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Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe SUMÁRIO Carreira – A Folha de São Paulo, 08/06/2014, 03h05min_____________________________ 2 Com demissões, indústria cobra qualificação _____________________________________________________ 2

Ciência – A Folha de São Paulo, 09/06/2014, 02h09min _____________________________ 2 Saiba como funciona o esqueleto-robô que dará o pontapé inicial da Copa _____________________________ 2

Cultura – Jornal Primeira Página, 09/06/2014, 10h22min _____________________________ 2 Ouroboros promove exposição de caricaturas de cientistas _________________________________________ 2

Economia – A Folha de São Paulo, 09/06/2014, 09h27min ___________________________ 2 Mercado reduz novamente previsão para o PIB e vê alta de 1,44% em 2014 ____________________________ 2

Indústria – O Estado de São Paulo, 09/06/2014, 04h47min ___________________________ 3 Pesquisa aponta que governo deve priorizar a indústria ____________________________________________ 3

Indústria – O Estado de São Paulo, 09/06/2014, 04h07min ___________________________ 3 Inovação, competitividade, sobrevivência _______________________________________________________ 3

Indústria – O Estado de São Paulo, 08/06/2014, 02h04min ___________________________ 3 A indústria joga na defesa ____________________________________________________________________ 3

Tecnologia – Revista Exame, 08/06/2014, 16h18min ________________________________ 3 A internet das coisas vai mudar o mundo, diz CTO da Hitachi ________________________________________ 3

Tecnologia – Inovação Tecnológica, 09/06/2014 ___________________________________ 3 Células solares de plástico podem ser duas vezes mais eficientes _____________________________________ 3

Especial 1: Carreira – Valor Econômico, 09/05/2014, 05h00 __________________________ 4 Sem exemplos, não se transforma a cultura______________________________________________________ 4

Especial 2: Copa do Mundo – Valor Econômico, 09/06/2014, 05h00 ____________________ 9 Planejamento falha, mas Copa traz ganhos ______________________________________________________ 9

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Endereço: Rua Cândido Padim, 25-Vila Prado CEP 13574-320-São Carlos/SP Tel.: (16) 2106-8700 http://saocarlos.sp.senai.br/ http://www.facebook.com/senaisaocarlos


Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe Carreira – A Folha de São Paulo, 08/06/2014, 03h05min Com demissões, indústria cobra qualificação O setor industrial teve uma redução de 2% no total de contratações entre os meses de março de 2013 e de 2014, segundo o IBGE. Mesmo assim, a falta de mão de obra especializada deve continuar gerando oportunidades para profissionais que investem em sua formação...

Ciência – A Folha de São Paulo, 09/06/2014, 02h09min Saiba como funciona o esqueleto-robô que dará o pontapé inicial da Copa O projeto é liderado por Miguel Nicolelis, um dos mais visionários e polêmicos cientistas brasileiros, e recebeu R$ 33 milhões de reais do governo federal por meio da Finep, agência de fomento ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação...

Ciência – A Folha de São Paulo, 09/06/2014, 06h04min O nascimento das Vias Lácteas Uma astrônoma brasileira radicada nos Estados Unidos está usando o Telescópio Espacial Hubble para desvendar a origem de galáxias como a Via Láctea, que abriga o nosso Sistema Solar...

Cultura – Jornal Primeira Página, 09/06/2014, 10h22min Ouroboros promove exposição de caricaturas de cientistas O Núcleo Ouroboros, do Departamento de Química (DQ) da UFSCar, realiza até este sábado, 14, a exposição "Os Caras da Ciência". A mostra é composta por 12 caricaturas de cientistas famosos e importantes que foram desenhadas pelo ilustrador e químico José Américo, ex-aluno de Química da Universidade...

Economia – A Folha de São Paulo, 09/06/2014, 09h27min Mercado reduz novamente previsão para o PIB e vê alta de 1,44% em 2014 O mercado continua rebaixando sua expectativa para o crescimento da economia em 2014...

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Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe Indústria – O Estado de São Paulo, 09/06/2014, 04h47min Pesquisa aponta que governo deve priorizar a indústria 90% dos entrevistados consideram o setorimportante ou muitoimportante para ocrescimento econômico...

Indústria – O Estado de São Paulo, 09/06/2014, 04h07min Inovação, competitividade, sobrevivência Os graves problemas enfrentados pela indústria de transformação nacional - que, além de perder fatias crescentes no mercado mundial, vê até mesmo seu espaço no mercado doméstico ser tomado por produtos importados - dão a dimensão da importância e da urgência de ações que lhe assegurem maior competitividade. Entre elas, inovação é a que mais tem sido mencionada no meio empresarial e nos gabinetes oficiais que tratam desse tema como prioridade...

Indústria – O Estado de São Paulo, 08/06/2014, 02h04min A indústria joga na defesa Ao menos um terço das indústrias brasileiras não pretende fazer investimentos neste ano, conforme mostra pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) obtida pelo Estado...

Tecnologia – Revista Exame, 08/06/2014, 16h18min A internet das coisas vai mudar o mundo, diz CTO da Hitachi Hubert Yoshida, diretor técnico da Hitachi Data Systems esteve no Brasil e falou também sobre big data e inovação social...

Tecnologia – Inovação Tecnológica, 09/06/2014 Células solares de plástico podem ser duas vezes mais eficientes Em qualquer roda de discussão sobre a energia solar, você ouvirá especialistas dizendo: células fotovoltaicas de silício são eficientes, mas muito caras, enquanto as células solares orgânicas são muito baratas, mas são ineficientes. Essa "verdade" acaba de cair por terra...

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Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe Especial 1: Carreira – Valor Econômico, 09/05/2014, 05h00 Sem exemplos, não se transforma a cultura Por Edson Valente

Muita coisa mudou no mundo corporativo desde que a consultora britânica Carolyn Taylor lançou a primeira edição do livro "Walking the Talk - Building a Culture for Success ", em 2005. Semana passada ela esteve no Brasil para divulgar a nova versão, em português (editora Publit), que tem o subtítulo "A Cultura Através do Exemplo" e tradução de Paulo Novaes, ex-diretor de cultura Para Carolyn Taylor, não basta falar e transmitir onde se quer chegar, é preciso vivenciar as mudanças para criar a cultura.

organizacional da Infoglobo. A passagem do tempo e as novas matizes do cenário econômico mundial demandaram atualizações do texto, mas sua essência

permanece: trata-se de uma metodologia, baseada em 30 anos de experiência, para que os líderes estabeleçam mudanças culturais visando a melhores resultados para o negócio. A edição brasileira inclui um caso nacional - as transformações na Infoglobo para atuar no universo digital. Em entrevista ao Valor, Carolyn afirma que, em geral, 20% dos profissionais de uma empresa não se adaptam a uma mudança cultural, mas que as inadequações só aparecem ao longo do processo. Existem aqueles que inicialmente parecem resistentes, mas que vão se esforçar para se enquadrar, portanto, é preciso ser criterioso com o prejulgamento. O quanto eles vão se envolver no processo vai depender do empenho de quem está no comando. A seguir, os principais trechos: Valor: Quais foram as mudanças no cenário econômico global que mais influenciaram a cultura nas organizações nos últimos dez anos? Carolyn Taylor: Entre as muitas coisas que aconteceram, houve o aumento da velocidade com que novos competidores entram no mercado. É o caso de novas organizações, como Amazon e Google, ou de novos países, como a China. Imagino que muitas empresas brasileiras tenham competidores bem diferentes hoje. As organizações precisam de culturas mais ágeis, capazes de se adaptar, orientadas para o cliente e o mercado para responderem a essa velocidade das mudanças. Uma segunda coisa foi 4 SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

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Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe a crise corporativa devido à falta de valores ou de ética nas organizações. Foi o que aconteceu no setor bancário. Valor: Valores e ética estão intimamente ligados à cultura. Então pode-se dizer que houve uma crise cultural nessas empresas? Carolyn: Foi a cultura formada nessas organizações que permitiu os comportamentos que causaram problemas. Isso ficou claro nos bancos com a grande crise global, mas também mostrou-se óbvio, por exemplo, na BP (multinacional britânica do setor de óleo e gás), com o desastre no Golfo do México. Cada vez mais tem se estabelecido um link entre a cultura e a performance. Valor: Em relação ao Brasil, o que pode ser dito desse cenário global? O país experimentou um período de crescimento, e agora as coisas estão mais difíceis. É mais fácil mudar a cultura durante uma crise? Carolyn: Nos primeiros seis meses em que você percebe que está em meio a uma crise, as pessoas não vão se preocupar com a cultura. Elas só vão olhar para isso nos seis meses seguintes. Todos percebemos que a influência global no Brasil é maior do que sempre foi, tanto competitivamente como economicamente, socialmente e até nas mídias sociais. Tudo está conectado. As organizações têm entendido que precisam assumir a responsabilidade de criar resiliência para estarem preparadas para a próxima crise, e isso implica uma mudança cultural. Valor: A ideia é gerenciar essa questão fora do período de crise? Carolyn: Quando a crise está em curso, se há um momento de desespero que exige 'downsizing' e uma mudança rápida, a cultura é a segunda ou terceira coisa em que as pessoas pensam. A primeira é como cortar custos. Valor: Mas essas questões não deveriam caminhar juntas? Carolyn: As pessoas costumam dizer: "Como podemos aprender com isso? Como podemos nos prevenir? Como podemos reagir ao que está acontecendo? Como podemos ter certeza de que mudamos?". Não se muda a cultura em três meses, mas se desenvolve resiliência para a próxima vez. Valor: Quanto tempo se leva para transformar a cultura de uma organização? 5 SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

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Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe Carolyn: Uma das questões que abordo em minha metodologia é a importância de escolher alguns elementos da cultura e mudá-los. É preciso estabelecer metas: precisamos que as pessoas colaborem mais, se envolvam e se concentrem nos clientes. Com o foco em um elemento ou dois, é possível notar a mudança em um período de dois ou três anos. Mudar toda a cultura é um processo longo, que talvez nunca aconteça. Valor: Os padrões culturais de comportamento que orientam a organização devem ser escritos, como em uma constituição? Isso não dificulta um pouco as mudanças? Carolyn: Muitas organizações escrevem seus valores, mudanças desejadas e comportamentos críticos quando há um grande número de pessoas a serem comunicadas internamente. Não basta falar ("talk"). O que cria a cultura é o vivenciar ("walk"). Em geral, se fala muito. Claro que é necessário comunicar os padrões, mas deve-se observar sempre o que se faz no cotidiano. Quando as pessoas de fato veem aqueles valores sendo vivenciados, elas concluem que é sério, que precisam se adaptar. Valor: Qual o papel dos líderes nesse processo? É possível estabelecer mudanças profundas sem trocar as pessoas? Carolyn: Inicialmente é preciso encontrar as pessoas que vão iniciar as mudanças. Não se preocupe com quem não está mudando. Dessa maneira, você estará formando o grupo que irá disseminar a transformação cultural. No primeiro ano, ou nos dois primeiros, você deve se concentrar naqueles que podem fazer isso. À medida que o processo avança, você perceberá que algumas pessoas nunca vão mudar, ou porque não querem, ou por estarem tão enterradas naquele modo de pensar que não veem como pode ser diferente. Algumas vezes, elas mesmas decidem sair após a mudança. Outras, porém, não vão por conta própria, mesmo sendo líderes seniores. Quando se muda a cultura, 20% das pessoas não se adaptam. Mas você não sabe quem está nesses 20% e vai precisar descobrir ao longo do processo. Não se deve julgar rapidamente, porque há aqueles que parecem que nunca vão mudar e que acabam se esforçando e conseguindo. Tudo está relacionado à liderança e a como você guia as pessoas. Valor: Não é mais fácil buscar no mercado um líder mais alinhado com o que se quer implementar?

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Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe Carolyn: Nossa metodologia inclui nove níveis que devem ser percorridos em uma mudança cultural. Entre eles, está a colocação de pessoas, o que inclui levar para a organização novos profissionais que vão agir como se deseja. Também inclui promover líderes de um ou dois escalões abaixo que representem a cultura que se pretende ter no futuro. Valor: Isso quer dizer que a fase de mudança cultural também pode oferecer boas oportunidades de crescimento na empresa? Carolyn: Enormes oportunidades. Se você demonstrar logo que realmente vive a cultura que eles dizem ser importante, será notado e promovido. Se você quer ser mais centrado no cliente e promove alguém de um escalão intermediário que sempre teve essa orientação, todos perceberão que a coisa é séria. Valor: Qual o papel da área de recursos humanos? Carolyn: O primeiro ano de trabalho deve ser de persuasão do presidente e dos escalões mais altos. Se você trabalha em recursos humanos, tem de assumir a responsabilidade de agregar valor à mudança, a ponto de a organização querer incluí-lo no processo. Não se pode culpar a companhia por não ouví-lo. O marketing encontrou essa voz, foi capaz de ocupar um lugar na mesa de comando. O RH tem de aprender a demonstrar seu valor. Claro que o presidente deve estar comprometido com o projeto de cultura, mas o RH pode influenciar apresentando suas ideias. Valor: É crucial contar com uma ajuda externa para realizar mudanças culturais? Carolyn: Você não pode terceirizar o processo, pois ele tem de ser conduzido pelo time interno. O consultor deve treinar as pessoas de dentro da organização para que elas entendam como liderar, gerenciar e apoiar a cultura. As empresas bem-sucedidas em termos de cultura têm um time próprio forte que a conduz. O consultor tem papéis muito específicos, como introduzir a metodologia, apresentar um panorama da cultura, o que funciona, o que a motiva e o que a faz ser como é. Mas os consultores devem ficar nos bastidores. Valor: Como lidar com a convivência entre as diferentes gerações na gestão da cultura? 7 SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

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Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe Carolyn: Os jovens são mais exigentes em relação ao que esperam de seus empregadores. Eles estão mais propensos a mudar de empresa, são menos leais, não acreditam que são obrigados a ficar na organização se não estão felizes. Se não gostam da cultura, eles vão embora. Se você quer atrair mais talentos, tem que adaptar certos elementos da sua cultura, particularmente a ideia de que os executivos seniores são deuses e têm todas as respostas. Nas organizações atuais, aqueles que estão mais próximos dos clientes e do produto precisam ser ouvidos, porque é deles que vêm as opiniões e a inovação. Valor: Como as multinacionais mantêm sua cultura fortalecida em regiões tão diversas? Carolyn: A chave é compartilhar os valores, os padrões éticos. A forma como eles são expressos em diferentes países é que variam, permitindo que cada um construa a cultura de acordo com seu mercado, suas pessoas e seus valores. Valor: Mais alguma coisa a dizer sobre as empresas brasileiras? Carolyn: O que amo nelas é que não estão amarradas ao passado. Na Inglaterra, somos mais presos às tradições. O brasileiro é muito aberto a mudanças. © 2000 – 2014. Todos os direitos reservados ao Valor Econômico S.A. . Verifique nossos Termos de Uso em http://www.valor.com.br/termos-de-uso. Este material não pode ser publicado, reescrito, redistribuído ou transmitido por broadcast sem autorização do Valor Econômico.

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Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe Especial 2: Copa do Mundo – Valor Econômico, 09/06/2014, 05h00 Planejamento falha, mas Copa traz ganhos Por João José Oliveira Em 72 horas, São Paulo realiza a abertura da Copa do Mundo, que reúne 32 seleções nacionais e deve atrair 4 milhões de turistas. Nas doze cidades-sede do torneio há ainda aeroportos inacabados, obras viárias cobertas com tapumes e outras interrompidas, o que demonstra falhas de planejamento e gestão. Mas os R$ 26 bilhões aplicados por governos e empresas para mais de 80 projetos distribuídos entre Norte, Sul, Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste trazem alguns ganhos para o país. A capacidade em aeroportos foi reforçada em 36% para desafogar terminais que trabalhavam acima do limite desde que o universo de passageiros triplicou entre 2003 e 2012. O parque esportivo, congelado desde os anos da ditadura, foi renovado com tecnologia usada pela engenharia local de modo inédito. A rede hoteleira ergueu 70 novos endereços com mais de cinco mil quartos, elevando em mais de 20% a oferta de hospedagem no território. Em algumas capitais, a indústria de telecomunicações antecipou a instalação de torres e cabos que incrementaram em até 50% a capacidade de transmissão de voz e dados. Corredores urbanos e avenidas podem ajudar a desatar o nó do trânsito em algumas das maiores regiões metropolitanas. A Matriz de Responsabilidades da Copa, programação de obras e investimentos para o evento, apontava, na sua versão de 2010, que o Brasil precisaria de R$ 23,5 bilhões para: garantir um estádio, novo ou reformado, em cada uma das doze cidades-sede, 93 obras de infraestrutura, incluindo 12 aeroportos, seis portos e 50 projetos de mobilidade urbana, de corredores de ônibus a linhas de metrô, de pontes a viadutos.

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Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe Passados quase quatro anos, a despesa cresceu, mas o leque de obras também foi enxugado para 81 projetos - algumas delas de menor porte. Os gastos totais vão superar R$ 26 bilhões. Segundo relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), 83,6%, ou R$ 21,4 bilhões, saíram do setor público - via orçamentos ou linhas de crédito liberadas por instituições federais. A iniciativa privada responde por R$ 4,2 bilhões, ou 16,4%. "Cometemos erros básicos de gerenciamento", disse Paulo Resende, coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral (FDC), 23ª melhor escola de educação executiva do mundo, segundo ranking do 'Financial Times'. "Por ignorância ou por arrogância, fomos deficientes no projeto", faz coro o presidente do Sindicato Nacional de Arquitetura e Engenharia (Sinaenco), José Roberto Bernasconi, que representa 25 mil empresas do setor. "O evento serviu para mostrarnosso problema crônico de planejamento", afirma Pedro Trengrouse, coordenador do curso de Gestão, Marketing e Direito no Esporte da Fundação Getulio Vargas (FGV/IDE), que foi consultor da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Copa. Mas os mesmos especialistas que ressaltam a ineficiência gerencial de governos também admitem que as demandas impostas pela Copa movimentaram meios de produção e recursos de forma singular no país. E que há já neste ano benefícios a serem apropriados pela população. Estádios com meio século de vida, caindo aos pedaços - caso do Fonte Nova, em Salvador, onde a queda de parte da arquibancada matou sete torcedores em 2007 - foram substituídos por equipamentos multiuso, capazes de receber partidas de futebol, shows de música e eventos corporativos. Essa infraestrutura pode estimular a indústria do entretenimento. Até porque é preciso pagar a conta dos quase R$ 9 bilhões gastos em sete novas arenas e cinco estádios reformados, valor quase três vezes superior ao originalmente colocado na planilha, em 2007. "Não precisávamos de 12 cidades-sede. Mas uma vez escolhido esse caminho, o Brasil trouxe tecnologia de engenharia que não era usada aqui e que poderá ser aplicada em outras obras", diz o presidente da Sinaenco, Bernasconi. Ele destaca ainda o impacto positivo da Copa na malha aeroportuária brasileira. 10 SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

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Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe "Só o fato de ter forçado o governo a reconhecer que era preciso abrir os aeroportos à iniciativa privada já foi um legado da Copa". Pressionada pela percepção de que a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) não conseguiria desafogar os terminais do país e atender os picos de demanda durante a Copa, a presidente Dilma Rousseff enfrentou resistências ideológicas do PT e corporativas por parte dos aeroviários e militares para iniciar a concessão dos aeroportos. R$ 26 bilhões elevam em 36% a capacidade de aeroportos, renovam estádios e folgam o nó da mobilidade urbana. Os terminais de Cumbica, em Guarulhos, e de Viracopos, em Campinas, ambos em São Paulo, do Galeão (RJ), de Brasília e de Confins (BH) foram a leilão. No Rio Grande do Norte, um novo empreendimento de pistas, pátio e terminais saiu do chão inteiramente bancado pela iniciativa privada. Operadoras aeroportuárias da Ásia, Europa e Américas associaram-se a empreiteiras e investidores brasileiros, trazendo ao país tecnologia e maior capacidade logística aos aeroportos, que, até então, estavam sob cuidados do Estado. Com recursos privados e públicos somando R$ 6,5 bilhões, a capacidade anual de movimentação de passageiros nas doze cidades-sede e mais Campinas vai aumentar 36%, de 154,5 milhões de pessoas para quase 210 milhões de viajantes. Uma demanda mais que urgente depois que o fluxo aéreo no país triplicou desde 2003, superando 100 milhões de passageiros transportados por ano. O espaço de pátio para aeronaves cresceu ainda mais, praticamente dobrando ante o que havia em 2013. "Só com infraestrutura poderemos cumprir nosso potencial que é de transportar 200 milhões de brasileiros em 2020", diz o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz. E, para isso, informa a entidade, o setor vai investir mais de R$ 26 bilhões em frota. A indústria brasileira do turismo também pode ganhar com a Copa. O país deverá ser visto por cerca de 3 bilhões de telespectadores, segundo estimativa da Fifa. Para atender à demanda de turistas domésticos, estimados em 3,5 milhões, e estrangeiros, que devem superar os 600 mil, o Ministério do Turismo aplicou R$ 180 milhões em obras de sinalização, acessibilidade e centros de atendimento a turistas. 11 SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

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Escola SENAI Antônio Adolpho Lobbe Outros R$ 461 milhões foram investidos em centros de convenções de 11 cidades - atenuando gargalos que vinham emperrando a realização de feiras e seminários locais e internacionais. Empresas do setor hoteleiro captaram mais de R$ 1,5 bilhão, entre 2011 e 2013, para levantar do chão 70 novos empreendimentos. Isso significa 5,7 mil quartos extras, ampliando em mais de 20% a capacidade de hospedagem no país. E outros R$ 4,7 bilhões já estão orçados para serem aplicados este ano em empreendimento que vão incrementar o parque em mais 164 prédios de apartamentos para turistas. Esses recursos não integram a Matriz de Responsabilidades da Copa e, em certas cidades, teme-se que a oferta tenha crescido além da demanda. A infraestrutura de comunicação também recebeu injeção de recursos para ampliar a capacidade de tráfego de dados em 43% e reforçar em 50% a oferta para chamadas de voz em relação à estrutura anterior à Copa. Segundo as operadoras, foram aplicados nas cidades-sede R$ 1,3 bilhão para a instalação de mais de 15 mil novas antenas 3G e 4G, além de 120 mil pontos de Wi-fi e mais 10 mil km de cabos de fibra óptica. Ainda assim, operadoras e fornecedores preveem que poderá haver falhas na comunicação. "É claro que incomoda o Brasil não ter entregado tudo o que prometeu", diz Resende, da Fundação Dom Cabral. "Mas é parte de nossa vida de brasileiro aprender com os erros e seguir em frente". E para seguir em frente, governos federal, estaduais e municipais terão que arregaçar as mangas para desempacar o setor que mais ficou devendo em relação ao que fora planejado na Matriz de Responsabilidades - o de mobilidade urbana. Com os atrasos no cronograma de obras, muitas capitais receberão os jogos da Copa com uma estrutura de transportes piorada - e não melhorada. Tapumes, valas abertas, vias interditadas e desvios emperram o fluxo de veículos particulares e coletivos em todas as capitais da Copa. Mas essas mesmas cidades também ganharam projetos que começam a impactar positivamente a rotina do cidadão. Confira na tabela acima os legados e transtornos que a Copa deixará aos brasileiros. © 2000 – 2014. Todos os direitos reservados ao Valor Econômico S.A. . Verifique nossos Termos de Uso em http://www.valor.com.br/termos-de-uso. Este material não pode ser publicado, reescrito, redistribuído ou transmitido por broadcast sem autorização do Valor Econômico. 12 SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

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