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Palavra nata e inata de ser
Palavra nata e inata de ser Gabriela Ávila Macapá/AP
Palavra abafada Pelo sim, pelo não: o talvez; sufocadas Perto de mim, incitadas Pelo fulgor de querer fluir pelo nada
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Palavra sem rédea Vem como e quando quer, sem média Rebeldes rebentos sem trégua Descompassadas, sem medidas, sem réguas
Saem do inconsciente, cruas De humor inconstante, de lua Atropelam na mente as ruas E se expondo em papel sem pudor, nuas
Não as escolho, tampouco elas devem escolher a mim Só as lapido, enriqueço seu fim Traduzo em palavra, o assim e o enfim Liberto a enxurrada: é o grito do sim