalhadores terá de devolver perto de 1500 euros, mas há casos em que esses valores podem

Setúbal não é caso único A Câmara de Setúbal não foi a única a optar pela opção gestionária como forma de fazer a progressão remuneratória. A mesma escolha foi feita por outros municípios do distrito, nomeadamente, Almada, Grândola, Sines, Alcochete, Barreiro e Palmela, sendo que nesta última, a presidente da autarquia, Ana Teresa Vicente, optou por não acatar a decisão da IGAL e já garantiu que irá resolver o problema em tribunal. Desde, pelo menos 2010, que esta forma de progressão remuneratória tem sido colocada. Em Agosto desse ano, a IGAL deu instruções claras aos seus inspectores para apertarem a vigilância às câmaras que promoveram os funcionários sem aplicarem integralmente o sistema de avaliação do desempenho da função pública (SIADAP), em vigor desde 2006 e revisto em 2009. Pelo meio foi aprovada a Lei dos Vínculos Carreiras

e Remunerações que prevê duas formas de progressão. Uma delas é a opção gestionária, que depende das notas obtidas em cada ano, das disponibilidades orçamentais e da decisão dos presidentes de câmara. Para a IGAL, esta hipótese só pode ser aplicada nas câmaras que avaliaram os funcionários à luz das regras do SIADAP. Caso não tenham aplicado este sistema de avaliação não podem fazêlo, nem com base no número 7 do artigo 113 que prevê que quando não há aplicação do SIADAP o trabalhador recebe um ponto por cada ano não avaliado. Foi precisamente isso que se verificou em Setúbal. Os trabalhadores receberam um ponto por ano não avaliado e que a autarquia, baseada em pareceres técnicos, equiparou à menção qualitativa de BOM. É neste incumprimento que se baseia a IGAL para exigir a anulação dos despachos.

chegar perto dos 10 mil, somando os aumentos a horas extraordinárias e ajudas de custos. Alguns trabalhadores adivinham já dias difíceis! Com a anulação dos aumentos e a reposição dos valores em dívida há quem questione como fará face às despesas diárias. O departamento de recursos humanos da autarquia está agora a analisar pontualmente casa caso para confirmar os valores correctos e, posteriormente, notificar os funcionários que terão dez dias para se pronunciar. Após tomarem conhecimento do despacho da presidente, os trabalhadores reuniram-se em plenário onde aprovaram uma moção em que pedem à autarca que «não cumpra o despacho». Uma medida que alguns funcionários entendem como «pouco concreta» por parte do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local, no entanto, os sindicalistas consideram que não podem avançar com uma providência cautelar ou qualquer outra acção em tribunal sem que surjam as primeiras notificações oficiais. A oposição já se pronunciou sobre os acontecimentos. PS e PSD afinam pela mesma bitola e consideram que a presidente da câmara «terá de assumir as responsabilidades pelo erro cometido». Marta David


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Deputados municipais visitaram Herdade do Pinheirinho e deram ‘luz verde’

Carlos Beato mostra ‘trunfo’ turístico às forças políticas do concelho

A HERDADE dos Pinheirinho, na zona de Melides, onde está a nascer um dos maiores resorts turísticos do Litoral Alentejano, com um investimento privado de cerca de 30 milhões de euros, está a unir todas as forças políticas de Grândola. Essa nota foi mesmo acentuada esta semana, durante uma visita que a comitiva da Assembleia Municipal grandolense fez ao local, com o presidente da Câmara, Carlos Beato, a servir de cicerone. «Essa unidade em torno deste projecto de desenvolvimento é um orgulho para o concelho e um sinal de que a aposta pelo turismo é o caminho certo», lembrou Beato, que fez questão de vestir indumentária informal e acompanhar os deputados municipais ao lado do motorista do autocarro camarário. De pé, irrequieto, foi dando conta do avanço das infraestruturas já concluídas, nomeadamente terraplenos, implementação de planos de biodiversidade, as inúmeras pistas, os ‘green’ do campo de golfe, com relva especial que hiberna de Inverno, e sobretudo o clube house, composto por diversas valências, cuja entrada em funcionamento deverá ocorrer já em Junho deste ano, segundo confirmou ao Semmais Paulo Silva Reis, um dos responsáveis da Pelicano, promotor do empreendimento. Não esqueceu a questão ambiental deste «território único», como enfatizou. «Em Grândola, desde o Sado à Lagoa de Santo André, existem 65 mil hectares de áreas protegidas, mas todos estes projectos e equipamentos ocupam apenas 1500 hectares», afirmou, numa alusão aos projectos de Tróia, Comporta, Costa Terra e

Dois mil milhões para uma revolução sustentável

DR

O edil foi o cicerone da visita ao resort e prometeu transformar aquele território do concelho no «melhor destino turístico do país». Os deputados municipais gostaram

O edil de Grândola e as explicações do responsável da Pelicano

Pinheirinho O mote para dizer de seguida: «Aqui não há betão, não há massificação». Posição que terá igualmente agradado ao deputado municipal Cândido Matos Gago (CDU), que já foi presidente da autarquia grandolense, que interrogou sobre a «ocupação e densidade dos lotes» daquele empreendimento. As preocupações ambientais foram também o traço comum da apresentação feita pelo responsável da Pelicano. «Queremos prestar um serviço de alta qualidade e com menores custos ambientais. Reduzir ao máximo o que extraímos da componente natural e isso é aproveitar a natureza de uma forma inteligente», explicou Paulo Silva Reis, em jeito de resposta à questão colocada pelo deputado municipal Américo José (PS) sobre como será feita a gestão dos aquíferos. Viver o território, mas também defender a natureza é um ponto-chave para o presidente da Câmara de Grândola. «Neste ponto estamos todos de acordo e é de elogiar os empresários que percebem a importância da natureza e do ambiente como fundamental para a afirmação deste território», disse Carlos Beato.

Hotéis de dimensão mundial e o «melhor O que parece não haver dúvidas é que esta zona do Litoral Alentejano será mesmo um destino de alta qualidade. «Será a única zona da Europa onde estará implantado um nível de oferta hoteleira desta dimensão», explicou Paulo Silva Reis, lembrando a presença da ‘Hyatt’ nos Pinheirinhos, da ‘Four Season’, no Costa Terra, e do hotel ‘Aman’, previsto para a Comporta. «São os melhores em todo o mundo, sendo que a oferta que estamos aqui a promover só é comparável ao Dubai e a alguns outros destinos exóticos de Áfria e da Ásia», ressalvou o responsável da Pelicano. Carlos Beato não perdeu a oportunidade para acentuar o seu desejo, mas também a sua «certeza»: «Estamos a ver que vai ser o melhor destino turístico do país». E não deixou de lembrar o dia em que recebeu o director-geral da ‘Hyatt’ para toda a Europa. «Estava deliciado com o que viu e até, para nosso espanto, foi dar um mergulho ao Carvalhal», confessou. Satisfeito e elucidado pela jornada política que promoveu - que culminaria mais tarde numa sessão descentralizada

O concelho de Grândola foi bafejado pelas divinas autoridades do paraíso. Praias a perder de vista, algumas ainda virgens, paisagens deslumbrantes, entre terra e mar, e muita biodiversidade. Por isso a atracção para projectos turísticos de grande dimensão. Mesmo com as depressões financeiras, os quatro projectos já lançados neste vasto território da nossa região, Tróia Resort, Herdade do Pinheirinho, Costa Terra e Herdade da Comporta (que se estende a Alcácer do Sal), podem valer um investimento superior a dois mil milhões de euros. È uma grande revolução para o desenvolvimento do Litoral Alentejano, que começou com a metamorfose operada na península de Tróia, em 2005, com a implosão das duas torres que ainda brindavam a um passado decadente no turismo desta área que promete ser a melhor das melhores. para aprovação do Plano de Pormenor de Melides -, o presidente da Assembleia Municipal de Grândola António Chaínho (PS), reiterou que «a gestão estratégica do turismo» no concelho é um dos «assuntos consensuais» entre as forças políticas. «Neste aspecto temos interesses comuns e o desenvolvimento destes empreendimentos, e a forma como estão a ser implementados, são questões decisivas para o futuro do nosso território».

Pelicano e Hyatt garantem uma oferta superior O projecto da Pelicano, baptizado como ‘Hyatt Golf & Beach Resort’, foi revisto em alta com a entrada desta marca mundialmente conceituada para um valor próximo dos 300 milhões de euros. Para além do ‘Park Hyatt’, cuja coqueluche será um hotel de 5 estrelas, com capacidade para 160 quartos, o empreendimento, desenhado pelos americanos da HKS, vai contar com um total de

mil unidades, entre moradias, quatro aparthotéis, distribuídos por diferentes zonas, e três aldeamentos turísticos. Um número mais reduzido do que o inicialmente previsto. A zona de golfe, um dos atractivos para captar turistas estrangeiros, é o campo de golfe, com 18 buracos, mais nove, com recurso a um tipo de relva especial que hiberna durante

o Inverno, «diminuindo as necessidades de água», como explicou o arquitecto da Pelicano Paulo Reis Silva. Outra novidade prendese com o facto de toda a circulação no interior do resort ser toda feito em carrinhos eléctricos em pistas já criadas em todo o espaço do complexo. Uma medida de cariz ambiental que agradou muito à comitiva dos deputados municipais.

Moradores da Verdizela querem mais apoios A NOVA direcção da Associação de Moradores do Aldeamento da Verdizela (AMAV) está apostada em resolver os inúmeros problemas que afectam as famílias que habitam na zona, nomeadamente a reflorestação de algumas áreas verdes. «Temos pouco mais de dois meses de trabalho, mas estamos motivados para esta missão, em parceria com a junta de Corroios e Câmara do Seixal», afirmou ao Semmais José Valle, o novo presidente da AMAV. Uma das tarefas mais imediatas, segundo o dirigente, será «fazer sentir aos órgãos autárquicos as preocupações dos moradores e tentar perceber as demoras e hesitações que têm feito com que as coisas não andem para a frente». José Valle não tem dúvidas de que será possível melhorar a situação do aldeamento com «pequenas intervenções». E dá o exemplo a colocação recente de dois contentores, do topo colectivo que, segundo diz, «não têm nenhum peso para as autarquias, mas representam uma melhoria na qualidade de vida dos moradores». «Esta demora, provavelmente, terá a ver com alguma falta de diálogo. A Câmara não valorizava o assunto e a AMAV não lhes terá sabido explicar a verdadeira dimensão desse problema. Temos que compreender que os níveis de preocupação são diferentes entre a Junta, a Câmara e os moradores», disse.

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José Valle é o novo líder da AMAV

Nova colaboração pode desbloquear problemas Embora estes problemas não estejam resolvidos por completo, José Valle admite que tem havido «um ambiente de cordialidade e compreensão mútua que vai ajudando a desbloquear as situações», embora reconheça o peso das restrições orçamentais do município. Todavia, alerta o dirigente da AMAV, é possível o avanço de pequenas acções de manutenção, para suplantar o facto de haver ainda uma grande parte daquela zona sem saneamento básico. «Certos arruamentos da Verdizela têm lombas com mais de meio metro de altura, devido às raízes dos pinheiros, e que precisam de ser alisadas, afirma. José Valle acredita que com o mínimo de esforço é possível a autarquia resolver estes problemas, porque se trata de «um serviço aos seus munícipes». E diz mesmo que a Verdizela pode tornar-se «a sua ‘jóia da coroa’, com arruamentos dignos, zonas verdes convidativas e população satisfeita».

Lixo da Amarsul ‘vira’ combustível A AMARSUL e a Secil arrancaram, esta semana, com o processamento de resíduos da Unidade de Produção e Fornecimento de Combustíveis Derivados de Resíduos (CDR), no Ecoparque de Palmela. A Unidade de CDR decorre do acordo de parceria para a produção e fornecimento de combustíveis derivados de resíduos, num total de cerca de 50 mil toneladas ano e que permitirá aproveitar mais 12,5 por cento do total de resíduos sólidos urbanos recebidos e que por outra via teriam como destino final a deposição em aterro sanitário sem qualquer aproveitamento. Além de contribuir para o cumprimento dos compro-

missos de valorização de resíduos urbanos preconizados no Plano Estratégico Nacional para o sector, a valorização de CDR permite substituir os combustíveis convencionais, reduzindo as emissões de gases de efeito de estufa e a dependência energética. Para a Amarsul, o co-processamento de CDR como combustível alternativo na fábrica de cimento do Outão representa «valor acrescentado para a economia e para o ambiente, por se valorizar um recurso energético directamente no processo fabril, evitando importações de combustíveis fósseis e promovendo o investimento e o emprego na região da península de Setúbal».


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Anti-stress

Festivais de música trazem grupos de peso à região

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14.ª edição do Festival Músicas do Mundo (FMM), que decorre em Sines nos dias 19, 20, 21, 26, 27 e 28 de Julho, já tem cinco artistas/grupos confirmados. A nova geração de África está em Sines, com Fatoumata Diawara, a jovem estrela da música do Mali, e o “bluesman” do deserto Bombino (Níger). Jupiter & Okwess International representa uma das mais ricas e sofisticadas nações musicais do mundo, a República Democrática do Congo. O FMM Sines, o maior evento de “world music” realizado em Portugal e que já foi visto por mais de 580 pessoas, tem também confirmadas as presenças de Oumou Sangaré & Béla Fleck (Mali/Estados

Os Incubus vão estar presentes no Super Bock Super Rock

Unidos) e Hugh Masekela (África do Sul). Por seu lado, os Incubus são a mais recente confirmação para a 18.ª edição do Super Bock Super Rock. A banda de Brandon Boyd regressa a Portugal a 5 de Julho numa actuação na Herdade do Cabeço da Flauta, junto à Praia do Meco, em Sesimbra. No primeiro dia do festival, a 5 de Julho, estão os Battles, Pete Doherty e Apparat. The Horrors e Little Dragon têm agendadas as actuações para os dois dias seguintes, 6 e 7 de Julho, respectivamente. Os bilhetes diários custam 45 euros e o passe de três dias com direito a campismo, a partir do dia 4 de Julho, custa 80 euros.

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Ganhes convites para os musicais de Filipe La Feria Temos para oferecer aos nossos leitores convites para os musicais “O Melhor de La Feria”, “Judy Garland – O Fim do Arco-Íris” e “Pinóquio”, que continuam a ser um verdadeiro êxito de bilheteira. Ligue para o número 918 047 918 para solicitar os seus convites para assistir graciosamente aos espectáculos em questão.

Escolhas Sadinas Por Ana Sobrinho COMEMORAÇÕES DO DIA MUNDIAL DO TEATRO Dia 3 e 9 às 21h30 no Espaço Fontenova - Espetáculo “Pandora Box”, pelo TAS. | Público-alvo: Maiores de 16 anos/ Inf: geral@tas.pt / Entrada: 7,5€ (desconto para estudantes e terceira idade) Dia 9 às 21h30 no Museu do Trabalho Michel Giacometti – Espetáculo “Arritmia” por Água Ardente – Produções Teatrais | Público-alvo: Maiores de 16 anos | Inf: a. ardente@gmail.com | 964 061 182 - 969 428 141 DIA 8 - DIA DA MULHER/ RESTAURANTES Ás 21h30 no Passo do olival – “Fado vadio no Olival – Voz Mulher” com a participação de Georgete de Jesus, Maria do Céu Caetano, Elizabete Ferreira, Sónia Colaço e

outras convidadas. Reservas: 935 934 647 Ás 20h30 no Cantinho dos Petiscos – vai-se festejar o Dia Internacional da Mulher com duas gerações de mulheres de força, Simone de Oliveira e Anabela. | Preço de jantar e concerto: 30€ | Reservas 265 416 309 | 91 903 98 72

A partir das 20h30 no Novo 10 - vERSONS por João da Ilha a solo Reservas: 265 525 212 M@RÇO.28 Dia 3 às 21h30 na Capricho Setubalense - 8º Concurso de Bandas de Garagem - Pré-eliminatória para as Bandas de Setúbal/ Entrada Livre

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As cantigas de Tim

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O vocalista e baixista da mais famosa e antiga banda rock portuguesa, os Xutos & Pontapés, Tim, toca em ‘casa’, numa tarde que se espera repleta de amigos, fãs e antigos vizinhos. Teatro Municipal de Almada | 16h

Dom.

Sáb.

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Amor e uma cabana O Teatro Animação de Setúbal leva à cena “Pandora Boxe”, um original de Rui Zink, que conta a história de um casal que sonhou com o ‘amor e uma cabana’. Teatro Estúdio Fontenova, Setúbal | 21h30

Sáb.

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Bandas de garagem Arranca o 8.º Concurso de Bandas de Garagem de Setúbal, com a préeliminatória, só para bandas setubalenses, para apuramento do primeiro finalista do concurso. Capricho Setubalense | 21h30

Sáb.

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Aromas da música O grupo musical Dialecto apresenta o novo CD “Aromas”, que inclui originais e temas clássicos de grandes vultos da música portuguesa. Auditório de Pinhal Novo | 21h30

Dom.

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Teatro para a infância “A menina que detestava livros” é a história de Mina, uma menina que vive rodeada de livros em casa, mas que detesta ler. Pela Companhia de Teatro Umbigo, de Lisboa. Cinema S. Vicente, Paio Pires | 16h


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Política Passos Coelho em Setúbal no dia em que formalizou recandidatura ao PSD

«Herança do PS obriga a maiores medidas de austeridade»

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edro Passos Coelho esteve em Setúbal no dia em que formalizou a recandidatura à liderança do PSD, cujas eleições directas que decorrem hoje, para participar na reunião da assembleia distrital laranja. E foi muito concorrida, com cerca de duas centenas de militantes da região, a mostrar que partido no Governo tem as hostes sempre mais activas. Num discurso essencialmente económico e virado para os resultados do exame que a troika tinha realizado, Passos Coelho fez passar a mensagem de que estava «muito satisfeito» com os resultados dessa visita. Apesar disso, admitiu que o país está «numa verdadeira situação de emergência». «As reformas estruturais que deviam ter sido feitas ao longo dos anos não se produzem apenas com a aprovação de leis», explicou, adiantando que é preciso que essas reformas sejam acompanhadas todos os dias. Passos Coelho assumiu que «as reformas, resultado dos desequilíbrios constituídos

Primeiro ministro vestiu a pele de líder ‘laranja’ e galvanizou plateia

ao longo dos anos, provocam dor social», mas considerou que «o caminho que está a ser percorrido vai levar o país a um ponto de não retorno» em relação à situação em que estava antes da intervenção da troika. Vestindo a pele de primeiro-ministro, considerou que foi «obrigado» a aplicar medidas de austeridade mais fortes do que as que se previam inicialmente porque a situação em que se encontrava o país era «pior do que aquela que dizia o anterior executivo». E, por isso mesmo, explicou os

erros de cálculo do défice para 2011 que terão de ser corrigidos no ano corrente. Não se compromete com low cost no Montijo Na corrida para um segundo mandato à frente dos destinos laranja, Passos Coelho pediu aos militantes que «mostrem determinação» e apoio ao governo, mas não obediência cega. «O meu objectivo não é ter um partido obediente. Quero um partido determinado, que não confunda partido com governo, e que ajude a recolocar o PSD como um partido reformista, realista

e gradualista aos olhos dos portugueses». Antes disso, Pedro do O Ramos, presidente da comissão política distrital de Setúbal, tinha desafiado Passos Coelho a repensar as opções alternativas ao novo aeroporto de Lisboa. O líder distrital reconheceu que as várias obras públicas que se previam para o distrito e para a região seriam «um risco em época de contenção», mas assumiu que, «embora correndo o risco de estar a agir como lobbie», o aeroporto complementar da Portela poderia passar por uma solução no distrito. «Existem várias opções em cima da mesa, especialmente com o advento das companhias low cost», explicou, «por isso faz todo o sentido que o aeroporto complementar fique instalado na Base Aérea do Montijo, até porque essa seria uma solução menos onerosa do erário público». O desafio de Pedro do O Ramos ficou sem resposta do primeiroministro. Na reunião participaram ainda os secretários-gerais do PSD, Matos Rosa, e dos TSD, Pedro Roque, assim como a secretária de estado Maria Luís Albuquerque e os deputados eleitos pelo distrito. Marta David

‘Laranjas’ a votos com os olhos postos nas autárquicas de 2013 OS MILITANTES do PSD do Barreiro, Montijo, Sesimbra e Moita vão ser chamados às urnas este sábado, entre as 17 e as 23 horas, para escolherem as novas equipas das comissões políticas de secção para os próximos dois anos. A votos vão também as comissões políticas distrital e nacional, com Pedro do Ó Ramos e Pedro Passos Coelho a liderar as respectivas listas. No Montijo, além do actual presidente da concelhia, o advogado Paulo de Faria Ramos, 42 anos, que pretende abrir o partido à sociedade civil, avança agora Paulo Gomes da Silva e não Jacinto Pereira, como chegou a estar previsto. «Houve um entendimento que deveria ser eu e, portanto, abracei este projecto de alma e coração. O PSD Montijo precisa de ser um partido aberto, virado para o exterior e com uma larga base de apoio», vinca Paulo Gomes da Silva, acrescentando que, com o lema “Unir e Renovar”, a sua equipa tenciona trabalhar para que o partido consiga vencer as eleições autárquicas de 2013, uma meta também defendida por Paulo de Faria Ramos. Em Sesimbra é Mendes

Dias, 54 anos, bancário, o actual presidente da mesa da assembleia de secção, que vai substituir no cargo Carlos Filipe Oliveira, que não se recandidata. «Quero que o PSD seja um partido activo, com convicção e com vontade de fazer mais em Sesimbra. Vamos trabalhar no sentido de agregar os militantes para ganhar Sesimbra», refere. No Barreiro, o cabeça de lista é Luís Tavares Bravo, 37 anos, economista, um dos vice-presidentes da actual concelhia liderada por Cristina Mira Santos, que não avança para o segundo por motivos familiares. Luís Tavares Bravo concorre sob o lema “Mobilizar, Crescer e Vencer” e aposta na formação política e autárquica, no contacto com a sociedade civil, na reunião com associações e instituições dos mais variados sectores. Na Moita, a lista da nova concelhia é encabeçada por Carlos Cardoso, 32 anos, técnico superior dos quadros da Simarsul, que se recandidata. O actual presidente aposta num trabalho de «proximidade» e de «união de todos os militantes» para bons resultados nas próximas autárquicas.

Ter um teto é um direito, não um privilégio A Assembleia da República está prestes a discutir, na especialidade, uma proposta de lei, do Governo, sobre o arrendamento urbano que, radicalmente, pretende introduzir alterações ao Novo Regime de Arrendamento Urbano, aprovado em 2006, e que, não obstante uma realidade adversa, permitiu o crescimento deste mercado. Também o PS colocou em cima da mesa o tema, apresentando uma proposta de lei onde aborda, no mesmo diploma, medidas para incentivar o crescimento económico nas áreas da reabilitação urbana e do mercado de arrendamento, com suporte na sensatez, coisa que, cada vez mais, o Governo PSD/CDS faz prova em não abraçar. 1. A situação nacional De acordo com os Censos 2011, em Portugal, cerca de 93% os edifícios são de habitação, maioritariamente – 90,7% - com 1 ou 2 aloja-

mentos. Trata-se de um parque habitacional com um baixo índice de envelhecimento dado que mais do dobro dos edifícios tiveram construção após 2001, relativamente aos construídos antes de 1960. Do registo de alojamentos familiares – 5 858 439 –, 68,2% são de residência habitual, 19,3% (1 133 166) de residência secundária e 12, 5% (734 846) encontram-se vagos, e destes, 110.207 estão disponíveis para arrendamento. Existem 786.904 alojamentos arrendados ou subarrendados, mais 6,3% em relação a 2001, sendo que 47% dos contratos de arrendamento são posteriores a 2005 (34,2% entre 75 e 2005 e 18,8% antes de 1975) e a maioria destes alojamentos (54,6%) paga uma renda superior a 200€. O arrendatário tem, maioritariamente (53,8%), 50 ou mais anos, sendo o escalão etário 60 ou mais anos o de

maior expressão (36,8%). 2. O distrito de Setúbal Contabilizaram-se 467.119 alojamentos no distrito. Na Península de Setúbal, 419.622 e 47.497 nos quatro concelhos do Litoral Alentejano situados no distrito. Almada tem uma fatia substancial deste registo (101.128), seguido de Seixal (79.301) e Setúbal (62.590).Sines é o concelho com menos alojamentos (8288). Aponta-se para a existência de 55.814 alojamentos vagos, dos quais 7.651 para arrendamento. Arrendados serão 67.379, com 38.810 de renda superior a 200€ e 7.621 de renda superior a 500€. 3. Os caminhos da direita Os números apurados pelos últimos Censos apesar de desmentirem a ‘tese’ recorrente do PSD e do CDS sobre o mercado de arrendamento não os demove, mais uma vez, de procurarem apanhar uma boleia da Troika para impo-

sição da sua agenda política de registo (muito) liberal. O Memorando de Entendimento transformou-se, nas mãos deste Governo, no (falso) pretexto para ‘ir a todas’, em muitos casos, demasiados, sem dor de alma, sequer, É um soma e segue…independentemente das consequências reais na vida dos cidadãos. ‘Custe o que custar’, disse Passos Coelho. Temo, também, pelo que aí vem no direito constitucional a um teto. O crédito facilitado e estimulador de endividamento que proliferou nos últimos, e largos, anos, foi o principal fator de estrangulamento do mercado de arrendamento, não sendo isenta a ineficácia da Justiça. Terminada a histeria da sedução da venda do dinheiro a crédito, é previsível que se abra nova janela de oportunidades para o mercado do arrendamento. A lei existe, admitindo-se, aqui ou ali,

novos ajustes, mas nunca o radicalismo que o PSD/CDS quer imprimir. A taxa de esforço que o Governo vem considera “adequada” sobe. Mais, nesta matéria, o PSD rebenta com mais uma promessa. A saber? Quer o programa eleitoral, quer o recente programa de governo, referiam que seria ponderada “ a revisão da prorrogação legal forçada dos contratos num horizonte de 15 anos ( acompanha da estipulação de regras de proteção social)”. O que apresentam agora? Não 15, mas 5 anos, e medidas sociais compensatórias, disse a Ministra centrista, logo se vê… daqui a 5 anos! Obviamente que esta medida vai colocar os arrendatários mais idosos em sobressalto, quando aos 70 ou mais anos se virem confrontados com a necessidade de renegociarem os contratos e o montante das rendas das habitações onde sempre residiram e em que ,

Eurídice Pereira* muitas vezes, garantiram a sua conservação. As chamadas rendas antigas são já uma falsa questão, os números assim o comprovam pelo que canalizar para aí as ‘armas’ é desbaratar esforço. O senhorio, tido como investidor, tem de ganhar confiança no mercado, o que significa políticas fiscais justas e uma Justiça célere. O cidadão tem de ter estabilidade na sua vida profissional, com respostas no domínio do emprego e justos rendimentos para fazer face às despesas básicas e elementares como é o caso da habitação. Devia ser este o foco do Governo. Afinal ter um teto é um direito, não um privilégio. *Deputada do PS


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Comunistas contra o corte nas carreiras fluviais no Tejo fluviais e a consequente alteração dos horários na CP na linha do Sado põe em causa «o direito à mobilidade, à qualidade de vida das populações, ataca estas empresas públicas que

prestam serviços essenciais e os postos de trabalho a pretexto do falso combate às despesas operacionais com estas empresas». E argumentam que «não é com estas medidas que se

recimento de grupos económicos, preparando estas empresas para a privatização e passar para a lógica do lucro o transporte público». O PCP considera «inaceitável» esta situação, defende

a manutenção destes serviços e apela à mobilização e luta dos utentes e trabalhadores contra estas medidas, exigindo a reposição das mais de 300 carreiras diárias suprimidas.

PSD defende salinas do Samouco

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL DO NOTÁRIO LICENCIADO JOÃO FARINHA ALVES Certifico narrativamente que, por escritura de vinte e sete de Fevereiro do ano dois mil e doze, lavrada de folhas quarenta e sete e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número cento e cinquenta e seis-A, deste cartório, FERNANDO RIBEIRO ESTEVES ALVES, segundo declarou, natural da freguesia do Troviscal, concelho de Sertã, e, mulher, MARIA DO ROSÁRIO LOPES ALVES ESTEVES, natural da freguesia de Ermida, concelho de Sertã, casados sob o regime da comunhão de bens adquiridos, como declararam, residentes habitualmente na Rua Esteiro do Almo, número 10, Pontes, Setúbal, contribuintes fiscais, respectivamente, números 109670906 e 174951876, declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, de um prédio rústico, com a área de três mil duzentos e um vírgula cinquenta metros quadrados, situado em Brejos da Quinta de Canes, na freguesia da Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra, do concelho de Setúbal, constituído por horta e árvores de frutos, confrontando do Norte com Ubaldo da Assunção Ferreira Pinho, do Sul com Ana Laura da Conceição Ferreira Pinho, do Poente com Rua Esteiro do Almo e do Nascente com REFER. Está inscrito o prédio na respectiva matriz sob parte do artigo 30, da secção D, da freguesia de São Sebastião, que proveio do artigo précadastral 350, da mesma freguesia, constando como titulares do referido artigo matricial: Guiomar Pinho, na proporção de dezanove mil novecentos e setenta barra cem mil avos indivisos; Idalina da Conceição Baguiço Ferreira, na proporção de trinta nove mil novecentos e noventa barra cem mil avos indivisos; Manuel d’ Assunção Pinho e Francisco da Assunção Pinho, cada um na proporção de vinte mil e vinte barra cem mil avos indivisos. No tocante ao registo predial encontra-se descrito na competente Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob parte da descrição três mil cento e setenta e seis, folhas cento e oitenta e nove, do livro B-dezoito, actual dois mil e quarenta e cinco, de dezoito de Maio de dois mil e dez, da freguesia de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra, e são titulares do prédio, sem determinação de parte ou direito: Laura da Conceição, viúva; Guiomar Pinho, solteira, maior; Manuel d’ Assunção Pinho, casado sob o regime da comunhão geral de bens com Beatriz Maria Ferreira; Francisco da Assunção Pinho, casado sob o regime da comunhão geral de bens com Aurélia Jorge Martins; Idalina da Conceição Baguiço Ferreira, casada sob o regime da comunhão geral de bens com Alberto Daniel Ferreira.

OS DEPUTADOS do PSD eleitos pelo distrito defendem que as salinas do Samouco devem ser preservadas mas com uma lógica sustentável, de modo a gerar financiamento, para que depois possa ser reinvestido na sua protecção e desenvolvimento. Em visita efectuada na segunda-feira a um dos espaços ambientais mais importantes da região, Maria das Mercês Borges mani-

festou a sua satisfação por constatar que as «barreiras que no início estiveram ligadas à criação da Fundação que gere este espaço já terem sido ultrapassadas». A deputada social-democrata defende a necessidade de «conciliar o desenvolvimento com a protecção do ambiente» das salinas do Samouco, apontando como caminho a promoção de projectos, que posteriormente permitam gerar receitas para

A deputada Mercês Borges diz tratar-se de um local de excelência

reinvestir no desenvolvimento e na promoção deste espaço, preservando sempre a sua forte componente ambiental. «É um património ambiental de grande valor que pode e deve ser posto ao serviço da população, sobretudo das

escolas», vinca Maria das Mercês Borges, acrescentando que é um local de excelência para a observação de aves, podendo com isso captar especialistas e adeptos desta modalidade quer a nível nacional, quer no estrangeiro.

Deputados ‘rosa’ espevitam Governo para acelerar revisão do POPNA OS DEPUTADOS socialistas eleitos pelo Círculo Eleitoral de Setúbal, Vieira da Silva, Eduardo Cabrita, Eurídice Pereira, Duarte Cordeiro e Ana Catarina Mendes, acabam de questionar o Governo de Pedro Passos Coelho sobre a revisão do Plano de Orde-

ESTÁ CONFORME. Cartório Notarial de Setúbal, aos vinte e sete de Fevereiro do ano dois mil e doze. O Notário, (Lic. João Farinha Alves)

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL DO NOTÁRIO LICENCIADO JOÃO FARINHA ALVES Certifico narrativamente que, por escritura de vinte e sete de Fevereiro do ano dois mil e doze, lavrada de folhas cinquenta e sete e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número cento e cinquenta e seis-A, deste cartório, LEONEL JORGE CATALÃO PINHO, natural da freguesia de São Sebastião, concelho de Setúbal, solteiro, maior, como declarou, residente habitualmente na Rua Esteiro do Almo, número 52, Pontes, Setúbal, contribuinte fiscal número 214373177, declarou ser dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrém, de um prédio rústico, com a área de três mil quinhentos e oitenta e oito vírgula cinquenta metros quadrados, situado em Brejos da Quinta de Canes, na freguesia da Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra, do concelho de Setúbal, constituído por horta e árvores de frutos, confrontando do Norte e do Poente com Joaquim Carvalho, do Nascente com Ubaldo da Assunção Ferreira Pinho e do Sul com Alberto Daniel Ferreira e caminho. Está inscrito o prédio na respectiva matriz sob parte do artigo 30, da secção D, da freguesia de São Sebastião, que proveio do artigo pré-cadastral 350, da mesma freguesia, constando como titular do referido artigo matricial: Guiomar Pinho, na proporção de dezanove mil novecentos e setenta barra cem mil avos indivisos; Idalina da Conceição Baguiço Ferreira, na proporção de trinta nove mil novecentos e noventa barra cem mil avos indivisos; Manuel d’ Assunção Pinho e Francisco da Assunção Pinho, cada um na proporção de vinte mil e vinte barra cem mil avos indivisos. No tocante ao registo predial encontra-se descrito na competente Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob parte da descrição três mil cento e setenta e seis, folhas cento e oitenta e nove, do livro B-dezoito, actual dois mil e quarenta e cinco, de dezoito de Maio de dois mil e dez, da freguesia de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra, e são titulares do prédio, sem determinação de parte ou direito: Laura da Conceição, viúva; Guiomar Pinho, solteira, maior; Manuel d’ Assunção Pinho, casado sob o regime da comunhão geral de bens com Beatriz Maria Ferreira; Francisco da Assunção Pinho, casado sob o regime da comunhão geral de bens com Aurélia Jorge Martins; Idalina da Conceição Baguiço Ferreira, casada sob o regime da comunhão geral de bens com Alberto Daniel Ferreira.

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ESTÁ CONFORME. Cartório Notarial de Setúbal, aos vinte e sete de Fevereiro do ano dois mil e doze. O Notário, (Lic. João Farinha Alves)

resolvem os prejuízos das empresas do sector empresarial do Estado, como o Governo pretende fazer crer», acrescentando que o que está em causa com estas medidas negativas é «o favo-

D.R.

A DORS do PCP é contra os cortes nas carreiras e circulações na Transtejo e Soflusa aplicados desde o passado dia 27 de Fevereiro. Para os comunistas, a redução destas carreiras

namento do Parque Natural da Arrábida (POPNA) e o regulamento do Parque Marinho Luís Saldanha. Passados quatro meses do debate, os deputados ‘rosa’ exigem que o Ministério da Educação lhes faça o ponto da situação. Pretendem saber se existe,

neste momento, alguma avaliação sobre o resultado dos esforços e restrições ao estado dos recursos marinhos impostas pelo regulamento do Parque Marinho Luiz Saldanha, e qual a avaliação existente, até à data, dos impactos económico, social e cultural das

medidas em vigor do POPNA nas populações locais, cuja actividade dependa do PNA, nas actividades económicas tradicionais e na sua relação com a preservação da natureza, em concreto a pesca artesanal e as limitações impostas pelo regulamento do Parque Luiz Saldanha.


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Teresa Vicente, presidente da Câmara de Palmela, levanta a ponta do véu do que está por vir com esta distinção

«Vamos conquistar novos mercados e provar que não somos uma falsa expectativa»

Qual a importância para o município da distinção “Palmela – cidade europeia do vinho”? É um grande reconhecimento internacional da qualidade dos vinhos e do trabalho, no plano institucional, que tem sido feito para promover o sector. A distinção pode ser um excelente para atrair mais visitas à região. E para o sector? Temos produtores com presença em vários países do mundo, mas continuamos a querer chegar com mais quantidade a mais mercados. Este ano pode contribuir para isso. Esta distinção pode alavancar a economia local? As contas terão de ser feitas nos próximos anos, mas, certamente, demonstrarão que a distinção abriu novas portas a nível de quantidade de visitantes ou também a nível da implementação no exterior dos nossos vinhos. Dá sempre jeito uma abordagem institucional com todas as entidades que em Portugal fazem trabalho de promoção de turismo e temos encontrado receptividade em todas elas. Vamos conquistar novos mercados.

associado à vinha e ao vinho é um trabalho inovador em Portugal. DR

E que iniciativas têm previstas para este ano? Vão ser centenas de iniciativas. Algumas já são tradicionais no território, como a festa das Vindimas, as comemorações do dia do enoturismo, entre outras. Além destas, para massas, teremos outras para públicos mais selectos. Levá-los-emos a adegas e faremos com que tomem contacto com o território. Há coisas que se podem associar indiscutivelmente ao vinho, como o património edificado, por exemplo. O desafio passa por conseguir usufruir de todos estes valores.

Bruno Cardoso

Mas há problemas que continuam a afectar o sector. As actividades do sector primário padecem do clima, embora também sejam afectadas por outros problemas. Os preços absolutamente esmagados em que uvas são vendidas, por exemplo, são factores de empobrecimento para quem produz uva. Há alguns produtores que vivem miseravelmente para conseguir manter a qualidade dos vinhos. E a seca? Espero que governo mobilize recursos europeus para que os produtores sejam recompensados. Que importância assume o protocolo com a Rede Europeia de Cidades do Vinho? Esse protocolo compromete-nos com realização de iniciativas que candidatámos e que visam promover os vinhos. Simultaneamente, é a confirmação de que não somos uma falsa expectativa. O que prometeram fazer? Além das iniciativas de que já falei, vamos encetar um trabalho que valorize tudo o que tem que ver com o enriquecimento do sector. Queremos investigar e trabalhar cientificamente o vinho e comprometemo-nos a desenvolver um trabalho sobre as castas do nosso território. Queremos preservar e defender o produto. A defesa deste património

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almela é um imenso território de hectares de uvas que dá cartas na economia portuguesa. Sempre foi sinónimo de bons vinhos e tem sabido, gradualmente, encontrar espaço entre os consumidores nacionais e estrangeiros. As distinções alcançadas ano após ano colocam os néctares da região no topo, mas a verdadeira oportunidade está à porta, agora que Palmela foi distinguida como Cidade Europeia do Vinho. E os objectivos são apenas três: alavancar as exportações deste cluster tão importante para a região, provar que a escolha do município foi acertada e defender o produto. Mas há problemas que podem provocar danos ao sector.

Ana Teresa Vicente quer potenciar ao máximo a visibilidade que a distinção europeia representa


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Sector do vinho procura desenvolver-se, atrair visitantes à região e gerar mais retorno económico, com câmara municipal a querer fazer justiça à distinção. A ver pelo cartaz de eventos agendados, a tarefa parece estar ganha e logo à partida.

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pontapé de saída está dado e até Dezembro deste ano Palmela deverá encher-se de milhares de visitantes, ávidos por entender o sucesso dos vinhos da região. Os néctares trouxeram para a ribalta o município e os seus produtores nos últimos anos, mas este promete ser igualmente um Pub.

ano de mérito e reconhecimento, não fosse Palmela a Cidade Europeia do Vinho. O título, atribuído pela primeira vez pela Rede Europeia de Cidades do Vinho (RECEVIN), pretende distinguir o concelho como símbolo de desenvolvimento vitivinícola, a nível europeu. A oferta promete ser vasta e integra múltiplas iniciativas nas áreas da educação, investigação e divulgação científica, dirigidas para as massas, mas também para públicos mais selectos que querem descobrir, provar e sentir os aromas inconfundíveis da região. E Ana Teresa Vicente, presidente da câmara municipal, não tem dúvidas. A iniciativa será um sucesso. Em declarações ao Semmais, a autarca diz que a aposta no sector dos vinhos «é um desígnio nacional», que orgulhará Palmela e valorizará toda a região. «Esta distinção acontece num momento complicado para o país, dada a falta de dinheiro, mas é num momento como este que todos precisam de mais objectivos e desafios», sublinha.

C.M.P.

O primeiro dia de um ciclo que é para ganhar

A edil Teresa Vicente, com o vereador Luis Miguel Calha, à esquerda, brindando a um ciclo forte para os vinhos do concelho

Para o presidente da RECEVIN, o protocolo de compromisso assinado recentemente entre ambas as partes visa aproveitar o «potencial endógeno das regiões vinícolas», promovendo o desenvolvimento do sector do vinho e gerando retorno económico. «Estamos a elevar, do mesmo modo, a bandeira nacional», afirma Paulo Varanda. Meses de Maio a Novembro serão fortes em eventos Mas a comemoração de Palmela – Cidade Europeia do Vinho de 2012 deverá atingir o

seu apogeu nos meses do verão, particularmente entre Maio e Outubro. Além do tradicional Festival Queijo, Pão e Vinho, da Mostra de Vinhos de Fernando Pó, do festival do Moscatel e da Festa das Vindimas, que se realizará na vila de 30 de Agosto a 4 de Setembro, uma gala sobre o tema, a realizar no dia 1 de Junho, pelas 21:30, no Cineteatro São João, promete coroar as comemorações, não fosse a direcção do concerto encenado da responsabilidade do maestro Jorge Salgueiro. O encerramento oficial do programa está marcado para o

dia 12 de Dezembro na Casa Ermelinda Freitas, altura em que o projecto de responsabilidade social daquela casa, “A Vida de um Vinho”, chegará ao seu fim, com o leilão de 1500 garrafas de uma colheita de 2008 e cujo resultado reverterá para fins de solidariedade social. Ao longo destes meses, o programa inclui ainda a realização de múltiplos colóquios, cursos de prova de vinhos, festivais de músicas, circuitos enoturísticos, fins-de-semana gastronómicos e diversos workshops. Bruno Cardoso


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Xavier Santana tira o chapéu à Cidade Europeia do Vinho

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Inverno «muito seco possa complicar as contas» da empresa. A Xavier Santana tenciona apresentar este ano dois novos produtos. Trata-se do primeiro Moscatel Roxo, que sairá para o mercado entre Março/Abril, e o Palmela D.O.C. Reserva Tinto, que deverá ser lançado entre Maio/ Junho. A empresa tem mãos a renovação das suas instalações para poder avançar com o processo de adesão à Rota de Vinhos. «Lá para o mês de Junho esperamos ter tudo tratado. A adesão à Rota de Vinhos permite-nos dar uma maior visibilidade à firma e aos nossos produtos e envolver-nos noutras

iniciativas», sublinha. Para dar à volta à crise por cima, Fernando Santana conta que a aposta nas exportações é «fundamental» mas, este ano, ainda não surgiu nova encomenda. «Já exportámos para o Brasil e para a Suécia, mas de momento, não temos nada de concreto». No que se refere a novos investimentos, a adega tem vindo a melhorar as técnicas de fabrico, como o sistema de frio, e o revestimento dos depósitos de frio, de forma a aumentar a capacidade e a qualidade dos seus produtos. A Xavier Santana Sucessores, fundada em 1926, emprega 20 pessoas.

Vinhos da casa vão voltar a concurso de Bruxelas A Xavier Santana vai voltar a enviar vinhos para o concurso de Bruxelas, que este ano decorre em Guimarães. O Quinta de Monte Alegre Colheita Seleccionada, com colheita de 2009, o novo Moscatel Roxo, de 2009, e o Moscatel tradicional, de 2007, deverão entrar nas contas deste

concurso que envolve a participação de néctares de quase todo o mundo. «O Quinta de Monte Alegre e o Moscatel normal, com colheita de 2006, já conquistaram medalhas de Ouro, mas com colheitas diferentes, em concursos internacionais», refere, com orgulho.

DR

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adega Xavier Santana Sucessores, sediada em Palmela, considera que o galardão “Palmela - Cidade Europeia do Vinho” é de «grande importância» para a promoção, dinamização e aumento das vendas dos vinhos da região. Fernando Santana, gerente da firma, avança que as vendas de 2011 dos vinhos de mesa registaram «uma pequena redução» por causa da «crise e da concorrência». Mas, em contrapartida, o vinho moscatel deu algumas alegrias à casa tendo em conta o nível «bom» de vendas conseguido. No que toca à produção, é de registar uma quebra na ordem dos 40 por cento, devido ao fungo míldio que afectou as vinhas e às condições climatéricas adversas. Mesmo assim, a firma arrecadou cerca de 1 milhão e duzentos mil euros nos seus cofres, enquanto a produção rondou os 400 mil litros de vinho. «Foi um ano pior que 2010 mas a qualidade não foi má», vinca. No que toca às expectativas para 2012, Fernando Santana faz votos para que a produção regresse ao normal, embora o cenário de

Fernando Santana diz que a sua empresa vai ainda apostar mais na exportação


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Venâncio da Costa Lima orgulhosa com vinhos da região

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Novo sítio na Internet A Venâncio da Costa Lima, de forma a uma melhor comunicação com os seus consumidores, lançou um novo sítio na Internet, mais moderno e com todas as informações sobre a adega e os seus néctares. Além disso, a empresa comunica activamente em redes sociais (Facebook), onde tem uma página que já recebeu comentários de consumidores satisfeitos.

Para dar a volta por cima da crise, a empresa, que produz o melhor moscatel do Mundo, continua a apostar em produtos com «qualidade e preço justo, adaptados ao consumidor actual». Só assim é possível, na óptica de Joana Vida, construir uma «marca de confiança e uma empresa competitiva, capaz de ultrapassar a crise». Joana Vida realça que a Vindima de 2011 decorreu com «normalidade», com maturações «correctas» e «sem grandes sobressaltos». Para 2012, as expectativas de produção e vendas, em ano de crise, a firma espera «manter o volume de negócios» alcançado em 2011, que se pautou por «boas produções e bons vinhos».

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adega Venâncio da Costa Lima, em Quinta do Anjo, considera que o facto de Palmela ter sido eleita Cidade Europeia do Vinho representa uma «grande oportunidade» e, ao mesmo tempo, uma «grande responsabilidade» para o sector vitivinícola. Joana Vida, responsável pelas Vendas e Qualidade, perspectiva, para este ano, uma «extensa divulgação» desta região afamada de bons vinhos e muitas iniciativas de qualidade, para que o consumidor tenha oportunidade de conhecer os vinhos de Palmela e o famoso moscatel de Setúbal. «Numa conjuntura económica difícil são estas distinções que nos devem orgulhar, dado que prestigiam a região, que desta vez vai ter uma oportunidade única de valorizar os seus vinhos», vinca a responsável. Para festejar a efeméride, a firma irá participar em todas as acções em conjunto com todos os produtores. «Esperamos acolher no nosso belo espaço da adega antiga actividades de âmbito cultural e formação, todas elas de grande qualidade», vinca. A produzir vinhos desde 1914, a Venâncio da Costa Lima dá emprego a 40 pessoas e continua a investir na construção da nova adega, passo esse que deverá prolongar-se ao longo do corrente ano.

Joana Vida, um dos rostos da Venâncio Costa Lima, e outros responsáveis da empresa vitivinícola

Numa conjuntura económica difícil, são estas distinções que nos devem orgulhar, dado que prestigiam a região, que desta vez vai ter uma oportunidade única de valorizar os seus vinhos”. A adega garante que este ano será um ano de muitas novidades. Logo a abrir 2012 foi lançado o Casal do Cerrado, um vinho certi-

ficado, com perfil moderno e saboroso, que acompanha na «perfeição» a gastronomia. Apresenta uma imagem «muito moderna

e de qualidade». Este néctar está disponível em branco e tinto, nos hipermercados Continente, a um preço «bastante acessível».

Henrique Soares Franco, presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal

Cluster dos nossos vinhos está cada vez mais forte

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Já reparámos que os vinhos da nossa região passam muitas vezes despercebidos nos restaurantes”

Arquivo Semmais

sector vitivinícola na região da Península de Setúbal é um sector económico que desempenha um papel «muito relevante» na região da Península de Setúbal quer pelos milhares de postos de trabalho, pelos vários milhões de euros que gera em termos de receitas anuais e pelos contributos indirectos muito relevantes ao nível da paisagem e do ordenamento do território, pela via do turismo. Henrique Soares, presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS), orgulha-se de nos últimos anos, apesar de a conjuntura económica não ser a mais famosa, o sector vitivinícola da Península ter registado uma «boa evolução» e um «aumento das vendas» não só no mercado nacional mas, sobretudo, nos principais mercados de exportação dos vinhos da região, como é o caso do Brasil, Angola, Estados Unidos, Canadá, China, Suécia, Inglaterra e Alemanha. Na óptica de Henrique Soares, a CVRPS nunca pode estar satisfeita com a área da promoção e divulgação dos vinhos da região, embora já se tenha trabalho com muito afinco nesse cenário. «É óbvio que pretendemos sempre fazer cada vez melhor mas, para

O responsável da CVRPS regista uma «boa evolução» e um «aumento de vendas», mas nem tudo são rosas

fazermos melhor, depende dos nossos recursos financeiros e dos humanos de cada uma das empresas vitivinícolas», sublinha. Para Henrique Soares, os espaços de hotelaria e restauração da região devem apostar essencialmente em vinhos produzidos à beira-Sado nos seus menus. «Divulgar os nossos vinhos é sempre importante porque o sector da restauração é uma área muito forte para que os nossos vinhos ganhem maior visibilidade. Já reparámos que os vinhos da nossa

22 milhões de litros de vinho certificado A CVRPS exerce a função, há mais de quinze anos, de certificação e de promoção dos vinhos com as chancelas D.O.C. Palmela, D.O.C. Setúbal e do Vinho Regional Terras do Sado. Em 2010 foram certificados 22 milhões de litros de vinho, o que constitui «um recorde absoluto até à data». A CVRPS ainda não apurou os números de 2011 mas, segundo Henrique Soares, os valores não

deverão andar muito longe dos alcançados em 2010. Além dos tintos, brancos, moscatéis e roses, os espumantes começam agora a dar os primeiros passos na região com várias empresas a apostar neste produto. «É um produto de grande qualidade que tem tido uma muito boa aceitação por parte dos consumidores», argumenta Henrique Soares.

região passam muitas vezes despercebidos nas Cartas dos restaurantes», vinca. Apesar de ainda não ter havido queixas dos vitivinicultores da região por causa do Inverno seco que se tem feito sentir, Henrique Soares refere que o problema, por ora, ainda «não é preocupante». Contudo, aguarda pela evolução dos próximos meses, reconhecendo que a falta de chuva acarretará para os agricultores elevados custos de produção. A CVRPS está já a preparar a 12.ª edição do seu tradicional Concurso de Vinhos e aguarda, de novo, uma participação «muito expressiva» dos vitivinicultores da região. «No fundo, este concurso é mais uma ferramenta para a promoção e comercialização dos vinhos dos produtores no mercado nacional», frisa, relembrando que a edição de 2011 bateu o recorde de participação, com cem vinhos e dezasseis empresas a concurso».


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Leonor Freitas, gestora da Casa Ermelinda Freitas, garante um novo ciclo ainda mais pujante com a nova adega

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Casa Ermelinda Freitas, localizada em Fernando Pó, no concelho de Palmela, acaba de receber ‘luz verde’ para avançar, daqui a um mês, com o alargamento das suas instalações, o qual prevê a ligação da parte velha da adega com o novo espaço. É um grande passo para a empresa cimentar o patamar da competitividade. Segundo a gerente Leonor Freitas o projecto de alargamento está a ser ultimado para depois ser enviado para o município, sendo que as novas instalações vão permitir «uma maior funcionalidade, junção de espaços dispersos e redução de custos». «Graças à colaboração da Câmara de Palmela e da CCDRLVT, foi possível ultrapassar problemas relacionados com o Plano Director Municipal e nós vamos mesmo avançar com o alar-

gamento das instalações porque as actuais são muito redutas», esclarece a responsável. Leonor Freitas faz um balanço «positivo» da produção e vendas de 2011, sublinhando que a empresa conseguiu crescer nos mercados interno e externo, mas sobretudo no externo, sendo de registar um aumento de cerca de 8 por cento nas exportações, nomeadamente em Angola, China e vários países europeus, o que se reflecte numa facturação de 9 milhões de euros e uma produção de 7 milhões de litros de vinho. Para o presente ano civil, a empresária perspectiva uma «forte aposta» nos mercados externos, estando prevista a entrada dos vinhos no Brasil e Rússia, para manter e até fazer crescer «um pouco» as exportações. No que se refere a novos

Semmais

‘Luz verde’ para nova adega e alargamento das instalações são novos trunfos

A paixão pela vida da empresária Leonor Freitas tem conquistado um lugar de relevo no desenvolvimento do negócio

produtos, Leonor Freitas realça o espumante Reserva D.O.C. Palmela, que ainda não foi lançado no mercado, uma aguardente velha e um novo branco, produzido à base de castas Sauvignon. Para fazer face à crise económica, a empresária aposta em produtos com uma boa relação qualidade/preço, numa gestão o mais «economicista possível» e num reforço dos produtos nos mercados externos. «Temos a melhor relação qualidade/preço e isso é fundamental para dar a volta por cima à crise», vinca.

No âmbito da iniciativa Palmela Cidade Europeia do Vinho, a Casa Ermelinda Freitas tem agendado o desfecho do

projecto solidário “A Vida de um Vinho”, que pretende angariar receitas para ajudar instituições de solidariedade social.

«Região de vinhos de excelência» A Casa Ermelinda Freitas dá emprego a mais de 32 pessoas e produz vinhos com marca própria desde 1997. Os vinhos da empresa são muito afamados no mercado e costumam, todos os anos, ser galardoados com largas dezenas de medalhas em concursos nacio-

nais e internacionais. «Estamos, sobretudo, a divulgar Portugal e a nossa região, que é uma região de vinhos de excelência», vinca a gerente Leonor Freitas, que este ano esteve entre as finalistas da Mulher de Negócios da revista Máxima.

Filipe Cardoso, gestor e enólogo da Sociedade Vinícola de Palmela, promete novos lançamentos

Sivipa fecha “Personalidades do Ano 2000” em grande

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Penso que as principais medalhas deste ano vão para os Ameias e para os moscatéis”, sublinha o enólogo

Semmais

ara celebrar em grande o galardão de “Palmela - Cidade Europeia do Vinho”, a Sivipa deverá retomar o projecto “Personalidades do Ano 2000”, durante o mês de Setembro. Esta acção, que foi interrompida há vários anos por dificuldades económicas da firma, envolve personalidades como Amália Rodrigues, Herman José, José Hermano Saraiva, entre muitos outros, que assinaram as garrafas dos famosos vinhos da Sivipa. A Sociedade Vinícola de Palmela (Sivipa), com instalações em Palmela, já lançou este ano dois novos produtos, nomeadamente o Ameias branco e o Ameias selecção do enólogo. Ainda este ano deverão ser lançados o Ameias Trincadeira, o Moscatel 10 Anos e o Moscatel 15 Anos. A Sivipa faz um balanço «positivo» das vendas de 2011, embora seja de registar no final do ano um «decréscimo de vendas». No que diz respeito à produção, o enólogo/administrador, Filipe Cardoso, faz um balanço «negativo», na medida em que foi um ano «difícil», com «grandes ataques» de míldio, o que contribuiu para fazer decrescer a quantidade de uvas produzidas. Questionado sobre as expec-

O jovem enólogo está entusiasmado com a forma como a empresa tem vindo a cimentar o seu espaço no sector

Personalidades Ano 2000 perto do desfecho O projecto Personalidades do Ano 2000, que foi interrompido devido a problemas económicos da Sivipa, deverá estar perto do desfecho. «Vamos tentar este ano levar a cabo um jantar com as diversas personalidades distin-

guidas para encerrar este ciclo», garante Filipe Cardoso, que relembra Amália Rodrigues e Fernando Pessa, já falecidos, que foram distinguidos e assinaram as garrafas de vinho “Personalidades do Ano2000”.

tativas de produção e vendas para 2012, Filipe Cardoso afirma que ainda é «cedo» para falar sobre esta matéria, uma vez que «as vinhas ainda não rebentaram, mas a falta de chuva durante o Inverno não está a ajudar muito. Vamos esperar». De forma a ultrapassar a crise, a Sivipa pretende entrar em novos

mercados, com produtos adaptados aos mesmos, e trabalhar no sentido de manter os actuais negócios em Portugal. Em breve a Sivipa irá avançar a pintura das paredes exteriores da adega e alguns melhoramentos na linha de enchimento. A Sivipa espera este ano continuar a conquistar «muitas medalhas», em concursos nacionais e internacionais, pois, segundo Filipe Cardoso, a firma tem vinhos de «grande qualidade». «Penso que as principais medalhas este ano irão para os Ameias e para os Moscateis», sublinha o enólogo. A Sivipa comercializa vinhos desde 1964 e dá emprego a dezasseis pessoas.


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Paulo Ferreira

defender-se da concorrência nacional, chegando mesmo a atingir patamares singulares», advoga Paulo Ferreira, para quem o número de prémios obtidos em concursos nacionais e internacionais «é reflexo disso mesmo». Ao mesmo tempo, o ajuste das políticas comerciais, ao nível do consumidor final, «dão nota de quanto atentos estão os empresários do sector», defende. E é por acreditar no futuro do cluster vitivinícola de Palmela, que a CCAM - Entre Tejo e Sado faz questão de continuar a ser o patrocinador principal dos prémios do

Concurso de Vinhos da Península de Setúbal. «Temos apoiado os mais importantes certames na região que promovem o vinho», como a Feira dos Vinhos, em Fernando Pó; o Festival do Queijo, Pão e Vinho, na Quinta do Anjo; e as Festas das Vindimas, em Palmela. «Recentemente associamo-nos à Casa Mãe dos Vinhos, onde, habitualmente a CCAM adquire produtos para brindes e ofertas», tendo sido definidas e disponibilizadas diversas linhas de crédito que visam apoiar o produtor transversalmente na sua actividade, adianta este responsável. Para este ano, a CCAM – Entre Tejo e Sado pretende manter os apoios habituais e empenhar-se no desenvolvimento de uma iniciativa, juntamente com as principais entidades locais do sector, «que visa promover os nossos vinhos junto dos grandes distribuidores nacionais e internacionais». Esta acção deverá traduzir-se num evento de “prova”, aberto a produtores e distribuidores.

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Palmela é uma escolha «correcta» para a realização do evento Cidade Europeia do Vinho e reveladora do reconhecimento que o sector faz da qualidade e importância deste cluster, na região. A afirmação é do presidente do CA da Caixa de Crédito Agrícola Mutuo – Entre Tejo e Sado, para quem Palmela «está indissociavelmente ligada à qualidade alcançada na Península de Setúbal, tal como o Porto está para os vinhos licorosos de toda a Região Demarcada do Douro». Paulo Ferreira, líder de uma das entidades que mais tem apoiado a dinamização e promoção do sector, sustenta que, numa época em que a generalidade das actividades económicas atravessa uma profunda crise, «o sector da produção e comércio de vinho ganha ainda mais importância ao reagir às actuais adversidades económicas com o aumento das exportações através do reforço e promoção da marca no mercado internacional». No caso particular da nossa região a actividade vinhateira «tem sabido

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Caixa Agrícola - Entre Tejo e Sado lidera apoios ao cluster

Marisa Batista ~ Mediasado

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Almada e Sesimbra apostaram forte com stands autónomos

Os municípios de Almada e de Sesimbra apostaram forte este ano na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) e autonomizaram-se do stand da entidade de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo para melhor conseguirem vender as suas potencialidades turís-

ticas. Os espaços de divulgação têm conseguido atrair profissionais de Portugal e do estrangeiro e as oportunidades de negócio multiplicam-se, contrariando a crise económica instalada. A autarquia de Almada apostou pela primeira vez

num stand próprio e tem piscado o olho a investidores estrangeiros e nacionais, interessados particularmente em projectos ligados à regeneração da frente ribeirinha, ao Polis da Costa da Caparica e a outros previstos para o centro da cidade, como a

Um dos espaço da Entidade Regional de Turismo Lisboa e Vale do Tejo albergou oferta dos municípios

criação de um hotel na rotunda do centro sul. O santuário do Cristo-Rei assume-se como parceiro fulcral nesta estratégia perseguida pela câmara de Almada, contribuindo para a valorização turística do

município. Já em Sesimbra, a ideia de ter um stand próprio repete-se pelo sexto ano consecutivo. O espaço da autarquia conta com o apoio de parceiros locais e continua a não medir esforços para promover produtos como o mel ou a farinha torrada. Contrariar a sazonalidade do turismo do município é outro dos desafios a vencer com esta representação no certame. Municípios em stands das entidades de turismo Todos os municípios da região estão representados na BTL, associados aos espaços das entidades de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo (TLVT) e do Alentejo. O presidente da TLVT sublinha as potencialidades turísticas dos municípios da península de Setúbal e apresenta dados bastante simpáticos para a região, especialmente para a cidade de Setúbal, que atingiu em 2011 as trezentas mil dormidas, aproximadamente. Joaquim Rosa do Céu acrescenta que «a península está a colher cada vez mais os frutos do investimento que foi feito ao nível da melhoria do espaço público, mas acusa a administração central de não acompanhar esse desen-

volvimento». Noutro ponto da feira, no stand da Turismo do Alentejo, Alcácer do Sal é o único município do Litoral Alentejano a contar com espaço próprio e centra esforços na divulgação da iniciativa «Alcácer dos cinco sentidos». Ceia da Silva, presidente da entidade, desdramatiza a situação e prefere atribuir importância à presença no local de «grandes parceiros privados», como a Sonae Turismo, e aos números conseguidos pela região em 2011. «Em três anos, conseguimos o melhor ano de sempre, ao registar um aumento na procura de visitantes superior a 6 por cento», conclui. Ao longo dos últimos anos, as autarquias do distrito têm reconhecido a importância da sua promoção turística na BTL, um espaço que tem funcionado como o grande barómetro do mercado a nível nacional e internacional. E os resultados do certame falam por si. Em 2011, a BTL recebeu mais 74 mil visitantes e apresentou um crescimento de 12% no número de profissionais estrangeiros e de 9% nos profissionais portugueses creditados face ao ano anterior. Bruno Cardoso

Estratégia comercial e lançamento do Guia de Viagens

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O cluster turístico pode alavancar economia regional e impulsionar municípios em altura de crise. A Entidade Regional de Turismo apostou forte

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Turismo da região pisca olho a investidores na BTL

A Entidade Regional de Turismo Lisboa a Vale do Tejo apostou forte na presença da BTL deste ano. Os seus dois espaços visaram duas apostas estratégicas, a primeira mais institucional, com a diversidade de oferta dos municípios da região, e a segunda mais comercial, uma espécie de «centro de negócios», porque a hora é de ganhar mercados, atrair turistas e investimento. Entretanto, foi também apresentado, quinta-feira, segundo dia da BTL, o guia

de viagens “10 Percurso Essenciais – Lisboa e Tejo e tudo…”, apresentado no certame por António Mega Ferreira. A obra, concebida pelo atelier DDLX, liderado por José Teófilo Duarte, conta com a participação dos autores José Eduardo Agualusa, Cristina Castelo-Branco, Pedro Almeida Vieira, Domingos Costa Xavier, Fernando Luís Sampaio e Virgílio Nogueira Gomes. A fotografia é da responsabilidade do fotógrafo sadino, Maurício Abreu.


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+ Região

Descargas da Amarsul poderá estar na origem da poluição nas águas da Caldeira da Moita

Protecção civil mobiliza montijenses MONTIJO

“MAIS vale pre­­ venir que remediar” foi o tema das actividades que na quintafeira mobilizaram a população, numa acção concertada para comemorar o Dia Internacional da Protecção Civil. A iniciativa, promovida pelo executivo da socialista Maria Amélia Antunes, levou ao Auditório da Biblioteca Muni­ cipal, alunos de turmas do 3.º e 4.º anos da EB1 N.º3 Luís de Camões, para assistir a esta acti­ vidade de dramatização e apren­ dizagem. O objectivo, de acordo com a autarquia, é formar e informar sobre medidas de protecção civil «que todos devemos adoptar, na nossa vida quotidiana, para sabermos prevenir, proteger e socorrer». A mesma actividade repetiuse ao longo do dia para a popu­ lação sénior. Com o apoio do Gabi­ nete Sénior da Câmara do Montijo, os mais graúdos também tiveram a oportunidade de aprender mais sobre a prevenção de acidentes domésticos e medidas de auto protecção para diferentes fenó­ menos. Com esta iniciativa, a Câmara do Montijo, através do Serviço Municipal de Protecção Civil, asso­ ciou-se à Organização Interna­ cional de Protecção Civil, entidade promotora do Dia Internacional da Protecção Civil.

A empresa não descarta a possibilidade de a descarga estar relacionada com o sistema de tratamento e implementou, já, um sistema de gestão mais eficaz

sistema em face de ocorrência de situações de pluviosidade mais intensa», sendo que, neste caso, «a ocorrência poderá decorrer de indevido accionamento de grupos de bombagem do lixiviado para a rede de colectores» que os enca­

minham para a ETAR. Logo após o inquérito às origens da descarga, a Amarsul decidiu implementar um mecanismo de controlo electrónico do acciona­ mento do sistema de bombagem, um mecanismo que permite a

gestão mais eficaz dos caudais descarregados e, por essa via, a prevenção de descargas não controladas. Por outro lado, o Ministério assegura que a empresa pretende, ainda, acautelar a repetição da

Sesimbra quer Arrábida património SESIMBRA A CANDIDA­ TURA da Arrábida a Património Mundial da UNESCO foi o tema da última sessão da assembleia muni­ cipal descentralizada, que decorreu na Igreja do Cabo Espichel. No encontro, foi aprovada, por unanimidade, uma moção de apoio a esta acção da Associação de Muni­ cípios da Região de Setúbal e das câmaras municipais de Setúbal, Palmela e Sesimbra. No documento, é destacada «a grandiosidade e excelência dos valores associados à iniciativa», reforçada pelo apoio de personalidades e instituições locais, regionais e nacionais. «Optámos por escolher este local pela sua singularidade e por ser um marco importante da nossa história, que está bem vincada nesta

ALCOCHETE

Os deputados municipais de Sesimbra aplaudem a candidatura à UNESCO

candidatura», sublinhou Odete Graça, presidente da Assembleia Municipal. Para Augusto Pólvora, presi­ dente da Câmara, esta é uma causa que «extravasa largamente esta região». O autarca saudou ainda a Assembleia Municipal

pelas acções dinamizadas no apoio a esta candidatura, e lembrou que a Arrábida «é um elemento fundamental de promoção turística de Sesimbra, como, de resto, está evidenciado no Plano Estratégico do Turismo de Sesimbra».

Seixal rejeita cortes nas ligações fluviais SEIXAL

«INACEITÁVEL» é como o executivo seixalense do comunista Alfredo Monteiro classifica a redução das carreiras da Transtejo que servem o concelho, que entraram em vigor esta semana. Num oficio enviado esta semana ao ministro da Economia, a autar­ quia seixalense demonstra «desa­ grado» com a medida, tendo em conta que se trata de «uma decisão que contraria os interesses da população, e que vem claramente

ocorrência, através da adopção de «medidas definitivas, a concluir até ao final de 2013», e que incluem a conclusão e beneficiação do sistema de pré tratamento de águas residuais e a concretização da ligação à ETAR Barreiro/Moita.

Alcochete ‘ensina’ a lidar com o dinheiro

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«O PROBLEMA da poluição das águas» da Caldeira da Moita «poderá estar relacio­ nado com o sistema de tratamento da empresa Amarsul». A conclusão consta de um documento emitido pelo Ministério do Ambiente, em resposta a um requerimento feito pela deputada do PS, Eurídice Pereira. A poluição, registada em finais do ano passado, e que ainda se registava no início deste ano, motivou protestos da oposição socialista, no executivo moitense, e levou mesmo o assunto à Assem­ bleia da República. Em resposta aos socialistas, com data de 23 de Fevereiro, o Ministério do Ambiente diz ter feito diligências, no local, apurando, junto da empresa Amarsul, que na origem das descargas «poderá estar uma insuficiente capacidade do

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MOITA

em sentido contrário daquilo que tem sido defendido ao nível da polí­ tica de transportes, de aposta no transporte público e de qualifi­ cação dos serviços fluviais». Esta decisão significa uma redução semanal de 89 viagens, representando um corte de 23 por cento do serviço, na ligação Seixal – Cais do Sodré, argumenta o executivo da Câmara, para quem estas alterações não foram «atem­ padamente apresentadas às autar­ quias, quer no âmbito municipal,

quer ao nível metropolitano», junto dos órgãos dirigentes da Área Metropolitana de Lisboa. Também os aumentos verifi­ cados de 21 por cento nos bilhetes simples e de 5 cento no passe social intermodal, «vão em sentido contrário à maior utilização do transporte público em detrimento do transporte individual, sobre­ carregando os orçamentos fami­ liares, já de si bastante compro­ metidos», conclui o executivo dfa câmara do Seixal.

A BI­­­ BLIOTECA de Alcochete acolhe a exposição “Literacia Finan­ ceira” integrada no projecto Educação + desenvolvido pelos especialistas da Universidade de Aveiro e a Caixa Geral de Depósitos. Com vista a mudar a atitude dos jovens com idade entre os 7 e os 17 anos, face à matemá­ tica, esta exposição apresenta uma componente experimental e jogos interactivos dirigidos a diferentes públicos. O objectivo, segundo adianta a organização do evento, passa por ajudar a esti­ mular o gosto pela literacia financeira, com recurso a exer­ cícios matemáticos adequados aos vários graus de ensino. As visitas à exposição têm uma duração de 30 a 45 minutos e os conteúdos estão divididos em diferentes módulos, adaptados a cada grau de ensino. Os conteúdos foram produzidos e certificados pela Universidade de Aveiro através do Projecto Matemá­ tica Ensino (PmatE) e para visitar esta mostra é neces­ sário efectuar uma inscrição prévia junto da Divisão da Educação, Desenvolvimento Social e Saúde.


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O MUNICÍPIO já adjudicou a empreitada de repavimentação e renovação das infra-estruturas do centro histórico de Palmela, pelo montante

Obras visam melhorar a circulação

de 647.741,11 euros. Com um prazo de execução previsto de sete meses, esta empreitada, co-financiada pelo QREN, deverá ter início no segundo trimestre deste ano. A intervenção irá abranger as ruas Jaime Afreixo, Hermenegildo Capelo, Heliodoro Salgado e troços das ruas Serpa Pinto, 31 de Janeiro e Augusto Cardoso. As obras visam melhorar a circulação viária e pedonal e o acesso aos estabelecimentos de comércio e serviços, qualificará o espaço público e reforçará a qualidade de vida na ‘zona velha’, bem como a sua atractividade social, económica e turística.

Santiago declara guerra contra nemátodo e praga das palmeiras SANTIAGO

Alterações ferroviárias são sustentáveis em Setúbal SETÚBAL

O MINISTRO da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, considera que as alterações ao serviço ferroviário Intercidades da linha do sul permitem incrementar substancialmente a sua sustentabilidade e a competitividade, oferecendo um serviço «mais rápido e mais atractivo» para cerca de 80 por cento dos passageiros, reduzindo o tempo de viagem em cerca de meia hora. Com a supressão das paragens do Intercidades em Setúbal e Alcácer do Sal, desde o passado dia 11 de Dezembro, o ministro

argumenta que a linha do sul passa a ficar servida por «dez comboios rápidos - dois Alfa Pendular e três Intercidades em cada sentido -, o que corresponde à tipologia da procura deste eixo». Por outro lado, esta medida permite uma «redução de custos à CP num montante superior a 2 milhões de euros por ano». Esta resposta surge depois dos deputados do PS terem considerado que a supressão do Intercidades em Setúbal e Alcácer do Sal implicava «um grave retrocesso» na mobilidade das populações e no desenvolvimento da região.

Almada quer Barreiro antigo sugestões vai para ARRANCOU a 17 de Fevereiro mais um ciclo Opções discussão Participativas. ALMADA

Já foram realizadas dois fóruns públicos, um na Trafaria e outro na Costa de Caparica. Recolher o contributo dos cidadãos para a elaboração das Opções do Plano de 2013 é o objectivo destes fóruns públicos de participação, promovidos pela edilidade. Até ao final do mês de Junho, estão previstas sessões nas onze freguesias do concelho. Os cidadãos podem também dar as suas sugestões através do sítio da autarquia na internet. A realização deste ciclo inserese na “Carta de Princípios da Participação dos Cidadãos do Concelho de Almada”, que evidencia a aposta municipal no envolvimento da população nos processos e acções da vida local.

BARREIRO

ATÉ AO final do mês, encontra-se em consulta pública o projecto de delimitação da Área de Reabilitação Urbana do Barreiro Antigo. A apreciação pública, surge da aprovação, por parte do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, do projecto de delimitação relativo à conversão da Área Crítica de Recuperação e Reconversão Urbanística do Barreiro Antigo em Área de Reabilitação Urbana. O projecto pode ser consultado nos Paços do Concelho, no Departamento de Gestão Urbana, na Junta e na Biblioteca, podendo os munícipes apresentar sugestões nos locais de consulta ou através do e-mail prourb@cm-barreiro.pt

A DOENÇA do nemátodo, que ao longo dos últimos anos tem destruído grandes manchas de pinheiro bravo em todo o país, é uma das maiores preocupações ambientais do município relativamente à mancha verde de Santiago do Cacém, pelo que a autarquia pôs em marcha um plano de sensibilização e acção no terreno. No caso do nemátodo, as acções de prevenção são da responsabilidade dos proprietários dos pinhais, pelo que a autarquia aconselha a detecção e remoção de árvores mortas ou com sintomas de declínio. Em caso de dúvidas,

a autarquia disponibiliza aos munícipes os serviços técnicos do gabinete de salubridade urbana e espaços verdes. O nemátodo do pinheiro afecta espécies resinosas, com especial incidência no pinheiro bravo, cujas árvores afectadas evidenciam amarelecimento e murchidão das agulhas, progredindo até à secura de toda a copa, provocando a morte do pinheiro. Recorde-se que a praga deste insecto, detectada em Portugal em 1999, levou ao abate de mais de um milhar de pinheiros bravos entre 209 e 2011, no concelho, em

particular no perímetro urbano de a Nova de Santo André. Uma outra praga que anda a provocar ‘dores de cabeça’ ao município é a do escaravelho das palmeiras, pelo que o executivo tem em marcha um programa de vigilância constante que inclui medidas de prevenção e curativas. Neste caso, a autarquia aconselha os proprietários a destruição das plantas sem recuperação possível e, por outro lado, acções de vigilância que permitam a detecção atempada da presença do escaravelho vermelho da palmeira.

Porto Covo atende no Alcácer do Sal sénior aposta na net pavilhão Multiusos ALCÁCER

A BI­­­ BLIOTECA Municipal lança, este mês, um curso de iniciação à Internet, gratuito e destinado aos seniores. A acção decorre nos pólos da biblioteca na Comporta e no Torrão.

A iniciativa surge no âmbito do “AMRS Qu@ lifica”, promovido pela Associação de Municípios da Região de Setúbal, para qualificar os mais velhos e promover o acesso às novas tecnologias de informação.

SINES

O SER­­­ VIÇO de Atendimento de Porto Covo começou este mês a funcionar no novo Pavilhão Multiusos. Integrado com a rede administrativa da autarquia, o serviço permite, desde 2009, que a popu-

lação e empresários resolvam a maior parte dos seus assuntos relacionados com a Câmara. Entre as acções, inclui-se a assinatura de contratos de água e o pagamento da factura e entrega e solicitação de requerimentos.

História da península de Tróia motiva encontros especiais em Grândola GRÂNDOLA

MEMÓRIAS da Península de Tróia é o nome do encontro que, a 10 de Março, vai reunir arqueólogos, geólogos, historiadores, fotógrafos, festeiros, arquitectos e mergulhadores que farão reviver a história e a cultura daquela região mítica do concelho grandolense. O Centro de Eventos do troiaresort vai acolher o encontro Memórias de Tróia, uma iniciativa organizada pela equipa de arqueologia das Ruínas Romanas de Tróia e que tem como objectivo dar vida às memórias e às vivências de que esta península foi palco

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PALMELA

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Centro histórico de Palmela com requalificação à vista

Troiaresort regressa ao passado para melhor entender o futuro

ao longo dos tempos, desde a época romana até à actualidade. Por intermédio de tertúlias e de entrevistas especialistas de áreas distintas, como o Ambiente, Arqueologia, Arquitectura, História, Geologia e Fotografia, será possível

partilhar o passado, o presente e o futuro da península de Tróia. O programa inclui ainda uma visita guiada às Ruínas Romanas e a inauguração de uma exposição de fotografia de Américo Ribeiro e de José António Carvalho.


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+ Desporto Beisebol de Almada apresenta conjunto júnior

Derrota pesada deixa Azeitonense fora da Taça de Portugal

Os juniores dos White Sharks Almada Beisebol Clube realizam hoje, às 10 horas, na Pista Municipal, na Sobreda da Caparica, o jogo de apresentação. Na Páscoa, a equipa participa no Torneio Internacional de Pineuilh, em França.

A equipa de hóquei em patins da Juventude Azeitonense perdeu, por 9-1, na recepção aos açorianos do União Micalense, em jogo referente à 2.ª eliminatória da Taça de Portugal. O Sesimbra, no dia 14, e Vasco da Gama (17) ainda têm de jogar esta ronda.

Ginástica rítmica em Corroios Uma centena de atletas, em representação de duas dezenas de clubes oriundos do continente e ilhas, disputam este fimde-semana, no Pavilhão Municipal do Alto do Moinho, em Corroios, Seixal, o Campeonato Nacional de Ginástica Rítmica da 2ª Divisão.

Região em força no Nacional de judo A Associação Distrital de Judo de Setúbal vai estar representada por 14 atletas (quatro femininos) no campeonato nacional de juniores, a realizar amanhã, em Coimbra. A comitiva regional é composta por judocas e treinadores oriundos de cinco clubes do distrito.

:::::::::: Joaquim Guerra ::::::::::

O

triunfo, por 3-2, na última ronda, frente ao Beira-Mar, libertou o Vitória de Setúbal do último lugar da classificação e devolveu a esperança sadina pela manutenção na Liga. Hoje, às 20h30, o Vitória recebe o Sporting, num desafio em que o treinador José Mota confia que os vitorianos podem fazer um jogo positivo, apesar de não poder contar com três dos habituais titulares – Meyong (lesionado), e Jorge Gonçalves e Ney (castigados). Na antevisão, esta quinta-feira, ao embate com os ‘leões’, o técnico sadino não escondeu que o adversário, que ainda não perdeu desde a entrada de Ricardo Sá Pinto, «é favorito», mas acredita que se os atletas sadinos se apresentarem «rigorosos, concentrados e ambiciosos», o objectivo de pontuar está ao alcance. A valia do adversário é, por si só, uma dificuldade, mas à estratégia de José Mota acresce as três ausências de vulto. «O nosso plantel não é extenso e vão falhar jogadores importantíssimos que não são fáceis de substituir. Espero que os que joguem superem estas lacunas», deseja o

Na última época os sadinos perderam por 3-0 com o Sporting

técnico, antes de vincar que a equipa está «muito motivada» com o último triunfo trazido de Aveiro. Defesa pronto para atacar os pontos O central Amoreirinha já havia dado o mote para ambição vitoriana. «Penso que será um bom jogo entre duas equipas motivadas que vêm de resultados positivos, mas nós também queremos manter este ciclo», vincou o jogador, que agarrou a titularidade no eixo da defesa, há duas rondas. Sobre a confiança em si depositada, após longo intervalo devido a lesão, Amorei-

rinha revela satisfação. «Sinto-me muito bem. Já tinha saudades de jogar. Foi um período muito complicado, mas está ultrapassado. Se puder ajudar o Vitória nesta fase ficarei encantado». Entretanto, recorde-se que o Vitória realizou na terça-feira, em Angola, um particular frente ao Kabuscorp (1-1, com o golo sadino marcado por Bruno Severino), que serviu para apresentar a equipa angolana aos seus adeptos. A viagem dos sadinos, ficou igualmente marcada pela assinatura de um protocolo entre os dois clubes de cooperação no futebol, andebol e atletismo.

UM PERCURSO de 40 quilómetros na II edição da Meia-Maratona ‘Rota das Flores’, no Montijo, e um de 20 no 1.º Passeio de Vale das Éguas, em Santiago do Cacém, são duas propostas que a modalidade de BTT reserva para este sábado. Entretanto, o ciclismo todo-o-terreno tem assumido destaque no Litoral. Há uma semana, nos trilhos

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BTT pedala no Montijo Regional de lutas e em Santiago do Cacém amadoras na Moita

Pedaladas nos trilhos da região

de Vila Nova de Santo André, mais de 600 atletas registaram novo recorde na 3ª Maratona ‘Rota do Casqueiro’.

O CAMPEONATO Re­­­ gional Individual de Luta Greco-Romana e de Luta Feminina da Zona Sul e Ilhas realiza-se este sábado, a partir das 15 horas, no Pavilhão Municipal dos Desportos da Moita. No evento organizado pela associação distrital de Setúbal da modalidade, participam todos os clubes

inscritos nas associações de Lisboa e de Setúbal, assim como todos os clubes da região do Algarve, representados por um total de mais de 100 atletas, em três escalões etários. A competição vai apurar os campeões regionais, que irão disputar os títulos nacionais, no próximo dia 17 de Março, no Algarve.

Jogos do Seixal abrem as portas este sábado O COMPLEXO Municipal de Atletismo ‘Carla Sacramento’ recebe esta tarde, às 15 horas, a Festa de Abertura da edição 2012 dos Jogos do Seixal.

O evento organizado pela autarquia local, juntas de freguesia e movimento associativo, que se estende ao longo do ano, visa alargar e

estimular a prática desportiva regular ao maior número de munícipes, reforçando a saúde e a integração social. A oferta da dinamização

desportiva reserva dezenas de modalidades, sendo que a participação dos interessados nos eventos fica sujeita apenas a uma inscrição.

Jaime Graça, um cidadão muito especial Um dia antes do final de Fevereiro, na data festiva dos 108 anos do Sport Lisboa e Benfica, finou-se o muito recente ‘setentão’ Jaime Graça, figura de proa do futebol português, na década de 1965/1975. Setubalense de ‘gema’, iniciando em Palmela e lançado a planos de maior evidência no Vitória, Jaime Graça perfilou-se na vida como um cidadão muito especial, com quem convivi de perto uma mão cheia de vezes. E porquê essa adjectivação à sua cidadania? Porque era uma pessoa reservada, persistente, não muito comunicativa mas de um sentido humano de elevado grau. Em 1960, quando o Jaime já trocara o simpático Palmelense pelo Vitória sadino actuando nos juniores, como médio-ala hábil e combativo, Jaime Graça suscitou interesse da Selecção Nacional do seu escalão etário, com José Ricardo Domingos (um notável benfiquista) como Seleccionador. Fui seu colaborador em observação de candidatos para constituir uma excelente equipa, 3ª classificada no Europeu, em Viena de Áustria. Um tanto franzino, tímido, receoso de si mesmo, Jaime Graça não atingiu a internacionalização como júnior, sendo preterido em favor de José Carlos (C.U.F), Oliveira Duarte (Sporting), João Pereira (Belenenses) e João Bernardes (Torreense), todos eles nascidos em 1942, com ridentes 18 anos de idades, tal qual Jaime Graça (nasceu em 10 de Janeiro de 1942). Foi por pouco mas o sadino não seguiu viagem até Viena, apesar das boas referências que fez por merecer. Todavia, seis anos depois, ei-lo a brilhar a grande altura na Selecção principal, a dos ‘Magriços’, na Grã-Bretanha, ao lado de José Carlos que se lhe antecipara em 1960.

David Sequerra

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O saltador palmelense Edi Maia ultrapassou a fasquia a 5,64 metros, fixando novo recorde nacional do salto com vara, em pista coberta. O novo máximo – mais dois centímetros conseguido pelo melhor especialista luso da actualidade foi registado no Meeting do Pombal. Recorde-se que a anterior melhor marca pertencia a Nuno Fernandes e datava de 1996.

Sadinos motivados para calar rugidos do leão

Pedro Lemos Vieira

Edi Maia bateu recorde de Portugal

A 4 de Julho de 1965, Jaime Graça levantou, no Estádio do Jamor, a primeira Taça de Portugal conquistada pelo Vitória de Setúbal, depois dos sadinos vencerem, por 3-1, o Benfica. E que belíssima carreira foi a de Jaime Graça, ainda em Setúbal e depois do Benfica, como ‘fornecedor’ principal de lances de ataque a cargo de José Augusto, Eusébio e Simões, coleccionado 36 internacionalizações e superando, em tudo, o seu irmão e conselheiro Emídio Graça, 11 anos mais velho. Um grande jogador e, na sua conduta, simples e afável, um Homem de bem! Conhecemo-lo na Se­­­ lecção A, com Otto Glória, na era ‘pedrotiana’ do Vitória, na sua condição de treinador devotado e ultimamente como eficaz ‘olheiro’ do Benfica. Sempre atencioso, de poucas palavras mas de plena simpatia pessoal. Nunca perdeu o seu sotaque setubalão nem o amor muito especial pelo seu Vitória. Serviu o Benfica que celebrizou mas nunca deixou de ser o ‘Jaiminho’ de Setúbal, o mano mais novo do popular Emídio. Menos um dos ‘Magriços’ entre nós (e vão quatro) e uma perene saudade de igual modo sentida por quantos puderam apreciar e conviver com Jaime Graça de características muito próprias de um cidadão muito especial.


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+ Negócios Passivo das autarquias aumentou 10,5 milhões face a 2009. Setúbal mantém-se como a mais endividada, embora Palmela tenha aumentado a sua dívida em 44%. Almada destacase na eficiência financeira, mas é Alcácer aquela que menos deve. :::::::::::::::::: Bruno Cardoso ::::::::::::::::::

A

s autarquias do distrito deviam em 2010 quase 411 milhões de euros, aos quais se somam os 18,4 milhões de dez empresas municipais e serviços municipalizados. De acordo com os dados do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses de 2010, a dívida das câmaras aumentou 10,5 milhões face ao ano de 2009, uma subida que pode ser em parte explicada pelo valor real das receitas arrecadadas nesse ano, inferior ao previsto inicialmente. Setúbal, Seixal e Almada eram as autarquias mais endividadas, com passivos de 80, 68 e 42 milhões, respetivamente. A maioria dos valores que constam no balanço de 80 milhões de Setúbal, 57,4 milhões, corresponde à dívida dos empréstimos contraídos ao longo do tempo, a maioria dos quais acima de 20 e 25 anos. Os restantes 22,6 milhões são dívidas de curto prazo, nos quais estão incluídos os valores das cauções e das retenções a pagar ao Estado no mês

Passivo Empresas Municipais 2010

Passivo 2010

Passivo 2009

Setúbal

80

76,6

4,50%

CDR

0,6

Seixal

68,4

72,1

-5,20%

Ferimo

0,02

Almada

42,4

36,5

16,30%

Ecalma e SMAS

9,9

Barreiro

36,8

37

-0,60%

STCB

4,2

Palmela Desporto

0,3

SMAS

2,2

Infratróia e SAP

0,7

Autarquias

Variação

Sesimbra

32,8

31,1

5,70%

Moita

29,9

31,3

-4,40%

Palmela

28,9

20

44,30%

Sines

23,7

28

-15,60%

Montijo

21

21,8

-3,60%

Santiago do Cacém

20,9

20,9

0%

Grândola

11,8

11,9

-0,60%

Alcochete

8,7

8

8,70%

Alcácer do Sal

5,7

5,2

10%

TOTAL

411

400,4

2,70%

EMSUAS

0,5 18,4

Valores aproximados, em milhões de euros

seguinte. «Quando a CDU chegou à câmara municipal em 2002 assumiu uma dívida de 67 milhões de euros, herdada da gestão de Mata Cáceres, que continua ainda hoje a debelar pagando as verbas emprestadas que foram disponibilizadas por um Contrato de Reequilíbrio Financeiro», explica a presidente Dores Meira, que não esquece ainda os 24 milhões de euros saldados entretanto. Palmela, por seu lado, foi a câmara onde o passivo mais aumentou. Dos 20 milhões de 2009, a autarquia liderada por Ana Teresa Vicente devia no ano seguinte quase 28,9 milhões. Um aumento de 44,3%. «Tivemos a contração de um empréstimo e em 2009, pela primeira vez, tivemos défice em relação as receitas que esperávamos arrecadar», justifica a presidente. Paralelamente, o município de Palmela é aquele que mais dinheiro tinha a receber do Estado, dos contribuintes, clientes e utentes: cerca de 725 mil euros. Alcochete liderava no peso das despesas com pessoal (51,8%). No triénio de 2008 a 2010, a

câmara de Alcácer do Sal tinha sido a única do distrito a não recorrer a quaisquer empréstimos de médio e de longo prazo, um indicador que pode ajudar a explicar o porquê de a autarquia liderada por Pedro Paredes ter o menor passivo do distrito, quase 5,7 milhões de euros. «É mais um sinal da nossa boa gestão, embora a dívida no final de 2011 já fosse cerca de metade deste valor», congratula-se o autarca. Ainda que a maioria das câmaras municipais tenha chegado a 2010 com um passivo mais elevado do que em 2009, o movimento inverso na região também se verificou. Entre os que mais reduziram a sua dívida, quase 16%, está o município de Sines, seguido do Seixal (5,2%) e da Moita (4,4%). Almada, Seixal e Alcácer lideram eficiência financeira na região Segundo o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses de 2010, Almada é o município da região que melhor eficiência financeira apresenta. A pontuação atribuída (153

pontos) à autarquia liderada por Maria Emília de Sousa coloca-a em terceiro no ranking global das 10 melhores autarquias de grande dimensão do país, só ultrapassada pela Amadora e por Vila Franca de Xira. Esta pontuação é atribuída em função de indicadores que permitem avaliar a gestão financeira, económica, patrimonial e orçamental dos municípios. Almada conseguiu, a título de exemplo, cobrar 95,4% da receita prevista. «No município de Almada, os limites de endividamento estão longe de serem atingidos e, em 2011, o valor global dos empréstimos foi inferior a 2010, com 40 milhões de euros, ficando inclusivamente abaixo dos valores registados em 2006, 2007 e 2008», sublinha a autarquia ao Semmais. Já o Seixal, sexto neste top 10, é aquele que apresenta maior independência financeira. Do total das suas receitas, 78,1% são de fonte própria. Alcácer do Sal é, no cômputo geral dos municípios de pequena dimensão, o 12º melhor em termos financeiros e o único do distrito a constar na sua categoria neste anuário.

Fonte: Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses 2010

Câmaras do distrito devem 430 milhões

Porto de Sines assume promoção externa do país A DINÂMICA do porto de Sines leva as mais altas instituições nacionais e internacionais a visitarem a região, de modo a familiarizaremse com o funcionamento da plataforma portuária. Na semana passada, a administração portuária, liderada por Lídia Sequeira, recebeu a visita institucional do presidente do conselho de administração da Carris, José Manuel Silva Rodrigues, a quem foi dado a conhecer os principais indicadores económico-financeiros da empresa, os valores de movimentação portuária e ainda os principais factores de competitividade que fazem do porto de Sines líder nacional em mercadorias movimentadas. José Manuel Rodrigues tomou ainda conhecimento do funcionamento da JUP – Janela Única Portuária, um sistema informático de última geração, que permite agilizar o despacho dos navios e mercadorias, aumentando assim a eficiência portuária. Para a presidente da APS, Lídia Sequeira, as ligações directas aos principais mercados de produção e consumo mundiais e a capacidade de expansão do porto de Sines, nomeadamente no que respeita à carga contentorizada, poderão ser uma importante ferramenta na promoção externa de Portugal, nomeadamente no que respeita à captação de investimento directo estrangeiro. O porto de Sines está associado a uma vasta zona industrial e logística adjacente e oferece «claras vantagens competitivas», diz a APS.

Novo Fiat Panda à conquista da camada jovem O NOVO Fiat Panda, inteligente, acolhedor, protector e respeitador do ambiente, vai ser lançado este fim-de-semana em Portugal. Este carro, que se estreou no mercado em 1976, tem como alvo o público jovem. É bem visível a sua evolução estilística e a estética externa, onde sobressaem as linhas fluidas e arredondadas que lhe permite desfrutar eficazmente do espaço disponível. Manuel Paulino, responsável comercial da Fiat, deposita «boas» expectativas na comercialização desta nova viatura que foi totalmente construída em Itália, num investimento que rondou os 800 milhões de euros. «Este carro apresenta um historial muito forte em Portugal. Existem a circular no nosso País 3 912 unidades», vinca. Para garantir a protecção dos passageiros, o novo Panda alia uma carroçaria projectada segundo os mais modernos critérios e conteúdos de segurança activa e passiva de excelência. Por exemplo, os bancos mere-

ceram uma atenção especial. Os dianteiros dispõem de um sistema que reduz o risco de «golpe de chicote’ em caso de colisão, enquanto os traseiros dispõem de fixações Isofix para cadeiras de criança e de apoios de cabeça. De salientar ainda que o equipamento do novo modelo completa-se com faróis dianteiros com função ‘luz diurna’. Em termos de monitorizações, o novo Fiat Panda está disponível em duas versões a gasolina e uma em gasóleo. Além da agilidade e

SGS Car de portas abertas para todos este sábado e domingo O stand SGS Car, localizado em Miraventos, Palmela, concessionário das marcas Fiat, Lancia e Alfa Romeo, vai estar de portas abertas este sábado e domingo para mostrar aos seus clientes o novo Fiat Panda, líder do segmento A na Europa há 23 anos consecutivos. O público pode apreciar o novo veículo entre as 9 e as 19

horas, no mesmo dia que ocorre o lançamento nacional. O novo Fiat Panda vai estar disponível ao público entre os 11 mil e os 15 mil e 500 euros, não incluindo despesas de preparação e pintura metalizada. Pedro Carvalho, director-geral da SGS Car, refere que são esperados cerca de cem clientes no fim-de-semana para

apreciar o novo Panda, efectuar o Test Drive e conviver durante o beberete. «É um carro jovem que se adequa ao momento, tendo em conta o seu preço competitivo. Estou confiante que este carro vai fazer sucesso e espero que surjam oportunidades de negócio durante o Portas Abertas», vinca.

dinamismo, este carro citadino consome pouco e respeita o ambiente, graças à adopção de numerosos sistemas pensados para aumentar a eficiência dinâmica do veículo. O Panda pauta-se ainda pela comodidade, espaço e silêncio, características que melhoram a qualidade de vida a bordo e favorece a atenção à condução, beneficiando a segurança. O novo Panda mede 365 centímetros de comprimento, 164 de largura e 155 de altura, acomoda cinco pessoas e dispõe de uma das bagageiras mais espaçosas doo segmento: 225 litros que podem chegar a 260 com o banco traseiro deslizante em posição completamente avançada e a 870 litros com as costas do banco traseiro rebatidas. «É, sem dúvida, uma viatura que se vai ‘encostar’ ao segmento B pelas dimensões que apresenta e é mais uma hipótese de escolha para os clientes que adquirem o segmento B», sublinha Manuel Paulino.


Sรกbado | 3.Mar.2012 Pub.

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