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Gilson Moreira - A presença feminina

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Luiz Carlos Amorim

Luiz Carlos Amorim

. é membro da Academia de Letras dos Municípios do Ceará - ALMECE, escritor, genealogista, historiador, pesquisador.

A PRESENÇA FEMININA NAS ACADEMIAS

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Parece estranho o título acima descrito, tendo como horizonte o século XXI, onde as discussões sobre a participação da mulher na sociedade brasileira, já atingem outros patamares, sendo relevante frisar que um dos grandes aliados à mudança desse perfil foi a própria sociedade, nas suas diversas vertentes. No entanto, o surgimento das academias literárias no Brasil não contemplava a participação da mulher nas suas fileiras. Fatos históricos nos apresentam o nascedouro do estabelecimento acadêmico no país, com a fundação, há 125 anos, da Academia Cearense de Letras -ACL, em 15 de agosto de 1894, três anos antes da Academia Brasileira de Letras - ABL, iniciada em 1897. Assim sendo, destacamos a presença feminina nas Academias em 1922, ao tomar posse na ACL, a escritora Alba Valdez e dessa forma constituindo - se na primeira mulher a ocupar uma cadeira acadêmica no país. 52 | CULTIVE Cronologicamente, a ABL assim também o fez, 55 anos após o pioneirismo cearense, na integração de membro feminina entre os “imortais” acadêmicos.

Após três tentativas de ingresso feminino, a

GILSON MOREIRA

ABL se manifesta favorável ao ingresso, em

1977, da escritora Cearense Rachel de Queiroz, transformando -se num ícone ímpar em meio a um ambiente até então restritamente masculino.

Pela importância do silogeu e da escritora empossada, sempre lembrada entre as mais relevantes figuras do universo literário brasileiro, a cultura literária do Brasil ficou fortalecida pelo acréscimo de originalidade de enfoque nos textos literários, além da exposição abalizada e o excessivo cuidado na estética da forma.

O engrandecimento da nossa cultura foi pareado com a criação das instituições acadêmicas, grupos e associações literárias, daí a salutar relevância em manter um caráter gregário, relacionamento fraterno entre as arcádias.

No pensamento filosófico, todos os acadêmicos têm as mesmas garantias de externação, os mesmos tributos de respeito e homenagem, e, no desenvolvimento literato, contribuir para a realização dos projetos e ações das instituições, com temas de grande destaque, que instiga-nos a imaginar que a presença das mulheres na missão das entidades, incentivando o movimento das letras, da intelectualidade, representa um aparato de engrandecimento quede faz desfilar pelas nossas arcádias.

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