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Nell Morato

Dona Glória

A extremosa mãe de Bentinho, na literatura nacional mais conhecido como Dom Casmurro, é outra figura clássica. Viúva e com o filho único, para quem devota todo seu amor, Dona Glória faz uma promessa ingrata que prende Bentinho durante dois anos em um seminário para padres. A personagem de Machado de Assis é um tipo que desperta empatia em virtude de seu típico comportamento de boa mãe, embora preocupada em excesso e superprotetora.

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Capitu

Esposa de Bentinho e mãe de Ezequiel, Capitu é um ícone da literatura brasileira. Envolvida em um dos maiores questionamentos da ficção nacional, que há mais de um século se pergunta se a personagem teria traído ou não o marido com o melhor amigo desse, Capitu é vítima da desconfiança de Bentinho, que os condena a um longo isolamento na Suíça.

Dona Lola

Personagem de Maria José Dupré no livro Éramos Seis, Lola é uma típica dona de casa, esposa do comerciante Júlio e mãe de quatro crianças. Sua história é narrada a partir da infância dos filhos, que crescem e ganham destinos diferentes. Lola, ao final de sua vida, vê-se distante da família, representando assim várias mães que, por diversas circunstâncias da vida, ficaram com seus ninhos vazios.

Sinhá Vitória

Personagem de Graciliano Ramos em Vidas Secas, Sinhá Vitória é uma retirante que conduz os filhos, identificados na narrativa apenas como Menino mais novo e Menino mais velho, na fuga da seca do Nordeste. Esposa de um dos personagens mais famosos da literatura nacional, o retirante Fabiano, Sinhá Vitória é uma mulher esperta que, apesar das adversidades, cuida dos filhos e espera que na cidade grande eles tenham uma sorte diferente da que teve os pais.

Artigo publicado por: Luana Castro Alves Perez em A arte da palavra: a Literatura http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/literatura/cinco-maes-literatura-nacional.htm

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL | ESCRITOR MIGUEL RODRIGUES

Em homenagem a mãe autor publicar “Ausência” no livro “Cartas de Amor Rasgadas”

Ausência...

Jamais estaremos preparados, Ainda que saibamos que virá, Quando chegar o dia inesperado, Até os mais fortes vão chorar.

São essas vicissitudes da vida Que chegam causando alvoroço. Deixando aberta uma grande ferida, Nascendo na nossa alma um caroço.

A ausência que se instala. Essa separação que não tem jeito. Uma dor intensa que não cala. Esse vazio que preenche o peito. Algumas doenças são cruéis. Uma delas apaga a memória. Seja no corpo dos ateus ou dos fieis Não se entende essa história!

É difícil compreender a morte. O medo do desconhecido cria a religião. Morrer sem sofrer é uma sorte. Todavia, alguns morrem, em vida, na solidão!

Mas a morte dos nossos genitores, Quem nos ensinou os passos e curou as feridas, De quem herdamos a matéria e os valores, Àqueles que nos deram o lindo presente da vida,

Em especial nossa mãe linda e eterna, Que nos aconchegou no útero e nos braços, Que iluminou, que foi nossa lanterna... Abre uma lacuna e jamais se fechará esse espaço!

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