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Prêmio Paulista consagra o trabalho de 24 empresas

Asegunda edição do Prêmio Paulista de Excelência Gráfica Luiz Metzler revelou seus vencedores no dia 15 de agosto. 58 empresas estavam concorrendo com 200 produtos e as grandes vencedoras foram a Plural, com quatro troféus no segmento Melhor Impressão, e a agência CBA B+G, vencedora em três categorias no segmento Melhor Design.

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Realizado pela Abigraf-SP, com coordenação técnica da ABTG, neste ano o concurso procurou destacar o esforço criativo, a começar pelo próprio nome do certame, que passou a chamar-se Prêmio Paulista de Excelência em Impressão & Design Luiz Metzler. Na prática, essa ênfase segmentou os premiados em dois blocos. Diferente do ano passado, quando cada categoria era dividida em três (impressão, acabamento e design e inovação), em 2019 as peças concorreram em Melhor Design, subdivido em oito categorias (promocional, editorial, impressos de segurança, cadernos, embalagens, rótulos e etiquetas e comunicação visual); e Melhor Impressão, fracionada em 25 categorias e nove segmentos (promocional, editorial, impressos de segurança, cadernos, embalagens, embalagens flexíveis, rótulos, comunicação visual e impressão rotativa). No total foram distribuídos 32 troféus, contra 25 no ano passado.

Francisco Veloso Filho, coordenador da comissão julgadora, afirmou durante a festa, no espaço Apesp, que o concurso registrou uma evolução quantitativa e qualitativa. “O padrão elevou-se, tornando mais difícil o trabalho dos jurados. A pequena diferença nas notas mostra isso.”

A segunda edição do Prêmio Paulista foi oferecida pela Heidelberg, tendo como patrocinadores Afeigraf, Bobst, FuturePrint, Ibema, DigitalPrinting/Fespa, Sun Chemical, Suzano e Oki.

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Pós-graduação in company na Plural

Começou no dia 26 de agosto, na Plural Indústria Gráfica, a turestratégias diversificadas e situações de aprendizagem, a fim de esma in company do curso de pós-graduação Gestão em Engetabelecer uma dinâmica de criação de novas ideias a respeito de canharia de Produção da Faculdade de Tecnologia Senai Theobaldo minhos para inovar os métodos de gestão no processo produtivo. De Nigris. O curso, que também tem andamento nas instalações da Desta forma, o Senai vem transformando os ambientes corporativos faculdade, foi estruturado para possibilitar aos participantes a anáem verdadeiros espaços de transformação e evolução profissional. lise das técnicas e ferramentas mais modernas de gestão de operações e incentivar a discussão sobre a inovação no segmento industrial. Gestão financeira e análise de investimentos e gestão de pessoas e liderança são os primeiros módulos do curso, cujas aulas acontecem duas vezes por semana no período noturno na planta da empresa. Contando com um corpo docente dedicado e com experiência acadêmica e de mercado, o curso é desenvolvido com

Nome novo para a Faculdade Senai

AFaculdade Senai de Tecnologia Gráfica agora chama-se Faculdade de Tecnologia Senai Theobaldo De Nigris. O nome Senai Theobaldo De Nigris é referência no segmento gráfico há muitos anos, mas atualmente atende também o setor de celulose, papel e oferta outros cursos não ligados ao segmento gráfico, o que já acontece com dois cursos de pós-graduação: Inovação e competitividade industrial e Gestão em engenharia de produção. A alteração foi realizada com o objetivo de ampliar e reforçar a atuação da Theobaldo no curso superior.

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Brasil fica em 3ºlugar geral na

OBrasil conquistou, no dia 27 de agosto, o terceiro lugar na 45 a edição WorldSkills, a olimpíada mundial de educação técnica. Depois de quatro dias de disputas, a competição realizada em Kazan, na Rússia, terminou com a conquista de 13 medalhas e o reconhecimento do Brasil como um dos países com a melhor educação profissional do mundo.

Foram duas medalhas de ouro (Desenho Mecânico em CAD e Manutenção de Veículos Pesados), cinco de prata (Computação em Nuvem, Tecnologia da Moda, Tornearia CNC, Engenharia de Moldes para Polímeros e Cuidados de Saúde e Apoio Social) e seis de bronze (Instalações Elétricas Prediais, Segurança Cibernética, Aplicação de Revestimento Cerâmico, Tecnologia de Laboratório Químico, Mecatrônica e Soldagem). A delegação brasileira também ganhou certificados de excelência em 28 ocupações, nas quais os competidores ficaram acima da nota média dos concorrentes.

Ao todo, o torneio contou com a participação de 354 jovens de 63 países. A China, que sediará a próxima WorldSkills em 2021, na cidade de Xangai, chegou com força e conquistou o primeiro lugar no ranking de pontos totais. Já a Rússia, que neste ano foi anfitriã do torneio, ficou em segundo lugar no pódio.

O terceiro lugar da delegação brasileira reforçou a imagem do país entre as equipes mais vitoriosas da competição. Isso porque o Brasil foi o grande campeão quando o evento ocorreu em São Paulo, em 2015, pela primeira vez na América Latina. Na última edição, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, os brasileiros alcançaram o segundo lugar.

“O resultado, para o Brasil, demonstra o alto nível de excelência da educação profissional brasileira. Além do número de medalhas, o padrão de qualidade que nós demonstramos nesta edição, em Kazan, mostra que em 73% das ocupações, o Brasil GI_RevistaAnúncio3.pdf 3 18/06/2019 18:12 estabeleceu um padrão de excelência. Ou seja, a cada quatro competidores brasileiros, três têm referência da WorldSkills, o que é muito bom, o que nos coloca entre os melhores do mundo”, avalia o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, que é o delegado brasileiro na organização internacional. Dos 63 brasileiros na disputa, 56 foram treinados pelo Senai e sete pelo Senac.

A WorldSkills é o maior torneio de educação profissional do planeta. A cada dois anos, jovens de até 22 anos disputam medalhas de ouro, prata e bronze em um país diferente. Cada ocupação tem provas específicas, nas quais os competidores precisam demonstrar habilidades individuais e coletivas e realizar provas em padrões internacionais de qualidade.

Fontes: Agência de Notícias CNI e Agência do Rádio Mais

VENDA COM BOA MARGEM

FIM DO DESPERDÍCIO

PRODUÇÃO COM BAIXO CUSTO

INFORMAÇÃO COM RAPIDEZ

METAS DE TRABALHO BEM DEFINIDAS

ENTREGAS NO PRAZO

Certificação G7 para os alunos da faculdade

Em julho, durante as férias, foi realizado o primeiro treinamento G7 Expert Profissional Training para os alunos do terceiro ano da Faculdade de Tecnologia Senai Theobaldo De Nigris nas dependências da faculdade. A certificação dos alunos da faculdade faz parte do programa de parceria do Senai com a Idealliance Latin America e ProjetoPack & Associados. Após o curso os alunos realizaram uma avaliação e 14 deles se tornaram G7 Experts.

Novo parceiro na Theobaldo:

Aescola agora conta com mais um parceiro: A FujiFilm! Em um novo laboratório, a FujiFilm instalou o equipamento Acuity LED 1600 II, uma impressora de grande formato tecnologia jato de tinta, com cura UV, 1,60 m de largura e para mídias flexíveis e rígidas (até 1 cm de espessura). Com esta parceria, a Theobaldo tem a disposição mais uma solução e tecnologia de ponta para os cursos de Comunicação Visual e Sinalização. O espaço será utilizado pelos colaboradores da FujiFilm, instrutores e alunos. GI_RevistaAnúncio4.pdf 4 18/06/2019 18:22

IV Simpósio Senai/ Aber de Inovação

Aconteceu em junho o IV Simpósio Senai/Aber de Inovação, Desenvolvimento e Tecnologia na Preservação de Acervos. A programação do simpósio contou com a participação de 32 palestrantes, que debateram a preservação de acervos sob a luz dos temas atuais. Foram apresentados trabalhos e palestras sobre educação patrimonial, as recomendações do Conarq e do Arquivo Nacional, secagem de materiais que sofreram enchentes em São Paulo, processos de restauro e conservação de obras de arte e livros, pesquisas em acervos de coleções sertanejas, conservação de acervos em materiais plásticos e processos de degradações de obras de arte contemporânea entre outros temas.

Durante esses dias foram intensas as discussões sobre a preservação de acervos e formas mais eficientes de manter as informações das obras tratadas. Em outubro, a Faculdade de Tecnologia Senai Theobaldo de Nigris disponibilizará a publicação do simpósio.

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Eunice Dornelles

Aparas de papel: mercado apresenta bons números, mas pode melhorar

Com alta de 2,4%, setor atingiu volume recorde de reciclagem em 2018. O ponto alto foi o papelão, enquanto o papelcartão depende do avanço da coleta seletiva para evoluir.

Na chamada economia circular, as aparas de papel representam um setor importante na cadeia de reciclagem do País. Segundo a Associação Nacional dos Aparistas, Anap, as principais categorias de aparas utilizadas no ramo gráfico provém de papel para imprimir e escrever, papel de embalagem e papelcartão. Além desses tipos, existem os chamados “pós-consumo”, aqueles descartados pelo usuário final, e podem conter elementos “impuros”, como metais, cordas, vidro e madeira, sem contar os resíduos alimentares.

Em números divulgados pela Anap, o mercado de aparas registrou em 2018 um recorde de volume de reciclagem de 5.088 toneladas, um aumento de 2,4% em relação ao ano anterior. Para Pedro Villas Boas, presidente executivo da associação, o mercado de aparas vai bem. “Fechamos 2018 com um novo recorde no volume de reciclagem, o que indica um setor bem ativo. O papelão para embalagem foi o grande destaque, seguido do papel para imprimir e escrever e, com desempenho um pouco mais fraco, o papelcartão.”

O executivo da Anap avalia que o desempenho do papelcartão deve-se, principalmente, a um dos elos ainda considerados fracos na cadeia da reciclagem. “Esse tipo depende mais do material que vem das residências e a coleta continua muito deficiente no Brasil. Em São Paulo, ainda não são todos os bairros que têm coleta domiciliar e muitos municípios brasileiros nem iniciaram o serviço. E, pela nossa experiência, quando a coleta de recicláveis é implantada, a população colabora.” Fernando Sandri, diretor técnico de P&D da Ibema, empresa que produz 140 mil toneladas de papel anualmente em suas fábricas no Paraná e em São Paulo, concorda com a Anap. “A falta de coleta efetiva nas residências é um entrave altíssimo. O sistema de coleta contratado hoje pelas prefeituras não favorece o formato da economia circular. É um modelo que não privilegia o esforço de separação dos materiais, pois não garante que eles voltarão para um processo de recuperação.” Para o executivo, o Brasil já recicla bastante, mas, para melhorar, precisa aumentar a demanda e o uso de produtos com material reciclado. “Esse ciclo só vai fluir melhor se houver quem compre na ponta. Não existe sobra de aparas no mercado. Tudo que é coletado é consumido. O que falta são aparas pós-consumo: embalagens usadas, seja em

papelcartão, papelão ou caixas. Quanto mais aparas pós-consumo colocarmos na fabricação, melhor a eficiência da economia circular”, explica o diretor da Ibema.

Pedro Villas Boas aponta outra dificuldade: o excesso de tributação. “O imposto pago pela apara de papel não pode ser recuperado. Segundo alguns analistas, isso significa bitributação, pois o papel original já foi tarifado. Se esse empecilho fosse removido e houvesse o reconhecimento de que esse é um segundo ciclo, haveria um barateamento desse tipo de papel.” Atualmente, a Confederação Nacional da Indústria, CNI, em conjunto com toda a cadeia de reciclagem, tenta reverter tal conjuntura. Pedro diz que “talvez, com a reforma tributária, a situação possa ser revista, acabando com essa anomalia”.

REDUÇÃO DRÁSTICA

Um grande player do mercado é a CBS Aparas, que tem capacidade para processar cinco mil toneladas de aparas por mês. Carlos Ribeiro, diretor, explica que a CBS não trabalha diretamente com catadores, mas com os ferros-velhos e as cooperativas, empresas profissionais estabelecidas e que têm condição de fornecer o material descartado nas ruas e lares. De acordo com Carlos, a oferta de aparas de papel para imprimir e escrever caiu pela metade nos últimos 10 anos. A crise econômica fez sua parte, mas a internet e a queda de circulação de jornais e revistas impressos foi uma das grandes responsáveis pela redução, na opinião dele. “Antigamente, retirávamos dos condomínios mil toneladas de papel mensalmente, oriundas das revistas e jornais que os moradores descartavam. Hoje esse volume caiu muito. A falência de grandes livrarias, como a Cultura e a Siciliano, representou uma queda de 70% no volume de livros descartados, outro grande baque sofrido pelo papel para imprimir e escrever.”

O segmento de papelão também depende da economia, mas é mais estável. Com a crise econômica, o consumo do brasileiro pode ter diminuído, mas, por outro lado, com o aumento do desemprego, há um número recorde de pessoas catando papelão nas ruas, o que compensa e serve para manter a oferta equilibrada. Segundo os aparistas, o grande boom do descarte e consequente oferta de papel de embalagem acontece entre os meses de outubro e janeiro. Black Friday, Natal, Ano Novo, mais dinheiro circulando no país favorecem essa matéria-prima.

André Duckur Cristofoleti, proprietário da Aparas Primos, de Rio Claro, um dos grandes aparistas paulistas, afirma que não existe falta de aparas no mercado, principalmente com o consumo em baixa. “Caso grandes fabricantes comecem a aumentar a produção, poderemos ter algum caso de pouca oferta, mas, neste momento, isso não acontece. As empresas produtoras de papel não aumentaram a quantidade de pedidos de aparas, o mercado está bastante equilibrado.”

Fernando Sandri reafirma que é preciso incentivar a coleta e separação do material pós-consumo. Esse é o grande desafio. “Todos precisam estar motivados para que haja material disponível. Isso inclui desde a relação das pessoas com a compra, o uso e descarte dentro de casa, até a melhoria nos

A CBS é capaz de processar 5.000 toneladas por mês

canais de reciclagem para que o material retorne às fábricas, seja via varejo, cooperativas ou serviço público. E mais: a demanda precisa crescer, com a indústria de bens de consumo especificando e solicitando o material reciclado para suas embalagens.” Para o executivo, iniciativas como a campanha Two Sides, que visa informar e conscientizar o público sobre a reciclagem de papel, são fundamentais. “Trabalhar dentro das empresas para ampliar a divulgação, dar mais visibilidade a esse tema junto a todos os públicos proporcionará um belíssimo resultado de longo prazo, irradiando positivamente esse conhecimento para que equívocos sejam corrigidos de forma adequada.”

FUTURO

Para Sandri, da Ibema, a tendência é que aumente o consumo do papelcartão em detrimento do plástico. Ele cita como exemplo a Nestlé, que anunciou a troca da embalagem de plástico de sua linha europeia de barrinhas de cereal Yes pelo papel, após investir em maquinário para manter a mesma velocidade na linha de embalagens que tinha com o uso do plástico. “Percebemos também que vários itens de higiene e limpeza estão retornando para embalagens de papelcartão. Outras empresas estão anunciando a redução no consumo de plástico e acreditamos muito nessa tendência. Aos poucos, estamos nos preparando para que o papelcartão aumente seu espaço nas gôndolas.”

No lado dos aparistas, Carlos Ribeiro dá sua visão de longo prazo. “O que vejo é que a oferta de papel de imprimir e escrever diminuiu sem volta. Para o segmento de embalagem a grande esperança é que a economia cresça, aumentando significativamente a oferta e a procura. A indústria papeleira já está preparada, em termos de equipamento e tecnologia, para uma demanda mais acelerada. Cabe a nós, aparistas, estarmos prontos para esse aumento.”

RECUPERAÇÃO DE APARAS PELOS PRINCIPAIS CATEGORIAS GERADORAS

Produto 2014 2015

Imprimir e escrever C onsumo aparente de papel Coleta de aparas - brancas Taxa de recuperação

Embalagem Consumo aparente de papel Coleta de aparas - marrons Taxa de recuperação

P

Consumo aparente total Coleta de aparas total

Taxa de recuperação 2.726 918 33,7%

4.760 3.762 79,0%

588 152 25,9%

8.074 4.832

59,9% 2.191 870 39,7%

4.801 3.803 79,2%

553 147 26,6%

7.545 4.820

63,9%

2016

2.096 774 36,9%

4.747 3.849 81,1%

540 142 26,3%

7.383 4.765

64,5%

2017

2.069 820 39,6%

4.872 4.025 82,6%

571 124 21,7%

7.512 4.969

66,1%

2018

2.023 877 43,4

4.861 4.096 84,3%

603 115 19,1%

7.487 5.088

68,0% Evolução 18/17

-2,2% 6,9%

-0,2% 1,8%

5,6% -7,3%

-0,3% 2,4%

Mês

jan. fev. mar. abr. maio jun. jul. ago. set. out. nov. dez. 2017

408 395 401 395 403 405 415 425 416 423 418 415 1000 t 2018

418 414 430 426 375 447 454 442 418 435 413 420 2019

422 407 416 415 436

abr. maio jun. jul. ago. set. out. nov. dez.

395 403 405 415 425 416 423 418 415 426 375 447 454 442 418 435 413 420

CONSUMO MENSAL DE APARAS

480

460

440

1000 t

420

400

380

360

340

320 jan. fev. mar. abr.

Fonte: Anguti Estatística Fonte: Anguti Estatística

2017

maio 2018

jun. jul. 2019

ago. set. out. nov. dez.

COMO FUNCIONA A RECICLAGEM DE PAPÉIS

Aparas são materiais descartados em processos industriais, como explica Célio Robusti, técnico de Ensino da Theobaldo De Nigris. Em se tratando da indústria de papel, as aparas são classificadas em dois grupos: pré-consumo e pós- -consumo. As primeiras são, principalmente, refiles e refugos originários de gráficas, editoras, cartonagens, bem como da indústria de papel. Aparas pós-consumo são artefatos de papel, papelcartão e papelão ondulado descartados após sua utilização. A grande maioria dos papéis pode ser reciclada, ou seja, pode voltar ao ciclo produtivo, desde que não possua impurezas em excesso ou que essas possam ser retiradas durante o processo. As aparas de papel que possuem materiais que podem comprometer a qualidade do produto final e que não podem ser retirados durante o processo, não devem ser utilizadas, de acordo com o técnico do Senai. Estão nessa categoria o papel parafinado, papel betumado, papel higiênico, papel termocopiativo, papel carbono (em desuso), papel metalizado e papel fotográfico. Também não devem ser reciclados papéis que, ao entrarem em contato com a água, não se desagregam facilmente, como embalagens utilizadas para alimentos congelados e alguns tipos de papel toalha. Papéis transparentes, como o manteiga, não podem ser reciclados devido ao excesso de refinação das fibras celulósicas durante seu processamento, que alteram de forma significativa sua estrutura.

Para a fabricação de papéis brancos para imprimir e escrever ou de papéis que serão coloridos no processo podem ser utilizadas aparas brancas ou até mesmo impressas de papéis offset, apergaminhado, monolúcido, multiuso, couché, entre outros, desde que a fábrica possua os equipamentos necessários para retirar a tinta de impressão, o chamado desentintamento.

Para a fabricação de alguns tipos de papelcartão menos nobres podem ser utilizados os mesmos tipos de aparas citadas anteriormente para compor o verso ou o miolo do produto. Já para a fabricação do papel que será destinado à composição do miolo de uma caixa de papelão é muito comum utilizar aparas (pós-consumo) da própria caixa de papelão, juntamente com algum outro tipo de papel branco ou colorido, impresso ou não.

Vale lembrar que antes de reciclar é preciso fabricar o papel com celulose virgem para que se tenha matéria-prima fibrosa adequada. Além disso, Célio ressalta que a fibra celulósica tem um limite de reciclagem, já que seu comprimento diminui e suas paredes são danificadas. Durante o processo, sua estrutura é alterada de forma significativa, comprometendo, assim, a qualidade do produto final, principalmente aquela que diz respeito à resistência mecânica.

#ABTG60

Festa marca posse da nova diretoria

Oclube Juventus foi o local escolhido pela ABTG para a comemoração de seu sexagésimo aniversário. A entidade reuniu 164 pessoas na noite de 4 de julho para festejar a data e empossar a diretoria que conduzirá a associação até 2022.

A trajetória da ABTG foi lembrada por Francisco Veloso Filho, que comandou a entidade nos últimos três anos e há mais de 20 coordena a comissão julgadora do Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini. Ressaltando o papel dos fundadores, Veloso afirmou: “Naquele período de plena industrialização de São Paulo, anterior ao surgimento da Escola Técnica de Artes Gráficas do Senai, eles objetivavam trocar informações técnicas, experiências e melhorar o padrão de qualidade dos impressos, através da difusão do conhecimento que possuíam”. Ele grifou também as realizações da associação por meio dos três pilares que sustentam sua evolução: difusão do conhecimento, U m dos principais objetivos da nova diretoria é alargar as fronteiras, ampliando o alcance da associação. Nesse sentido, vem estreitando o relacionamento com instituições de outros Estados, como o Senai Dendezeiros, em Salvador, e o Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado da Bahia, Sigeb. “Queremos estar em pontos estratégicos, dos quais possamos atender toda uma região”, afirma Carlos Suriani, novo presidente executivo e um dos diretores da Ogra Oficina Gráfica. Outra meta é aprimorar a comunicação com o mercado, sobretudo na divulgação de seus serviços. As ações nesse sentido vão desde a atualização de mailing e reestruturação do site da entidade, até o aumento da capilaridade da revista Tecnologia Gráfica. “Estamos assumindo uma postura proativa, realocando pessoas antes em atividades internas para que se transformem em multiplicadores dos projetos da ABTG, normalização e valorização do impresso, ressaltando ações mais recentes como o Congresso Internacional de Tecnologia Gráfica e a representação da campanha mundial Two Sides.

A nova diretoria foi empossada por Bruno Cialone, até então presidente do conselho diretivo, ao lado de Francisco Veloso e Manoel Manteigas de Oliveira, que continua como diretor técnico. Após seus agradecimentos, Carlos Suriani e Fabio Gabriel, respectivamente presidente executivo e presidente do conselho diretivo, deram a palavra a João Scortecci, que falou em nome dos membros da nova gestão. Salientando o aspecto tecnológico, o novo vice-presidente executivo afirmou que não há inovação sem tecnologia de ofício, não há criatividade sem a proposição do ato de fazer diferente.

Houve espaço também para homenagear os ex- -presidentes, dos quais estiveram presentes Fabio Mortara, Silvio Isola, Reinaldo Espinosa, além dos

ABTG quer ir mais longe

próprios Francisco Veloso e Bruno Cialone. em contato direto com as gráficas”, complementa Caco. “Projetamos uma entidade nacional e digital, próxima do micro e pequeno gráfico, capaz de oferecer cursos online, webinars e o que mais for preciso para responder às necessidades desse público. Queremos disseminar conhecimento e conectar pessoas.”

Caco e Fabio Gabriel, novo presidente do conselho diretivo e diretor da Leograf, já faziam parte da gestão anterior como conselheiros. “Estou muito satisfeito com a equipe que conseguimos formar para a nova gestão. Os últimos três anos foram dos mais difíceis para a ABTG e saímos dessa fase fortalecidos. Agora vamos dar continuidade ao trabalho que já vinha sendo feito, fortalecendo ainda mais a entidade à medida que intensificamos o relacionamento com as instituições afins, inclusive com a Abigraf e o Sindigraf”, diz Fabio Gabriel.

Gestão

2019/2022

Diretoria executiva

Carlos Suriani, presidente João Scortecci, vice-presidente Manoel Manteigas de Oliveira, diretor técnico Bruno Arruda Mortara, diretor técnico adjunto Oziel Branchini, diretor financeiro José Ricardo Carrijo, diretor financeiro adjunto

Conselho diretivo

Membros efetivos Fabio Gabriel dos Santos, presidente Wilson Paduan, 1 O vice-presidente Bruno Cialone, 2 O vice-presidente

Conselheiros Alexandre Frare Piffer Ana Paula Paschoalino B. Freitas Antonio José Simões Vieira Gameiro Cidnei Luiz Barozzi Francisco Veloso Filho James Hermes dos Santos Ludwig Allgoewer Renato Barbieri Richard Möller Sidney Anversa Victor Membros Suplentes Ricardo Morena Hiraishi Sergio Ricardo Fonseca Pera Franz Clemens H. Furstenberg

Conselho fiscal

Membros Efetivos: José Pires de Araújo Júnior Paulo Addair D. Filho Felipe Salles Ferreira Membros suplentes Paulo César Bernardino João Elcio Luongo Junior

Wilson Pereira da Silva

João Scortecci, Carlos Suriani, Manoel Manteigas de Oliveira e Fabio Gabriel dos Santos.

associados

Da idealização e organização da ExpoPrint - o maior evento do setor gráco da América Latina - à realização da Conferência Trends of Print, ao trabalho estatístico sobre os dados econômicos do nosso mercado, a Afeigraf há 15 anos apoia a indústria gráca no Brasil.

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