Produção Animal Avicultura - ed28

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Sumário Festa do Ovo de Bastos Evento discute LTI, ações para aumento das exportações de ovos e abastecimento de milho e soja

Ciência Avícola Aplicada Conheça mais sobre os trabalhos vencedores do Prêmio Lamas 2009

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33

16

Eventos................................................................. 04 Notícias Curtas..................................................... 06 AviGuia................................................................ 20 Ciência Avícola.................................................... 31 Associações.......................................................... 32 Portfólio Aviguia................................................. 48 Classificados . ...................................................... 49

Os 10 mais Ranking da produção avícola nos estados brasileiros

ESTATÍSTICAS E PREÇOS

Ponto Final Investimentos no IB de Bastos auxiliam no crescimento do setor de postura

expediente Produção Animal - Avicultura ISSN 1983-0017 Coordenador Editorial José Carlos Godoy jcgodoy@avisite.com.br MTB - 9782 Comercial Paulo Godoy Christiane Galusni publicidade@avisite.com.br Redação Érica Barros Thaís Façanha Maruoka imprensa@avisite.com.br

50

Produção e mercado em resumo........................................... 36 Alojamento de matrizes de corte...........................................37 Produção de pintos de corte................................................. 38 Produção de carne de frango................................................ 39 Exportação de carne de frango............................................ 40 Disponibilidade interna de carne de frango.........................41 Alojamento de matrizes de postura..................................... 42 Alojamento de pintainhas comerciais de postura............... 43 Desempenho do frango vivo no mês de julho..................... 44 Desempenho do ovo no mês de julho.................................. 45 Matérias-primas...................................................................... 46

eDITORIAL

Ciência avícola brasileira e os números de produção e mercado em destaque A já tradicional divulgação do ranking

Reunindo exposição com inovações e pro-

dos dez principais estados brasileiros na

dutos utilizados no setor avícola, além da

produção avícola (página 33) vem nesta

Jornada Técnica, Encontro dos Avicultores,

Diagramação e arte Mundo Agro e Luciano Senise senise@senise.net

edição de Produção Animal-Avicultura, a

shows e apresentações, o principal evento

revista do AviSite, acompanhada dos nú-

nacional da avicultura de postura movi-

meros referentes ao fechamento do se-

mentou cerca de R$ 15 milhões nos três

Internet Darcy Júnior webmaster@avisite.com.br

mestre. A principal constatação com rela-

dias de feira.

Circulação e Assinatura (19) 3241-9292 assinatura@avisite.com.br Fale com a redação! imprensa@avisite.com.br Tel: (19) 3241 9292 Mundo Agro Editora Ltda. Rua Erasmo Braga, 1153 13070-147 - Campinas, SP

ção aos preços de frango e ovos é de que

Boa parte desta edição da Revista do

o período de entressafra das carnes, quan-

AviSite também é dedicada ao trabalhos

do os preços dos três animais e das respec-

científicos vencedores do Prêmio Lamas

tivas carnes sobem quase ininterrupta-

(página 22). Este material conta com a co-

mente até o final do ano, não pôde ser

laboração dos autores e informações adi-

percebido em julho deste ano (abertura de

cionais sobre as pesquisas e é uma forma

Estatísticas e Preços - página 36).

de entrar em contato com o que de me-

Os 50 anos da Festa do Ovo de Bastos também estão em destaque nesta edição.

lhor tem se produzido na ciência avícola brasileira. Produção Animal | Avicultura 3


Eventos

2009 Agosto 19 a 21 de agosto Ave Expo 2009 & III Fórum Internacional de Avicultura Local: Mabu Thermas e Resort, Foz do Iguaçu, PR Realização: Editora Animalworld Contato: (19) 3709-1100 Informações: www.aveexpo.com.br 25 a 27 de agosto TecnoCarne 2009 Local: Centro de Exposições Imigrantes, São Paulo Realização: Brazil Trade Shows Contato: (11) 3598-7800 Informações: www.tecnocarnes.com.br 29 de agosto a 6 de setembro Expointer Local: Parque Assis Brasil, Esteio, RS Realização Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (SEAPPA) Contato: (51) 3288-6223 Informações: www.expointer.rs.gov.br/

Setembro 2 a 4 de setembro II Simpósio Regional de Avicultura e Suinocultura e II Encontro das Indústrias Avícolas e Suinícolas da Bahia Local: Pestana Bahia Hotel, Salvador, BA Realização: Associação Baiana de Avicultura Contato: (71) 2102-6608 Informações: www.gt5.com.br/sras/programa.asp E-mail: virginiacardoso@gt5.com.br 3 e 4 de setembro Simpósio Goiano de Avicultura Local: Castro’s Park Hotel, Goiânia Realização: Associação Goiana de Avicultura (AGA) e Universidade Federal de Goiás Contato: (62) 3202 3665 Informações: www.agagoias.com.br E-mail: simposiogoiano@terra.com.br 10 e 11 de setembro VI Curso de Atualização em Avicultura para Postura Comercial Local: UNESP/FCAV, Jaboticabal, SP Realização: UNESP/FCAV, APA e Instituto Biológico Contato: (16) 3209-1300 Informações: www.funep.com.br/eventos E-mail: eventos@funep.fcav.unesp.br

4 Produção Animal | Avicultura

14 a 17 de setembro Mercoagro - 8ª Feira Internacional de Processamento e Industrialização da Carne Local: Parque de Exposições Tancredo Neves, Chapecó, SC Realização: Brazil Trade Shows Contato: (11) 3598-7800 Informações: www.mercoagro.com.br 30 de setembro e 1º de outubro Simprotec Carnes Local: Sociedade rural do Paraná, Londrina, PR Realização: TechFoods e Universidade Estadual de Londrina (UEL) Informações: www.techfoods.com.br/

Outubro 6 a 9 de outubro XXI Congresso Latino-Americano de Avicultura e Avimundo 2009 Local: Centro de Exposições PABEXPO, Havana, Cuba Realização: ALA e Associação Cubana de Produtores Avícolas (SOCPA) Informações: www.avicultura2009.com E-mail: info@avicultura2009.com 10 a 14 de outubro Anuga 2009 Local: Koelnmesse, Colônia, Alemanha Informações: www.anuga.com/ E-mail: anuga@visitor.koelnmesse.de 21 a 23 de outubro 8º Simpósio Técnico de Incubação, Matrizes de Corte e Nutrição Local: Balneário Camboriú, SC Realização: ACAV (Associação Catarinense de Avicultura) E-mail: acav-chapeco@hotmail.com 27 e 28 de outubro Fórum Nacional da Avicultura Local: Brasília Realização: UBA e ABEF E-mail: imprensa@uba.org.br

Novembro 11 a 13 de novembro I Congresso Internacional sobre Nutrição de Aves e Suínos Local: Auditório do Instituto Agronômico de Campinas Av. Barão de Itapura, 1481 Realização: CBNA Informações: www.cbna.com.br E-mail: cbna@cbna.com.br



Notícias

As mais lidas no AviSite em julho da produção Frango manteve, no 1 Distribuição 2 de frango no Brasil traz semestre, quarta posição surpresas em 2009

A

primeira notícia mais lida no AviSite no mês de julho refere-se ao alojamento de pintos de corte nos estados brasileiros. Segundo o texto, SC e RS são responsáveis por pouco mais de 30% dos alojamentos. Já o PR alojou sozinho 25% do total entre janeiro e maio deste ano. O texto diz ainda que os quatro estados do Sudeste ocuparam juntos a terceira posição com 24% do alojamento. Para conferir o assunto com mais detalhes, veja as páginas 33 a 35.

da pauta exportadora

O

texto discorre sobre o índice de exportação da carne in natura que, apesar de ter registrado no primeiro semestre de 2009 uma receita cambial quase 20% menor que a de um ano atrás, manteve a mesma 4ª posição registrada no mesmo período de 2008.

ovo, milho e 3 Frango, inflação nos 15 anos do real

A

inflação apontada pelo indicador “Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna” (IGP-DI) da Fundação Getúlio Vargas totalizou até junho uma evolução de 299,97%. Ou seja, praticamente retrocedeu aos níveis registrados um ano atrás quando registrou evolução de 296,95% (cinco meses depois essa evolução chegaria a 305,98%). Esse assunto é o tema discutido na terceira notícia mais lida no AviSite, que ainda comenta a situação do ovo, do milho e do frango vivo.

semestre, preço do 4 No frango exportado ficou próximo do registrado em 2007

A

quarta notícia mais lida no AviSite em julho comenta o aumento e o recuo do preço do frango in natura exportado. Segundo o texto, enquanto no primeiro semestre do ano passado foi registrado aumento de 28,6% sobre o mesmo período do ano anterior, neste ano verificouse recuo de 18,5%. Além disso, o primeiro semestre de 2009 foi encerrado com receita cambial 19,3% menor que a do primeiro semestre de 2008.

interna é insuficiente para 5 Produção atender demanda mexicana de carnes

O

bservando que um dos fatores que força o setor a realizar importações é a produção insuficiente para atender a demanda interna, o Presidente do Conselho Mexicano de Carnes afirmou que o setor representado está disposto a absorver maior volume de bovinos, aves e suínos produzidos nacionalmente se os produtores passarem a operar sob o sistema de inspeção federal e dispuserem dos produtos requeridos para a fabricação de embutidos e outros industrializados cárneos. 6 Produção Animal | Avicultura


Legislação

MAPA implementa sistema de alerta zoossanitário Objetivo é facilitar rápidas e adequadas ações de gestão de riscos

Agora chegou

A

través da Instrução Normativa (IN) nº 25, de 2 de julho de 2009, publicada no Diário Oficial da União do dia 3 de julho, o Ministério da Agricultura está implementando o “Sistema de Alerta Zoossanitário, Fitossanitário, Sanitário e outras não-conformidades” relacionadas a produtos animais e vegetais importados e exportados pelo Brasil. A medida visa, principalmente, facilitar rápidas e adequadas ações de gestão dos riscos nessas áreas. De acordo com a IN, o Sistema será notificado sempre que forem detectadas suspeitas ou não-conformidades que causem riscos de ordem sanitária animal ou vegetal. A notificação poderá ser feita por órgãos do próprio MAPA, por centrais de alerta no exterior ou, mesmo, por qualquer pessoa ou entidade pública ou privada.

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Exportação

Brasil vai à Rússia negociar revisão na política de cotas para frango Russos favorecem exportadores americanos de olho na OMC

A

Abef quer que a Rússia revise a política de cotas para importação de frango em 2010. A solicitação é para que o país passe a adotar o sistema de nação mais favorecida e acabe com a política de cotas geográficas. Segundo a Agência Estado, o diretor executivo da entidade, Ricardo Santin, oficializou o pedido ao governo russo durante encontro em Moscou, na terceira semana de julho. Em 2009, até final de julho, representantes do governo brasileiro haviam feito sete visitas à Rússia para tratar do tema. Apesar do esforço, a decisão do país a respeito de uma possível descontinuidade do sistema de cotas de importação de carnes foi adiada mais uma vez. A Rússia adota uma política de importação de 1,2 milhão de toneladas de carne de frango por ano. Desse total, os Estados Unidos têm uma cota de 760 mil toneladas com taxação diferenciada, assim como a Europa, que é dona de uma fatia de 280 mil toneladas. Todos os demais países exportadores possuem uma cota de 12 mil toneladas por ano e é nessa parcela que o Brasil está incluído. Produção Animal | Avicultura 7

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Notícias Mercado interno

Peso médio do frango no Brasil varia quase 40% Diferença entre menor e maior peso é de pouco mais de 39%

A

partir dos dados do IBGE relativos ao abate animal no Brasil, constatase que os frangos abatidos no país no primeiro trimestre de 2009 tiveram um peso médio que variou desde 1.866 gramas (Rio de Janeiro) até mais de 2,5 kg (2.554 gramas em Alagoas; 2.594 gramas em Rondônia). A variação encontrada entre o menor e o maior peso é de pouco mais de 39%, enquanto em relação à média nacional (2.074 gramas) as variações máximas foram de -10% e +25% abaixo e acima da média, respectivamente. O baixo peso médio observado entre os três estados do Sul decorre do fato de grande parte da produção local ser exportada como “griller”, aves de baixo peso médio.

2.594 gramas 2.554 gramas

1.866 gramas 1.947 gramas

Carne de frango

China pode ser o maior importador mundial Compras externas do país em 2008 aproximaram-se do 1,7 milhão de toneladas

C

om base em dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), o AviSite comentou na primeira semana de julho que nos primeiros cinco meses de 2009, a China foi o segundo maior importador do frango norte-americano, respondendo por 13% do total exportado pelos EUA. Mas o mais importante nos dados do USDA é a rápida evolução dessa participação, fato demonstrado pela seguinte regressão: neste ano, 13% do total; no ano passado, 10,5%; há cinco anos (2004) apenas 0,75%.

8 Produção Animal | Avicultura

Aparentemente, porém, esses números não refletem toda a realidade das exportações norte-americanas para a China, fato sugerido por um outro levantamento do USDA, este efetuado pela equipe do órgão sediada em território chinês. E tais dados apontam não só que a China já é a principal importadora de frango dos EUA (ou seja, superou a Rússia), como também caminha rapidamente para se tornar a maior importadora do mundo. Segundo dados de importação levantados pela equipe chinesa do USDA,

o volume total adquirido externamente pela China em 2008 aproximou-se do 1,7 milhão de toneladas, volume que a colocaria como o maior importador mundial do produto, visto que as importações totais da Rússia, até agora considerada a principal importadora de carne de frango, somaram em 2008 (dados do USDA) 1,160 milhão de toneladas. E como a Rússia promete reduzir significativamente suas compras externas de carne de frango, a China tende a firmar ainda mais sua posição de maior importador mundial do produto.


Produção Animal | Avicultura 9


Notícias OCDE

Em 2018, produção mundial de carne de aves ultrapassa a de suína Crescimento para setor avícola é de 23% no mesmo período

S

egundo projeções da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) a partir de um trabalho conjunto com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em um espaço de 10 anos a produção mundial de carne avícola deve crescer 23%, a de carne suína 17% e de carne bovina pouco mais de 12%. Contando com 30 membros, a OCDE é a entidade dos países desenvolvidos ou ricos, como os integrantes do bloco da União Européia, EUA, Japão, Austrália e Coréia do Sul, só para citar alguns. Os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) são, no momento, os países com maiores possibilidades de integrar a OCDE.

Tendências no Brasil, China e EUA Parece ser lógico um país com uma população de 1,3 bilhão de habitantes produzir maior volume de carnes avícolas que outro país com apenas um terço dessa população – a despeito das dificuldades geográficas, de meio ambiente, de disponibilidade de matérias-primas e outras que esse país venha a enfrentar.

10 Produção Animal | Avicultura

Estamos falando, claro, dos dois líderes na produção mundial de aves, China e EUA, que, entretanto, têm o segundo e o primeiro volumes de produção – o que, sem dúvida, revela certa incongruência. Pois essa incongruência, nas projeções da OCDE, tem data certa para acabar. Assim, a tendência é de que, senão em 2009, provavelmente em 2010 a China estará superando os EUA

e tornando-se o maior produtor mundial de carnes avícolas. De um lado, porque a produção chinesa deve crescer mais de 15% no biênio 2009-2010. De outro, porque a produção norteamericana tende ao retrocesso até o ano que vem e só deve retornar aos níveis de 2008 por volta de 2012. Em 2018 a produção chinesa deve chegar aos 23 milhões de toneladas (expansão de quase 38% em relação a 2008), enquanto a dos EUA deve apresentar incremento que não deve chegar a 10%, ficando próxima dos 21,5 milhões de toneladas. Essas indicações, porém, levam a uma outra constatação: a de que o Brasil, onde o carro-chefe das aves é a carne de frango, não conseguirá alcançar as outras duas potências tão cedo – ainda que a distância que separa o Brasil de ambas venha diminuindo. E isso também é apontado pelas projeções da OCDE. Dessa forma, enquanto a produção dos EUA deve aumentar menos de 10% e a chinesa cerca de 38%, a brasileira deve apresentar incremento de 52% e, assim, chegar a 2018 com um volume da ordem de 17,7 milhões de carnes avícolas, especialmente a de frango.


Mercado externo

Exportação de frango dos EUA cresceu 5% entre janeiro e maio Nos últimos 12 meses, resultados negativos foram registrados apenas três vezes

O

total exportado pelos EUA entre janeiro e maio deste ano aumentou 5,2%, atingindo 1,3 milhão de toneladas. De acordo com o USDA, em maio passado as empresas avícolas norteamericanas exportaram 262.675 toneladas de carne de frango (volume que não inclui as patas de frango), o que significou recuo de 9% em relação às 288.472 toneladas exportadas em maio do ano passado. Porém, a despeito da crise na economia mundial, nos últimos 12 meses as exportações dos EUA só registraram resultados negativos em três ocasiões: em novembro de 2008 e em abril e maio de 2009. Em conseqüência, o setor acumula, nos 12 meses encerrados em maio último, uma evolução positiva de 10,21%, índice que corresponde à exportação de 3,222 milhões de toneladas de carne de frango.

EUA enfrentam dificuldades com seus grandes compradores de frango

dois países desenrola-se uma “guerra do frango” que pode resultar no embargo chinês ao frango norte-americano.

Alojamento de pintos de corte, nos EUA, decresceu quase 6% Já em relação ao alojamento de pintos de corte, o país apresentou nas primeiras 25 semanas do ano, ou seja, até a terceira semana de junho, um recuo de 5,74% em relação ao mesmo período do ano passado. A redução vem se mantendo relativamente constante semana após semana e fez com que a produção deste ano recuasse para pouco mais de 4,2 bilhões de pintos de corte, contra mais de 4,450 bilhões em 2008.

EUA

Exportação de carne de frango MIL TONELADAS MÊS

2007/2008

2008/2009

VAR.

jun

248,780

253,692

1,97%

jul

219,430

293,138

33,59%

ago

245,194

289,671

18,14%

set

231,004

284,649

23,22%

out

270,911

303,349

11,97%

nov

278,905

258,851

-7,19%

dez

189,216

234,239

23,79%

jan

206,637

275,695

33,42%

fev

230,030

254,392

10,59%

mar

246,810

265,148

7,43%

abr

268,280

247,185

-7,86%

mai

288,472

262,255

-9,09%

EM 5 MESES

1.240,229

1.304,675

5,20%

EM 12 MESES

2.923,669

3.222,265

10,21%

MÉDIA 12 MESES

243,639

268,522

10,21%

Fonte: USDA – Elaboração e análises: AVISITE

Embora tenham aumentado suas exportações de carne de frango em 5,2% nos cinco primeiros meses de 2009, os EUA enfrentam dificuldades em seus dois grandes mercados: Rússia e China. A Rússia, maior importador mundial do produto e principal cliente dos EUA, segue em sua política de estimular a produção interna e reduzir as importações. Em 2005, a Rússia absorveu quase um terço (32,5%) das exportações norte-americanas de carne de frango, índice que recuou para 26% no ano passado e, neste ano (janeiro/ maio) se encontra em apenas 20%. Embora não estejam visíveis nos dados referentes ao período janeiromaio de 2009, os problemas com a China são mais graves, pois entre as várias disputas comerciais entre os Produção Animal | Avicultura 11


Empresas Aquisição

Sanofi compra restante da Merial Negócio com a Merck foi fechado em 4 bilhões de dólares

A

Reuters informou que a produtora francesa de medicamentos SanofiAventis ampliou sua atuação em saúde animal com a compra da outra metade da Merial que pertencia à parceira norte-americana Merck por 4 bilhões de dólares em dinheiro. A operação abre caminho para um acordo ainda maior. As empresas decidiram explorar uma joint-venture de medicamentos para animais domésticos e gado que

pode ser líder em um mercado global de mais de 19 bilhões de dólares. As empresas vincularão a Merial com atividades similares em uma companhia combinada que será formada pela fusão de 41 bilhões de dólares da Merck com a Schering-Plough. Sempre de acordo com a Reuters, a Sanofi pagou um preço alto para ter o controle da Merial, focada principalmente em saúde animal. A principal

rival da companhia na área é a Fort Dodge, parte da norte-americana Wyeth, que está sendo adquirida pela Pfizer. Se a Sanofi e a nova Merck concordarem em definitivo em juntar a Merial com a Intervet, o valor da Merial iria para 8 bilhões de dólares e o da Intervet iria para 9,25 bilhões de dólares. Qualquer joint-venture, porém, precisaria do aval de autoridades antitruste.

BR Foods

Cade costura acordo suspensivo Objetivo é manter fusão suspensa até o julgamento final

O

Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério da Justiça, definiu os detalhes para a assinatura de um acordo com a Perdigão e a Sadia para que a união entre as empresas fique suspensa até o julgamento final do negócio. De acordo com informações do Valor Online, desta forma, a compra da Sadia pela Perdigão não se torna um fato consumado e é possível impor restrições à fusão, se assim for julgado pelo órgão. A idéia básica dos conselheiros é que as estruturas das empresas sejam mantidas em separado. Isso significa que elas não poderão unir os seus sistemas de distribui-

12 Produção Animal | Avicultura

ção e venda de produtos num nível que impeça uma eventual separação. As empresas também terão de manter os seus ativos principais, como marcas e fábricas. Assim, o Cade poderá utilizar a venda de marcas e de unidades industriais como condição à aprovação do negócio, caso entenda que essas medidas sejam necessárias para limitar o poder das companhias e garantir a competição no mercado. Ainda de acordo com o Valor, o órgão antitruste também discute a imposição de medidas para que as empresas não demitam por conta da fusão. Assim, ficaria descartada a otimização de mão-de-obra

entre as empresas: a demissão de funcionários de uma delas porque o serviço seria passado para outra. Isso é comum em fusões e aquisições, mas, no caso da Sadia-Perdigão, o órgão antitruste pretende garantir a preservação das estruturas das companhias e isso inclui o quadro de pessoal.

Oferta Pública A Brasil Foods obteve R$ 5,3 bilhões numa oferta pública para capitalização da companhia. A Perdigão anunciou que vai transferir R$ 950 milhões à empresa, dentro do processo do saneamento financeiro necessário por conta dos derivativos.


DESAFIO

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

81%

Sobrou pouco espaço para falar da Bio-Coccivet-R, mas também, sobrou pouca gente que ainda não sabe como ela é boa.

Obrigado aos 81% do mercado que já confiam no Biovet para levar saúde às suas reprodutoras.

Produção Animal | Avicultura 13


Notícias Retomada

Diplomata garante volta dos abates em MS Unidade teve abates suspensos em dezembro de 2008

A

Secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur) divulgou que a Diplomata Industrial e Comercial deve retomar os abates de aves na planta de Mato Grosso do Sul até o dia 15 de outubro. A assessoria de imprensa da Diplomata confirmou a informação á redação da Revista do AviSite e explicou que o Incubatório volta a funcionar no

início de agosto e, desta forma, os abates devem voltar a acontecer na data informada, na ordem de 30 mil aves por dia. A unidade da empresa com sede em Cascavel, no Paraná, teve os abates suspensos em dezembro de 2008. A Seprotur também informou que, quanto aos débitos dos produtores junto ao Banco do Brasil ficou acordado que a instituição credora chamará os

produtores, em suas respectivas agências, para o início das negociações dos débitos. A Diplomata afirma também que a planta sul-mato-grossense deve receber novos investimentos com o objetivo de voltar a fazer parte da Lista Geral de Exportadores até o final de 2009. Á época que a empresa adquiriu o frigorífico (antigo Comaves), a unidade já não fazia mais parte da lista.

Ampliação

Aurora investe R$ 116 milhões em fábrica Unidade que será ampliada é a de São Gabriel do Oeste, MS

A

Coopercentral Aurora investe R$ 116 milhões na ampliação da unidade de industrializados de carnes em São Gabriel do Oeste, Mato Grosso do Sul (MS). Segundo o Diário Catarinense, a cooperativa concluiu uma fábrica de hambúrgueres com produção destinada, principalmente, ao mercado paulista.

R$ 10 milhões foram destinados para a instalação de nova área de industrializados de carnes

Dos R$ 26 milhões aplicados até agora na unidade, R$ 10 milhões foram destinados para a instalação da nova área de industrializados de carnes, como lingüiças cozidas e defumadas. A Coopercentral ainda deve usar uma parte dos recursos para aumentar o abate de 1,2 mil suínos por dia para 1,5 mil. Atualmente, a fábrica de São Gabriel do Oeste produz, por mês, 300 toneladas de hambúrgueres, 1,1 mil toneladas de embutidos e 50 toneladas de bacon. A Aurora, com matriz em Chapecó, tem unidades fabris também em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

Aurora pretende exportar 10 mil toneladas de frango para a China

Sede da Aurora em Chapecó, SC

14 Produção Animal | Avicultura

Além de ampliar a unidade de industrializados de carnes em São Gabriel do Oeste, a Aurora tem planos também otimistas em relação à exportação. Segundo entrevista à Bloomberg de Dilvo Casagranda, diretor-geral de mercado exterior da Aurora, a empresa pretende exportar 10 mil toneladas de carne de frango para a China a partir de 2010.


Trocas bilaterais

Globoaves vende para Cuba “pacote” completo de cadeia produtiva

Estão previstos o cultivo de 20 mil hectares de grãos e a construção de 100 aviários

C

hefiada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Miguel Jorge, uma missão oficial constituída por autoridades e empresários esteve em Cuba no início de julho com o objetivo de incrementar as trocas bilaterais e os investimentos brasileiros no país. Um dos resultados concretos obtidos na viagem foi a contratação da paranaense Globoaves pelo governo cubano para implantar no país um moderno projeto de avicultura industrial, de características inéditas, que contempla todos os segmentos da cadeia de produção. Sob a denominação de Projeto Industrial Avícola (PIA), o “pacote” é

Representantes da Globoaves e de Cuba e ministro Miguel Jorge (de branco, ao centro)

desenvolvido em duas etapas: a primeira compreende a parte da agricultura, começando com o plantio de milho e soja e prosseguindo com a construção de silos, armazéns e toda a

infra-estrutura exigida para a fabricação da ração, que representa 70% do custo do quilo do frango. Já a segunda fase do projeto abrange a implantação das granjas e das demais instalações do complexo industrial necessário para o processamento do produto final. No caso de Cuba, estão previstos o cultivo de 20 mil hectares de grãos e a construção de 100 aviários, mais incubatório, fábrica de ração, frigorífico com capacidade para abate de 80 mil frangos/dia e um centro de distribuição. As informações foram divulgadas pela assessoria de comunicação da Globoaves.

Construção

São Marcos, RS, investe R$1,8 milhão na avicultura Investimento foi voltado para construção de seis aviários de 170mX12m

S

egundo dados do site “O Pioneiro”, a prefeitura de São Marcos (RS) investiu R$ 1,8 milhão na construção de seis aviários. O investimento, feito em parceria com a Penasul e um avicultor da cidade, foi voltado para construção de seis aviários de 170 x 12 metros, com capacidade para

60 mil aves poedeiras matriz e 7 mil galos nos seis aviários, com produção de 40 mil ovos férteis por dia. O total de área construída chega a 12,6 mil metros quadrados. O site diz ainda que a Secretaria de Obras do Interior realizou o serviço de terraplenagem em uma área de aproxima-

damente 40 mil metros quadrados, além de outras obras na rede de esgoto e elétrica. Segundo cálculos da empresa Penasul, o retorno aos cofres da União, Estado e município deverá ser de cerca de R$ 1 milhão por ano.

Captação

Cocari investirá R$ 115 milhões no setor avícola

Serão usados R$ 37 milhões para construção de nova fábrica de ração e abatedouro

O

site do Diário do Norte do Paraná divulgou na terceira semana de julho que a cooperativa Agropecuária e Industrial Cocari captou R$ 115 milhões para marcar entrada no mercado avícola. Com sede em Mandaguari, a 39 km de Maringá (PR), a cooperativa obteve empréstimo de R$ 100 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social (BNDES) e Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), além de R$ 15 milhões no Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi). O site afirmou ainda que do recurso federal, R$ 37 milhões serão usados para a construção de uma nova fábrica de ração (com produção de 45 toneladas por hora), anexa à já existente, e de

um abatedouro (que deverá ficar pronto em 2012) com capacidade inicial de processamento de 110 mil frangos por dia, ambas em Mandaguari. Outros R$ 13 milhões do recurso federal serão usados para a melhoria de entrepostos da Cocari. A unidade de beneficiamento de soja e trigo, em Faxinal, terá sua capacidade ampliada de 120 mil para 250 mil sacas. Produção Animal | Avicultura 15


Postura

Com meio século de tradição, Festa do Ovo de Bastos enaltece a vocação econômica da região Município responde por 20% da produção nacional de ovos e 45% da estadual

Abertura da feira, que movimentou cerca de R$15 milhões 16 Produção Animal | Avicultura

Q

uando foi realizada a primeira Festa do Ovo de Bastos, em 1959, o município, de cerca de 20 mil habitantes localizado na região oeste de São Paulo, a 549 Km da capital, existia há apenas 30 anos. Naquela época, a produção de ovos ainda engatinhava e havia chegado à cidade pelas mãos dos imigrantes japoneses que fundaram e transformaram Bastos na cidade com a maior porcentagem de pessoas de origem asiática do estado e, provavelmente, do país inteiro. Antes de se firmar na avicultura e receber o título de Capital do Ovo, o município experimentou as culturas do café, do algodão e a do bicho-daseda. A avicultura despontou como uma oportunidade em 1949, mas já existia na região desde 1930. Foi assim que Bastos conheceu sua vocação econômica e de 1957 em diante, o número de granjas começou a aumentar. Em 2007, a produção foi de 11.906.869 ovos por dia, 496.119 por hora, 8.268 por minuto e 137 ovos por segundo. A Festa do Ovo é também um evento festivo e reúne não só uma exposição com inovações e produtos utilizados no setor avícola, além da Jornada Técnica e do Encontro do Avicultores, mas também shows e apresentações. Durante a festa, a cidade costuma receber quase cinco vezes mais do que o seu total de habitantes. O recinto de Exposições Kisuke Watanabe foi construído especialmente para receber o evento. Nos três dias de feira, os negócios concretizados movimentaram cerca de R$15 milhões. O Coordenador da seqüência de palestras, José Roberto Bottura, afirma que, apesar do momento de preços baixos vivenciados pelos avicultores de postura em julho, o evento foi excelente e os produtores da região compareceram em peso assim como no ano anterior.


zir vacinas recombinantes nas granjas após o uso exclusivo de vacinas TCO; 4- Monitorar os estabelecimentos avícolas com notificação de Doenças Respiratórias por diferentes testes de diagnóstico (PCR, Isolamento viral, Histopatologia, e Sorologia); e 5Reconhecer as propriedades livres e autorizar a movimentação de aves para fora do Bolsão de Bastos. A LTI é uma doença multifatorial que tem no Herpesvírus seu agente etiológico, cuja característica epidemiológica de baixa patogenicidade o torna diretamente dependente de fatores predisponentes para seu desen-

cadeamento. É uma doença de distribuição geográfica cosmopolita e ocorrências são freqüentemente relatadas em áreas de grande concentração avícola. Na região de Bastos, Estado de São Paulo, área de maior concentração de granjas de aves de postura no Brasil, a avicultura enfrentou problema de LTI a partir de meados de 2002. A ocorrência foi oficialmente notificada em 27/12/2002 e desencadeou o planejamento, a implantação e a administração de um programa oficial de controle. Ainda em 2005 a doença havia

Fotos: Tetsuo Miyakubo

A preocupação de Bottura explicase: O preço médio da caixa de 30 dúzias do ovo branco fechou julho de 2009 com valores cerca de 20% abaixo das médias alcançadas no mesmo período do ano anterior e quase 15% menores que os valores de junho de 2009. De toda forma, a Jornada Técnica tem sido um espaço técnico dentro do evento para discutir temas atuais. Este ano, estiveram em pauta Laringotraqueíte Infecciosa das Aves (LTI), as ações para aumento das exportações de ovos e o abastecimento de milho e soja.

Mesa composta por autoridades na Jornada Técnica

A manhã de palestras tem sido, desde 2002, uma oportunidade para discutir a LTI e suas conseqüências. Neste ano, Fernando Gomes Buchala, Coordenador do Programa Estadual de Sanidade Avícola, levou aos participantes a informação de que a Laringotraqueíte na região de Bastos entra na fase de erradicação a partir de agosto de 2009. Nesta fase os objetivos são: 1- Manter as medidas de profilaxia estabelecidas no Bolsão de Bastos, pela Resolução SAA27 de 30/09/2003; 2- Usar exclusivamente vacinas obtidas em cultura celular (TCO), durante um período de tempo suficiente para abater todas as aves vacinadas com vacinas obtidas em ovos embrionados (CEO); 3- Introdu-

Avicultores presentes na manhã de palestras

José Roberto Bottura e Erico Pozzer presentes na entrega das obras de ampliação do prédio do laboratório de Bastos

Fernando Buchala: Laringotraqueíte em Bastos entra na fase de erradicação

sido declarada como “Área controlada para Laringotraqueíte Infecciosa das Aves com vacinação”. Já em 2006, uma portaria da Secretaria de Defesa Agropecuária definiu as análises periódicas das medidas de biosseguridade implementadas; as avaliações epidemiológicas e os critérios para autorização da prática da muda forçada. Também durante o evento, a Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Bastos, SP, do Instituto Biológico (UPDB), recebeu o certificado NBR ISO 9001:2000 para o diagnóstico sorológico de Mycoplasma gallisepticum e Mycoplasma synoviae e as obras de ampliação do prédio do laboratório (leia mais sobre este assunto na página 50).

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Postura

Concurso de qualidade do ovo O Concurso de Qualidade do Ovo de Bastos mostra que o forte da região não é apenas a grande produção de ovos, mas também a qualidade. O concurso presidido por Sérgio Kakimoto, médico veterinário e também pesquisador da APTA Pólo Alta Paulista, é realizado há mais de trinta anos. Os primeiros colocados foram os avicultores Luiz Hirai, na categoria ovos brancos, Dante Miyakubo, em ovos vermelhos e Arildo Lino Peixoto em ovos de codorna. A comissão julgadora do concurso deste ano foi composta por Ademir Moreira (Granja Planalto), Adilson Padovan (Hy-Line), Carlo Pizzolante (Apta Regional centro-Oeste), Cristina Togashi (Apta CAAPTA-IB), Fernando Resende (MSU), José Medina Garcia (Multimix), Márcia Cristina Zonta (Apta-Alta Paulista), Mário Nihei (Kunitomo), Rafael Kuiavisk (Interaves), Ricardo Ito (Nutron), Sergi Abe (Amicil) e Victor Arantes (Uniquímica). São premiados cinco avicultores

em cada categoria, além de uma menção honrosa para ovos brancos, ovos vermelhos e ovos de codorna. De acordo com o Informativo do Concurso de Qualidade da Festa do Ovo de 2009, neste ano, para o julgamento das amostras foi utilizada a máquina Digital Egg Tester, modelo Det 6000, um aparelho que mede a qualidade do ovo sob rigorosos parâmetros científicos, cedida pela empresa japonesa Nabel. Com ele, é possível medir a altura da clara e calcular a Unidade Haugh com precisão e também o peso do ovo, a cor da gema e a resistência da casca. Tudo isso em

15 segundos. O teste de coloração da gema através do índice de betacaroteno aplicado por um profissional da DSM foi outra novidade do concurso. Os ovos são avaliados em seus aspectos internos e externos, sendo observados a uniformidade de tamanho, sujeiras, defeito de formato, textura, falta de uniformidade na coloração e espessura de casca. A avaliação da qualidade interna é feita levando-se em conta a presença de mancha de sangue, coloração da gema, consistência de clara externa e centralização da gema. Cada item analisado recebe uma pontuação dada por cada grupo de juízes. Ao final da classificação, a soma dos pontos obtida de todos os aspectos avaliados de qualidade externa, interna e espessura de casca aponta a melhor bandeja pela classificação de todos os juízes. Seguem abaixo os vencedores: Categoria Ovos Branco 1º - Granja Hirai (Dekalb White)

Fotos: Teresa Godoy

2º - Granja Ono (Hisex White) 3º - Edison Yoshikawa (Dekalb White) 4º - Makoto Higashi (Dekalb White) 5º - Granja Mizohata (Dekalb White) 6º - Granja Iwayama (Dekalb White) Categoria Ovos Vermelhos 1º - Granja Miyakubo (Dekalb Brown) 2º - Granja Tsuru (Dekalb Brown) 3º - Makoto Higashi (Dekalb Brown) 4º - Katsuhide Maki (Isa Brown) Comissão julgadora

Sérgio Kakimoto, médico veterinário e Presidente do concurso

5º - Granja Mizohata (Dekalb Brown) 6º - Marcelo Maki (Hisex Brown)

Dekalb White e Brown: dupla campeã Dekalb White e Dekalb Brown consagraram-se como a dupla campeã do concorrido Concurso de Qualidade do Ovo depois de ficar com nove dentre os doze troféus entregues. De acordo com seu departamento de marketing, a Planalto, fornecedora exclusiva das poedeiras Dekalb, tem o compromisso de levar ao mercado produtos com qualidade assegurada. Com sede na cidade de Uber18 Produção Animal | Avicultura

lândia-MG, é uma empresa 100% brasileira, que há 45 anos distribuiu seus produtos em todo território nacional, América Latina, Europa e África. Com a campanha “Planalto, fornecedora de produtos com qualidade assegurada” a empresa preparou um estande onde a equipe comercial recebeu inúmeros visitantes de todas as regiões do Brasil e até do exterior.


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AviGuia: produtos, serviços e empresas Evento

Fort Dodge realiza o 16º Curso de Sanidade Encontro aprimorou capacitação de profissionais das principais

Participantes no primeiro dia do evento

E

ntre os dias 30 de junho e 2 de julho aconteceu a 16ª edição do Curso de Sanidade Avícola, voltado para o setor de postura comercial, no Hotel Fazenda Duas Marias, em Jaguariúna, SP. Promovido pela Fort Dodge, o evento gratuito reuniu a equipe de especialistas da companhia, além de profissionais das principais empresas brasileiras de avicultura de postura a fim de aprimorar a capacitação de pessoas ligadas à área. Voltado para profissionais de formação média ou superior, que buscam informações ou reciclagem em sanidade avícola, o curso abordou temas como técnicas de vacinação, farmacologia, competitividade no setor, boas práticas de fabricação (BPF) e doenças como Gumboro, Pneumovirose, Salmoneloses, Micoplasmoses, Colibacilose, entre outras. Os presentes puderam participar de aulas teóricas e simulações de situações práticas. A primeira palestra do evento foi apresentada por Alexandre Zocchi, que teve como tema a 20 Produção Animal | Avicultura

“Desinfecção para granjas de poedeiras comerciais”, comentando os conceitos práticos da farmacologia. Zocchi lembrou a importância da escolha certa do antimicrobiano e que é muito comum a interpretação errada do diagnóstico das aves. Segundo ele, tudo deve ser tratado com muita atenção. Para finalizar

Alexandre Zocchi

completou: “o mercado está em constante mudança e temos que estar preparado para elas”. Já a segunda palestra foi proferida por Sérgio Kenji Kakimoto, da Granja Kakimoto, que comentou a história da avicultura e a competição no mercado atual. “A competitividade é ter consumidor que possa escolher o produto”, afirmou no início da apresentação, completando mais tarde que os fatores do setor competitivo englobam logística, gestão, acompanhamento da tecnologia, entre outros. “Quando fala em competição, você vai analisar a lucratividade, ou seja, se a atividade dá retorno ou não”. Diego Tsuyoshi Ito, assistente

Kenji Kakimoto

Diego Tsuyoshi Ito


Contratação

Avícola para postura comercial empresas do setor avícola técnico, explicou aos participantes as boas práticas de fabricação (BPF). Segundo ele, os cuidados mais importantes a serem tomados são: controle de pragas e roedores, controle de qualidade da água (como o uso de água potável), controle de descarte de resíduos, higiene e saúde dos funcionários da granja, limpeza dos ambientes, manutenção preventiva dos equipamentos, controle de matérias-primas (como critérios para escolha dos fornecedores), armazenagem de produtos (controle de temperatura, separação de embalagens) e controle de qualidade. Para ele, a sala de classificação de ovos, a fábrica de ração e as granjas são os lugares nos quais o profissional deve começar a implantar as BPF. Depois foi a vez de Alberto Bernardino, da Fort Dodge, falar sobre a Colibacilose, doença causada pela bactéria Escherichia Coli. Foram discutidos assuntos como transmissão, diagnóstico, profilaxia, sinais clínicos e lesões, tratamento e prevenção. Já Felipe B. Pelicione, da Fort

Alberto Bernardino

Felipe B. Pelicione

Dodge, falou sobre técnicas de vacinação, encerrando a seqüência de palestras do primeiro dia do curso. Felipe apresentou alguns cuidados, como verificar sempre a validade da vacina, confirmar o lacre do produto e se a embalagem possui alguma rachadura. Em relação ao armazenamento do produto, o assistente técnico deu dicas mais detalhadas: nunca deixar no congelador, nas partes superiores ou inferiores da geladeira ou ainda na porta. O ideal é deixá-la nas prateleiras do meio, local onde a temperatura varia com menos freqüência. “Muita coisa prejudica a qualidade da vacina. Os vírus vacinais, por exemplo, são sensíveis à luz, calor, cloro, pH, desinfetantes e outros”. Quando comentou sobre a vacinação via água, citou vantagens e desvantagens, como o processo de imunização que é rápido e barato, mas que, por outro lado, deixa dúvidas na qualidade da água e não tem um controle fácil, já que fica difícil saber se todas as aves foram imunizadas. O dia seguinte foi iniciado com a palestra de Lúdio Gomes, também da empresa organizadora do evento, que falou sobre a doença de Gumboro. Em seguida, Alberto Bernardino comentou a doença de Marek e outras do complexo respiratório, como Bronquite Infecciosa e Pneumovirose. Já Pelicione apresentou os aspectos que envolvem a Bouba Aviária e a Encefalomielite Infecciosa. O segundo dia do curso terminou com aulas práticas de casos clínicos, vacinação e monitoria. Para completar, o dia de encerramento contou com a palestra de Diego Ito sobre Coriza Aviária e Síndrome da Queda de Postura (EDS), seguida pela apresentação de Alberto Inoue, da Fort Dodge, com o tema “Salmonelose” e de Nair K. Ito, da Spave, sobre Micoplasmose.

Aviagen nomeia novo VicePresidente Profissional será responsável pelo Programa de Melhoramento

Derek Emmerson

A

Aviagen Inc., sediada em Huntsville, nos Estados Unidos, recentemente nomeou Derek Emmerson como Vice-Presidente de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Neste cargo, Derek será o responsável pela supervisão do Programa de Melhoramento de Aves de Corte, pela direção e implementação do Programa de Melhoramento Genético, além de gerenciar a genética, testes e orçamentos relevantes de Pesquisa & Desenvolvimento. Ele também vai liderar os esforços de comunicação entre o departamento de P&D, clientes e colaboradores, estabelecendo um banco de dados técnico para a equipe de campo. Emmerson é mestre em ciência avícola pela Universidade da Virginia e PhD em Genética e Ciência Avícola pela Universidade de Ohio. Produção Animal | Avicultura 21


Prêmio Lamas

Prêmio Lamas 2009: 281 pesquisas inscritas em quatro áreas e sete vencedores

Ciência avícola N

este ano não foi diferente. Mais uma vez a inscrição de trabalhos científicos ao Prêmio de Pesquisa Avícola Professor José Maria Lamas da Silva bateu recorde com relação ao ano anterior. Foram 281 pesquisas inscritas em quatro áreas. Nutrição com 133, sanidade, 68, produção, 42 e outras áreas com 38 inscrições. O professor que dá nome ao prêmio, José Maria Lamas da Silva, da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foi um dos mais respeitados técnicos da avicultura, prematuramente falecido no início dos anos 90. Instituída no final da década de 80, a premiação se-

22 Produção Animal | Avicultura

gue honrando o nome do homenageado. Os participantes são estudantes de graduação, pós-graduação, mestrandos, doutorandos e pesquisadoEdir Nepomuceno: “A cada ano os alunos têm melhorado a apresentação e a qualidade dos trabalhos, tanto na forma quanto no conteúdo”

res, principalmente das áreas de medicina veterinária e zootecnia. Todos os trabalhos aprovados foram publicados na forma de CD-rom como Anais do Prêmio Lamas.

A

27ª Conferência Facta, que neste ano aconteceu em conjunto com o 21º Congresso Brasileiro de Avicultura (Porto Alegre, 25 a 28 de maio de 2009), reservou seu primeiro dia à apresentação dos trabalhos técnicos em avicultura. A entrega dos prêmios aconteceu nesta mesma noite. Alguns trabalhos foram apresentados apenas oralmente e outros somente em pôster durante a programação do evento. Há ainda os trabalhos que


não foram selecionados para apresentação oral ou em pôster, e foram somente publicados. Além dos quatro prêmios principais, foram entregues também três menções honrosas. Para Edir Nepomuceno da Silva, Presidente da FACTA, o Prêmio Lamas é fundamental no processo de formação dos futuros palestrantes do setor avícola. “Esta iniciativa também estimula o jovem a trabalhar na área e se destacar no mercado profissional”, afirma ele, completando que “a cada ano os alunos têm melhorado a apresentação e a qualidade dos trabalhos, tanto na forma quanto no conteúdo”. Para evidenciar ainda mais o mérito dos pesquisadores vencedores, a Revista do AviSite divulga nas próximas páginas um comentário dos autores das pesquisas e na seqüência, um resumo dos trabalhos. A íntegra dos textos e das tabelas pode ser conferida no AviSite na seção Ciência & Tecnologia: www.avisite.com.br/cet.

Nutrição Trabalho Vencedor Tatiana Carlesso dos Santos, aluna da Universidade Estadual de Maringá e autora do trabalho intitulado “Efeito da Vitamina E em Dietas Suplementadas com Óleo sobre Parâmetros de Fertilidade de Galos Reprodutores” acredita que o tema tem grande importância para a reprodução das aves, já que a vitamina E previne a degeneração dos espermatozóides. Durante a pesquisa foi analisada a influência de suplementação dessa vitamina em dietas em que se faz adição de óleo, sendo utilizadas rações com óleo de soja e com óleo de peixe, para grupos reprodutores da linhagem Cobb com 5 semanas. “No experimento avaliamos o tamanho e o peso dos testículos quando os espermatozóides atingem os ovos para fecundá-los, de cada grupo que recebeu ração com diferentes níveis de Vitamina E (0, 150, 250 e 350 mg/kg de ração)”, afirma. Esse método permite analisar a fertilidade de machos e de fêmeas, tal como a capacidade reprodutiva.

aplicada Sanidade Trabalho Vencedor Clarissa Silveira Luiz Vaz, pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves, é a autora principal da pesquisa sobre o uso de bacteriófagos (vírus que atacam bactérias) no controle biológico de Salmonella Enteritidis em frangos de corte. O estudo foi conduzido pela Embrapa e, segundo a autora, motivado pela restrição cada vez maior ao uso de antimicrobianos na avicultura. A idéia era buscar uma alternativa para o controle e redução do patógeno. “Ao longo dessa pesquisa, a Embrapa identificou 3 diferentes fagos (vírus), isolados de fezes de aves no Bra-

sil”, afirmou. Estudos prévios mostraram que estes fagos reduzem a concentração de S. Enteritidis no intestino de frangos quando administrados de forma terapêutica às aves infectadas experimentalmente pela bactéria. O trabalho apresentado foi realizado para obter a caracterização molecular desses bacteriófagos por meio do seqüenciamento de regiões de seu DNA. As seqüências obtidas foram comparadas às seqüências de DNA de outros fagos depositadas no GenBank. Resultado Não foram encontradas similaridades significativas, embora as similaridades

Resultado Embora os ovos fossem de pesos semelhantes, as aves provenientes de matrizes adultas apresentaram melhor desempenho. A ração pré-inicial micro peletizada favoreceu o desempenho das aves, independente da idade da matriz. Não foi observada influência dos níveis de Vitamina E sobre o tamanho e peso dos testículos dos galos, nem sobre o número de espermatozóides que conseguiram chegar ao ovo no oviduto das galinhas.

Tatiana Carlesso dos Santos

Daiane Voss, co-autora, Clarissa Vaz e Luana Alves, também co-autora

mais elevadas foram frente às seqüências de DNA de fagos com características semelhantes: genoma DNA dupla fita e pertencentes à ordem dos Caudovirales (Podoviridae, Myoviridae e Siphoviridae). Estes resultados sugerem que os fagos estudados pela Embrapa não foram previamente descritos. Produção Animal | Avicultura 23


Prêmio Lamas

Nutrição Menção Honrosa

Produção Trabalho Vencedor

Doutorando em zootecnia na UFRGS, na área de produção e nutrição animal, André Favero pesquisou os “Aspectos Físicos da Ração para Perus Jovens e suas Implicações na Digestibilidade de Nutrientes”. Segundo ele, existe uma busca constante por inovações tecnológicas que visam aumentar a rentabilidade do segmento de perus, necessitando assim de pesquisas para avaliar a viabilidade da adoção destas tecnologias. “A oferta de rações micro peletizadas para animais nas fases iniciais motivaram a realização desse trabalho em perus no período de 1 a 21 dias de idade, uma vez que dietas trituradas vêm sendo utilizadas pelas empresas brasileiras nessa fase”, afirma.

Para o bom desempenho de frangos de corte é mais importante o peso dos ovos incubados ou a idade da matriz que produziu estes ovos? O benefício alcançado com o consumo de rações processadas na fase pré-inicial é semelhante para frangos provenientes de ovos de mesmo peso, independente da idade da matriz? Esse benefício pode se manter até os 42 dias de criação? Estas são as questões que a pesquisa liderada por Ana Beatriz Traldi, zootecnista e estudante de doutorado da ESALQ/USP, buscou esclarecer.

Resultado Os resultados obtidos mostraram que a forma física da ração não teve efeito sobre a digestibilidade, no entanto, rações produzidas com milho de 606 e 806 µm, indiferentemente da forma física da ração, proporcionaram uma melhora no aproveitamento de matéria seca, proteína (nitrogênio) e gordura além de um incremento na EMAn de até 44 kcal/kg de ração em comparação com rações produzidas com grãos de milho finamente moídos, 380 µm. Sendo assim, a granulometria dos grãos de cereais é um ponto crítico que deve ser considerado no momento da fabricação de rações e a adoção ou não de rações micro peletizadas dependerá de uma análise criteriosa de custo benefício, bem como o momento mais oportuno para sua utilização.

posição nutricional única, na forma farelada”, explica. Após esta etapa, foram avaliados peso vivo, ganho de peso, consumo de ração e conversão alimentar. Resultado Os resultados mostraram que, nos períodos de 1 a 7 e 1 a 42 dias, as aves oriundas de matrizes adultas apresentaram melhor desempenho, esclarecendo que este é influenciado pela idade da matriz e não pelo peso do ovo incubado. As aves que consumiram ração micro peletizada na fase pré-inicial apresentaram maiores peso vivo, consumo de ração e ganho de peso não só na primeira semana, mas até os 42 dias. Dessa forma, foi possível concluir que o fornecimento de uma ração processada, apesar de mais cara, se justifica na primeira semana, uma vez que o benefício é mantido até o final da criação, independente da idade da matriz de que estes frangos são provenientes.

Produção Menção Honrosa Ana Beatriz Traldi

Para isso, foram selecionados 1080 ovos com peso médio de 62g, provenientes de matrizes de 29 e 55 semanas de idade, da linhagem Ross. Segundo Ana Beatriz, os ovos foram incubados e após a eclosão instalou-se um experimento de desempenho na universidade, com 1380 pintos. “Na primeira semana de vida as aves foram alimentadas com rações de mesma fórmula, porém, de formas físicas diferenciadas (farelada, triturada e micro-peletizada). Dos sete aos 42 dias, as aves receberam rações de com-

Danilo Florentino Pereira, estudante da Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp, pesquisou os pontos críticos de temperatura do incubatório. A importância do estudo, segundo ele, deve-se ao fato de o desenvolvimento do embrião depender da temperatura do ar, da perda de calor pela casca do ovo para o microambiente ao seu redor e da própria produção de calor pelo embrião em função do seu estágio de incubação. “O efetivo monitoramento e o controle desses fatores proporcionam um aumento tanto no índice de eclosão de ovos, como também em pintinhos mais saudáveis e resistentes”, explica Danilo.

Participantes são estudantes de graduação, pós-graduação, mestrandos, doutorandos e pesquisadores, principalmente das áreas de medicina veterinária e zootecnia

24 Produção Animal | Avicultura


Resultado Em incubadoras de estágio múltiplo, os ovos em diferentes estágios de incubação e a intensificação das atividades dentro da máquina dificultam o controle do ambiente. Utilizando câmeras termográficas e termohigrometros, identificou-se que a temperatura, a umidade relativa e a velocidade do ar são pontos críticos desse processo e que devem ser mais bem controlados, pois estão afetando diretamente nas perdas de calor dos ovos para o ambiente e prejudicando o desenvolvimento dos embriões.

Outras áreas Trabalho Vencedor Wanderley Moreno Quinteiro Filho, estudante da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, explica que o trabalho “Efeitos do Estresse sobre os índices zootécnicos, a integridade do trato intestinal e a imunidade inata em frangos de corte” teve como objetivo correlacionar os temas de bem-estar animal e a neuroimunomodulação na avicultura. “O estresse causa inúmeros problemas para a produção e imunidade das aves. Um tipo de estressor especial na avicultura é o estresse por calor, dessa forma realizamos o estudo para analisar os efeitos desse estresse em frangos de corte, em especial, sobre a atividade do eixo neuroimune das aves”, afirma Wanderley. Foram analisados os índices zootécnicos, a integridade do trato intestinal, os níveis séricos de corticosterona e a imunidade inata.

da imunidade inata por sua vez seria responsável pelas alterações da microbiota intestinal e/ou da integridade dessa mucosa, aumentando os processos inflamatórios que resultariam em diminuição da absorção de nutrientes, e assim do ganho de peso.

Outras Áreas Menção Honrosa A pesquisa de Vanessa Aparecida Mello da Silva é voltada à indústria frigorífica. Baseada no levantamento das condenações e na determinação das causas, a estudante da Universidade Federal do Rio Grande do Sul pesquisou os pontos de possíveis melhorias no processo de produção. O trabalho determinou e quantificou as diferentes condenações totais e parciais de frangos originadas dentro de uma indústria frigorífica, conforme critérios do Serviço de Inspeção Federal e indicou as causas mais prevalentes. Uma parte considerável das carcaças das aves produzidas no Brasil é descartada

devido à condenação da fiscalização do serviço de inspeção do Ministério da Agricultura. As principais causas de condenação em abatedouros são: contaminação fecal, dermatites, dermatoses, celulites, hematomas, deslocamentos, fraturas, miopatias e calos de peito. As outras perdas são decorrentes de inadequações nos processos de produção.

Resultado Dos 51.605.942 frangos produzidos em sistema de integração, 2,2% sofreram condenação parcial e 0,05% sofreram condenação total. Entre as causas de condenação parcial, a mais prevalente foi contusão/fratura. Já entre as causas totais, a escaldagem excessiva total obteve o maior percentual, ocorrendo em situações de parada de linha de abate. Foi verificado que as condenações por contusão/fratura deviamse a má regulagem de depenadeiras e manejo incorreto de retirada de aves das gaiolas.

Resultado O estresse térmico por calor diminuiu os índices zootécnicos e a imunidade inata dos frangos de corte. De fato, observamos ativação do eixo HPA (Hipófise-Pituitária-Adrenal), aumento dos níveis de corticosterona, diminuição do consumo de ração, e conseqüentemente do ganho de peso; e também diminuição da atividade dos macrófagos peritoneais. A diminuição Produção Animal | Avicultura 25


Prêmio Lamas Efeito da Vitamina E em dietas suplementadas com óleo sobre parâmetros de fertilidade de galos reprodutores 1

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Aspectos físicos da ração para perus digestibilidade de nutrientes A Favero1 A Maiorka2, F Dahlke2, RF Sens1, FLP Valle3, R Buratto3

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TC Santos , AE Murakami , JIM Fernandes , LS Carvalho / 1 - Departamento de Zootecnia, DZO/UEM / 2 - Faculdade de Medicina Veterinária, UFPR

Introdução Os antioxidantes possuem um papel importante na reprodução das aves. A vitamina E (vit E) é um antioxidante natural e melhora a qualidade do sêmen e a habilidade de fertilização em galos prevenindo a peroxidação lipídica das membranas dos espermatozóides. Naturalmente encontrada no esperma de galos e perus, a vit E está envolvida na manutenção da integridade e motilidade espermática e sua suplementação na dieta de matrizes permitiu o aumento na performance reprodutiva destas. Sendo assim, a suplementação de níveis crescentes de vit E na dieta de matrizes foi analisada como antioxidante associado a duas fontes de óleo, com o objetivo de avaliar seus efeitos na fertilidade.

analisadas em microscópio de fluorescência, em objetiva de 20x. Foram analisados cinco campos (área total 0,72 mm2) de cada região (disco germinativo e pólo oposto) e contados os espermatozóides (sptz), representados em sptz/mm2. Ás 52 semanas de idade, os machos foram abatidos e os testículos coletados e mensurados. Os dados foram analisados pelo SAS através dos modelos lineares generalizados. Resultados e Discussão Não houve diferença (P>0,05) no número de espermatozóide aderidos à membrana perivitelínica e na biometria dos testículos e na dos reprodutores alimentados com dietas suplementadas com óleo de soja ou peixe e vit E. Em trabalhos realizados com codornas foi observado que a suplementação moderada de vit E (150 UI/kg) melhorou o desempenho reprodutivo dos machos. Porém, apesar de a literatura citar melhora reprodutiva com a adição de

Material e Métodos Foram utilizados 32 machos e 384 fêmeas de corte da linhagem Cobb alojados em 32 boxes (1 galo: 12 matrizes), providos de ninhos convencionais, bebedouro e comedouro para macho e fêmeas em Tabela 1 – Valores médios da biometria dos testículos de reprodutores um regime de iluminaalimentados com dietas suplementadas com óleo de soja ou peixe e vit E. ção de 17 horas de luz diPeso Comp Largura Volume árias. O delineamento (g) (mm) (mm) (m3) experimental utilizado Vit E foi inteiramente casuali0 46,4±2,20 25,4±0,89 15,0±1,19 14,9±0,83 zado em esquema fatorial 2x4 com duas fontes 150 44,5±1,58 23,9±0,81 12,7±1,28 12,6±0,98 de óleo (soja e peixe) e 250 44,7±2,22 24,9±1,50 15,0±1,86 15,6±2,08 quatro níveis de vit E (0, 350 45,6±1,82 23,8±0,75 13,4±1,23 13,7±1,33 150, 250 e 350 mg/kg de ração) sendo oito trataÓleo mentos e quatro repetiSoja 45,3±1,23 24,17±0,70 13,70±0,88 13,59±0,86 ções. Foi adicionado às Peixe 44,5±1,47 24,68±0,81 14,21±1,20 14,54±1,27 rações experimentais 1,5% de óleo, indepenMédia 45,18 24,42 13,95 14,05 dente da fonte, em todas CV (%) 12,65 12,77 30,84 30,98 as dietas experimentais, Análise Variância as quais foram formuladas a base de milho e faVit E NS NS NS NS relo de soja (15% de PB e Óleo NS NS NS NS 2750 Kcal/kg de EM). Na Interação NS NS NS NS 50ª semana de idade, foram coletados todos os —— —— —— —— R2 ovos produzidos em um NS = Não significativo. dia, de cada repetição, os quais foram identificavit E na dieta de aves, esta diferença não dos e armazenados a 40C. Os ovos fofoi observada nos parâmetros ram quebrados e obtidos fragmentos de analisados. 1x1cm da membrana perivitelínica sobre o disco germinativo dos ovos e no Conclusão pólo oposto. Os fragmentos foram lavaA suplementação de vit E em rações dos em NaCl 1%, dispostos sobre lâmide matrizes não influenciou valores ménas de vidro onde receberam solução de tricos de testículos e nem o número de DAPI (1μg/ml em PBS) e em seguida reespermatozóides que chegam ao oócito cobertos com lamínula (2). As lâminas no momento da fertilização. foram vedadas com esmalte de unha e 26 Produção Animal | Avicultura

Introdução A adequação da moagem dos grãos, na maioria das vezes, necessita de baixos investimentos e podem resultar em menor custo de energia elétrica, e melhor desempenho zootécnico. Sabe-se da importância de fornecer grãos grosseiramente moídos para aves, no entanto, o tamanho de partícula em rações processadas é um assunto de grande discussão e seus efeitos em rações processadas apresentam contradições. Devido a perus possuírem aversão a rações pulverulentas, o surgimento de rações micro-peletizadas para animais nas fases iniciais motivou a realização deste trabalho que teve por objetivo verificar o efeito do tamanho de partícula dos cereais e a forma física da ração para perus na fase inicial sobre a utilização dos nutrientes contidos na dieta. Material e Métodos O experimento foi conduzido com 360 perus machos da linhagem B.U.T.A 9, com um dia de idade, alojados em baterias metálicas e divididos em seis tratamentos com seis repetições de dez aves cada, decomposto em um modelo fatorial 2 x 3, duas formas físicas de ração (Peletizada-Triturada e Micro-peletizada) e três tamanhos de partículas de milho (pequeno, médio e grosso), nessa mesma ordem, o diâmetro geométrico médio (DGM) foi de 380, 606 e 806μm, com os valores de DPG de 2,07; 1,99 e 1,87, respectivamente. O método de coleta total de excretas durante o período de 16 a 21 dias foi utilizado para a determinação da digestibilidade da matéria seca (MS), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), energia metabolizável aparente (EMA) e aparente corrigida para balanço de nitrogênio (EMAn). O óxido férrico a 1% foi utilizado como marcador no primeiro e último dia de coleta. Os resultados obtidos foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste de SNK (StudentNewman-Keuls). Resultados e Discussão A digestibilidade não foi influenciada pela forma física da ração, entretanto, houve efeito do tamanho de partícula. Perus alimentados com ração produzida com grãos de tamanho médio e grosso, aumentaram a digestibilidade da MS, PB e EE. A interação significativa entre a forma física e o tamanho de partícula para a digestibilidade da matéria seca é devido a partículas de tamanho grosso apresentarem uma maior digestibilidade na forma triturada em relação à micro-peletizada, o que pode ser devido ao processamento dessas rações estar alterando o tamanho de partícula dos ingredientes. O tempo de permanência do alimento nos segmentos do trato gastrintestinal é dependente da estrutura física do alimento ingerido, partículas de maior tamanho estimulam o refluxo gastroduodenal, o qual tem por finalidade re-expor a digesta intestinal às secreções enzimáticas e oportunizar uma melhor digestão, o que por sua vez, pode contribuir para uma maior absorção dos nutrientes contidos nos alimentos.


Efeito da idade da matriz e da forma física da ração préinicial no desempenho de frangos provenientes de ovos de pesos semelhantes

jovens e suas implicações na 1 - Aluno de Pós Graduação em Ciências Veterinárias - CPGCV/ UFPR / 2 - Departamento de Nutrição e Produção Animal - DZ/ UFPR / 3 - Aluno de Graduação - UFPR

Na Tabela 2, a EMA e EMAn não foram influenciadas pelos tratamentos (P= 0,05), em relação ao tamanho de partículas, rações produzidas com grãos grosseiros em comparação aos finamente moídos, apresentam uma melhora na EMA e EMAn de 66 e 44 kcal, respectivamente. Tabela 1 – Coeficiente de digestibilidade (%) da matéria seca (MS), proteína (PB) e extrato etéreo (EE) de perus na fase inicial. Digestibilidade (%) Item

MS

PB

EE

Forma física Triturada

73,3

60,6

91,0

Micropeletizada

72,5

59,8

91,1

Tamanho partícula Pequeno

72,0 b

58,5 b

89,3 b

Medio

72,9 ab

60,3 ab

91,6 a

Grosso

73,8 a

61,9 a

92,4 a

P≤ Forma física

NS

NS

NS

Tamanho partícula

*

*

***

FF x TP

**

NS

NS

a-b - Valores seguidos de letras diferentes na mesma coluna são significativamente diferentes (SNK); *P<0,05; **P<0,01; ***P<0,001.

Tabela 2 – Energia metabolizável aparente (EMA), corrigida para nitrogênio (EMAn) e a diferença entre EMA e EMAn de perus na fase incial. Item

EMA(kcal/kg)

EMAn(Kcal/kg)

Forma física Triturada

3413

3177

Micro-peletizada

3414

3186

Pequeno

3387

3166

Médio

3413

3170

Grosso

3440

3210

NS

NS

Tamanho partícula

P≤ Forma Física Tamanho partícula

NS

NS

FF x TP

NS

NS

(P>0,05 - SNK).

Conclusão A forma física da ração não teve efeito sobre os parâmetros avaliados, no entanto, rações produzidas com tamanho de partícula médio e grosso, indiferentemente da forma física, proporcionaram uma melhor digestibilidade de PB e EE, além de uma maior retenção de matéria seca em perus na fase inicial.

AB Traldi1, JFM Menten1, AMC Racanicci1, CS Silva1, PV Rizzo1, J Santarosa1 1 - Departamento de Zootecnia – ESALQ/USP

Introdução O peso do pinto de um dia está relacionado ao peso do ovo incubado e consequentemente à idade da matriz, uma vez que matrizes adultas tendem a produzir ovos maiores. Entretanto é possível ocorrer ovos de pesos semelhantes dentro de lotes de matrizes de idades distintas, porém, com composições diferentes. Atualmente empregam-se rações especiais na primeira semana de vida da ave, considerado o período de maior desenvolvimento relativo e adaptação à alimentação. A forma física da ração é um fator que pode influenciar seu consumo e o desenvolvimento da ave nesta fase. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho de frangos de corte provenientes de ovos de pesos semelhantes produzidos por matrizes de idades distintas e consumindo rações préiniciais farelada, triturada e micropeletizada.

Desempenho de frangos de corte provenientes de matrizes de idades diferentes e ovos de pesos semelhantes, alimentados com rações fareladas, trituradas ou micro-peletizadas. Forma física

Idade da Matriz (semanas) 29

Média

CV1

55

1 a 7 dias PV (g)

GP (g)

CR (g)

Farel.

132,3

146,3

139,3C

Tritur.

143,4

159,2

151,3B

M-pelet.

154,4

166,9

160,7A

Média

143,4b

157,5a

4,18

Farel.

89,2

103,4

96,3

Tritur.

100,4

116,2

108,3B

M-pelet.

111,3

124,1

117,7A

Média

b

100,3

114,6

Farel.

114,9

126,1

120,5B

Tritur.

131,8

150,6

141,2A

M-pelet.

133,1

145,6

139,4A

Média

126,6

140,8

b

C

5,84

a

a

3,36

Material e Métodos CA Farel. 1,289 1,222 1,256B Foram incubados 1080 ovos de Tritur. 1,314 1,230 1,307B cada lote de matrizes da linhagem Ross em uma mesma incubadora de M-pelet. 1,196 1,175 1,186A estágio único, pertencente a um inMédia 1,266 1,209 3,95 cubatório comercial. As matrizes apresentavam 29 e 55 semanas de Médias seguidas de letras distintas minúsculas nas linhas e maiúsculas nas colunas diferem entre si pelo teste de Tukey idade e o peso dos ovos foi padroni(P<0,05).1Coeficiente de variação (%). zado em 62 g [58 - 66 g] para ambas as idades, representando aproximadamente 25% da população de ovos na Tabela 1. Não houve interação signifiproduzidos por cada lote de matriz. cativa entre forma física e idade da maApós a eclosão, 690 pintos provenientes triz, porém, houve efeito significativo de cada idade de matriz foram utilizados dos fatores principais. Em ambos os peem um experimento de desempenho, ríodos, as aves provenientes de matrizes sendo alojadas 46 aves por boxe (metade de 55 semanas apresentaram maiores de cada sexo). O delineamento experipeso vivo, ganho de peso e consumo de mental utilizado foi o inteiramente caração, porém, sem influência na conversualizado, com seis tratamentos e cinco são alimentar. Em relação à forma física, repetições, em esquema fatorial 2x3 em ambas as fases avaliadas, de maneira (idade da matriz x forma física da ração geral, os melhores resultados foram pré-inicial). Na fase pré-inicial foram apresentados pelas aves que consumiutilizadas rações de fórmula única, diferam ração micro-peletizada, porém, merenciadas nas formas físicas farelada, trilhor conversão alimentar foi observada turada e micro-peletizada, produzidas apenas no período de 1 a 7 dias, uma vez na empresa Agroceres Nutrição Animal que os resultados não diferiram no períLtda, cujo consumo foi limitado em 200 odo total. g/ave. Do final da fase pré-inicial até os 42 dias de idade, as aves receberam uma Conclusão mesma ração, na forma farelada, cujo Embora os ovos fossem de pesos sefornecimento foi ad libitum. As variámelhantes, as aves provenientes de maveis avaliadas foram: peso vivo, ganho trizes adultas apresentaram melhor dede peso, consumo de ração e conversão sempenho. A ração pré-inicial alimentar. micro-peletizada favoreceu o desempenho das aves, independente da idade da Resultados e Discussão matriz. Os resultados obtidos encontram-se Produção Animal | Avicultura 27


Prêmio Lamas Seqüenciamento parcial do DNA de terapêutico sobre Salmonella Enteri

Pontos críticos de temperatura do incubatório AG Menezes2, ES Batista1, GR Nascimento2, IA Nääs2, NKC Guimarães1, DF Pereira1 1 - Faculdade de Administração – UNESP / 2 - Faculdade de Engenharia Agrícola – Feagri/UNICAMP

Introdução O incubatório é um componente essencial na cadeia produtiva da avicultura. O sucesso desta atividade inclui melhores condições de manejo, pois, mesmo mantendo o ajuste de temperatura (T), umidade (UR) e ventilação do ar (VA), não significa que todos os pontos estejam em uniformidade. A diferença de T e UR podem incidir em menor índice de eclodibilidade. O objetivo desse trabalho foi identificar os pontos críticos no incubatório, que utiliza incubadora de estágio múltiplo, quanto ao controle da T e UR. Material e Métodos O experimento foi realizado em três dias em incubatório de ovos da linhagem Cobb®. Os dados de T, UR, VA e a temperatura superficial do ovo (Ts ovo), foram obtidos nas salas de classificação de ovos, na câmara fria, no préaquecimento, no incubatório e nascedouro. Na sala de classificação de ovos, câmara fria e pré-aquecimento foram instalados quatro dataloggers para registro da T (æ%C) e da UR (%) do ar, distribuídos eqüidistantes por toda área de cada sala. A sala de incubação (6,97x3,45m) foi dividida em seis quadrantes (2,32x1,72m) e seis dataloggers HOBO® foram dispostos no centro geométrico de cada quadrante. No nascedouro foram coletados os valores de temperatura de superfície do pintinho (Ts pintinho) e da VA dentro da caixa do mesmo. A VA foi registrada através do termohigroanemômetro HTA4200 PACER®. Na análise dos dados, buscou-se verificar a relação entre as múltiplas variáveis usando teste de correlação linear de Pearson, além dos limites críticos de segu-

CSL Vaz1, D Voss1, L Alves2, IM Trevisol1

rança dos Pontos Críticos de Controle (PCC), através da análise de CPK, utilizando o software Minitab15®.

Introdução O uso de bacteriófagos líticos (BL) pode ser viável para o controle biológico de Salmonella em frangos de corte. Três BL com ação sobre Salmonella Enteritidis (SE) foram isolados de fezes de aves pela Embrapa Suínos e Aves e vêm sendo pesquisados quanto ao seu potencial terapêutico. Estes BL, denominados CNPSA 1, 3 e 4, apresentam estrutura com cabeça e cauda, possuem genoma DNA dupla fita e multiplicam-se em frangos de corte infectados por SE. Fornecidos a frangos de corte pela via oral promovem a redução da concentração de SE PT4 no ceco. A ação dos BL é mais efetiva quando administrados a aves contendo altas concentrações do patógeno no conteúdo cecal. Para aperfeiçoar a tecnologia de uso terapêutico destes BL na redução de SE em aves é necessário ampliar o conhecimento sobre os fagos utilizados, o que envolve a caracterização genotípica. O objetivo do presente trabalho foi obter a caracterização molecular destes BL através do seqüenciamento parcial de regiões aleatórias de seu DNA.

Resultados e Discussão A Tabela1 aponta os pontos críticos quando comparado com a recomendação vigente. Na incubadora foram encontradas diferenças significativas (á < 1%) no quadrante 2, que se localiza a direita na abertura da porta da incubadora, tendo sido obtido o valor médio de T de 36,8°C. Este valor de T resulta em uma perda de calor grande do ovo contendo embrião (Ts = 38,2°C), na fase de crescimento quando esta deveria ser mantido próximo a 37,8°C (4), demonstrado na Figura 1 através da análise de CPK. O desenvolvimento embrionário normal ocorre quando a Ts do ovo está entre 37 e 38°C. A T ideal da incubadora seria a de 37 a 38°C e a variação de ±1°C provoca impacto, aumentando o período de nascimento e seu efeito da eclodibilidade. Já a UR, se for muito baixa, a perda de água será excessiva, atrasando a eclosão. O valor encontrado de 53,10% de UR demonstrado no CPK tem variabilidade significativa. A envoltória do ar ao redor do ovo é a maior barreira para a perda de calor no ovo e está diretamente relacionado à VA, quanto mais lento o ar, se move no interior da incubadora, maior será a diferença entre a T do embrião e da incubadora. Conclusão Os pontos críticos de controle encontrados foram a T, UR e VA nas salas analisadas, que devem ser adequadamente controladas para a obtenção de melhores índices produtivos.

Dados médios da T, UR ambiente, Ts e VA em incubatório comercial e identificação de PCC e desvio padrão. Câmara Fria

T (°C)

Pré-aquecimento

Incubadora

Nascedouro PCC

Valor Coletado

Valor Ideal

Valor Coletado

Valor Ideal

Valor Coletado

Valor Ideal

Valor Coletado

Valor Ideal

17,8

19-22

24,1

25-27

36,8

37,2-38,2

36,7

35,7-37

Sim

≤70

65,28

≤70

53,10

50-60

55,35

65

Sim

D.Padrão

0,423

UR (%)

65,30

D.Padrão

5,275

0,874

0,868

2,373

1,348

10,2

5,129

Ts pintinho Ts ovo

16,8

D.Padrão

0,2

VA

0

-

24,7

-

0,12 0

D.Padrão

0,54 0,23

38,2

-

0,38 -

1,32

-

34,1

38,6

Sim

38,4

-

Não

0,34 -

0,72

(-) Indica a não existência da informação.

28 Produção Animal | Avicultura

-

0,53 0,3

-

Sim

Material e Métodos O DNA genômico dos três BL foi obtido conforme previamente descrito, a partir do qual foi utilizando o primer 5’AACGCGCAAC3’ para amplificar regiões aleatórias do genoma por RAPD com o sistema Ready-to-go (GE Healthcare). Produtos de amplificação característicos de cada BL foram purificados e clonados no vetor pCR XLTOPO (Invitrogen), sendo a transformação realizada com células quimicamente competentes TOP10 (Invitrogen). Colônias transformadas foram selecionadas em ágar LB contendo 50mg/mL de kanamicina e o DNA plasmidial recombinante foi isolado com o kit HiYield (Real Genomics), sendo os insertos amplificados por PCR utilizando primers M13. Estes produtos foram purificados com o kit GFX PCR Purification (GE Healthcare) e após marcados com o BigDye Terminator v3.1 Cycle Sequencing (Applied Biosystems), sendo sequenciados no ABI 3130 Genetic Analyzer (Applied Biosystems). Os dados foram coletados com o software Data Collection v1.0.1 (Applied Biosystems). As sequências de nucleotídeos obtidas foram alinhadas com a sequência do vetor através do Clustal W, sendo então comparadas a sequências de bacteriófagos (fagos) depositadas no GenBank utilizando o EMBL-EBI. Resultados e Discussão Dentro dos perfis de RAPD obtidos, um fragmento característico de cada BL foi selecionado para seqüenciamento de DNA, a partir dos quais foram identificados 375, 499 e 435 nucleotídeos dos BL CNPSA 1, 3 e 4, respectivamente. Estas sequências de DNA não apresentaram similaridades significativas frente a sequências de bacteriófagos da ordem Caudovirales de genoma DNA dupla fita depositadas no GenBank (Tabela 1). Níveis mais elevados de similaridade podem ser identificados se forem analisadas regiões


Levantamento das condenações de abate de frangos e determinação das causas mais prevalentes em um frigorífico em Santa Catarina

bacteriófagos com potencial tidis em aves 1 - Embrapa Suínos e Aves / 2 - Bolsista de iniciação científica – PIBIC/CNPq, Universidade do Contestado

mais extensas e conservadas do genoma dos três BL pesquisados pela Embrapa para redução de SE em aves.

Perfis de RAPD obtidos com os BL (CNPSA 1, 3 e 4). Os fragmentos de DNA sequenciados de cada BL são indicados. M, marcador (ladder 100 pb).

Principais similaridades identificadas entre sequências de DNA de outros bacteriófagos.

BLCNPSA

Bacteriófago, família e bactéria de origem

N° acesso EMBL

(%)

CNPSA1

Fago cs-t Myoviridae C. botulinum tipo C

AP008983

66,7

Fago Lv-1 Siphoviridae Lactobacillus jensenii

EU871039

65,4

Bacteriófago K1F Podoviridae Escherichia coli

DQ111067

61,8

Bacteriófago 187 Siphoviridae S. aureus

AY954950

65,9

Profago Campylobacter jejuni

EF694684

60,8

Fago P-SSM2 Myoviridae Prochlorococcus

AY939844

59,8

Gene alt do Fago T4 Myoviridae Enterobacteriacea

X15811

78,6

Fago Xop411 Siphoviridae Xanthomonas oryzae

DQ777876

75,0

Fago EL Myoviridae P. aaeruginosa

AJ697969

72,9

Fago phiEco32 Podoviridae Escherichia coli

EU330206

CNPSA 3

CNPSA 4

Similaridade

72,3

Conclusão As regiões do genoma dos BL analisados não apresentaram similaridades significativas frente a seqüencias de DNA de bacteriófagos depositadas no GenBank.

VAM Silva1, AT Pinto2 1 - Médica Veterinária autônoma. / 2 - Departamento de Medicina Veterinária Preventiva - FAVET/UFRGS

Introdução A condenação de carnes e vísceras impróprias para o consumo objetiva zelar pela saúde pública, já que os produtos de origem animal, são a mais importantes fontes de enfermidades transmitidas por alimentos. A avaliação das carcaças para identificação de lesões passíveis de condenação total ou parcial é observada na inspeção postmortem, sendo baseadas em critérios visuais e estéticos. Em todas as etapas do abate, desde o carregamento dos caminhões até a obtenção de carcaças, pode haver desvios de processo que acabam comprometendo a carcaça na inspeção. Os registros das condenações são valiosos em demonstrar tendências de prevalência dos achados, indicando perdas econômicas para a indústria, além de sugerir áreas com possíveis melhorias. O objetivo desse trabalho foi determinar e quantificar as diferentes condenações totais e parciais de frangos originadas dentro de uma indústria frigorífica, conforme critérios do Serviço de Inspeção Federal (SIF) e indicar suas causas mais prevalentes. Material e Métodos Foi realizado levantamento das condenações de carcaças de frango (parciais e totais) condenadas no frigorífico, usando os registros oficiais do frigorífico e do SIF, referentes ao período de janeiro a setembro de 2008. Foram feitas estratificações das condenações por escaldagem excessiva, sangria inadequada, evisceração retardada, contaminações e contusões/fraturas para avaliar as causas de condenação mais freqüentes. Resultados e Discussão Dos 51.605.942 frangos produzidos em sistema de integração,1.133.631 (2,2%) sofreram condenação parcial e 27.287 (0,05%) sofreram condenação total. As condenações parciais de carcaça foram as mais freqüentes, representando 97,59% do total de condenações na indústria. As estratificações por causa de condenação estão amostradas em gráficos de pareto, nas Figuras 1 e 2. Causas de condenações totais de janeiro a setembro de 2008.

100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%

76,84%

Do total de 0,05%, foram condenadas totalmente, 20.681 (76,84%) carcaças por escaldagem excessiva, 3.209 (11,12%) por contaminação, 1.769 (6,20%) por evisceração retardada e 1.628 (5,85%) por sangria inadequada total. As duas primeiras causas corresponderam a 87,96% das condenações totais. Do total de 2,20%, foram condenadas 874.723 (75,85%), 255.719 (22,84%) e 13.189 (1,30%) carcaças por contusão/ fratura, contaminação parcial e escaldagem excessiva parcial, respectivamente. As duas causas principais correspondem por 98,70% das condenações parciais. Ficou demonstrado que as condenações totais (por escaldagem excessiva) e parciais (por contusão/fratura) representaram as duas maiores causas de condenações. As lesões de carcaça por contusão/fratura geradas na indústria devem-se, principalmente, por má regulagem de depenadeiras e manejo incorreto de retirada de aves das gaiolas e pendura. A escaldagem excessiva total ocorreu nos casas de parada de linha de abate. Este tipo de condenação geralmente ocorre em toda a carcaça, razão pela qual houve baixa incidência de escaldagem excessiva parcial. A contaminação de carcaça foi a segunda causa de condenação total e parcial. Esse evento ocorre em grande parte, devido às dificuldades encontradas em ajustar os equipamentos de evisceração aos tamanhos irregulares dos frangos. A regulagem inadequada das evisceradoras, incompatível com o tamanho da carcaça, pode promover contaminações sistemáticas. Condenações por evisceração retardada e sangria inadequada total apresentaram baixa representatividade devido a automatização do sistema de abate. Conclusões As condenações parciais na indústria apresentaram maior volume que as totais. As causas mais prevalentes verificadas foram contusão/fratura entre as condenações parciais e escaldagem excessiva entre as totais. 94,15%

100,00%

11,12%

6,20%

5,85%

Contaminação total

Evisceração retardada

Sangria inadequada total

87,96%

76,84%

Escaldagem excessiva

Produção Animal | Avicultura 29


Prêmio Lamas

Integridade intestinal e a atividade de macrófagos em frangos de corte WM Quinteiro-Filho1, A Ribeiro1, V Ferraz de Paula1, ML Pinheiro1, AJP Ferreira1, J Palermo-Neto1 1 - Departamento de Patologia – FMVZ/USP

Introdução As exigências com relação ao bemestar animal têm modificado a maneira de perceber o estresse na avicultura. As interações bidirecionais entre os Sistemas Nervoso Central e Imune já estão bem estabelecidas. Dessa forma, sabe-se que alterações induzidas na atividade do SNC pelo estresse modificam a função imune. Um tipo particular de estressor ambiental relevante à avicultura é o estresse térmico, mais especificamente por calor. De fato, esse estresse causa diminuição do crescimento e da conversão alimentar das aves, assim como desajustes fisiológicos e hormonais (aumento dos níveis séricos de corticosterona e de catecolaminas), podendo aumentar a suscetibilidade dos animais às doenças e/ou a mortalidade. Deste modo, idealizamos esse estudo para analisar os efeitos desse estresse em frangos de corte, em especial, sobre a atividade do eixo neuroimune das aves; analisamos os índices zootécnicos, a integridade do trato intestinal, os níveis séricos de corticosterona e a imunidade inata. Material e Métodos Este trabalho foi realizado no Departamento de Patologia da FMVZUSP, utilizando-se 480 frangos de corte da linhagem Ross com 42 dias de vida. Os animais foram mantidos em temperaturas termoneutras até o 35° dia de vida. Do 35º ao 41º dia, as aves foram desafiadas com estresse por calor sendo que o grupo controle foi mantido em temperatura termoestável (22-21°C) e os grupos experimentais E1 e E2 a 36±1°C e a 31±1°C, respectivamente. Foram realizados 4 experimentos independentes (E1, E2, E3 e E4) sendo que nos dois primeiros analisamos o desempenho das aves, calculando o ganho de peso, o consumo de alimento, conversão alimentar (CA) e a mortalidade, e a integridade do intestino delgado. Nos dois últimos experimentos (E3 e E4) analisamos o níveis séricos de

30 Produção Animal | Avicultura

corticosterona e a atividade de macrófagos peritoneais por citometria de fluxo. Para a análise da integridade intestinal, realizamos cortes histológicos que foram corados com HE e analisados para altura dos vilos, morfologia de criptas, processo inflamatório e número de linfócitos intraepiteliais. Foi utilizada análise de variância ANOVA, seguida do teste de Tukey – Kramer de comparações múltiplas. Resultados e Discussão Os presentes resultados mostraram que o estresse térmico por calor foi capaz de alterar o desempenho das aves, a integridade intestinal, os níveis de corticosterona, e a atividade de macrófagos. De fato, o ganho de peso (C=591,121±66,54; E1=347,72± 109,70; E2=442,46±44,80) foi estatisticamente menor nos grupos E1 e E2 quando comparados ao grupo C (p<0,001). O consumo de ração (C=1438,00±87,49; E1=1137,3±117,62; E2=1138,83±84,47) foi estatisticamente menor nos grupos E1 e E2 quando comparados ao grupo C (p<0,001). A CA (C=2,46±0,32; E1=3,52±1,03; E2=2.51 ± 0.20) e a mortalidade (C= 0%, E1=43,33% e E2= 0%) foram estatisticamente maiores no grupo E1 quando comparada ao grupo C. Como Mashaly e colaboradores, mostramos que aves adultas apresentam uma diminuição no peso corpóreo e no consumo de ração e aumento da mortalidade quando expostas a calor de 35ºC. Observamos, também, um aumento de processo inflamatório (PI) com predomínio de células mononucleares no jejuno das aves dos grupos E1 e E2, comparadas ao controle. Sendo que, em alguns casos, observamos focos de heterófilos na mucosa intestinal. De fato, desde Seyle sabese que lesões na mucosa do trato gatrointestinal são as primeiras manifestações do estresse. Com relação aos níveis séricos de corticosterona (C=46,08±16,82; E1=109,59±42,78; E2=92,69±27,38) obtivemos um aumento dos níveis nos grupos E1 e E2 em relação ao C (p<0,01).

Também, observamos diminuição do busrt oxidativo induzido pela fagocitose (C=463,70±212,26; E2=253.63±99.41 E1=320,74±78,28) de macrófagos peritoneais das aves dos grupos E1 e E2 em relação ao C (p,0,05). Porém, quanto ao burst oxidativo basal (C=602,03±247,63; E1=532.06± 226.89; E2=373.35±102.82), apenas os dados do grupo E2 foram menores estatisticamente em relação a C (p<0,05). Já havia sido mostrado que o estresse por calor (37ºC) diminui a fagocitose de macrófagos, sendo que foi sugerido que outros fatores além do nutricional estariam envolvidos com a queda de imunidade. Parece-nos, assim, possível sugerir que o estresse por calor tenha alterado a homeostase dos animais, ativando o eixo HPA, aumentando os níveis de corticosterona diminuindo, assim, o crescimento das aves e a atividade do sistema imune. Essa alteração do sistema imune, por sua vez, poderia resultar em modificações da microbiota do trato intestinal das aves e, assim, alterar a integridade deste trato, como observado pelo aumento de PI. Com isso, estariam diminuídas a absorção de nutrientes e a transformação destes em proteína e massa corpórea. Conclusão Tomados em seu conjunto nossos resultados sugerem que o estresse térmico por calor tenha diminuído os índices zootécnicos e a imunidade inata dos frangos de corte. De fato, observamos ativação do eixo HPA, aumento dos níveis de corticosterona, diminuição do consumo de ração, e conseqüentemente do ganho de peso; e também diminuição da atividade dos macrófagos peritoneais. A diminuição da imunidade inata por sua vez seria responsável pelas alterações da microbiota intestinal e/ ou da integridade dessa mucosa, aumentando os processos inflamatórios que resultariam em diminuição da absorção de nutrientes, e assim do ganho de peso.


Ciência Avícola “Pega-fraudador”

Técnica inédita possibilita identificar procedência do ovo Poedeiras criadas ao ar livre têm acesso a uma variedade maior de fontes alimentares

T

udo indica que tem dias contados aquela história de comercializar ovos produzidos sob condições industriais normais como se fossem “ovos orgânicos”. Quem promete um “pegafraudador” com essa finalidade é a pesquisadora neozelandesa Karyne Rogers, responsável pelo desenvolvimento de uma técnica científica que permite identificar as diferenças existentes entre ovos provenientes de poedeiras criadas em gaiolas ou ao ar livre. Pesquisadora do Centro de Isótopos do GNS Science (originalmente, Instituto de Ciências Geológicas e Nucleares da Nova Zelândia), a Dra. Rogers aplicou a técnica de análise dos isótopos a ovos produzidos em gaiola, sobre piso, ao ar livre e no sistema orgânico. Constatou que praticamente

Dra. Karyne Rogers cria o “pega-fraudador”

todos os ovos analisados podiam ser diferenciados relacionando-se os teores de carbono e nitrogênio encontrados no produto com o tipo de ração consumido pelas poedeiras – que, pode parecer estranho, reflete diretamente o tipo de ambiente em que a poedeira foi criada. Detalhando seu achado, a pesquisadora explica que poedeiras criadas ao

ar livre ou sob o sistema orgânico têm acesso a uma variedade maior de fontes alimentares do que uma poedeira criada em gaiola que, por exemplo, não ingere insetos, vegetais ou mesmo alimentos orgânicos. “Só isso altera significativamente os isótopos do ovo”, ressalta. O trabalho da Dra. Karyne Rogers foi publicado no Journal of Agricultural and Food Chemistry. Ela acredita que a disponibilidade de um teste do gênero vai permitir aumentar o grau de confiabilidade do produto junto aos compradores externos. Para ver a pesquisa na íntegra, acesse o site http://pubs.acs.org. (Título do estudo em inglês: Stable Isotopes as a tool to differentiate eggs laid by caged, barn, free range, and organic hens)

Saúde

Estudo inglês mostra deficiências do foodservice no manuseio de ovos 14% não tinham conhecimento das mais elementares práticas de segurança

E

studo desenvolvido pela Agência de Proteção da Saúde do Reino Unido (HPA na sigla em inglês) revela que restaurantes e similares apresentam grandes deficiências no manuseio dos ovos, prática que coloca em risco a saúde dos consumidores britânicos. Para realizar seu estudo, a HPA coletou por todo o Reino Unido e junto a restaurantes, “deliveries”, padarias, cafés e lanchonetes amostras de misturas contendo ovos utilizadas na preparação dos pratos. Mas não ficou só nisso: registrou, também, as práticas de higiene adotadas. A conclusão final foi a de que mesmo sendo mínima a contaminação das

misturas por Salmonella, 14% dos “deliveries” (entrega em domicílio de pizzas e pratos prontos) não tinham conhecimento das mais elementares práticas de segurança no manuseio de ovos ou de suas misturas. Mais preocupante, porém, foi a constatação de que 43% de todo o pessoal envolvido com o preparo dos alimentos não lava as mãos após manusear ovos e suas misturas, isso sem contar que 41% dos pesquisados não mantém as misturas preparadas sob refrigeração adequada. As amostras foram coletadas em 934 estabelecimentos da Inglaterra, Gales, Escócia e Irlanda do Norte entre maio e outubro de 2008. A Salmonella

foi encontrada em 0,13% das misturas analisadas (1/764), em 0,3% (2/726) de suabes colhidos do meio ambiente e em 1,3% (7/550) de panos de limpeza. Falando sobre esses resultados, o Dr. Jim McLauchlin, Diretor dos serviços de microbiologia da HPA observa que “basta um ovo contaminado para infectar toda uma partida [de mistura]”. Para conferir o resultado do levantamento feito pela HPA, acesse o site www.hpa.org.uk. Na busca, digite o nome da pesquisa: “Microbiological Study on Salmonella Contamination of Pooled Raw Shelled Egg Mix and Environmental Samples from Catering Establishments”. Produção Animal | Avicultura 31


Associações

Minas Gerais

Avicultor 2009 reúne 650 participantes

A

Associação dos Avicultores de Minas de Gerais (Avimig) realizou nos dias 1 e 2 de julho o Avicultor 2009. O evento contou com a presença de 650 participantes entre empresários técnicos dos diversos segmentos da atividade, professores e estudantes. A entidade organizou

também uma “omeleteria” durante o programa do evento. Os participanes assistiram às palestras sobre desenvolvimento das atividades agroavícolas, como a campanha de restauração do consumo de ovos e de seu valor nutritivo, dark house, Apanha de Frangos e Visão do

Agronegócio Mundial. Ainda na sede da Avimig aconteceu a Feira de Produtos Avícolas de Minas Gerais, uma oportunidade de contatos para a prospecção de negócios em clima de confraternização.

Espírito Santo

Ceará

AVES tem nova diretoria para biênio 2009/2011

ACEAV no Pecnordeste

A

A

Associação dos Avicultores do Espírito Santo (AVES) elegeu na última terça-feira, 14 de julho, a diretoria responsável pelos destinos da entidade no biênio 2009/2011. Antonio Venturini, que presidia o Conselho Deliberativo da entidade

há várias gestões, passou à vice-presidência da AVES, presidida agora pelo empresário e líder ruralista de Santa Maria de Jetibá, Argeo João Uliana. Ao lado, a composição do novo Conselho Deliberativo da AVES.

AVES – CONSELHO DELIBERATIVO Gestão 2009/2011 Presidente:

Argeo Uliana

Vice-Presidente

Antonio Venturini

Vice-Presidente Financeiro:

Oderli Schneider

Conselheiro:

Volkmar Berger

Conselheiro:

Eustáquio Moacyr Agrizzi

Conselheiro:

Gilmar Altoé

Conselheiro:

Ademar Kerckhoff

32 Produção Animal | Avicultura

Associação Cearense de Avicultura (ACEAV) participou entre os dias 15 e 18 de junho do 13º Seminário Nordestino de Pecuária (Pecnordeste). O Pecnordeste teve como objetivo fortalecer os diversos setores produtivos da região, oferecendo aos convidados palestras, mesasredondas, cursos, painéis, aulas práticas e oficinas de capacitação com dez segmentos produtivos, dentre eles a avicultura. Dividido em três painéis, o seminário voltado para o setor avícola for dividido em temas: avicultura industrial de corte no dia 16, Reunião Plenária da União Brasileira de Avicultura (UBA) no dia 17 e postura comercial por último.


Ranking

Os 10 mais da avicultura brasileira O comportamento regional do setor no 1o semestre de 2009

Apenas os cinco estados mencionados alojaram matrizes de postura em 2009

Produção Animal | Avicultura 33


Ranking

34 Produção Animal | Avicultura


Produção Animal | Avicultura 35


Estatísticas e Preços

Produção e mercado em resumo Recuo de preços é a grande surpresa desta entressafra

A

parentemente, já não se fazem, no Brasil, entressafras da carne como antigamente. Por natureza (isto é, sem qualquer interferência do homem), a cada novo exercício, antes mesmo de findo o primeiro semestre, cai a oferta do carro-chefe das carnes, o boi, e – marcando o período de entressafra – os preços dos três animais e das respectivas carnes sobem quase ininterruptamente até o final do ano. O gráfico abaixo, retratando os preços médios pagos no interior paulista nos últimos 10 anos ao produtor de frango, de suíno e de boi, comprova que essa história de safra e entressafra da carne não é balela. E – repetindo – ocorre sem qualquer interferência do homem. Em 2009, entretanto, não vem sendo bem assim, porquanto os três produtos registraram recuo de preço no decorrer de julho, resultado incogitável se considerado o gráfico abaixo.

Além disso, a queda não se restringiu aos três animais, atingiu também o ovo, cujas cotações, na granja, retrocederam 17% no mês e quase 30% em relação a julho de 2008.

Para situações como essa, em que praticamente todas as proteínas animais foram afetadas, a explicação mais imediata é a de que julho foi mês de férias e de refluxo de preços. Fica a dúvida: Por que isso não foi observado nos 10 últimos anos? Para situações generalizadas como essa, em que praticamente todas as proteínas animais foram afetadas, a explicação mais plausível e mais imediata é a de que julho foi mês de férias

- portanto, de menor consumo e, por decorrência, de refluxo de preços. Mas – puxa! – por quê isso não foi observado, por exemplo, nos 10 últimos anos? Será que está havendo um recrudescimento da crise econômica sobre o consumidor? Na avicultura, mais preocupante que a situação do ovo é a do frango. Porque, em essência, há um bom tempo o plantel de poedeiras permanece estável e, assim, qualquer novo controle na produção de ovos – se necessário – poderá ser realizado com mais facilidade. Não é esse, porém, o caso do frango, cuja produção sofreu significativo aumento nos últimos meses, com resultados inversamente proporcionais nos preços. Tomara os recuos generalizados observados em julho último tenham sido apenas “breves tropeços de entressafra”. Do contrário, a indústria do frango terá que, novamente, corrigir sua rota. Como fez no início do ano.

Curva dos preços pagos ao produtor de frango, suíno e boi no interior de SP Média 10 anos (1999/2008) - DEZEMBRO DO ANO ANTERIOR = 100

120 110 100 90 80 70

36 Produção Animal | Avicultura

DEZ

NOV

OUT

SET

AGO

JUL

JUN

MAI

ABR

MAR

FEV

JAN

60


Alojamento de matrizes de corte 10% menor no primeiro semestre, volume alojado volta a crescer

N

ão se confirmou a expectativa de que a avicultura de corte – escaldada pela crise que já obrigou o setor a utilizar menos de 80% do potencial instalado – manteria o alojamento mensal de matrizes de corte do primeiro semestre do ano em torno dos 3,5 milhões de cabeças. Porque, depois de subir para cerca de 3,680 milhões de cabeças em maio, o alojamento de junho – conforme a UBA – totalizou 3,858 milhões de cabeças, aumentando perto de 5% em relação ao mês anterior. Ou, o que é mais significativo, registrou incremento de exatos 10,02% em relação à média alojada no primeiro quadrimestre (3,506 milhões de cabeças entre janeiro e abril). De toda forma, os números de junho permaneceram negativos (em cerca de 4,5%) comparativamente ao mesmo mês de 2008. E seguiram negativos também no semestre, com um recuo de 10,39% sobre idêntico semestre do ano passado, ao mesmo tempo em que apresentaram incremento de apenas 5,5% sobre os seis primeiros meses de 2007 – resultado que corresponde a uma expansão média inferior a 3% ao ano. Mas o que pesa, a partir de agora, é o antecedente mais recente. Pois a experiência indica que no segundo semestre os alojamentos são invariavelmente crescentes em relação à primeira metade. Assim,

Evolução mensal MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS

2007/2008

2008/2009

VAR. %

Julho

3,601

4,409

22,46%

Agosto

3,527

4,348

23,28%

Setembro

3,347

3,866

15,52%

Outubro

3,945

3,915

-0,77%

Novembro

3,858

3,965

2,76%

Dezembro

3,766

3,999

6,18%

Janeiro

4,265

3,560

-16,53%

Fevereiro

3,852

3,496

-9,23%

Março

3,944

3,482

-11,71%

Abril

3,953

3,488

-11,77%

Maio

4,012

3,679

-8,30%

Junho

4,037

3,858

-4,45%

EM 6 MESES

24,062

21,562

-10,39%

EM 12 MESES

46,106

46,064

-0,09%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

o número de matrizes do corrente semestre deve aumentar pelo menos 7,5% em relação ao semestre passado e superar a casa dos 23,150 milhões de cabeças – volume alcançado mantendo-se o mesmo resultado registrado em junho último. Neste caso, o alojamento de 2009 irá pouco além dos 44,7 milhões de cabeças,

recuando cerca de 8% em relação ao que foi alojado em 2008. Podia ser mais, mas não há dúvida de que é um recuo mais adequado que o observado nos últimos 12 meses, período em que o alojamento de matrizes de corte sofreu redução de apenas 0,09% em relação aos 12 meses imediatamente anteriores.

Produção Animal | Avicultura 37


Estatísticas e Preços

Produção de pintos de corte Expansão do 2º trimestre iguala volume do semestre ao de 2008

A

penas cinco meses depois de registrar a menor produção real dos últimos dois anos e meio (ou 30 meses), a produção brasileira de pintos de corte apresenta um aumento (também real, isto é, considerado o número de dias do mês) de, praticamente, 20% e alcança um dos maiores volumes de todos os tempos. De acordo com a APINCO, em junho passado o volume produzido pelo setor totalizou 482,1 milhões de cabeças, número que representou aumentos de 10,31% sobre junho de 2008 e de 4,39% sobre maio de 2009, neste caso em valores nominais. Em valores reais (ou seja, considerando que junho é mês mais curto que maio) o incremento sobre o mês anterior foi de quase 8%. Em função desse e dos aumentos anteriores mais recentes (a produção do segundo trimestre aumentou 12% em relação ao primeiro trimestre do ano), a primeira metade de 2009 foi encerrada com um volume total muito próximo dos 2,650 bilhões de pintos de corte, ficando apenas meio milésimo (1,3 milhão de cabeças) abaixo do produzido no mesmo período de 2008. Se a praxe fosse mantida, a produção do corrente semestre ficaria em torno dos 2,817 bilhões de cabeças, volu-

38 Produção Animal | Avicultura

Evolução mensal MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS

2007/2008

2008/2009

VAR. %

Julho

434,635

476,081

9,54%

Agosto

444,830

484,328

8,88%

Setembro

424,434

485,261

14,33%

Outubro

463,378

496,165

7,08%

Novembro

431,508

431,662

0,04%

Dezembro

451,775

443,854

-1,75%

Janeiro

460,687

417,755

-9,32%

Fevereiro

427,892

406,918

-4,90%

Março

441,119

425,628

-3,51%

Abril

429,048

455,711

6,21%

Maio

455,492

461,811

1,39%

Junho

437,041

482,089

10,31%

EM 6 MESES

2.651,3

2.649,9

-0,05%

EM 12 MESES

5.301,7

5.467,2

3,12%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

me produzido no mesmo período do ano que passou. É preciso lembrar, no entanto, que – em decorrência da crise na economia mundial – a produção do bimestre final de 2008 foi sensivelmente reduzida. Considerado esse fato e os níveis de produção atualmente registra-

dos pelo setor, não será difícil alcançarse no semestre produção igual ou até superior a 3 bilhões de pintos de corte e, portanto, a um volume anual da ordem de 5,650 bilhões de cabeças, cerca de 3,5% a mais que o produzido no ano passado.


Produção de carne de frango Redução de 3% é a única do primeiro semestre em onze anos

C

onforme a APINCO, em junho passado foram produzidas no Brasil 892.223 toneladas de carne de frango, volume 3,5% maior que o registrado em junho de 2008 (861.759 toneladas). Em relação ao mês anterior, maio de

Primeiro semestre de 2009 foi fechado com produção próxima de 5,157 milhões de toneladas de carne de frango 2009, houve um decréscimo, nominal, de 1,07%. Mas em termos reais (número de dias do mês) registrou-se acréscimo de 2,22%. A despeito desse incremento, o primeiro semestre de 2009 foi encerrado com produção perto de 5,157 milhões de toneladas e reduções de 3,08% sobre o mesmo período de 2008 e de 9,72% sobre o semestre anterior, o segundo de 2008. No primeiro semestre de 2008, havia sido registrado cresci-

Evolução mensal MIL TONELADAS

MÊS

2007/2008

2008/2009

VAR. %

Julho

872,616

897,014

2,80%

Agosto

871,782

923,774

5,96%

Setembro

866,903

926,548

6,88%

Outubro

891,434

990,463

11,11%

Novembro

887,928

998,586

12,46%

Dezembro

945,515

975,672

3,19%

Janeiro

914,036

889,681

-2,66%

Fevereiro

866,302

780,499

-9,90%

Março

926,478

862,047

-6,95%

Abril

879,984

830,420

-5,63%

Maio

872,144

901,884

3,41%

861,759

892,223

3,54%

EM 6 MESES

Junho

5.320,703

5.156,754

3,08%

EM 12 MESES

10.656,881

10.868,810

1,99%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

mento de 7% sobre o mesmo período de 2007 e em 2007, a alta registrada foi de 8,73% em relação ao primeiro semestre de 2006. O volume de carne de frango pro-

duzido nos últimos 12 meses, da ordem de 10,869 milhões de toneladas de carne de frango, apresenta uma evolução de 1,99% em relação aos 12 meses anteriores.

Produção Animal | Avicultura 39


Estatísticas e Preços

Exportação de carne de frango Volume embarcado no primeiro semestre recua pela segunda vez na década

A

expectativa de que o último mês do primeiro semestre fosse encerrado com embarques superiores a 330 mil toneladas de carne de frango não se confirmou. Conforme a ABEF, as exportações de junho ficaram em 329.013 toneladas, volume que significou decréscimo de 0,34% sobre idêntico mês do ano passado (330.125 toneladas em junho/08) e incremento de 8,31% sobre o mês anterior. Com esse resultado, os embarques do primeiro semestre do ano somaram 1,807 milhão de toneladas – 35 mil toneladas (ou 1,9%) a menos que o registrado no mesmo período de 2008, ocasião em que o setor registrou seu melhor desempenho em todos os tempos. Esse foi também o segundo recuo enfrentado pelo setor nesta década, mas não apresentou a intensidade observada no primeiro semestre de 2006 quando, em função da crise externa da Influenza Aviária, os embarques do período caíram mais de 8%. Apesar, no entanto, do resultado negativo, é auspicioso registrar que o volume exportado no primeiro semestre de 2009 superou (ainda que em níveis mínimos - +0,22%) o total embarcado no segundo semestre do ano passado. E como, normalmente, os embarques do segundo semestre crescem pelo menos 10% em relação ao primeiro (a média registrada entre 2003 e 2008 foi de

40 Produção Animal | Avicultura

Evolução mensal MIL TONELADAS

MÊS

2007/2008

2008/2009

VAR. %

Julho

284,002

339,360

19,49%

Agosto

304,735

322,698

5,89%

Setembro

242,146

323,949

33,78%

Outubro

313,372

315,632

0,72%

Novembro

298,903

235,061

-21,36%

Dezembro

299,929

266,598

-11,11%

Janeiro

274,897

274,781

-0,04%

Fevereiro

292,538

263,222

-10,02%

Março

313,233

306,539

-2,14%

Abril

270,022

329,922

22,18%

Maio

361,415

303,767

-15,95%

Junho

330,125

329,013

-0,34%

EM 6 MESES

1.842,230

1.807,244

-1,90%

EM 12 MESES

3.585,317

3.610,542

0,70%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

11,5%), não será de todo equivocado estimar que as exportações deste semestre fiquem em torno de 1,990 milhão de toneladas, o que solicita embarques mensais da ordem de 331,6 mil toneladas, não muito superiores aos já registrados em abril e junho últimos. Se alcançados, esses resultados sig-

nificarão volume anual próximo de 3,8 milhões de toneladas, 4% a mais que o exportado em 2008. Por ora, em 12 meses, as exportações brasileiras de carne de frango somam 3,610 milhões de toneladas, encontrando-se apenas 0,7% acima do alcançado nos 12 meses imediatamente anteriores.


Disponibilidade interna de carne de frango Crise reduz em 3,7% volume nominal do primeiro semestre

C

onsiderada a produção de carne de frango estimada pela APINCO (892.223 toneladas) e o volume exportado apontado pela ABEF (329.013 toneladas), permaneceram no mercado interno em junho passado cerca de

Volume ofertado internamente no primeiro semestre de 2009 ficou próximo dos 3,350 milhões de toneladas 598.117 toneladas de carne de frango, volume 5,94% superior ao registrado há um ano, em junho de 2008. Comparativamente ao mês anterior, maio de 2009, quando a disponibilidade interna ficou em 598.117 mil toneladas, houve um decréscimo de 5,84%. Deve-se considerar, no entanto, que junho é mês mais curto. Assim, a queda real foi de apenas 2,7%. Com esse último resultado a oferta interna no primeiro semestre de 2009 ficou próxima dos 3,350 milhões de toneladas, recuando 3,71% em rela-

Evolução mensal MIL TONELADAS

MÊS

2007/2008

2008/2009

VAR. %

Julho

588,614

557,654

-5,26%

Agosto

567,047

601,076

6,00%

Setembro

624,757

602,599

-3,55%

Outubro

578,062

674,830

16,74%

Novembro

589,025

763,525

29,63%

Dezembro

645,586

709,074

9,83%

Janeiro

639,139

614,900

-3,79%

Fevereiro

573,764

517,277

-9,84%

Março

613,245

555,508

-9,41%

Abril

609,962

500,498

-17,95%

Maio

510,729

598,117

17,11%

531,634

563,210

5,94%

EM 6 MESES

Junho

3.478,473

3.349,510

-3,71%

EM 12 MESES

7.071,564

7.258,268

2,64%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

ção ao mesmo semestre do ano passado. Em relação ao semestre anterior, o segundo de 2008, o recuo foi de 14,3%. Neste caso, porém, é fundamental lembrar que a oferta interna do final do ano passado sofreu verdadeira explosão, em conseqüência de inespe-

rada e vertiginosa queda das exportações no período. Por ora, a oferta interna de carne de frango num período de 12 meses soma 7,258 milhões de toneladas, volume 2,64% inferior ao registrado no mesmo período de 2008.

Produção Animal | Avicultura 41


Estatísticas e Preços

Alojamento de matrizes de postura Semestre é encerrado com alojamento quase um terço menor

D

e acordo com a UBA, foram alojadas no Brasil em junho último 89.356 matrizes de postura, 67,60% delas de linhas voltadas à produção de ovos brancos. Este volume representa aumento de 7,94% sobre o mês anterior e redu-

Setor alojou no primeiro semestre de 2009 um total de 319.566 matrizes de postura, volume 31,81% menor que o registrado no mesmo período do ano passado ção de 14,58% em relação a junho de 2008, quando foram alojadas 104,611 matrizes de postura. O setor alojou no primeiro semestre de 2009 um total de 319.566 matrizes de postura, volume 31,81% menor que o registrado no mesmo período do ano passado. Nos primeiros seis meses de 2008, o total alojado foi de 468,635, que re-

42 Produção Animal | Avicultura

Evolução mensal

(ovos brancos e vermelhos) MILHARES DE CABEÇAS

MÊS

2007/2008

2008/2009

VAR. %

PART. OVO BRANCO 2007/08

2008/09

Julho

53,253

58,108

9,12%

64,66%

69,68%

Agosto

63,392

45,253

-28,61%

85,02%

31,33%

Setembro

67,212

32,233

-52,04%

43,68%

61,20%

Outubro

24,339

78,722

223,44%

55,63%

69,35%

Novembro

40,126

47,700

18,88%

91,92%

66,04%

Dezembro

50,503

44,380

-12,12%

80,03%

71,16%

Janeiro

92,858

16,736

-81,98%

56,45%

87,23%

Fevereiro

98,130

29,311

-70,13%

85,95%

81,24%

Março

47,021

17,549

-62,68%

62,69%

59,22%

Abril

42,813

83,830

95,81%

69,68%

67,14%

Maio

83,202

82,784

-0,46%

81,46%

75,57%

Junho

104,611

89,356

-14,58%

68,73%

67,60%

EM 6 MESES

468,635

319,566

-31,81%

71,64%

71,36%

EM 12 MESES

767,460

625,962

-18,44%

70,92%

67,11%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

presentou aumento de quase 18% sobre o mesmo período de 2007. O alojamento deste semestre se encontra bastante reduzido. As principais baixas mensais foram registradas em janeiro e fevereiro deste ano, com um dos índices mais baixos dos últi-

mos dez anos. O volume acumulado em um período de 12 meses soma 625,962, queda de 18,44% com relação aos 12 meses imediatamente anteriores. A redução é acentuada, mas menor do que a queda de quase 32% registrada no semestre.


Alojamento de pintainhas de postura Apesar do recorde em junho, estabilidade no primeiro semestre

O

levantamento mensal da UBA mostra que em junho passado o alojamento brasileiro de pintainhas de postura somou 5,209 milhões de cabeças, quase três quartos delas (74,77%) representadas por linhagens produtoras de ovos brancos. Esse foi o

Evolução mensal

(ovos brancos e vermelhos) MILHARES DE CABEÇAS

MÊS

2007/2008

2008/2009

VAR. %

PART. OVO BRANCO 2007/08

2008/09

Julho

5,078

5,237

3,14%

74,30%

72,35%

Agosto

5,091

4,895

-3,85%

74,48%

73,25%

Variação mínima

Setembro

5,074

5,135

1,22%

72,28%

74,34%

Outubro

5,166

5,015

-2,92%

73,26%

72,88%

observada no

Novembro

5,105

4,811

-5,77%

73,80%

73,22%

Dezembro

5,017

5,083

1,31%

75,79%

74,79%

Janeiro

4,897

4,990

1,90%

75,11%

74,87%

Fevereiro

5,048

4,790

-5,11%

73,17%

75,92%

Março

5,122

5,161

0,76%

72,51%

75,27%

alojamento de pintainhas de postura no semestre também é verificada no volume

Abril

5,127

4,951

-3,43%

71,79%

75,30%

Maio

4,788

4,797

0,18%

74,17%

72,92%

alojado nos últimos

Junho

4,955

5,209

5,12%

72,25%

74,77%

12 meses

EM 6 MESES

29,936

29,897

-0,13%

73,09%

74,85%

EM 12 MESES

60,467

60,072

-0,65%

73,54%

74,16%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

maior volume dos últimos 11 meses (isto é, desde agosto de 2008) e correspondeu a aumentos de 5,12% sobre o mesmo mês do ano passado e de 8,59% sobre o mês anterior, maio de 2009. A despeito do significativo incremento no mês, o primeiro semestre de

2009 foi encerrado com absoluta estabilidade em relação aos dois semestres anteriores. Assim, o volume acumulado no período (29,897 milhões de pintainhas de postura) ficou apenas 0,92% e 0,13% abaixo dos alojamentos registrados, respectivamente, no semestre anterior (o segundo de

2008) e no mesmo semestre do ano passado. O volume alojado nos últimos 12 meses também apresenta diferença mínima. Ele soma 60,072 milhões de pintainhas comerciais de postura, contra 60,467 dos 12 meses imediatamente anteriores, redução de 0,65%.

Produção Animal | Avicultura 43


Estatísticas e Preços

Desempenho do frango vivo em julho de 2009 Recuo de preços no mês é sinal de alerta para o setor

À

primeira vista, o preço médio alcançado em julho pelo frango vivo – R$1,80/kg no interior paulista – não foi de todo ruim, pois, embora inferior ao do mês anterior, correspondeu ao segundo melhor valor de 2009, superando o R$1,80/kg de fevereiro, segundo melhor preço do primeiro semestre. Mas as aparências enganam. E não só porque o preço médio de julho voltou a se igualar com aquele praticado quando o mundo ainda vivia o ápice da crise econômica ou porque ele recuou em relação a julho do ano passado, mas principalmente porque foi menor que o do mês anterior, junho – fato aparentemente inédito na chamada “entressafra da carne”. O preço médio também não reflete a verdadeira realidade experimentada pelo setor no final de julho. Pois, em função da estabilidade vinda de junho, o valor pago pelo produto permaneceu estável e relativamente elevado (R$1,90/ kg, a melhor cotação registrada em 2009) nos 15 primeiros dias do mês. Mas mal iniciada a segunda quinzena, passou a registrar sucessivos recuos, terminando o mês em R$1,60/kg, mesmo valor experimentado na maior parte de dezembro de 2008. Entre o primeiro e último dia de julho o preço pago pelo frango vivo sofreu redução de, praticamente, 16% - um assombro! Mais curiosa foi a data de início do processo de deterioração do preço: primeiro dia da segunda quinzena do mês e quase seis semanas após o mercado permanecer firme e os preços estabilizados em excelentes R$1,90/kg. Fosse outra a ocasião, teria sido coincidência. Mas seis semanas correspondem ao tempo médio de criação de um frango. A firmeza e a estabilidade do mercado sofreram rompimento quando a oferta diária de frango sofreu repentino incremento de 8%. É um claro e indiscutível sinal de que ainda é cedo para retomar a produção anterior.

44 Produção Animal | Avicultura

FRANGO VIVO Evolução de preços na granja, interior paulista – R$/kg MÊS

MÉDIA R$/KG

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

JUL/2008

1,89

12,50%

6,18%

AGO/2008

1,94

5,43%

2,64%

SET/2008

1,85

10,12%

-4,64%

OUT/2008

1,63

1,87%

-11,89%

NOV/2008

1,74

12,25%

6,75%

DEZ/2008

1,62

-1,82%

-6,90%

JAN/2009

1,68

10,52%

3,70%

FEV/2009

1,80

30,43%

7,14%

MAR/2009

1,68

35,48%

-6,66%

ABR/2009

1,60

20,30%

-4,76%

MAI/2009

1,61

0,00%

0,63%

JUN/2009

1,88

5,62%

16,77%

JUL/2009

1,80

-4,56%

-4,05%

Médias Anuais entre 2000 e 2009 ANO

R$/KG

VAR. %

ANO

R$/KG

VAR. %

2000

0,91

14,57%

2005

1,35

-8,72%

2001

0,97

6,47%

2006

1,16

-14,70%

2002

1,13

16,49%

2007

1,55

33,62%

2003

1,45

28,31%

2008

1,63

5,16%

2004

1,49 2,75% 2009* 1,71 5,63% Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITE * Até 31 de julho de 2009

Frango vivo Preço histórico (média 1999/2008) e atual (2009) Média 1999/2008 (dezembro do ano anterior igual a 100) Preço médio mensal em 2009 (R$/kg, granja, interior paulista)


Desempenho do ovo em julho de 2009 Forte queda conduz ao menor preço dos últimos 20 meses OVO BRANCO EXTRA

Evolução de preços no atacado paulista – R$/Caixa de 30 dúzias MÊS

MÉDIA R$/KG

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

JUL/2008

47,50

12,74%

3,67%

AGO/2008

45,98

6,09%

-3,20%

SET/2008

43,25

12,57%

-5,93%

OUT/2008

37,92

1,69%

-12,32%

NOV/2008

39,36

5,78%

3,80%

DEZ/2008

39,69

-12,38%

0,84%

JAN/2009

37,40

-3,33%

-5,76%

FEV/2009

43,54

-14,14%

16,41%

MAR/2009

46,94

-6,68%

7,80%

ABR/2009

45,46

14,71%

-3,15%

MAI/2009

41,84

-6,19%

-7,96%

JUN/2009

43,12

-5,89%

3,06%

JUL/2009

36,92

-22,27%

-14,37%

Médias Anuais entre 2000 e 2009 ANO

R$/CXA

VAR. %

ANO

R$/CXA

VAR. %

2000

23,12

16,89%

2005

33,48

-2,87%

2001

24,07

4,11%

2006

27,48

-17,92%

2002

27,88

15,83%

2007

39,42

43,45%

39,67

42,29%

2008

43,62

10,65%

2003 2004

34,47 -13,11% 2009* 42,01 -3,69% Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITE * Até 31 de julho de 2009

Ovo Extra branco Preço histórico (média 1999/2008) e atual (2009) Média 1999/2008 (dezembro do ano anterior igual a 100) Preço médio mensal em 2009 (R$/caixa, atacado paulista)

S

e tivesse acompanhado o preço médio registrado entre 1998 e 2008, o ovo teria alcançado em julho passado um de seus melhores preços de todos os tempos. Mas, bem ao contrário, a comercialização do produto no mês foi um desastre total, já que seu valor médio retrocedeu 14% em relação ao mês anterior e, pior ainda, 22% em relação a julho de 2008. É verdade que em julho do ano passado ainda não havia eclodido a crise econômica que fez (e continua fazendo) o mundo tremer. Como ainda não saímos totalmente dessa crise, é quase natural que os preços continuem inferiores. No entanto, o setor passou pela fase mais crítica dessa crise sem ter atingido os baixos preços registrados em julho último – os menores registrados nos últimos 20 meses. Aumento de produção e férias escolares foram os argumentos mais usados para justificar esse sofrível desempenho. Mas ainda que a oferta do mês tenha aumentado, o incremento daí decorrente não deve ter sido dos mais significativos, dada a longa estabilidade observada no volume de poedeiras alojadas. Já as férias do meio do exercício são tradicionais. O que se constatou até o fechamento desta edição é que o forte retrocesso observado atingiu também frango, suíno e bovino. E numa época normalmente marcada por uma elevação contínua de preços, já que o período é de entressafra da carne. Uma das hipóteses levantadas para justificar esse comportamento é a de que as dificuldades econômicas anteriormente enfrentadas pelo consumidor voltaram a recrudescer no início do segundo semestre. Dentro do próprio setor, um fato era dado como certo: dificilmente os preços do ovo serão recompostos na primeira quinzena deste mês. Porque a pandemia de Influenza H1N1 força a prorrogação das férias e afeta diretamente a merenda escolar, onde o ovo tem um de seus grandes mercados. Produção Animal | Avicultura 45


Estatísticas e Preços

Matérias-Primas Milho despenca acompanhando proteína animal

Farelo de soja também recuou

O

O

Valores de troca – Milho/Frango vivo Considerado o valor médio da saca de milho, em julho o produtor precisou de 186,1 kg de frango vivo (interior de SP) para comprar uma tonelada do grão. Este valor foi 5,65% menor que o de junho de 2009 – 197,2 kg/t. A melhora da relação de troca se repete pelo segundo mês seguido, devido principalmente às cotações mais elevadas do frango vivo no início do mês, que levaram o preço médio de julho a fechar em R$1,80/kg (na granja, interior de São Paulo), queda de 4,26% em relação ao mês anterior. Porém a queda do preço do milho foi mais intensa, o que determinou o aumento da capacidade de compra da avicultura de corte. Valores de troca – Milho/Ovo De acordo com os preços médios dos produtos, a relação de troca entre o ovo (granja, interior paulista) e o milho em julho de 2009 foi de 11,19 caixas de ovos para uma tonelada do grão. Em junho foram necessárias 10,26 caixas/t, o que significa 9,06% mais ovos para obter a mesma quantidade de milho. O fator principal da queda no poder de compra da postura comercial foi a expressiva desvalorização do ovo em julho: o preço médio de R$29,92 por caixa representou queda de 17,16% sobre a média de junho deste ano, R$36,12/caixa.

Valores de troca – Farelo/Frango vivo Considerado o valor médio do farelo de soja em julho, foram necessários 456,6 kg de frango vivo (na granja, interior de SP) para adquirir uma tonelada do insumo. Como em junho passado essa relação foi de 459,5 kg/t de farelo, o volume de frango necessário para se obter a mesma quantidade do produto caiu levemente: 0,63%. Em relação aos valores de um ano atrás, há queda na capacidade de compra da avicultura: -7,66%, posto que em julho de 2008 foram necessários 421,6 kg de frango vivo para adquirir uma tonelada de farelo de soja. Valores de troca – Farelo/Ovo Assim como na relação de troca com o milho, o produtor de ovos perdeu capacidade na compra do farelo de soja em julho de 2009. Neste mês, considerados os preços médios de um e outro produto, foram necessárias 27,4 caixas de ovos (valor na granja, interior paulista) para adquirir uma tonelada de farelo de soja. Este valor significa 14,85% ovos a mais em comparação a junho de 2009, quando 23,9 caixas de ovos adquiriram uma tonelada de farelo. Em relação a julho de 2008, a queda no poder de compra é bastante expressiva: 31,11%. Naquele período uma tonelada de farelo de soja custava, em média, 18,9 caixas de ovos.

preço médio do milho, saca de 60 kg, interior de SP, foi de R$20,10 em julho de 2009, queda de 9,66% sobre o preço médio de junho deste ano, R$22,25/saca. Depois da pequena alta obtida em junho, a desvalorização do milho no mês passado é significativa, já que na comparação com o valor da saca de um ano atrás a redução é de 28,24% - em julho de 2008 o valor médio foi R$28,01/saca.

46 Produção Animal | Avicultura

farelo de soja (FOB, interior de SP) foi comercializado em julho ao preço médio de R$822/tonelada, valor 4,86% menor que o de junho/09 – R$864/t. Na comparação com julho de 2008 – R$797/t – a cotação de julho passado foi 3,14% mais alta, mantendo ainda o cenário de valorização do farelo na comparação 2008/2009.

Fonte das informações: www.jox.com.br


Produção Animal | Avicultura 47


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Ponto Final

Investimentos no IB de Bastos criam suporte técnico necessário para crescimento do setor de postura

A

Nilce Maria Soares é médica veterinária, Pesquisadora Científica e Chefe de Seção Técnica da UPDB do Instituto Biológico

Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Bastos, SP, do Instituto Biológico (UPDB), recebeu durante a Festa do Ovo (17 a 19 de julho) o certificado NBR ISO 9001:2000 para o diagnóstico sorológico de Mycoplasma gallisepticum e Mycoplasma synoviae. Para receber a Certificação foi realizada, além da adequação e ampliação das instalações da unidade, o treinamento dos funcionários e auditorias. Agora, os pesquisadores e funcionários estão melhor acomodados e os laboratórios estão mais equipados e preparados para executar as análises. É mais um benefício para os produtores de ovos da região oeste de São Paulo e também do norte do Paraná e sul do Mato Grosso do Sul, que também são atendidos pela UPDB. A próxima conquista é o credenciamento pelo Ministério da Agricultura para o diagnóstico da Laringotraqueíte (LTI), que hoje é feito em Campinas, SP. A equipe do IB está há um ano trabalhando para obter este credenciamento. Estamos atualmente na última etapa, que deve ser completada em setembro. Ainda sobre a Laringotraqueíte, nossos pesquisadores estão participando de um projeto de Cooperação Técnica com a Universidade da Geórgia, que é considerada um dos maiores centros de diagnóstico e pesquisa em sanidade avícola do mundo, com o objetivo de serem capacitados para implantar na unidade o diagnóstico de LTI. Na Geórgia, os técnicos são treinados para o diagnóstico sorológico, molecular, histopatológico e para o isolamento do vírus. O projeto foi financiado pelo CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), e envolve cerca de 200 mil reais. Em junho passado, John Glisson e Maricarmen-Garcia, professores da Universidade, estiveram no Brasil, para conhecer a realidade da ocorrência de LTI na região de Bastose também para relatar sua experiência na profilaxia da LTI nos Estados Unidos. Esta cooperação é uma

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parte importante do programa de controle desenvolvido pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária através do programa estadual de sanidade avícola. O Instituto Biológico de Bastos foi fundado em 1981. De dez anos para cá demos um salto na melhoria da gestão e da qualidade com a conquista de algumas certificações. Temos agora um centro capaz de diagnosticar e orientar os produtores para o controle das doenças avícolas. Porém, esta unidade do IB não apenas realiza diagnóstico, mas também atende a comunidade em outros aspectos: testamos produtos, apresentamos tecnologia de controle de algu-

Inauguração das obras de ampliação do prédio do Laboratório de Bastos durante a Festa do Ovo

mas pragas, desenvolvemos trabalhos científicos e participamos de eventos. Possuímos quatro linhas de pesquisa: qualidade da água de bebida de aves, doenças respiratórias, entéricas e manejo de produção de codornas. Com os investimentos e capacitações realizados alcançamos um estágio em que nos tornamos um referencial para diagnósticos da avicultura de postura. Este suporte técnico é essencial para acompanhar a evolução de um setor que possui um enorme potencial de crescimento, tanto no mercado interno como internacionalmente, produzindo com qualidade um alimento extremamente nobre e saudável: o ovo.


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Ponto Final

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