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Elinalva Oliveira - Mulheres movimen

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Luiz Carlos Amorim

Luiz Carlos Amorim

MULHERES MOVIMENTAM ASSOCIAÇÕES LITERÁRIAS BRASILEIRA

MALBMOVIMENTO ACADEMICO LITERÀRIO BRASILEIRO

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ELINALVA ALVES DE OLIVEIRA

No período colonial, a mulher era propriedade, assim como os escravos, antes, do pai que arranjava o casamento da filha, como se fosse uma transação comercial. Ao casar, era propriedade do marido, devendo ser uma boa dona de casa, procriadora e mãe, sendo-lhe dispensável conhecimento e cultura, para que a mesma em nada contestasse a condição de submissão em que vivia.

Vivia em uma sociedade paternalista, preconceituosa e discriminatória, mas o mundo se transformou e com ele as relações entre homens e mulheres, a luta por novos caminhos foram alcançados e podemos afirmar que o sexo nada frágil, deve ser parte no mundo, e integrante da sociedade. E assim, aconteceu. Uma das grandes conquistas femininas da história do Brasil é o direito de votar, até 1932 era prerrogativa apenas dada aos homens. Destaca-se nessa conquista Carlota Queiroz, a primeira Parlamentar eleita em 1935. Igual50 | CULTIVE mente, a criação da lei do divórcio, representou para muitas mulheres “a liberdade, sua carta de alforria”, passando a ser livre para reescreverem sua história, poder ser senhoras de seus destinos.

Embora siga enfrentando muitas dificuldades no ingresso ao mundo do trabalho, uma vez que, além da qualificação técnica, ainda pontuam e exigem um padrão de beleza trazida nos anúncios de emprego como “Boa aparência”, é possível vislumbrar avanços na legislação ao criar aportes legais de proteção e incentivo ao trabalho da mulher.

Apesar dessa problemática enfrentada pelas mulheres, hoje após uma revolução, embora silenciosa, somos visíveis nas faculdades, em cursos diversos em nível de graduação, especialização, doutorado e pós-doutorado, tem lá, a predominância do sexo feminino, que mui

tas vezes são maioria, em meio a toda carga de trabalho e deveres, são sempre as mais assíduas, pontuais e disciplinadas para o estudo.

Hoje, a mulher é presença no meio universitário, escolhe sua profissão, decide casar ter filhos ou não, candidatar-se ao que desejar. Tudo isso, fruto de um sonho de outrora, a conquista árdua traz bem estar em nosso dia a dia e não há como imaginar um mundo sem as mulheres.

É nesse cenário novo, conquistado pelas nobres mulheres brasileiras, apaixonadas pela literatura que traçamos a trajetória institucional no diálogo da palavra que ocorre em diversas esferas e momentos Brasil a fora que surge a Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil - AJEB.

Partindo do percurso do universo de mulheres na literatura brasileira, traço um ponto menor para encontrar e apresentar uma associação formada por jornalistas e escritoras que em seus ensaios, romances e poemas, expõem a sensibilidade feminina na “perenidade do pensamento pela palavra”. Falo da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil-AJEB. Instituição que nasceu do desejo de algumas mulheres em proteger nossa língua materna, assim como partilhar experiências literárias sob a inspiração de nossos escritos compilados aqui no Ceará na coletânea, “Policromias” partindo para a X edição.

A sua história tem início após a reunião de oito mulheres compondo a primeira diretoria da AJEB, sediada na cidade de Curitiba que trilharam um brilhante mandato sendo elas, sócias fundadoras, presidida por Hellê Vellozo Fernandes, nos idos de 1970-1974. No decorrer desse mandato, as ajebianas fizeram contatos e visitas aos demais Estados do Brasil, para divulgar e expandir o quadro de novas associadas, fundando diversas filiais. Em 1974, essas filiais foram extintas e em seu lugar vem uma associação brasileira autônoma de jornalistas e escritoras em nosso país. É uma associação sem fins lucrativos, fundada em 08 de abril de 1970. Mantém Coordenadorias em vários estados do Brasil com a mesma finalidade: estimular a união de jornalistas e escritoras de todo o Brasil, cujo lema é: “A perenidade do pensamento pela palavra.» A atual presidente nacional é Maria Odila Menezes de Souza. O Ceará já participou da vida nacional ajebiano, onde duas delas, já presidiram os destinos da instituição: Cândida Maria Santiago Galeno e, Giselda Medeiros.

E é nesse convívio irmanado na fraternidade que vimos surgir as melhores ideias, para vivenciar e disseminar a cultura literária cearense e nacional. Certamente, as futuras gerações, herdeiras desse mundo, em muito agradecerá o zelo pela história escrita e rescrita das mulheres.

33° Salão do Livro de Genebra do 01 ao 05 de maio de 2019

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