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eles e suas pesquisas como refer
AQUELA REFERÊNCIA DE RESPEITO DR. FABIANO DORNELLES RAMOS
Quem conhece pessoalmente o Fabiano Dornelles Ramos, não imagina o gênio que ele é. Apesar de sempre se mostrar inteligente, curioso, sagaz, seu jeito brincalhão, piadista e sua humildade fazem com que a vida toda ele transite facilmente por todos os núcleos que a sociedade insiste em dividir. Confesso que crescer com dois irmãos tão inteligentes (Fabiano e Rafael) por muito tempo foi uma grande pressão, eu precisava estudar muito e me organizar muito para fazer metade do que eles faziam com extrema facilidade. Aos poucos e com mais maturidade, fui transformando essa pressão em referência, e se um dia eu puder ser um terço do que meus irmãos são, vou me sentir muito feliz e realizada.
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Onde pode, o Fabiano vai com seu chinelo, bermuda e camiseta, e quem vê a sua simplicidade nem imagina que ele é Doutor. Nem imagina a quantidade de títulos que esse carinha gente boa tem. Retornou faz pouco tempo de um Pós-doutorado na Alemanha, e nem a pandemia, onde vivemos dos dias mais difíceis de nossas vidas, fizeram com que ele paralisasse, ele seguiu em movimento e não deixou de produzir. Hoje acordei com uma reportagem do IFRS que incluía o nome do meu irmão e de outros 29 pesquisadores da instituição compondo o “AD Scientific Index 2023”, um ranking internacional de produção científica.
Vocês tem noção? Um ranking baseado no desempenho científico e no valor agregado de produtividade desses cientistas que são referências para outras pesquisas. Pesquisadores do mundo todo têm eles e suas pesquisas como referência. Me sinto privilegiada, pois aprendo com ele a cada conversa e conheço todos os seus lados, o desse cara que é uma referência para mim e para o mundo, mas também do irmão/amigo que gosta de reunir amigos, comer churrasco, dar risadas e ouvir uma boa música. Parabéns Fabiano, tu merece este reconhecimento, tu merece ser esse cara cercado por pessoas que te amam e te admiram. E nesta fila eu fico ali, como fã número um, te tendo como referência de profissional, de irmão, de amigo... de pessoa mais que especial. Voa Mano, o mundo já é teu!
Fabiano, possui graduação em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2000) e mestrado em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2003), em parceria com o IWT (Stiftung Institut für Werkstofftechnik) em Bremen, Alemanha, na área de Engenharia de Superícies. Fez doutorado sanduíche na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, tendo realizado a parte prática no HZG- Helmholtz Zentrum Geesthacht, em Geesthacht, na Alemanha, na área de Soldagem no Estado Sólido.
Fabiano tem experiência na área de Engenharia de Materiais e Metalúrgica, com ênfase em Estrutura dos Metais e Ligas, engenharia de superfícies (LAMEF/ UFRGS- 1996-2005) , processos de soldagem por fricção (LAMEF/UFRGS/ HZG- 2006-2010) e Análise de Falhas (LAMEF/UFRGS/IFRS - 2003-presente). Atualmente é professor adjunto no Instituto Federal de Ciência e Tecnologia (IFRS) campus Caxias do Sul.
Porque Tarcísio de Freitas Governador eleito por São Paulo não nomeia negros?
Por Ivair Augusto Alves dos Santos
Vivemos o período de transição na presidência da República e nos executivos estaduais, sob grande expectativa da população quanto às equipes de governo. Uma pesquisa encomendada pelo programa +Representatividade, do Instituto Update, indica que uma parcela expressiva dos brasileiros apoia a presença de mulheres e pessoas negras nos ministérios do presidente Luis Inácio Lula, segundo informa a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, em 12 de dezembro.
No caso do governo federal, já há uma discussão aberta sobre isso, com inúmeras organizações exigindo uma presença significativa de pessoas negras e mulheres não apenas nos ministérios, mas em todas as áreas da gestão e nos mais variados cargos. Entretanto, esse debate não ocorre com a mesma intensidade quando envolve a montagem dos governos estaduais. Lula é cobrado diariamente, mas os governadores eleitos de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Maranhão e demais estados passam ao largo do assunto, como se a obrigação com a equidade de cor e gênero fosse exclusiva da União. Vamos analisar o caso de São Paulo, o estado com a maior população negra do país, cerca de 17 dos 44 milhões de habitantes. Há 40 anos, desde a eleição de Franco Montoro em 1982, o movimento negro reivindica a representatividade no governo paulista. Mas o governador recentemente eleito indica, até agora, que seguirá fidedignamente a tradição histórica da política bandeirante, reiterada pelos sucessivos governos tucanos, de não incluir pessoas negras no secretariado. Tarcísio de Freitas se autodefine como conservador e de direita. Governantes dessa orientação costumam defender a ideia de democracia racial como ideal para o país. Mas não reconhecem o racismo ainda arraigado na mentalidade e nos costumes, ainda estrutural na organização da sociedade, mesmo que os dados de desigualdade racial indiquem um cenário perverso de pobreza e miséria para os negros.
O novo governador argumenta que o seu secretariado é “técnico”, como se esse atributo fosse exclusivo de brancos. O falso tecnicismo, a falsa superioridade atribuída pela cor, mal esconde o pacto de branquitude que objetivamente opera na política racista, firmado por pessoas brancas que ocupam cargos de comando em governos e cercam-se apenas de brancos, sobretudo brancos que tenham ocupado cargos de expressão anteriormente.
É o que alimenta o círculo vicioso Brancos indicam brancos, que amanhã indicarão brancos para outros cargos. E a história continua sem mudanças..