nº 95 - ano VIII agosto/2015
Esclarecendo fatos
A produção de alimentos saudáveis através de medicamentos veterinários em animais de produção
Molhamento
Equipe da Universidade do Ceará avalia a prática de molhar a carga de frangos vivos
Nota técnica
MAPA descreve medidas para evitar a chegada da IA ao setor produtivo avícola
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Produção Animal Avicultura
Sumário
Esclarecendo fatos
18
A produção de alimentos saudáveis através de medicamentos veterinários
Molhamento
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Universidade do Ceará avalia a prática de molhar a carga de frangos vivos
23
Informe Publicitário Vetanco: Benefícios do uso de microorganismos selecionados no incubatório
26
Informe Publicitário Agroselect apresenta balanças BAT1 e BAT2
28
Reportagem empresarial Tecnologia da Casp é destaque no setor avícola
42
Ponto final Influenza Aviária, devemos combatê-la Por Arnaldo jardim
Nota técnica
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MAPA descreve medidas para evitar a chegada da IA ao setor produtivo avícola
30
AviGuia Agroceres Multimix promove ação inovadora de marketing
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Noticias curtas O que OCDE e FAO apontam para o Brasil até 2024
06 08
Eventos Painel do Leitor
Estatísticas e preços 35 36 37 38 39 40 41
Produção e mercado em resumo Pintos de corte Produção de carne de frango Exportação de carne de frango Oferta Interna Desempenho do frango vivo em julho Matérias-primas Produção Animal Avicultura
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Editorial
Assuntos de importância capital para a avicultura brasileira Finalizamos esta edição da Revista do AviSite logo após o término do SIAVS (Salão Internacional da Avicultura e Suinocultura – de 28 a 30 de julho). Foram três dias intensos para a nossa equipe comercial e a redação. Em momentos como esse, somos desafiados a atender ao setor com pautas de qualidade, enfocando assuntos “quentes”. Pois assim foi o congresso, com palestras relevantes, com informações novas e importantes, prontas para serem aprofundadas, como a revisão pela qual passa o Programa Nacional de Sanidade Avícola, exposta por Bruno Pessamilio, coordenador do PNSA. A cobertura completa do SIAVS será divulgada na próxima edição da Revista do AviSite. Neste mês, também trabalhamos para preencher as páginas desta publicação com assuntos que fazem a diferença para os nossos leitores. É o caso da divulgação (página 14) da Nota Técnica DSA nº 75/2015. Trata-se de material de importância capital para toda a avicultura, já que traça medidas para evitar a chegada da Influenza Aviária ao setor produtivo avícola. Complementa a matéria algumas instruções ao Serviço Veterinário Oficial, à avicultura (setor produtivo) e ao público em geral. Outro exemplo é a entrevista realizada com o Professor João Palermo Neto, da USP, que aborda a resistência bacteriana e utilização de medicamentos (página 18). Para Palermo, uma das grandes autoridades brasileiras neste assunto, é preciso tornar claro aos consumidores que é possível a produção de alimentos saudáveis empregando-se medicamentos veterinários em animais de produção. “Basta empregar apenas aqueles que tenham sido aprovados pelo MAPA, na forma correta recomendada pelos fabricantes, isto é, na dose e posologias certas e observando-se o período de carência. Em outras palavras, é absolutamente factível preservar a saúde humana e, ao mesmo tempo, empregar medicamentos em animais de produção”, completa ele. Ainda nesta edição, publicamos o artigo “Molhar ou não molhar a carga: eis a questão!” (página 12), de autoria de Daniel Pinheiro e Zeca Delfino, do Neambe, Núcleo de Estudos em Ambiência Agrícola e Bem-estar Animal, da Universidade Federal do Ceará. A equipe chegou ao interessante resultado de que a prática de molhar a carga de frangos vivos antes do transporte pode ser uma ação nociva para as aves, e que poderá contribuir para o aumento das perdas para o produtor. Boa Leitura!
Cobertura completa do SIAVS estará disponível na edição de setembro da Revista do AviSite
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Produção Animal Avicultura
Mundo Agro Editora Ltda. Rua Erasmo Braga, 1153 13070-147 - Campinas, SP
ISSN 1983-0017 nº 95 | Ano VIII | Agosto/2015
expediente Publisher Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Redação Érica Barros (MTB 49.030) Mariana Almeida (MTB 62.855) Giovana de Paula (MTB 39817) imprensa@avisite.com.br Comercial Karla Bordin comercial@avisite.com.br Diagramação e arte Mundo Agro e Innovativa Publicidade luciano.senise@innovativapp.com.br Internet Gustavo Cotrim webmaster@avisite.com.br Administrativo e circulação Caroline Esmi financeiro@avisite.com.br
Os informes técnicoempresariais publicados nas páginas da Revista do AviSite são de responsabilidade das empresas e dos autores que os assinam. Este conteúdo não reflete a opinião da Mundo Agro Editora. Para facilitar o acesso às matérias que estão na internet, disponibilizamos QrCodes. Utilize o leitor de seu computador, smartphone ou tablet
Errata: O nome correto do Gerente de Comunicação e Responsabilidade Social da Zoetis é Ricardo Vivaldi.
Editorial
Produção Animal Avicultura
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Eventos Agosto
Setembro
11 a 13 12ª TecnoCarne & Leite - Feira Internacional de Tecnologia para a Indústria da Carne e do Leite Local: São Paulo Expo, São Paulo, SP Realização: BTS Informa Site: www.tecnocarne.com.br
09 a 11 XII Curso de Atualização em Avicultura para Postura Comercial Local: Jaboticabal, SP Realização: Unesp/FCAV e APA Contato: (16) 32091303/ (16) 3209-1300 E-mail: eventos@funep.org.br Informações: www.funep.org.br
12 a 15 Semana Tecnológica do Agronegócio Local: Parque de Exposições de Santa Teresa, ES Realização: Coopeavi e Sebrae Telefone: (27) 3263-4750 Email: comunicacao@coopeavi.coop.br Site: www.sta.coop.br 18 a 19 Curso Facta Farmacologia Local: Leon Park, Campinas, SP Realização: Facta Telefone: (19) 3243-6555 Email: facta@facta.org.br Site: www.facta.org.br
15 11º Encontro Mercolab Local: Centro de Convenções de Cascavel, PR Contato: (45) 3218-0000 Informações: mercolab.com. br/11-encontro-mercolab-de-avicultura/ 16 e 17 II Congresso Sobre Tecnologia da Produção de Alimentos para Animais Local: Maringá, PR Realização: CBNA (Colégio Brasileiro de Nutrição Animal) Contato: (19) 3232-7518 Informações: www.cbna.com.br/site
22 e 23 Curso Facta Ambiência e Bem-Estar Local: Cascavel, PR Realização: Facta Contato: (19) 3243-6555 E-mail: facta@facta.org.br Informações: www.facta.org.br/ cursoambiencia
Outubro 20 e 21 Curso Facta Nutrição: Matrizes e Frangos Local: Campinas, SP Realização: Facta Telefone: (19) 3243-8542 E-mail: facta@facta.org.br Informações: www.facta.org.br/
Novembro 11 a 12 29ª Reunião CBNA: Aditivos na Alimentação Animal – Aves e Suínos Local: Campinas, SP Realização: CBNA (Colégio Brasileiro de Nutrição Animal) Telefone: (19) 3232-7518 Informações: www.cbna.com.br/site
Facta promove curso de Atualização em Farmacologia na Avicultura
A Facta promoverá nos dias 18 e 19 de agosto, em Campinas, o curso de Atualização em Farmacologia na Avicultura. O evento permitirá uma adequada atualização no uso de medicamentos na avicultura, proporcionando uma análise moderna e atual dos conhecimentos ligados às boas práticas de uso de medicamentos veterinários em aves de produção. O curso, ministrado por João Palermo Neto e equipe, abordará aspectos fundamentais para compreensão da terapia medicamentosa e eficácia desta nas aves, bem como as boas práticas na utilização de anticoccidianos, antimicrobia-
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Produção Animal Avicultura
nos e antiparasitários nas formas preventiva e curativa. Também serão discutidos temas como resistência antimicrobiana e resíduos de medicamentos na carne de aves e ovos, temas estes relevantes à avicultura brasileira e mundial. Completam o curso, abordagens sobre a gestão responsável no uso de medicamentos em avicultura, atualização sobre a legislação pertinente aos antimicrobianos, bem como a medicação em aves de produção orgânica e o desenvolvimento de novos fármacos pela indústria farmacêutica. Saiba mais em www.facta.org.br/cursofarmacologia.
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Pará proíbe entrada de aves vivas e compra briga com Tocantins Com a medida, só podem entrar no Estado animais que tiverem como destino frigoríficos com SI Concordo plenamente. A maioria dessas aves do Tocantins estavam sendo enviadas para municípios que não possuem locais com as mínimas condições de abatê-las. Colocando-se em risco a saúde da população e princípios básicos de segurança alimentar. O mercado do Pará sempre esteve e está aberto ao produto industrializado de diversos estados do País. Mario Lucena, Belém, PA
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As cinco notícias mais lidas no AviSite em julho
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Embarques de carne de frango in natura superam recorde
2024: os maiores exportadores e importadores mundiais
O último recorde nas exportações brasileiras de carne de frango in natura – 338.399 toneladas, segundo a SECEX/MDIC – ocorreu em maio de 2012. Portanto, há mais de três anos.
Elaborado a partir de dados publicados no “OCDE-FAO Agricultural Outlook 2015”, o gráfico reproduz como pode estar o quadro de principais “players” do comércio internacional de carne de frango em 2024.
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Embarques anualizados também registram novo recorde O excepcional desempenho apresentado pelas exportações de carne de frango in natura em junho passado deu forte alavancada no acumulado em 12 meses, fazendo com que o produto in natura superasse a marca dos 3,7 milhões de toneladas.
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Frango vivo, ovo, milho e inflação em junho de 2015 O acompanhamento dos preços do frango vivo, do ovo e do milho demonstra que as altas obtidas pelo frango vivo no decorrer de junho fizeram com que houvesse um “descolamento” em relação ao milho.
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As projeções do MAPA para a carne de frango Menos de 15 dias separam as “Projeções do Agronegócio” do MAPA, daquelas que representam trabalho conjunto FAO/OCDE tornadas públicas nos primeiros dias de julho. Mas embora sejam iniciativas distintas, trazem resultados muito similares.
Há 10 anos no AviSite www.avisite.com.br
EUA compram US$100 milhões em vacinas contra Influenza Aviária Campinas, 21 de Setembro de 2005 - O Departamento de Serviços em Saúde dos Estados Unidos anunciou a compra de 100 milhões de dólares em vacinas contra a influenza aviária com o objetivo de se preparar para uma possível pandemia em humanos. O contrato foi fechado com a indústria francesa Sanofi-Pasteur. Os resultados preliminares do teste da vacina experimental em pessoas, feito pelo Instituto Nacional de Saúde norte-americano, mostram que as inoculações estimulam uma resposta imune suficientemente forte para proteger as pessoas contra a cepa H5N1. A previsão do governo é que a compra fornecerá doses para
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Produção Animal Avicultura
proteger no mínimo 1,7 milhão de pessoas, considerando-se que os estudos clínicos iniciais indicaram que cada pessoa precisa de duas doses de 90 mg da vacina. Também foi anunciado que os Estados Unidos gastarão 2,8 milhões de dólares na compra do medicamento antiviral Relenza, da GlaxoSmithKline, que será suficiente para tratar 84.300 pessoas. Os Estados Unidos já possuem um estoque de 2 milhões de doses da vacina contra a gripe aviária e pretende comprar vacina e medicamentos antivirais para tratar 20 milhões de pessoas cada.
Notícias Curtas | Avicultura
Carnes
O que OCDE e FAO apontam para o Brasil até 2024 Para estes tempos de desesperança interna generalizada talvez não haja remédio melhor do que ouvir o que dizem, externamente, organismos internacionais a respeito das perspectivas do Brasil na produção agropecuária. Aqui, os organismos internacionais são a Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), responsáveis pela edição anual do “OECD-FAO Agricultural Outlook”. Pois a edição de 2015 do “Outlook” dedica matéria especial ao Brasil, “país que está entre as dez maiores economias do mundo e é o segundo maior fornecedor mundial de alimentos e produtos agrícolas”. E afirma que o Brasil está prestes a se tornar o principal fornecedor de uma demanda adicional proveniente, na maior parte, de países asiáticos. Para OCDE e FAO, o crescimento da oferta brasileira deve ser impulsionado por melhoria contínua da produtividade, conversão de mais áreas de pastagem em lavouras e por uma produção pecuária mais intensiva. Por sua vez, os resultados positivos daí advindos poderão ser potencializados mediante reformas estruturais, reorientação do apoio à produtividade (aumentando-se, por exemplo, os investimentos em infraestrutura) e pela efetivação de acordos de comércio que ampliem o acesso a mercados externos. Como projeta as tendências de toda uma década (no caso presente, de 2015 a 2024), a nova edição do Agricultural Outlook estima que nestes próximos 10 anos a produção brasileira de carnes deve permanecer em grande crescimento, a carne de frango sendo responsável por mais da metade do aumento previsto – um processo impulsionado tanto pelo consumo interno como pelo incremento da demanda internacional. Prevalece, também, a expectativa de consistente aumento dos preços pagos ao produtor. Mas a carne de frango tende a ser a menos beneficiada: o previsto é expansão média da ordem de 3,9% ao ano, índice inferior ao apontado para a carne bovina (4,4% ao ano) e, principalmente, a suína (5,9% ao ano). De toda forma, ajustados à inflação, os preços das três carnes devem apresentar evolução modesta, senão negativa.
MAPA
Divulgadas metas do PNCRC para 2015 Através da Instrução Normativa nº 13, publicada na edição do dia 20 de julho, no Diário Oficial da União, o Ministério da Agricultura divulgou os subprogramas de monitoramento e exploratório do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC) para as carnes, leite, pescado, mel e ovos. Os subprogramas estabelecem, para 2015, as metas de análise de resíduos e contaminantes nos alimentos de origem animal. As análises serão realizadas nos laboratórios oficiais e credenciados pertencentes à Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária. A amostragem para o Subprograma de Monitoramento será aleatória e a escolha dos estabelecimentos onde serão coletadas amostras será definida por sorteio.. Produção Animal Avicultura
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Notícias Curtas | Avicultura
Carne de frango
Principais importadores do Brasil no 1º semestre Analisando-se o quadro dos 30 (trinta) principais importadores da carne de frango brasileira no primeiro semestre de 2015 constata-se mudança mínima em relação ao mesmo semestre do ano passado. Ou seja: saíram desse grupo apenas dois países (Congo e Gana), entrando em seu lugar outro país africano (Sudão do Sul) e o México. Começando pelos 10 primeiros importadores: o destaque foi o surgimento, nesse grupo, da Coreia do Sul, cujas compras quase dobraram, resultando em aumento de receita próximo de 60%. Mas quem possibilitou que o volume direcionado para os 10 principais importadores apresentasse incremento próximo de 3% no semestre foi a China, que aumentou suas importações em 37%. Sob este aspecto, aliás, o aumento chinês neutralizou a redução de seu território especial, Hong Kong (-23%). E, ainda assim, juntos, China e Hong Kong foram o segundo principal cliente do frango brasileiro em volume e em receita. Em outras palavras, os chineses ficaram atrás, apenas, da Arábia Saudita, cliente número 1 desde os primeiros embarques, quatro décadas atrás. Já no grupo colocado entre a 20ª e a 30ª posição, os grandes destaques em relação ao volume importado ficam com Cuba e México, cujas compras aumentaram mais de100%. Mesmo assim, Cuba importou do Brasil (em seis meses) pouco mais da metade do que recebeu dos EUA em cinco meses e em pleno embargo (60 mil/t entre janeiro e maio). Imagine-se quando o embargo for suspenso... Por seu turno, o México permanece como mais uma expectativa não realizada. É verdade que, em relação ao primeiro semestre de 2014, subiu 10 posições, passando da 37ª para a 27ª colocação. Mas suas importações, neste ano, ficaram resumidas a pouco mais de 13 mil toneladas – pouco mais de meio por cento das exportações brasileiras no semestre. Contudo, nessa questão, o México não está sozinho, pois a Rússia é outra expectativa não realizada. Porque, a partir do instante em que rompeu relações com seus demais fornecedores (ou a maioria deles), contava-se que faria do Brasil sua principal fonte de abastecimento. É verdade que, neste ano, os importadores russos aumentaram, sim, suas importações (+65%). Mas o volume importado (pouco mais de 38 mil toneladas em seis meses) representa menos de 12% do que tendem a comprar externamente em 2015 (320 mil toneladas nas projeções, já corrigidas para baixo, do USDA). Quer dizer: ou a Rússia tem outras fontes abastecedoras ou pretende reduzir drasticamente suas importações neste exercício comparativamente ao que adquiriu externamente no ano passado (450 mil toneladas em 2014).
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Produção Animal Avicultura
CARNE DE FRANGO
30 principais importadores do Brasil - 1º SEMESTRE DE 2015 PAÍS IMPORTADOR
POSIÇÃO
VOLUME
RECEITA
MIL/T
VAR.
US$ MI
VAR.
1 (1)
Arábia Saudita
359,8
12,82%
638,4
6,68%
2 (2)
Japão
187,0
-3,74%
386,9
-22,55%
3 (6)
China
145,6
37,09%
291,5
23,01%
4 (4)
Emir. Árabes Un.
144,4
16,06%
253,0
4,22%
5 (3)
Hong Kong
119,9
-23,27%
157,9
-27,73%
6 (8)
África do Sul
94,1
26,19%
58,6
39,10%
7 (7)
Holanda
84,0
-5,41%
217,4
-15,97%
8 (9)
Kuwait
59,9
18,19%
96,5
5,81%
9 (18)
Coreia do Sul
58,9
97,84%
120,7
59,88%
10 (5)
Venezuela
43,1
-63,10%
99,2
-60,19%
11 (17)
Qatar
39,9
28,24%
64,1
15,51%
12 (15)
Reino Unido
39,7
8,88%
116,7
-2,21%
13 (10)
Egito
38,6
-16,31%
60,0
-15,53%
14 (22)
Rússia
38,2
65,70%
48,2
-29,35%
15 (14)
Cingapura
38,0
1,55%
76,0
-11,60%
16 (19)
Líbia
34,2
19,45%
54,5
5,56%
17 (12)
Alemanha
33,3
-14,74%
62,9
-34,09%
18 (24)
Cuba
33,2
134,52%
33,4
125,61%
19 (16)
Omã
32,8
2,28%
53,3
-9,87%
20 (11)
Angola
22,8
-44,13%
29,1
-46,62%
21 (21)
Jordânia
22,3
-4,80%
34,5
3,99%
22 (13)
Iemen
19,9
-46,95%
27,5
-52,78%
23 (114)
Sudão do Sul
17,9
-
10,2
-
24 (20)
Iraque
17,3
-38,64%
28,7
-41,74%
25 (26)
Chile
17,3
64,07%
31,1
19,91%
26 (23)
Filipinas
15,0
-7,53%
7,5
-10,75%
27 (37)
México
13,2
141,64%
30,1
132,90%
28 (29)
Bahrein
11,4
31,39%
19,1
24,14%
29 (27)
Vietnã
9,3
-2,53%
9,8
-20,31%
30 (25)
Espanha
8,6
-26,28%
16,5
-38,61%
10 primeiros importadores
1.296,6
2,85%
2.320,3
-7,67%
30 primeiros importadores
1.799,6
3,37%
3.133,6
-8,68%
152,3
-5,62%
244,0
-14,64%
1.951,9
2,60%
3.377,6
-9,14%
Demais importadores TOTAL
Fonte dos dados básicos: SECEX/MDIC - Elaboração e análises: AVISITE
Notícias Curtas | Empresas
Grupo GTFoods
Projeto de economia de energia A energia elétrica representa para o setor avícola mais de 30% dos custos finais, de acordo com dados do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar). Diante dessa realidade, as indústrias do setor têm sido fortemente pressionadas pelos recentes reajustes na tarifa do insumo. Com previsão de fechar o ano com um faturamento de R$ 1,8 bilhão, o Grupo GTFoods adotou a iniciativa de implementar o Projeto Economia de Energia para aliviar o impacto da conta sobre os custos de produção e dar continuidade ao crescimento. Para serem alcançados os objetivos, está sendo feita uma campanha interna de conscientização. “O principal objetivo é racionalizar o uso da energia elétrica na indústria. Sentimos a necessidade de repensar para avançarmos de forma sustentável no consumo energético dos procedimentos da empresa, com melhor aproveitamento dos recursos naturais”, explica o idealizador do projeto e gerente de Manutenção Corporativo do grupo, Leonardo Pinheiro. Nessa fase inicial, não há uma meta de economia estabelecida, mas o GTFoods pretende reduzir em 5% o uso do recurso.
Com previsão de fechar o ano com um faturamento de R$ 1,8 bilhão, o Grupo GTFoods adotou a iniciativa de implementar o Projeto Economia
Produção Animal Avicultura
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Ambiência
Molhar ou não molhar a carga: eis a questão! Equipe da Universidade do Ceará avalia a prática de molhar a carga de frangos vivos Autores: Daniel Gurgel Pinheiro e José Antonio Delfino Barbosa Filho. Núcleo de Estudos em Ambiência Agrícola e Bem-estar Animal (NEAMBE) - Universidade Federal do Ceará – UFC
N
a avicultura de corte, as diferentes técnicas de manejo e o uso de novas tecnologias contribuem para o aumento da produtividade ao criar instalações avícolas mais confortáveis. Entretanto, a ambiência deve se estender para além dos galpões de criação. As atenções também devem estar voltadas também para as operações pré-abate dos animais, em especial, para o carregamento e transporte das aves. Durante estes procedimentos, uma prática muito difundida entre os produtores é o molhamento da carga, que ainda é realizado de forma empírica, e sua eficiência na redução do estresse térmico até então não tinha nenhuma comprovação efetiva. Imagina-se que o molhamento realizado antes do transporte dissipe o calor gerado pelo metabolismo das aves dentro das caixas e traga uma condição de conforto “permanente” para toda a carga durante a viagem. Por outro lado, sabe-se também que ambientes muito úmidos podem prejudicar as trocas térmicas pelos animais. Assim, alguns questionamentos devem ser levantados: O veículo utilizado no transporte foi projetado para o transporte de carga viva? A forma como a carga é montada, cujo principal objetivo é acondicionar o maior número de aves possível, viabili-
Molhamento da carga é prática muito difundida entre os produtores
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Produção Animal Avicultura
za a circulação e renovação de ar entre as caixas? A fisiologia da ave é considerada, no que diz respeito à influência das penas nos processos de troca térmica? Analisando de forma mais detalhada o layout da carga, em sua forma compacta, este traz como principal consequência a falta de circulação de ar entre os animais, fator que acaba criando um microclima interno com uma atmosfera supersaturada por vapor d’água (alta umidade) que, somada às elevadas temperaturas do ar, detectadas durante o percurso do transporte, contribuem para a criação de um ambiente extremamente nocivo para as aves. Outro ponto interessante é verificar a sensação térmica da ave quando a mesma tem seu corpo (e penas) molhado e é subitamente exposta a altos valores de velocidade do vento durante o trajeto do transporte. Esse
fato pode ser evidenciado quando, por exemplo, ocorre um maior número de mortes nas aves localizadas nas laterais ou na parte da frente da carga do caminhão. Isso pode indicar que há a ocorrência de uma situação de inversão de estresse térmico em que as aves acabam morrendo por hipotermia. Além de toda a problemática em torno do estresse térmico sofrido pelas aves durante o carregamento e transporte ainda deve ser mencionado a quantidade de água que está envolvida na prática do molhamento da carga, algo que fica em torno de 2.000 litros por carregamento. Este dado também deve ser levado em consideração pelo produtor uma vez que se trata de um recurso natural escasso e que poderia estar sendo economizado ou direcionando para outro uso na propriedade. Em resposta aos muitos questionamentos levantados acerca da prática do molhamento da carga de frangos de corte antes do transporte, o Núcleo de Estudos em Ambiência Agrícola e Bem-estar Animal (NEAMBE) da Universidade Federal do Ceará, realizou recentemente pesquisa na região nordeste do país. Quanto à prática do molhamento da carga, foi possível verificar sua ineficiência em atenuar o estresse térmico, devido, em grande parte, à falta de circulação de
ar entre as caixas, ocasionado pelo layout compacto da carga. Este fator gera um microclima com uma atmosfera supersaturada de vapor d´agua, dificultando o processo de troca térmica por convecção. Logo, a prática do molhamento da carga antes do transporte deve ser evitada, e estudos para o projeto de veículos de carga que propiciem uma melhor distribuição de ar para a carga viva deve ser prioridade. É preciso entender que as variáveis envolvidas no transporte de carga viva, como temperatura, umidade relativa, layout da carga, velocidade e temperatura do vento, tempo de viagem, estacões do ano, tipo de estrada, vibração, etc., agem de forma direta e indireta na anatomia e fisiologia das aves. Assim, a necessidade de determinar a sensação térmica das aves durante o transporte mostrou-se uma necessidade, pois a circulação de ar entre as caixas deverá ser bem equacionada, uma vez que o fluxo de ar elevado poderá acelerar a perda de calor e a ave sofrerá estresse por frio. Esta pesquisa apontou que o grande desafio a ser enfrentado pela indústria avícola no transporte de frangos vivos será o design de caminhões e cargas que tragam conforto, uma vez que o transporte é parte essencial do ciclo de produção de frangos de corte.
Produção Animal Avicultura
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Saúde Animal
PREVENÇÃO Nota Técnica DSA nº 75/2015 O material divulgado nessas páginas é de importância capital para toda a avicultura e deve chegar a todos os interessados. Tratam-se de instruções contidas na Nota Técnica DSA nº 75/2015, divulgada em 16 de julho e assinada por Guilherme Marques, Diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura. Complementa a matéria algumas instruções ao Serviço Veterinário Oficial, à avicultura (setor produtivo) e ao público em geral.
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Produção Animal Avicultura
Em nota técnica, Ministério da Agricultura descreve medidas para evitar a chegada da Influenza Aviária ao setor produtivo avícola
A
Influenza Aviária nunca foi detectada no Brasil, sendo considerada uma doença exótica em todo o território nacional, o que nos coloca em uma condição privilegiada perante outros grandes produtores mundiais, embora o risco de introdução dessa enfermidade seja iminente. Essa condição favorável se deve também ao incremento de medidas de biosseguridade, a medidas estruturais e de manejo implementadas nos estabelecimentos avícolas na última década pelo Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Tais medidas incluem a proteção dos aviários com implantação de telas anti-pássaros nos galpões de criação, cercas de isolamento ao redor dos núcleos e galpões, proibição da circulação de animais domésticos no interior dos núcleos dos estabelecimentos de criação, controle e registro de trânsito de veículos e de acesso de pessoas aos estabelecimentos, procedimentos de desinfecção de veículos na entrada e na saída dos estabelecimentos, limpeza e desinfecção dos galpões após a saída de cada lote, obrigatoriedade de utilização de roupas e calçados limpos, entre outras diversas medidas de mitigação de risco. Os vírus da Influenza Aviária (IA) são altamente contagiosos e podem acometer uma grande variedade de espécies de aves. As aves aquáticas silvestres são consideradas reservatórios naturais e as aves domésticas possuem susceptibilidades diferentes segundo a espécie.
Os vírus podem causar graus variáveis de doença clínica e são classificados com base na gravidade dos sinais clínicos como IA de baixa patogenicidade (IABP) e IA de alta patogenicidade (IAAP). A IABP provoca apenas doença leve e às vezes sem sinais clínicos. No entanto, algumas estirpes dos vírus da IABP são capazes de sofrer mutação em condições de campo, tornando-se vírus de alta patogenicidade. A IAAP é uma forma infecciosa e fatal da doença (até 100% de mortalidade em 48 hs) que, uma vez estabelecida, pode se espalhar rapidamente entre criatórios e também afetar seres humanos, por tratar-se de uma enfermidade zoonótica. Estes vírus podem viajar por longas distâncias em aves migratórias, transmitindo a doença entre países e continentes. A ocorrência de infecção pelos vírus da IAAP e IABP que contenham H5 ou H7 deve ser notificada imediatamente à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A OIE alerta aos países para basearem as restrições comerciais em critérios científicos sólidos e, se possível, limitar as restrições a animais, produtos e regiões de real risco de disseminação da doença.
A atual situação da Influenza Aviária no mundo põe em alerta a comunidade internacional devido ao grande aumento no número de casos e da expansão da doença a países onde até então não houveram ocorrências. Em 2015, a IAPP já foi registrada em dezenas de países, destacando as ocorrências nos países da América do Norte (EUA, Canadá e México) como foco da maior atenção pelo Brasil. Em dezembro de 2014, os EUA confirmaram os primeiros casos de IAPP tipo H5 nas rotas de aves migratórias. Em seguida a doença foi encontrada também em aves de fundo de quintal e criações comerciais de diversos estados, causando grande impacto econômico aos avicultores, alo em torno de 1 bilhão de dólares. Desde a primeira detecção, até junho deste ano, foram registrados mais de 200 focos de IAPP, com cerca de 50 milhões de aves afetadas. Entretanto, as instituições americanas consideram que o risco de infecções IAPP tipo H5 para pessoas ainda é baixo. Todas as unidades federativas do Brasil (27) possuem Superintendências Federais de Agricultura que atuam diretamente nessas atividades, além
Bruno Pessamilio: Importante é fazer com que possíveis casos de IA em aves migratórias não cheguem à produção comercial de aves “A OIE preconiza que caso seja registrado a Influenza Aviária em aves migratórias, isso não afete o comércio internacional. Tem que ser notificado, mas o comércio não deve ser afetado. Afinal, ninguém está comendo gaivota. O importante é a biosseguridade. É fazer com que esse vírus não chegue à produção comercial. É seguir as normas, de limitar o acesso de carros estranhos à propriedade e pessoas, por exemplo. O risco da IA no Brasil realmente é iminente, apesar de não poder ser medido. Acredito que a iniciativa privada está fazendo a sua parte. Divulgamos esta nota técnica justamente para fazer com que o setor privado tome as medidas adequadas. Em 2014, ocorreram 100 suspeitas de IA no Brasil. É mais ou menos uma a cada três dias. Se a ave espirrou, é uma suspeita. Já comentei sobre a existência de suspeitas existentes em eventos antes, isso não é novidade para o setor. Elas têm que existir, se não existirem, é porque não está acontecendo a monitoria. Quando recebemos auditorias externas de países compradores, somos questionados sobre a quantidade de suspeitas existentes, se dissermos que não existem, vão dizer que então não testamos ou não monitoramos. O que acontece é que se divulgadas, precisam ser tratadas de forma responsável. As pessoas que não fazem parte do setor não têm consciência de que a existência destas suspeitas é algo comum, que tem que acontecer”.
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Bruno Pessamilio, Coordenador do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA): Divulgamos esta nota técnica para fazer com que o setor privado tome as medidas adequadas
Saúde Animal
dos respectivos órgãos estaduais de defesa sanitária animal. Considerando a gravidade da situação sanitária mundial e o possível impacto para a avicultura brasileira e eventualmente para a saúde pública, o Departamento de Saúde Animal faz recomendações aos Serviços Veterinários Oficiais (Estado e União); aos produtores de aves de todo o país e ao público em geral, com o objetivo de redobrar as ações de prevenção e vigilância já implantados há quase uma década no Brasil, e que permite assegurar a ausência da enfermidade até este momento. O Ministério da Agricultura disponibiliza equipe especializada para demais esclarecimentos através do telefone 0800 704 1995, e quando tratar-se de notificações ou dúvidas referentes à saúde humana deve-se entrar em contato como Ministério da Saúde por meio do telefone 0800 644 6645.
Empresas e produtores devem revisar seus protocolos de biosseguridade dos estabelecimentos avícolas, no sentido de ampliar os controles internos Recomendações
Ao Serviço Veterinário Oficial - Ampliar o rigor nos requisitos sanitários ou suspender temporariamente as importações de aves e material genético procedentes de países que tiveram casos de IAAP; - Ampliar a frequência de reuniões dos Comitês Estaduais de Sanidade Avícola no sentido de identificarem pontos e situações de risco de IA e possíveis ações preventivas; - Fortalecer as ações nas regiões de sítios de aves de aves migratórias através das seguintes ações: * Atualização do cadastro e georreferenciamento das propriedades com aves * Avaliação clínica e epidemiológica das pro-
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priedades com aves * Avaliação clínica e epidemiológica das propriedades com aves, buscando identificar casos suspeitos de IA * Realização de educação sanitária nas propriedades com aves voltado para a detecção precoce e notificação ao SVO * Retomada das vigilâncias ativas; - Promover o pronto atendimento às notificações suspeitas (até 12 horas); - Concluir o processo de registro dos estabelecimentos avícolas comerciais; - Ampliar a fiscalização ativa nos estabelecimentos avícolas; - Promover treinamentos dos Grupo de Emergências Estaduais; - Elaborar materiais de divulgação e conscientização sobre prevenção e identificação de IA destinado a produtores; - Ampliar o corpo técnico ligado às ações de sanidade avícola; - Atualizar os planos de contingência, incluindo fornecedores, materiais e equipamentos e pontos focais, entre outros.
Ao setor produtivo As empresas e produtores devem revisar seus protocolos de biosseguridade dos estabelecimentos avícolas, no sentido de ampliar os controles internos para os seguintes fatores de risco à introdução e disseminação de IA: - Tratamento de água de consumo das aves e do sistema de nebulização; - Tratamento da ração e cuidados no processamento, manipulação, armazenamento, transporte e descarrega de ração, da fábrica à granja; - Prevenção do contato ou proximidade das aves silvestres às aves domésticos; - Restrição à entrada de visitantes e pessoas alheias ao processo produtivo; - Restrição à entrada de veículos nas granjas e núcleos, e com destaque à realização de procedimentos de limpeza e desinfecção antes da entrada nos estabelecimentos; - Restrição à entrada de materiais e equipamentos nas granjas e núcleos, e com destaque à realização de procedimentos de limpeza e desinfecção antes da entrada nos estabelecimentos; - Controle de pragas (roedores e insetos); - Orientação dos trabalhadores quanto às medidas de biossegurança em geral e particularmente no manuseio de animais doentes; - Notificação imediata de trabalhadores com diagnóstico de síndrome respiratória aguda grave ou internados por doença respiratória aguda à vigi-
lância epidemiológica da secretaria do município, unidade federada ou diretamente do Ministério da Saúde; - Cuidados com a cama e esterco, com a realização de procedimentos de fermentação para inativação dos vírus de IA, antes da retirada das granjas e nos vazios sanitários entre lotes; - Fortalecer os fundos de emergências para indenização de produtores em casos de focos de IA.
Ao público em geral - Evitar contato com aves silvestres ou domésticas doentes ou encontradas mortas . Neste caso, por precaução, deve-se lavar bem as mãos com água e sabão e trocar as roupas antes de qualquer contato com aves sadias; - Os criadores de aves, sejam comerciais ou não, devem reforçar as boas práticas e cuidados de biossegurança evitando contato com outras aves e também aves silvestres; - Deve notificar ao Serviço Veterinário Oficial do seu estado (disponível também no Site do Ministério da Agricultura em www.agricultura. gov.br/ministerio/sfa) a ocorrência de qualquer mortalidade anormal ou doença em aves com
sinais clínicos compatíveis com IA; - Casos suspeitos de Influenza Aviária humana devem ser notificados imediatamente à vigilância epidemiológica da secretaria do município, unidade federada, ou diretamente ao Ministério da Saúde. Somente após a inspeção minuciosa pelas autoridades competentes (SVO) é que poderá ser coletada amostras e envio aos laboratórios oficiais).
As Agências Estaduais de Defesa Agropecuária e as Superintendências Federais são os dois órgãos responsáveis pelo Serviço Oficial. Se você verificar alguma anormalidade com relação às aves, entre em contato imediatamente. Acesse a lista com informações e dados de contatos com as Agências Nacionais de Defesa Agropecuária em: www. avisite.com.br/legislacao/anexos/Agencias-Nacionais-de-Defesa-Agropecuarias.pdf.
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ENTREVISTA João Palermo Neto
Resistência Bacteriana X Para o professor da USP João Palermo Neto, é preciso tornar claro aos consumidores que é possível a produção de alimentos saudáveis empregando-se medicamentos veterinários em animais de produção
O
uso de antimicrobianos, seja em medicina humana, em medicina veterinária ou agronomia, produz pressão seletiva que favorece a emergência de microorganismos resistentes que enfraquece gradativamente a antibioticoterapia. O primeiro relato de ocorrência de resistência bacteriana aos antimicrobianos relaciona-se ao uso da Penilicilina, tendo sido notificado dois anos após sua descoberta e subsequente introdução terapêutica, é o que explica João Palermo Neto, do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. De acordo com Palermo, esta proximidade temporal, relatada subsequentemente para outros antimicrobianos à medida que foram sendo descobertos e usados, mostra que o fenômeno da resistência bacteriana é inerente à história das bactérias e não é decorrência direta do emprego, bem mais recente, dos antimicrobianos em animais de produção, em especial, dos aditivos.
João Palermo Neto: Para a maioria dos consumidores, “tudo que é químico é tóxico e tudo o que é natural é bom e saudável”. Embora não haja qualquer verdade nesta frase, é ela que norteia a cabeça de pessoas que passam a se manifestar contra o uso de medicamentos em animais de produção, independentemente dos níveis residuais encontrados
“É fato: a resistência bacteriana e o potencial aparecimento de novas formas de resistência nunca poderão ser evitados. A transferência de bactérias ou genes de resistência é um fenômeno de extrema complexidade que ocorre dentro de um grande e variado sistema macrobiológico e social”, diz Palermo. Ainda segundo ele, é de fundamental importância que se reconheça a complexidade desta situação quando da análise crítica das medidas de gerenciamento que se pretende aplicar. “Torna-se, assim, de difícil sustentação propostas que pretendam resolver a questão da resistência bacteriana pela simples remoção do uso de alguns antimicrobianos em animais de produção. A resistência bacteriana varia com o tipo e o uso prévio do antimicrobiano, com a cepa bacteriana analisada e, dentre tantas variáveis intervenientes, com o hospedeiro da infecção”, explica.
Confira abaixo a entrevista exclusiva de João Palermo Neto à Revista do AviSite. Revista do AviSite: Em um mercado no qual são cada vez mais estreitas as margens de lucro, como lidar com as questões como a utilização de antibióticos x geração de resistência bacteriana? João Palermo Neto: A polêmica continua e, na minha percepção, aumentará. O desenvolvimento de resistência bacteriana é uma realidade cada vez mais palpável em medicina humana e veterinária. A FAO, a OMS e a OIE tratam deste assunto diuturnamente; vários eventos têm sido realizados todos os anos e no mundo todo sobre esta questão. Este fato motivou a remoção dos aditivos antimicrobianos na Europa, o que impactou a produção avícola mundial; foi ele também que recentemente motivou a colocação desta remoção como “voluntária” nos Estados Unidos. Há enorme pressão dos consumidores e via de consequência dos políticos, para que se faça esta remoção no nosso e em outros países como, por exemplo, Argentina, Chile, México e outros. Seguramente, o problema da resistência bacteriana não é causado somente pelo uso dos aditivos em veterinária; mas passa por este uso uma vez que
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Utilização de Medicamentos sempre que se usam antibióticos, há possibilidade de que se selecionem cepas de bactérias resistentes. Mesmo fato se aplica ao uso dos antibióticos em medicina humana, especialmente nas UTIs; aliás, uma das razões que levaram à obrigatoriedade do receituário médico para compra de antibióticos em nosso país. Por esta razão, a FAO/OMS/OIE recomendou, recentemente, que se evitasse o uso preventivo ou como aditivo em veterinária dos antimicrobianos chamados criticamente importantes: Macrolídeos, Cefalosporinas de 3ª e 4ª Gerações, Quinolonas e Fluoroquinolonas. O Ministério da Agricultura, atento a esta proposta, já removeu da lista de aditivos de uso permitido aqueles que se enquadravam nestes grupos. Todos estes fatos têm direcionado os avicultores a manter programas sanitários adequados e a usar os antimicrobianos de forma prudente e sempre de acordo com as exigências e normativas do mercado que se pretende atingir. As discussões envolvendo a utilização dos diversos tipos de medicamentos são o centro de acaloradas discussões. Faça um panorama desta situação do ponto de vista do mercado avícola e sua necessidade de produzir mais, e melhor, e o impacto na indústria farmacêutica. Não há dúvida alguma de que a produção avícola moderna assenta-se em princípios rígidos de epidemiologia, que devem ser seguidos. A existência das barreiras sanitárias também é uma realidade que tem dificultado o agronegócio brasileiro, mas isto é uma questão mais política do que técnica. Penso que a epidemiologia aliada ao melhoramento genético e à formulação correta de rações têm sido os grandes responsáveis pelo sucesso da avicultura brasileira. Enquadro, aí, também a questão do uso de medicamentos veterinários e, em especial, dos antimicrobianos. Este uso, no entanto, pode ocasionar a presença de resíduos na carcaça/ ovos dos animais tratados e, como comentado acima, propiciar o desenvolvimento de resistência bacteriana.
Por certo que concentrações de resíduos abaixo dos LMRs para eles estabelecidos, são seguros aos consumidores. Estas duas possibilidades, no entanto, são interpretadas de forma errônea pelos consumidores dos dias de hoje, que pregam a necessidade de viver em um ambiente saudável e de ingerir alimentos também saudáveis. Para a maioria dos consumidores, “tudo que é químico é tóxico e tudo o que é natural é bom e saudável”. Embora não haja qualquer verdade nesta frase, é ela que norteia a cabeça e principalmente o coração de muitas destas pessoas que, acalorada e apaixonadamente, passam, então, a se manifestar contra o uso de medicamentos em animais de produção, independentemente dos níveis residuais encontrados. Neste contexto, a internet vem contribuindo de forma marcante para a difusão destas falsas ideias, e o faz, muitas vezes, de forma viral. De fato, não há filtro nesta mídia e como não há leitura crítica do que se divulga pela grande maioria dos consumido-
“A epidemiologia aliada ao melhoramento genético e à formulação correta de rações têm sido os grandes responsáveis pelo sucesso da avicultura brasileira. Enquadro, aí, também a questão do uso de medicamentos veterinários e, em especial, os antimicrobianos” Produção Animal Avicultura
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ENTREVISTA João Palermo Neto
Profissionais que militam nos diferentes elos da cadeia avícola estão absolutamente conscientes da necessidade de produzir alimentos saudáveis e seguros para o consumidor
res, estas informações, ainda que falsas, acabam por ganhar foros de verdades absolutas. Há que tornar claro aos consumidores que é possível a produção de alimentos saudáveis empregando-se medicamentos veterinários em animais de produção. Basta empregar apenas aqueles que tenham sido aprovados pelo MAPA, na forma correta recomendada pelos fabricantes, isto é, na dose e posologias certas e observando-se o período de carência. Em outras palavras, é absolutamente factível preservar a saúde humana e, ao mesmo tempo, empregar medicamentos em animais de produção. Qual é a realidade hoje da avicultura brasileira quando abordamos esta questão? Creio que esta realidade permeia hoje todos os elos da cadeia avícola. Todos eles estão cientes da vontade dos consumidores e trabalham para atendê-las do campo à mesa. Tenho feito inúmeras palestras e viagens por este país que me permitem um contato mais próximo com os diferentes elos deste setor. Assim, permito-me dizer que, das produções animais, a avicultura é o setor mais tecnificado. Os questionamentos que tenho recebido por parte dos produtores mostram de forma objetiva e clara que eles estão atualizados não apenas em termos de ciência, mas também e principalmente em termos das exigências dos diferentes mercados internacionais.
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Até que ponto existe uso indiscriminado de antimicrobianos? Creio que o uso indiscriminado dos antimicrobianos em avicultura seja mínimo. Há consciência dos produtores a respeito das questões que envolvem este uso e eles sabem que se descuidarem das Boas Práticas de Uso de Antimicrobianos poderão, em médio prazo, perder esta relevante ferramenta tecnológica. O termo “indiscriminado”, por outro lado, tem sido empregado por alguns profissionais da área de saúde que, desconhecendo as práticas veterinárias, fazem julgamentos incorretos e muitas vezes tendenciosos do que fazemos. Em avicultura, trabalha-se com um número grande de aves que tem o mesmo perfil genético, a mesma idade e o mesmo estado imunológico; mais que isto, elas permanecem juntas em um mesmo e restrito espaço, alimentam-se da mesma ração, bebem da mesma água e respiram o mesmo ar. Não há que se estranhar, pois, que a presença de poucos animais com sinais e sintomas de infecção demande por tratamento imediato de todos eles. De fato, se isto não for feito, perde-se praticamente todo o plantel. Os antimicrobianos são ainda usados em avicultura como aditivos buscando-se com este uso, melhorar a interface microbiota/imunidade/mucosa intestinal, fator essencial para que haja adequada e completa absorção dos nutrientes fornecidos aos animais pela ração. E como são feitos estes usos? Por meio da administração de antimicrobianos por via oral, via ração ou água de bebida, únicas formas existentes e práticas para medicar de uma só vez grande número de animais mantidos agrupados. Como estes procedimentos não são feitos em medicina humana (temos diferentes perfis imunológicos) e como somos medicados individualmente, há uma tendência dos profissionais de saúde a considerar estas práticas comuns em veterinária como sendo “indiscriminadas”. Tanto quanto seja de meu conhecimento não há qualquer documento científico que permita responsabilizar o uso de antimicrobianos em veterinária, em especial, em avicultura, com o desenvolvimento de resistência a bactérias que tenham causado problemas de falhas de tratamento em humanos. Se estas formas de resistência bacteriana existem (e muitas UTIs de hospitais brasileiros foram ou estão fechadas em decorrência do aparecimento de formas de resistência bacteriana) não se relatou cientificamente a relação deste fato com a presença destas bactérias resistentes no campo. Muito pelo contrário, elas foram atribuídas a falhas locais. A resistência bacteriana é problema que passa pela medicina veterinária, mas não é causada unica-
mente por ela; ela ocorre em todos os locais em que se usam antimicrobianos. No entanto, é relevante lembrar que segundo a FAO e a OMS a possibilidade de transferência de bactérias resistentes dos animais para o ser humano existe, em especial, para as chamadas toxinfecções alimentares causadas por salmonelas, campylobacter ou coliformes que eventualmente contaminem a carcaça de algum animal durante seu processamento para consumo humano. Neste sentido, é bom lembrar que a contaminação de carcaças é ocorrência fortuita e que não é de se esperar a presença destas bactérias em alimentos, sejam elas resistentes ou não. Os profissionais envolvidos de alguma forma com a produção avícola, estão conscientes da necessidade de produzir com segurança? Reafirmo minha percepção de que os profissionais que militam nos diferentes elos da cadeia avícola estão absolutamente conscientes da necessidade de produzir alimentos saudáveis e seguros para o consumidor. Quanto à formação profissional, tenho trabalhado juntamente com minhas colegas Helenice de Souza Spinosa e Silvana Lima Górniak para mostrar a importância da medicação correta dos
“Internet vem contribuindo de forma marcante para a difusão de falsas ideias. Não há leitura crítica do que se divulga pela grande maioria dos consumidores e informações falsas acabam por ganhar foros de verdades absolutas”
animais de produção aos nossos alunos de graduação e de pós-graduação na FMVZ-USP. Temos proferido, ainda, dezenas de palestras e Cursos Extracurriculares seja na USP ou fora dela. Neste contexto, publicamos alguns livros que tratam diretamente destas questões. Destaco dentre eles “Farmacologia Aplicada à Avicultura” e “Medi-
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ENTREVISTA João Palermo Neto
camentos em Animais de Produção” ambos pela Editora Roca (grupo GEM). Modestamente, tenho sido informado que nossos livros têm sido adotados como livros texto de referência por professores de Farmacologia de diferentes instituições. De qualquer forma, tenho batalhado com minhas colegas para que os alunos de veterinária tenham em sua grade curricular um conteúdo maior e mais verticalizado de Farmacologia, do que aquele que vem sendo ministrado nos Institutos Básicos. De fato, as peculiaridades farmacocinéticas das diversas espécies animais e das diferentes formas de tratamento, em especial quando se empregam antimicrobianos, anti-helmínticos e ecto-parasiticidas em animais de produção tornam mandatária, na atualidade, a existência de uma disciplina mais aplicada à realidade da medicina veterinária. Conhecemos a velocidade com que as leis de mercado são alteradas e só garante seu lugar, quem tiver produtos com valor agregado diferenciado. E preço é somente um dos itens de análise por parte do consumidor... A competência hoje é essencial; concordo plenamente com a colocação acima. Só há espaço neste mercado globalizado para aqueles que tiverem produtos de maior valor agregado e que satisfaçam as exigências de qualidade e sanidade impostas pelos consumidores, aqui compreendidos, também, como aqueles que importam nossos produtos. Neste caso, como temos uma cadeia de produção, cada elo da
“Antimicrobianos são ainda usados em avicultura como aditivos, por meio da administração de antimicrobianos por via oral, via ração ou água de bebida, únicas formas existentes e práticas para medicar de uma só vez grande número de animais mantidos agrupados” 22
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mesma (do campo à mesa) tem sua responsabilidade. Desta forma, penso seja necessário manter e aprimorar programas de qualidade nos incubatórios, nas granjas, nas fábricas de medicamentos veterinários, aditivos, rações, concentrados, premix e núcleos, nos abatedouros, durante o armazenamento e o transporte, etc. Nos dias atuais, a Garantia de Certificação é fundamental para o sucesso de um empreendimento; isto demanda pelo emprego de diversos Protocolos de Operação Padrão (POPs), de Boas Práticas de Produção (BPP), de Programas Padrão de Higiene Operacional (PPHO), de Análise de Perigos em Pontos Críticos da Produção (HACPP) e, ainda, de diversos protocolos ISO, dentre os quais o ISO 9.001 para Sistemas de Gestão de Qualidade, ISO 14.000 ou Ambiental, o ISO 17.025 ou Laboratorial e o ISO 22.000 para alimentos. Nunca é demais destacar a preocupação dos técnicos do MAPA, e a publicação pelo MAPA de inúmeros Regulamentos e Instruções Normativas (IN) relativas a este tema, dentre os quais cabe destacar pela proximidade com o tema a IN 13 (aditivos); IN 65 (fabricação de ração com produtos veterinários), IN 15 (registro), IN 22 (rotulagem), IN 29 (importação), IN 26, sobre fabricação, controle e registro de antimicrobianos e o recente Decreto 8.444 de 7 de Maio de 2015 do MAPA que define medicamentos de referência, similares e genéricos. Embora se tenha a consciência de que seja difícil aplicar na prática avícola todas estas peças de lei ou de práticas, protocolos ou recomendações é louvável verificar que grande parte delas vem sendo, de alguma forma, utilizadas. O sucesso de nossas exportações avícolas assim o atesta. Quando abordamos a questão da utilização de medicamentos, qual é o futuro do setor? Creio que se deva continuar com a pregação de que não se improvise quando do uso dos mesmos em animais de produção. Nunca é demais bater neste tema. Esta pregação que tem sido feita por mim e por outros colegas professores implica em respeitar as normativas do MAPA, em usar os medicamentos veterinários exatamente como foram aprovados pelo MAPA (dose, posologia, período de carência) e que constam do rótulo ou bula dos produtos, em não empregar medicamentos “piratas” ou de origem desconhecida, pois não se tem condições de atestar a segurança, eficácia e até mesmo a pureza, a procedência e a concentração do princípio ativo existente nestes produtos. Acesse a íntegra desta entrevista em: www.avisite.com.br/revista/materias/EntrevistaProfessorPalermo.html
Informe Técnico-Comercial
Importância e benefícios do uso de microorganismos selecionados (FloraMax-B11®) no incubatório Autores: Anita Menconi, M.V., Ph.D., Especialista em Serviços Técnicos - Pacific Vet Group (USA), James Barton, M.V., Diretor de Serviços Técnicos - Pacific Vet Group (USA), Fabrizio Matté, M.V., MSc., Coordenador Linha Aditivos - Vetanco do Brasil e Marcelo Dalmagro, M.V., MSc., Gerente Técnico - Vetanco do Brasil
A
complexidade do ecossistema gastrointestinal é extraordinária. A quantidade de células bacterianas presente na microbiota dos animais excede o número total de células somáticas. A interação entre hospedeiro e microrganismo ainda não foi totalmente elucidada, mas as funções da microbiota sobre o trato gastrointestinal (TGI) já são descritas e compreendem: a modulação do sistema imune; a produção de ácidos orgânicos e o aproveitamento de nutrientes; a manutenção da integridade intestinal e o estímulo à renovação dos enterócitos; a adsorção e quebra de toxinas; e a competição e exclusão de patógenos.
Em criações não comerciais ou na natureza, assim que os pintainhos eclodem eles são expostos à microrganismos naturais das aves adultas e do ambiente. Em contrapartida, em condições comerciais o contato e a transferência da microbiota da forma natural é mínimo ou inexistente. Sendo assim, o TGI dos pintainhos recém eclodidos fica praticamente exposto à colonização por microrganismos presentes no incubatório, caixas de transporte e principalmente na granja. É importante considerar que o período neonatal é o momento mais importante no desenvolvimento dos sistemas digestório e imune das aves, e este desenvolvimento é influen-
Figuras 1 e 2. Cortes histológicos de íleo de aves com 3 dias de idade, demonstrando a diferença no desenvolvimento das vilosidades entre o Grupo Controle e o Grupo Tratado com probiótico via spray no incubatório (FloraMax-B11®).
Figura 1. Controle
Figura 2. Probiótico
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Informe Técnico-Comercial
ciado positivamente pela presença de uma microbiota adequada. Na avicultura industrial a maioria dos microrganismos presentes nos ambientes aos quais as aves são expostas no período neonatal não são os mais adequados para a colonização precoce do TGI. Portanto, é importante tomar medidas para evitar os problemas microbiológicos decorrentes do processo de incubação artificial. Essa lacuna no desenvolvimento e colonização neonatal do TGI gerou grandes oportunidades de pesquisa na área de administração de bactérias benéficas (probióticos) nos primeiros momentos de vida das aves. Diversos resultados científicos e experiências de campo mostram que pintainhos e peruzinhos de corte apresentam uma resposta positiva ao tratamento com probióticos logo após a eclosão. Embora a administração de probióticos durante a criação seja eficaz, o intervalo entre eclosão e alojamento é um período delicado e muito importante para maximizar a performance produtiva e sanitária das aves. Esse período de intervalo consiste no manejo e processamento dos pintainhos no incubatório, tais como triagem, sexagem, va-
Administração de probióticos no incubatório acelera o desenvolvimento do trato gastrointestinal
cinação, espera na sala de pintos e transporte. Durante todas essas etapas, os pintainhos estão em contato com microrganismos presentes no ambiente e nos fômites. Dessa forma o TGI, que está em fase de estabelecimento da microbiota fica sujeito à colonização por bactérias patogênicas e/ou indesejáveis, como por exemplo Salmonella. O desenvolvimento ideal do sistema digestório é dependente de sua colonização por uma população microbiana equilibrada. A administração de probióticos no incubatório acelera o desenvolvimento do trato gastrointestinal, conforme ilustrado nas figuras 1 e 2. As figuras comparam cortes histológicos do íleo de aves com três dias de idade, que receberam ou não um tratamento com probiótico via spray no incubatório (FloraMax-B11®, Vetanco do Brasil). As imagens comprovam o melhor desenvolvimento da mucosa intestinal nas aves tratadas com o probiótico. Reduzir ou evitar a colonização do TGI por patógenos é essencial para obter sucesso na produção avícola, já que a qualidade intestinal das aves e a segurança alimentar do consumidor são fatores decisivos nessa atividade. Os diferentes sorotipos de Salmonella enterica continuam sendo um dos maiores envolvidos na colonizacão e transmissão bacteriana nos primeiros dias de vida das aves. Sabe-se também que a Salmonella pode ser transmitida verticalmente pelas matrizes para os pintainhos. Contudo, o controle da transmissão horizontal no incubatório, nas caixas de transporte, e nos primeiros dias na granja tem um papel fundamental nos programas de controle de Salmonella, e consequentemente na segurança alimentar do consumidor. Para evitar que haja um aumento da % de Salmonella na composição da microbiota, é importante que todos os pontos de controle sejam gerenciados. Algumas intervenções são importantes para maximizar os mecanismos de defesa do organismo de cada ave. É fato comprovado que reforçar a maturidade intestinal e estabelecer uma microbiota equilibrada são estratégias importantes na melhora dos mecanismos de defesa e saúde intestinal, sendo a utilização de probióticos na fase neonatal uma das ferramentas disponíveis mais eficazes para tais objetivos. Contudo, no que diz respeito ao uso de probióticos para melhora da qualidade intestinal e proteção contra Salmonellas, é importante ressaltar que para que um probiótico se desempenhe adequadamente é crucial que ele contenha cepas de bactérias vivas capazes de colonizar o TGI da espécie animal em questão. As cepas específicas presentes no probiótico também precisam ser
FloraMax-B11 foi desenvolvido especialmente para aves de produção e avaliado em condições laboratoriais e de campo, com o objetivo de selecionar cepas capazes de colonizar rapidamente o TGI e inibir o crescimento de enteropatógenos
comprovadamente capazes de inibir o crescimento de Salmonella, bem como devem ser administradas na dose correta para que os objetivos desejados sejam atingidos. É fundamental ter em mente que a capacidade probiótica de uma bactéria não se dá somente por pertencer a uma determinada espécie (p.ex. Lactobacillus acidophilus), mas sim é específica às cepas estudadas para cada finalidade. Portanto, a utilização de bactérias não definidas, não específicas para aves de produção ou não selecionadas para um objetivo (tal como controle de Salmonella) produzirá resultados insatisfatórios. Adicionalmente, é importante pontuar que a dosagem e a combinação de bactérias (dentro do mesmo probiótico) devem ser consideradas nos produtos comerciais, uma vez que fatores como estes são frequentemente negligenciados quando o probiótico está sob avaliação. Produtos probió-
ticos compostos por duas ou mais cepas diferentes precisam passar por uma série de avaliações de compatibilidade, tanto in vitro como in vivo. Nem todas as bactérias podem ser combinadas no mesmo produto, com riscos de redução ou eliminação da eficácia. O probiótico FloraMax-B11 é um produto criado especificamente para aves de produção e foi extensivamente estudado e avaliado em condições laboratoriais e de campo, com o objetivo de selecionar cepas capazes de colonizar rapidamente o TGI e inibir o crescimento de enteropatógenos (especialmente Salmonella). O Gráfico 1 demonstra a redução significativa de Salmonella Enteritidis em pintos de corte aos cinco dias de idade que receberam aplicação do probiótico FloraMax-B11 por via spray antes do alojamento.
Gráfico 1. Redução de Salmonella após a aplicação de FloraMax-B11 em spray no incubatório
Salmonella Enteritidis recuperada das tonsilas cecais, 5 dias após o desafio (Wolfenden et al. 2007). Asteriscos indicam diferença significativa entre os tratamentos (p < 0.05).
A aplicação em spray do FloraMax-B11 no incubatório é simples, conveniente e promove a rápida implantação de uma microbiota intestinal saudável, acelerando a maturação intestinal e inibindo o desenvolvimento de enteropatógenos no TGI. Tais características do probiótico FloraMax-B11 aprimoram as condições sanitárias e maximizam a performance zootécnica das aves, resultando em melhores resultados econômicos para as agroindústrias.
Produção Animal Avicultura
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Agroselect apresenta VEIT BAT1
Balança BAT1 para aves oferece todas as funcionalidades imagináveis em pesagem avícola manual
Portátil e alimentada por bateria, esta balança agiliza a pesagem de aves viva e fornece todo tipo de dados da população. Seu grande visor gráfico, sua alta capacidade de memória e sua bateria de longa duração são apenas algumas das características que tornam esta balança avícola tão popular e de fácil manuseio. A ampla variedade de sistemas de ganchos disponíveis viabiliza a pesagem de todo tipo de aves. Seu poderoso software poupará tempo e dores de cabeça durante o processamento dos resultados em um computador. Com atributos avançados como desenho automático de histogramas e curvas de crescimento, nunca foi tão fácil gerir os dados de todas as suas granjas.
Uma balança para todas as aves
Com uma capacidade máxima de 30 kg e precisão de 1 g, a balança pode ser usada para pesar todos os tipos de aves. De pintinhos de um dia a grandes perus, os resultados serão sempre precisos.
Visor gráfico grande
O visor com alta resolução de 240x160 pixels e quatro níveis de cinza é capaz de exibir mais dados e é de fácil leitura, mesmo em condições de baixa luminosidade.
Poderoso sistema de arquivos
A balança BAT1 contém uma grande memória com capacidade para mais de 11 700 aves. A memória pode ser dividida em até 199 arquivos.
Sistema de arquivos
Precisa calcular resultados para sua granja inteira? Os grupos de arquivos permitem que dados de mais de um arquivo sejam combinados, assim as estatísticas totais poder ser facilmente calculadas.
Pesagem de galos e galinhas
Ao pesar galos e galinhas misturados, cada ave pesada também guardará a informação do sexo. As estatísticas são calculadas para cada sexo separadamente.
Classificação
As aves podem ser classificadas por peso em dois ou três grupos. As estatísticas são calculadas para cada grupo separadamente.
Relógio interno
Cada ave armazenada na memória contém a data e a hora exatas da pesagem.
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Bateria de íons de lítio
A moderna bateria recarregável de íons de lítio dura até 27 horas.
Carregador para carro
Você viaja muito com a sua balança? Com um carregador para carros incluído, você pode recarregar a balança em seu veículo.
Alto-falante interno
A balança contém um alto-falante interno, que emite um bipe cada vez que uma nova ave é armazenada na memória.
Ampla variedade de ganchos
Cada balança contém um banho básico para pendurar as aves. Como opções, outros tipos de ganchos podem sem adquiridos para tornar a pesagem mais rápida.
Impressora portátil
Uma impressora portátil e à bateria pode ser usada para imprimir um relatório de pesagem imediatamente após a pesagem.
Maleta de transporte
Com uma maleta de transporte rígida, sua balança estará protegida durante viagens.
Conexão para computador via USB
A balança se conecta ao computador por uma entrada USB. Quando conectada, a bateria é recarregada pela entrada USB.
Sofisticado software para computador
O software para computador contém recursos avançados, como curvas de crescimento, a opção de configurar a balança no computador e muito mais.
Informações sobra a Agroselect acesse www.agroselect.com.br
Agroselect é importadora e distribuidora exclusiva no Brasil das marcas Impex, Debicadores Lyon e balanças Salter e Veit
balanças BAT1 e BAT2 VEIT BAT2 Graças ao seu design compacto e o funcionamento à bateria, o equipamento pode ser instalado rapidamente sem nenhuma fiação ou gastos adicionais. Nosso sistema único de comunicação GSM facilita a construção de grandes redes sem fio com monitoramento remoto e garante a melhor relação custo-benefício. Já sonhou em receber estatísticas diárias de todas as suas granjas por apenas alguns reais por mês? Imagine o fim das altas taxas paga a empresas de comunicação e zero problema com instalação de cabos. Basta conectar um chip SIM comum na balança para aves e ele enviará automaticamente estatísticas diárias para o seu computador ou telefone celular. Você pode estar em contato com suas granjas diariamente e tomar ações imediatas conforme necessário. Há ainda muitas outras opções de conectividade, de modo que seu manuseio é flexível a qualquer sistema existente. Além da BAT2 Full, que oferece todas as funcionalidades, também temos a BAT2 Lite, versão mais simples e adequada para situações de orçamento limitado.
Premiada com o Innov’ Space Award e o World Poultry Award, a balança BAT2 para aves é a líder em tecnologia de pesagem automática de aves
Solução Completa
Com as versões Lite e Full, a balança BAT2 é compatível com todo tipo de necessidade.
Compatível com outros sistemas
A balança BAT2 possibilita integração com outros sistemas digitais avícolas e demais redes já existentes.
Design compacto
Seu design compacto e sem fio torna a instalação rápida e fácil.
Funcionamento da bateria
A bateria pode ser alimentada por uma bateria.
Grande visor gráfico
O grande visor gráfico é capaz de exibir mais dados e é de fácil leitura para todos.
Comunicação
A BAT2 oferece uma ampla variedade de possibilidades de comunicação.
Módulo de memória
O modulo de memória é um dispositivo portátil utilizado para a transferência de dados entre as balanças e um computador.
Comunicação GSM
Nosso sistema exclusive de comunicação GSM envia resultados diretamente para seu computador ou telefone celular.
Comunicação com fio
As balanças de todos os galpões podem ser conectadas a seu computador por meio de um fio.
LAN e Wi-Fi
Todas as balanças instaladas em uma fazenda podem sem conectadas em LAN ou via Wi-Fi.
Sofisticado software para computador
O software para computador analisará automaticamente os dados de todas as balanças instaladas em sua fazenda.
ou ligue 19-3802-1861
Produção Animal Avicultura
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Reportagem Empresarial
Tecnologia da Casp é destaque no setor avícola “O mercado brasileiro é maduro e já bem desenvolvido, com um menor espaço para crescimento, mas ainda assim, crescendo. Nossas perspectivas se concentram na renovação do parque de produção do país, na atualização e na substituição de equipamentos para atender as melhorias de produtividade”
Empresa detém 35% do mercado brasileiro de equipamentos para aviários, com 80% de atuação no segmento de incubadoras
Sérgio Zerbinatti, Gerente Executivo de Proteína Animal da Casp
A
Casp foi criada em 1936 e desde então atua no agronegócio, nos setores de equipamentos para a avicultura, suinocultura e armazenagem de grãos. Desde sua criação, a empresa manteve o pioneirismo em suas áreas de atuação graças aos constantes investimentos em tecnologia e formação de conhecimento. Atualmente a empresa possui duas plantas industriais em Amparo, SP. A Casp também conta com filiais em Maringá, PR, Itaberaí, GO e Cuiabá, MT, responsáveis pelas vendas e serviços de pós-vendas nessas regiões. Com quase 80 anos de atuação, a companhia possui 600 colaboradores diretos e mais de 45 distribuidores espalhados pelo país. A Casp é uma das maiores indústrias de máquinas e equipamentos para avicultura, suinocultura e armazenagem de grãos no país. A empresa detém 35% do mercado brasileiro de equipamentos para aviários, com 80% de atuação no segmento de incubadoras. São 32 representantes dedicados à área de produção de proteína animal, situados estrategicamente para estarem próximos as áreas produtoras. Cada um deles possui equipe de montagem e assistência técnica, treinadas para atender a demanda do mercado. De acordo com o Gerente Executivo de Proteína Animal da empresa, Sérgio Zerbinatti, a Casp enxerga a avicultura brasileira como um mercado sólido. “É um setor maduro e já bem desenvolvido, com um menor espaço para crescimento, mas ainda assim, crescendo. Nossas perspectivas se concentram na renovação do parque de produção do país, na atualização e na substituição de equipamentos para atender as melhorias de produtividade”, disse Zerbinatti. E os projetos da empresa são ambiciosos. “Nossa expectativa é de que através dos novos produtos já lançados e dos lançamentos que estão por vir, a Casp aumente consideravelmente a sua participação
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no mercado avícola nacional e internacional”, afirmou Zerbinatti. Em 2015, a Casp já lançou cinco produtos, que tiveram forte aceitação no mercado. Na sequência, serão lançados ainda o Ninho Automático para avicultura e o comedouro DT para suínos, entre outros . O grande destaque da Casp deste ano, após mais de cinco anos de pesquisas e testes, é o Ovoxx, solução que proporciona, por meio da aplicação de ozônio, a desinfecção de ovos. “A solução, inédita no mercado brasileiro, chegou para revolucionar a forma de tratamento, até então utilizada com reagentes químicos, nas granjas de reprodutores e incubatórios”, disse. O Ovoxx proporciona um ambiente saudável aos pintinhos e às pessoas, melhora a eficiência da desinfecção dos ovos, aumenta a eclodibilidade, tem como resíduo o oxigênio (02), elimina a utilização de produtos químicos, desde a postura até a entrega dos pintinhos e extingue depósitos de produtos químicos.
Fachada da Casp: criada em 1936, empresa manteve o pioneirismo em suas áreas de atuação graças aos constantes investimentos em tecnologia e formação de conhecimento
O grande destaque da Casp deste ano, após mais de cinco anos de pesquisas e testes, é o Ovoxx, solução que proporciona, por meio da aplicação de ozônio, a desinfecção de ovos. Segundo a empresa, a solução, inédita no mercado brasileiro, chegou para revolucionar a forma de tratamento nas granjas de reprodutores e incubatórios.
Além do Ovoxx, a empresa destaca o Smartflex, comedouro mecânico tuboflex para frango de corte; o S70-E, comedouro de corrente com suspensão para reprodutoras em recria e produção; o Matriflex, comedouro de prato para machos em produção e a Linha Premium de Incubadoras (estágio múltiplo e estágio único) e nascedouros, que se destaca pela interatividade do quadro de comando com o usuário”. O principal diferencial da Casp, segundo ele, é oferecer soluções criativas para seus clientes, buscando, sempre, melhorar suas produtividades, além de manter uma equipe de pós-vendas altamente qualificada, que supre qualquer necessidade de clientes e parceiros. “A intimidade com o cliente nos permite colher informações relevantes sobre as necessidades e desejos dos clientes. Atualmente estamos focando os nossos esforços para desenvolver, principalmente, soluções que envolvam automação, economia de energia e bem estar animal”, destacou. Ele afirmou ainda que a Casp tem em seu DNA o relacionamento estreito com o cliente. “Nossa política visa potencializar essa relação de forma direta e ou por meio de nossa ampla rede de representantes. Os avicultores são constantemente visitados por nossa equipe, além disso a Casp possui ativa participação junto a entidades de classes e universidades”, disse.
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AviGuia
Agroceres Multimix
Ação inovadora de marketing junto com AviSite e OvoSite A Agroceres Multimix, em uma ação inédita na avicultura, divulgou vídeos no último mês de julho com palestras técnicas gravadas por sua equipe. O material foi disponibilizado com exclusividade nos portais AviSite e OvoSite. De acordo com o Gerente de Marketing, Paulo Mokarzel, o objetivo é apresentar e potencializar a marca Agroceres Multimix como aquela em que o produtor pode confiar, pois detém o conhecimento necessário para ajudá-lo a alcançar seus objetivos de qualidade, produtividade e rentabilidade. “Lançamos o conceito ‘Muito Mais que Nutrição’, que reflete um conjunto de áreas de atuação nas quais nos especializamos para ajudar nossos clientes e parceiros a se desenvolverem. Optamos por comprovar nossa expertise através de uma comunicação diferenciada, compartilhando este conhecimento. Acreditamos que assim podemos ajudar o setor como um todo a evoluir”, explicou Mokarzel. Segundo ele, com a evolução da tecnologia, aumento do acesso e da velocidade de conexão à internet e com todas as características positivas que a plataforma de vídeos tem a oferecer, como dinamismo, facilidade de absorção e riqueza de recur-
sos visuais, a Agroceres Multimix optou por utilizar esta ferramenta para divulgar nosso conteúdo e conhecimento, e assim, fortalecer nossa presença junto ao produtor brasileiro. “Fechamos algumas parcerias operacionais e escolhemos os canais de comunicação ideais para a divulgação. Construímos o plano de conteúdo juntamente com a área técnico-comercial, que é composta por 85% de especialistas, sendo a grande maioria mestres e doutores. O conhecimento da realidade das granjas é o nosso grande diferencial. Com ele, realizamos experimentos, discutimos caso a caso e desenvolvemos soluções específicas. Assim, temos credibilidade para poder disponibilizar, de forma inovadora, conteúdo de qualidade e relevância para a avicultura nacional”, detalhou Paulo Mokarzel. Ainda de acordo com ele, a empresa pensou em um modelo que beneficiasse todas as pontas: o produtor, por ter acesso à informação, a Agroceres Multimix, por estar mais próxima das granjas, e os canais de comunicação, por incluírem em suas pautas conteúdo de qualidade, coparticipando de um projeto inovador. “Nossa intenção é avaliar os resultados deste projeto piloto, fazer as devidas adaptações, e garantir a parceria e a continuidade ao longo de todo o ano. Geramos conteúdo técnico e gerencial diariamente, pois além da estrutura científica de nosso trabalho, temos equipe no campo conhecendo novas realidades todos os dias. Temos muito a oferecer com este projeto, por isso até lançamos um blog em nosso site, o AgBlog, para consolidar todo este material”, disse. Saiba mais sobre a empresa: www.agroceresmultimix.com.br. Acesse a série de palestras produzidas pela Agroceres para o AviSite em: www.avisite.com.br/VideoAgroceres.
“Escolhemos nossos parceiros de comunicação com muito critério. Optamos por aqueles que apresentam maior relevância ao mercado e, ao mesmo tempo, identificam-se com nossa forma de pensar. Chegamos à conclusão que tanto o AviSite quanto o OvoSite cumprem com os critérios de seleção e estão dispostos a embarcar conosco neste modelo inovador de se comunicar com o público-alvo. Gostaríamos muito de continuar contando com estes dois parceiros para a continuidade e aprimoramento de nosso projeto”. Paulo Mokarzel, Gerente de Marketing da Agroceres Multimix
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Evento
Em seu Fórum de Vitaminas, DSM trabalha conceito OVN Nos dias 16 e 17 de Junho, a DSM realizou em Campinas, SP, o Fórum de Vitaminas DSM. Com muita bagagem para falar sobre o assunto, a empresa reuniu palestrantes como Rodrigo Terra, da Cobb, Horacio Rostagno, da UFV (Universidade Federal de Viçosa), e Rafael Hermes, Gerente de inovação da DSM. Hermes se concentrou em apresentar resultados de pesquisas feitas no Brasil e exterior para provar a melhora de performance, saúde e qualidade da carne com a suplementação de vitaminas em níveis ótimos. Este é o conceito OVN (Optimum Vitamin Nutrition), a suplementação vitamínica na qual o seu nível cumpre com segurança o objetivo para a saúde e produtividade ótimas dos animais de granja. Os testes apresentados foram realizados, no Brasil, nas universidades UFG (Professor José Henrique Stringhini), USP (Professor Lúcio Araújo) e UFRGS (Professor Sérgio Vieira). Entre os resultados, fica evidente o ganho em rendimento de carne de peito e ganho de peso, entre outros critérios de avaliação. Conversamos com Jeffersson Lecznieski, Gerente Técnico de Nutrição e Saúde Animal da DSM, para saber mais sobre o objetivo do evento e os projetos da DSM.
Público presente e interessado na exposição de novos achados em termos de vitaminas
Produtos DSM expostos durante o encontro
O que é o conceito OVN? OVN é uma marca registrada da DSM Produtos Nutricionais. São níveis que permitem aos animais expressarem ao máximo o seu potencial genético, com o objetivo de um ótimo desempenho zootécnico, saúde e qualidade do produto final (carne, ovos e progênie). Em condições práticas de produção, os animais são submetidos a inúmeros fatores estressantes, e estes elevam em muito as necessidades de vitaminas. Qual foi o objetivo do Fórum de Vitaminas organizado pela DSM? 1 - Trazer à tona o tema vitaminas que estava esquecido, pois já havia mais de 10 anos que não acontecia um evento para discutir este tema no Brasil; 2 - Mostrar e relembrar a importância das vitaminas na nutrição e saúde animal; 3 - Convidar clientes, pesquisadores de renome e professores para discutir o tema e atualizar novas recomendações.
Jeffersson Lecznieski: Na DSM, se um produto não for muito bem embasado cientificamente, não será lançado
Quais são os principais resultados alcançados nas pesquisas realizadas pela DSM envolvendo o tema enzimas? A DSM é uma empresa na qual a ciência está acima de tudo. Se um produto não for muito bem embasado cientificamente, não será lançado. Apenas como ideia de grandeza, a empresa está investindo pouco mais de R$ 1 milhão em experimentos com aves e suínos em diversas Universidades do Brasil. Os experimentos mais recentes sobre vitaminas (que, aliás, são poucos), mostram que os níveis vitamínicos utilizados pelas empresas, bem como algumas recomendações, estão abaixo do que os animais precisam para expressar todo o seu potencial genético. As casas genéticas já perceberam isso e têm aumentado as recomendações vitamínicas. É um caminho sem volta. O mesmo aconteceu com os aminoácidos alguns anos atrás e hoje é uma realidade. As genéticas de aves e suínos, evoluíram bastante, principalmente em conversão alimentar, e a nutrição precisa acompanhar. Em média, as vitaminas representam em torno de 1% do custo total da ração; é muito pouco pela importância e benefício que proporcionam. Sai muito caro para uma empresa economizar em níveis vitamínicos e limitar o desempenho, saúde e qualidade do produto final (carne, ovos e progênie). Produção Animal Avicultura
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AviGuia
Pas Reform do Brasil
Academia de Incubação estuda necessidades do embrião A Pas Reform do Brasil realizou na semana de 30 de junho a 02 de julho em Chapecó, SC, a Academia de Incubação, evento que acontece todos os anos com seus clientes e parceiros. O encontro teve como palestrantes Marleen Boerjean e Martin (Tiny) Barten, Pesquisa e Desenvolvimento da Academia Pas Reform Holanda, Lenise Inácio de Souza, Especialista em Incubação da Pas Reform Brasil, e contou ainda com a participação especial de Alcides Óliver Sêncio Paes da AOSP Soluções em Avicultura, e Isaac Bittar Filho, da DSM. Os três dias do evento foram compostos por várias palestras
essencialmente técnicas e visita prática ao Incubatório da Avícola Pato Branco, grande parceira da empresa no Paraná. Por muito anos, a Academia Pas Reform tem estudado as necessidades do embrião em crescimento e os efeitos do avanço genético no desenvolvimento de nossas linhagens de aves comerciais. A empresa mantém o foco na identificação e solução dos novos desafios do incubatório, incluindo projetos de engenharia, gerência de incubatório, treinamento e um centro dedicado à embriologia. Saiba mais em: www.pasreform.com.br.
Lançamento Zoetis
Safeeds
A definição das estratégias referentes ao manejo sanitário, como a rotatividade de anticoccidianos para evitar resistência dos protozoários ao medicamento, são fundamentais para alavancar a produtividade no plantel. Para oferecer uma solução completa ao produtor e combater de forma efetiva a coccidiose - enfermidade causada por uma das três espécies de protozoários Eimerias mais prevalentes na avicultura -, a Zoetis traz ao mercado o Deccox, um anticoccidiano químico capaz de prevenir a doença em frangos de corte. “O produto elimina os coccídeos mais prevalentes na granja em estágio precoce de desenvolvimento e ajuda a maximizar o desempenho das aves”, afirma Lucielma Holtz, gerente de negócios Premixeiras da Unidade de Negócios Aves e Suínos da Zoetis. Com o lançamento, a companhia terá um portfólio completo com opções de aditivos via ração para que os produtores estabeleçam a rotação entre anticoccidianos. “Deccox é ideal para as fases pré-inicial e inicial (até 21 dias), permitindo que os animais obtenham imunidade ativa em seu período de desenvolvimento para o combate e prevenção da E. acervulina, E. maxima e E. tenella”, explica Lucielma. A gerente sugere que o produto seja usado ainda em períodos de clean up anual - utilizado para restaurar a eficácia dos programas anticoccidianos ionóforos em um período de três meses ou em um programa dual com quatro meses, fazendo uma limpeza a campo das diversas eimérias. Logo na sequência, é importante que seja feita a rotação com a adoção de um ionóforo bivalente, como por exemplo, o Avatec: “O produto é um dos ionóforos mais potentes do mercado tendo como principal característica o combate da Eimeria maxima e Eimeria tenella, principalmente, no período de crescimento da ave”, aconselha a especialista. A companhia ainda disponibiliza o Cygro 1% que previne a coccidiose em frangos de corte causada principalmente pela E. tenella, uma das protozoas mais comuns em campo. Saiba mais sobre: www.zoetis.com.br.
A Safeeds disponibilizou dois canais diretos para responder as dúvidas, receber sugestões, críticas ou elogios de seus clientes. As formas de contato são: e-mail ou telefone, o diferencial é que do outro lado da linha ou do computador, há profissionais treinados para atender com agilidade e precisão. O SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) Safeeds começou a ser implantado em 2014 junto com outros programas de gestão e qualidade da empresa. O SAC conta com acompanhamento contínuo de um colaborador que, ao receber algumaadúvida abre a ocorrência no sistema, a encaminha para o profissional do setor responsável. A resposta é dada por um especialista no assunto. “Saber o que o cliente está pensando nos auxilia para realizar um trabalho ainda mais aprimorado. Nós prezamos pela qualidade dos nossos produtos e entendemos que o cliente fica satisfeito ao receber um aditivo seguro, que reflete direto na produção. Queremos que o cliente sinta-se a vontade ao sugerir melhorias, ao elogiar e se necessário até encaminhar alguma crítica, que será prontamente analisada pela nossa equipe técnica”, relata Paulo Guerra, diretor administrativo. Para manter contato com o SAC, o cliente Safeeds pode ligar para o número (45) 33095000 ou enviar um e-mail para sac@safeeds. com.br. Saiba mais sobre: www.safeeds.com.br.
Deccox combate a coccidiose e reforça sanidade no plantel
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Produção Animal Avicultura
Canal direto com os clientes
AB Vista
Principais características da fitase O número de enzimas comerciais disponíveis no mercado continua a se expandir e o mesmo acontece com as os estudos a respeito das características das fitases, a enzima mais usada na alimentação animal. Em contraste com a administração fitase padrão, na qual as diferenças de liberação de fósforo são contabilizadas nas matrizes nutricionais, e publicadas para cada produto, um superdosing eficaz depende de certas características-chave de enzimas que são muito menos bem compreendidas. A aceitação do superdosing tem evoluído de forma constante desde que vários trabalhos foram apresentados na Segunda Cúpula Internacional de Fitase, realizada em Roma, em dezembro de 2012, que salientou a importância de um número de características de fitases quando se avalia o potencial de desempenho de superdosing. Dados sobre as características de fitase como termoestabilidade, perfil de pH e, criticamente, a taxa de atividade em baixas concentrações de fitato também é essencial para que produtores façam comparações significativas, diretas entre os produtos em oferta. Saiba mais: www.abvista.com.br.
Cobb-Vantress
Dois novos especialistas mundiais são apresentados
Da esquerda para direita, Ben Green, especialista em incubação e Richie King, especialista em processamento. A Cobb-Vantress anunciou dois novos especialistas no time de Suporte Técnico Mundial. São eles: Ben Green, especialista em incubação e Richie King, especialista em processamento. Os novos especialistas têm o objetivo de contribuir com o manejo realizado por clientes a fim de garantir a excelência dos produtos Cobb. O especialista Ben Green está na Cobb há 16 anos e atuava nas áreas de produção interna no Arkansas (Estados Unidos). Richie King tem 27 anos de experiência em avicultura e, antes de integrar o time da Cobb, foi vice-presidente da Foster Farms, na Califórnia (Estados Unidos). O Suporte Técnico Mundial da Cobb reúne os mais renomados especialistas da companhia no mundo em áreas como manejo, nutrição, incubação e produção. Os especialistas circulam informações atualizadas sobre o mercado e práticas inovadoras, além de benchmarking, a clientes e profissionais de todo o mundo. “Com estes novos especialistas, esperamos reforçar nossa base de atuação nestas áreas, reunindo experiências diferenciadas e obtidas em segmentos diversos da avicultura. O quadro de especialistas está aumentando, sem substituições, para demonstrar o comprometimento com o atendimento e serviço de excelência promovido pela empresa. Nosso interesse é compor, continuamente, um banco de informações cada vez mais sólidas a clientes e parceiros”, explica Flávio Henrique Araújo Silva, gerente de assistência técnica da Cobb. Saiba mais em: www.cobb-vantress.com.br. Produção Animal Avicultura
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AviGuia
Fepagro/RS
Vetanco realiza palestra
Participantes do curso de Pós-Graduação em Sanidade Animal do IPVDF, do grupo de Pesquisa Inova e do Sindicato dos Médicos Veterinários do Estado do Rio Grande do Sul.
O Programa de Pós-Graduação em Sanidade Animal, do IPVDF, juntamente com o grupo de Pesquisa Inova, certificado pela Fepagro e o Sindicato dos Médicos Veterinários do Estado do Rio Grande do Sul (SimvetRS) promoveram o curso Sanidade Avícola, que aconteceu em junho. No curso teórico-prático foram tratados diferentes temas sobre doenças de aves, incluindo métodos de prevenção e controle e de diagnóstico das enfermidades. Foram abordados tópicos de importância para a avicultura, como: doenças que afetam os diferentes sistemas da ave, gestão sanitária e inovação, o credenciamento de laboratórios e as normas de biossegurança a serem seguidos, novos métodos utilizados para identificação, diagnóstico e tratamento de diversas enfermidades, bem como a relação de doenças aviárias com a saúde pública e inovações no campo da sanidade avícola. O evento contou com uma palestra do Médico Veterinário e assistente técnico/comercial da Vetanco, Fabio Gazoni. Sua palestra teve como tema os desafios do trato gastrointestinal e aconteceu no dia 22 de junho. A Vetanco agradece a oportunidade de participar desse importante evento. Saiba mais em www.vetanco.com.br.
APC
Leeson aponta tendências Apontado como uma das maiores autoridades mundiais em nutrição avícola, Steve Leeson, professor emérito da Universidade de Guelph, no Canadá, esteve no Brasil a convite da APC, um dos maiores produtores mundiais de proteínas funcionais, e da MCassab, empresa do setor de nutrição animal, para falar sobre os desafios em produzir nas condições atuais de mercado, com exigências e restrições cada vez maiores. Na ocasião, Lesson participou de conferências exclusivas com profissionais de empresas do setor em Campinas e Foz do Iguaçu. Nestas reuniões, o especialista falou sobre mudanças no sistema de produção e as novas demandas mundiais, muitas vezes influenciadas pela opinião pública e grandes redes de alimentação ao redor do mundo. Segundo Leeson, os sistemas de produção mais desafiadores envolvem atualmente o uso de dietas sem promotores de crescimento ou anticoccidianos químicos. “Os sistemas de Produção Livre de Antibióticos (PLA) bem sucedidos necessariamente envolvem mudanças e, como tal, o futuro reside na estreita cooperação entre o nutricionista, os responsáveis pelos aspectos sanitários e os engenheiros ambientais”.
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Leeson: Sistemas de produção mais desafiadores envolvem atualmente o uso de dietas sem promotores de crescimento ou anticoccidianos químicos
Nas palestras, também falou sobre o sucesso das proteínas funcionais e a tendência do uso de plasma como ingrediente chave nas dietas das aves. “Um estudo recente mostrou que frangos de corte são 34% mais pesados aos 7 dias de idade do que o padrão quando uma dieta pré-inicial altamente digestível (com menor inclusão de farelo de soja e com plasma sanguíneo) é oferecida nos primeiros 4 dias de vida dos pintinhos”. Saiba mais: www.functionalproteins.com.
Estatísticas Estatísticas EstatísticaseeePreços Preços Preços
Produção e mercado em resumo Produção de pintos de corte Maio/2015 535,525 milhões | 2,68%
Produção de carne de frango Maio/2015 1.134,875* mil toneladas | 8,95%
Exportação de carne de frango Junho/2015 389,311 mil toneladas| 31,38%
Embarques de junho ficaram próximos de 400 mil toneladas
N
o cenário internacional, a Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimen-
to Econômico (OCDE), responsáveis pela edição anual do “OECD-FAO Agricultural Outlook” dedicou matéria especial ao Brasil onde salienta que o País deve continuar cres-
Oferta interna de carne de frango Maio/2015 812,689* mil toneladas | 16,94%
cendo impulsionado por melhorias em diversos setores. Segundo os organismos, a produção de carne de frango brasileira deve chegar em 2024 com volume aproximado de 15,7 milhões de toneladas. Lá, o Brasil permanecerá como o maior exportador mundial com cerca de 5,3 milhões de toneladas, representando um terço da produção total brasilei-
Farelo de Soja Julho/2015 R$/ton 1.065,00 | -1,66%
Milho Julho/2015 R$/saca 28,01 | 13,91%
ra. Para 2015 é previsto um volume anual de 13,451 milhões de toneladas e exportações de 4,224 milhões.
N
o cenário nacional, o grande destaque se deve às exportações de carne de frango em junho que se aproximaram das 400 mil toneladas e permitiram
ao acumulado em 12 meses romper a barreira dos 4 milhões de toneladas. Além disso, as indicações são de embarques bem superiores a 400 mil toneladas em julho. Finalmente se materializa o aumento das exportações diante dos problemas relacionados à Influenza Aviária em grandes
Desempenho do frango vivo Julho /2015 R$/kg 2,65| 19,51%
players exportadores. A partir disso, a ABPA reviu sua previsão de crescimento das exportações para 5%, sugerindo embarques de 4,3 milhões. Em julho, o Brasil completou quatro décadas de presença no cenário mundial de exportação de carne de frango: em 1975 a receita representou
Desempenho do ovo Julho /2015 R$/caixa 59,41| 8,42%
US$3,3 milhões; em 2015 deve se aproximar dos US$8 bilhões. O aumento das exportações teve reflexos no mercado interno e, com isso, o produtor de frango alcançou o maior valor do ano na comercialização do produto vivo. Já o mercado de ovos teve uma primeira quinzena de crescimento acelerado e uma segunda quinzena com as já frequentes
* Preliminar Todas as porcentagens são variações anuais
quedas de preço. Produção Animal Avicultura
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Estatísticas e Preços Produção de pintos de corte
Em cinco meses, pintos de corte registram expansão de 3,59%
D
Evolução mensal MILHÕES DE CABEÇAS
MÊS
2013/2014
2014/2015
VAR. %
Junho
492,081
500,067
1,62%
Julho
531,577
542,827
2,12%
Agosto
525,568
532,452
1,31%
Setembro
495,703
531,201
7,16%
Outubro
532,843
568,185
6,63%
Novembro
482,037
481,899
-0,03%
Dezembro
525,826
544,371
3,53%
Janeiro
525,441
539,803
2,73%
Fevereiro
482,746
495,889
2,72%
Março
497,620
523,159
5,13%
Abril
503,325
527,185
4,74%
Maio
521,531
535,525
2,68%
Em 5 meses
2.530,662
2.621,562
3,59%
Em 12 meses
6.116,297
6.322,564
3,37%
Fonte dos dados básicos: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE
ACUMULADO EM PERÍODO DE 12 MESES
nov
6.323
6.309
6.285
6.259
6.246
6.232
6.213
out
36
6.142
jun
6.136
mai
6.124
6.116
6.178
6.213
Milhões de cabeças
jul
ago
Produção Animal Avicultura
set
2014
dez
jan
fev
mar
2015
abr
mai
e acordo com levantamento da APINCO, em maio de 2015 foram produzidos no Brasil 535,5 milhões de pintos de corte, volume 2,68% acima do registrado no mesmo mês do ano passado e 1,58% superior ao do mês anterior, abril de 2015. Neste caso, porém, considerado que maio tem 31 dias, a produção real foi cerca de 1,7% menor que a de abril. Com esse último resultado, o volume acumulado nos cinco primeiros meses do corrente exercício soma pouco mais de 2,621 bilhões de cabeças, volume que representa aumento de 3,59% sobre idêntico período de 2014, mas que está apenas 2,34% acima do que foi produzido nos mesmos cinco meses de 2013. Ou seja: nos últimos dois anos, o volume produzido entre janeiro e maio aumentou a uma média de 1% ao ano. A produção média diária em 2015 se encontra em 17,361 milhões que, projetada para o restante do ano, indica volume aproximado de 6,340 bilhões de cabeças, cerca de 1,7% acima do produzido em 2014. Índice abaixo das expectativas do produtor de pintos de corte independente que tem atendido uma demanda adicional, tanto de pintos quanto de ovos férteis. O índice de incremento acumulado em 12 meses – junho de 2014 a maio de 2015 - não é muito diferente do observado em cinco meses: +3,37%. Mesmo assim, corresponde ao maior volume já produzido nesse espaço de tempo, superando em quase 1,5% o volume total produzido nos 12 meses de 2014. Esse acompanhamento indica que nos últimos doze meses – vide o gráfico - só não houve aumento do volume em novembro passado, permanecendo igual a outubro. E deve permanecer crescendo nos próximos meses. Mantido o índice de evolução verificado nos primeiros cinco meses, a produção de 2015 pode superar os 6,450 bilhões de pintos de corte, se confirmando como a maior expansão anual dos últimos quatro anos.
Produção de carne de frango
Acumulado em 12 meses ultrapassa os 13 milhões de toneladas
D
Evolução Mensal MIL TONELADAS
MÊS
2013/2014
2014/2015
VAR. %
Junho
1.050,203
1.034,641
-1,48%
Julho
1.045,185
1.058,798
1,30%
Agosto
1.048,033
1.103,581
5,30%
Setembro
1.026,107
1.066,088
3,90%
Outubro
1.043,551
1.123,253
7,64%
Novembro
1.025,360
1.104,922
7,76%
Dezembro
1.041,440
1.070,452
2,79%
Janeiro
1.049,120
1.116,600
6,43%
955,475
1.033,528
8,17%
Março
1.072,504
1.144,505
6,71%
Abril
1.011,286
1.087,183
7,50%
Fevereiro
Maio
1.041,629
1.134,875
8,95%
Em 5 meses
5.130,014
5.516,691
7,54%
Em 12 meses
12.409,893
13.078,426
5,39%
Fonte dos dados básicos: APINCO / Projeções e análises: AVISITE
Produção e Variação Anual Maio de 2014 a Maio de 2015 Milhões de toneladas 10% 8% 6% 4% 2% 0% -2% -4%
12,583
12,663
12,692
12,759
12,837
12,909
12,985
13,078
Jul
12,503
Jun
12,463
Mai
12,408
12,394
-6%
12,410
ados colhidos no mercado indicam que o volume de carne de frango em maio estimado pela APINCO ficou próximo de 1,135 milhão de toneladas equivalendo a quase 9% de crescimento anual. O número alcançado – mais exatamente 1.134.875 toneladas – também representou 4,5% de aumento mensal. Entretanto, levando em consideração que o mês é mais longo que abril, o aumento real foi de apenas 1%. Os primeiros cinco meses do ano indicam volume de 5,517 milhões de toneladas e representam 7,5% de aumento sobre o produzido no mesmo período de 2014. Projetado para o ano o volume médio do período indica cerca de 13,240 milhões de toneladas, representando 4,3% de aumento anual. De qualquer maneira, até o encerramento do ano os números podem sofrer alteração pois a estimativa da APINCO leva em consideração alguns padrões específicos como mortalidade de 4%, idade de abate aos 45 dias e peso para mercado interno e partes exportadas de 2,350 kg. Por ora, o volume acumulado em período de 12 meses – junho de 2014 a maio de 2015 – atingiu 13,078 milhões de toneladas e se tornou novo recorde alcançado pelo setor em período de 12 meses. A última vez que o setor atingiu volume superior a 13 milhões foi no – já longínquo - período de fevereiro a junho de 2012. Mas lá, o volume médio do período foi 13,018 milhões de toneladas, variando de um mínimo de 13,002 a 13,037 milhões. O volume acumulado em 12 meses deve continuar subindo. O índice atual (5,39%) projetado para o ano indica volume superior a 13,3 milhões de toneladas. Uma coisa é certa: a superação dos 13 milhões de toneladas é prevista por todas as entidades que realizam levantamentos no setor.
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
2014
-8% -10%
2015 Produção Animal Avicultura
37
Estatísticas e Preços Exportação de carne de frango
Embarques dos últimos 12 meses superam os 4 milhões de toneladas
F
EVOLUÇÃO MENSAL MIL TONELADAS
MÊS
2013/2014
2014/2015
VAR. %
Julho
339,130
371,175
9,45%
Agosto
333,323
332,083
-0,37%
Setembro
301,997
359,176
18,93%
Outubro
355,480
362,181
1,89%
Novembro
347,689
327,410
-5,83%
Dezembro
323,995
340,753
5,17%
Janeiro
299,765
271,043
-9,58%
Fevereiro
289,529
296,390
2,37%
Março
318,068
343,023
7,85%
Abril
352,058
329,963
-6,28%
Maio
346,642
322,186
-7,06%
Junho
296,321
389,311
31,38%
Em 6 meses
1.902,383
1.951,916
2,60%
Em 12 meses
3.903,997
4.044,694
3,60%
Fonte dos dados básicos: SECEX/MDIC
Acumulado em 12 meses e variação anual
2014
38
Produção Animal Avicultura
Abr
2015
4,045 3,60%
3,952
3,976
3,998 Mar
0,97%
Fev
1,68%
Jan
2,58%
3,973 1,89%
Dez
3,966
3,995
3,978 Nov
1,68%
Out
2,66%
Set
1,83%
3,999 3,29%
Ago
3,992
3,935 1,86%
3,936 Jul
3,44%
Jun
2,31%
2,19%
3,904
Milhões de Toneladas
Mai
Jun
inalizando matéria sobre exportação em edição anterior, se alertava para o fato de que se não houvesse breve reversão nos números, o desempenho em 12 meses poderia se tornar negativo. No mês e no ano, já vinham apresentando evolução inferior ao ano anterior. Agora, tudo mudou. Em junho atingiu-se volume nunca antes registrado pela atividade, pois as 389.311 toneladas do mês, além de representarem aumento de mais de 20% sobre o mês anterior e de quase um terço (31,38%) sobre junho de 2014, deixaram para trás recorde que permanecia imbatível há mais de três anos – as 374.904 toneladas de maio de 2012. Com esse desempenho, o volume acumulado no ano (que vinha evoluindo negativamente) passou a apresentar expansão positiva. Assim, o total acumulado no semestre registra agora incremento de 2,60%, enquanto em 12 meses a variação é de 3,60%. Porém, o mais importante é que – após lacuna que durava três anos – o volume anualizado voltou a superar a casa dos 4 milhões de toneladas, fato que não ocorria desde o trimestre maio-julho de 2012, meses em que esse volume foi alcançado pela primeira vez na história do setor. Embora os volumes exportados em abril e maio não tenham sido dos mais significativos, mantida no restante do exercício a mesma média do segundo trimestre – 347 mil toneladas mensais - o volume deste segundo semestre irá superar os 2,080 milhões de toneladas, propiciando embarque anual de mais de 4,030 milhões de toneladas. Em vista, porém, dos resultados de junho, dos indicadores de que, em julho, o volume ultrapassará as 400 mil toneladas exportadas e das boas perspectivas para os meses seguintes, o volume anual deverá ser bem superior aos atualmente projetados.
Disponibilidade Interna de Carne de Frango
Em maio a segunda maior oferta do ano
C
Evolução Mensal MIL TONELADAS
MÊS
2013/2014
2014/2015
VAR. %
Junho
744,291
738,320
-0,80%
Julho
706,055
687,623
-2,61%
Agosto
714,710
771,498
7,95%
Setembro
724,110
706,911
-2,38%
Outubro
688,071
761,072
10,61%
Novembro
677,671
777,512
14,73%
Dezembro
717,445
729,699
1,71%
Janeiro
749,355
845,557
12,84%
Fevereiro
665,945
737,138
10,69%
Março
754,436
801,482
6,24%
Abril
659,228
757,220
14,86%
Maio
694,987
812,689
16,94%
Em 5 meses
3.523,951
3.954,086
12,21%
Em 12 meses
8.496,304
9.126,721
7,42%
Fonte dos dados básicos: APINCO • Elaboração e análises: AVISITE
Acumulado em 12 meses e variação anual
S
2014
O
J
F
7,42%
9,009
4,04%
D
3,80%
5,59%
8,911
8,864
8,793
9,127 N
8,697
8,684 4,25%
8,584 2,92%
8,511 2,09%
8,529 A
3,54%
J
2,48%
8,472 1,82%
8,490 J
3,33%
M
1,24%
8,496
Maio de 2014 a Maio de 2015 Milhões de toneladas
0,84%
otejando informação levantada no mercado indicando produção de 1,135 milhão de toneladas e a exportação de 322 mil toneladas colhidas através do AliceWeb da Secretaria do Comércio exterior, permaneceram para consumo interno em maio o equivalente a 813 mil toneladas. O volume estimado – 812.689 toneladas – equivale a quase 17% de aumento sobre maio do ano passado e se deve, principalmente, ao baixo volume exportado no mês (7% de redução), aliado a um aumento na produção (quase 9%). Em relação ao mês anterior, abril, o aumento equivale a 7,3% de aumento. Entretanto, abril é mês mais curto e isso levado em consideração torna o aumento inferior a 4%. Nos primeiros cinco meses desse ano o setor disponibilizou no mercado interno o equivalente a 3,954 milhões de toneladas, representando 12,2% de aumento sobre o mesmo período do ano passado. O volume médio projetado para o ano, sugere volume de quase 9,5 milhões de toneladas, representando aumento de 9% sobre o volume de 8,697 milhões disponibilizados no decorrer do ano passado. Por ora, o volume acumulado em período de 12 meses – junho de 2014 a maio de 2015 – subiu para 9,127 milhões de toneladas e equivale a 7,4% de aumento sobre o mesmo período imediatamente anterior. Se esse índice for alcançado na totalidade do ano, a oferta pode chegar a 9,340 milhões de toneladas. Informações de mercado indicam excelentes volumes de exportação nos meses vindouros – junho já chegou a quase 390 mil toneladas, julho deve superar 400 mil toneladas - que devem fazer o volume e índices da oferta interna regredir. A redução chega em momento favorável pois o consumo interno da carne de frango não dá sinais de melhora. E, segundo players do mercado, diante de um consumidor cada vez mais descapitalizado, o que parece estar deixando o mercado interno de frango menos pressionado são as exportações.
M
A
M
2015 Produção Animal Avicultura
39
Estatísticas e Preços Desempenho do frango vivo em julho de 2015
Produto recupera preços nos dois últimos meses
Média mensal e variação anual e mensal em treze meses MÊS.
MÉDIA R$/KG
JUL/14
Média anual em 10 anos R$/KG
VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL
2006 R$ 1,16
2,22
4,12%
2,44%
2007
AGO
2,40
-1,60%
8,07%
2008
R$ 1,63
2009
R$ 1,63
SET
2,65
-9,68%
10,59%
OUT
2,75
-2,62%
3,77%
NOV
2,68
7,00%
-2,73%
2010
DEZ
2,37
-5,38%
-11,57%
2011
JAN/15
2,32
-5,14%
-1,90%
FEV
2,34
0,43%
0,90%
MAR
2,40
-4,81%
2,51%
ABR
2,29
-3,51%
-4,60%
MAI
2,17
-0,49%
-5,22%
JUN
2,47
14,29%
14,01%
JUL
2,65
19,51%
7,11%
R$ 1,55
R$ 1,65 R$ 1,92 R$ 2,08
2012 2013
R$ 2,47
2014
R$ 2,42 R$ 2,38
2015
Média 1995/2014 (20 anos) 2015
40 Produção Animal Avicultura
Mai
Jun
Out
Nov
116,6
113,3
109,3
Abr
106,8
102,1 102,1
93,8
95,4
100,0
Mar
89,6
Fev
94,5
Jan
99,1
96,6
106,6
95,8
103,1
Preço relativo em 2015 comparativamente à média de 20 anos (1995/2014) Média mensal do ano anterior = 100
119,4
FRANGO VIVO
Evolução de preços na granja, interior paulista – R$/KG
ao mês anterior, alcançando índice que, considerada a variação de 14,01% observada de maio para junho, faz com que o incremento em um bimestre chegue a 21,12%. Igualmente significativa foi a valorização em relação a julho de 2014: +19,51%. Ainda assim, o frango vivo apenas retornou à mesma média registrada em setembro do ano passado, o que significa dizer que continua sendo remunerado por valores inferiores aos alcançados nos meses de outubro e novembro. Em outras palavras, a despeito da valorização recente (que, inclusive, fez com que fosse citado pela FGV como um dos alimentos com maior influência no elevado IGP-M de julho), o frango vivo continua sendo comercializado por valores inferiores aos obtidos oito ou nove meses atrás. Não só isso. Se, após ter chegado ao “fundo do poço” em maio (a menor remuneração do ano), o frango vivo recuperou preços nos últimos dois meses foi em decorrência de um brusco arranque nas exportações de carne de frango. Quer dizer: não fosse o maior volume exportado (responsável pelo enxugamento do mercado) talvez se estivesse enfrentando os mesmos baixos preços de dois-três meses atrás. Porque o mercado interno, embora demandando mais produto, continua pouco receptivo a variações mais significativas nos preços. Mas como é provável que em agosto corrente as exportações do produto venham a bater novo recorde, o preço pago ao produtor tende a uma maior valorização.
116,9
ara frustração geral, o frango vivo chegou ao final da primeira quinzena de julho com o mesmo preço do mês anterior, isto é, sem apresentar a reação típica do período de pagamento dos salários. Mas surpreendeu favoravelmente ao passar a registrar variações de preços a partir do dia 15, pois, em vez de retrocessos como seria normal, registrou apenas altas. Resultado: no interior paulista completou o mês e iniciou novo período cotado a R$2,70/kg, o maior valor registrado desde outubro do ano passado quando, por curto espaço de tempo, operou sob a cotação de R$2,80/kg, este o melhor resultado de 2014. Na verdade, a variação entre a menor e a maior cotação do mês foi limitada, não chegando a 4%. Graças a ela, porém, o preço médio alcançado em julho valorizou-se 7,11% em relação
115,5
P
Jul
Ago
Set
Dez
Preço do milho registra alta em julho O preço do milho aumentou em julho de 2015. O preço médio do insumo saca de 60 kg, interior de SP, fechou o mês cotado a R$ 28,01 – valor 5,14% maior que a média de R$26,64 obtida pelo produto em junho de 2015. A disparidade de preços do milho em relação ao ano anterior também foi positiva. O valor atual é 13,91% maior já que a média de julho de 2014 foi de R$24,59 a saca.
Valores de troca – Milho/Frango vivo O frango vivo (interior de SP) fechou julho a R$ 2,65/kg – valor 7,11% maior que a média de junho de 2015. A maior valorização do quilo do frango em relação ao milho contribuiu para a melhora no poder de compra do avicultor. Nesse mês, foram necessários 176,2kg de frango vivo para se obter uma tonelada de milho, considerando-se a média mensal de ambos os produtos. Este valor representa melhora no poder de compra de 2,04% em relação ao mês anterior, pois em junho a tonelada do milho “custou” 179,8 kg de frango vivo.
Valores de troca – Milho/Ovo O preço do ovo, na granja (interior paulista, caixa com 30 dúzias), encerrou julho cotado à média de R$53,41 valor 1,16% superior ao mês anterior. Com o menor aumento no preço dos ovos em relação ao milho houve piora no poder de compra do avicultor. Em junho foram necessárias 8,4 caixas de ovos para adquirir uma tonelada do cereal. Em julho, foram necessárias 8,7 caixas/t, uma queda de 3,79% na capacidade de compra do produtor.
2015
Média Julho Média Máximo Julho Mínimo Mínimo Máximo 30,50 R$ 30,50 R$ 26,50 R$R$ R$ 26,50 R$
28,0128,01
A maior valorização no preço do farelo de soja em relação ao frango vivo em julho garantiu que fossem necessários 401,9kg de frango vivo para adquirir uma tonelada do insumo, significando queda de 1,38% no poder de compra do avicultor em relação a junho, quando foram necessários 396,4kg de frango vivo para obter uma tonelada do produto.
Valores de troca – Farelo/Ovo De acordo com os preços médios dos produtos, em julho de 2015 foram necessárias aproximadamente 19,9 caixas de ovos (valor na granja, interior paulista) para adquirir uma tonelada de farelo de soja. O poder de compra do avicultor de postura em relação ao farelo piorou já que antes 18,5 caixas de ovos adquiriam uma tonelada de farelo. Em relação a julho de 2014 houve aumento no poder de compra de 11,11%, pois naquele período a tonelada de farelo de soja custou, em média, 22,2 caixas de ovos.
1300 1200 1100 1000 950 900 850 800 750 700 650 600
2014
2015
julho
junho
abril
maio
maio janeiro junho fevereiro julho março
março novembro abril dezembro
janeiro setembro fevereiro outubro
outubro
2014
novembro julho dezembro agosto
setembro
julho
1300 1200 1100 1000 950 900 850 800 750 700 650 600 agosto
julho
junho
abril
maio
maio janeiro junho fevereiro julho março
março novembro abril dezembro
janeiro setembro fevereiro outubro
outubro
setembro
julho
agosto
novembro julho dezembro agosto
2014 2015
Valores de troca – Farelo/Frango vivo
R$/tonelada FOB, interior deinterior SP R$/tonelada FOB, de SP
35,00 33,00 31,00 29,00 27,00 25,00 23,00 21,00 19,00
2014
O farelo de soja (FOB, interior de SP) registrou valorização mensal em julho de 2015. O produto foi comercializado ao preço médio de R$1.065/t, valor 8,78% maior que o mês de junho– R$979/t. Na comparação com julho de 2014 – quando o preço médio era de R$1.083/t – a cotação atual registra diminuição de 1,66%.
Preço médio soja de soja Preço Farelo médio de Farelo
Preço médio Preço Milho médio Milho
R$/saca de R$/saca 60kg, interior deinterior SP de 60kg, de SP
35,00 33,00 31,00 29,00 27,00 25,00 23,00 21,00 19,00
Soja registra boa valorização mensal
2015
Média Julho Média Julho Mínimo Máximo Máximo Mínimo Fonte das informações: R$ 980,00 R$R$ R$ 1.130,00R$ 1.130,00 980,00 R$ www.jox.com.br
1.065,00 1.065,00
Produção Animal Avicultura
41
Ponto Ponto Final Final
Arnaldo Jardim é Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Influenza Aviária, devemos combatê-la
A
fluxo de pessoas que vêm dos EUA nos portos e aeroportos, e também no controle das aves migratórias, que nesse período do ano migram do Norte ao Sul, passando pelo Brasil em direção à Patagônia. O Plano Paulista de Prevenção da Influenza Aviária foi apresentado em algumas cidades, como Boituva e Bastos. Discutimos questões do setor, que tem uma característica que implica ainda mais cuidados. Enquanto na avicultura de corte a vida das aves é mais curta, na avicultura de postura (produção de ovos) há aves que podem permanecer na granja por até cinco anos. O laboratório de Controle Microbiológico do Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio Avícola, em Descalvado, além da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Bastos, ambas ligadas à Secretaria de Agricultura, realizam testes de sanidade dos planteis avícolas para as inúmeras doenças, entre elas a Influenza Aviária e Laringotraqueíte e terão suas atuações reforçadas. Mas só a atuação do estado não basta. É preciso que haja uma colaboração dos avicultores, dos produtores, e da sociedade para evitar o ingresso da Influenza Aviária. Assim estaremos livres dessa enfermidade e prontos a preservar este imenso patrimônio: a nossa avicultura. A corrente se quebra quando o elo mais fraco arrebenta. Então se cada produtor cuidar de sua propriedade, culminada com as ações de políticas públicas para garantir a biossegurança, certamente estaremos livres essa enfermidade.
avicultura é importante para o Brasil, que exporta 30% das 12,3 milhões de toneladas do frango que produz, tornando-se o maior país exportador mundo. O Governo do Estado de São Paulo está atuando para impedir a chegada da Influenza Aviária, que já tem mais de 222 focos nos Estados Unidos nos últimos seis meses comprometendo mais de 47 milhões de aves. O governador Geraldo Alckmin assinou decreto estabelecendo a criação do Comitê de combate à gripe aviária, composto por entidades privadas e órgãos públicos, entre eles Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária. O objetivo desse comitê é implementar novas medidas de controle e de erradicação para a avicultura industrial. Além disso, nós estamos trabalhando controle do
Laboratório de Descalvado e Bastos realizam testes de sanidade dos planteis avícolas para a Influenza Aviária e Laringotraqueíte e terão suas atuações reforçadas 42
Produção Animal Avicultura
Produção Animal Avicultura
43
Ponto Final
44 Produção Animal Avicultura