Ano 2
edição 16
Novembro 2018
InfoSenar Soja Mesmo com a queda no valor do dólar frente ao Real e a estabilidade das cotações em Chicago, soja registra valorização no mercado interno brasileiro em Setembro.
8,4550
8,4350 8,3050
31/ago
14/set
28/set
Preços Médios de Soja (R$/saca) - Goiás R$86,00 R$84,00 R$82,00 R$80,00
+3,91%
R$78,00 R$76,00 R$74,00 R$72,00
Balcão
28/set
26/set
24/set
22/set
20/set
18/set
16/set
14/set
12/set
10/set
08/set
06/set
04/set
02/set
R$70,00
31/ago
Alavancados pela excelente demanda por soja brasileira, os preços da oleaginosa registraram avanços no mercado interno ao longo do mês de Setembro. As cotações da soja encerraram o mês em estabilidade frente ao fechamento de agosto, tendo registrado alta mensal de apenas +0,23% na cotação dos contratos com vencimento em Novembro/2018. Já no câmbio registrou-se queda de -2 ,7 3 % na cotação do dólar frente ao Real no acumulado do mês, movimento influenciado principalmente pela disputa presidencial no Brasil. Mesmo assim, os elevados prêmios de exportação pagos nos portos brasileiros compensaram as queda no câmbio e foram determinantes para as altas observados no mercado interno. Em Goiás as cotações da soja no mercado físico tiveram alta de 3,91%, tanto na soja balcão, que encerrou o mês cotada em média a R$74,89 por saca, como na soja disponível, cotada a R$82,50 por saca. A demanda intensa por soja da América do Sul se dá em função da guerra comercial travada entre Estados Unidos e China, que acarretou uma tarifação de 25% sobre a soja americana exportada aos asiáticos. Essa imensa demanda chinesa direcionada mais intensamente ao Brasil Câmbio - R$/US$ vem resultando em recordes no R$4,25 volume exportado de soja neste R$4,20 R$4,15 ano. No acumulado de janeiro a R$4,10 setembro de 2018 Brasil já exporR$4,05 tou um volume total de 69,20 R$4,00 milhões de toneladas, já superanR$3,95 -2,73% do o resultado obtido em todo o R$3,90 R$3,85 ano de 2017 (68,14 milhões).
Bolsa de Chicago (CBOT) - Contrato Setembro/2018 (US$/bushel)
Disponível
Milho Preços do milho registram queda no mercado internacional, pressionados com a chegada da colheita de mais uma grande safra nos Estados Unidos. No Brasil, preços também registraram recuos ao longo de setembro. Os preços do milho perderam força ao longo do mês de setembro na Bolsa de Chicago (CBOT), pressionados pela excelente safra que começou a ser colhida nos Estados Unidos. Os americanos registraram uma safra com clima bastante favorável durante o seu desenvolvimento, sendo que as expectativas atuais apontam colheita de 375,37 milhões de toneladas. No Brasil a colheita da safrinha foi encerrada em setembro, com resultado final de produção de 53,97 milhões de toneladas, queda de 18% em relação ao resultado da safra anterior. Esta oferta mais restrita e a colheita mais tardia do que em 2017 contribuíram para o ritmo ainda fraco de embarques para exportação até o final do mês, tendo o Brasil exportado no período um volume de 12,6 milhões de toneladas, redução de 24,4% em relação ao mesmo período da safra passada. As estimativa atuais da Conab apontam exportações totais de 25 milhões de toneladas de milho no ano. Impactados pelo movimento em Chicago e pelas variações negativas do câmbio, que em setembro registrou queda de 2,73% do dólar frente ao Real, os preços do milho no mercado interno perderam força. Em relação ao fechamento de agosto o preço médio do milho em Goiás registrou queda de 2,21%, encerrando setembro cotado em média a R$30,53 por saca.
Bolsa de Chicago (CBOT) - Contrato Dezembro/2018 (US$/bushel) 3,6500 3,5625 3,5175
31/ago
14/set
28/set
Milho – Preço Médio (R$/saca) - Goiás R$32,50 R$32,00 R$31,50
28/set
26/set
24/set
22/set
20/set
18/set
16/set
14/set
12/set
10/set
passada
08/set
relação à safra
-2,21%
R$30,00 R$29,50
06/set
volume de
milhões de toneladas
de 24,4% em
04/set
em 2018 um
12,61
R$31,00 R$30,50
02/set
Brasil exportou
uma queda
31/ago
até setembro o
Boi Gordo Os preços de bovinos para abate em Goiás seguiram se reajustando positivamente dos primeiros dezenove dias de outubro/18, assim como aconteceu em agosto. Já a média do indicador Boi Gordo Esalq/BM&FBovespa cedeu em 0,05% até o dia 19/10, com tendência de encerrar o mês com preços médios menores. Isso devido às ofertas de gado terem se acentuado e as indústrias mudarem a estratégia de compra, saindo de mercado devido à facilidade de preenchimento de suas escalas. Do lado da demanda externa, a contribuição foi com uma aquisição maior em 22%, de janeiro a setembro de 2018, frente a 2017, em Goiás. Este incremento foi tanto em receita quanto em quantidade. Avaliando o comportamento no mês de setembro, tivemos aumento de 3% para receita e para quantidade em relação ao mês anterior. Ao caminhar para o fim do mês, maior movimento de compra pode ser esperado do lado do consumidor interno.
16,2 milhões de
bovinos abatidos*BR
6,2% (jan-ago 17/18)
-0,05%
Fonte: *SIF (Mapa)
Leite A instabilidade cambial afetou o mercado do Leite em Pó Integral Industrial e do Leite Desnatado, reduzindo os volumes negociados, com mercado caminhando de lado. Num momento de valorização da soja brasileira, motivada principalmente pela sobretaxação dos Estados Unidos às exportações para a China, observa-se uma correlação positiva com o aumento dos custos de produção, por ser o principal componente no concentrado. Espera-se que o indicador Preço Líquido Pago ao Produtor - Média Brasil, do Cepea, finalize o segundo semestre acima das médias registradas no ano anterior, ou seja, diferente do primeiro semestre, onde os preços médios ficaram abaixo de 2017 e 2016. Efeito entre a finalização da safra na região Sul e a chegada do início da safra em Minas e Goiás mantiveram a estabilidade dos preços no mercado spot, criando um gap de oferta. A demanda começa a recuar, impactando nos preços do Leite UHT ao consumidor final, que registrou queda de R$0,20 entre agosto e setembro. No Queijo Muçarela a mesma tendência de queda é observada, com o recuo de R$0,60 no mês. No leite em pó fracionado verificou se uma alta, referente ao efeito da substituição entre o Leite UHT e o Leite em Pó, dado que os aumentos registrados do Leite em Pó não foram tão significativos quanto os registrados no Leite UHT. Os preços no atacado seguiram em queda no mês de setembro, tanto para o Leite UHT quanto para o Queijo Muçarela. Mesmo assim, embora em ritmo menos acelerado, os preços médios ainda se mantiveram superiores aos do mesmo período do ano anterior.
Fonte: Banco Central
Preços nominais mensais - Leite spot Média BR
Média RS
Média PR
Média SC
Média GO
Média MG
ago-18
1,59
1,47
1,55
1,47
1,71
1,66
set-18
1,55
1,49
1,50
1,47
1,59
1,61
out-18
1,55
1,52
1,54
1,48
1,56
1,59
Fonte: MilkPoint Mercado
Fonte: IFAG TÉCNICO
Cana-de-açúcar
(19/09 a 18/10/2018)
Preços reagem forte com chegada da entressafra A safra de cana de 2018 está finalizando e, das 32 usinas que processaram cana este ano em Goiás, cinco já paralisaram a moagem e as demais deverão finalizar até o fim de outubro. Fatores climáticos relacionados à seca em 17/18 foram preponderantes para a chegada precoce da entressafra. Com isso os preços dos derivados (etanol e açúcar) tiveram altas consideráveis. No caso do etanol a produção em Goiás aumentou cerca de 24%, porém as vendas aumentaram 40%, proporcionando o aumento de preços já em setembro.
No fechamento de preços em setembro/18 o etanol hidratado, vendido nas usinas em Goiás, subiu 14,6% se comparado a agosto/18 e no comparativo anual o preço aumentou 16,2%. No caso do açúcar mercado interno, os preços saltaram 18% no mesmo comparativo e na variação anual, 15,8%. A moagem registra queda de 2,3% até o momento, como reflexo do fim antecipado da safra. No Cento Sul a produção de etanol cresceu 25%, já o açúcar ainda amarga queda de 24% na produção no ciclo 18/19.
Produção acumulada* Safra 18/19 Centro Sul
Evolução histórica de preços de Etanol em Goiás
Cana
Evolução preços do Etanol Hidratado Goiás
-2,31%
457,93
(R$/l sem impostos - mercado interno - Indice Cepea/Esalq) 2,0000 1,8000 1,6000 1,4000 1,2000
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 2016
2017
2018
Fonte: CEPEA/SP – elaboração IFAG
Açúcar
24,4
22,3
+25%
milhões de toneladas
bilhões de litros
Et. Hid
ATR
+57,6%
1,0000
Etanol
-24%
milhões de toneladas
MIX Produção
+0,7%
16,4
64,3
Bilhões de litros
Milhões de toneladas
36,4% 63,6%
Etanol Açucar
Fonte: ÚNICA * acumulado de 1º de abril até 01 de outubro de 2018
Hortifruti
(19/09 a 18/10/2018)
Preços de frutas e hortaliças disparam com chegada das chuvas As chuvas ocorridas já no mês de setembro e com sinais de regularidade já na primeira quinzena de outubro em várias regiões ocasionou, com já havia sido previsto, uma disparada dos preços de hortaliças e frutas em Goiás. Outros estados grandes produtores que abastecem Goiás, como SP e MG, também tiveram a ocorrência de chuvas, contribuindo para a elevação dos preços. A tendência é de elevação dos preços, nesse momento de dificuldade para se produzir e aumento dos custos, além da própria entressafra de alguns produtos.
No mês de outubro os preços das frutas estão, até o momento, 28% mais caros, se comparados à média de setembro, enquanto as hortaliças aumentaram 12%. O preço da banana maçã puxou a alta das frutas, com aumento de 75,3%, se comparado à média de setembro. Maracujá e abacaxi subiram 29,6% e 18,4%, respectivamente. Nas hortaliças o tomate mais uma vez foi o campeão de aumento mensal (141,2%). Nesse mesmo período, em 2017, o aumento foi de 17,8%.
Preços médios de Hortifruti 2018 (em R$/kg)* Abacaxi Banana maçã Laranja Pêra Rio Maracujá Azedo Batata Lisa Beterraba Cebola Nacional Cenoura Tomate Longa Vida
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
Set
Out*
Var.%**
0,92 1,37 0,76 1,74 0,69 0,75 0,59 0,72 0,76
1,09 2,40 0,85 2,25 0,71 0,86 0,60 0,71 1,84
18,37%
Fonte: IFAG/Ceasa-GO - Preços médios de comercialização do produtor ** parcial do mês de outubro** referente a setembro/18
Comparativo anual preços de hortifruti R$7,00 R$6,00 R$5,00
75,31%
R$4,00
11,99%
R$3,00
29,66% 2,55%
R$2,00 R$1,00 R$-
15,1% 0,89% -0,71% 141,22%
Fonte: IFAG/Ceasa-GO
outubro/17
Outubro/18
Ano 2
edição 16
Novembro 2018
InfoSenar Estruturação e Sistematização dos Dados Econômicos do Setor Agropecuário do Estado de Goiás
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural /AR-GO
Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás
Tel.: 62 3412-2700 www.senargo.org.br
Tel.: 62 3241-5252 www.ifag.org.br
Dados referentes ao período de 19 de setembro a 18 de outubro de 2018