Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe SUMÁRIO Comportamento – Universia, 03/04/2014 _________________________________________ 2 Conheça as características das pessoas com pensamento crítico _____________________________________ 2
Educação Profissional – Portal FIESP, 01/04/2014 13h15min _________________________ 2 Senai-SP de Osasco recebe investimento de mais R$ 27 milhões e será sede de centro de nanotecnologia ____ 2
Educação Profissional – Porto Gente, 02/04/2014, 08h32min _________________________ 2 Cursos são passaportes para o mundo do trabalho ________________________________________________ 2
Educação Profissional – Portal da Indústria, 02/04/2014 _____________________________ 2 Unir educação e trabalho é saída para melhorar a vida dos jovens latino-americanos _____________________ 2
Indústria – Portal da Indústria, 02/04/2014 ________________________________________ 2 Faturamento da indústria cresce 6% em fevereiro em relação ao mês anterior, aponta CNI ________________ 2
Mecânica – Inovação Tecnológica, 03/04/2014 ____________________________________ 2 Corrida de carro na parede é possível __________________________________________________________ 2
Recursos Humanos – Exame, 03/04/2014, 05h55min _______________________________ 3 Como crescer mais _________________________________________________________________________ 3
Tecnologia – O Estado de São Paulo, 02/04/2014, 17h32min _________________________ 3 Foxconn apresenta novo tipo de entrada USB ____________________________________________________ 3
Especial 1: Indústria – Valor Econômico, 03/04/2014 às 05h. _________________________ 4 A inquietude do pioneiro da indústria gaúcha ____________________________________________________ 4
Especial 2: Carreira – Valor Econômico, 03/04/2014 às 05h. _________________________ 10 Empresas investem na prevenção para inibir o uso de drogas ______________________________________ 10
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Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe Comportamento – Universia, 03/04/2014 Conheça as características das pessoas com pensamento crítico Quer saber se você possui a capacidade de pensar criticamente? Descubra as características comuns às pessoas com pensamento crítico...
Educação Profissional – Portal FIESP, 01/04/2014 13h15min Senai-SP de Osasco recebe investimento de mais R$ 27 milhões e será sede de centro de nanotecnologia Unidade passou por uma reforma geral e ganhou novas oficinas de metalurgia, mecânica e eletroeletrônica...
Educação Profissional – Porto Gente, 02/04/2014, 08h32min Cursos são passaportes para o mundo do trabalho Recente pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que 82% da população confia nos cursos profissionalizantes para melhorar a renda...
Educação Profissional – Portal da Indústria, 02/04/2014 Unir educação e trabalho é saída para melhorar a vida dos jovens latino-americanos Presidente da Colômbia afirma, na abertura da WorldSkills Américas, que ensino técnico pode ajudar jovens da região a enfrentar a concorrência do mundo globalizado...
Indústria – Portal da Indústria, 02/04/2014 Faturamento da indústria cresce 6% em fevereiro em relação ao mês anterior, aponta CNI É o que informa a pesquisa Indicadores Industriais. Sem as influências sazonais, essa é a maior taxa de variação mensal desde março de 2009...
Mecânica – Inovação Tecnológica, 03/04/2014 Corrida de carro na parede é possível É possível pilotar um carro de corridas atual em uma pista com uma inclinação de 90 graus em relação ao solo... 2 SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
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Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe Recursos Humanos – Exame, 03/04/2014, 05h55min Como crescer mais O desafio de aumentar a produtividade tem tirado o sono dos líderes de RH da construção civil, que inovam para combater a falta de mão de obra qualificada e para atrair, treinar e segurar os melhores talentos...
Tecnologia – O Estado de São Paulo, 02/04/2014, 17h32min Foxconn apresenta novo tipo de entrada USB Existem algumas atividades cotidianas que levam embora o tempo da nossa vida para todo o sempre: uma delas é tentar acertar o lado certo de um cabo USB...
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Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe Especial 1: Indústria – Valor Econômico, 03/04/2014 às 05h. A inquietude do pioneiro da indústria gaúcha Por Sérgio Ruck Bueno | De Caxias do Sul
Hoje, Randon dosa melhor a carga de trabalho para dedicar-se à natação, ao carteado e às viagens com a esposa Nilva
Prestes a completar 85 anos, em 6 de agosto, um dos pioneiros da industrialização do Rio Grande do Sul e acostumado a lidar com intempéries, o empresário Raul Randon não esconde a preocupação com o futuro próximo da economia. "Sinto como se estivéssemos caminhando em cima de brasas", diz o fundador e presidente do conselho de administração do grupo Randon, que opera nos segmentos de implementos rodoviários, vagões e autopeças e apurou receita líquida de R$ 4,3 bilhões em 2013, com expressiva alta de 21,5% sobre 2012. Neto de imigrantes italianos, tratado com reverência por boa parte dos seus 12,1 mil funcionários, ele expressa a inquietude com voz tranquila e pausada. "O mercado [de materiais de transporte] pode dar uma segurada e se neste ano pudermos fazer o que fizemos no ano passado já estou contente". E 2015? "Ah, no ano que vem é certo que o nosso mercado vai baixar". Para 2014, o grupo com sede em Caxias do Sul (RS) já anunciou que espera uma ligeira queda na produção brasileira de semirreboques rodoviários (segmento responsável por cerca de metade das vendas da Randon), depois do recorde de 75,5 mil unidades de 2013. A Copa do Mundo e a eleição presidencial vão ajudar a movimentar os negócios, mas o aumento dos juros e a lentidão dos investimentos em infraestrutura devem cobrar seu preço neste ano e principalmente no próximo, acredita Randon. 4 SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
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Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe Na opinião dele, o PT e seus aliados estão "fortes" para a eleição de outubro. O problema é que, mesmo que a presidente Dilma Rousseff se reeleja, vão ocorrer trocas de funções e o governo federal acabará interrompendo por algum período os investimentos, com reflexos negativos sobre toda a economia, prevê. Randon se queixa da elevada carga de impostos e da burocracia. "Nos anos 60 pagávamos 16% do Produto Interno Bruto [em impostos] e hoje é quase 40%", diz. "E se tu não pagas, quando a Receita vem cobrar, ela te tira a empresa." Outra reclamação tem a ver com as reivindicações sindicais. "Falta diálogo, por qualquer coisa se faz greve e para nós isto é muito ruim". Mas Randon não é do tipo que se deixa abater facilmente e busca num dos episódios mais dolorosos da história do grupo, a concordata de 1982, a recomendação para atravessar os tempos difíceis que se apresentam pela frente. "Temos que nos preparar com o caixa forte. Se não tiver uma reserva boa para enfrentar uns meses na frente, fica difícil", afirma. "Foi a lição que aprendi na concordata". Na época, com a economia brasileira sob efeito do segundo choque internacional do petróleo, os negócios do grupo despencaram 40% em 1980, o caixa minguou e o jeito foi apelar aos "descontos de duplicatas" para obter capital de giro. Mas os juros altos das operações "comiam todo o lucro", como lembra Randon, e dois anos depois, com uma dívida equivalente a 40% do patrimônio, o grupo recorreu à concordata preventiva antes que algum credor pedisse a falência. "Não dá para acertar 100% das vezes. Acertando 80% já está muito bom" A última parcela dos débitos foi paga em novembro de 1984, um mês antes do prazo final, e os negócios sofreram uma virada. Dos mais de 6 mil funcionários de 1980, restaram 1,8 mil, e da concordata nasceu a rede que conta hoje com 93 distribuidores da Randon Implementos (fabricante de semirreboques e vagões), graças à venda das seis filiais comerciais da época. "Foi bom, porque eles ficaram com nossos funcionários que estavam lá, começaram a trabalhar mais e a maioria está conosco até hoje." 5 SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
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Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe A relação duradoura com alguns dos concessionários revela outra característica do empresário: a capacidade de manter por perto as pessoas de sua estrita confiança. O vice-presidente de estratégia e desenvolvimento do grupo, Erino Tonon, entrou na empresa há mais de 30 anos. O mesmo vale para o ex-diretor corporativo de relações com investidores, Astor Schmitt, que se aposentou em 2013 mas ainda participa dos conselhos das controladas Master, Fras-le e Jost. Os três diretores corporativos, Norberto Fabris (implementos e veículos), Alexandre Gazzi (autopeças) e Luis Oselame (finanças), têm pelo menos 30 anos de casa, assim como o novo diretor de relações com investidores, Geraldo Santa Catharina. "Nunca mandei ninguém embora, mas sempre escolhi bem. Sempre delegava atribuições e dava liberdade, mas queria saber o que estavam fazendo." Hoje, depois de passar a presidência executiva do grupo para o filho David, em 2009, Randon procura dosar melhor a carga de trabalho para dedicar-se à natação, ao carteado com um casal de amigos e às viagens com a esposa Nilva, com quem é casado desde 1956. O destino preferido, obviamente, é a Itália. Mais especificamente Muzzolon, um distrito da comuna de Cornedo Vizentino, na região do Vêneto, onde nasceram seus avós paternos e maternos. Ele até já recebeu a chave da cidade por contribuir com a construção da sede do clube de alpinismo local. Mesmo assim, o patriarca vai a todas as reuniões do conselho de administração, a cada três meses, e mensalmente acompanha a apresentação do desempenho das empresas. Mas a "palavra final" é do conselho, formado ainda pelo filho Alexandre, que ocupa a vice-presidência do colegiado, por Ruy Lopes Filho (ex-executivo da Gerdau), Hugo Irugoyen Ferreira (exconselheiro das fábricas de autopeças Caribor e ZEN) e Célia Xavier Larichia, indicada pelo fundo de pensão Previ, que detém 10,07% das ações com direito a voto e 6,79% do capital total do grupo. "Não sou só eu. Sempre disse ao David: se eu tiver que cuidar de tudo não te dou a presidência [executiva]". Também na condição exclusiva de presidente do conselho, Randon enfrentou um processo movido pelo Ministério Público Federal, que o acusava, junto com outros executivos e sócios do 6 SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
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Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe conglomerado, de uso de informação privilegiada na compra de ações de empresas do grupo às vésperas da associação com a americana ArvinMeritor na joint venture Suspensys. A ação foi proposta em maio de 2009 e em julho de 2011 Randon foi absolvido pela Justiça Federal de São Paulo devido à prescrição do caso. "Fiquei chateado, porque quando compramos as ações a lei permitia, mas mudou um mês depois", lembra o empresário.
Hoje, a atividade preferida do empresário é a Rasip, no município vizinho de Vacaria, uma empresa à parte do grupo, administrada pelo genro Sérgio Barbosa, onde Randon produz maçãs, uvas viníferas, queijos e outros lácteos, além de cultivar oliveiras para iniciar em breve a extração própria de azeite. "Em Vacaria é muito bom. Estou mais ligado lá do que aqui", comenta. Em março, parte da empresa foi destruída por incêndio provocado por um curto-circuito, mas Randon não se abalou. As instalações estavam seguradas e a produção está voltando ao normal. "Foi triste, foi um fogo danado, mas não atingiu a fábrica [onde são elaborados os queijos]". A Rasip foi ainda a porta de entrada de Randon no setor vinícola. Com as uvas produzidas em 80 hectares de videiras em Vacaria, elaborou junto com a Miolo, de Bento Gonçalves (RS), um vinho com a marca RAR (iniciais de Raul Anselmo Randon) para comemorar suas bodas de ouro, em 2006. O produto foi para o mercado e o empresário chegou a pensar em montar uma cantina (vinícola) própria, mas em 2011 ele preferiu ingressar como sócio na Miolo, com participação de aproximadamente 15%. O incêndio na Rasip foi o segundo a desafiar a persistência de Randon. Em 1951, apenas dois anos depois de fundar junto com o irmão Hercílio (já morto) a Mecânica Randon, que deu origem ao grupo, o empresário viu a pequena oficina dedicada ao reparo de motores que funcionava ao lado da ferraria do pai, Abramo Randon, ser consumida pelo fogo.
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Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe Mas a época era difícil e não havia tempo para lamentações. Um amigo ofereceu espaço em outra oficina e eles retomaram o trabalho. Poucos anos depois, os irmãos deixaram de reformar
motores e começaram a produzir freios a ar para os caminhões que desciam a serra gaúcha com madeira destinada à região metropolitana de Porto Alegre. Ali iniciou a história do grupo como fabricante de materiais de transporte. "Uma coisa levou à outra", lembra Randon. Em 1955 a empresa produziu o primeiro semirreboque e em seguida autopeças, como eixos e suspensões. Hoje o grupo é formado, além da controladora Randon Implementos, pelas controladas Randon Veículos (caminhões pesados fora-de-estrada), Suspensys (suspensões), Master (freios), Fras-le (materiais de fricção), Jost (sistemas de acoplamento), Castertech (fundição), Banco Randon e Randon Consórcios. As unidades industriais distribuem-se entre Brasil, Argentina, Estados Unidos e China e cerca de 20% da produção de autopeças é absorvida pelo grupo.
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Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe Com a educação formal resumida ao equivalente ao ensino fundamental atual devido ao início precoce no trabalho, aos 14 anos, na ferraria do pai, Randon aproveitou todas as oportunidades que teve para frequentar cursos de gestão e qualificação empresarial. As viagens de negó
cios desde a década de 70 por países como Alemanha e Itália aguçaram sua intuição para fechar negócios. Por conta disto, o empresário não guarda arrependimentos pelo que fez ou deixou de fazer no comando do grupo. "Não dá para acertar 100% das vezes. Acertando 80% está muito bom", comenta. Entre os maiores orgulhos está a harmonia construída entre os filhos David, Alexandre, Daniel (presidente executivo da Fras-le), Maurien e Roseli. Os cinco dividem o comando, em partes iguais, da Dramd, holding familiar que controla o grupo e o mais velho, David, de 54 anos, foi escolhido pelos irmãos para suceder o pai na presidência executiva. "Há dez anos eu havia pedido para eles escolherem [o sucessor] e quando eles me apresentaram o nome do David eu disse que a partir dali todos teriam de colaborar com ele, sem resmungar", lembra Randon. Outra iniciativa da qual fala com satisfação é o projeto Florescer, que há 12 anos oferece reforço escolar para crianças de seis a 14 anos. São 1,1 mil jovens atendidos só neste ano nos dois núcleos em Caxias do Sul e em seis unidades franqueadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O programa de responsabilidade social bancado pelo grupo tem ainda um braço profissionalizante em parceria com o Senai, que em 2014 oferece cursos nas áreas metamecânica e administrativa para 76 adolescentes.
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Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe Especial 2: Carreira – Valor Econômico, 03/04/2014 às 05h. Empresas investem na prevenção para inibir o uso de drogas Por Edson Valente | De São Paulo
Cristiane José, gerente da área de RH da Philips, diz que a empresa oferece psicoterapeutas e psiquiatras aos dependentes
O funcionário começa a faltar às segundas-feiras e após feriados. Demora para voltar ao trabalho depois do almoço. Passa a ir mais ao banheiro. Seu rendimento apresenta oscilações. Ele tem dificuldade de concentração e precisa de mais tempo para realizar suas tarefas. Mudanças bruscas de humor e transtornos na relação com o chefe e os colegas tornam-se comuns, bem como desleixo com a aparência e a higiene, endividamento e pedidos de dinheiro emprestado. Segundo o médico Marco Sergio Martins, diretor da consultoria GTS, especializada em gestão de saúde e qualidade de vida, esses são alguns dos sinais característicos de um grande causador de absenteísmo e queda de produtividade nas empresas: a dependência química. Tratase de um mal bastante democrático, na definição de Martins, por atingir todas as classes na sociedade - e o mesmo vale para os níveis hierárquicos das companhias. "Já presenciamos diretores com sérios problemas de dependência e toda a equipe de recursos humanos de mãos atadas por não ter como fazer uma abordagem adequada", conta. Desvelar a dependência é o primeiro passo - e entrave - para tratá-la, uma vez que essa costuma ser uma doença da negação. O doente nunca admite ser dependente. Muitas vezes, é necessária uma ação conjunta da área de recursos humanos, do departamento médico da corporação, de um consultor externo e mesmo de familiares do funcionário. "Provas que evidenciam o uso são documentadas e apresentadas a ele em uma reunião. Por exemplo, os atrasos, 10 SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
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Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe as faltas, as licenças médicas, os acidentes no trabalho e o não cumprimento de compromissos", afirma o diretor da GTS. Como o desgaste financeiro, emocional, social e produtivo provocado por um caso desse tipo é significativo, várias grandes empresas instituem programas de combate ao uso de drogas. Mauricio Yonamine, que possui doutorado em toxicologia pela Universidade de São Paulo (USP) e atua na aplicação de análises toxicológicas, afirma que essas iniciativas se baseiam, primariamente, na prevenção - com palestras de conscientização, por exemplo. "Caso um funcionário seja identificado como usuário, ele será encaminhado para o departamento médico e tratado conforme o caso." A Philips, multinacional de origem holandesa, possui uma estrutura capaz de atender funcionários dependentes desde 1984, de acordo com Cristiane José, gerente de RH - Saúde e BemEstar da companhia. Em 2006, uma política de prevenção, reeducação e tratamento para dependência química foi divulgada internamente. "Além do plano de saúde, os colaboradores contam com uma rede exclusiva de psicoterapeutas e psiquiatras especializados", diz ela. A empresa tem também um canal 0800 para que empregados com problemas como o de uso de drogas possam pedir ajuda. Um dos pilares mais importantes do programa, ressalta Cristiane, é o de educação, com o objetivo de sensibilizar as pessoas em relação ao tema. Há campanhas mais específicas, como a de combate ao alcoolismo, empreendida na época do Carnaval. O estopim da doença muitas vezes se esconde nas fronteiras difusas entre o consumo considerado "social" e sua evolução para um quadro patológico. Campanhas desse tipo na Philips se valem de diferentes meios de propagação como palestras, cartazes e intranet. "Em 2011, formamos um grupo de teatro em que os atores estudaram sobre dependência química para fazer uma peça a respeito", conta a gerente. O departamento de saúde e bem-estar tem sete profissionais capacitados para lidar com casos de uso de drogas. Segundo Cristiane, é preciso uma abordagem adequada do profissional com o intuito de ofertar ajuda para o tratamento. Todas as ações são feitas de forma sigilosa. O tabagismo é atacado por um programa específico desde 2003 - antes disso, as iniciativas para 11 SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
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Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe combatê-lo eram pontuais. O tratamento via reposição de nicotina é feito no ambulatório da própria companhia. Psicoterapia ou acupuntura, via plano de saúde, podem ser necessários. A empresa também pode orientar funcionários e familiares com dependências diversas como, por exemplo, em remédios para dormir ou para emagrecer, jogo ou internet. Entre os anos de 1987 e 1988, Paulo Celso Gonçalves, hoje com 60 anos, era chefe no setor de benefícios de previdência privada da Philips, uma espécie de "departamento pessoal que cuidava dos aposentados da empresa", conforme ele define. Naquele tempo, conta que bebia quase todos os dias e que isso prejudicava seu desempenho profissional. "Meu rendimento piorava muito, a memória falhava e deixava coisas para fazer depois." Uma assistente social que ficava no mesmo andar que ele percebeu o problema e o convidou para assistir a uma palestra sobre alcoolismo, realizada na própria organização. "Prestei muita atenção e parecia até que o orador estava contando a minha história". A partir daquele momento, Gonçalves passou a buscar orientações com a assistente como se fosse para uma terceira pessoa, uma espécie de personagem fictício que criou. Pouco depois, assistiu a mais uma palestra, dessa vez proferida por outro executivo da empresa que era dependente, e tomou sua decisão. "Percebi que estava errado e abri o jogo. Em 1989, parei de beber." Abandonar o hábito requereu amparo da família, da assistente social e do chefe. "No início foi terrível. Sentia os efeitos da abstinência, mas continuei trabalhando normalmente e não precisei ser internado. A gente acha que ninguém percebe, mas meu diretor já havia observado a situação. Ele sempre acompanhou o caso e deu todo o apoio", ressalta. Ter se conscientizado da doença, diz, foi fundamental para vencê-la. Após largar a bebida, passou a ajudar aposentados da própria empresa que enfrentavam o problema. Em 1996, deixou a Philips para abrir um negócio próprio em Pedreira, interior de São Paulo. Nem sempre um executivo que passa por um processo de recuperação consegue exercer suas funções profissionais. Dependendo da avaliação médica, ele poderá ser tratado no ambulatório - e assim permanecer no trabalho - ou ser submetido a um período de internação, que em média dura de 30 a 60 dias, segundo Martins, da GTS.
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Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe A responsabilidade pelas despesas varia de acordo com a corporação, esclarece Yonamine, da USP. "Conhecemos empresas que custeiam grande parte de um primeiro tratamento, e o restante é pago pelo próprio funcionário. Se ocorrer uma recaída, a parte correspondente à empresa diminuirá". Segundo Martins, embora as grandes companhias subsidiem as internações, não deixam de cobrar parte dos gastos do empregado para estimular seu comprometimento. A legislação não prevê que um dependente químico possa ser demitido por justa causa, embora a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) estabeleça que a embriaguez em serviço, habitual ou que prejudique suas tarefas, implique rescisão contratual nesses termos. Contudo, a jurisprudência recomenda que o empregador verifique se a situação não configura dependência química. A conduta correta nesse caso é o encaminhamento do empregado para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou sua demissão pode ser questionada na Justiça. A Avon implementou um programa de recuperação de dependência química em 1997. Mais de cem profissionais já foram atendidas na companhia. Em caso de adesão do funcionário, que é facultativa, ele é conduzido a um centro especializado para que seu quadro seja avaliado. O motivo de sua ausência no trabalho durante eventual afastamento é mantido em sigilo. No retorno, seu gestor fica responsável por sua reintegração. Depois de uma internação ou um acompanhamento ambulatorial, o empregado tem de cumprir um plano de pós-tratamento de 12 meses, frequentando o centro especializado e sessões de Alcoólicos Anônimos ou Narcóticos Anônimos. As estratégias de prevenção ao uso de drogas podem começar já no processo de admissão. Algumas empresas adotam o uso de análises toxicológicas em amostras de sangue, saliva, unha, urina e cabelo de candidatos que vão exercer funções específicas de risco como pilotos de avião e trabalhadores de plataformas de extração de petróleo. A maioria dos trabalhos realizados pelo ChromaTox, laboratório que utiliza métodos para testes de drogas em cabelo acreditados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), são para concursos da polícia, segundo a diretora comercial Cristina Pisaneschi Azevedo. A vantagem de usar fios capilares para detectar a presença de substâncias no organismo, explica ela, é que eles conservam o rastro das drogas por muito mais tempo. "É como se fosse 13 SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
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Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe uma fita cassete. A droga se fixa no cabelo e seu uso fica registrado. Depois de seis dias do uso, a amostra já pode ser coletada. Como o cabelo cresce cerca de um centímetro por mês, em 30 centímetros há 30 meses de histórico", explica. Entre as drogas identificadas estão anfetaminas, benzodiazepínicos, maconha, crack, cocaína, ecstasy e sedativos.
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