Semmais jornal 7 Abril 2012

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Anti-Stress David Sequerra e as memórias de África

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Director: Raul Tavares

Anti-stress Simone dá show em Tróia

+Negócios Autoeuropa não pára de crescer

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semanário - edição n.º 709 • 5.ª série - 0,50 € • região de setúbal

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Distribuído com o

Câmara de Almada reclama um milhão de euros do Ministério da Cultura ACTUAL A autarquia diz nunca ter recebido a verba atribuída pela Tabaqueira Nacional, ao abrigo da Lei do Mecenato, para as obras do Teatro Municipal de Almada. Há treze anos que reclama a dívida e até já a tentou executar judicialmente. O Teatro foi inagurado em 2005. PÁG. 4

Travagem do TGV salva as boas vinhas de Palmela ABERTURA A decisão do Governo em travar o arranque do TGV foi bem recebida por meia centena de empresários agríco-

las, nomeadamente vitivinicultores, cujos terrenos estavam sob a mira das linhas férreas do comboio de alta velocidade. Era

o caso das vinhas da Casa Ermelinda Freitas que deram as uvas para a produção do melhor vinho do mundo, em 2008. PÁG. 2

Embaixadores assumem Cidade Europeia do Vinho

Balanço de Vitor Ramalho na hora de deixar liderança PS ENTREVISTA

Semmais

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VENDA INTERDITA

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GNR apreendeu 136 armas no distrito

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ACTUAL Segundo o Relatório Anual de Segurança Interna, o distrito fechou o ano de 2011 um ponto percentual acima da média nacional no que diz respeito ao crime violento. O documento regista 405.288 participações, mais de metade crimes contra o património. PÁG. 6 Pub.

Humberto e Vitorino às turras no Barreiro Sofia Palma

Relatório da PSP diz que a região bate média nacional em crimes violentos

LIDL de Azeitão corre risco de ser demolido +REGIÃO O Tribunal Administrativo de Almada declarou nula uma deliberação da Câmarade Setúbal que permitiu a

a construção de uma superfície comercial da marca LIDL em Azeitão. Em causa, segundo o acordão, uma alegada violação

dos regulamentos do Plano Director Municipal. Com esta decisão o equipamento pode vir a ser demolido. PÁG. 12

Aiveca ganha Bloco em luta contra política da Troika POLÍTICA Mariana Aiveca venceu as eleições para a distrital. Agora quer ir a outras lutas. PÁG. 7

POLÍTICA O edil do Barreiro e o lider do PSD local trocam acusações sobre Manif. polémica. PÁG. 7


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Sexta-feira | 6.Abr.2012

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Abertura

Produtores de vinho de Palmela aplaudem travagem a fundo do TGV Se a linha férrea do TGV avançasse estariam em causa dezenas de hectares de plantações de vinha, incluindo a que deu o ‘Melhor Vinho do Mundo’ à Casa Ermelinda Freitas. Os vitivinicultores agradecem. :::::::::::: Roberto Dores ::::::::::::

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D.R.

O

s produtores de vinho da região de Palmela aplaudem o anúncio do fim do projecto de alta velocidade ferroviária feito há dias pelo primeiro-ministro. É uma posição em contraciclo de cerca de meia centena de empresários, justificada com o facto de dezenas de hectares de vinha, até aqui sob a ameaça de serem dizimadas pela passagem do TGV - entre as zonas rurais de Poceirão, Fernando Pó e Pegões - puderem, afinal, ficar de pé. «Estamos muito mais descansados agora. É claro que esta notícia é simpática para os produtores», desabafa ao Semmais Leonor Freitas, gerente da

O traçado cruzava, por exemplo, os terrenos da casta syrah, da qual, em 2008, saiu o Melhor Vinho do Mundo, mas também outras castas como o arinto, chardonay e castelão

Casa Ermelinda Freitas, em Fernando Pó, onde o traçado do TGV e as

respectivas obras iriam afectar cerca de 18 hectares de vinha. Nem a

plantação que já rendeu o título de melhor vinho tinto de mundo para a região escapava à linha do comboio. Com efeito, o traçado cruzava parcialmente os terrenos da casta syrah, que em 2008, se tornou célebre na Casa Ermelinda Freitas, obtendo o ouro em prova cega. Com o Syrah seriam ainda prejudicadas castas de arinto, chardonay e castelão ao longo de um quilómetro de jardins de vinhas já preparados para a vindima mecanizada. «Eu até nem era a mais atingida. Havia outros colegas e mesmo familiares que seriam mais prejudicados. Mas estamos todos satisfeitos por não se perder esta área de vinha de grande qualidade, que é uma maisvalia para a região e para o país», sublinha Leonor Freitas. Linha a 30 metros da herdade ‘Maria Amália’ A herdade mais afectada pela passagem da alta velocidade seria a de Maria Amália, sendo que além da destruição das plantações de alguns dos 25 hectares, o projecto ferroviário iria ainda ter impactes negativos durante o período em que durassem as obras. A via férrea previa ocupar 30 metros da sua desta exploração. Contudo, os produtores

alertam para mais um problema que poderia acarretar «prejuízos irrecuperáveis», como designa o agricultor Paulo Esteves, justificando que o pó produzido pela empreitada iria ter efeito em «centenas de metros», porque a poeira taparia a folhagem inviabilizando as trocas gasosas, dado que o sol não conseguiria penetrar na folha. «A falta de formação dos açúcares para amadurecimento das uvas é muito prejudicial para as vinhas», resume o empresário. Recorde-se que logo em 2008 mais de meia centena de produtores admitiam que iriam ser afectados, quando tomaram conhecimento que a linha do TGV lhes iria

A actividade dá trabalho a mais de 400 pessoas, e a avançar o traçado do TGV traria igualmente problemas na qualidade do vinho produzido” «rasgar» as suas parcelas de terreno, comprometendo uma actividade que dá emprego a mais de 400 pessoas, ameaçando a própria qualidade do vinho.

Fernando Pó ficava entre duas linhas A empresária Leonor Freitas ressalva nada ter contra o TGV, mas alerta para a necessidade de no futuro se fazer “mais e melhor planeamento” para garantir que «não se prejudicam questões fundamentais para a economia». Contudo, além da satisfação em torno da preservação das áreas de vinha, Leonor Freitas admite que o fim do projecto de alta velocidade poupou também a população de Fernando Pó, que iria ficar, literalmente, entre duas linhas ferroviárias: a

linha do sul e a de alta velocidade. «Isto seria muito mau para as pessoas. Logo, foi com muita alegria que recebemos a notícia de que o projecto não vai em frente», reitera.


Sexta-feira | 6.Abr.2012

Ganhar o Futuro Editorial

Espaço Público

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// Raul Tavares

O sector primário A decisão de travar o avanço do TGV tem pelo menos um aspecto positivo, já que a construção da projectada linha-férrea podia fazer grandes estragos num sector que tem vindo a registar uma evolução notória e um acréscimo para a nossa economia. Dezenas de agricultores, nomeadamente do sector vitivinícola, suspiraram de alívio. Julgo mesmo que este é um dos projectos anunciados pelo anterior governo, cujo desfecho melhor favorece a região, em comparação com o fim da 3ª travessia do Tejo. Com este sinal positivo para o cluster agrícola e com a aparente vontade da ministra Cristas em revitalizar a agricultura um pouco por todo o país, podemos esperar uma pujança de parte do sector primário da nossa economia, essencial para este ciclo de crise. Assim haja vontade política, apoios e incentivos concretos, e uma nova reorganização de toda a fileira produtiva, trucidada, aos poucos pela imposição dos vários ditames da PAC. É pois hora de reparar os danos causados pelos tempos de Cavaco que, de forma deliberada, foi construindo em Portugal a louca ideia de que poderíamos substituir a genética da nossa economia, só para parecermos tão ricos como os mais ricos da Europa. A pesca é o exemplo paradigmático. Portugal está no topo dos países que mais consomem peixe e a sua basta frota foi desagregada de forma criminosa, ao ponto de importarmos mais de dois terços do pescado que consumimos.

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Comissão Nacional do PS marcou, no passado dia 22, as eleições internas para os órgãos locais e distritais do Partido. No distrito de Setúbal são conhecidos dois candidatos. Como declaração de interesses afirmo previamente que apoio a candidata Madalena Alves Pereira. Faço-o, em primeiro lugar, porque tenho grande respeito pelos militantes do partido e pela sua vontade, sinto-me por isso confortável a apoiar a presidente da maior concelhia do distrito, o facto de já ter sido sufragada pelos seus pares é um aval das suas capacidades. Os políticos devem-no ser por devoção e não por profissão, a Madalena é minha colega advogada, respeitada e reconhecida pelos seus pares, já tendo desempenhado vários cargos na Ordem dos Advogados, incluindo a presidência da delegação do Barreiro da Ordem dos Advogados. Esta experiência é importante ao exercício dos cargos públicos e, nestes tempos difíceis para a democracia, confere respeitabilidade a quem a tem. Por outro lado o facto de ter uma profissão confere à Madalena a capacidade de dizer não – algo fundamental para um político - e a Madalena já provou ter essa capacidade, nomeadamente quando abandonou a Vice-presidência da Câmara do Barreiro para voltar ao seu escritório de advocacia. Além do mais abandonar um cargo público de eleição para voltar à sua vida profissional privada revela coerência e carater. Bem diferente seria se tivesse traído a confiança dos seus eleitores para assumir um cargo de nomeação política carregado de prebendas, a isso chama-se tratar da vidinha

Samuel Cruz*

“Os políticos devemno ser por devoção e não por profissão, a Madalena é minha colega advogada, respeitada e reconhecida pelos seus pares, já tendo desempenhado vários cargos na Ordem dos Advogados. Esta experiência é importante ao exercício dos cargos públicos e, nestes tempos difíceis para a democracia, confere respeitabilidade a quem a tem”.

mas disso, felizmente, nada sabe a Madalena nem os seus apoiantes. Acresce que sempre que a Madalena disse não vou por aí, o tempo encarregou-se de lhe dar razão, é que sempre que a Madalena disse não, posteriormente os eleitores disseram não ao PS, a capacidade de visão é, também, algo fundamental a um político e que me faz apoiar a Madalena. Vamos ganhar o Futuro! *Militante do PS

ficha técnica Director: Raul Tavares; EditorChefe: Joaquim Guerra; Redacção: Anabela Ventura, Bruno Cardoso, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Marisa Batista. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: redaccao.semmais@mediasado. pt; publicidade.semmais@ mediasado.pt. Administração e Comercial: Tel.: 265 538 810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

A Páscoa

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ualquer dicionário informa que “Páscoa” era a festa anual que os judeus, povo de Israel, celebravam em memória da sua saída (êxodo, emigração) do Egipto, sendo mais recentemente, a celebração dos cristãos (católicos e evangélicos) da crucificação e ressurreição de Cristo. Do nome vem o verbo Pascoar que é festejar a Páscoa. Como podemos saber ou lembrar, o povo israelita comemorava esta importante festa no mês de Abibe (Abril) que foi quando saíram daquele país africano, sendo o primeiro mês do ano civil e religioso. Começava no décimo quarto dia desse mês, entre o nascimento

José Ramos*

do Sol e o seu ocaso, em que os israelitas deviam matar um cordeiro pascal, que devia ter menos de um ano, macho sem defeito algum e sem lhe quebrarem os ossos. Deviam abster-se de pão levedado ou fermentado. No dia seguinte principiava a festa da Páscoa que durava sempre sete dias, sendo o primeiro e o sétimo dias solenes, com todas as formalidades exigidas. As portas das casas deviam ser aspergidas (salpicadas) com o sangue dos animais. Mais tarde, nesta comemoração de libertação do Egipto, o sangue era aspergido sobre o altar e a gordura queimada. O dia vinte e

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Hora do Planeta – 2012

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ação humana tem vindo a desgastar os recursos naturais a um ritmo desenfreado que coloca em risco a sustentabilidade do planeta e o futuro das novas gerações. Usamos actualmente o equivalente a 1,5 planetas para sustentar as nossa actividades, a constante devastação dos recursos florestais, a agricultura intensiva em determinadas partes do globo, as alterações climáticas derivadas dos gases com efeito de estufa (GEE), provocados por uma industrialização desregrada, são alguns dos factores que contribuem de forma determinante para esta situação. A “Hora do Planeta” é uma iniciativa que teve o seu início em 2007, em Sidney, Austrália; á qual Portugal veio a aderir em 2009. Em Portugal, 57 Cidades já aderiram à Hora do Planeta; algumas do nosso distrito como por exemplo Palmela e Grândola. Nesta iniciativa global já se associaram também mais de 40 monumentos nacionais, incluindo o Cristo Rei, Ponte 25 de Abril, Torre de Belém, Mosteiro dos Jerónimos. Este é um problema que é global, como tal, compete a todos nós também dar uma resposta global. Este ano a Hora do Planeta, usa a plataforma “Eu faço se tu fizeres – I Will if you Will, como forma de inspirar as pessoas a participar, adoptando práticas de sustentabilidade que são necessárias para começar a alterar comportamentos. São 130 países e territórios, em todos os continentes, 5250 cidades e monumentos de referência mundiais, que se juntaram no dia 31 de Março e durante uma hora desligaram a iluminação de ruas

um desse mês, o último dia da festa, era de “santa convocação”. Devia prevalecer em todos, ânimo alegre e confiante durante os dias festivos em Jerusalém. No tempo de Jesus Cristo, o povo de Israel continuava a celebrar a santa Páscoa. Os cordeiros ou cabritos eram sacrificados no templo pelo sacerdote (estava escrito que “sem derramamento de sangue não há remissão, perdão ou pagamento dos erros ou pecados”) e depois eram levados às casas para ceia especial, com pão sem fermento, ervas amargas e vinho. Recitavam-se depois salmos e orações. A expressão “cara de Páscoa” quer dizer rosto alegre. O profeta João Batista ao apresentar Jesus, o filho de Deus, disse: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do Mundo”. João – 1:29 e 36. Nos tempos anteriores a Ele, o cordeiro sacrificado na Páscoa já

“Desligar as nossas luzes é um símbolo do nosso compromisso com a energia sustentável para todos. Agindo juntos hoje, podemos alimentar um futuro melhor”.

e monumentos, a própria ONU, juntou-se a esta iniciativa. Segundo Ban Ki-moon, Secretário-geral das Nações Unidas, “Desligar as nossas luzes é um símbolo do nosso compromisso com a energia sustentável para todos”. “Precisamos alimentar o nosso futuro com energia limpa, eficiente e acessível. Agindo juntos hoje, podemos alimentar um futuro melhor.” Pela primeira vez, a Hora do Planeta contou com a participação da Estação Espacial Internacional, onde o astronauta e um dos embaixadores da iniciativa André Kuipers esteve a vigiar o nosso planeta em perigo, quando as luzes se desligaram a 31 de Março e partilhou as fotos e comentários ao vivo sobre essa sua experiência através da Agência Espacial Europeia (ESA). Faça também você parte da Hora do Planeta, a cada dia 31 de Março, aproveite esta hora para apagar a sua iluminação de casa e espreite o céu, com as noites que já parecem de Verão, o brilho das estrelas será uma óptima companhia enquanto com o seu gesto está a contribuir para um planeta mais sustentável Junte a sua à nossa energia em www.ena.com.pt

simbolizava Cristo, o Messias anunciado pelos profetas séculos antes. E o Redentor veio, nasceu de uma mulher virgem, ensinou, fez sinais e maravilhas e, voluntariamente, foi à cruz como manso cordeiro, derramando seu sangue em resgate pelos pecadores que se arrependem e O aceitam de coração com único e suficiente Salvador. Também está escrito que Ele ao terceiro dia ressuscitou, “a morte não podia retê-Lo mais tempo”, e voltará à Terra com Rei e Senhor implantar Seu reino de paz, compreensão, justiça e amor, depois de prender o Diabo, Satanás, causador de todo o Mal neste planeta. Confiante e alegre como um israelita na Páscoa, o verdadeiro cristão pode dizer, orando: “Venha a nós o Vosso reino”. *leitor do Semmais


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Sexta-feira | 6.Abr.2012

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Actual Embaixadores da Cidade Europeia do Vinho prometem defender néctares e levar nome da região além-fronteiras

Em nome da excelência dos vinhos de Palmela Governo, autarquias, adegas produtoras de vinhos, empresas de renome e individualidades não hesitaram em associar-se à atribuição a Palmela do título Cidade Europeia do Vinho 2012. Programa comemorativo estima a realização de mais de uma centena de iniciativas até ao fim do ano. È hora de celebrar.

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uase 110 entidades e individualidades aceitaram ser embaixadores de Palmela – Cidade Europeia do Vinho 2012. Os padrinhos vão ter o «compromisso e o desafio» de levar consigo o nome da região e dos seus vinhos. Entidades do Governo, câmaras municipais, associações de festas, adegas e empresas de renome, como a Autoeuropa, integram a extensa lista daqueles que decidiram associar-se à distinção do concelho, honrando a sua tradição vitivinícola e o seu património secular. Ana Teresa Vicente, presidente da Câmara Municipal de Palmela, diz que os embaixadores «espelham bem a diversidade da região». «Acarinhar esta distinção, atribuída pela Rede Europeia de Cidades do Vinho, é aceitar o compromisso de participar do esforço de crescimento e de divulgação de um produto de qualidade, que precisa de um pouco mais de notoriedade», explica. A autarca não tem dúvidas da importância para o município da produção vitivinícola e reitera que esta «ocupa uma posição estratégica no tecido económico concelhio e regional». «Produzir vinho é produzir cultura, bem como outros factores capazes de atrair visitantes à região», afirma. Os embaixadores de Palmela – Cidade Europeia do Vinho 2012 reconhecem ainda a qualidade dos vinhos produzidos em Palmela e o trabalho de parceria que tem existido entre as diversas entidades, que contribui para a afirmação da região lá fora e cá dentro. «Saborear, desfrutar, visitar, conhecer e partilhar são palavras que queremos associar a este território, projectando e posicionando os seus vinhos e também o país», sinte-

tiza a presidente da câmara municipal, em declarações ao Semmais. Programa tem previsto mais de uma centena de iniciativas A tomada de posse dos embaixadores é apenas mais uma inicia-

tiva a juntar a outras cem, previstas até ao fim do ano neste programa comemorativo. A distinção de Palmela como Cidade Europeia do Vinho pressupõe a realização de certames de cariz familiar, de espectáculos inspirados pelo mundo do vinho e de eventos especializados,

para públicos mais selectos e cada vez mais interessados em apreciar as características e as histórias que se escondem por detrás de cada um dos néctares da região. Do leque de iniciativas para a maioria da população, são de destacar a realização da 17.ª Mostra

de Vinhos de Fernando Pó, a decorrer naquela localidade do concelho de 11 a 13 de Maio, do Festival do Moscatel, em Junho, da Gala Cidade Europeia do Vinho 2012, também nesse mês, e da tradicional Festa das Vindimas, no início de Setembro.

Os testemunhos de quatro embaixadores de peso

Fotos: Sofia Palma

::::::::::::::::::: Bruno Cardoso :::::::::::::::::

LEONOR FREITAS Gerente da Casa Ermelinda Freitas:

CARLOS SOUSA Ex-edil de Palmela e Setúbal

OCTÁVIO MACHADO Presidente da AHBV de Palmela

ANTÓNIO MELO PIRES Director-geral da Autoeuropa

“É um orgulho para o concelho de Palmela receber esta distinção. É com grande responsabilidade que integro este grande grupo, disponível para divulgar a qualidade que o concelho tem. E nem poderia ser de outra maneira.”

“Foi comigo que começaram iniciativas que projectaram os nossos produtores, como é o caso da Mostra de Vinhos de Fernando Pó. Naquela altura e nesse caso em particular, os vinhos eram a granel, embora hoje já haja produtos dali a arrecadar prémios a nível internacional. “

“Palmela é uma terra que se identifica como grande actividade vitivinícola. Tem sabido, através dos tempos, utilizar da melhor forma aquela que é uma das suas riquezas. Lamento apenas que alguns não se tenham apercebido ainda da força do concelho e da região.”

“Apadrinhar a distinção de Palmela como Cidade Europeia do Vinho é importante porque temos obrigação de divulgar a região onde nos inserimos. O vinho não é necessariamente incompatível com automóveis.”

Cultura ficou com um milhão da Câmara de Almada AS VERBAS em causa são originárias da Tabaqueira Nacional, ao abrigo da Lei do Mecenato, pagas há 13 anos ao Ministério da Cultura para financiar as obras do Teatro Municipal de Almada. Ninguém sabe onde pára o dinheiro… O tema foi esta semana alvo de interpelação ao Governo pelos deputados da CDU na Assembleia da República. Bruno Dias, Francisco Lopes, Paula Santos e Miguel Tiago querem saber onde anda o milhão de euros que a Tabaqueira pagou ao Ministério da Cultura, vai para 13 anos, para financiar as

obras do Teatro Municipal de Almada. A verba foi cedida ao abrigo da Lei do Mecenato, sendo que a autarquia já recorreu ao tribunal para executar a dívida. O teatro foi inaugurado em 2005. A presidente da câmara, maria Emília de Sousa adjectiva a situação de «muito grave», alertando que não pode aceitar «esta postura de incumprimento por parte do estado». Sobretudo depois de recentemente a autarca ter ouvido Pedro Nunes dos Santos, administrador da Tabaqueira, garantir que o total de 7,5 milhões de euros foram entre-

gues ao Ministério da Cultura, há cerca de 13 anos, para «recuperação ou construção» de diversos teatros municipais distribuídos pelo país, sendo um milhão destinado a Almada. Obras custuram 12,5 milhões de euros «O que é que fizeram ao dinheiro?», questiona a edil, tendo Almada erguido um dos maiores teatros do país, pelo valor de 12,5 milhões de euros. Em 1999 contratualizou o apoio de um milhão com

o Ministério da Cultura, à época dirigido por Manuel Maria Carrilho, e 1,5 milhões com o Ministério das Obras Públicas, que, entretanto, pagou a sua comparticipação. As restantes verbas foram garantidas através de fundos da autarquia, PIDAC (Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) e outros apoios europeus. Ao longo destes anos a autarquia tem insistido em contactos com o Ministério da Cultura, para o pressionar a pagar, mas sem qualquer sucesso, sendo que tutela não

fez qualquer comentário sobre o tema. Ainda assim, admite como provável que este incumprimento esteja associado aos atrasos na construção do teatro, dado que a empreitada deveria estar concluída logo em 2001, dois anos após a assinatura do contrato, mas a última pedra só foi colocada em 2005. Para o Grupo Parlamentar do PCP trata-se de uma «retenção totalmente abusiva e verdadeiramente inaceitável», considerando mesmo está em causa um «calote do poder central que perdura há 12 anos.»


Homem trucidado na Linha do Sado

Sofia Palma

UM INDIVÍDUO do sexo masculino, que aparentava cerca de 50 anos, foi trucidado por um comboio que fazia o percurso Barreiro/ Praias do Sado, na passada quartafeira, por volta das 16h35, na passagem de nível das Fontaínhas, em Setúbal. Segundo o comandante dos Bombeiros Sapadores de Setúbal, Paulo Lamego, o corpo, «já cadáver e em muito mau estado», foi transportado pelos soldados da paz para a morgue do Hospital de Setúbal, após confirmação médica do óbito. As circunstâncias em que ocorreu o atropelamento continuam por apurar. A circulação ferroviária da Linha do Sado esteve interrompida durante cerca de três horas.

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AMRS vai promover sessões públicas em Setúbal, Palmela e Sesimbra

Plano de gestão concretiza «visão de futuro» de candidatura da Arrábida à UNESCO Dossiê final será entregue em Julho ao Governo e até ao final do ano à UNESCO. Arrábida pode vir a juntar-se a outros 25 locais do mundo como património misto. A ASSOCIAÇÃO de Municípios da Região de Setúbal (AMRS) já tem em mãos o esboço do plano de gestão da candidatura da Arrábida a Património Mundial da UNESCO. O documento define as orientações que traduzem a visão estratégia de longo prazo para o território a candidatar, identifica as vulnerabilidades e oportunidades que a área oferece e tem expressas uma série de medidas a serem implementadas e monitorizadas por um quadro de governança. A inclusão do plano de gestão no dossiê da candidatura a Arrábida é requisito da própria UNESCO. De acordo com Fátima Mourinho, secretária-geral da AMRS, o documento vai «tentar» provar a excepecionalidade e universalidade do bem Arrábida e contribuir para a salvaguarda do seu património cultural e natural, mediante o envolvimento das populações. «Em nada coli-

Sofia Palma

Sexta-feira | 6.Abr.2012

Os presidentes das câmaras de Setúbal, Palmela e Sesimbra sempre presentes pela Arrábida

dirá com o Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida e nem poderia ser de outra maneira», diz. A candidatura mista da Arrábida engloba seis dos dez critérios da UNESCO – quatro na vertente natural e dois na vertente cultural – e deverá estar nas mãos do Governo ainda durante o próximo mês de Julho. O Estado português deverá fazer chegar o dossiê à UNESCO, em Paris, até ao final deste ano.

Processo segue com sessões públicas Depois de a comissão de acompanhamento e do fórum da candidatura ter reunido na passada segunda-feira, a AMRS vai promover agora sessões públicas em Setúbal, Palmela e Sesimbra, que se realizarão, respectivamente, nos dias 13, 20 e 27 deste mês. A área da Arrábida a candidatar abrange parte destes concelhos, ao longo da cordilheira da serra, desde

o morro do castelo de Palmela até ao Cabo Espichel, incluindo o parque marinho Luiz Saldanha. A lista da área e dos valores a candidatar foi aprovada pela comissão executiva da candidatura no passado dia 27 de Fevereiro. Até ao momento, só existem em todo o mundo 25 locais classificados pela UNESCO como património misto. «É uma candidatura extremamente difícil também por esse facto», recorda Fátima Mourinho. Bruno Cardoso


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GNR apreendeu 136 armas no distrito A GUARDA Nacional Republicana (GNR) apreendeu um total de 136 armas na área territorial à sua responsabilidade no distrito de Setúbal, em 2011, sendo que mais de metade resultou em processoscrime. Os números foram relevados ao Semmais pelo Comando da GNR e já representam um acréscimo próximo dos 40 por cento em relação ao ano de 2010, quando as apreensões não chegaram à centena. Contudo, tendo em conta estes números, a GNR decidiu inscrever no seu plano de actividades para 2012 a intensificação ao controlo da posse ilegal de armas na região de Setúbal, sendo o distrito destacado pelas autoridades, por estar entre as cinco zonas do país onde mais armas foram apreendidas. Há sobretudo caçadeiras e um número significativo de pistolas, entre as armas mais apreendidas, segundo é revelado por fonte da GNR, para quem o objetivo de reforçar o controlo das armas ilegais terá de se compatibilizar com os problemas já denunciados da falta de pessoal na corporação e da aplicação das políticas de austeridade. Aumento do efectivo na forja Entre os objetivos operacionais a curto prazo estão ainda o aumento do efectivo global afecto à componente operacional, a intensificação das ações no âmbito da segurança rodoviária, a proteção da natureza e do ambiente, o reforço da participação na cooperação policial europeia e o aumento das estruturas de investigação criminal. E, ainda, a requalificação da resposta em matéria de segurança escolar e a ação policial dos militares nas áreas críticas de intervenção. Já na área territorial da responsabilidade da PSP, as apreensões baixaram em 2011, segundo dados da Direção Nacional, sendo que nos últimos tempos cerca de uma centena de exemplares foi apreendida na região e destruída juntamente com mais duas mil armas recuperadas pelas forças de segurança em todo o país.. As forças de segurança não arriscam uma estimativa sobre o número de armas ilegais que poderão existir no distrito de Setúbal, justificando que tudo o que se possa dizer sobre isso é mera especulação, embora haja muitos números que têm sido avançados. A PSP admite, contudo, que existem ainda muitas armas ilegais na região. Recorde-se que cabe à PSP o licenciamento das armas de defesa pessoal e a fiscalização dos armeiros. Roberto Dores

Sexta-feira | 6.Abr.2012

Criminalidade violenta aumenta no distrito e preocupa autoridades

Setúbal está em contraciclo com a média nacional A região registou em 2011 um por cento acima da média nacional de crimes violentos, o que é mau sinal. No total, segundo o Relatório Anual de Segurança, foram recebidas 405.288 participações, metade das quais de crimes contra o património.

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e no furto em residência. O roubo na via pública e os crimes de roubo por esticão continuam a assumir números significativos no distrito, especialmente em zonas urbanas sensíveis e malhas degradadas dos grandes centros urbanos, contribuindo para “agravar o sentimento de insegurança das populações”, segundo o relatório. O relatório refere ainda o “florescimento de prósperos nichos de mercado” que podem ser associados à “difícil conjuntura económica e aos sucessivos recordes de cotação que o ouro tem atingido nos mercados internacionais”, o que pode justificar o aumento dos crimes registados contra estabelecimentos de comércio de ouro e as próprias residências dos cidadãos, assim como o roubo por esticão. Neste último caso, no distrito, as autoridades chegaram a registar uma média de quatro crimes por dia apenas contabilizando as queixas apresentadas formalmente nas esquadras de polícia.

::::::::::::::::::::: Marta David :::::::::::::::::::::: Menos crimes de violência doméstica e contra a vida

A

criminalidade no distrito de Setúbal contrariou a tendência nacional de queda generalizada. O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) relativo a 2011 indica que a criminalidade em Portugal desceu cerca de dois por cento, comparativamente com o ano de 2010, mas no distrito há a registar um aumento superior a um por cento. Os crimes contra o património continuam a representar a maior fatia da criminalidade registada, com mais de 56 por cento dos registos policiais. Das 405 288 participações que chegaram às autoridades policiais, mais de 228 mil referem-se a crimes contra o património. O distrito de Setúbal é o terceiro no país e é, simultaneamente, aquele em que este tipo de crimes representa uma maior percentagem, mais de 62.5%. Embora também a nível nacional se registe uma quebra no número de crimes violentos, Setúbal continua em contraciclo com a média nacional. No território nacional a criminalidade violente a grave decresceu 1,2 por cento, enquanto no distrito os

números passaram de 3110 para 3216 crimes registados, uma subida de quase três e meio por cento. Analisando os crimes com

maior representatividade, destacam-se os crimes associados ao furto, com especial incidência no furto em veículo motorizado

O cenário do novo comandante É com este cenário, traçado pelo RASI, que o novo comandante da PSP se vai deparar. José Poças Correia tomou posse esta semana como Comandante Distrital de Policia de Setúbal, substituindo no cargo o superintendente Bastos Leitão. Aos 52 anos, o superintendente Poças Correia, está ao serviço da Polícia de Segurança Pública desde 1983, altura em que se alistou nesta força policial. Licenciado em direito e em ciência política é ainda mestre em Comportamentos Desviantes e Ciências Criminais. De entre os vários cargos já assu-

midos, o novo comandante distrital já ocupou funções idênticas no Comando de Polícia de Évora, entre 2002 e 2003, foi Comandante do Comando Distrital de Polícia de Castelo Branco, em 2006, e Director do Departamento de Saúde e Assistência na Doença da Direcção Nacional da PSP, em 2009. Foi promovido a superintendente, em 2010.

Se por um lado o distrito está acima da média nacional nos crimes contra ao património e nos crimes violentos e registou um aumento comparativamente com o ano anterior, por outro lado nos casos de violência doméstica e crimes contra a vida em sociedade os valores são inferiores aos que se verificam no território nacional. Crimes como a contrafação e falsificação de moeda, fogo posto ou condução sob o efeito do álcool significam no distrito uma média de 7,2 por cento, perto de cinco pontos percentuais abaixo da média nacional que é de 11,2. Também os casos de crimes de violência doméstica registaram um decréscimo significativo no distrito. Em 2010 foras registadas mais de 2500 queixas, valor que em 2011 desceu para 2282, uma queda de praticamente nove por cento quando no país a descida rondou os sete por cento. Ainda assim dos 27 homicídios familiares registados no território nacional, três deles ocorreram no distrito de Setúbal.

SS assina contratos locais de desenvolvimento social para concelhos do Barreiro, Seixal e Moita O SECRETÁRIO de estado da Solidariedade e da Segurança Social presidiu, esta semana, à cerimónia de assinatura de três contratos locais de desenvolvimento social com instituições dos concelhos do Seixal, Moita e Barreiro com dotação financeira até 400 mil euros, num prazo de dois anos, e que vão ser aplicados no combate à pobreza e exclusão social de territórios

deprimidos. Os CLDS’s vão actuar apoiados em quatro eixos, designadamente, emprego, formação, intervenção familiar e parental e na capacitação da comunidade e das instituições nas áreas da freguesia da Moita, Arrentela e Quinta da Boa Hora (Seixal), Quinta da Lomba e Cidade Sol (Barreiro), mas espera-se que tenham um «efeito multiplicador

positivo» e que as boas práticas com eles alcançadas se vejam refletidas noutros locais. Durante a cerimónia, Marco António Costa reconheceu a existência de «fenómenos acrescidos de exclusão social», mas assumiu que há hoje uma «sociedade mais atenta, interveniente e activa» no combate a este fenómeno. O aumento dos números do

desemprego e as suas consequências foram temas referidos pelos presidentes de câmara presentes na cerimónia. O governante não fugiu aos números, no entanto acredita que os portugueses estão «inconformados e determinados no combate à exclusão social» e que essa pode ser uma forma de minimizar o problema. Marta David


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Política PSD acusa executivo de obrigar funcionários a assistir a «comícios encapotados»

Reforma da administração local faz estalar verniz na câmara do Barreiro

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presidente da Câmara Municipal do Barreiro não compreende a «inquietação» de Bruno Vitorino, líder da bancada do PSD na assembleia municipal, relativamente a uma convocatória enviada por email a todos os funcionários da câmara para uma reunião com o executivo municipal sobre o tema da reforma da administração local. Em declarações ao Semmais, Carlos Humberto diz que essa reunião «é mais uma a juntar a outras que se realizaram», que visa envolver os trabalhadores em «em assuntos relacionados» com a autarquia e com o concelho. «Não é possível fazer correctamente a gestão de uma autarquia sem a força, o empenho e o

esclarecimento dos trabalhadores», sublinha. O autarca acrescenta que «não faz sentido estar a fazer um juízo de valor sobre algo que ainda não aconteceu» e pede que Bruno Vitorino «assuma a responsabilidade pelo que diz e escreve». A resposta do autarca surgiu depois de Bruno Vitorino ter vindo a público acusar Carlos Humberto de «convocar os trabalhadores, mais uma vez, para um comício obrigatório». O social-democrata repudia «que o PCP se aproveite do facto de estar na gestão camarária para obrigar os funcionários a assistirem a comícios encapotados sob a forma de sessões de esclarecimento» e quer saber «quanto custa

Fotos: Semmais

Presidente da autarquia lamenta declarações de Bruno Vitorino e pede que este «assuma responsabilidades». Reunião da polémica vai decorrer na próxima quarta-feira.

Presidente Carlos Humberto

Deputado Bruno Vitorino (PSD)

à câmara e aos cidadãos a paragem dos serviços, durante meio-dia, para assistirem de forma obrigatória a uma reunião que não é mais do que um ataque ao Governo». Bruno Vitorino exige saber, do mesmo modo, qual «o enquadramento legal que exige a presença de todos os trabalhadores neste tipo de acções» e questiona se o executivo comunista da

autarquia barreirense não estará a colocar os interesses do partido à frente dos cidadãos. «É isto o que se pretende de uma gestão responsável?», pergunta. Reunião com trabalhadores decorre quarta-feira A «sessão de esclarecimento» sobre o tema da reforma da administração local vai decorrer na próxima

quarta-feira, dia 11 de Abril, das 10h30 ao meio-dia nas instalações da SIRB (Sociedade de Instrução e Recreio Barreirense “Os Penicheiros”). Na convocatória enviada electronicamente aos funcionários, o presidente da câmara do Barreiro diz «ser indispensável» a presença de todos, «excepto os que sejam indicados pelos serviços como fundamentais para assegurar funções inadiáveis». A polémica em torno deste «comício», como lhe chama Bruno Vitorino, surge apenas dois meses depois de uma outra sobre a Empresa de Manutenção e Equipamentos Ferroviários (EMEF). Nessa altura, o social-democrata acusava o presidente da câmara de estar apenas preocupado com os terrenos da empresa. «Acima de tudo, estamos preocupados com a perda de postos de trabalho», defendia-se Carlos Humberto. Bruno Cardoso

Paredes acusa governo insultar poder local

A ACTUAL deputada na Assembleia da República, Mariana Aiveca, 58 anos, venceu as eleições, no passado dia 31, para a comissão coordenadora distrital de Setúbal do Bloco de Esquerda para o biénio 2012/2014, sob o lema “O Bloco para a Luta Toda”. A lista A, encabeçada por Mariana Aiveca, obteve 78 por cento dos votos (213), elegendo treze membros, e a lista B, liderada por Adelino Fortunato, conseguiu 22 por cento dos votos (60), elegendo quatro membros para o órgão coordenador distrital. Mariana Aiveca, em declarações ao nosso jornal, mostrou-se satisfeita com esta vitória. Todavia, não deixa de realçar o «espírito democrático» que existiu durante o acto eleitoral e de saudar os camaradas da lista B, pelos «resultados obtidos». A deputada bloquista reafirmou que o partido

O PRESIDENTE da Câmara de Alcácer do Sal lamenta que a reunião agendada com o Secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Silva Monteiro, para discutir a paragem do InterCidades na cidade, tenha sido adiada pela terceira vez consecutiva. Pedro Paredes acusa o Governo de «insultar o poder local» com esta atitude e diz que este «não tem capacidade para entender que ainda vai precisar, no futuro, do apoio dos autarcas». O pedido de reunião com o membro do Governo, que havia sido feito pela primeira vez em Dezembro passado, foi, entretanto, «anulado» pelo autarca, que entende a situação como a «ignorância do país real e um tremendo recuo civilizacional». Em declarações ao Semmais, Pedro Paredes revela que a câmara muni-

Arquivo

Mariana Aiveca promete luta contra o Governo da troika

Mariana Aiveca, deputada

agora com «melhores condições» para desenvolver no distrito as tarefas para o combate ao ‘Governo da troika’ e, também, na resposta que é «absolutamente necessária» para a população da região. «Queremos levar para a rua, tanto no distrito, como no País, o nosso programa alternativo, com trabalhadores e trabalhadoras em todas as greves e manifestações, com as populações locais na defesa dos serviços públicos

e da democracia local, com os estudantes e os precários contra o roubo do futuro, em todo os protestos populares», vinca. Mariana Aiveca promete combater «as medidas recessivas» do Governo de Pedro Passos Coelho, sobretudo aquelas que dizem respeito «à calamidade do desemprego e ao agudizar do empobrecimento». Por outro lado, o BE irá continuar a apostar na defesa dos serviços públicos, nomeadamente na educação, na saúde e na protecção social, que afectam em grande escala a população da região. Nas autárquicas de 2013, Mariana Aiveca garante que o BE não irá fazer coligações com nenhum partido no distrito. Um fórum distrital de ideias, as jornadas do ambiente e o reforço do grupo de jovens são algumas das apostas da nova coordenadora distrital para os próximos tempos.

cipal vai ter agora reuniões com os diversos grupos parlamentares que poderão trazer para cima das mesas do hemiciclo a discussão sobre este tema. Entretanto, a autarquia tem reunidas 1 500 assinaturas num abaixo-assinado, mas precisa de pelo menos mais 3 000 para fazer agendar no Parlamento a surpressão da paragem do IC na cidade. «Será muito difícil que se consiga esse número, mas não iremos desistir», explica Pedro Paredes. O município já teve oportunidade de reunir com a administração da CP e da Refer para debater o tema, mas ambas as empresas, segundo explica o autarca, mostraram-se «irredutíveis». «Delicadamente, deram-nos um não na cara, algo muito diferente deste secretário de Estado que nem a isso se dignou», lamenta o presidente da câmara municipal.

A propósito do artigo “As mulheres, a política, o poder e a Federação de Setúbal do PS”

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artigo intitulado “As mulheres, a política, o poder e a Federação de Setúbal do PS”, publicado a 24 de Março de 2012 neste jornal, nunca teve como objectivo expressar uma posição do Departamento Nacional de Mulheres Socialistas ou transmitir a opinião das mulheres socialistas sobre as eleições da Federação de Setúbal. A opinião expressa no artigo é de uma militante socialista que, por estar neste momento a exercer um cargo de dirigente no Partido, continua a ter, tal como todas/os as/os outras/os militantes, os direitos consagrados nos Estatutos do PS. Como sempre fiz, assumo o que escrevi, porque não me escondo atrás de declarações anónimas ou de posições dúbias e pouco sérias, como algumas que vieram a público noutros órgãos de comunicação social. Lamento que o artigo tenha vindo assinado por mim enquanto Presidente das Mulheres Socialistas, porque não o fiz chegar ao jornal, nem assinado com este título, nem por e-mail oficial, como aliás o Sem Mais já veio esclarecer na edição passada. Sem qualquer intenção de vincular as mulheres militantes do PS ao artigo, apenas expressei uma reflexão minha que é, só e apenas, da minha responsabilidade e com responsabilidade na militância activa, porque considero, sem titubeações e com frontalidade, que a força e o poder de se ser militante está na capacidade de decidir e de tomar posição a cada momento. Assim sendo, relembro que o PS é um Partido plural, onde a liberdade dos/as militantes é valorizada e deve ser observada em todos os momentos da vida política. Quanto aos/às militantes do PS, podem estar certos/as que saberei, com humildade democrática, respeitar a diversidade de opiniões assim como os resultados eleitorais, trabalhando sempre com todos/as, em prol do Partido Socialista e do bem comum. Catarina Marcelino Militante do Partido Socialista


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Vitor Ramalho faz balanço de seis anos à frente da federação do Partido Socialista e promete manter-se activo

«Cumpri uma liderança de unidade, pedagógica e com resultados concretos que deram força e peso ao PS» do uma intervenção mais firme se na altura fosse lider. É a minha maneira de ver as coisas. Registaram-se quezílias internas que acabaram por ter contornos públicos e que afectaram a imagem do presidente e recandidato. Foram insinuações graves.

Fotos: Sofia Palma

Após seis anos de liderança dos socialistas no distrito, Vitor Ramalho sai com a noção do dever cumprido. Diz ter exercido uma gestão de unidade e com resultados. Agora preparase para outras lutas e quer contribuir para a refundação do partido para enfrentar os novos desafios.

Encontrei um partido vulnerável, com quezílias internas graves e perda de peso autárquico

Semmais – Agora que está prestes a deixar a liderança da distrital que balanço se lhe oferece fazer do PS que veio a encontrar? Vítor Ramalho - Há seis anos atrás era deputado e não fui insensível aos resultados das autárquicas em que o PS de Setúbal tinha perdido três câmaras municipais, Sesimbra, Barreiro e Alcochete, colocando ainda pela primeira vez o partido como a terceira força política no concelho de Setúbal, ao arrepio do que havia sucedido nas legislativas. Esse facto permitiu percepcionar a vulnerabilidade do PS distrital, o que vim a confirmar. Havia a ideia, aliás, nas cúpulas nacionais do partido que Setúbal era uma espécie de ‘Bósnia’. E essa foi uma das razões pelas quais decidi empenhar-me por uma nova estratégia do partido nesta região carregada de especificidades. Essas vulnerabilidades como designa, prendiam-se com o quê exactamente? Estavam ligadas directamente a um ambiente emque apesar da existência de excelentes camaradas, existiam zonas onde se respiravam relações de ‘guerrilha’, com referências injuriosas entre camaradas, que não prestigiavam o partido nem os socialistas. Eu próprio, no início, fui vítima desse ambiente. Tudo isso existia e estranhei porque para mim é muito claro que a luta política é a luta mais nobre que pode haver e um líder tem que ser peda-

gógico, enquadrar os militantes numa estratégia coerência, em que os valores e os princípios estejam sempre presentes, sobretudo num partido que é estruturante da democracia no nosso país. Estamos a falar do ‘consulado’ de Amélia Antunes. Isso é uma critica à sua antecessora? Não quero, nem faz parte da minha forma de estar na política fulanizar estas questões. A Dra. Amélia Antunes, é uma personalidade que enquanto presidente de câmara prestigiou e prestigia o distrito. Tenho com ela a melhor das relações, tendo sempre procurado preservá-la sem quebra do que sou e a quem devo solidariedade por ser líder do PS no distrito. A análise que fazia e faço hoje é de ordem política. O problema é que devido a este ambiente, não tinha dúvidas de que o PCP tinha campo para medrar, numa altura em que passámos apenas a ter três câmaras no espaço autárquico do distrito. É bom recordar que chegámos a liderar sete municípios no distrito, sendo que gerimos a Câmara de Setúbal durante 16 anos. Tudo isso se esfumou. E não é corrente, na tradição democrática, perderem-se tantas câmaras da forma como se veio a verificar. Face ao que está a afirmar, o que alterou com a sua gestão? Procurei e, julgo ter conseguido, empreender uma estraté-

gia capaz de estancar esta perda de câmaras e, ao mesmo tempo, aumentar o peso do PS no plano autárquico. E nesse sentido houve um grande avanço, pois mantivemos as três câmaras, mercê da minha determinação em não ceder, possibilitando ainda que o PCP passasse a terceira força em Sines e se recolocasse como disse o PS de novo em segundo lugar no concelho de Setúbal. Está a referir-se ao episódio de Alcácer do Sal, que foi obrigado a impor a recandidatura do actual presidente, Pedro Paredes? Posso dizer que sim. Tinha duas sondagens que confirmavam ser essa a única alternativa. Não se muda um candidato a dois meses das eleições. Tinha presente que sempre que isso se verificou em

todo o pais havia sido um desastre e por isso não hesitei um segundo em manter essa candidatura contra o desejo da concelhia. Corri riscos, porque empenhei a minha estratégia junto da direcção nacional do partido. Mas um líder tem que ser firme e ser coerente com as suas convicções. Não deixou de ganhar anti-corpos… Isso é tudo natural, trata-se de ser responsável por uma opção alavancada pela minha experiência. Na altura fi-lo também por outra razão, nunca compreendi como se perdeu a câmara de Sesimbra por 60 votos, julgo mesmo que se à época estivesse a liderar a federação não teria acontecido. O que quer dizer com isso? O que se passou em Sesimbra foi grave e teria mereci-

Para sistematizar posso então inferir que, na sua óptica, o PS perdeu as câmaras devido a esse tipo de ambiência e conflitualidade interna? Em grande parte. E também ausência de norte, por haver um conjunto de erros acumulados. Recordo o seguinte, eu ter-me-ia batido de forma muito firme para que Mata Cáceres não tivesse ido a votos nas penúltimas autárquicas em que passámos a terceira força política na capital de distrito. Apesar da excelente gestão em todosos seus mandatos. O poder também cansa. Mas consigo o PS voltou a segunda força, todavia foi um objectivo falhado, não lhe parece… Julgo que não. Em Setúbal, nas únicas autárquicas sob a minha liderança, conquistámos mais 5 mil votos e a CDU perdeu votos, porque não nos podemos esquecer que o número de eleitores no concelho aumentou. Posso mesmo dizer-lhe que o PCP no distrito passou a estar inquieto, e isso sentiu-se nas presidenciais onde ficou como terceira força política em grande parte dos concelhos, tendo o candidato comunista sido ultrapassado pela candidatura de Fernando Nobre em vários concelhos. Mas o seu melhor resultado foram nas primeiras legislativas, onde consegue sete mandatos? Nas duas legislativas que ocorreram durante os meus mandatos há um fenómeno muito relevante: nas primeiras ganhámos em todos os concelhos e, nas últimas, verificando-se uma queda abrupta a nível nacional, pelas razões que todos conhecemos, continuámos a ser a primeira força política, o que só aconteceu em distritos mais pequenos, como Évora e Beja. Esses resultados são então um legado seu? Foram resultados alcançados sob a minha direcção, mercê do contributo de todos os meus

camaradas. Isso parece inequívoco. E em outros planos projectámos o PS a nível nacional, com a realização das universidades de Verão, que trouxémos para debate personalidades de topo reconhecidas pela sociedade nas áreas da economia, dos meios universitários e da gestão. Entre muitas outra iniciativas, como “Pensar Setúbal”, em Alcochete, para avaliar a Europa das Regiões, com a participação de um responsável politico da União Europeia, ligado ao PSOE da Estremadura. Tudo isso projectou o partido do distrito, numa tentativa de afirmar a sua identidade muitas vezes esfumada no todo nacional. Recordo-me que foi nesta iniciativa de Alcochete que o Dr. Hernâni Lopes anunciou a proposta do aeroporto para Alchochete por oposição à opção pela OTA, após múltiplas conversas que mantive com ele. Está a dizer que influenciou essa decisão? Sem falsas modéstias, como em muitas outras circunstâncias, como a questão da localização da nova fábrica da Portucel que corria o risco de ir para Cacia. Houve sempre da minha parte um trabalho de bastidores, como deve ser. Repare, vivemos num distrito com enormes potencialidades e essencial para o desenvolvimento do país. Somos a entrada atlântica da Europa e o distrito mais central do país, temos um vasto território do litoral alentejano com condições únicas para o turismo sustentável, o complexo industrial de Sines, entre outras realidades nos domínios cultural e social. Acha que os governos de Sócrates perceberam essas realidades? Diz-se que o PS é amigo do distrito… É justo reconhecer que sim. Foi com ele que avançou a terceira travessia do Tejo, o novo aeroporto, o avanço do Metro Sul do Tejo, as plataformas logísticas e a dinamização do turismo em Tróia e em todo o nosso litoral alentejano, com os projectos PIN. Mas nunca fui um indefectível socrático, antes pelo contrário… Estou à vontade nessa matéria, já que a nível nacional estive com outra candidatura. Mas a verdade é que Sócrates nunca corrompeu a auto-


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Florindo Cardoso - Jornalista

nomia de Setúbal, enquanto fui presidente da federação. Isso é justo referi-lo. Se soubesse o que sabe hoje teria sido candidato a deputado nas últimas eleições? Não estou arrependido, porque fi-lo de uma forma pedagógica, consciente, mas não lhe nego que me custou porque, pelo momento que estamos a viver, considero que seria uma forma de melhor aplicar a minha acção política e o desejo de contribuir para os debates de refundação que me proponho a realizar. Do mesmo modo que me podia agora recandidatar à federação e não o quis fazer pelos mesmos motivos pedagógicos. O poder é um instrumento e não um fim. E nem quis indicar um ‘delfim’… Nem o faria. Não sou monárquico e como Mário Soares afirmo ser socialista, republicano e laico. Confio nos meus camaradas. Tentei, é verdade, alguns consensos junto de um grupo de camaradas que sempre estiveram comigo com lealdade. Fi-lo por dever de solidariedade. Não foi possível. Ficou claro que estou equidistante, e não me imiscuirei nesta campanha, embora vá votar com coerência dos mandatos a que presidi. Mas não era espectável que com a sua saída o PS no distrito voltasse à disputa acesa e mais conflitual? Os candidatos já anunciados são conhecidos dos militantes. É uma escolha livre. Acho apenas que é necessário manter os objectivos de fortalecer o partido no distrito e continuar a aumentar a nossa capacidade e peso ao nível autárquico. Sinceramente não temo que o partido caia num vazio. Faço votos para que quem vencer saiba unir na base de princípios e valores, porque a unidade política não é uma soma aritmética de militantes. Quem segue essa soma sem princípios nem regras tarde ou cedo perde. E eu não quero que o distrito perca um PS forte e coeso. Em seis anos não se arrepende de nada? Ninguém está isento de erros, mas considero que cumpri tudo o que prometi nas moções de orientação que apresentei aos militantes. Incluindo a estrutura autónoma para o Litoral Alentejano. Fiz uma gestão de unidade, pedagógica e responsável, com resultados concretos mesmo em momentos particularmente dificeis.

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«Ter sobrevivido ao cancro foi uma grande vitória» «Não me vou reformar. Vou andar mesmo por aí!» O histórico dirigente do PS, muito próximo de Mário Soares, ex-ministro de Trabalho e ex-secretário de Estado da Economia garante que não vai abandonar a actividade política e a missão cívica. «Não me vou reformar e vou mesmo andar por aí», afirma, categórico. A experiência acumulada ao serviço da causa pública fê-lo ganhar «luz própria» como costuma sublinhar e por isso diz-se preparado para «ajudar» a «refundar» o seu partido de sempre, porque, enfatiza, «perante os novos paradigmas ideológicos em Portugal e na Europa, e perante este desmantelamento do Estado social, através das finanças e da economia sobre o primado da política, é necessário encontrar novos caminhos

à esquerda para estes novos desafios». Ramalho tem esperança na vitória do socialista francês Francoise Holland, que poderá «mudar o rumo das políticas europeias» e contrariar «os ditames do eixo francoalemão». E por isso está decidido a manter-se activo, com a forte promessa de uma agenda de contributos para o distrito, para o partido e para o país. «Vai ver que procurarei contribuir com ainda mais força de forma visível mas naturalmente diferente para o reforço do PS mas também nos esforços que sinto dever prestar contra as conceções neoliberais que a Europa está a seguir com efeitos muito nefastos na governação do País». Sublinhou a terminar Vitor Ramalho, de forma muito categórica.

Um líder preocupado com os ‘sindicatos de voto’

Ter vencido o câncer é uma grande vitória? Sim. Lutei com todas as minhas forças contra um cancro maligno e com o apoio incondicional da família e amigos consegui vencer a doença. Para quem pensou que iria morrer numa cama do hospital e sobretudo depois de ter uma recidiva, com tratamentos agressivos como a quimioterapia e a radioterapia, ter sobrevivido ao cancro foi uma grande vitória. Sinto que renasci e sinto-me outro homem, mais feliz e de bem com a vida. Valorizo tudo o que é importante para mim e me faz feliz e rejeito as futilidades e pessoas com energia negativa. Que conselho daria a quem teme vir a padecer de câncer? O meu principal conselho é nunca desistir da vida em circunstância alguma. Ter um cuidado especial com a saúde efectuando exames regulares, estar atento aos sinais do nosso corpo, ter uma alimentação saudável e sobretudo encontrar a energia positiva para ultrapassar os problemas diários. Uma mente optimista e lutar pela felicidade são os “comprimidos” para ter uma vida saudável. Contou a sua luta contra o cancro em livro. Pode dizer-se que nasceu um novo escritor?

Penso que sim mas sou suspeito para afirmar tal coisa. Adorei escrever “Sobreviver ao Cancro”, tendo ajudado muita gente que se encontrava na mesma situação. Gostei da escrita precisa, pragmática e acessível a todos. A reacção dos leitores foi espectacular. Como deve ser encarada a vida? Com a sensação de que devemos viver um dia de cada vez. Lutar pela felicidade, pelas pequenas coisas que nos dão prazer, ter bons amigos e concretizar objectivos. Tem receio que a crise económica coloque entraves na área do jornalismo? Sim e isso está a acontecer, infelizmente. A pressão do mundo económico supera o político e, muitas vezes, os jornalistas encontram entraves na elaboração de notícias que mexem com determinados interesses. Os poderosos podem ‘cortar’ na publicidade e com isso colocar em risco os projectos jornalísticos. Sente-se mais à vontade na rádio ou na imprensa escrita? Definitivamente na imprensa escrita. Adoro os jornais e revistas. Escrever e depois ler os nossos trabalhos é uma sensação ópti-

B. I.

ma. Na rádio tudo é efémero e desaparece num instante. A notícia no jornal fica para sempre. Se não fosse jornalista que outra profissão teria escolhido? Sempre quis ser jornalista. Comecei nas rádios piratas aos 16 anos de idade e nunca mais parei. Nunca pensei noutra profissão. O que o faz irritar? A maldade, o cinismo e a hipocrisia. Qual a sua opinião sobre o trabalho dos autarcas da região? Positivo. Alguns fizeram grandes feitos. Admiro bastante a presidente da Câmara do Montijo, Maria Amélia Antunes, pela obra feita neste concelho. Colocou o interesse público à frente do particular. Poucos autarcas o conseguem fazer. A que figura da região lhe apetece tecer rasgados elogios? Ao Bispo de Setúbal, D. Gilberto Canavarro dos Reis. Um homem simples, humilde com um grande dom da palavra. Ele escreveu no meu livro que “o homem como o avião precisa de duas asas para voar: a asa da razão e a asa da fé”. Foi das coisas mais bonitas que já ouvi dizer. É um verdadeiro homem da igreja.

Idade: 45 anos Naturalidade: Pinhal Novo Família: Mãe e duas irmãs Estado civil: Solteiro Residência: Setúbal

Íntimo Apesar de não se querer imiscuir na disputa eleitoral pela sua sucessão, Vítor Ramalho está preocupado com o «número muito elevado» de militantes que se têm inscrito nos últimos meses. «Não sei se isso corresponde a uma vontade de efectiva genuinidade ou manifestações fugazes que podem influenciar a distorção da realidade», afirma. E lembra

que por duas vezes em congressos nacionais propôs que só a partir de um ano de militância os novos aderentes ao partido pudessem ter direito a voto, o que não ocorrerá nestas eleições, uma vez que bastam seis meses para legitimar esse direito. «O líder nacional sabe o que penso e julgo que estará atento a esse fenómeno», conlui. É um problema real.

Filme ou livro de cabeceira: O livro “Valsa do Adeus”, de Milan Kundera. Férias de sonho: Hawai. Local de eleição: Albufeira. A primeira paixão: Uma máquina de escrever. Maior ousadia: Ser feliz. Ídolo de referência: Nelson Mandela. Projecto de vida por realizar: Dedicar-me exclusivamente a escrever livros.


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Anti-stress

Toy com boa prestação em programa de imitações da TVI

DR

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cantor setubalense Toy, que alcançou o 3.º lugar na final do programa da TVI “A tua cara não me é estranha”, faz um balanço muito positivo da sua participação, confessando que o cantor que mais gozo lhe deu ‘vestir a pele’ foi o britânico Joe Cocker. Toy mostra-se espantado com o «grande impacto» do programa, levando-o mesmo a comparar a aposta da TVI com o Zip-Zip, de há muitos anos atrás, uma vez que foi um fenómeno de audiências. «Não houve ninguém que não visse o programa». Sobre a sua prestação, ao longo das 11 das 12 galas, o cantor reconhece que «teve uma boa prestação, não pôs em causa a sua carreira, divertiu-se e fez coisas que ninguém estava à espera que fizesse». E não deixa de elogiar a

Toy adorou imitar Joe Cocker

produção do programa. Simone de Oliveira, Luciano Pavarotti, Tom Jom, Tony de

Matos, Stevie Wonder, Joe Cocker, Fafá de Belém, Bob Marley, Nelson Ned e Fernando Maurício foram os cantores mais marcantes que Toy imitou em “A tua cara não me é estranha”. Venceu a gala em que imitou o fadista Fernando Maurício, tendo entregue o prémio à delegação de Setúbal da Associação de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de quem é amigo de longa data. Toy justifica a sua ausência no primeiro dos 12 programas da primeira série de “A tua cara não me é estranha” porque estava na República Dominicana a fazer espectáculos para emigrantes portugueses que vivem no Canadá. O novo álbum de Toy, que já está gravado, deverá sair muito em breve para o mercado. «É um disco romântico-pop», sublinha.

Oferta Semmais

Ganhe convites para musicais de Filipe La Feria

Temos para oferecer aos nossos leitores convites para os musicais “O Melhor de Filipe La Feria”, “Judy Garland – O Fim do Arco Íris” e ”Pinóquio”, que continuam a ser um verdadeiro êxito de bilheteira. Ligue para o número 918 047 918 para solicitar os seus convites para assistir graciosamente aos espectáculos em questão.

Memórias de África pela mão de David Sequerra

do Sado, da Ria de Aveiro, da costa de Vagos, do Algarve, da Póvoa de Varzim e dos Açores.. O autor elegeu a fotografia como forma de registo e de expressão artística das viagens que realiza, destacando o património natural e a cultura das comunidades ribeirinhas, tendo exposto já em diversos pontos do País e em Macau.

MÚSICA DIA 7 ÀS 21H30 no Inatel – Comemoração dos 35 anos de carreira de Joaquim Gouveia – “Cantigas do vinho, cantigas do pão”. | Preço: 5€ CINEMA ÁS 15H30 no Cinema Charlot - Comemorações do 38º Aniversário do 25 de Abril – Várias sessões de Cinema: DIA 9 – “A Sombra dos Abutres”, de Leonel Vieira. | DIA 10 – “Cinco Dias, Cinco Noites”, de Fonseca e Costa. | DIA 11 - “Sinais de Fogo”, de Luís Filipe Rocha. | DIA 12 - “Capitães de Abril” de Maria de Medeiros. | DIA 13 - “O 48” de Susana de Sousa Dias | Entrada livre

II FEIRA DE PESCA LÚDICA E DESPORTIVA DE SETÚBAL DIA 13, 14 E 15 no Parque Urbano da Albarquel, sex. das 15h00 às 24h00, sab. das 08h00 às 24h00 e dom. das 08h00 às 20h00. – Workshops práticos e teóricos, palestras, testes de material e concursos de pesca embarcada e apeada são atividades a realizar ao longo dos três dias.

EXPOSIÇÃO ATÉ DIA 29 DE ABRIL, das 10h00 às 19h00 na Casa da Baía - Exposição fotográfica “Barcos Tradicionais Portugueses – Navegações, Instantes e Devoções”, de Manuel Justo Gardete. A mostra é composta por quarenta imagens de barcos tradicionais dos estuários do Tejo e

Para o próximo fim-de-semana: DIA 14 ÀS 10H00 – “Passeios Pedestres Municipais de Setúbal” – “Setúbal Monumental e Popular”, pelo Troino. | Informações: 265 227 685, www.sal.pt

Simone especial

+ Cartaz...

Simone, uma das melhores e mais respeitadas cantoras brasileiras, volta a Portugal em para mostrar o espectáculo “Especial Pra Você”, em que reúne o melhor da sua carreira de 40 anos, que conta com mais de 35 álbuns de originais. Casino de Tróia | 22h30

Sáb.

Sáb. Sofia Palma

“MUKEA” (Mais Umas Quantas Estórias de Àfrica) intitula o mais recente livro da autoria de David Sequerra e foi apresentado, no sábado, no Auditório Municipal Conde Ferreira, em Sesimbra. «É um orgulho e satisfação ter a apresentação de mais um livro de David Sequerra em Sesimbra, facto que prestigia o município», assumiu o edil sesimbrense, Augusto Pólvora, no início do evento de particular simbolismo para o autor e que reuniu cerca de 70 pessoas, antes de enaltecer o «meritório percurso de vida ligado às letras e ao desporto» trilhado pelo autor, residente no concelho desde 1940. Após uma actuação do

Escolhas Sadinas Por Ana Sobrinho

Grupo Coral de Sesimbra, com a interpretação de melodias africanas a combinar na perfeição com a cerimónia, coube a David Sequerra abrir o sucessor “DEA” (Dezoito Estórias Africanas) e “O Milongo dos Limões” (e outras estórias do Olimpismo em África). «É uma génese das 30 viagens a África realizadas em 10 anos», começou por explicar o autor, antigo secretário-geral do Comité Olímpico de Portugal. Em 15 estórias passadas em 10 países, “Mukea” relata com veracidade as «vivências e episódios marcantes com sabor africano» e, pelas partes reproduzidas de viva

voz durante a apresentação, deixa antever uma atenta e agradável leitura ao longo das suas mais de 100 páginas, cuja capa é ilustrada por Henrique Sequerra, irmão do autor. Com uma invejável capacidade para recordar tempos idos, David Sequerra deixou antever o lançamento de uma nova publicação «porque ainda há mais estórias para contar…» O autor teve ainda ocasião de apresentar a obra no Comité Olímpico Português e na Associação Pupilos do Exército, que contou com a presença do amigo de longa data Mário Zambujal, muito experimentado nestas coisa da literatura. Joaquim Guerra

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Dom.

B Fachada ao piano Depois de “Deus”, B Fachada encerrou o último ano com um álbum homónimo que o confirmou definitivamente como um dos maiores cantautores da sua geração. Apresenta-se a solo acompanhado de um piano. Teatro Municipal de Almada | 21h30

Sex.

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Concerto de Páscoa O concerto de Páscoa conta com a participação da soprano Filipa Lopes, da mezzo-soprano Larissa Savchenko, do tenor Carlos Silva e do baixo João Miranda, acompanhados ao piano por Pedro Vieira de Almeida. Auditório Conde de Ferreira, Sesimbra | 17h

Sex. Rita ao piano “Rita Guerra – Noites ao Piano” é o espectáculo que sobe ao palco do auditório municipal com entradas a 15 euros. Forum Cultural do Seixal | 21h30

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A palhaça Julieta Um gongo soa no espaço vazio. A clown Carmen chega, decidida a tentar representar “Julieta”, de Mário Gonzalez. Tem apenas uma hora para mostrar o que vale. Teatro O Bando, Palmela | 21h30


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+ Região

Almada com mais quiosques Urgências Moita ‘azul’ pelo mantêm pelo dia Mundial 24 horas do Autismo ALMADA

O concelho de Almada vai passar a ter 21 quiosques

zonas balneares. O valor de referência para atribuição do direito de ocupação de cada um dos espaços é de 500 euros, sendo de dez anos o prazo de atribuição do direito de ocupação do espaço.

A autarquia dá prioridade a portadores de deficiência motora ou mobilidade reduzida e instituições de solidariedade social, bem como jovens desempregados ou à procura do primeiro emprego.

AS URGÊNCIAS do hospital Garcia da Orta vão continuar a funcionar 24 horas por dia, garantiu o ministro da Saúde. Paulo Macedo afirmou que a urgência daquele hospital não será desclassificada ao contrário do que já avançaram alguns jornais. O ministro acrescentou perante os deputados, na comissão parlamentar sobre política geral de saúde, que a maior parte dos pagamentos das dívidas no sector da saúde serão feitos entre Maio e Junho.

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ALMADA

DR

O MUNICÍPIO pretende alargar a rede de quiosques no concelho. Para tal, está em curso um concurso, até ao fim do mês, para a instalação de doze novos espaços municipais, nomeadamente em Cacilhas, Caparica, Charneca de Caparica, Cova da Piedade, Feijó, Pragal, Sobreda e Trafaria, e ainda três na frente de praias da Costa da Caparica. A rede de quiosques sobe para 21 com este reforço. De forma a contribuir para a qualificação da imagem do concelho, os quiosques a instalar pelos concessionários deverão adoptar o modelo “Lisboa Antiga” clássico nas zonas urbanas, e marinho nas

Desmistificar a problemática do autismo é o objectivo da acção MOITA

Montijo com ‘Chuva de estrelas’ no Porto do Pico O SUCESSO da primeira observação astronómica, marcada pela participação de mais de meia centena de pessoas, levou a VIASTRO - Associação de Astrónomos Amadores do Montijo, a realizar mais uma

edição da iniciativa de cariz amador, desta vez marcada para a noite de 13 de Abril. A acção de observação das estrelas, que tem o apoio da Câmara Municipal do Montijo, realiza-se a partir das 20h00, na freguesia d

Sarilhos Grandes. Os observadores irão posicionar-se na zona do Porto do Pico, junto à ponte entre Sarilhos Grandes e Sarilhos Pequenos, explica a organização do evento. Os participantes terão vários

instrumentos de observação dos astros à disposição e os astrónomos da VIASTRO farão uma palestra com a ajuda de um projector, de um simulador de mapas estelares e de outros instrumentos de observação.

Barreiro defende Reserva da Machada a Mata e o Sapal são elementos essenciais ao desenvolvimento de um Concelho que se quer cada vez mais equilibrado e sustentado». Para além do facto da autarquia estar apostada em respeitar o ambiente, o presidente enfatizou o papel que esta Reserva poderá vir a ter no desenvolvimento e crescimento económico do Barreiro e da região, concluindo a criação da Reserva Natural Local «é um passo, é apenas mais um passo no sentido da utilização cada vez mais natural equilibrada do Sapal e da Mata».

DR

A CRIA­­ ÇÃO da Reserva Natural Local do Sapal do Rio Coina e Mata Nacional da Machada tem uma importância «estratégica» para o concelho do Barreiro. A convicção foi demonstrada pelo edil Carlos Humberto, na terceira e última sessão pública de participação sobre este projecto municipal. De acordo com Carlos Humberto, trata-se de projecto de todo o município, de toda a Câmara e de todos os cidadãos. Esta afirmação justifica-se, segundo o autarca, «na medida em que

Técnicos e autarcas de acordo quanto à criação da reserva local

TST ajusta horários aos barcos do Seixal DR

BARREIRO

mundo na campanha “Light It Up Blue” que consiste na iluminação, em azul, de monumentos ou edifícios emblemáticos de cada município, sensibilizando a população em geral e desmistificando a problemática do autismo. A Associação Vencer Autismo é uma associação criada por pais de crianças com autismo com o objectivo de apoiar famílias e crianças, através da disponibilização de informação e técnicas do método SonRise.

A corporação fica a ganhar e contribui para a despoluição global

Bombeiros sesimbrenses em campanha pelo ambiente SESIMBRA

OS ELECTRODOMÉSTICOS velhos ou avariados, lâmpadas fluorescentes, latas de refrigerantes e óleo alimentar usado podem ser entregues nos quartéis dos Bombeiros Voluntários, em Sesimbra e na Quinta do Conde, para posterior reencaminhamento e reciclagem. Esta campanha de cariz ambiental e de âmbito social resulta de um protocolo assinado entre as corporações de bombeiros e a Asso-

ciação Portuguesa de Gestão de Resíduos (Amb3E) e tem por objectivo principal angariar fundos para os ‘soldados da paz’. Paralelamente, pretende contribuir para a defesa do ambiente, ao incentivar a separação de resíduos. Para além destas metas inscritas no acordo assinado entre as duas entidades, a parceria pretende, ainda, incentivar comportamentos ambientalmente correctos por parte da população.

SEIXAL

AS ÚLTIMAS alterações nos horários da Transtejo levaram a empresa TST- Transportes Sul do Tejo, a decidir ajustar os horários das carreiras com ligação aos terminais fluviais para que os horários das duas empresas sejam compatíveis. A ideia, segundo adianta a TST, é minimizar o tempo de espera por parte dos clientes. De acordo com a transportadora rodoviária, desde o dia 1 de Abril estão em

funcionamento novos horários das diversas carreiras que dão acesso ao terminal fluvial do Seixal, com ligação a Lisboa. Os novos horários correspondem às carreiras 107; 108; 109; 110; 112; 113; 114; 116; 120; 121; 123; 133; 137; 149; 165; 166; 168; 184; 191; 192; 195; 196 e 199. As alterações podem ser consultadas pelos utentes nas respectivas paragens ou lojas da empresa, e ainda no site da TST, em www.tsuldotejo.pt.

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MONTIJO

DESDE sextafeira, e até ao dia 9 de Abril, o edifício dos Paços do Concelho, na Moita, está completamente iluminado em tons de azul numa acção de solidariedade para com o Dia Mundial da Consciencialização do Autismo. A iniciativa é da câmara moitense, dirigida pelo comunista João Lobo, num acto simbólico para assinalar a campanha “Light it Up Blue”. Em 2011, a Associação Vencer Autismo conseguiu juntar Portugal ao resto do

Novos horários respondem às necessidades dos utentes


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CERCA de 200 mil euros é o montante que o município investiu nas novas instalações do Polo da Bela Vista da Biblioteca Pública Municipal de Setúbal, inauguradas na passada segunda-feira, dia 2. «Este polo é muito importante para nós, para a leitura, para a Bela Vista e para toda a comunidade», afirmou a presidente da edilidade, Dores Meira, referindo ainda o interesse do equipamento para crianças e jovens e também para idosos e pessoas em situação de desemprego. «As novas e ampliadas instalações do polo da Bela Vista são mais um passo dado na vida da Biblioteca de Setúbal», salientou a autarca, recordando as

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SETÚBAL

O polo da biblioteca da Bela Vista ficou mais moderno

recentes intervenções noutros dois núcleos, com o reequipamento em S. Julião e a beneficiação geral e relocalização na Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra. Substituindo o antigo e exíguo polo, com cerca de vinte anos, o novo espaço da Biblioteca na Bela Vista,

localizado na Rua do Moinho, tem como principais novidades o sector de audiovisuais e uma zona de acesso gratuito à internet bem como às ferramentas de escritório electrónico. Esta última valência, aliás, como destacou o chefe da Divisão de Bibliotecas da

Câmara Municipal de Setúbal, Jorge Guerreiro, é uma «ferramenta para o desempregado» na elaboração de currículos e na procura de trabalho. Além da zona dos livros, com o fundo documental ainda em crescimento, existe uma área para a leitura dos periódicos, uma forma de ocupação dos tempos livres, uma sala para as reuniões do Grupo de Leitura e para a iniciativa destinada aos mais novos “A Hora do Conto”. A obra foi comparticipada em 65 por cento com fundos comunitários através do Programa Operacional Regional de Lisboa (PORLisboa), no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

Grupo de voluntários limpa praias em Setúbal A INICIATIVA “Amar Setúbal” promove no dia 14 a limpeza nas praias da Figueirinha e de Albarquel, intervenção

aberta à população. Em paralelo decorre a limpeza subaquática junto da muralha do jardim da beira-mar, pelos bombeiros sapadores.

Organizada pelo município e pela associação ambiental APAMB, a campanha pretende ainda assinalar as comemorações

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Lidl de Azeitão corre o risco de vir a ser demolido

SETÚBAL

O TRI­­ BUNAL Administrativo e Fiscal (TAF) de Almada declarou nula a deliberação n.º 146 de 2008 da Câmara Municipal de Setúbal que permitiu à cadeia de supermercados Lidl construir uma superfície comercial na rua José da Silva Xavier, em Azeitão. O TAF verifica a «insusceptibilidade de legalização» do supermercado porque a decisão da câmara violou, alegadamente, o regulamento do Plano Director Municipal de Setúbal. A superfície comercial corre agora o risco de ser demolida. A revelação foi feita na passada reunião camarária

pelo vereador social-democrata José Araújo e provocou estupefacção na presidente da autarquia, Maria das Dores Meira, que disse «desconhecer» o processo. «Desconheço-o e nem a autarquia, que é parte interessada, foi sequer notificada a esse propósito», acrescentou. A autarca garantiu que vai participar ao Ministério Público esta alegada fuga de informação e questionou o funcionamento do TAF de Almada. Porém, na mesma reunião camarária, o socialista Fernando José afirmou que autarquia e a cadeia de supermercados Lidl já tinham sido notificadas da

do Dia da Arrábida e promover a candidatura da Arrábida a Património Mundial da Unesco. Inscrições abertas até ao dia 7.

Combater a burocracia é objectivo do novo serviço municipal

A PARTIR deste mês, estão disponíveis online os serviços nas áreas das Águas e Ambiente, em www.cm-alcochete.pt. A iniciativa, promovida pela autarquia alcochetense, tem por objectivo «melhorar a qualidade e a eficácia dos serviços públicos prestados aos cidadãos ao nível local, promover a eficiência dos processos administrativos e aumentar a produtividade através da incorporação das novas tecnologias de informação e comunicação». Segundo adianta a autarquia de Luís Franco, para ter acesso a estes serviços, os munícipes devem entrar no ALCOCHETE

site do município, consultar as instruções e solicitar o seu acesso. Após validade, o acesso vai permitir aos cidadãos acederem a todas as informações sobre os serviços prestados e submeter electronicamente todos os formulários e respectivos ficheiros anexos. Os novos serviços resultam de uma candidatura da Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), intitulada “Reengenharia e Desmaterialização de Processos”, ao programa SAMA – Sistema de Apoio à Modernização Administrativa, do PORLisboa.

Casa Capelo vai para obras PALMELA

O MUNICÍPIO aprovou, na última sessão pública, o projecto e lançamento do concurso público para a empreitada de consolidação da Casa Capelo, localizada no Castelo de Palmela. A intervenção, há muito desejada pela população e pelo Grupo dos Amigos do Concelho de Palmela, tem um preço base de 160 mil euros. O projecto, que mereceu parecer favorável

da Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo DRCLVT – IGESPAR e é co-financiado pelo QREN, tem como finalidade melhorar as condições físicas existentes garantindo a salvaguarda dos critérios patrimoniais subjacentes à classificação do Castelo como monumento nacional. A obra integra-se no projecto de recuperação e revitalização do centro histórico da vila palmelense.

A intervenção centrase essencialmente na recuperação da tipologia original do edifício e engloba a recuperação do vão da fachada nascente (porta), recuperação/substituição das cantarias exteriores, caixilharias em madeira semelhantes às existentes nos edifícios confinantes, recuperação do reboco exterior, reconstrução integral da cobertura e reconstrução da laje do piso intermédio.

decisão do TAF de Almada, desmentindo assim aquilo que havia sido dito minutos antes pela autarca. O Semmais sabe ainda que Maria das Dores Meira pediu aos vereadores para reunir, em privado, mal acabou a reunião de câmara. A acção administrativa especial interposta decorria no TAF de Almada desde 2008, sendo que a Câmara de Setúbal era parte na mesma desde esse mesmo ano. O pedido de loteamento do Lidl para o lote agora em causa foi feito dois anos antes. Até ao fecho desta edição não nos foi possível contactar com a administração do supermercado.

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SETÚBAL

Alcochete melhora atendimento com serviços on line

DR

Biblioteca da Bela Vista de cara lavada

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A Casa Capelo, onde viveu o historiador Hermenegildo Capelo, vai finalmente ser arranjada


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O EXECUTIVO camarário de Santiago do Cacém vai propor ao IGESPAR a classificação do Sítio Arqueológico de Miróbriga como Monumento Nacional. Na proposta, aprovada por unanimidade na última reunião de câmara, a autarquia considera que o Sítio Arqueológico deve ser considerado Monumento Nacional dada a «importância patrimonial de Miróbriga, uma das poucas cidades romanas conhecidas e relativamente bem conservadas no Alentejo». Classificado como imóvel de Interesse Público em 1943, admite-se que, à data da classificação, se tenha decidido faze-lo como Imóvel de Interesse Público, contrariamente a Conímbriga, «em virtude de se conhecer apenas uma parte daquilo que viria a ser conhecido anos mais tarde como

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SANTIAGO

Uma das cidades romanas mais bem conservadas no Alentejo

cidade romana, pois à época os trabalhos arqueológicos estavam reduzidos a uma área circunscrita deste aglomerado urbano que, através de estudos recentes, se com­­ provou ter uma área de ocupação que rondaria os 10 hectares», adiantam os técnicos da autarquia. Segundo o executivo de

Vítor Proença, a classificação como Monumento Nacional, «desde que devidamente acompanhada por trabalhos de manutenção e dinamização do sítio», poderá ainda contribuir «para um maior volume de visitantes e por consequência, ajudar à dinamização das empresas locais ligadas à hotelaria e comércio».

GRÂNDOLA HISTÓRIAS da Ajudaris 2001 é o mote para uma exposição que pretende mostrar à comunidade grandolense o resultado de um desafio que no ano passado juntou mais de 5 mil crianças e 70 artistas em torno da solidariedade social. Por iniciativa de uma estudante da licenciatura em Educação, na Universidade Aberta, p concelho de Grândola, através do Centro Local de Aprendizagem, tornouse parceiro deste projecto da responsabilidade da associação Ajudaris. A mostra patente na Biblioteca Municipal, pre­­tende dar a conhecer as ilustrações do terceiro livro de histórias de crianças, realizado pela Ajudaris, uma obra com

vertente artística, pedagógica e solidária, uma vez que a venda do livro reverte totalmente para o apoio a famílias e crianças carenciadas. O terceiro livro foi lançado em 2011, em pleno Ano Europeu do Voluntariado, em colaboração entre a Ajudaris e 35 escolas, cujas crianças escreveram os textos, tendo as ilustrações da publicação estado a cargo de 70 artistas de renome nacional.

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Grândola mostra Santiago quer Miróbriga como monumento nacional crianças solidárias

Serra de Grândola acolhe pedestres GRÂNDOLA

Proença ‘aplaude’ retirada de lamas

NO PRÓ­­ ­­­­­­ XIMO dia 15, a Junta de Freguesia de Grândola promove a terceira edição do passeio pedestre na Serra de Grândola, uma iniciativa que visa mostrar o que de melhor a Natureza ofereceu àquela região do Alentejo litoral. O 3º Passeio Pedestre Vila Morena tem já as inscrições abertas, revela a autarquia local, que lembra tratarse de um passeio de grau de dificuldade médio, para o qual os participantes devem levar roupa leve e sapatos de ténis. A juntar ao passeio, para quem quiser, há um almoço tradicional num restaurante local, e cujas inscrições podem ser feitas até à próxima quarta-feira.

ao Aterro de Santo André para se inteirar dos trabalhos de retirada das lamas perigosas e oleosas do Complexo Industrial de Sines confinadas no local há cerca de 30 anos. Recorde-se que as Águas de Santo André procedeu à abertura de um concurso público internacional para a retirada das lamas do

Deco dá apoio jurídico

Alcácer rastreia cancro da mama Hora do Planeta apaga luzes de Sines ALCÁCER

A UNI­­­ DADE móvel de rastreio do cancro da mama da Liga Portuguesa Contra o Cancro está no concelho de Alcácer até 29 de Maio para ajudar a salvar vidas. A vila do Torrão recebe a unidade móvel até dia 9, e depois será transferida para as imediações do Centro de Saúde da Comporta, onde permanecerá de 11 a 19 de Abril. Entre os dias 17 e 29 de Maio a unidade móvel estará junto ao Centro de Saúde de Alcácer do Sal, sendo que os exames decorrem sempre entre as 9 da manhã e a uma da tarde, e entre as duas e as cinco e meia da tarde. As mulheres com idades entre os 45 e os 69 anos estão convidadas a fazer o rastreio, num total de 2307. Em 2010, em Alcácer do Sal, foram detectados 7 casos de cancro

SINES

A unidade móvel vai começar pela vila do Torrão

da mama e 12 mulheres ficaram sob observação, enquanto que em 2008 tinham sido detectados 15 casos de cancro da mama em resultado deste rastreio. Este exame, tal como as consultas de aferição, em

Lisboa, são totalmente gratuitos e inserem-se na intervenção Núcleo Regional do Sul (NRS) da Liga Portuguesa Contra o Cancro, integrado no Plano Oncológico Nacional e Programa Europeu Contra o Cancro.

ESTÁTUAS, edi­­­­fícios e momunentos do concelho sineense estiveram, sexta-feira, às escuras durante cerca de uma hora e meia com o objectivo de chamar a atenção para o consumo de recursos e a necessidade de preservar o planeta. O exemplo veio da própria autarquia, um dos municípios portugueses que participou na acção “Hora do Planeta 2012”, promovida pela WWF, desligando a iluminação pública em vários edifícios municipais como o Castelo de Sines, edifício dos Paços do Concelho, Centro de Artes, Piscinas Municipais, Pavilhão Multiusos em Porto Covo e Depósito de Água em Sines.

DR

A AU­­­TAR­­ QUIA alcacerense oferece aos munícipes sessões de atendimento jurídico prestadas pela DECO, Defesa do Consumidor. A próxima sessão será realizada no dia 10, terça-feira, entre as duas e as cinco da tarde, informa o executivo do socialista Pedro Paredes. De acordo com o município, podem aceder a este serviço de aconselhamento os munícipes com dúvidas em áreas como a compra e venda de bens e serviços para uso particular; garantias dos objectos adquiridos; prazos de reclamação; prazos de resolução de contratos; serviços públicos essenciais (electricidade, água, gás e comunicações electrónicas); bancos e entidades financeiras.

A venda do livro produzido pela Ajudaris reverte para a acção social

DR

ALCÁCER

aterro seguindo posteriormente para uma unidade de tratamento Cirver, na Chamusca. Nas doze bacias encontram-se depositadas cerca de 140 mil ton. destes resíduos. Os trabalhos que ainda estão numa fase de experimentação arrancaram há cerca de um mês e jáforam retiradas cinco mil toneladas.

D.R.

SANTIAGO O PRESIDENTE da Câmara de Santiago do Cacém considera a retirada das lamas perigosas, avançada em primeira mão pelo SM, como medida que pode resolver o maior passivo ambiental do país. A convicção de Vítor Proença ficou demonstrada durante a visita, esta semana,

Sineenses não ficaram de fora

A “Hora do Planeta” começou na Austrália, em 2007, quando dois milhões de pessoas desligaram as luzes. Em 2011, a Hora do Planeta foi designada como a maior campanha pelo planeta com a participação de 135 países.


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+ Negócios

O EMBAIXADOR de Portugal em Madrid, Álvaro Mendonça e Moura, visitou o porto de Sines no passado 2 para conhecer de perto as suas principais valências, bem como perceber de que forma Sines pretende reforçar a sua posição no mercado Ibérico. Esta visita acontece numa altura em que o Governo manifestou a intenção de apostar na criação de uma linha ferroviária, em bitola Europeia, que ligue o porto de Sines ao coração da Europa, assumindo especial relevância o troço em território espanhol, nomeadamente a ligação ao importante mercado de Madrid. Os serviços directos aos principais centros de consumo e produção a nível internacional, a excelência das operações e elevados índices de produtividade, e a forte aposta que tem vindo a ser feita nas áreas da Segurança e dos Sistemas de Informação, foram o ponto de partida para uma análise do papel que Sines desempenha no mercado Ibérico, tendo em conta estes factores de competitividade. Porto de referência No dia seguinte, uma comitiva do porto de Luanda, liderada pelo seu presidente, Francisco Venâncio, partilhou experiências entre os dois portos, nomeadamente no que diz respeito a características físicas e tráfegos, posicionamento estratégico e perspectivas de futuro. Durante a reunião, a presidente do porto de Sines teve oportunidade de aflorar o papel de Sines à escala Ibérica e Europeia, bem como as novas oportunidades que se perfilam num futuro próximo com o alargamento do Canal do Panamá e consequente redesenhar das principais rotas transoceânicas. Factores críticos de sucesso como a localização geográfica estratégica, a crescente aposta na segurança e sistemas de informação, e uma oferta de serviços de excelência, são alguns dos aspectos que fazem de Sines um porto de referência, e que permitem perspectivar um crescimento sustentado para os próximos anos. A visita teve como principal objectivo aprofundar conhecimentos principalmente ao nível da gestão portuária, onde a experiência e o know-how de Sines poderão aportar uma mais-valia considerável no desenvolvimento futuro do porto de Luanda.

António de Melo Pires satisfeito com subida de 1,2 % no primeiro trimestre do ano

Novos mercados aumentam produção na Autoeuropa China, Japão e EUA garantem crescimento à empresa em ano atípico para a economia europeia. A confirmar-se a tendência do primeiro trimestre, 2012 pode ser ainda melhor do que ano anterior. E será também mais um feito para a gestão de Melo Pires.

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Autoeuropa produziu nos três primeiros meses de 2012 mais 409 veículos do que em igual período do ano passado, um crescimento de 1,2 por cento para um total de 34 284 veículos. A produção dos monovolumes Volkswagen Sharan e Seat Alhambra disparou, respectivamente, 27 e 45 por cento neste período de tempo, ajudando a explicar os bons resultados verificados na empresa liderada por António de Melo Pires. Na prática, foram produzidos 15 118 VW Sharan e 4 970 Seat Alhambra, mais 4 760 veículos face ao mesmo período homólogo de 2011. Já os VW Eos e Scirocco não acompanharam a tendência. No conjunto de ambas as marcas, foram produzidos menos 4 351 veículos, um decréscimo de 23,5 por cento. O homem forte da Autoeuropa traça, ainda assim, um balanço «positivo» do primeiro trimestre de 2012 e diz que os números estão em linha com as previsões para este ano. «Estamos a adequar a produção mês a mês, bem contentes com o que temos e a ajustar-nos à procura», descreve António de Melo Pires, em declarações ao Semmais. As exportações dos quatro modelos para os mercados chinês, japonês e norte-americano têm sido responsáveis pela estabilização da produção da fábrica de Palmela, num ano atípico para a economia nacional e europeia. «É difícil perspectivar como será a evolução do mercado europeu, porque tem sido

uma verdadeira incógnita», diz o director-geral da Autoeuropa. Até ao final de 2012, a unidade fabril da VW em Palmela vai continuar a apostar na ferrovia para a importação de mercadorias da Europa. Nessa altura, serão três os comboios regulares por semana a fornecer a empresa, em substituição progressiva dos tradicionais camiões. Mais um ano de crescimento para a Autoeuropa?

Fonte: Autoeuropa (Valor acumulado de Jan. a Mar. 2012

Embaixador de Portugal em Madrid visita o Porto de Sines

Os números do primeiro trimestre poderão fazer de 2012 mais um grande ano para a Autoeuropa, mesmo depois de 2011 ter sido o melhor da última década. Nessa altura, o volume de negócios terá chegado aos 2,2 mil milhões de euros, tendo sido produzidas 133 100 viaturas, mais 30 por cento do que no ano anterior. A VW Sharan destacou-se de entre o conjunto das quatro marcas ali produzidas com um total que se aproximou das 50 mil unidades. O mercado português representou nesse ano apenas 1,1 por cento do total de produção da empresa. Já a Alemanha, a China e o Reino Unido destacaram-se de entre os melhores mercados da fábrica. A região ÁsiaPacífico, que em 2011 cresceu 129 por cento face a 2010, deverá este ano manter a tendência de destaque verificada nos anos anteriores. Bruno Cardoso

Produção por marcas

Adega de Palmela ‘casa’ vinhos com gastronomia A ADEGA Cooperativa de Palmela vai arrancar durante um almoço marcado para o próximo dia 15, pelas 12h30, nas suas instalações, com a iniciativa “Adega sem fronteiras”, como forma de assinalar o galardão “Palmela Cidade Europeia do Vinho 2012”. Este é o primeiro passo para a realização de encontros mensais gastronómicos em colaboração com confrarias gastronómicas e outras entidades e pessoas ligadas à gastronomia nacional e internacional. Foram convidadas para este primeiro encontro gastronómico, a Confraria Gastronómica de Palmela, a Confraria do Moscatel e a Confraria do Queijo de Azeitão, que irão apresentar várias

propostas gastronómicas para as quais a adega escolherá um vinho da sua gama. José Carlos Caleiro, presidente da direcção da adega, refere que a iniciativa tem como finalidade «chamar a atenção para a capacidade de adaptação à gastronomia de outras regiões e países, dos

vinhos de Palmela em geral e da empresa em particular», acrescentando que a ideia, «muito bem pensada», foi do jornalista Amilcar Malhó e representa uma «maisvalia para a promoção da adega e dos excelentes vinhos de qualidade» que são ali produzidos. Além disso, sublinha que o evento é «uma

Vinhos medalhados em Lyon A Adega Cooperativa de Palmela acaba de conquistar três importantes medalhas no Concours International de Vins à Lyon. O néctar Palmela Reserva, colheita de 2009, ganhou uma medalha de Ouro, enquanto o Palmela DO e o Vale de Barris branco, ambos colheita de 2011, trouxeram para

Palmela medalhas de Prata e Bronze, respectivamente. O presidente José Carlos Caleiro orgulha-se dos prémios conquistados em terras francesas, sublinhando que os mesmos são «um estímulo para a continuação do trabalho em prol da constante melhoria da qualidade».

forma de casar os vinhos de grande qualidade com a gastronomia nacional e internacional», conclui. O “Adega sem fronteiras” estende-se até ao mês de Agosto, sendo que no decorrer da 50.ª edição das Festas das Vindimas, em finais de Agosto, será lançada uma brochura com fotos e receitas de todos os pratos apresentados ao longo dos cinco meses. Para o almoço do dia 15, qualquer pessoa pode participar bastando, para tal, que se inscreva pagando 20 euros.


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+ Desporto Selecção de hóquei em patins ficou em 7.º lugar

Alfarim realiza nova edição do Torneio de Páscoa

A Selecção distrital de iniciados foi 7ª classificada no 36.º Torneio Inter-Regiões, realizado no Estoril. O conjunto regional da Associação de Patinagem de Setúbal obteve a posição final depois de vencer Leiria, por 4-3, após prolongamento.

Oito equipas de futebol dos escalões de benjamins e infantis discutem hoje e amanhã, no Complexo Desportivo do GD Alfarim, a 14ª edição do Torneio da Páscoa, organizado pelo emblema local. Os jogos decorrem a partir das 9h30.

Pinhalnovense segue a segunda Liga A equipa orientada por Francisco Barão recebe este sábado, às 16 horas, no Campo Santos Jorge, o Monsanto, num jogo que em caso de triunfo, pode colocar os pinhalnovenses (3.º lugar, com 48 pontos), na liderança da II divisão B.

Dérbi pela manutenção joga-se em Alcochete Na III divisão E e a lutarem pela manutenção nas provas nacionais, Alcochetense e Olímpico do Montijo encontram-se este sábado, às 16 horas, no “Fóni”. A equipa de Alcochete segue no penúltimo lugar da classificação, com 11 pontos. Os montijenses estão um lugar acima com mais dois pontos.

Corrida acesa na I divisão distrital Barreirense e Vasco da Gama de Sines seguem em igualdade pontual (50 pontos) na frente do campeonato maior da região e parecem, cada vez mais, assumir, o favoritismo pela discussão da vaga de acesso à III divisão nacional. Este fim-desemana regista-se uma paragem nas provas distritais.

Manutenção na gaveta não trava ambição sadina

Joaquim Torres, um algarvio ‘sadino’

S Arquivo

Passes Curtos

José Mota quer a equipa do Vitória motivada para continuar a vencer no campeonato

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precioso triunfo conseguido há uma semana, em Barcelos, frente ao Gil Vicente, fez com que a equipa do Vitória de Setúbal chegasse aos 27 pontos, soma que o treinador vitoriano, José Mota, considerou suficiente para carimbar a manutenção na Liga. Mas, a ambição sadina não se esgotou... Apesar da tranquilidade pontual con­­ seguida, o técnico quer voltar a vencer e manter a onda de resultados positivos que tem vindo a registar. Hoje, às 21h30, o Vitória recebe o Guimarães e, por isso, há mais três pontos para amealhar. «Vamos jogar contra uma boa equipa, com muitos pergaminhos no futebol português, que tem feito um bom campeonato e conse-

guido resultados assinaláveis quando joga fora de casa. Mas o Vitória de Setúbal quer dar continuidade às boas exibições e resultados, e provar, uma vez mais, aos nossos adeptos que temos sempre a ambição dos três pontos», garantiu José Mota, na antevisão ao jogo a contar para a 26ª jornada do campeonato. Nesta altura, e com um percurso recente de três jogos sem perder (um empate e duas vitórias), os sadinos ocupam um agradável 9.º lugar da classificação, mas o treinador vitoriano não quer refrear a prestação da equipa. «A ambição de conseguir os três pontos é a mesma das jornadas anteriores». «Para o conseguirmos temos que ser aguerridos, determinados e tranquilos quando tivermos a bola», remata José Mota,

que nãodeverá convocar o médio Hugo Leal e o avançado Jorge Gonçalves, ambos a recuperar de lesões musculares. Targino reencontra o ‘seu’ Guimarães Cedido por empréstimo do Guimarães ao Vitória, o avançado Targino assumirá papel de destaque no sector ofensivo dos sadinos. «Quero muito marcar ao Guimarães mas não vou festejar, pelo respeito que tenho pelo clube», admitiu o jogador que conta um golo apontado ao serviço do clube do Bonfim. Targino reconhece que o embate com o Guimarães será um jogo especial, mas quer contribuir para o triunfo do Vitória de Setúbal e «acabar de vez com a questão da manutenção».

participação feminina, Elisabete Jacinto, que fez dupla com Sofia Carvalhosa, conduziu uma Volkswagen Amarok, conseguindo uma participação muito consistente após quatro anos de ausência desta prova onde esteve sempre envolvida na luta pela vitória.

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A PILOTO montijense Elisabete Jacinto classificou-se no 3.º lugar na edição 2012 do “Rallye Aïcha des Gazelles”, prova de todo-o-terreno, realizada entre 17 e 31 de Março, em Marrocos. Na mais importante competição de navegação destinada em exclusivo à

Elisabete Jacinto (na foto, à esquerda) voltou a brilhar em Marrocos

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Pódio para Elisabete

Olímpicos em Espanha A DUPLA de velejadores olímpica Álvaro Marinho/ Miguel Nunes termina este sábado a sua participação no prestigiado Troféu Princesa Sofia, que decorre em Palma de Maiorca, Espanha. A caminho dos Jogos Olímpicos de Londres, a equipa barreirense, na classe de 470, volta a marcar presença numa das

mais importantes provas de vela internacional que reúne as classes olímpicas, e por esta altura a prestação da dupla pode ser considerada positiva. Marinho e Nunes entraram bem nas regatas e tem-se mantido entre os dez primeiros posicionados, entre as quase 100 equipas concorrentes.

etúbal sempre teve as suas figuras populares numa sucessiva e emocionante ‘guarda-dehonra’ ao poeta Bocage. Fui conhecendo algumas, quase sempre por mor da minha afeição desportiva, com confessado apreço pelas colectividades da cidade do Sado, do Vitória aos “Pelézinhos”, do Naval Setubalense ao clássico Comércio e Indústria. E evoco gente fixe, da estirpe de ‘Xico’ Nascimento, de João Lúcio, de Azóia e Braz Mansinho. Mas há bastantes mais ao longo das décadas a que me reporto, nestas minhas croniquetas no Semmais. Hoje detenho-me no longilíneo algarvio que um dia trocou o seu burgo natal pelas delícias da cidade onde, diz a popular canção, “o mar é mais azul” – Joaquim Torres, guardaredes, modelo comunicativo, fotógrafo de qualidade, fazendo jus à condição de ser setubalense “honoris-causa”. Apesar da ‘feroz’ concorrência de outros bons ‘keepers’ ao serviço do Vitória como Dinis Vital e Félix Mourinho, ‘Quim’ não caiu no desespero desde os seus 185 centímetros, bem medidos. E ao longo dos anos 60, bem salvaguardado por Carlos Cardoso, ´Zé’ Mendes, Carriço, Rebelo e Herculano, foi repetidas vezes titular, com uma série de boas actuações, suscitando muitas simpatias dos

David Sequerra

exigentes adeptos vitorianos. Quando deixou de jogar, Torres ‘virou’ fotógrafo, aliando zelo à qualidade, tornando-se figurar popular em Setúbal, com um constante apego às diversas actividades regionais. No futebol prosseguiu apenas como espectador, se bem que pudesse ter optado pela faina de treinador de guarda-redes. Mas, ao que parece, não se sentiu atraído por funções nos meandros da ‘bola’, sendo até um pouco esquivo às reuniões de antigos jogadores vitorianos, talvez por causa das suas exigências de trabalho fotográfico, entre as quais ao serviço do nosso Semmais onde trabalhou com reconhecida dedicação e profissionalismo e que de vez em quando ainda recorre às suas imagens. A inspiração para este escrito surgiu por isso mesmo e também por uma foto do meu ‘fundo de memórias’, com quase 50 anos de existência, que propomos para publicação com o fotógrafo Joaquim Torres em pose de ‘keeper’, num onze onde se reconhecem também o brasileiro Wagner (que se tornou setubalense), o saudoso J.J. (Jacinto João) e, em jeito de dono da bola, o possante Guerreiro, avançado centro goleador que fez época no Bonfim. Velhos tempos… - e uma surpresa, queremos crer, para o algarvio ‘sadino’ Joaquim Torres.


Sexta-feira | 6.Abr.2012 Pub.

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