Semmais 25 Fevereiro 2012

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Anti-stress Lisboa Mulata no Teatro de Almada

Impressão Digital Enólogo Francisco Pimenta e a alma da Comporta

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Director: Raul Tavares

O Sul Jornal de debate e cultura

Caderno www.semmaisjornal.com

semanário - edição n.º 703 • 5.ª série - 0,50 € • região de setúbal

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

Seca prolongada não ameaça todas as culturas da região das que se têm feito sentir afectaram já dezenas de culturas de regadio, com prejuízos na produção de cereais, pastagens e alguns produtos hortícolas, como o tomate. O sector vinícola ainda está a sair da fase do «adormeci-

mento», razão pela qual as preocupações são menores, a não ser que a chuva demore ainda a chegar. Em sinal contrário estão os arrozais e os olivais, que até podem sair com ganhos. PÁG. 2 DR

ABERTURA A seca e as amplitudes térmicas que este ano se prolongaram, com tempo seco e frio e ausência de precipitação, estão a causar diferentes efeitos nas culturas da região. Estas condições climatéricas e as fortes gea-

Eleições Finisterra de Sargedas distritais do PS vão contar promove Cabo Espichel e Serra da Arrábida com uma PÁG. 4 ‘terceira via’PÁG. 6

Um em cada três jovens está sem trabalho no distrito

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Joaquim Rosa do Céu, presidente da Entidade Regional de Turismo Lisboa e Vale do Tejo Temos tido um relacionamento imaculado com os municípios do distrito de Setúbal e apostamos em protocolos que entendam a região como um todo»

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Produtores de arroz contra Agricultores venda de centro de secagem apostam no burro

Pub.

+REGIÃO

ABERTURA HOJE na Quinta do Conde, com ambiente familiar, gastronomia regional e produtos biológicos. Rua Machado Santos (junto à Escola Básica e Integrada)

RESERVAS E INFORMAÇÕES: 912875301 Pub.

Os produtores de arroz do distrito de Setúbal estão muito preocupados com a decisão do Governo em vender o centro de secagem de Alcácer do Sal. E dizem que esta alienação vai interromper o processo de ce-

dência daquela estrutura para uso dos pequenos e médios agricultores, implementada em 2003 pelo então ministro Sevinate Pinto. Na região existem apenas centros em Alcácer e em Águas de Moura. PÁG. 13

para fintar gasóleo ACTUAL Muitos produtores da região estão a recuperar o uso desta espécie para baixar os custos de produção, nomeadamente o preço do gasóleo. A tendência é para alargar este expediente, trazendo de volta o asno como trabalhador rural.

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Henrique Soares, da Comissão Vitivinícola Regional (CVR), «por isso ainda não sente os efeitos quer da seca, quer das geadas». No entanto, se a chuva não acontecer no tempo certo e se, quando a vinha começar a germinar as temperaturas se mantiverem muito baixas durante a noite, pode tornarse complicado. «O desenvolvimento vegetativo da videira necessita de água e especialmente as produções mais pequenas ainda não dispõem de regas automáticas. Nesses casos, a prolongada ausência de chuva pode tornar-se problemática, mas, para já, ainda é cedo para identificar possíveis danos». Para o responsável da CVR, «o ideal é que os meses de Primavera e os que ainda faltam do Inverno sejam meses com alguma precipitação». A produção de arroz também não se recente para já da falta de água. «A ausência de chuva pode até, em alguns casos, ser benéfica», adianta Pedro Marques, da Associação de Produtores de Arroz, explicando que «as duas barragens do vale do Sado têm água suficiente para a próxima campanha e se não chover os produtores terão oportunidade

de tratar das terras com mais tempo e qualidade, algo que não tem acontecido nos últimos anos». Os efeitos de uma seca prolongada podem eventualmente vir a sentir-se na próxima campanha se as barragens não conseguirem repor os índices de capacidade.

Abertura

Seca com efeitos múltiplos nas culturas da região DR

A seca e as amplitudes térmicas anormais para esta época do ano estão a ter efeitos variados nas produções agrícolas da região. Há ameaça de prejuízos, mas nem todos se podem queixar :::::::::::::: Marta David ::::::::::::::

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o distrito de Setúbal, são quase 15 mil as famílias que se dedicam a produções agrícolas, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística referentes ao ano de 2009. Pequenos e mini latifúndios caracterizam a actividade agrícola da região, onde as principais produções são a vinha e os cereais. A criação de gado leiteiro, especialmente ovino e caprino, são também fontes de rendimento para várias famílias que se dedicam à produção de leite para posterior transformação em queijo. O tempo seco e frio e a Pub.

ausência de precipitação significativa têm vindo a agravar a situação de seca meteorológica e o arrefecimento nocturno e o nevoeiro matinal conduzem à formação de geada. Factores que têm influenciado de forma negativa algumas culturas, nomeadamente as de regadio, com os cereais e as pastagens na linha da frente dos mais prejudicados. Avelino Antunes, da Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal, diz que «s efeitos nefastos desta seca já se fazem sentir nas produções agrícolas da região, havendo

já agricultores a passar grandes dificuldades» Culturas como os cereais e o tomate «estão a ser ameaçadas» se não chover rapidamente os custos com os factores de produção «podem tornar-se insustentáveis». Para além disso, os agricultores da região estão preocupados com o facto da proposta de revisão da PAC (política agrícola comum) «não prever um aumento da capacidade de regadio». Situação que, no futuro, vai implicar ainda mais custos aos agricultores. «Este ano está a ser fatal para os criadores de gado!»,

quem o diz é um dos responsáveis pela Arcolsa – Departamento de Queijos de Azeitão. «Nesta altura, na região, não existe pasto e quem semeou para tentar colmatar essa falta acabou por perder também as sementeiras porque nada cresceu. A situação é muito mais grave do que muitos possam imaginar e não sabemos quantos produtores irão resistir. Seguramente que algumas produções correm o risco de encerrar». À falta de alimentação para o gado juntam-se as dificuldades de um sector que, embora na moda, não consegue ainda ser rentável. Para que a situação não se torne completamente insustentável «faz falta chuva», mas não em excesso. O ideal, avança o responsável, «seria que chovesse um bocadinho todos os dias até ao final da Primavera e talvez assim se conseguisse ainda salvar este ano». Vinha e Arroz sem problemas Se para algumas produções a ausência de precipitação «é catastrófica», para outras ainda não provoca qualquer tipo de problemas. «A vinha está agora a sair da fase de adormecimento», explica

Azeite “dá-se bem” com o clima A campanha olivícola de 2010/2011 pode ser uma das melhore dos últimos anos sendo que tudo aponta para um ano com azeite de melhor qualidade e em maior quantidade. Ao contrário de outras culturas que se ressentem da falta de chuva, a produção e apanha de azeitona da região do Alentejo, onde se inserem as produções oleícolas de Santiago do Cacém, estão a decorrer de forma positiva. Prevê-se, a nível nacional, um saldo positivo na produção de azeitona para azeite. A campanha deverá render mais de 450 mil toneladas em Portugal. Em termos qualitativos, o panorama geral é de que nesta campanha oleícola se venham a produzir azeites de qualidade superior.

Francisco Ferreira, dirigente da Quercus A seca já produz efeitos ambienteis? Não é por causa de um período de seca que as alterações climáticas são uma evidência. O que é um facto é que ao olhar para a história dos últimos anos, com períodos de seca cada vez mais frequentes e reduções de precipitação, percebemos que o clima está a mudar. A região já sofre essas alterações? Felizmente as zonas com maior biodiversidade, como

a Arrábida e o Estuário do Sado, estão perfeitamente adaptadas a este clima. As espécies são muito resistentes à falta de água e o ecossistema não está posto em causa. Isso aplica-se à flora e à fauna? Já se verificam pequenas mudanças não só na flora, que tem uma tonalidade mais amarelada, como na fauna. A cegonha branca, por exemplo, com a presença do sol pode antecipar o acasalamento. Pub.

Convocatória Assembleia-Geral Ordinária Nos temos e para os efeitos previstos no n.º 1 do Artigo 20.º, conjugado com o n.º 1 e n.º 2 do Artigo 22.º, Secção Segunda; Capítulo III, do Estatuto da Liga dos Amigos do Hospital de São Bernardo. Convoco a Assembleia-Geral Ordinária da LAHSB, para reunir na sala de sessões do Hospital de São Bernardo, em Setúbal, no dia 27 de Março de 2012, pelas 16h00, com a ordem de trabalhos seguintes: 1. 2. 3. 4.

Leitura e aprovação da acta da Assembleia anterior; Informações; Apreciação e aprovação do relatório e contas de gerência do ano anterior; Outros assuntos de interesse para a LAHSB

Nota: nos termos da lei e em conformidade com o previsto no n.º 4 do Artigo 22.º do Estatuto da LAHSB, se na hora marcada não estiverem presentes o número de associados com direito a voto que assegurem o quórum, a Assembleia-Geral Ordinária reunirá uma hora depois – (17h00), com qualquer número de associados presentes. Setúbal, 14 de Fevereiro de 2012 O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral Eugénio José da Cruz Fonseca - Professor


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Espaço Público

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Notas Físcais

Pensando em família Editorial

// Raul Tavares

Tudo pelo turismo A REGIÃO de Setúbal continua a ser uma espécie de barómetro do pulsar nacional e um laboratório de experiências, nem sempre todas com um cariz positivo. As apostas que aqui vivificaram contam-se pelos dedos. E pior que tudo, todos os estudos e diagnósticos lançados ao longo das últimos décadas disseram-nos o óbvio: somos um território multifacetado, com recursos endógenos de grande potencialidade e uma comunidade que evoluiu de forma muito expressiva. Vem isto a propósito do cluster turístico, considerado como segmento vital para a sustentabilidade económica da região, sobretudo numa altura em que escasseia o dinheiro e a construção civil está mais que falida e ferida de morte. Por isso preocupa, e de que maneira, o desinvestimento que se verifica e até algum abandono de projectos estruturantes, que retiram confiança aos investidores e desanimam as tropas locais. O presidente da Entidade de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo, partilha algumas destas preocupações (ver entrevista nesta edição) e parece determinado em contribuir para não deixar aligeirar essas opções. Mas não pode fazer tudo. As autarquias são fundamentais, mas o Estado é decisivo para não deixar falecer mais esta oportunidade. É urgente voltar a colocar em cima da mesa e da agenda pública a forma e os meios com os quais pudemos fazer crescer o sector, que pode ser, de momento, a saída mais exequível do buraco negro em que nos apostamos a viver.

ficha técnica Director: Raul Tavares; EditorChefe: Joaquim Guerra; Redacção: Anabela Ventura, Bruno Cardoso, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Marisa Batista. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: redaccao.semmais@mediasado. pt; publicidade.semmais@ mediasado.pt. Administração e Comercial: Tel.: 265 538 810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

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osso ter defeitos, viver ansiosa e ficar irritada algumas vezes, mas não esqueço que a minha Família é a maior empresa do mundo e posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver em Família apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-me um autor da minha própria história familiar. É atravessar desertos fora dela, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus em cada manhã, pelo milagre da vida e pela Família. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si e dela. É ter a coragem para ouvir um “não”, é ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardoas todas, um dia vou construir um castelo...com a minha Família. A família é um grupo social primário que influencia e é influenciado por outras pessoas e instituições. O termo “família” deriva do latim “famulus”, que significa “escravo doméstico”. Este termo foi criado na Roma Antiga para designar um novo grupo social que surgiu entre as tribos latinas dedicadas à agricultura. No Direito Romano, a “família natural” baseia-se no casamento e no vínculo de sangue, e é constituída pelos cônjuges e seus filhos. Após predominância duma estrutura familiar patriarcal, na Idade Média as pessoas começaram a estar ligadas por vínculos matrimoniais, formando novas famílias. Da que hoje chamamos “alargada” fazia parte quer o lado materno, quer o paterno. A Revolução Industrial

Teresa Carreira* provocou movimentos migratórios para cidades maiores e alguma alteração do conceito. Na cultura ocidental, uma família é definida especificamente como um grupo de pessoas, que parte do marido e da mulher, com laços de sangue ou unidas legitimamente. Noutras culturas, pode, naturalmente, ser definida de modos diversos, mas sempre com a base de pai, mãe e filhos. O que é importante é que em todas as famílias, independentemente da sociedade, cada membro ocupa a sua posição ou tem o seu estatuto com deveres e direitos. Todos, sem excepção – marido, mulher, pai, mãe, filho ou irmão, têm funções a desempenhar. Sem ser exaustiva, indicarei apenas algumas: “cuidados às crianças”, tanto físicos como emocionais, “suporte familiar”, produção e obtenção de bens e serviços – espirituais e materiais –, incluindo os serviços domésticos, que visam o bem-estar e conforto dos membros da família, “manutenção das relações familiares”, contacto com parentes e ajuda em situações de crise com apoio material e psíquico. Velar pela saúde dos seus membros, dando apoio e resposta em situações de doença, tal como proporcionar divertimentos à família, relaxamento e desenvolvimento pessoal. Todos estes são papéis a não descurar, e fundamentais para uma boa harmonia. Alguns autores referem a família como “geradora de afecto”, “proporcionadora de segurança e aceitação pessoal”, “proporcionadora de satisfação e sentimento de uti­­­ lidade”,“garantia da continuidade das relações”, “proporcionadora de estabilidade e de so­­­­cia­­ lização”,“estabilizadora da autoridade e do sentido do que é correcto”.

2012 - Ano Internacional da Energia Sustentável para todos

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ONU declarou 2012 como o Ano Internacional da Energia Sustentável para todos. Esta iniciativa pretende realçar a importância do acesso de todos à energia, como forma de promover o desenvolvimento e mitigar a pobreza no planeta. Numa época em que o acesso às várias formas de energia não é real para quase metade das pessoas que connosco partilham o planeta, segundo dados da ONU, mais de 1400 milhões de pessoas, em todo o mundo, não têm acesso à electricidade e mais de três mil milhões de pessoas nos países em desenvolvimento dependem da biomassa tradicional e do carvão para cozinhar e para aquecer, continuamos a assistir ao desperdício de muita energia. Importa pois, alertar para as grandes diferenças existentes e trabalhar em soluções para as atenuar. A declaração da Organização das Nações Unidas, de considerar 2012

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– Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos, faz parte de uma iniciativa com o mesmo nome, definindo como principais objectivos a concretizar até 2030 os de: - Assegurar que todos tenham acesso a serviços modernos de energia; - Reduzir em 40% a intensidade energética global; - Aumentar em 30% o uso de energias renováveis em todo o mundo. Os actuais padrões de produção e consumo de energia são os maiores responsáveis pelas actuais mudanças climatéricas, representando cerca de 60% dos gases de efeito de estufa (GEE), a manutenção destes valores, são insustentáveis e a são uma ameaça constante para o meio ambiente. A alteração destes padrões e a existência de um sistema de energia com um melhor desempenho e uma maior eficiência energética, irá dar oportunidades a todos

A aprendizagem das regras e normas, dos direitos e obrigações é uma característica das sociedades humanas. A família deve responder às mudanças externas e internas de modo a atender a novas circunstâncias, sem perder a continuidade e proporcionando um esquema de referência, pois deve dar resposta às necessidades quer dos seus membros, quer da sociedade. A família, como uma unidade, desenvolve um sistema de valores, crenças e atitudes face à saúde e à doença, que são expressas e demonstradas através dos comportamentos dos seus membros. Perder a minha identidade e a minha família, para mim, seria como que perder a vida. Quando, nestes tempos conturbados, alguns parecem não querer defende-la, e mesmo destrui-la – veja-se a nova lei do divórcio à lá carte e a tentativa de chamar casamento a gaymentos e outras uniões –, os verdadeiros portugueses sabem que toda a sociedade civil beneficiará com a estabilidade da família e com a protecção dos seus membros mais frágeis. É que não se trata de um simples ponto de vista religioso ou que diga apenas respeito aos cristãos ou aos católicos. É uma questão de humanismo integral -, do qual tão bem fala Bento XVI na sua nova Encíclica sobre o Amor de verdade -, que tem em vista o maior bem de toda a sociedade, especialmente da célula originária da vida social, que é a família. Ela é património universal e intemporal, e sempre terá por base «um com uma e para sempre», numa definição actual, simples e inteligente, ainda que bem exigente nestes tempos tão confusos. *Prof. Universitária aqueles que ainda hoje não usufruem dos acessos básicos ás diversas formas de energia de forma a reduzir os índices de pobreza. A aposta no acesso a formas de energia mais sustentáveis, renováveis, em contraponto ás energias fósseis, pode melhorar as condições de muitas pessoas, promovendo dessa forma o bem - estar e o desenvolvimento sustentável das populações. A ENA tem trabalhado no sentido de fazer chegar a mensagem da eco-eficiência a todos. Mais do que uma plataforma de debate e reflexão sobre estes temas, a ENA tem procurado contribuir para o consumo mais eficiente da energia e a redução das emissões de CO2 na região onde se insere, envolvendo nos seus projectos, para além dos associados, todas as entidades, empresas e população. Neste sentido a ENA, procurará no desenvolvimento das suas actividades, participar, dinamizar e sensibilizar junto das populações e das mais diversas entidades, da sua área de intervenção, formas de divulgação e de implementação desta iniciativa. Junte a sua á nossa energia em www.ena.com.pt

Paulo Janela pjjanela@gmail.com

Fraude Fiscal

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combate à fraude e evasão fiscal é uma obrigação do Estado e os cidadãos devem exigir eficácia contra este “crime”, que penaliza especialmente os contribuintes que não têm qualquer hipótese de escapar aos seus deveres fiscais, especialmente os trabalhadores por conta de outrem. No âmbito do procedimento inspetivo, não são raras as vezes em que o mesmo culmina com o levantamento de Auto de Notícia, por Fraude Fiscal, previsto e punido nos Art.s 103 e 104 do Regime Geral Infrações Tributárias. Não cabendo nesta sede aperfeiçoar o conceito de Fraude, somente se dirá que quase sempre associado a este tipo de crime estão as denominadas as Faturas Falsas, ou Faturas de Favor, que alimentam a chamada economia subterrânea fomentando a concorrência desleal. A nível inspetivo são vários os aspetos tidos em conta pelo o inspetor no sentido de sindicar se a faturação é ou não idónea. Em primeiro lugar, e sem dúvida o mais relevante, é o cruzamento dos dados contabilísticos, mais concretamente através da análise dos Mapas Recapitulativos de IVA, os denominados Anexos O e P. Ora atendendo que a maioria da faturação falsa é de valores bastante elevados, facilmente se compreende que tais operações não passam despercebidas ao Fisco. E isto porque o tomador/utilizador da faturação falsa irá registar tal operação na sua contabilidade quer para efeitos de IVA quer para efeitos de IRS/IRC. O mesmo não se passa com o Sujeito Passivo emitente que, por sua vez, é um “Não declarante”. Ou seja, não entrega qualquer tipo de declaração nem tão pouco qualquer imposto liquidado na Fatura Falsa. Tudo isto para referir que, existindo uma operação declarada por um Sujeito Passivo no seu mapa recapitulativo de Fornecedores, que não tem a devida correspondência no mapa recapitulativo do Sujeito Passivo emitente, então, existem alguns indícios de faturação falsa. Porém, obviamente que o trabalho do inspetor não pode ficar por aqui. Sendo certo que, existem diversos fatores que têm de ser analisados relativamente a cada operação comercial. O que passa por sindicar a estrutura empresarial dos intervenientes, existência de contratos, documentos de suporte como guias de transporte, autos de medição, folha de obra, entre outros. Importa ainda verificar a existência de relações especiais, falências fraudulentas, abuso do regime de trocas intracomunitárias e a constituição de sociedades fictícias. É sem dúvida um trabalho bastante técnico e que grande parte das é dificultado pelos próprios inspecionados e demais intervenientes.


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Actual Explosão de gás em Setúbal lembrou pânico do ‘Prédio 13’

Agricultores do distrito recuperam burro para fintar subida do preço do gasóleo Há burros a substituir a força das máquinas e a contribuir para baixar custos de produção. Medidas a reboque da crise que podem salvar os nossos melhores asnos…

UMA explosão, seguida de incêndio, no rés-do-chão de um prédio de sete andares na avenida Mariano Coelho, em Setúbal, na passada quarta-feira, ao final da tarde, provocou dois feridos graves e doze ligeiros. O acidente, trouxe à memória explosão idêntica ocorrida no ‘Prédio 13’, no Monte Belo, em 2007, deixando desalojadas quarenta famílias. Os dois feridos graves, com queimaduras no rosto e no corpo, foram transferidos para o hospital Garcia d’Orta, em Almada, e São José, em Lisboa, e são o casal de idosos que habita o apartamento onde ocorreu o incêndio. As causas da explosão ainda não estão esclarecidas, mas tudo leva a crer ter-se tratado de uma fuga de gás, o que levou à evacuação do prédio e à necessidade de os técnicos da Gascan terem

inspeccionado as ligações de cada um dos apartamentos. Os moradores foram autorizados a regressar às habitações ao final da noite. Apesar do cheiro a fogo e das fuligem existentes ninguém teve necessidade de ser realojado. Os vizinhos admitem que a situação poderia já ter acontecido antes. Elvira Vasco, moradora no primeiro andar do edifício diz que «há uns dias o prédio ficou cheio de fumo porque a senhora se esqueceu da comida ao lume». Para esta moradora, os dois idosos «fazem a sua vida normalmente, mas a idade já os leva a cometer alguns esquecimentos. Adivinhavase que um dia isto acontecia». No combate às chamas estiveram duas dezenas de bombeiros, numa operação que justificou a presença de um helicóptero do INEM que transferiu os feridos graves.

Câmara sadina recoloca azulejos e homenageia vítimas do mercado

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O VEREADOR sadino Carlos Rabaçal garantiu esta semana que a Câmara de Setúbal vai fazer todos os esforços para recolocar o painel de azulejos no Mercado Municipal do Livramento, destruído após o desmoronamento de uma parede daquele edifício camarário, que provocou a morte de cinco pessoas. O autarca avançou também com a informação de que o projecto de ampliação do mercado será alterado, sujeito a nova aprovação em reunião de câmara, e que o responsável técnico e o encarregado da obra serão substituído», adiantou Carlos Ra­­­ baçal, que ga­­­ ­rantiu que a empreitada recomeçará assim que a ACT au­­torizar,

prolongando-se posteriormente por um período de três meses. A ABB, empresa responsável pela concepção e execução da obra, já ergueu uma parede autoportante, afastada quatro metros do espaço do mercado e suportada por 75 toneladas de areia. As peritagens do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) continuam, entretanto, a decorrer. A edil Dores Meira,, também aguarda pelas conclusões do LNEC, ACT e PJ, mas garante assumir «responsabilidades políticas totais» ainda antes de estas serem conhecidas. «Ninguém está aqui agarrado ao poder e a tentar ganhar tempo», vinca a autarca, que afasta a possibilidade de renunciar ao cargo e de ter existido conluio entre a CDU e o PS nos dias que se seguiram ao acidente.

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á muito tempo que o burro tinha perdido o interesse como trabalhador rural, vindo a espécie a entrar em declínio nos campos rurais do distrito de Setúbal, sobretudo nas últimas três décadas. Mas recentemente alguns produtores começaram a conservar os seus exemplares, o que estará a viabilizar a continuidade do asno na região. Há mesmo quem, perante o aumento do preço dos combustíveis, tenha voltado a recorrer ao burro para algumas tarefas agrícolas. O agricultor Carlos Macedo, do Montijo, garante que já pôs de parte algumas máquinas em determinados serviços, perante o aumento do preço do gasóleo agrícola, preferindo recorrer à ajuda do burro. «Não sou caso único. Sobretudo nas pequenas produções, há muitos vizinhos meus já fazem o mesmo, porque se poupa centenas de euros», asseverou ao Semmais, admitindo que a tendência aumente nos próximos tempos. Um dado que permite voltar a pensar na importância do burro enquanto trabalhador rural, viabilizando a recupe-

ração deste animal que chegou a estar em perigo, Abreu Lima, vice-presidente da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP), para quem os velhos tempos da utilização de animais, como o burro ou o boi, podem regressar. Fazendo as contas, a utilização do burro representa muito menos despesa, já que o animal é alimentado com produção fabricada pelo próprio proprietário, havendo mesmo algumas espécies com direito a subsídio à produção. Meigo, obediente e bom aprendiz Dócil, afável, meigo e muito obediente são apenas alguns dos adjectivos que caracterizam a espécie, que exibe a particularidade de aprender depressa, deixando-se domesticar com facilidade. «Qualquer pessoa o pode montar. Não cavalga tão depressa como o cavalo, como é óbvio, mas a sensação é a mesma», aponta Miguel Nóvoa, da Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino (AEPGA), reforçando o interesse turístico em torno deste animal, que «permite a sua valorização enquanto espécie e raça.»

Porém, outros interesses se ergueram mais recentemente, quando se descobriu a propensão do animal para fins terapêuticos, sobretudo, junto de crianças, mas também de adultos, com paralisia cerebral. Aliás, as actividades lúdico-terapêuticas assistidas pelo burro têm mesmo vindo a captar um potencial ecoturístico, uma vez que «proporcionam momentos reconfortantes de prazer e de lazer a quem precisa de necessidades especiais», sublinha Miguel Nóvoa, sendo este o retorno dado pelo animal a quem «o trata bem» e sabe com ele comunicar. Apesar de este animal ser originário de regiões semidesérticas e de se adaptar a viver sob as mais diversas condições, climas, tipos de relevo e habitats, não dispensa alguns cuidados básicos que devem ser tomados em conta. Também não se deve esquecer que o burro é um animal gregário, e não deve ser mantido sozinho, sendo sempre preferível colocar, pelo menos, dois burros juntos. Caso não seja possível, poderá ser mantido com um animal de outra espécie (cavalo, cabra ou ovelha). A fim de proporcionar as

condições de alojamento essenciais à garantia da qualidade devida destes animais, deve utilizar-se um sistema de estabulação parcial, que compreende uma zona coberta (estábulo ou abrigo) com acesso a um espaço aberto devidamente vedado. Os cinco sentidos e visão panorâmica Os burros apresentam uma visão panorâmica, usufruindo do facto dos olhos se localizarem de lado na cabeça, permitindo-lhes observar o que se passa por trás. Têm ainda uma excelente visão nocturna. Também o sentido auditivo é apurado e as suas orelhas nunca estão paradas, mexendo-se constantemente para captar os sons em seu redor. É sensível ao barulho e não gosta que lhe gritem. O paladar habilita-os a identificar o que é comestível, enquanto o olfacto lhes confere a possibilidade de investigar objectos e animais. É ainda através do cheiro que reconhecem o que é comestível. O tacto é usado através da sensibilidade dos lábios, cobertos por centenas de pêlos que reagem ao toque.

Cabo Espichel e serra da Arrábida são ‘epicentro’ de festival de cinema internacional Finisterra ARRANCA a 23 de Maio, o Finisterra - Arrábida Film Art & Tourism Festival, um certame que pretende chamar a atenção para o potencial e necessária preservação do Cabo Espichel, em Sesimbra e, por outro lado, promover a candidatura da Arrábida a Património da Humanidade. O festival, que tem também por objectivo premiar filmes e produções audiovisuais que promovam o turismo, em qualquer uma das suas múltiplas dimensões; promover a implementação de boas práticas no sector do turismo e incentivar os jovens a iniciarem-se na realização e produção de filmes de viagens, é organizado pelo fotógrafo e empresário sesimbrense Carlos Sargedas, em

várias áreas da sociedade civil, explica ao Semmais o mentor do festival. Agora também com uma componente pedagógica, junto de universidades e escolas secundárias, o festival internacional de filmes de turismo irá decorrer, em simultâneo, em Palmela, Setúbal, Sesimbra e Lisboa. DR

Semmais

:::::::::::: Roberto Dores ::::::::::::

Festival promete excelência

parceria com várias autarquias, escolas e universidades. Um sonho que nasceu para salvar o Cabo Espichel da degradação e levá-lo ao mundo como um dos maiores cenários de cinema de sempre, acabou por alargar o âmbito graças ao sucesso do projecto e «a dezenas de pedidos» de

Montra turística por excelência Aliado ao festival decorre um programa paralelo com conferências internacionais dedicadas ao cinema e ao turismo, afirma o responsável, para quem este projecto é já um sucesso mesmo antes de estar no terreno. A proválo, adianta, estão convites

como o da parceria do programa Palmela Cidade Europeia do Vinho 2012. As parcerias têm vindo a aumentar exponencialmente, sendo exemplo disso as Docas de Lisboa, onde irão decorrer apresentações culturais e gastronómicas das autarquias envolvidas. Várias exposições internacionais de fotografia e o lançamento de livros de fotografia e turismo com alguns dos melhores e mais reconhecidos fotógrafos de viagens são outras das atracções do certame, cujo interesse internacional é de tal ordem que o Instituto Autónomo de Estudos Politécnicos (IPA) decidiu desenvolver uma pós graduação em documentário baseado neste festival.


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Longo curso integra urbanos na CP

O desemprego na região até aos 25 anos atingiu os 30 por cento. São cerca de 15 mil jovens entre um universo de mais de 43000 pessoas sem trabalho. A TAXA de desemprego entre os jovens da região até aos 25 anos atingiu os 30%, segundo indica o Eurostat. Quer isto dizer que em cada três jovens há um que não consegue emprego no distrito de Setúbal, numa altura em que cerca de 15 mil estão desocupados, representando 13% do total dos 43223 desempregados na região. Pub.

A taxa de desemprego entre os mais novos atingiu, assim, um novo recorde, de acordo com os dados oficiais de Dezembro de 2011, numa altura em que o distrito se inscreve entre aqueles em que os jovens têm mais dificuldade em encontrar trabalho. João Paulo Custódio, de 24 anos, é um exemplo em Setúbal. Depois de ter perdido o emprego na Portucel estava longe de imaginar as dificuldades que iria ter de enfrentar. Com dois filhos, era o sustento da família, sendo que a mulher, Cátia Pereira Custódio, 23 anos, também está sem trabalho. O abono dos filhos, no valor de 60 euros, passou a ser o único dinheiro a entrar em casa. Recorrer à Caritas para cobrir carências Recorre diariamente ao restaurante social, na Paró-

quia de Nossa Senhora da Conceição, admitindo que sem esta ajuda nem faz ideia «onde poderia arranjar comida». Recorde-se que este estabelecimento é um projecto da Cáritas de Setúbal, de apoio a famílias carenciadas, que cada vez tem mais gente jovem em lista de espera. João Paulo, que tinha casa própria, acabou por fechar a habitação por não ter dinheiro para a manter e foi viver para casa dos sogros no bairro da Bela Vista. «Ainda são os meus sogros, que também têm pouco e mal dá para os medicamentos, que dão uma boa ajuda», lamenta, assegurando o padre Constantino Alves que João Paulo «infelizmente, não é caso único», tendo os pedidos de ajuda aumentado das cerca de 50 famílias, em 2008, para as 200. O fenómeno do desem-

Semmais

Um em cada três jovens está sem trabalho na região

Especialistas dizem que só a política activa de emprego pode ajudar

prego entre jovens não apanha de surpresa economistas e investigadores do mercado de emprego, que aludem à crise económica conjugada com o espartilho de um pacote de austeridade, temendo ainda um agravamento ao longo deste anos, caso não haja medidas que contrariem esta tendência. O catedrático Hermes Costa defende a dinamização

de estágios profissionais e de acções de formação profissional, como as saídas mãos lógicas para aliviar a falta de trabalho entre os jovens. «Neste quadro de total austeridade, a economia, só por si, não consegue criar emprego e as políticas activas de emprego podem fazer alguma diferença», admite. Roberto Dores

OS BILHETES dos com­­ ­ oios de longo curso, da linha b do Sul, passam a integrar a viagem nos Serviços Urbanos da Linha do Sado. A medida, tomada pela CP – Comboios de Portugal, desde a semana passada, permite que os bilhetes dos Serviços Alfa Pendular e Intercidades com origem ou destino na estação de Pinhal Novo sejam válidos nos Serviços Urbanos da CP da Linha do Sado, sem acréscimo de preço. A CP justifica esta medida com a reformulação da oferta da Linha do Sul, que ocorreu em Dezembro de 2011, e na sequência do «estabelecimento da estação do Pinhal Novo como estação agregadora» da procura no Distrito de Setúbal. A empresa considera mesmo que, por esta via, «será possível conciliar a implementação das importantes melhorias da Linha do Sul, com as necessidades de mobilidade» das populações da região de Setúbal.


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Sábado | 25.Fev.2012

www.semmaisjornal.com

Política

PP quer apenas cinco freguesias em Almada

Pub.

Pedro Lemos Vieira

A

comissão concelhia do CDS-PP de Almada defende que no âmbito da reforma do poder local, imposta pelo Governo, o concelho deverá ficar com apenas cinco freguesias. O CDS-PP de Almada propõe um novo mapa territorial apoiado em três critérios que considera vitais para garantir a sustentabilidade do projecto, designadamente os Censos de 2011 e as respectivas alterações populacionais; as especificidades sociais e culturais das freguesias; e as origens históricas de cada uma delas. Assim, o PP chegou à conclusão que é possível agrupar as freguesias Caparica/Trafaria, Pragal/ Almada/Cacilhas/Cova da Piedade, Feijó/Laranjeiro e Charneca/Sobreda da Caparica, mantendo sempre o nome da freguesia mais antiga e sem ferir sensibilidades das populações locais.

António Maco, PP de Almada

Já a freguesia de Costa de Caparica, segundo os Populares, reúne características específicas - do foro geográfico, social, cultural e económico - que justificam a sua não agregação a qualquer outra freguesia.

António Maco, líder do PP de Almada, realça que esta reforma é «fundamental» para tornar mais eficiente a descentralização dos poderes do Estado nos órgãos de poder local. «Esta via não é mais do que a mesma que ao longo das últimas décadas transformou o Estado Central num aparelho burocrático que multiplicava as ‘capelinhas’ à medida que aqueles que o geriam sentiam a necessidade de expandir a sua esfera de influência entre os vários sectores da política e da sociedade portuguesa», vinca António Maco, que acrescenta que o aumento do número de quadros superiores teve um peso «considerável para o aumento dos gastos do país com pessoal e órgãos públicos, mesmo apesar de o Estado ter vindo a perder cada vez mais funcionários públicos ao longo dos últimos anos».

Eleições PSD quer saber dívidas das autarquias à Simarsul socialistas vão ter OS DEPUTADOS do PSD pretendem assegurar que estas, do distrito pretendem saber apesar das suas dificuldades ‘terceira via’ se os municípios da região, financeiras, não coloquem em que são accionistas e clientes da Simarsul e Amarsul, têm pagamentos em atraso a estas empresas. Caso haja dívidas, os social-democratas pretendem o valor global. Os social-democratas realçam no documento já enviado aos municípios, cujo primeiro subscritor é o deputado Bruno Vitorino, que as câmaras municipais, para além de accionistas, são também os principais clientes da Simarsul e Amarsul, e por isso,

risco as suas actividades e, consequentemente, o bemestar das populações, como é disso exemplo algumas obras destas empresas, que se «encontram paradas por falta de verba e que têm causado prejuízos incalculáveis ao comércio local e aos cidadãos». Os deputados do PSD pretendem ainda saber em que termos e prazos se prevê a regularização da dívida para as autarquias que se encontrem nesta situação.

Deputados ‘rosa’ em périplo por Alcácer OS DEPUTADOS do PS eleitos pelo Círculo Eleitoral de Setúbal deslocaram-se na segunda-feira ao concelho de Alcácer do Sal para uma visita integrada no programa “Setúbal: Deputados no Distrito”. Este foi o oitavo concelho visitado pelos deputados onde temas como o programa Novas Oportunidades, respostas sociais e protecção civil e socorro tiveram destaque a par de outros, tendo sido feita a avaliação dos efeitos da crise em sectores importantes para a economia local e particularmente para a vivência quotidiana das populações. Pedro Paredes, o presi-

Esclarecimento

Cabrita e as eleições federativas do PS A propósito das eleições para a Federação de Setúbal do Partido Socialista, surgiu na edição do Jornal Sem Mais do passado sábado, a notícia da candidatura de Eduardo Cabrita a Presidente desta estrutura. Na mesma notícia, afirma-se que as estruturas de mulheres e da juventude apoiam Eduardo Cabrita. Esclarece-se que o Departamento Federativo das Mulheres Socialistas e a Juventude Socialista de Setúbal são órgãos do Partido, com órgãos colegiais plurais, compostos por militantes que se integram em estruturas concelhias de base. Ora enquanto estru-

dente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, manifestou aos deputados que uma das suas preocupações reside na dificuldade de requalificação de “prédios devolutos” que, segundo afirmou, constitui um grave problema, particularmente nas chamadas zonas históricas. Na área social, também expressou preocupação relativamente ao futuro dos centros infantis, bem como a necessidade de resposta a questões da alçada da segurança social. Admitindo uma saúde financeira do município «sem desespero», não deixou o autarca de dizer que face aos sucessivos cortes orçamentais, por parte do Orçamento de Estado, as incertezas num futuro próximo são «grandes».

turas, tal como as concelhias e as secções, não podem nem devem assumir apoios a candidatos. Individualmente, cada um/a dos e das militantes toma posição, apoiando candidaturas, independentemente dos lugares que ocupa na estrutura, esta é uma elementar regra da democracia interna e da ética política. Assim, o Departamento Federativo de Setúbal das Mulheres Socialistas e a Juventude Socialista do Distrito de Setúbal não apoiam nenhuma candidatura, já apresentada ou a apresentar. A militante Maria da Natividade Coelho e o militante Pedro Ruas, inscritos, respetivamente, nas Concelhias de Palmela e Grândola,

UM GRUPO de militantes socialistas, liderados por Nuno Tavares, do Seixal, e João Massano, de Alcácer, desenhou esta semana os primeiros esboços para a apresentação de um terceira candidatura à liderança da distrital de Setúbal, por não se reverem nas figuras barreirense Eduardo Cabrita e Madalena Alves da Silva. A reunião bastante concorrida, que ocorreu quarta-feira, não definiu «rosto» para liderar o projecto, tanto mais que, segundo os seus promotores, «a ideia é exactamente inverter os habituais processos que não partem das bases», disse ao Semmais Nuno Tavares, que no segundo mandato de Vítor Ramalho, intentou, conjuntamente com o falecido dirigente socialista Humberto Daniel e João Massano uma intervenção do género. «Na altura, o camarada Ramalho incorporou algumas das nossas ideias, mas com a sua anunciada saída, faz todo o sentido recuperar uma opção de escolha pelas bases. Ainda não temos candidato, e eu próprio não tenho essa intenção, mas será uma escolha conjunta», frisou o dirigente socialista. Para já, segundo a mesma fonte, «não se trata de uma candidatura contra ninguém», mas apenas uma alternativa que representa melhor o distrito».

apoiam a candidatura de Eduardo Cabrita. Mª da Natividade Coelho Pres. do DFMS de Setúbal Pedro Ruas Pres. da JS do Distrito de Setúbal

N.R. Por lapso, não foi mencionado na referida peça que os apoios à candidatura de Eduardo Cabrita à presidência da Federação de Setúbal do PS contava sim com os apoios dos presidentes das Mulheres Socialistas e da Juventude Socialista, Natividade Coelho e Pedro Ruas, respectivamente, e não das estruturas que representam. Pelo lapso pedimos as devidas desculpas ao próprios e aos nossos leitores.


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NR 19

ano: 2012 . nr 19 . mês: Fevereiro . director: António Serzedelo . preço: 0,01 €

http://jornalosul.hostzi.com

O PODER DA IDEIA: PARA QUE QUEREMOS UMA CULTURA LIVRE? Há processos globalizantes mais globais que outros. Para o melhor e para o pior. Com o advento da Internet e com a popularização das tecnologias que lhe acessam, fecham livrarias e deterioram-se algumas naturezas humanas, mas criam-se canais de comunicação à escala planetária capazes de pôr a andar revoluções. Vimos agora que as redes sociais, gravações de telemóvel e blogues aceleraram a compreensão e o contágio das mobilizações no Médio Oriente, Norte de África, Espanha, Grécia, Portugal e Estados Unidos da América. Alguns movimentos tornaram-se mais eficicazes e organizados, chegando a substituir facilmente o papel de jornalistas no terreno. No Egipto dissese ‘a revolução na Tunísia inspirou-nos para começar a nossa revolução o mais rapidamente possível’ e na Grécia disse-se ‘os nossos protestos começaram a partir dos indignados,

O conceito de ‘cultura livre’ surge no legado da defesa do software livre. Defende a protecção da autoria sem os contornos clássicos da propriedade, abrindo a discussão para a necessidade de adaptação das leis existentes à actual sociedade do conhecimento. De acordo com as tradicionais leis de copyright, os autores proibem que o seu trabalho seja reproduzido, adaptado ou copiado. Por contraste, o movimento copyleft, soldado da cultura livre, permite que o autor se proteja, advogando simultaneamente o direito à reprodução, distribuição ou cópia o seu trabalho, se isso for feito de acordo com a mesma licença do trabalho original. Actualmente, novas licenças, como a creative commons, permitem ao autor decidir por si mesmo um pacote adequado de licenças, que retêm alguns direitos abdicando de outros.

em Espanha’. A 17 de Setembro de 2011, Wall Street foi ocupada depois de um núcleo de protestantes ter entrado em contacto com protestantes de Espanha, Grécia e Norte de África. As ideias circulam pelo mundo e originam novas formas de organização social, política e económica. A cultura das nossas sociedades começa também a ser produzida online, partilhando, alterando e reproduzindo dados a uma velocidade futurista. A Internet tem um efeito que vai para além dela própria – um efeito que afecta a maneira como a cultura é produzida. A Internet causou uma mudança importante e não reconhecida nesse processo. Quem o diz é Lawrence Lessig, autor e activista por uma ‘cultura livre’.

revolucionária no que diz respeito à forma como o conhecimento e a cultura se criam, partilham e transformam. Assim, o modelo de propriedade intelectual utilizado para proteger as bíblias de Gutenberg não pode ser aplicado na era digital. É urgente abrir espaço para a discussão de novas opções para protecção e livre disseminação de conhecimento. Depois de um 2011 repleto de revoluções, com mobilizações massivas como não havia registo desde as manifestações americanas contra o Vietname, irrompem supreendentemente propostas políticas como a SOPA (nos Estados Unidos da América) e a ACTA (na Europa): tratados que regulam de forma abusiva os direitos dos cidadãos no que toca à produção e ao acesso de informação. Saibamos proteger os nossos autores, mas protejamos também o poder de uma ideia. Se a legislação que aí espreita tiver como principal objectivo proteger os monopólios restritivos de empresários, fornecedores de serviços de comunicação e indústrias de entretenimento, estaremos apenas a engrossar a lista de regimes a derrubar. Sandra Coelho Jornalista

Ilustração Dinis Carrilho

A ideia de Lessig é que ao contrário do paradigma anterior, em que as leis se concentravam na cultura comercial e regulada, controlada por indústrias intermediárias, agora surge no primeiro plano a importância e poder da criação e difusão de cultura não comercial. Os cidadãos estão hoje tão sujeitos às empresas distribuidoras como às ferramentas do faz-tu-mesmo. As possibilidades de comunicação cibernáuticas passaram a constituir-se como novas linguagens, garantes libertários e campos infinitos para a expressão dos homens. E por isso as indústrias, que para além dos autores protegem a doutrina da ‘propriedade’, lutam pela afirmação do seu negócio neste novo mercado irregulado. Como seria, como sugere o nome de um movimento espanhol, se a Internet fosse uma outra TV?

O movimento pela cultura livre entende que vivemos uma época


O sonho da Europa Europa, hoje continuamo-lo a ser; cavaquista. Porém, até a expansão de luxo, riqueza, abundância, indi- Éramos um dos países mais acelerado do consumo, santo-evidualismo e ostentação. iletrado da Europa, hoje continuasenha da mentalidade europeia, Com uma guerra de 13 anos às mo-lo a ser – menor índice de frese está esfumando aos primeiros costas, um Império anacrónico e quência de espectáculos, de consusinais de uma crise económica inuma política autoritária ao longo de mo de jornais, de compra de livros… ternacional. cinquenta anos, sentíamo-nos mal - Em contrapartiAo mesmo tempo que, de um com o nosso próprio da, éramos dos países ponto de vista manifesto, a mencorpo. A Europa conscom maiores estádios talidade europeia submergia todas tituiu a materialização povo que da Europa, hoje contias nossas iniciativas, inconscientedo sonho adolescente era conhecido nuamo-lo a ser; mente íamos fazendo um penoso de Portugal. Virámos na Europa - Éramos dos patrabalho de luto – luto pela perda do as costas ao Império pelos bigodes íses mais pobres da Império; luto pela perda de um Pore oferecemo-nos a Europa, hoje continutugal rural, lento, sereno, humilde, uma jovem democra- das concièrges amo-lo a ser; honesto na palavra, supersticioso, cia, acreditando na ri- parisienses, - Éramos dos paum Portugal dos valores absolutos, queza material como passámos a ser íses com maior nível dos imperativos éticos, um Portupanaceia da felicidade. conhecidos pelo diferencial de salários, gal aberto à totalidade do mundo, Povo rural e copovo de um miúdo hoje continuamo-lo a o Portugal solidário do interior merciante, quisemoda Madeira de ser; das famílias, o Portugal da palavra nos, mais do que Etc, etc. dada aos amigos, do dar a camisa industrializados, infor- pés tão cheios Não há dúvida – a aos amigos, o Portugal permanente matizados; povo pré- de malabarismo culpa não é da Eurode Teixeira de Pascoaes e Agostinho moderno, quisemo- quando de mente pa, que nos forçou a da Silva. nos pós-modernos; vazia. sermos democratas Hoje temos consciência de que povo comunitário, e a aceitar a tolerâno sonho ingénuo europeu acabou acolhemos sorridentes cia e os direitos humanos como e que não nos procuramos já na o individualismo, o narcisismo e o vector ético e existencial de vida. Europa. Percebemos que, sem egoísmo como fins de vida; povo Culpadas são, sem dúvida, as elites desculpa, só nos podemos enconsolidário, vimos instalar-se entre portuguesas, que nos últimos trinta trar em nós próprios, retomando nós uma abissal diferença entre anos promoveram uma autêntica as nossas tradições, não sentindo pobres e ricos; povo que era corazia dos valores tradicionais porvergonha por nada que no passado nhecido na Europa pelos bigodes tugueses: a solidariedade substituída tivéssemos feito. Se é verdade que o das concièrges parisienses, passápelo individualismo; a sonho europeu se está mos a ser conhecidos pelo povo de cooperação substituída esfumando, ele ainda um miúdo da Madeira de pés tão Em 25 de Abril pela competição como não se apagou (nem cheios de malabarismo quando de valor económico abso- de 1974, éramos se deve apagar), já mente vazia. que constitui o sentido Trinta anos demorámos a perluto; os valores da ho- o país menos político do Estado porceber que o sonho da Europa não nestidade, da amizade, industrializado tuguês. Porém, existe passa disso mesmo, um sonho que da lealdade, substituí- da Europa, hoje hoje, em Portugal, um estava em nós e não na Europa. Nós dos pela omnipotência continuamo-lo a alternativa à Europa “víamos” a Europa que sonhámos do dinheiro; os valores ser sem que desta nos tepara Portugal. A Europa da riqueza, espirituais substituídos nhamos necessariamente de desa Terra sem Mal, a Terra do Rio de pelos valores económicos; a pessoa vincular, uma alternativa de futuro Amêndoas e Mel esfuma-se todos humana igualada à peça de uma aos actuais valores europeus (que, os dias na farsa bailada entre pomáquina. verdadeiramente, já são mais os líticos janotas como Berlusconi e O saldo europeu hoje, se bem valores americanos que europeus) Sarkozy, que da organização do viver medido, para além do valor da sem o corte radical com a Europa colectivo possuem apenas um senso democracia e da tolerância, já in– o retorno à antiga comunidade económico. teriorizados pelas novas gerações, de língua portuguesa: a lusofonia. Hoje, já percebemos que o somede-se menos em sabedoria, nho europeu foi um falso sonho: humanismo, conhecimento e feliMiguel Real - Em 25 de Abril de 1974, éracidade, e mais em betão, alcatrão, ciEscritor mos o país menos industrializado da mento e desemprego – eis a herança

BORISLAV SAJTINAC , TOUR DE BABEL

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02 ENSAIO

A mentalidade europeia encontrou fracas resistências para se impor em Portugal nos últimos trinta anos, tal era o desejo popular de superar a pobreza e o analfabe-

tismo a que Portugal parecia historicamente condenado. A Europa era vista, não como o armazém de secos e molhados, segundo Agostinho da Silva, mas como um hipermercado

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NA VAZANTE 03 Desigualdades em Portugal Problemas e propostas

mais assimétricos da Europa se bem que, importa reconhecê-lo, entre 2006 a 2009, verificouse uma atenuação gradual das desigualdades de rendimento. A Um conjunto de artigos que persistência e a intensificação foram inicialmente publicados das desigualdades devem-se a em Le Monde Diplomatique (edium conjunto de fatores onde ção portuguesa) nos anos mais avultam o aumento recentes transfordo desemprego, a simam-se num livro que permite ao leitor (...) a sociedade tuação de desemprego de longa duração, alicerçar a ideia de portuguesa e daí podemos falar que as desigualdafuncionaria muito em interferências des interferem num melhor se os níveis da mais diferente conjunto de dimeníndole. A mensagem sões sociais, eco- de desigualdade principal é de que nómicas e políticas. entre nós não Num tempo em que fossem tão elevados a sociedade portuguesa funcionaria tanto se discute quais muito melhor se os os melhores rumos estes últimos, como observa o níveis de desigualdade entre nós para que a economia se torne coordenador da obra. não fossem tão elevados. Mas sustentável e em que os fazedores Quando falatambém não podede opinião tanto nos massacram mos de desigualdamos ser ingénuos, com o défice orçamental, o déestamos a presenfice público, o endividamento, a Num primeiro des, importa ter em conta que a questão cia uma sociedade tempo a obesidade competitividade, o desemprego e recobre uma mule u r o p e i a o n d e é vai aumentar, com a escolarização, é altura também tiplicidade de propatente o aumento de assestar as batarias sobre as maior incidência cesso e dimensões real da polarização desigualdades: “Desigualdades das relações sociais, social entre os que nos mais pobres em Portugal, problemas e procomo se refere no litêm muito e aqueles postas”, coordenação de Renato vro: desigualdades económicas, que continuam a ter pouco e em Miguel do Carmo, Edições 70, desigualdades de classe, género que a política económica teima Dezembro de 2011. e etnia, desigualdades nos acesem ser austera sobretudo com Portugal é um dos países

SANTA-RITA, PINTOR, 1912

sos à saúde, educação e cultura e também desigualdades políticas e de participação social. Como é observado no texto, Portugal é o país com a terceira mais baixa frequência de práticas de ação coletiva. Apesar das conquistas democráticas alcançadas com a revolução de 1974, a sociedade portuguesa revela-se como uma das menos dinâmicas a nível europeu no que se refere à consolidação de práticas democráticas e de cidadania. Esta posição

recuada é complementada pela persistência de características estruturantes da organização económica, social e institucional profundamente inibidoras de uma cidadania participativa. A baixa exigência de recursos humanos qualificados e pobreza são determinantes. A endocrinologista Isabel do Carmo nos alerta para o facto de quando o rendimento desce a obesidade cresce, as pessoas em situação económica difícil sentem-se atraídas por preparações com gordura ou com gordura e açúcar, e predica: “Com o aprofundamento da crise em Portugal podem colocar-se duas hipóteses. Num primeiro tempo a obesidade vai aumentar, com maior incidência nos mais pobres. As mulheres desempregadas apresentarão mais obesidade, embora o mesmo não se verifique com os homens desempregados. Está demonstrado que os horários de trabalho desregulados e a privação de sono aumentam o apetite, o que também concorrerá para a obesidade”. Beja Santos Docente Universitário

O que se esconde por detrás da crise? a utilizar de forma capitalista os O problema da dívida daí deriQue significa a propagandeada actuais recursos materiais abunvado estende-se depois do capital crise? Constatemos que o capidantes mas para os quais paraprodutivo ao Estado e orçamentos tal produtivo é obtido através da doxalmente não há dinheiro, só privados. Assim também os gastos utilização do capital bancário. crédito impossível de pagar. estatais em infra-esAssim parte do lucro Tal absurdo torna evidente a truturas e o consumo obtido na produção Este mega irracionalidade do sistema, em privado deixam de ser é encaminhado, via que o lucro e a acumulação de possíveis através das pagamento de ju- endividamento dinheiro se tornam um fim em receitas reais, o que ros, para o sistema representa a si mesmo e o fim da economia impõe o recurso ao bancário. Mas, como antecipação de nada tem a ver com a satisfação crédito. actualmente, como lucros, salários e das necessidades. Este mega endio capital produtivo impostos, sobre O dinheiro não passa assim vidamento reprenão proporciona os a produção real de um fetiche em representação senta a antecipação lucros suficientes dos recursos reais. de lucros, salários para tal pagamento, futura. A crise é o resultado da tentae impostos, sobre a sobrevém uma crise, tiva desesperada de se conseguir, produção real futura. para o devedor e para o credor. através do consumo com dinheiro Tal consumo suportado pelo O aumento incessante da do futuro, insuflar no futuro transforma-se produtividade forçado pela conem crise geral quando corrência entre capitalistas, só é circuito económico Perante isto o processo é levado possível através do uso de meios receitas que nunca até um ponto exces- os capitalistas, os técnicos cada vez mais oneroirão surgir. Os mentosivo, rompendo as políticos e seus sos. Logo os custos derivados res do sistema tentam cadeias de crédito. da criação de postos de trabalho desta forma integrar apaniguados, Isto é aplicado utilizam a situação aumentam constantemente condentro dos limites do a todos os interveforme o aumento da intensidade e capitalismo, as forças para combater os nientes, incluindo o custo do investimento no capital produtivas e a sua estrabalhadores e Estado. utilizado. trutura e capacidades, Na realidade, es- o povo e reduzir Daí resulta que esses giganque já extravasaram tão a ser consumidos a sua influência tescos custos em capital fixo não esses limites imposrendimentos futuros, e capacidade podem ser suportados através tos. que se tornam cada dos lucros correntes da produPor isso, essa vez mais ilusórios para se tornar ção Logo é obrigatório o recurso gente procede a todos os esforço possível, com as relações organiao crédito para poder pagar tal para que vivamos pior, porque zacionais existentes, continuar despesa gigantesca. o capitalismo já consumiu o seu

próprio futuro. Em tal situação, a saída torna cada vez mais urgente que os povos aprendam a utilizar todos os recursos abandonados e inutilizados, incluindo os humanos, por este sistema de desperdício, numa lógica diferente da existente. Perante isto os capitalistas, os políticos e seus apaniguados, utilizam a situação para combater os trabalhadores e o povo e redu-

zir a sua influência e capacidade reivindicativa. Só a luta firmemente determinada em conquistar uma nova organização social, poderá acabar com tal sistema do lucro a qualquer preço. José Luís Félix Economista

ILUSTRAÇÃO. DINIS CARRILHO


Mozart e a Maçonaria O Papa Bento XVI, afirmou há tempos que a própria existência de um génio musical, como Mozart “era quase como um testemunho da existência de Deus," Criador do Universo", e esta expressão pontifícia, remeteu os ouvintes atentos , propositadamente, para a ideia da Maçonaria do “Grande Arquitecto do Universo". Isto é tanto mais interessante, quanto Bento XVI, enquanto Cardeal Ratzinger , o Inquisidor, não foi nada simpático com a Maçonaria, como em geral não tem sido, nem é, a Igreja institucional. Hoje escolhi Mozar t por duas razões. A primeira, a propósito da iniciação Maçónica, um dos “secretismos “ da Maçonaria,hoje tão falados - aproveitando o factor musical tão importante em todas as lojas, e em todas as regras,que Mozart levou ao mais alto grau. A segunda, por causa da controvérsia surgida na sociedade portuguesa, a propósito de uma Loja que se chama Mozart e que se desviou do seu destino original,numa luta intestina de alguns policias que fazem politica,de membros de partidos que fazem um teatro de sombras, enquanto fa-

Vou escrever sobre a cerizem ajustes de contas entre mónia iniciática, ou sobre os si, e de noticias e opinadores Mistérios Iniciáticos, que são que se servem do caso, como a fórmula pelo qual se começa pano de fundo para desviar a ser Maçon. a atenção dos cidadãos dos Fui ao dicionário da Acadegraves problemas, com que mia das Ciências e vi o que se nos defrontamos,soltando escrevia sobre: os piores demónios dos moIniciação :" admissão ao mentos de crise, que é eleger conhecimento de coisas, doubodes expiatórios em grupos trinas desconheciminoritários,neste das, secretas, e mais caso tomar a parte, numa luta adiante cerimónia os membros da loja de admissão de um referida , pelo todo, intestina membro de uma ou seja toda a Ma- de alguns policias sociedade secreta. çonaria. que fazem Por outro lado, em A l o j a M o - politica,de sentido etimológico, z a r t n ã o f a z m ú - membros de diz-se de Iniciação, sica, faz ruído, a partidos que é a preparação ponto de dar prepara a entrada do t e x t o à s f o r ç a s que fazem um jovem na comunireaccionárias,proto teatro de sombras, dade dos adultos, fascistas e proto in- enquanto fazem pela aprendizagem quisitoriais, sempre ajustes de contas dos ritos, das técatentas em Portugal, entre si a qualquer deslinicas, das tradições ze, para porem em tribais." causa a utilidade da MaçonaDepois, fui ver o que era Iniria Universal, e em particular ciar, e diz o tal livro, “começar, da Maçonaria Portuguesa, que ou ter início, ser introduzido em tantas coisas boas tem feito determinada aprendizagem, em em Por tugal, desde o tempo determinados conhecimentos, do Marques de Pombal,depois pensamentos, ou experimentar pela libertação dos escravos, pela primeira vez." implantação da Republica, e E percorrendo este caminho, até aos nossos dias, quando vou andando, para o tema que defendeu depois do 25 Abril pretendia abordar. as Liberdades ameaçadas. Tu d o c o m e ç a q u a n d o o iniciado chega à Loja, que é o espaço, o local onde se reúnem os Franco-Maçons, e é também a célula madre que tem a competência de criar, e conferir a qualidade de Mação, em todo o lado, independentemente do rito, e da Organização. Ele começa por bater à porta para pedir licença para entrar, porque é “profano". E uma vez autorizado, começa a progredir em três patamares: Erupção, Mistura, Integração, da mesma forma que os irmãos sobem em três graus simbólicos, Aprendiz, Companheiro e Mestre, comuns a toda a Maçonaria, e só depois vêm os Altos Graus (Filosóficos, Esotéricos, Cavaleirescos ou Sacerdotais). A Flauta Mágica,é influenciada pela concepção Maçónica do Mundo dos seus autores, a qual se insere nas grandes linhas tradicionais esotéricas, nesta caso as egípcias, e religiosas, de toda a Humanidade. Na Flauta Mágica temos duas fases, o Primeiro Acto enquanto se é pagão (Fase Nocturna), no Segundo Acto depois de já se ser iniciado, de receber a Luz (Fase Diurna). Logo na abertura, os acordes musicais são os da bateria das Lojas(palmas), que neste

FOTO DE LEONARDO SILVA 2011

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04 BOREAL caso distinguia o rito da Loja ainda, podes agora mesmo rea que Mozart se associara, nunciar à recepção da Ordem". de “Observância Templária", A obra segue o seu curso pois Mozart era um católico até ao triunfo final, quando o crente, embora cada vez mePríncipe Tamino e a sua amada nos praticante, o que mostra Tamina recebem as Luzes e se bem como na Maçonaria se completam quer no casamento, podem conjugar estas duas ou seja, a vida conjugal, plena qualidades, a de Católico e de amor, o Amor Terreno - quer de Mação,contrariamente ao com a vida superior do Ideal, que afirma o Senhor Cardeal que se procura sempre e de ser Patriarca na sua última interapanágio dos bons Mações. venção a este propósito. De notar o avanço da proMozart com esta ópera esposta social de Mozart porque tava a seguir a tradição mais na ópera são iniciados em antiga da Maçonaria, consagrapé paridade um homem e uma da no Livro das Constituições mulher, Pamino e Pamina. de Andersen, 1823, que já nessa Mozart defendeu, e pertenaltura consagrava a chamada ceu a lojas mistas,coisa que ain“Coluna da Harmonia", ou seja, da hoje nao é aceite em todas as a inserção da Música no ritual, Maçonarias,embora em Franacompanhando as entradas e ça e em Portugal já haja lojas saídas de Dignatários, as Inimixtas com mulheres e homens ciações, Elevações, e para os em pé de igualdade,Grande funerais dos Irmão Maçónicos. Oriente Ibérico,por ex. Volto ao tema da Iniciação, A cerimónia de Iniciação, segundo a proposta Mozartiacomo se vê na Ópera, e pratica na. nas Lojas é um drama iniciáNo Primeiro Acto décima tico, com a morte do neófito, quarta cena, um Sacerdote inmorte simbólica, que até faz terroga o herói o Príncipe Ta“ testamento", e o renascer do mino, à porta do Templo, depois Homem Novo, que passa a ir à de este ter batido e perguntaprocura de um mundo novo. lhe: “O que procuras neste lugar Aliás, todos os ritos da Masagrado: - Resposta: Amor e çonaria giram em torno da ideia Virtude. E quando verei a Luz?" de Construção, herança hisque ele tanto desejava receber. tórica do tempo, em que com Na cena subsequente, Sao compasso e o esquadro se rastro, o Sacerdote construíram as CaSupremo do templo, tedrais. ordena: “Levai os O Iniciado Mozart estrangeiros, o Prin- defendeu, e quando entra na c í p e e a P r i n c e s a pertenceu a lojas Maçonaria,é para Tamina, ao Templo receber a" Luz" , e mistas, das Provações e que a partir desse moos seus olhos sejam coisa que ainda mento começar à vendados, pois eles hoje nao é aceite em procura do Conhedevem primeiro ser todas as cimento, para se purificados". f a z e r p r o g r e d i r, e Maçonarias E s s a p r ov a d a ajudar a progredir venda no ritua Humanidade. É al maçónico é que permitirá um percurso,um caminho sem pela purificação, chegar-se à fim,que deve começar todos Iluminação. os dias. No Segundo Acto, Tamino, Mas por isso,e para isso, filho de um Rei, aguarda na ele tem de estar a compasso porta Norte do Templo, para consigo,(conhecer- se), com entrar e seguir a Grande Luz. a ciência do tempo, e com a Também nas fraternidades evolução social de todos os os Iniciados do primeiro grau homens e das mulheres do Aprendizes, ficam no Templo, seu lugar,que são os seus pares. na zona designada Coluna do Tudo isto, para para poNorte. der ajudá-los, em nome da Na Ópera, depois, são Igualdade,Liberdade, e Fraternidade! levados depois para o sub terrâneo, que é aquilo a que António Serzedelo hoje chamam a Câmara de Editor do programa de Reflexõe,onde os neofitos firadio Vidas Alternativas cam a meditar durante algum anser2@gmail.com) tempo. Perante a dificuldade das provas é-lhes dito na Ópera: “Estais a tempo de reconsiderar", que é o equivalente no moderno ritual, aos “Estás livre


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Entrevista Presidente da Entidade Regional de Turismo Lisboa e Vale do Tejo

«Temos que encontrar o nosso perfil de turista»

Ainda se depara com alguns críticos às alterações orgânicas verificadas em 2009, que fez dissipar a marca Costa Azul? Penso que está muito esbatida essa confrontação e temos feito um grande esforço para que o investimento consagrado antes dessa reorganização orgânica fosse preservado, defendido e até valorizado. Não vejo razão para que se atenue o peso da marca Costa Azul, agora entendida como um todo, tanto mais que no turismo não devem existir barreiras físicas.

formar a Costa da Caparica num destino durante todo o ano para desportos de mar, capaz de trazer algo de novo ao turismo da região. A Costa da Caparica tem condições objectivas para desenvolver este cluster 365 dias por ano. Posso notar uma diferença relativamente a uma valência nem sempre muito acarinhada? Repare, as coisas vão-se fazendo. Estamos também a trabalhar com a Associação Baia de Setúbal e não tenho dúvidas de que é preciso potenciar este turismo da natureza, tendo em conta as condições naturais que a região oferece, mas precisamos estruturar o produto, esse é o ponto. E ainda há muito a fazer e a maturar, no sentido de ver a Costa Azul como um todo. E adianto ainda outro protocolo com o Seixal para o desenvolvimento do turismo náutico. Isso implicará uma maior articulação dos municípios, que não raramente anda desgarrada, não lhe parece? É fundamental que assim seja e os municípios têm um papel relevante neste sentido. A nossa tarefa é de colaboração intensa. Mas há bons

exemplos de articulação e tenho consciência de que as autarquias do distrito são um exemplo em termos de associativismo. Dou-lhe o exemplo do sector vitivinícola em Palmela, agora Cidade Europeia do Vinho. Embora com esforço do sector privado, é possível vislumbrar-se neste caso um trabalho entre autarquias, como no caso da candidatura da Arrábida a património mundial, com vários concelhos envolvidos. Mas admito a existência de algumas rivalidade que têm que ser esbatidas, até porque o turista não está preocupado com a toponímia e o trabalho conjunto tem outro valor acrescentado. Que papel desempenha então a Entidade Regional de Turismo. Não lhe cabe a formulação de uma estratégia? Neste domínio não há tutela do que quer que seja. O nosso papel consubstancia-se na figura dos protocolos com as entidades envolvidas. E esse trabalho tem vindo a ser desenvolvido de forma consistente com as autarquias, privados e outros agentes. Quais são as suas maiores orientações para o caminho

que a região turística está a percorrer? Estruturar o produto, fortalecer o mercado emissor interno, que tem um peso determinante na hotelaria da região, equivalente a 60 por cento. E é de notar que a Costa Azul está a meia hora de Lisboa, sendo fundamental que se oriente um conjunto de complementaridades que a região oferece. Não o preocupa uma certa desaceleração dos investimentos no Litoral Alentejano? Muito mesmo. Há investimentos realizados pelos operadores, com compromissos junto da banca. E também as quebras de ocupação nas unidades já em funcionamento. Mais uma vez, aí também, é necessário um estudo sério sobre que tipo de turista queremos atrair e fazê-lo de uma forma descomplexada (ver caixa). Há também um desinvestimento no plano de recuperação ribeirinha da margem sul, com a extinção do Arco Ribeirinho Sul. Mais um impasse inesperado? Esse era finalmente o caminho para a criação de uma oferta única, com a ‘Cidade das duas Margens’. São investimentos estruturantes que a região não pode perder e que têm que ser vistas como prioridade. Sabemos que a situação do país não é favorável, mas espero e confio que o Governo não abandone esse conjunto de projectos. Repare no exemplo de Sesimbra, cuja autarquia tem feito um enorme investimento nas suas estruturas, mas continua a deparar-se com estrangulamentos viários e urbanísticos, que deveriam

Fotos: DR

Joaquim Rosa do Céu defende uma melhor estruturação do produto turístico e diz que a Costa Azul continua a ser um «valor acrescentado». Aposta em protocolos com as autarquias e quer mais turismo natureza. Mas não está totalmente satisfeito

Aposta em grandes eventos A identificação de «uma pirâmide» de acção para desenvolver um conjunto de grandes eventos na Costa Azul, é uma ideia que agrada ao presidente da Entidade de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo. Rosa do Céu chamalhes «segmentos de exigência» e dá como exemplo, um Festróia que «recupere os tempos áureos», o festival de rock no Meco ou mesmo o Festival de

ser atendidos pela administração central. Os fundos não foram bem aproveitados e as prioridades nas acessibilidades talvez não tivessem sido as melhores? Digo de outra maneira, e não devemos ter medo das palavras: Vamos com quatro quadros comunitários de apoio e as várias autarquias têm feito um esforço financeiro enorme, que deveriam ser compensados com decisões estruturantes, por isso entendo que o país não pode deixar de pensar em crescimento e em desenvolvimento.

Teatro de Almada. «São iniciativas com dimensão regional e nacional que devem ser apostas decisivas, sem descurar as de carácter mais local, que emprestam dinâmica e orgulho às suas comunidades», afirma. Sem esquecer o «êxito» deste ano da passagem de ano nas duas margens de Tróia, ou a iniciativa das «Melhores Praias», cuja decisão decorre este ano na Costa Azul.

O mesmo se passa com o Polis da Caparica. Parou, após tanto dinheiro ali investido. O que sabe sobre o assunto? Sei que é um projecto de dimensão apreciável. Ainda no dia 9 (deste mês) falei com a presidente da Câmara de Almada, e senti haver da sua parte uma enorme vontade de superar os problemas. Temos é que convencer as várias entidades para a existência de um espaço de conciliação, porque há interesses comuns. Ultrapassar as divergências e avançar. Este impasse não é bom para ninguém.

Foi nesse sentido que a entidade que representa juntou às câmaras de Setúbal e Grândola num protocolo comum para gestão do turismo da península de Tróia? Sim e para o Litoral Alentejano, num sentido mais lato. Potenciar esse produto e oferecer-lhe complementaridade e diversidade. Não há razão nenhuma para que isso não possa ser feito no quadro da grande Lisboa e Vale do Tejo. E a Costa Azul acrescenta valor, o que é determinante.

A urgência de um estudo sobre o perfil do turista

Já não há então um sentimento de perda. É isso que percepciona dos autarcas da região? Julgo que sim, temos tido um relacionamento imaculado com todas as autarquias da região e desenvolvido acções conjuntas que evidentemente demoram tempo na sua aplicação. Lembro outro protocolo desta feita com a Câmara de Almada para trans-

Joaquim Rosa do Céu não tem dúvidas de que o sector precisa urgentemente de encontrar o seu perfil de turista. «Era normal dizer-se que não queríamos o turismo de mochila, mas alguém estudou a sério que tipo de turista pretendemos e que condições temos para oferecer»? Interroga-se. E lembra que um turista que tem que se deslocar da Quinta

do Lago a Vilamoura «tem que passar pelo inferno das vias municipais». Muito critico, acentua o facto de o país ter a pretensão de achar que os resultados «têm sido fantásticos», mas permanecem as dúvidas. «É perigoso pensarmos assim, temos oferta e melhoramos muitas das condições, mas será suficiente para atrair o perfil de turista que convém ao país

e às suas várias regiões», volta a questionar. E defende uma maior «flexibilização» da rigidez imposta pelo Plano Nacional de Turismo, porque, lembra, «o mundo está em permanente transformação e temos que estar em condições de nos adaptar aos fluxos e às variáveis que o sector nos impuser em função do perfil de turista e dos mercados que queremos atingir».


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Francisco Pimenta Enólogo da Herdade da Comporta

Sábado | 25.fev.2012

«Os vinhos da Comporta são a alma de uma zona única» B. I.

Idade: 53 anos // Naturalidade: Coimbra Família: Casado, dois filhos Estado civil: Casado // Residência: Évora

Que segredos guardam as caves da Herdade da Comporta? As caves da Herdade da Comporta acolhem vinhos que representam a

Íntimo Filme ou livro de cabeceira: Nos filmes, os meus gostos vão de “Casablanca” a “Star Wars”. Quanto a livros, aprecio os clássicos portugueses. Férias de sonho: Qualquer local com sol e praia e onde se pratiquem sestas de absoluta tranquilidade. Local de eleição: Qualquer local onde possa estar com os amigos em amena e descontraída “cavaqueira”. A primeira paixão: Demasiado redutor. Todos os dias é a primeira paixão (uns dias mais que outros). Maior ousadia: Acreditar que a vida se rege por princípios e que não vale tudo. Ídolo de referência: O meu pai. Projecto de vida por realizar: Não diria o projecto de vida, mas ainda restam muitos sonhos por concretizar. Com calma, a seu tempo. Pub.

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“alma” de uma zona única, de uma beleza e contrastes impares onde se respira uma pureza imaculada. Os vinhos aí produzidos traduzem e resultam das características muito particulares dessa zona que permitem a maturação das uvas de uma forma muito completa e que são de facto a expressão desse “terroir”. Espero que guardem grandes momentos de prazer para os apreciadores de vinho em geral e do vinho da Comporta em particular. O vinho é um bom companheiro? Os vinhos podem ser excelentes companheiros como também podem ser motivo de partilha de pequenos prazeres com os amigos ou servir de pretexto para o convívio. Os produtores da região são unidos? Acima de tudo penso que os

produtores da região estão empenhados em conseguir transmitir aos consumidores uma imagem qualitativa consistente dos vinhos da região, o que só é possível com empenho e muito profissionalismo. Os resultados estão à vista com a preferência crescente dos consumidores pelos vinhos desta região. Há competição entre os enólogos da região? Espero que sim, de uma forma saudável, em que o objectivo seja fazer sempre melhor, atentos à realidade do mercado. Se não fosse enólogo que profissão escolheria? Confesso estar completamente realizado com a minha actividade profissional. Um enólogo é o excelente de um bom vinho? O enólogo é uma das “ferramentas” da actividade vitivinícola., mas o elemento absolutamente imprescindível é a uva.

Se lhe perguntarem qual o melhor vinho da região, que responderia? Arriscar-me-ia a ser injusto para tantos e tão excelentes vinhos que esta região produz. Apesar deste facto não poderia deixar de destacar o Moscatel de Setúbal pelo seu carácter único e por se tratar de um produto emblemático e identificativo da região. O que o faz zangar seriamente? A intriga e a estupidez. Qual a sua opinião sobre os autarcas do distrito? São pessoas que estimam a sua terra e que têm tentado contribuir para a sua valorização. Há alguma figura regional que lhe mereça rasgos deelogios? No sector vitivinícola merece-me o maior destaque com os inerentes rasgados elogios o engenheiro António Francisco Avilez.


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Anti-stress

Anjos preparam novos talentos na Academia de Pinhal de Frades

DR

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s manos Sérgio e Nelson Rosado, que compõem a dupla Os Anjos, abriram em Janeiro deste ano uma Academia de Música com 32 alunos, em Pinhal de Frades, concelho do Seixal, local onde reside esta dupla da música pop. O projecto é direccionado a todas as pessoas, de todas as idades, e tem como objectivos principais dinamizar e incentivar a actividade cultural/musical junto da população. A médio prazo, a Academia ambiciona criar um coro e uma banda, e em breve, irão arrancar uma área de workshop´s em que mensalmente serão convidados artistas para falar de cada instrumento ou áreas a que estão ligados.

Os manos Rosado apostam agora num novo projecto regional

Com capacidade para cerca de cem alunos, a Academia localiza-se nas novas instalações do colégio Atlântico e há muito que andava a ser sonhada pelos manos que fazem parte do corpo de jurados do programa “A Voz de Portugal”, da RTP, e do projecto desportivo/solidário

Meo Team. «Sempre foi um sonho criar uma academia de música na margem sul, área onde residimos desde sempre. Todos sabemos que a maioria das escolas de música com maior número e diversidade de professores de qualidade centram-se em Lisboa. Por isso, sendo a nossa região rica em termos

de talentos musicais, decidimos dar asas a este projecto, para que todos aqueles que residem no distrito não sintam a necessidade de ter de rumar a Lisboa para receber a formação e educação musical desejada», vinca Nelson Rosado. E acrescenta que «é nossa pretensão, descentralizar ainda mais o ensino particular musical e provar que é possível ter professores de enorme qualidade, ter métodos inovadores de ensino nos mais variados cursos/instrumentos, ter condições de aprendizagem excelentes neste outro lado do rio Tejo, sem ser necessário ter de atravessar a ponte 25 de Abril».

Oferta Semmais

Ganhe convites para musicais de Filipe La Feria Temos para oferecer aos nossos leitores convites para os musicais “O Melhor de Filipe La Feria”, “Judy Garland - O Fim do Arco Íris” e “Pinóquio”, que continuam a ser um verdadeiro êxito de bilheteira. Ligue para o número 918 047 918 para solicitar os seus convites para assistir graciosamente aos espectáculos em questão .

Escolhas Sadinas Por Ana Sobrinho TARDE INTERCULTURAL DIA 25 ÀS 15H00 no Museu do Trabalho Michel Giacometti - “Alfaiataria - Uma arte milenar”, pelo alfaiate Vítor Gaspar. TEATRO DIA 26 ÀS 11H00 no Cinema Charlot - Musical Infantil “A Feiticeira de Oz”, pelo Grupo de Animação e Teatro Espelho Mágico. DIA 1(ESTREIA), 2 E 3 ÀS 21H30 no Espaço Fontenova( Rua Dr. Sousa Gomes nª11) - Espetáculo “Pandora Box”, pelo TAS/ Públicoalvo: Maiores de 16 anos/ Inf: geral@tas.pt/ 265 532 402/ Entrada: 7,5€ (desconto para estudantes e terceira idade)

Mês da Juventude DIA 2 ÀS 21H30 no Auditório José Afonso - Concerto Lançamento m@rço.28 , com Rui Andrade /Série Tv - Morangos com Açúcar - TVI) / Entrada Livre/ Inf: 265 236 168

Março Mulher DIA 1 ÀS 21H30 na Academia Problemática e Obscura - Ciclo de cinema Feminista “Libertárias” de Vicente Aranda. Dia 1 das 9h às 17h no Largo da Misericórdia Exposição e Venda de Arte & Artesanato. Animação de Ateliês. Pub.

+ Cartaz...

Lisboa mulata

Os Dead Combo apresentam o seu quarto álbum de originais “Lisboa Mulata”, que já foi considerado pela crítica como um dos melhores álbuns de 2011. Teatro Municipal de Almada | 21h30

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Flamenco e sevilhanas O grupo de flamenco e sevilhanas Soledad aposta num espectáculo que une a música e a dança: guitarra portuguesa, fado, sons africanos, indianos e também a dança flamenca e outras danças ciganas. Forum José Manuel Figueiredo, Baixa da Banheira | 22h

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Música à luz da vela O Duo Encore, formação de música de câmara constituída por Fernando Ruas (clarinete) e José Micael (guitarra), leva a palco o espectáculo “À luz de uma vela”. Auditório do Pinhal Novo | 21h30

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Música de câmara A Orquestra Metropolitana de Lisboa apresenta um concerto de música de câmara centrada em Astor Piazzolla. Ingressos a 5 euros. Cinema Teatro Joaquim d´Almeida, Montijo | 21h30

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Cegadas de Sesimbra Não perca as cegadas de Sesimbra, um costume típico das zonas rurais, que se realiza há mais de cem anos. Esta manifestação carnavalesca brinca com os acontecimentos mais marcantes da sociedade. Cineteatro João Mota, Sesimbra | 21h30


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+ Região [ ALMADA ]

[ SEIXAL ]

Violador de estação volta ao tribunal O TRIBUNAL da Relação de Lisboa ordenou a repetição do julgamento de um menor, de 15 anos, que em conjunto com quatro colegas, violou em Outubro de 2010 uma rapariga nas imediações da estação de comboios do Pragal. O Tribunal de Família e Menores não teve em conta as declarações para memória futura prestadas pela vítima, de 13 anos, no âmbito do processo-crime e tinha absolvido o menor. Os juízes desembargadores dizem que foi cometido um erro.

Por seu turno, cada um dos quatro cúmplices do menor tinha sido condenado, em Setembro do ano passado, a oito anos e meio de prisão. O menor foi o único a ser alvo de um processo por parte do Tribunal de Família e Menores, uma vez que ainda não tinha 16 anos, pelo que não poderia responder criminalmente. As declarações da menina foram usadas no processo-crime, que decorreu em Almada, mas não foram transcritas para o processo tutelar.

UMA PATRULHA da PSP do Laranjeiro, foi alvo de tiros por parte de dois homens, na madruga de quarta-feira, depois de terem fugido de carro a alta velocidade até uma vivenda de Miratejo. O condutor, filho de um chefe da Polícia Marítima, e o pendura só se entregaram após a presença da advogada. Na habitação foram apreendidas três motos roubadas, bem como uma caçadeira, uma pistola, duas pressão de ar e uma catana, mas a arma usada nos disparos não foi encontrada. Os dois suspeitos, com cerca de 25 anos, foram apenas constituídos

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Patrulha da PSP do Laranjeiro atacada a tiro

PSP na mira de Honda Civic

arguidos, uma vez que não houve flagrante delito. A fuga aconteceu quando a polícia se preparava para abordar um Honda Civic, depois de este ter arrancado a alta velocidade. Por duas vezes, o pendura efectuou disparos na direcção da patrulha. Todas as divisões da casa foram revistas pela PSP depois da emissão do mandado de busca.

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ESTÃO abertas as inscrições para certificação de competências na área das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) para todos os munícipes com conhecimentos básicos de informática. Iniciado em Outubro de 2008, o projeto AMRS. SeixalQu@lifica promove a certificação de competências em diversas áreas, pelo que, neste caso, os interessados só têm que realizar correctamente uma prova de conhecimentos genéricos em TIC, com a duração de 60 minutos. As provas realizam-se na Biblioteca Municipal do Seixal e serão acompanhadas por um técnico habilitado. Caso a nota seja positiva, será atribuído ao partici-

Desta vez, quem quiser pode obter diploma na área das tecnologias da informação

pante um diploma conferido pela UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento, com valor legal para a integração do curriculum vitae.

O projecto é promovido pelo Grupo de Trabalho das Bibliotecas da Associação de Municípios da Região de Setúbal. Decorre na Biblio-

teca Municipal do Seixal, de terça a sexta-feira, entre as 15h30 e as 18h30 horas, e aos sábados, entre as 18 e as 20 horas.

Gatil lança ‘Amigos de quatro patas’ para adopção Este sábado, no Canil/ Gatil Municipal, a autarquia, que gere o espaço, convida os munícipes a conhecerem

A CAMPANHA Adopte Um Amigo de Quatro Patas arrancou, este ano, no último sábado de cada mês.

os cinco mais recentes amigos de quatro patas que chegaram ao Canil/Gatil: «o Cokas, a Joanna e o

Melaço, três cachorros com cerca de 6 meses, e as gatas Deusa e Tina, com 8 e 1 ano de idade».

[ SESIMBRA ]

Município reduz conta da electricidade A TÍTULO experimental, a autarquia sesimbrense instalou relógios astronómicos em todos os postos de transformação do concelho, com o objectivo de reduzir o horário de funcionamento da iluminação pública, e evitar que permaneça ligada no período diurno. Segundo explica o executivo do comunista Augusto Pólvora, estes equipamentos permitem que se ligue a luz mais tarde, ao anoitecer, se desligue mais cedo, ao amanhecer, o que reduz os consumos e consequentemente o encargo financeiro do município. No entanto, nesta fase inicial, e apesar da implementação do horário estar a ser monitorizada, verificou-

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Arquivo

Autarquia vai certificar competências

Relógios astronómicos para regular o sistema de iluminação

se a necessidade de prolongar o tempo de iluminação artificial no período da manhã, principalmente nas zonas urbanas. De modo a ajustar os

horários em conformidade com as zonas, a autarquia decidiu pedir aos munícipes que enviem as suas sugestões para o e-mail logistica@ cm-sesimbra.pt, «para que,

em conjunto, se possa encontrar uma solução que garanta uma poupança energética e a segurança das populações». A instalação destes relógios, a par da redução de focos em zonas de menor movimento, e da colocação de lâmpadas de menor consumo nas luminárias, são consideradas pela autarquia como «medidas imprescindíveis para reduzir o elevado esforço financeiro com iluminação pública que, em 2011, representou um encargo de 750 mil euros» para a Câmara. Em 2012, com o aumento do IVA na electricidade para 23 por cento, estima-se que o agravamento na factura possa chegar aos 163 mil euros.

Azealia Banks e Flying Lotus no Super Bock do Meco ESTA semana foram confirmados mais três nomes de peso para o festival Super Bock Super Rock, a realizar na Praia do Meco. Depois de

bandas como Incubus, Battles ou Little Dragon, é agora a vez da organização confirmar a rapper Azealia Banks, o californiano Flying Lotus e a

banda de funk Dâm-Funk. O bilhete diário para o festival, que ocorre a 5, 6 e 7 de Julho na Herdade do Cabeço da Flauta, na Praia do

Meco, em Sesimbra, custa 45 euros e o ingresso para os três dias, com direito a campismo desde o dia anterior ao início do festival, fica pelos 80.


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BOREAL 05 A Margem Sul em duas rodas antiga serração na Volta da Pedra, Numa abordagem aos novos que estava abandonada. Levou dois sectores económicos, dentro de anos a ser recuperada, ou como nos um modelo de desenvolvimento diz Diogo Oliveira, “restaurada”, sustentável que defendemos e divulpois fez questão que a arquitectugamos, O SUL foi ter uma conversa ra original fosse mantida, as cores com Diogo Oliveira, proprietário originais fossem recuperadas. Foi de uma loja famosa e distinta, sifeito com muito carinho, uma casa tuada na Volta da Pedra (Palmela), que reflecte uma vida denominada “Biciplus”. dedicada às bicicletas Diogo Oliveira iniciou As bicicletas nas últimas duas déo seu contacto com o cadas, um espaço que mundo das bicicletas para competição de é muito mais do que fez 20 anos, através BTT chegavam a uma simples loja. Ali se de um desejo do seu Portugal através reúnem, aos fins-defilho em participar de importações semana, grupos organuma modalidade complicadíssimas nizados de ciclistas de do ciclismo que em e aleatórias, sem BTT, antes de rumarem Portugal dava os seus para a Serra do Louprimeiros passos, o qualquer destrinça ro e mergulharem na BTT. Tal dá-se ainda de relações de aventura da Arrábida. antes do nascimento qualidade e de Ali encontram todas da televisão privada e preço as condições, pois disdo aparecimento dos põem de balneários e oficina aberta. programas que vêm mostrar os Diogo Oliveira organiza igualmente gostos de uma nova geração que passeios de BTT nocturnos, seguidos despontava, casos de, por exemplo, de patuscada e convívio. “Portugal Radical”, que ajudaram A Biciplus dedica-se e promove a encontrar um espaço legítimo a competição de BTT, e recebe os para formas menos ortodoxas de grupos organizados pelos clubes encarar desportos clássicos. Aliás, o que existem espalhados por todo seu filho iniciou-se na competição o país, mas não deixa de lamentar pelo Airense, depois convertido em que, para as cerca de 500 pessoas/ IDA-SIC. Diogo Oliveira foi acomdia que entram de Palmela para a panhando de forma muito próxima a paixão do filho e tal, inevitavelSerra do Louro, em bicicleta (segunmente, levou-o a envolver-se na do informações do PNA), a juntar organização de provas e a constatar aquelas que entram pela Quinta do as fragilidades de uma realidade naAnjo, Azeitão, Santana (Sesimbra) e cional confrangedora. As bicicletas Setúbal, não exista apoio. Trata-se, para competição de BTT chegavam como é evidente, de uma possibilia Portugal através de importações dade de serviço útil que criaria emcomplicadíssimas e aleatórias, sem pregos, num país e região que bem qualquer destrinça de relações de necessita deles, a juntar a toda uma qualidade e de preço, sendo que as promoção de uma região que não marcas portuguesas, tais como a é convenientemente feita. As pesÓrbita e a Vilar, recusavam olhar soas juntam-se espontaneamente, seriamente para um mercado que ma de tudo famílias que pretendem percorrem a Serra em grupos de despontava, mas que implicava qualidade de vida e convívio para amigos e daqui vão sem levarem ou obrigatoriamente investimentos os seus fins-de-semana. As pessoas deixarem nada. Esta situação, dizem tecnologias de vanguarda e a começam a optar por comprar uma nos, contrasta profundamente com modernização do sector. BTT a prestações, a gastar mensalo que se passa nos Concelhos do Foi assim, num contexto ecomente num ginásio. Litoral Alentejano do nómico favorável ao investimento Há igualmente um distrito de Setúbal, nos Concelhos em modernização dos sectores promovimento crescente principalmente Alcádo Litoral dutivos, mas que, como em tantos de pessoas a utilizar a cer do Sal, Santiago outros sectores, se fez de conta que bicicleta como meio do Cacém e Grândola, Alentejano do nada se passava, que Diogo Oliveira de transporte para o onde as comunidades e distrito de decidiu usar o capital de conhecitrabalho, menos visíassociações de ciclistas Setúbal, mento acumulado para criar uma vel em Setúbal, mas BTT são acarinhadas e principalmente alternativa informada de resposmais evidente no Pigeram evidentes maisAlcácer do ta à procura sempre crescente de nhal Novo. Tudo isto valias económicas para Sal, Santiago do um público mais vasto, reunindo se inicia, mas é preciessas regiões. Não é só num só espaço o que de melhor se so ir acompanhando o o valor económico, é a Cacém e Grândola, fabricava em todo o mundo. Actuque está a acontecer e promoção do bem-es- onde as almente, a Margem Sul dispõe de o que irá suceder, gatar das pessoas, o con- comunidades e alguns espaços comerciais com rante-nos Diogo Olitacto com a natureza e associações produtos de grande qualidade, mas veira. Talvez seja altura um modelo alternativo escolhemos este pela sua antiguide se começar a pensar de turismo com qualidade, compromisso profundo com seriamente nas ciclovias, sugere. A dade, defende Diogo Oliveira. a evolução orgânica da modalidade de Setúbal, a única que temos aqui Independentemente dos lamenem Portugal e o seu carisma, que próxima, é destinada ao lazer, mas tos que possam ser feitos, Diogo leva a Palmela gentes do Alentejo, dentro em breve a realidade será alerta-nos igualmente para uma oude Lisboa, de Óbidos, entre outros, outra, assevera. tra realidade que está a despontar. num raio de cerca de 150 quilómeInicialmente eram maioritariamente tros de distância. José Luís Neto os homens a comprarem bicicletas, O espaço da Biciplus é uma jornalosul@gmail.com actualmente verifica que são aci-

FOTO DE LEONARDO SILVA


Luís Teixeira lança livro sobre movimento ecologista português percebidos aos mais desatentos Luís Humberto Teixeira, prino Portugal Contemporâneo, meiro director deste jornal, jovai-nos desvelando as potenvem investigador setubalense, cialidades reais de um movilicenciado em Comunicação mento tido por muitos como Social e mestre em Ciência Popouco relevante de um ponto lítica, lançou no passado dia de vista político. 31 de Janeiro, na LiEsbarramos pevraria Bulhosa, de (...) o rante a pertinência Entrecampos, o seu das reivindicações mais recente livro problema do de uma perspectiintitulado “Verdes ambientalismo va cientificamenAnos - História do político é que te bem alicerçada, Ecologismo em Por- todos os outros que contrasta com a tugal (1947-2011)”, partidos o fluidez e o modismo editado pela Esfera da sua base social. d o C a o s / F u n d a - querem, mas Em certa medida, o ção Calouste Gul- nenhum quere-o que resulta da leitub e n k i a n . O l i v r o demais ra, é que o problefoi apresentado por ma do ambientalismo político Viriato Soromenho-Marques, é que todos os outros partidos rosto bem conhecido do movio querem, mas nenhum quere-o mento ambientalista português. demais, paradoxo de contorA estruturação da obra é a exnos quase esquizofrénicos em pectável numa obra que resulta Portugal, mas que se sente um de uma dissertação de mestrapouco por todo o mundo, ledo, o que poderia levar-nos a vando a fortes clivagens nas encará-la com algum receio de forças verdes. ser leitura espinhosa mas, pelo As associações ambientalistas, contrário, apresenta-se de fácil os movimentos pré-partidários, e estimulante leitura. Procuos partidos ditos verdes, anrando ressuscitar, articulantigos e viventes, tudo se junta do habilmente um conjunto de numa procura séria de desvenpormenores que passaram des-

CAPA DO LIVRO, VERDES ANOS

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06 CULTURA dar qual é a real dimensão do ambientalismo português, num trabalho exaustivo do seu autor. Muitas questões assaltam durante a sua leitura. Será que já foi o tempo de um Partido Verde Português aquando do nascimento anacrónico do PRD, ideologicamente nulo? Será que era aí, tendo sido deixada passar, a possibilidade de criar um partido de massas? Ou será que o seu tempo ainda está por vir? Seja como fôr, a base social onde assenta é demasiado numerosa para ser posta à borda do prato, como se nada fora. Luís Teixeira cumpre um verdadeiro serviço cívico, ao puxar as alternativas políticas para o centro do debate, principalmente quando o bipartidarismo costumeiro tem deixado um gosto bem amargo aos portugueses nestes dois últimos anos. José Luís Neto jornalosul@gmail.com

"Na mesa-de-cabeceira" LIVROS. Que a vida de Luiz Pacheco já merecia ser contada parece – e é – uma constatação óbvia; que o livro de João Pedro George, “Puta Que os Pariu! A Biografia de Luiz Pacheco”, fosse a obra que se esperava – e que o homem merecia – já é algo digno de discussão. Mas, vamos por par tes. É cer to e sabido que Pedro George não é um novato no assunto Pacheco – este é um, aliás, acerca do qual este tem alimentado, sofregamente, faz já alguns anos, uma carreira duvidosa. A presente obra, «par te» de uma tese de doutoramento, é o resultado final dessa tão devota dedicação. Infelizmente, o academismo – o qual em Portugal é praticamente sinónimo de mal escrever – nota-se. No fim, a leitura ressente-se, o leitor aborrece-se, e uma vida fascinante é reduzida a um amontoar de informação,

muitas vezes regurgitada de capítulo em capítulo. Porque, afinal, “A Biografia” não é exactamente, e como se desejava, “uma biografia” de uma vida muitas vezes levada ao limite por dedicação às letras, mas antes uma dissecação médica e analítica de um homem em temas e facetas – o mulherengo, o crítico, o editor, o escritor «maldito». É pena. [João Pedro George, “Puta Que os Pariu! A Biografia de Luiz Pacheco”. Tinta-da-China, 2012.] FILMES. Na cidade de Toronto, Canadá, Scott Pilgrim (o genial Michael Cera) namora com uma liceal, faz parte de uma banda e joga videojogos. No resto do tempo, preguiça no apartamento que partilha com o seu amigo gay Wallace (Kieran Culkin). A sua vida é simples, mas marcada por um coração destroçado. Isto, claro, até ao dia em que uma nova ra-

pariga surge na cidade: Ramona Flowers (a belíssima Mary Elizabeth Winstead – e quem o poderá julgar?). A partir daí tudo se complicará. Ramona, ela própria, é atormentada por uma certa bagagem emocional da qual tenta fugir (e sim, é um eufemismo). Para a conquistar, Scott não terá outro remédio senão enfrentar o passado de ambos, e no caso específico de Ramona, de lutar (de forma literal) contra os seus sete maléficos ex-namorados determinados em controlar a sua vida amorosa. Nota curta: “Scott Pilgrim vs. the World” é a adaptação cinematográfica da novela gráfica criada por Bryan Lee O’Malley. Nota longa: com uma estética de cultura pop / rock que mistura ares de videojogo e romance gráfico, este é tão só um dos mais brilhantes e divertidos produtos cinematográficos dos últimos

anos, que demonstra de forma talentosa a necessidade de enfrentar o passado para que se possa viver o futuro. [“Scott Pilgrim vs. the World”. Director: Edgar Wright. 2010.] MÚSICA. Por norma, não me considero que grande apreciador de música electrónica –caracterizemo-la assim, de forma redutora e vagamente depreciativa. É claro que existem excepções: Daft Punk, Apollo 440, Rob Dougan (um pequeno génio) e, claro, AIR, a dupla francesa composta por Nicolas Godin e Jean-Benoit Dunckel. Não foi necessário muito para que AIR me conquistasse: digamos um filme, “The Virgin Suicides” de Sofia Coppola, e uma música em particular que o embalava, “Playgroud Love”. (E seria necessário mais?) Agora, como na altura, é uma obra cinematográfica quem despoleta do duo uma nova composi-

ção musical – um cruzamento à sua medida, diga-se. Esta é uma versão estendida de uma banda sonora originalmente criada para acompanhar a recente reedição restaurada do já clássico “Le voyage dans la lune” (1902) de Georges Méliès, e ao qual, naturalmente, este novo álbum vai retirar o seu nome. Não se pense no entanto que tal facto restringe a obra: com ou sem filme, este é um álbum que se ouve com o mesmo desmedido deleite. [AIR, “Le Voyage dans la Lune”. Virgin, 2012.] Tiago Apolinário Baltazar Estudante Universitário

FICHA TÉCNICA: Propriedade e Editor: Prima Folia - Cooperativa Cultural, CRL . Morada: Rua Fran Paxeco nr 178, 2900 Setúbal . Telefone: 963683791/969791335 . NIF: 508254418 . Director: António Serzedelo . Subdirector: José Luís Neto, Leonardo da Silva Consultores Especiais: Fernando Dacosta e Raul Tavares . Conselho Editorial: Catarina Marcelino, Carlos Tavares da Silva, Daniela Silva, Hugo Silva, José Manuel Palma, Maria Madalena Fialho, Paulo Cardoso . Director de Arte: Dinis Carrilho . Consultor Artístico: Leonardo Silva . Morada da redacção: Rua Fran Pacheco n.º 176 1.º andar 2900-374 Setúbal . E-mail: jornalosul@gmail.com . Registo ERC: 125830 . Depósito Legal: 305788/10 . Periodicidade: Mensal . Tiragem: 45.000 exemplares . Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro


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CULTURA 07 Resistência ou Lockout cultural? uma paralisação patronal, que, já agora, é proibida por lei em Portugal. No caso de Graça Moura, outra vez: não se tratou de “greve”mas de um lockout... cultural. Todavia:Acordo ortográfico? “Pára” aí! Ao contrário de Graça Moura, não é por questões de “patriotismo”... Patriotismo? Se querem fazer algo em matéria de “patriotismo” sigam o exemplo dos brasileiros: insurjam-se contra as palavras estrangeiras na publicidade, e por aí adiante, sempre que há termos em português. Exijam que a comunicação social proteja a língua, para que a “norma”escrita se expanda ao contrário dos anglicismos idiotas com que nos prendam diariamente. Resiliência aos “brasileirismos”? Só se for para rir, no Brasil há muitos que o criticam e com argumentos menos estúpidos do que o “patriotismo”. Não culpem os brasileiros, deixem-nos em

Aatitude de Vasco Graça Moura de impor aos funcionários do Centro Cultural de Belém que fosse retirado dos computadores o corrector ortográfico com o novo Acordo Ortográfico continua a ser celebrada em alguns fóruns como um “acto de resistência” em relação ao controverso acordo. Erradamente. Não há “resistência”nenhuma quando se impõe aos subordinados as suas próprias convicções. Faz lembrar a célebre “greve dos camionistas”, assim denominada na imprensa, que não era uma greve mas um movimento reivindicativo dos proprietários dos camiões. Então, toda a Comunicação Social se esqueceu de que a paralisação também afectou os empregados, os motoristas das viaturas, que não foram tidos nem achados para a perda do seu salário em consequência da falta de actividade que lhes foi imposta. Em rigor, tratou-se de um lockout ,

paz. Os que melhor escrevem em português fazem-no em português do Brasil, e com o “trema”... e o tal gerúndio que alguns imbecis acham “brasileiro”porque só conhecem o Alentejo das anedotas. Não gosto do acordo ortográfico em nome da diversidade - uma espécie de amor à biodiversidade mas com letras. Não vejo nele a distinção saudável das pronúncias portuguesa e brasileira: onde eu lia o cru “diréção”europeu, leio agora “dirêção” porque se avacalhou a sílaba tónica... e já nem me permitem adivinhar em “direção” a pronúncia da “dirêção” brasileira. O Acordo Ortográfico é um híbrido de plástico sem alma. Uma uniformização que só serve os editores. Além disso, e sem me meter nos “pormenores técnicos”, não gosto do acordo porque muitas das soluções que propõe são estapafúrdias e “esteticamente”caricatas, como o “para”que pode ser “pára”e “depende do contexto”...

como os “espetadores” que acho que só deviam existir nas touradas - cujos “espetadores”espero que tenham cada vez menos espectadores. Por outro lado, pressinto que no futuro os nossos estudantes perceberão pior qual a razão por que os ingleses e franceses mantêm o “c”em “direction”, que suspeito que seja a mesma pela qual os castelhano-escritores o fazem em “dirección”. Perante a evidência (do que é evidente - não a tradução errada do equivalente inglês para “prova”como se vem lendo cada vez mais nas legendas e se ouve nos telejornais) só posso chegar à conclusão de que as academias das três línguas mais faladas pela Humanidade são umas atrasadas ao pé dos iluminados que pariram o acordo. Regressando ao ídolo “resistente”do momento. Vasco Graça Moura impôs (sublinho: impôs) aos seus subordinados

No Cine-Teatro S. João

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Arte e Decoração José Paulo B. Nobre

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PS: Desculpo-me desde já quanto ao atrevimento e à “ignorância técnica” acerca deste assunto.Vejam a coisa deste modo: não é preciso ser mecânico para conduzir um carro, pois não? Mas há que, mesmo assim, ter o cuidado de vigiar o nível dos fluidos debaixo do capot – assim mesmo, em francês e em itálico. José Tavares da Silva

Gerson Santos no Festival da Canção

Homenagem a Victor Serra Na tarde de 29 de Janei - Esquerdista assumido, encarro de 2012, no Cine-Teatro S. nava em si toda uma tradição João, em Palmela, decorreu o anarco-sindicalista e libertá15.º Festival da Canção Infanto ria, que tanto modelou Setúbal Juvenil de Palmela, organiza- desde finais do Século XIX. A sala estava muito bem do pelo Grupo de Animação e composta, o que pelo Teatro Espea p r a z r e g i s t a r. O lho Mágico, onde Victor Serra, evento teve início se aproveitou para com o “Feiticeiro prestar uma justís- recentemente de Oz”, peça que sima homenagem a falecido, foi venceu o Concurso Victor Serra. Victor uma pessoa Serra, recentemenintimamente ligada Nacional de Teatro da Fundação Inatel. te falecido, foi uma ao desenvolvimento Tr a t a - s e d e u m a pessoa intimamenadaptação livre de te ligada ao desen- cultural e às causas Céu Campos da cévolvimento cultural políticas, em lebre obra de Frank e às causas políti- Setúbal Baum. A peça é um cas, em Setúbal. Intrinsecamente ligado ao Cír- musical em torno do valor da culo Cultural de Setúbal, poeta amizade, destinada a uma faitalentoso, crítico de pena afia- xa etária infantil, entre os 4 e os 12 anos de idade. A cenograda, não era par ticularmente estimado pelo meio político fia merece rasgado elogio, bem e cultural mais conservador. como a caracterização, que é

que não fosse cumprido o acordo. Não gostei porque também não gostaria que o meu patrão me impusesse o contrário. Além disso, estas coisas da resistência só têm pinta quando um gajo arrisca alguma coisa. O que não foi o caso.

fiel a uma obra clássica, que bem deve ser conhecida pelas gerações mais novas. O concurso decorreu com naturalidade, havendo algumas interpretações de monta, mas onde prevaleceu o espírito de partilha sobre a competitividade, tendo sido ainda declamados alguns poemas de Victor Serra, que ali congregou gentes das mais diversas áreas culturais e políticas, demonstrativo do reconhecimento pelo seu relevante contributo e obra. José Luís Neto jornalosul@gmail.com

A 10 de Março de 2012 terá lugar o 48.º Festival da Canção, promovido pela RTP. Um ano após este ter sido profundamente marcada por “A Luta é Alegria” de “Os Homens da Luta”, esta edição irá apresentar doze finalistas dos 400 que se apresentaram. Dos doze, três vieram por entrada automática, mercê de terem ganho concursos que davam acesso directo caso de “Operação Triunfo”, “Você na TV” e “Ídolos”. O júri, composto por Fernando Martins, Ramon Galarza e José Poiares, seleccionou os restantes nove intérpretes, onde se conta Gerson Santos, jovem cantor setubalense, que já antes se havia feito notar. Propomos, portanto, um grande apoio a este menino de dezoito anos através da associação a http://www.facebook.com/ gersonmelosantos. José Luís Neto jornalosul@gmail.com



Sábado | 25.Fev.2012

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[ BARREIRO ]

[ MONTIJO ]

ESTE sábado, o ministro da Saúde vai estar no concelho para presidir à inauguração de uma nova Unidade de Saúde Familiar no Barreiro, pertencente ao Agrupamento de Centros de Saúde Arco Ribeirinho. Esta nova unidade, a funcionar num espaço de 900m2 cedido gratuitamente pelo Grupo Jerónimo Martins, vem permitir a atribuição de médico de família a 7.096 utentes que até agora não tinham médico assistente atribuído. A Unidade de Saúde Familiar (USF) Ribeirinha vem permitir a atribuição de

DR

Ministro quer´tratar da saúde’ a mais Câmara vende terrenos para de sete mil utentes do concelho encaixar quase 2 milhões

Paulo Macedo inaugura a nova unidade de saúde familiar

família e permitindo ainda a atribuição de médico de família a 4.149 utentes da freguesia do Alto Seixalinho.

médico de família a 7.096 utentes, ficando 100% dos utentes da freguesia de Verderena com médico de

Até ao final de 2012 esta unidade integrará um total de 12.250 utentes. O investimento realizado pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) foi de cerca de 258 mil euros para o apetrechamento e climatização, tendo o Grupo Jerónimo Martins investido cerca de 300 mil euros na remodelação e adaptação do antigo espaço comercial. As instalações foram gratuitamente cedidas por este grupo, um espaço de 900m2 onde vai trabalhar uma equipa constituída por 7 médicos, 7 enfermeiros e 5 administrativos.

Jovens convidados a construir futuro sustentável REPRESENTAR Portugal no Rio de Janeiro, em Junho de 2012, é o desafio lançado pela IAAI–International Association for the Advancement of Innovative Approaches to Global Challenges

aos jovens de todo o mundo. Em Portugal, este con­­ curso conta com a organização da escola de música TEMPUS, que fará a ligação com a equipa internacional, e com o apoio da Câmara

do Barreiro ao nível da divulgação. Até 18 de Março, o concurso encontra-se aberto em duas categorias: jovens até aos 14 anos e dos 15 aos 30 anos. Os interes-

sados deverão apresentar canções que apelem à participação de todos na construção de um futuro melhor, sobretudo relativamente aos temas centrais da Cimeira Terra.

SEIS lotes de terreno municipal vão estar à venda a 16 de Março, em hasta pública, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. A autarquia montijense, proprietária destes seis lotes de terreno (cinco situados na freguesia do Montijo e um na freguesia do Afonsoeiro), pretende, com esta operação, «obter receitas de acordo com o previsto no Orçamento para 2012». No total, a Câmara espera arrecadar uma verba superior a 1 milhão e 700 mil euros com esta hasta pública. Os valores de cada lote têm em conta a actual conjuntura económica/financeira

e o facto do desequilíbrio acentuado entre a procura e a oferta no mercado imobiliário ter provocado uma desvalorização do valor/m2 das áreas de construção e respectivos lotes para construção. A realização desta hasta pública foi aprovada, por unanimidade, na reunião de câmara de 8 de Fevereiro. O processo da hasta pública pode ser consultado, durante o horário de expediente, na Divisão de Gestão Financeira da Câmara do Montijo, localizada no edifício dos Paços do Concelho, na Rua Manuel Neves Nunes de Almeida.

A EXECUÇÃO de obras de manutenção no pavimento na Estrada dos Espanhóis levou à suspensão do trânsito no sentido rotunda das aves – rotunda do toiro. A medida vai estar em vigor até ao dia 2 de Março, avisa a autarquia, dona da obra.

Sevilhanas no fórum O GRUPO de Flamenco e Sevilhanas Soledad vai participar no próximo “Às 10h, Tocas à Porta”, esta noite, no Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira. Neste espectáculo, os ATMA convidam o Grupo de Flamenco da Moita a celebrar “a união da Guitarra Portuguesa ao fado, mas também a África, à Índia, ao flamenco e a outras topologias ciganas.”

Vida e obra de Saramago vistas à lupa na biblioteca “SARAMAGO: um olhar brasileiro sobre o Homem e a Obra” é o nome da terceira conferência do Projecto Oficina Saramago, que se realiza no dia 29, na Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça. A conferência será proferida por Susana Ventura, Doutora em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, professora na Universidade de São Paulo. Após a conferência, a Associação Cultural GRIOT protagonizará o momento “Saramago Spoken Words”, com a apresentação de “Minha pátria…”, em dança contemporânea. Dar a conhecer a vida e obra de José Saramago, a importância dos seus temas de escrita e da sua estética, bem como as grandes causas que dominaram as suas intervenções como cidadão e escritor é um dos principais propósitos do Projecto

Os lotes em hasta pública situam-se no Montijo e no Afonsoeiro

Arte Pública revisita estatuária do concelho ESTE sábado abre ao público exposição “Arte Pública: um percurso pelo concelho”, na Frente Ribeirinha. Em 15 painéis, per­­ correm-se esculturas (peças abstractas), estátuas e bustos de grande variedade de formas e géneros. Parte delas executadas por conceitu-

ados artistas, grandes nomes na esfera nacional e internacional, algumas resultantes do protocolo celebrado entre a autarquia e a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, com o objectivo de divulgar a escultura cerâmica e enriquecer o município com obras de arte urbana.

Helicóptero da BA6 resgata idoso em Sintra DR

Freguesia muda trânsito

DR

[ MOITA ]

Da literatura à intervenção política abre discussão académica

Oficina Saramago, que a Câmara está a desenvolver em conjunto com o município do Barreiro, a Cooperativa Cultural e Popular Barreirense e a Escola Secundária de Santo André, que

integra a comissão coordenadora. As inscrições são gratuitas e podem ser efectuadas por telefone ou pelo e-mail bmbjcaraca@mail. cm-moita.pt.

UM HELICÓPTERO e vários operacionais da Base Aérea nº6, no Montijo, foram quartafeira chamados a socorrer um idoso que caiu numa falésia, em Sintra. O helicóptero da Força Aérea recolheu o

octogenário que, depois de estabilizado pelos bombeiros e pelo INEM, foi levado para a base aérea do Montijo, de onde seria transportado para o hospital por uma equipa de emergência médica.


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[ PALMELA ]

Município avança com mercado social na Bela Vista

Dialecto IGESPAR classifica Teatro apresenta S. João de interesse público novo disco JÁ FOI publicado em Diário da República este mês o projecto de decisão relativo à classificação do Teatro S. João, como Monumento de Interesse Público, pelo IGESPAR. A decisão integra a fixação de uma Zona Especial de Protecção (ZEP), para assegurar a protecção do edifício e da sua envolvente. A consulta termina a 27 de Março e as observações devem ser apresentadas junto da Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo. Caso não sejam apresentadas observações, a classificação e a ZEP serão publicadas em Diário da República, tornandose efectivas e abrangendo,

O MERCADO social da Bela Vista, plataforma logística com funções de captação, armazenamento e redistribuição de bens materiais não perecíveis na comunidade envolvente, é o novo equipamento que o município está a criar naquele bairro. O projecto está avaliado em cerca de 200 mil euros, integra o programa Regeneração Urbana da Bela Vista e Zona Envolvente (RUBE), permite aumentar o reaproveitamento de recursos, numa gestão partilhada entre a autarquia e instituições particulares de solidariedade social. O futuro equipamento tem como funções a captação e armazenamento de bens não perecíveis, como vestuário, material escolar, móveis e electrodomésticos, para posterior distribuição. O abas-

tecimento de lojas sociais já existentes ou que venham a ser criadas por instituições particulares de solidariedade social é uma das tarefas deste projecto, que pretende contribuir para a supressão de necessidades básicas de famílias em dificuldade. O mercado assegura, ainda, o acesso de forma condigna a estes bens, apoiando de maneira mais eficaz e responsável outras necessidades fundamentais da comunidade, como as condições de habitabilidade ou de acesso à educação, essenciais à consolidação de um percurso de inserção. Além da função de entreposto social, o equipamento fica apto para o desenvolvimento de outros serviços em prol da comunidade, como uma lavandaria e uma oficina para a execução de pequenas reparações.

TAS estreia “Pandora Boxe” no Fontenova O Teatro Animação de Setúbal (TAS) vai estrear no próximo dia 1 de Março, às 21h30, nas instalações do Teatro Estúdio Fontenova, na Quinta Alves da Silva, a sua 118.ª produção, intitulada “Pandora Boxe”, um texto original de Rui Zink, adaptado e dirigido por Carlos Curto. A peça conta a história de uma mulher e de um homem que sonharam com

o “amor e uma cabana”, mas há sonhos que convém rezar para que não se tornem realidade. As interpretações estão a cargo de José Nobre, Sónia Martins e Duarte Victor, os figurinos são da autoria de Zé Nova, e o espaço cénico e figurinos pertencem a Luís Valido. Os espectáculos prosseguem a 2, 3, 9 e 10 de Março, às 21h30.

A consulta pública do processo termina a 27 de Março

a partir dessa data, os imóveis aí incluídos. Reaberto em 1991, depois da compra pela autarquia,

o teatro foi alvo de uma de recuperação no final de 2009, de forma a dotá-lo de melhores condições.

Concerto da banda da GNR vai brilhar na Humanitária este domingo, dia 26, às 21 horas, na Sociedade Humanitária de Palmela, com entrada

A BANDA sinfónica da GNR, dirigida pelo maestro Armindo Pereira Luís, actua

livre. Este concerto marca o arranque das comemorações dos 10 anos de existência do

Conservatório Regional de Música de Palmela, que acolhe cerca de 1 500 alunos.

[ ALCOCHETE ]

Estacionamentos vão para obras A ÁREA de estacionamento público na Rua dos Descobrimentos, na Urbanização dos Flamingos, está a ser alvo de uma intervenção para reordenamento do estacionamento no sentido de serem criados mais lugares para os veículos automóveis. Esta obra teve início na semana passada e está a ser executada por administração directa pelos serviços da Divisão de Obras Municipais e Rede Viária que, segundo explica a autarquia, «vão criar as condições para que o estacionamento passe a estar ordenado de forma transversal, numa urbanização

DR

Pedro Vieira

NO PRÓXIMO dia 3 de Março, pelas 22 horas, no auditório do Pinhal Novo, a convite da Acção Teatral Artimanha (ATA), grupo de teatro do Pinhal Novo, o grupo local Dialecto apresenta o seu novo trabalho de originais “Aromas”. O grupo apresenta-se no Pinhal Novo após ter marcado presença, no passado dia 10, no programa televisivo “Portugal no Coração”, onde tiveram a oportunidade de apresentar duas músicas do novo álbum. Os ingressos custam cinco euros.

DR

[ SETÚBAL ]

As vias estão condicionadas, mas os moradores vão passar a ter mais qualidade de vida

que, para além da função habitacional, dispõe de vários estabelecimentos de serviços e cafetaria». Já no início deste ano, a Rua Dr. Luís Cebola, que

confina com a Escola Secundária de Alcochete, beneficiou de uma intervenção destinada à ampliação da área de estacionamento, numa zona que regista um

elevado fluxo diário de automobilistas, com criação de doze lugares para estacionamento, com salvaguarda de uma área de passeio para os peões.

António Tapadinhas lança nova obra literária ANTÓNIO Tapadinhas é o mais recente escritor alcochetense, tendo lançado à estampa, na semana passada, o livro Sargos para o Jantar. Um livro que o autor descreve sobre o finito e o infinito, a camaradagem e a amizade. «Com descrições

fulgurantes sobre a incomparável beleza do mar ou até mesmo sobre os enigmas que assombram as nossas mentes, António Tapadinhas convida o público a desvendar as possíveis leituras deste livro e a enfrentar os desafios que a vida nos coloca», diz a autarquia,

que apadrinha a obra literária. Sargos para o Jantar é o primeiro livro de António Tapadinhas. A escrita e a pintura sempre foram as duas paixões deste autor, também cronista regular de um jornal e blog que mantém até aos dias de hoje (http://semargens.

blogspot.com). A sua actividade em favor da cultura tem sido reconhecida com diversos prémios, com destaque para o Título e Diploma de Académico Correspondente da Academia Metropolitana de Letras, artes e Ciências, AMLAC de São Paulo, Brasil.


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[ LITORAL ]

Produtores de arroz contestam venda do Centro de Secagem

Produtores acusam Governo de lhes tirar os meios de subsistência

a agricultores e associações com reconhecida e robusta capacidade económica». «Estamos alegadamente perante um processo de fraude social, económica e politica de favorecimento e contornos obscuros que põe em causa para além de direitos adquiridos pelos pequenos e médios agricultores, a liquidação deste serviço

é um roubo de uma estrutura ligada ao aparelho produtivo aumentando ainda mais o flagelo do desemprego, da miséria, da desertificação pondo em causa o direito a produzir e a necessidade de se produzir cada vez mais para combatermos o nosso défice agro-alimentar de 4000 milhões de euros ano», denunciam.

Pop-Rock promete agitar juventude da vila morena

DR

Grândola dá espaço à criatividade

quer trabalho discográfico editado. Os participantes devem apresentar três temas da sua autoria, escritos e cantados em qualquer idioma, podendo um ser instrumental. Os cinco projectos revelação seleccionados sobem ao palco e mostram o que valem, num espectáculo final agendado para 23 de Março, a partir das 22h00 no Parque de Feiras e Exposições. Os finalistas da noite vão ser avaliados por um júri atento quanto à interpretação musical, originalidade, textos e performance em palco. O 6º Concurso de Musica Pop / Rock integra o programa do Fórum da Juventude, que decorre de 3 a 24 de Março, e inclui na agenda várias actividades: concerto com os Long Play, DJs, café concerto, sessão fotográfica com Micael Dourado, cinema, exposição de fotografia e ateliers de culinária..

OITO indivíduos, entre os 18 e os 49 anos, foram quarta-feira detidos pela GNR em Santiago do Cacém e Sines por suspeitas de tráfico de droga, tendo sido apreendidos cerca de 7,5 quilos de haxixe. De acordo com a guarda, as detenções ocorreram durante uma operação que envolveu mandados de busca nas cidades de Sines e Vila Nova de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém. Diz a mesma fonte, que foram cumpridos 10 mandados de buscas domiciliárias e dois mandados de buscas não domiciliárias, no âmbito de um processo de inquérito por tráfico de estupefacientes do Destacamento Territorial de Santiago do Cacém.

Caminhada de Santiago assinala Dia da Mulher

DR

PROMOVER novos projectos e divulgar a criatividade de jovens com talento, é o que pretende a Câmara Municipal de Grândola com o 6º Concurso de Musica Pop/ Rock Grândola 2012. As inscrições estão abertas até 2 de Março, para todas as bandas ou artistas em nome individual, que não tenham editora nem qual-

A CÂMARA de Sines transmitiu ao Governo a sua preocupação pelo «abate maciço de árvores» na zona industrial, alertando que protegiam e reduziam a propagação da poluição atmosférica e a intensidade dos maus cheiros. O município liderado por Manuel Coelho sublinha, em comunicado, que «o abate de árvores mais preocupante registou-se na Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS)». Estas áreas são, precisamente, consideradas pelos técnicos am­­­

GNR caça traficantes

DR

A ASSOCIAÇÃO de Agricultores do Distrito de Setúbal e os pequenos e médios agricultores produtores de arroz que não possuem secadores manifestam surpresa pelo Governo anunciar a venda em hasta pública do centro de secagem em Alcácer do Sal, interrompendo um processo de cedência aos actuais utilizadores. Os produtores lembram que, em 2003, pela mão do então ministro da Agricultura Sevinate Pinto, foi determinado que os centros de secagem da Ex-EPAC fossem colocados ao serviço dos agricultores produtores de arroz sem secadores próprios, da Herdade da Comporta e Vale do Sado Os centros de secagem de Alcácer do Sal e Aguas de Moura, colocados ao serviço dos pequenos e médios agricultores que não têm secadores, terão contribuído «para que a situação não fosse ainda mais grave do que é, pois como é sabido após a extinção da EPAC os pequenos e médios agricultores ficaram ainda mais na mão de intermediários e industriais para as operações de secagem e armazenagem», afirma a associação. Daí considerarem que a decisão governamental de vender em hasta publica os centros de secagem tem «contornos inaceitáveis de discriminação politica negativa e de favorecimento, dado que em relação a mais de uma dezena de silos e secadores cujos processos foram iniciados ao mesmo tempo que este foram cedidos

Abate maciço de árvores preocupa Câmara de Sines

NO PRÓXIMO dia 11 de Março, pelas 9h00, a COFESMAR organiza a 2ª Edição da Caminhada Comemorativa do Dia Internacional da Mulher. A organização indica que o percurso é de dificuldade média e contempla 11 quilómetros. As inscrições decorrem até dia 4 de Março. A concentração será feita no Largo do Chafariz, em ErmidasSado, com partida às 9.15

Para a 2ª Caminhada Comemorativa do Dia Internacional da Mulher. À uma da tarde está previsto um Almoço-Convívio no Vitória Futebol Clube Ermidense. A organização do evento está a cargo da COFESMAR - Comissão de Festas de Santa Maria, com o apoio da Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa de ErmidasSado, Junta de Freguesia de Ermidas-Sado, Vitória Futebol Clube Ermidense.

bientais como «cortinas florestais de protecção e redução da propagação da poluição atmosférica e da intensidade dos maus cheiros que se têm sentido em Sines», acrescenta o executivo sineense. A autarquia adiantou que esta preocupação já foi transmitida ao Governo, numa reunião entre a vereadora do Ambiente, Carmen Francisco, o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Daniel Campelo, e o director regional das Florestas, Carlos Ramalho. Pub.

Cartório Notarial de Setúbal Notária Maria Teresa Oliveira Sito do Cartório na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em Setúbal Certifico, para efeitos de publicação que no dia vinte de Fevereiro de dois mil e doze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 7 do livro 240 – A, de escrituras diversas, na qual: ____________________ António Alberto Rodrigues de Carvalho, casado sob o regime da comunhão de adquirido com Maria Noémia Quinteiro Gonçalves de Carvalho, residente Rua Dr. Vasco Moniz, n.º 15, 5º B, Vila Franca Xira, contribuintes números 164592954 e 164592946, justificou a posse do direito de propriedade do prédio rústico, composto de terras de semeadura com a área de cinco mil setecentos e sessenta metros quadrados, sito no Corte das Pereiras, freguesia de Sarilhos Grandes, concelho de Montijo, que confronta do norte com caminho de serventia, Herdeiros de José Manuel Fernandes Ferreira e Vitorino Augusto Nascimento Gonçalves, sul com Herdeiros de Fernando Tavares da Rocha, nascente com Júlio de Carvalho, e do poente com Veleda Conceição Silva, descrito na Conservatória do Registo Predial de Montijo sob o número mil seiscentos e dez, da referida freguesia, inscrito na respectiva matriz sob parte do artigo 42, da secção F, anteriormente artigo 152; e ____________________ Júlio de Carvalho, casado com Hortênsia dos Santos Seixo de Carvalho sob o regime da separação de bens, residente na Estrada dos Quatro Marcos, Sarilhos Grandes em Montijo, contribuinte número 148201121, justificou o direito de propriedade do prédio rústico, composto de terras de semeadura com a área de cinco mil setecentos e sessenta metros quadrados, sito no Corte das Pereiras, ou Malpique, freguesia de Sarilhos Grandes, concelho de Montijo, que confronta do norte com Vitorino Augusto Nascimento Gonçalves, sul com Herdeiros de Fernando Tavares da Rocha, nascente com Vitorino Augusto Nascimento Gonçalves, com o próprio e Hortênsia dos Santos Seixo Carvalho, e do poente com caminho de serventia e António Alberto Rodrigues de Carvalho, descrito na Conservatória do Registo Predial de Montijo sob o número mil quatrocentos e quarenta e dois, da referida freguesia, inscrito na respectiva matriz sob parte do artigo 42, da secção F, anteriormente sob parte artigo 153._____________ Está conforme. _______ Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 20 de Fevereiro de 2012. A Notaria


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Sábado | 25.Fev.2012

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+ Desporto Judo da região mostra força em competições nacionais

Juventude Azeitonense joga para a Taça de Portugal

Os judocas Miguel Guerreiro, da AIRF Almadense, em -66 kg, e João Martinho, Vitória FC, -73kg, são os novos campeões nacionais de cadetes. Carina Gouveia, da SFUA, Pinhal Novo, venceu a categoria de -63 kg, no Torneio Nacional da Federação.

A equipa da Juv. Azeitonense recebe esta noite, às 21 horas, os açorianos da União Micaelense, em jogo antecipado da II eliminatória da Taça de Portugal, em hóquei em patins. O HC Grândola já havia garantido vaga na fase seguinte da prova.

«Vamos ficar nos nacionais» factor de moralização da equipa. O que tem faltado é uma vitória para renovar a moral e encetar o caminho dos resultados positivos, porque acreditamos que vamos ficar nos nacionais».

:::::::::: Joaquim Guerra ::::::::::

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O PRESIDENTE da di­­­ recção do Centro de Cultura e Desporto do Pragal/Almada, António Ribeiro, vai ser o delegado em representação dos clubes do distrito de Setúbal na AssembleiaGeral da Federação Portuguesa de Judo. A indicação do em­­­ blema almadense para nomear o delegado dos clubes da região decorre de vários factores, entre número de atletas, participação em competições e respectivos resultados, entre outros, que colocam o Pragal na liderança do ranking regional de clubes. Nelson Trindade, di­­­­ rector técnico distrital, assume igualmente funções de delegado na AG federativa em nome dos treinadores nacionais. Refira-se que a Associação Distrital de Judo de Setúbal está representada por dois delegados.

Carlos Cortes confia na manutenção alcochetense na III divisão

de Leiria, uma despromoção para os distritais seria um duro revés para o clube. «Não esperávamos estar nesta situação, que não é condizente com a estrutura que planificámos», garante o dirigente.

Na base dos argumentos para a situação complicada que o futebol alcochetense vive, Carlos Cortes aponta a «falta de eficácia». «Logicamente que o acumular desta série negativa não é

A sorte que o Alcochetense procura é a mesma do treinador Nuno Guia, o segundo da época, em quem a direcção confia para segurar a equipa nos nacionais. «Vejo empenho e vigor no trabalho que desenvolve e está a sentir o clube por dentro e muito motivado para conseguirmos o objectivo da manutenção», elogia. Este domingo, a equipa do Alcochetense deslocase ao terreno do Eléctrico de Ponte de Sôr.

Hugo Leal dá receita para a vitória COMO de pão para a boca, a equipa do Vitória de Setúbal precisa de se alimentar de pontos para almejar a manutenção na Liga. Para o médio sadino Hugo Leal, um triunfo amanhã, às 16 horas, frente ao Beira-Mar é tido como ingrediente muito importante para concretizar a receita vitoriana. Na antevisão ao jogo, Hugo Leal rejeita rotular o desafio de tudo ou nada. «É muito importante. Somos o último classificado e o nosso adversário está apenas três pontos à nossa frente. É um jogo em que temos a oportunidade de sair de onde estamos e é esse

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Pragal nomeia delegado á federação de judo

Confiança no novo treinador

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presidente da direcção do Grupo Desportivo Alcochetense, Carlos Cortes, não dúvida: «com maior ou menor dificuldade a nossa equipa vai conseguir manter-se no campeonato nacional». Por esta altura, quando faltam três partidas para a conclusão da fase regular do campeonato, a equipa de futebol ‘verde e branca’ segue no penúltimo lugar da classificação da Série E, tem o pior ataque da prova (20 golos) e já não vence há oito jogos, o que equivale a dizer desde 11 de Dezembro do ano passado. Nesta época que fica marcada pela histórica prestação na Taça de Portugal, onde os alcochetenses chegaram à IV eliminatória, depois de afastarem a União

Hugo Leal quer triunfo sadino

o nosso objectivo», destacou. Para levar de vencido o opositor, o médio sadino

destaca a importância de não sofrer golos. «Mantendo a coesão defensiva e não permitir que o Beira-Mar marque é fundamental». Se assim for, o jogador vitoriano confia que o triunfo fica mais perto. «Vamos ter as nossas oportunidades de marcar e queremos fazê-lo». Em situação complicada o apoio dos adeptos é determinante. A garantia de que o ‘verde e branco’ estará bem visível em Aveiro é motivador. «É um aspecto muito positivo e agradecemos a motivação que os vitorianos nos transmitem com esse facto. Sentir a sua presença nas bancadas vai dar-nos ainda mais motivação», elogiou.

Milhares correram na Mata da Machada O CORTA-MATO Escolar da Península de Setúbal 2011/12, realizado no espaço verde de eleição da Mata da Machada, no Barreiro, envolveu mais de três mil participações.

Numa jornada de grande manifestação desportiva com o atletismo em destaque, a competição ju­­­­ venil contou com alunos de 83 escolas da Península de Setúbal.

O Vitória no bom caminho!

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estes primórdios de 2012, lutando por uma classificação condigna com as suas nobres tradições, o Vitória de Setúbal lançou na sua equipa de honra mais dois muito jovens jogadores que se juntaram ao promissor médio-ala Mendes, estreante ainda em finais de 2011. Seus nomes de ‘guerra’: Kiko e Gonçalo Dias, ambos de 18 anos e de boa ‘pinta’ como sói dizer-se. Nos campeonatos nacionais de juniores e juvenis, as equipas vitorianas vão bem classificadas, merecendo o natural carinho do público vitoriano, apesar das crescentes dificuldades de recrutamento regional. Apostando na sua gente, na denominada ‘prata da casa’, o Vitória tem vindo a regressar ao bom caminho de outros tempos quando tinha sempre representantes seus nas Selecções o que mais recentemente não tem acontecido para mágoa do meu excelente amigo Nicolau da Claudina, verdadeira ‘alma-mater’ do futebol jovem dos sadinos. É a pensar na sua bonomia e peculiar personalidade que redijo esta crónica de sugestivo e efusivo título. E também se nos afigura oportuno lembrar que um dos actuais responsáveis das equipas jovens de Portugal, a dos sub-17 (juvenis) é Hélio de Sousa, ‘produto’ vitoriano, de exemplar carreira como jogador e cidadão. Foi campeão mundial na Arábia Saudita, em 1989 e brilhou como titular do ‘seu’ Vitória onde se fez jogador e Homem. Estou certo que o Hélio vai gostar deste texto que alguém lhe fará chegar às mãos. E vamos ficar atentos às próximas convocatórias para as Selecções jovens, desde a dos sub-20 a preparar-se para a 40ª edição do Festival de Toulon (Maio/Junho) até às dos sub-15 e 16 onde

David Sequerra Estou certo que o Hélio vai gostar deste texto que alguém lhe fará chegar às mãos. E vamos ficar atentos às próximas convocatórias para as Selecções jovens, desde a dos sub-20 a preparar-se para a 40ª edição do Festival de Toulon (Maio/ Junho) até às dos sub-15 e 16 onde pontifica Filipe Ramos, companheiro de Hélio Sousa na notabilíssima proeza de 1989. Por agora é apenas Mendes, júnior do Vitória integrado nos seniores, a marcar presença internacional para orgulho das hostes sadinas.

pontifica Filipe Ramos, companheiro de Hélio Sousa na notabilíssima proeza de 1989. Por agora é apenas Mendes, júnior do Vitória integrado nos seniores, a marcar presença internacional para orgulho das hostes sadinas. Mas vai haver mais gente em planos de evidência à escala das Selecções nacionais. Estamos certos disso e propomo-nos, desde já, a comungar a satisfação sentida por vitorianos que são de há muito ‘carolas’ do futebol juvenil, gente fixe, da estirpe de Nicolau da Claudina, Rogério Carvalho, Mário Picoto, Fernando Tomé e o meu ex-pupilo ‘Xico’ Silva. Pelo que pudemos expor, repetimos a ideia força de que o Vitória está no bom caminho.


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+ Negócios

Portucel avança com 22 estágios profissionais economia, promoção do emprego e desenvolvimento social», adianta. Os estágios, que estão a ser divulgados no website da empresa e em estabelecimentos de ensino, destinam-se a alunos, até aos 30 anos, diplomados do ensino superior universitário e politécnico e de cursos técnico-profissionais. A formação decorrerá nas várias áreas de actividade da empresa abrangendo o Instituto de Investigação da Floresta e Papel, localizações florestais e os três complexos industriais do grupo situados em Cacia, Figueira da Foz e Setúbal. Durante o período de estágio, 22 jovens irão

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grupo Portucel Soporcel vai promover este ano 22 estágios profissionalizantes, no âmbito da sua politica de recursos humanos e que reflecte um papel dinamizador na formação de futuros quadros técnicos. João Ventura, director de pessoal do grupo, acredita que esta iniciativa vai «ter reflexos directos no enriquecimento do mercado de oferta de trabalho nas áreas de negócio em que o grupo está presente». A atribuição destes estágios tem como objectivo contribuir para «a melhoria da qualificação e da empregabilidade dos jovens, no contexto mais vasto e integrado das políticas de modernização da

Tecnopolo esbate assimetrias

A nova fábrica de papel, instalada na unidade de Mitrena, tem sido um trunfo da empresa

receber uma formação com incidência profissional activa, facultada através do acompanhamento permanente de um formador que ficará responsável pela orientação e avaliação final. A cada um dos formandos será assegurada a alimentação e transporte, além de um subsídio de estágio, cujo valor varia em função dos níveis do Quadro

Nacional de Qualificações. Ainda este ano, está prevista também a atribuição de estágios ao abrigo do Inov Contacto, um programa de estágios internacionais promovido pelo Ministério da Economia e do Emprego, que visa apoiar a formação de jovens com qualificação superior em contexto internacional, bem como permitir a transmissão de informação

entre os participantes no Programa através de uma rede informal de conhecimento e de uma crescente rede de contactos internacionais. Ao abrigo deste programa, desde 2006, o Grupo já recebeu 19 estagiários portugueses nas suas subsidiárias comerciais da Alemanha, Holanda, Áustria, Espanha, França e Reino Unido.

A SINESTEC Inovação & Conhecimento, responsável pelos projectos colaborativos do Sines Tecnopolo, reuniu na semana passada com os seus parceiros europeus no âmbito do projecto EIBT SUDOE, na cidade de Bordéus, em França. Esta reunião teve como objectivos analisar a evolução das acções até agora realizadas pelos parceiros e planear as próximas tarefas a desenvolver no âmbito do projecto. Neste encontro, os parceiros internacionaisd debateram, também, a implementação do “Guia Metodológico de Apoio à Criação de Empresas de Base Tecnológica”, que será aplicado como experiência piloto até Junho do próximo ano. O consórcio é composto por seis parceiros que trabalham em cinco regiões diferentes da Europa: Espanha (Navarra, País Basco e Astúrias); França (Aquitânia) e Portugal (Alentejo). Pub.

O PORTO de Sines recebeu, no passado dia 17, uma delegação da Aicep Portugal Global (APG), liderada pelo seu presidente do conselho de administração, Pedro Reis. Esta visita pretendeu aprofundar o conhecimento da capacidade actual e futura do porto de Sines, no sentido de aproveitar as suas potencialidades para o desenvolvimento da economia nacional e, simultaneamente, de o promover internacionalmente através da rede externa da APGl que está presente em mais de quarenta países. As ligações directas aos principais mercados de produção e consumo mundiais

DR

Novo presidente da Aicep Portugal Global visitou o porto de Sines

Comitiva da Aicep e da APS

e a capacidade de expansão do porto de Sines, nomeadamente no que respeita à carga contentorizada, foram alguns dos assuntos apresentados pela presidente do porto de Sines, Lídia Sequeira, factores que poderão ser uma importante ferramenta na promoção externa de Portugal, nomea-

damente no que respeita à captação de investimento directo estrangeiro O porto de Sines está associado a uma vasta zona industrial e logística adjacente, oferecendo claras vantagens competitivas para a localização de empresas e tem uma enorme capacidade de expansão em terrenos livres de especulação imobiliária. A APG é a agência nacional para o investimento e comércio externo, vocacionada para o desenvolvimento de um ambiente de negócios competitivo, contribuindo para a globalização da economia portuguesa.

Porto sesimbrense mais apelativo A ADMINISTRAÇÃO dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) aprovou a alteração do regulamento e tarifário do ancoradouro de Sesimbra no que diz respeito ao estacionamento anual e mensal, tendo ainda sido prevista a renovação automática deste último tipo de estacionamento. Para maior comodidade do cliente, está contemplada a disponibilização do impresso, tarifário e regulamento na

página da internet da APSS. Ainda nesta óptica, o tarifário inclui a possibilidade de conferir um desconto apreciável, no caso do pagamento a pronto da taxa anual de estacionamento. Entretanto, a APSS lançou um concurso para a atribuição de licenças de utilização privativa de três armazéns localizados no Trem Naval do porto de Setúbal, em Santa Catarina, destinados preferencial-

mente ao exercício de actividades relacionadas com o sector portuário, logístico e marítimo ou outras actividades complementares. Os termos do concurso e prazos para a elaboração de propostas podem ser consultados no edital n.º 3/2012, disponível no site da APSS ou contactar a Direcção de Gestão Patrimonial da APSS através do número de telefone 265542000.


Sรกbado | 25.Fev.2012 Pub.

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