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Marcos PL

ENTREVISTA ESCRITOR MARCOS PL

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Marcos Pedro Lourenço, que assina suas obras como Marcos PL, mora e sempre morou em Guaianazes, extremo da Zona Leste de São Paulo. Aos 4 anos de idade, perdeu o pai, e por isso sua mãe,

Severina, precisou ser muito forte e determinada para conseguir criar nove filhos sozinha. Começou a escrever poesias e reflexões aos 10 anos, para desabafar sobre seus medos e conflitos pessoais. Assim, a poesia e a reflexão se tornaram para ele como um refúgio, uma espécie de válvula de escape, para que não surtasse. Marcos PL lançou recentemente seu primeiro livro, intitulado “Incógnitas, certezas e meios-termos”, publicado pela editora Selo Jovem em dezembro de 2016. Na obra, em noventa textos, entre poemas, desabafos e reflexões, expôs seu lado reflexivo, sofredor e conflitante, mas também esperançoso, fiel à família e amigos, e crente em dias melhores. O livro é uma sincera exposição da sua alma, verdadeiro e direto, que escancara as portas do seu coração, com poemas e reflexões que falam de tantas coisas, como amor, dúvida, Deus, fé, medo, esperança, dor... que fica difícil escolher um texto que represente a obra. Por isso, o título faz tanto sentido.

Marcos, além de poeta, é contista, romancista e vocalista da banda de metal OQR Nós. É um homem que ama Deus e a família acima de tudo, que gosta de livros, música, filmes e séries, e de escrever poesias e histórias, que vêm do fundo de sua alma.

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Marcos PL, é um prazer contarmos com sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que mais o atrai nos textos poéticos?

Marcos PL – Sem dúvida, a liberdade de escrita. Na minha visão, a poesia é o gênero literário que mais te dá liberdade, ou variedade, de expressão, onde você não fica preso a absolutamente nada. Você pode escrever dentro da poesia: desabafos, reflexões, desejos, amores, dor, fé, esperança, histórias… enfim, não há limite de temas. Você também pode rimar ou não rimar, ter métrica ou não ter métrica, e ser realista ou totalmente ficcional.

Em que momento se sentiu preparado para publicar “Incógnitas, certezas e meios-termos”?

Marcos PL – Quando vi que as mensagens daquela fase dura e conflitante da minha vida estavam todas, ou quase todas, ali naquelas 116 páginas. Quando vi que o livro transmitia exatamente tudo o que o meu coração queria transmitir naquele momento. Quando me convenci de que a obra tinha e tem potencial para tocar corações e contribuir com reflexões. Enfim, quando a obra parecia ter vida própria, e quando ela parecia me dizer: “Estou pronta para aparecer ao mundo e atingir positivamente mentes e corações”.

Quais são suas influências literárias?

Marcos PL – Embora meu primeiro livro não tenha quase nenhuma influência literária, salvo minhas visões bíblicas, eu leio muita coisa, gêneros totalmente distintos, desde

Na minha visão, a poesia é o gênero literário que mais te dá liberdade, ou variedade, de expressão”

romance policial até terror, drama, filosofia, história, e poesia, claro. Meus autores preferidos hoje em dia são: Agatha Christie, Dan Brown, Homero, Shakespeare, Stephen King, Fernando Pessoa e Platão.

O quê o levou a começar a escrever logo aos dez anos de idade?

Marcos PL – A dor e o medo. A dor das tristezas e dos desapontamentos com as pessoas e principalmente, comigo mesmo. E o medo do futuro, e de tudo o que este me reservava. Talvez também a ausência de uma figura paterna tenha influenciado tanta angústia, pois embora a dona Severina tenha cumprido perfeitamente seu papel como mãe, existem coisas que uma mãe não sabe como transmitir ao filho, e muitas outras que só um pai consegue compreender. Mas tenho certeza de que isso não foi o principal fator, certamente a enfermidade que carrego no olho direito foi o que mais me afetou negativamente durante muitos anos, o que gerou tanto medo do futuro. poesia reflexiva, que eu defino como autorreflexão, devido à importância que ela dá ao indivíduo como peça vital na sociedade. Ou seja, dentre outras coisas, ela visa mostrar que o valor do grupo está no valor do indivíduo, da liberdade individual e do consequente respeito mútuo por esse valor. Assim, abordo vários temas como medo, dor, comportamento, família, sonhos, amor, Deus e diferenças pessoais, geralmente baseadas nas minhas visões sobre o mundo e, claro, nas minhas experiências pessoais. Em meio a todos esses sentimentos e opiniões, tento mostrar meu lado como ser humano limitado e temeroso, mas que é movido por uma força superior, que podemos chamar de fé. Porém, ICM não se limita somente às minhas visões e experiências pessoais, ele aborda diversas dores do mundo, inerentes a qualquer ser humano.

Como foi a escolha do título?

Marcos PL – Demorei um pouco para decidir o título, cerca de um mês após concluir a obra, visto a variedade de temas que esta aborda. Mas o título veio muito naturalmente e de repente, de forma que parecia não haver outro nome que fizesse mais sentido e que casasse mais com a proposta do livro do que este. Em outras palavras, não havia e não há outros três termos que traduzam mais as sensações e sentimentos que este livro busca transmitir do que estes. Tudo ali se resume a este título, e isso fica muito claro quando se termina de ler a obra.

No livro, você reúne em seus textos poesia e filosofia. Qual o perfil da mensagem da poesia filosófica apresentada no livro?

Marcos PL – Questionadora. Algu

mas poesias do ICM têm essa característica filosófica. Lendo o livro, você vai perceber que eu valorizo o potencial das perguntas, e muitas vezes ignoro a necessidade de se ter sempre respostas. Afinal, são os questionamentos que movem o mundo; estes são o motor, e não necessariamente as respostas. Em suma, questione sempre, mesmo que nem sempre se possa obter respostas.

O que mais o encanta em “Incógnitas, certezas e meios-termos”?

Marcos PL – Seu realismo e sinceridade. Ali, sou franco e verdadeiro desde o agradecimento no início do livro até a conclusão. Não me preocupo em utilizar belíssimas frases, simetricamente bem pensadas, mas sim, em mostrar meu lado humano, limitado e temeroso, mas com opinião e relativa determinação, fruto de uma vida de intensas experiências.

Pode nos apresentar um dos textos poéticos a ser encontrado no livro?

Marcos PL – Sim, com todo o prazer, segue uma reflexão do livro:

Sobre o auge O que o homem mais tem para entregar, ele não entrega Mas para si, só para si, guarda E guarda em um lugar tão oculto Que às vezes, nem ele mesmo sabe onde está. Então ele procura, mas não encontra o que precisa, que é o que possui de sobra Seu auge está escondido por ele mesmo, de si mesmo Mas ele não sabe ao certo do que é dono Pois ele esconde algo que não compreende Ele esconde a si mesmo.

Lendo o livro, você vai perceber que eu valorizo o potencial das perguntas, e muitas vezes ignoro a necessidade de se ter sempre respostas.”

Onde podemos comprar o seu livro?

Marcos PL – A obra pode ser adquirida pelo site da editora: www. selojovem.com.br, pelo site da Amazon e pelo Mercado Livre por enquanto, pois em breve estará em outros sites, como o das Americanas e o das Casas Bahia, bastando colocar o título do livro ou o meu nome nos campos de pesquisa, que a obra irá aparecer e você poderá fazer um poeta mais feliz. Também pode entrar em contato comigo pela minha página no Facebook: @marcosplescritor. Caso eu ainda tenha exemplares comigo, posso lhe enviar um autografado.

Além de escritor, você é vocalista da “OQR Nós”. Fale de sua experiência como músico.

Marcos PL – Música é minha segunda paixão quando se trata de entretenimento, depois da leitura, seguida por filmes e séries. Canto na banda desde os vinte anos aproximadamente, hoje tenho trinta e dois. Comecei cantando louvor na igreja evangélica Renascer, e depois meu amigo guitarrista me chamou para participar da banda com ele. É muito bom e prazeroso. Faço por amor, prazer e chamado divino, pois todas as letras das nossas músicas estão relacionadas com a nossa fé. Somos cristãos.

Quem desejar conhecer seu trabalho como músico e queira contratá-lo para shows, como deve fazer?

Marcos PL – Pode entrar em contato pelo meu Whatsapp: (11) 9 7625- 4582 ou pela nossa página no Facebook: @oqrnos.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor e músico Marcos PL. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Marcos PL – Eu é que agradeço a revista pela oportunidade dada para que eu pudesse falar mais de mim e de meu trabalho como escritor e poeta. Leitores, minha dica é: Leiam “Incógnitas, certezas e meios-termos”. Tenho certeza de que quando terminarem de ler este livro, vocês não serão mais os mesmos. O livro vai fazer vocês pensarem em muitas coisas que certamente, ou vocês já pensaram, portanto se identificarão; ou se surpreenderão com sentimentos tão intensos, mostrando como a vida é simples, mas insistimos em complicar tanto. E claro: valorizem cada vez mais a literatura brasileira.

_________________ Divulga Escritor: Unindo Você ao Mundo através da Literatura. https:// www.facebook.com/DivulgaEscritor/ www.divulgaescritor.com

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Petrônio Borges

A diferença entre aprender

e entender A o longo de nossa jornada terrena, aprendemos a viver e a fazer muitas coisas que nem sempre conseguimos mensurar. Quando estamos a aprender, estamos adquirindo conhecimento de algo, a partir de estudos ou instrução. Mas, algumas perguntas pairam no ar: Por que muitos de nossos aprendizados não ficam ou não são aplicados em nossa longa vida? Ou, por que quando estamos recebendo instruções, em algum momento da vida, não conseguimos fixar em nossa mente? Será que era interessante tal conhecimento?

É muito interessante fazermos uma relação do “aprender com o entender”, pois os dois estão ligados um ao outro sem percebermos. Entender significa a maneira de pensar, compreender, captar, perceber a razão e reter pela Inteligência.

Ora, se para aprender algo nós precisamos perceber a razão, logo encontramos a ligação entre eles e podemos compreender a partir dessa reflexão. Um aluno poderia fazer a seguinte pergunta: Por que tenho de estudar esse cálculo se nunca vou usar na vida. Ou, não sei o porquê tenho de aprender isso ou aquilo. A pergunta é bem pertinente, pois podemos também entender por que as vezes o que ensinamos pode não ser bem assimilado. Um bom exemplo desse contexto é um médico que tem o hábito de fumar, mesmo sendo uma autoridade na área de saúde, continua a fazer uso de algo que é prejudicial a si. Este médico recebeu a instrução de que o tabaco prejudica à saúde, aprendeu. Mas ainda não entendeu a real importância de não consumir tal substância viciante. Deve-se tratar.

Aprender é muito mais do que receber apenas instruções, é assimilar, entender a razão, captar o conhecimento e perceber o propósito da informação. A seguir veremos alguns trechos de um poema de William Shakespeare, onde podemos perceber que aprender leva tempo para entender: 1Um dia você aprende. Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar uma mão e acorrentar uma alma, e você aprende que amar não é apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança, e começa a aprender que beijos não são contratos, e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, com a graça de um adulto, e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno de amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Aprende que falar pode curar dores emocionais. Descobre que se leva anos para construir uma confiança, e apenas segundos para destruí-la. E que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto de sua vida. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára, para que você o conserte. Aprende que tempo é algo que não pode voltar para trás, e que a vida realmente tem valor, e que você tem valor diante da vida.

O grande desafio do ensinar, é fazermos as pessoas entenderem para aprenderem. Só assim a fixação da instrução poderá se tornar proveitosa ao longo de nossas jornadas. Dificilmente esqueceremos os conhecimentos no qual entendemos o real propósito de sua importância em nossas vidas. O acumulo do tesouro chamado “sabedoria” nos acompanhada por toda a de nossa existência.

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