Revista Coletivo Candelária

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NESTA EDIÇÃO

EDITORIAL

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.....Editorial

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Entrevista.....

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.....Bullying

Gravidez na adolescência...

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.....Prevenção

História da aviação naval..

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Emergência .....na cidade

Vamos fazer uma revista?..

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sta é uma publicação dos alunos do 3º e 2º ano do Ensino Médio da EE Prof. Joaquim de Moura Candelária em parceria com o Instituto Unibanco que através do Projeto Jovem de Futuro os tem acompanhado ao longo do curso. É uma prova de que quando se acredita no jovem, quando se oferece oportunidade para que ele se manifeste e cresça como sujeito que pensa, obtém-se resultado. Trabalho há muito tempo como gestora desta escola e tenho orgulho disso. Tenho experimentado grandes momentos de vitórias e alegrias, que superam os fracassos e os transformam em aprendizado. Por isso, jamais perco o ânimo, não perco a fé no ser humano - cada um dos professores, dos funcionários, dos alunos que considero parceiros na tarefa de formar bons cidadãos para a sociedade deste país tão sofrido. Reafirmamos nosso repúdio a toda e qualquer forma de preconceito. Nossa escola é boa, sim! Os profissionais que aqui trabalham levam a sério o que fazem! Nossos alunos se dedicam a superar desafios cotidianamente. E todos nós juntos ensinamos e aprendemos constantemente. Não almejamos a perfeição, tampouco ignoramos a realidade em prol da propaganda. Estamos comprometidos com o ideal da escola pública: educar sem selecionar, sem segregar! Ao ensejo quero homenagear a educadora que iniciou esse projeto, a saudosa Sandra Perrone Finco, que foi morar no céu desde o dia 9 de novembro. Nunca será esquecida! E para concluir, permito-me citar Paulo Freire: “Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes.” Maria Teresa Mendes - Diretora

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oi uma grande satisfação participar do projeto revista “Coletivo Candelária” como parceiro no recrutamento e seleção de alunos, auxiliando nas oficinas e disponibilizando os recursos da sala de leitura e Acessa. Os resultados já obtidos a partir desta parceria mostram a força e a versatilidade dos nossos alunos e ainda deixa claro que a inclusão dos alunos protagonistas nos projetos escolares é essencial para uma educação de qualidade. Tenham certeza de que nossos alunos estão dando passos importantes para reescrever a história da nossa escola. É um orgulho estar aqui, diante de tantos alunos e profissionais interessados em construir uma escola de Cara Nova; toda equipe Candelária e profissionais como a jornalista Rosana Midori e o designer Sergio Peixoto Junior que conduziram o projeto de forma espetacular, se preocupando não só com a parte estética, mas também com o social de nossos alunos criando laços importantes que vamos levar para o resto de nossas vidas. Para vocês deixo as palavras que sempre estiveram presentes na minha vida, de autoria do Paulo Freire: “A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria”. Profº Francisco A. Santos (Shyco) Habilitação em Língua Portuguesa e Língua Inglesa - Professor da sala de leitura

EXPEDIENTE E.E. Prof. Joaquim de Moura Candelária Ensino Fundamental, Médio e Educação de Jovens e Adultos - Supletivo Telefone: (12) 3931-1908 / 3934-0605 Rua Josefa Albuquerque dos Santos, 831 Jardim Morumbi, São José dos Campos - SP Maria Teresa Mendes - Diretora Sandra Perrone - Vice-diretora (in memoriam) Vera Lúcia Babuya - Coordenadora Pedagógica Francisco A. Santos - Sala de Leitura 2

EQUIPE DE REDAÇÃO Esta publicação é uma produção dos alunos, resultado de oficinas de Educomunicação ocorridas entre os meses de Agosto e Outubro de 2015. Agradecimentos especiais à equipe da Revista Em Pauta e da Gráfica Satélite pela colaboração com este projeto. Impressão: Gráfica Satélite (12) 3937-6650 Tiragem: 200 exemplares Distribuição interna

Emily Cristina da Silva - 2º A Filipe José Oliveira Pires - 2º C Gabriel da Silva Araújo - 2º C Jacqueline de Oliveira Pequim - 3º A Jéssica de Oliveira Pequim - 3º B Thaís Bandeira - 3º B Rosana Midori (Jornalista): Coordenação e revisão Sergio Peixoto Junior (Designer gráfico): Coordenação e diagramação Contato: (12) 98223-0152 Revista Coletivo Candelária • Novembro de 2015


“Parecia que o chão tremia!”

Professora de matemática se emociona com agradecimento surpresa de aluno

Confira agora a entrevista que a professora Liliane Maia Borros, 40 anos, concedeu a nossa revista Coletivo Candelária! Entrevista: Jéssica de Oliveira Pequim PORQUE ESCOLHEU PEDAGOGIA? ALGO, OU ALGUÉM, TE MOTIVOU?

Fiz licenciatura em matemática, sempre amei a arte de ensinar, o prazer de abrir novos horizontes e incentivar o raciocínio. Escolhi a área das exatas porque quando estudava me saía melhor nessa área e creio que seja também por incentivo dos meus pais e familiares, pois sempre nos reuníamos para jogos ou desafios no final do dia e nos fins de semana, sempre voltados para lógica, estratégias, contagem de pontos. VOCÊ ESCOLHEU A LICENCIATURA EM MATEMÁTICA LOGO DE CARA, SEMPRE QUIS ISSO, OU TEVE DÚVIDAS EM RELAÇÃO ÀS OUTRAS PROFISSÕES?

Demorei para escolher, primeiro porque não tinha o dinheiro pra pagar. Tive que trabalhar durante 12 anos para juntar o dinheiro que pagaria a faculdade. EM QUAL FACULDADE SE FORMOU? POR QUE ESCOLHEU ESSA FACULDADE?

Fiz licenciatura na UNIP. Escolhi essa faculdade porque era mais próxima de casa, a de menor tempo e tinha um preço razoável, já que meu orçamento era pequeno. VOCÊ TRABALHA SÓ NA ESCOLA ONDE ESTÁ ATUALMENTE? OU TEM ALGUMA OUTRA EM QUE TRABALHOU OU AINDA TRABALHA?

Desde o ano passado estou em uma única escola. Fui efetivada no ano passado. Mas antes disso eu trabalhei em várias escolas, às vezes bem longe da minha casa. Houve uma época que eu precisava pegar dois ônibus pra chegar na escola, levava uma hora e meia mais ou menos, isso se eu não perdesse o ônibus. Nessa época eu saía de casa às 5h da manhã e só retornava às 18h. Revista Coletivo Candelária • Novembro de 2015

VOCÊ TEVE ALGUM MOMENTO NA SUA VIDA EM QUE ALGO OU ALGUÉM TE FEZ PENSAR EM PARAR DE LECIONAR? ALGO QUE TE ENTRISTECEU?

Sim, uma vez tive um problema na sala de aula com dois alunos, eu gritei demais com um deles que chegou a romper uns ligamentos que temos entre o maxilar e os ouvidos. Fui no médico achando que era uma dor de ouvido, mas na verdade eu tinha rompido, tive que tomar uma injeção de profenide (uma injeção muito dolorida). Acontecimentos assim entristecem um pouco, fazem a gente pensar, será que devo desistir? Mas aí uma boa noite de sono ajuda a por o pensamento no lugar e tentar uma nova estratégia para continuar. Mas um obstáculo que ainda não me acostumei e nem quero me acostumar e que entristece bastante também é a falta de desejo de aprender dos jovens de hoje, isso é duro! Eu gosto tanto de aprender, estou sempre procurando uma coisa nova, muitas vezes penso “ai, se minha memória fosse como antes, se eu tivesse mais tempo, se não tivesse tantas preocupações como hoje, eu poderia aprender tal e tal coisa...” Então me aborrece ver um jovem perder essas oportunidades maravilhosas. E É CLARO QUE ASSIM COMO OS MOMENTOS TRISTES TIVERAM OS FELIZES NÃO É? QUAIS VOCÊ MAIS GOSTOU?

Sim, vários! Esse ano mesmo se repetiu muitas vezes, foi quando ensinei uma matéria e vi um aluno todo orgulhoso de ter conseguido resolver o exercício, então perguntei como ele estava se sentindo e ele me respondeu “Me sinto inteligente!”, isso é muito bom. Teve também um projeto interdisciplinar

com os meus colegas de trabalho que gostei muito, foi o “Estudo dos Estados”. Era assim, cada sala de aula tinha a incumbência de apresentar um Estado brasileiro na semana das nações, como uma gincana. As pesquisas foram orientadas por todos os professores. Eu ajudei os alunos com os cálculos de densidade populacional, extensão territorial, renda per capita, valor nutricional dos alimentos e consumos… Foi muito legal! Foram confeccionados pratos típicos, vestimentas, bandeiras… Foram apresentadas danças que a professora de educação física treinou. Todos foram envolvidos, ninguém ficou de fora. O QUE MAIS TE MOTIVA A QUERER CONTINUAR LECIONANDO?

Bem, toda força matriz que não permite desistir é a ESPERANÇA! Esperança de poder fazer a diferença, esperança de poder ajudar, esperança de que vale a pena, esperança de que um não pode se tornar um sim, simplesmente esperança… E ser sempre positiva, olhar sempre para o que alcançou. PRA TERMINAR, QUERIA SABER SE DURANTE ESSE PERÍODO LECIONANDO VOCÊ TEVE A OPORTUNIDADE DE MUDAR A VIDA DE ALGUM ALUNO?

Sim, uma vez um aluno tinha largado os estudos, desistido de tudo. Fomos atrás, mandei cartinha, telefonei, até voltar e me agradecer na formatura, foi emocionante! Fui pega de surpresa, parecia que o chão tremia quando ele pediu a palavra para o chefe de cerimônia e disse que queria dizer umas palavras extras de improviso, pois queria agradecer uma pessoa em especial que ajudou ele estar ali, essa é a melhor parte da minha profissão, foi tão gratificante! CONTINUA 3


CONTINUAÇÃO DA ENTREVISTA

Porque escolhi esse tema para minha matéria… E scolhi esse tema para a minha matéria porque sempre gostei muito de ensinar e ajudar as pessoas. Bom, tudo começou quando eu tinha mais ou menos uns 7 anos, cursava o ensino fundamental na escola Ildete Mendonça Barbosa que fica no bairro Residencial União. Eu sempre ia passear na casa de um tio meu chamado Antônio, mas todos chamavam ele de Tio Toninho e, na maioria das vezes que ia lá eu estava com um caderno ou um jornalzinho com cruzadinhas nas mãos. Sempre adorei escrever e então o Tio Toninho começou me chamar de “professorinha”. Eu amava ouvir ele me chamar assim! Ficava sentada com ele ensinando a fazer contas ou escrever alguma produção de texto, eu me achava o máximo! Corrigia as tarefas dele, dava pontos, fingia que era uma professora de verdade! Hoje, infelizmente, meu tio não está mais aqui pra me ver escrever sobre ele, mas ele sabe que me inspirou bastante pra isso, ele faleceu faz três anos, mas sempre que penso na profissão que quero seguir eu lembro dele me chamando de “professorinha” e me emociono. Depois disso continuei sentindo esse amor enorme por ensinar e foi então que o Pedrinho, de 4 anos e o Gabriel, de 8, entraram na minha vida. São meus primos que minha mãe cuida durante a semana, o Pedrinho esta começando a conhecer os números e já sabe ler e escrever

o próprio nome e o do irmão Gabriel. Incentivo é o que não falta pra ele, eu sempre fico em cima querendo ensinar algo ou ver ele todo orgulhoso de ter escrito seu nome! É muito lindo!! E com isso só vou tendo cada vez mais certeza de que é a pedagogia que eu quero pra minha vida, ter o prazer de ensinar crianças e sentir a emoção e a gratidão depois com elas se formando e virando adultos com futuros maravilhosos, pois pra mim a melhor parte de ser um professor é poder entrar na vida das pessoas e transformá-las, é ter um aluno se formando e poder ouvir um obrigado, ouvir ele te agradecendo por tudo e saber que foi você que o motivou a chegar aonde ele chegou. Exatamente por isso que eu queria terminar esse texto agradecendo a minha professora Liliane Maia Borros, pois quero que ela saiba que essa matéria me incentivou e motivou a querer, com toda certeza, ser uma professora tão maravilhosa quanto ela é e poder ter a oportunidade de motivar e inspirar pessoas como ela me motivou e me inspirou, obrigada!

CONFIRA ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE A ÁREA DE ATUAÇÃO E O MERCADO DE TRABALHO PARA QUEM DESEJA CURSAR PEDAGOGIA:

A Pedagogia é uma das áreas com maior taxa de empregabilidade no Brasil. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 94,13% dos pedagogos estão empregados. Quem se forma em Pedagogia pode trabalhar em segmentos como: • Consultorias e assessorias • Editoras de livros didáticos • Empresas produtoras de cursos à distância • Escolas de idiomas • Espaços como hospitais, bibliotecas, museus e brinquedotecas • ONGs • Órgãos públicos ligados à educação • Treinamento e coordenação em empresas privadas

Jéssica de Oliveira Pequim

“Fico muito feliz em trabalhar numa escola cujos alunos se sentiram motivados a realizar um projeto tão valoroso que é produzir uma revista!” MARIA TERESA MENDES - DIRETORA

“O protagonismo juvenil é indispensável para o desenvolvimento de trabalhos e projetos no âmbito escolar, ainda evidencia um momento de crescimento seguro, com informação e maturidade, responsabilidade e sabedoria”. PROF. FRANCISCO APARECIDO (SHYCO) - SALA DE LEITURA

“O jovem tomado como elemento central da prática educativa, contribui tanto para sua formação pessoal mais autônoma, quanto para seu comprometimento de transformação social”. VERA BABUYA - COORDENADORA PEDAGÓGICA

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Revista Coletivo Candelária • Novembro de 2015


G N I Y L L U B

Combater essa violência também é seu papel! Texto: Emily Cristina da Silva

Até pouco tempo, o que hoje reconhecemos como Bullying, era visto como fatos isolados, “briguinhas de criança” e normalmente família e escola não tomavam atitude nenhuma a respeito. Tanto vítimas quanto agressores podem sofrer consequências psicológicas dessa situação de abuso, porém o que normalmente acontece é que todas as atenções dos responsáveis (pais e professores) se voltam para o agressor, visto como um marginal em potencial, e a vítima é esquecida. Apesar de tantas conclusões sobre o bullying, não conhecemos os verdadeiros motivos para tal atitude. É interessante pensar que tanto a vítima quanto agressor tem histórias diferentes. Confira agora o depoimento de ambos os lados da história. Revista Coletivo Candelária • Novembro de 2015

A Vítima: MARIA* 30 ANOS

Hoje em dia é cada vez mais difícil fazer as pessoas falarem sobre o bullying. Por tais dificuldades fui procurar um depoimento não só dentro da minha comunidade, mas também na internet. Maria foi uma vítima de bullying, consegui sua história através de uma sala de Bate-papo virtual, no site UoL. Veja como ficou essa história. “Eu sou uma vítima de bullying e vou contar a vocês a minha história. Eu tenho o cabelo crespo e por isso eu era chamada de “cabelo-de-cuscuz”. Todos os dias dentro da sala de aula e até na hora do recreio. Isso era desprezível porque isso não se faz com ninguém. Tinha dia que eu chegava a chorar. Por causa disso saí da escola, eu não aguentava mais. Eu gostava muito da escola, mas eu não posso fazer nada... A vida é assim “cheia de altos e baixos”. Eu hoje em dia sou uma pessoa bem sucedida na minha vida, mas essa foi uma época horrível da minha vida, passei por muita coisa e muitos disseram que era exagero meu, mas ninguém sabe como o bullying faz mal, e machuca, não fisicamente mas sim psicologicamente.” *Nomes fictícios

O Valentão: GABRIEL* 20 ANOS

Gabriel, um jovem empreendedor, conta pela primeira vez sua experiência com o Bullying, um fato bem interessante e complicado, pois ele não só praticava mas também sofria o bullying. Acompanhe agora sua história. “O bullying era algo que começou com uma brincadeira, foi apenas brincadeira no começo, mas aí eu percebi que dessa forma eu chamava atenção dos meus colegas, então virou um hábito. A minha vítima era uma pessoa muito tímida, então era um alvo fácil, não retrucava minhas ações, isso foi durante uns dois meses. Até que um dia, um aluno que era mais encrenqueiro que eu começou a me zoar. Eu me senti muito mal então eu retruquei e por essa minha atitude apanhei de cinco pessoas. Logo eu percebi ali o bullying e me toquei então que o que eu fazia era errado quando a minha vítima veio me ajudar. Ali eu vi que o bullying não vale a pena e que os danos psicológicos são piores que os físicos e machuca muito mais porque não temos como nos livrar tão fácil dos traumas. E a minha dica para todos é que não pratiquem o bullying porque não sabemos o dia de amanhã, amanhã pode ser você uma vítima assim como eu fui.”

Cyberbullying:

você sabe o que é? O cyberbullying pode ser tão simples como continuar a enviar e-mails para alguém que já disse que não quer mais contato com você. Pode incluir também ameaças, comentários sexuais, postar declarações falsas com o objetivo de humilhar assim fazendo as vítimas alvo de ridicularização. O cyberbullying pode ser considerado tão prejudicial quanto o bullying físico, podendo, inclusive, levar, em casos extremos, ao suicídio.

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Gravidez na adolescência Confira nessa entrevista os desafios, as descobertas e toda mudança que aconteceu na vida da Thaina quando engravidou da Emanuelle

Qual foi sua primeira reação a descobrir a gravidez? Foi planejado? Minha reação foi chorar muito, e já comecei a pensar como seria a vida do bebê. Não foi planejado. Qual foi a reação dos seus pais? Como contou a eles? meus pais choraram também e queriam saber quem era o pai. Logo que cheguei do hospital já contei a eles. E o pai do bebê como reagiu? Vocês estão juntos? O pai do bebê não gostou da ideia não ficou feliz. Não estamos juntos. Ele tem contato com o bebê? Não. Qual foi o momento mais difícil para você desde que descobriu a gravidez? Quando o pai do bebê pediu dna e disse que não daria nada para ajudar, meus pais ficaram bravos e brigaram muito comigo. Você guarda algum rancor dele? Sim, querendo ou não ele mostrou ser alguém que não era. E o momento mais feliz? Foi quando senti minha filha mexer pela primeira vez e quando ela nasceu. Os estudos ficaram de lado? Pretende voltar a estudar? Ficaram porque tive uma infecção e não pude mais voltar para escola, mas não ficaram de lado, vou voltar sim. Enfrentou alguma dificuldade no parto? Sim minha filha não virou e eu tive que ficar no soro quando viram que ela não ia virar fizeram uma cesária, meu coração disparou e eu fiquei sem ar. O que mais mudou na sua vida? Responsabilidades horario ritmo paciencia e sabedoria. Sofreu algum preconceito por ser mãe tão cedo? Sim na escola.

IMA GEM

ILUS

TRAT

IVA

Você tem algum conselho para as meninas que estão iniciando suas vidas? Sim, estudem, ouçam o pai e a mãe, pensem bem para quem vai dizer “eu te amo“ não deixem suas vidas serem levadas por momentos,façam coisas hoje que sabem que vai ter um bom reflexo amanhã, viva a vida com consciência de que tudo que você planta hoje colhe amanhã.

Pra você o que é ser mãe? É ser companheira, paciente, dar atenção e muito amor para tudo quando se trata dela, é ser uma mulher única que tem alguem que depende de voce na vida,é ser a melhor amiga é ser mil em uma só. De toda essa experiência, a gravidez, o nascimento dela você tem algum arrependimento? Como é a sua relação com sua filha? Só tenho arrependimento pela idade, por ser tao cedo. Mas não pela minha filha ela foi a melhor coisa qye me aconteceu. Minha relação com ela é coisa de nenem grudado na mae, ela quer sempre ficar comigo, ama brincar,conversar,dar risadinha,gosta quando canto para ela,nossa relação é a melhor que eu poderia imaginar. Como conheceu o pai biológico dela? E como foi? Conheci ele no portão da minha casa, pois ele namorava minha vizinha e conhecia um grande amigo meu. Fazia uma semana que ele estava namorando a vizinha e eu não falava com ele por nada, apenas oi e tchau. Então a vizinha terminou o namoro porque ele disse à ela que estava gostando de mim, depois de dois meses que eles terminaram decidi aceitar a namorar com ele. Ele foi o primeiro namorado que apresentei para os meus pais, foi muito obediente às regras que foram passadas para nós dois: Dia pra namorar, hora pra sair e pra voltar. E me respeitou em todos os sentidos, assim como todos achavam eu também achei que ele era uma boa pessoa. Se passaram alguns meses e ele foi viajar a trabalho, na volta dessa viagem ele me mandou uma mensagem SMS terminando o namoro, e depois de dois dias foi me falar, também por SMS, que ele estava terminando o namoro por que disseram a ele que eu o estava traindo, mas não quis dizer quem havia dito, eu vivi com minha consciência limpa, pois era da escola pra casa, de casa para a casa dele e vice-versa, o tempo todo. Passaram cinco meses que terminamos e eu não tinha menstruado em nenhum mês, era normal não vir pra mim durante três meses, mais cinco? Já era demais, e eu sentia cólica, dores, tremor na barriga, e não descia. Um dia ajudando minha mãe não aguentei de tanta dor, fui para o hospital, contei os sintomas e me fizeram na mesma hora um teste de gravidez direto do sangue, constou positivo. Fiquei com medo e desesperada na hora, então no outro dia liguei para ele, o pai da bebê, e ele disse afirmando: “não precisa fazer nada pois sei que é meu, hoje a tarde vou aí.” Ele veio com a mãe e o padrasto dele, meus pais conversaram com ele, e ele disse que ia assumir tudo e dar tudo que nós precisássemos. Então o pai dele descobriu minha gravidez e exigiu o teste de DNA com o bebê ainda na minha barriga, o pai dele começou a fazer a cabeça dele contra mim, até que ele decidiu não assumir nada, e não fazer nada pela bebê e saiu me difamando para todos que perguntavam. Minha filha nasceu, e depois de dois meses ele veio procurar nós duas para dizer que não ia assumir nada, meu pai mandou ele ir embora e nunca mais aparecer perto de nós duas e ele sumiu, nunca mais eu vi ele.


Texto: Jacqueline de Oliveira Pequim Como o Thiago entrou na sua vida? O Thiago eu já conhecia ele a mais ou menos cinco anos, sempre fomos muito amigos, e ele dizia que gostava de mim, me fazia varias propostas para ficar com ele e eu não aceitava, por ele ser mais velho tinha medo de não dar certo e estragar nossa amizade. O tempo passou, mas ele nunca desistiu, lógico que tanto ele quanto eu tivemos outros relacionamentos, mas sempre continuamos amigos, até que no ano que descobri a gravidez, antes da descoberta comecei a gostar dele como nunca havia gostado de ninguém, quando descobri minha gravidez me fechei e não queria ficar com ninguém, e mesmo assim ele não desistiu de mim, disse que queria ser um pai para a Manu e me fazer feliz, me dar o valor que nunca ninguém tinha me dado antes. Eu ainda relutei, mas meu amor por ele só crescia e então eu vi que não ia adiantar nada eu negar sendo que ele me provou várias vezes que me amava de verdade, mesmo eu estando grávida de outro.

MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

Thaís Bandeira

Há vários tipos de métodos contraceptivos, mas a escolha de qualquer um deles deve ser feita com o auxílio de um médico. Na sociedade atual, o planejamento familiar é muito importante para a qualidade de vida, pois só assim para garantir um futuro digno para os descendentes. Para isso, foram criados vários métodos contraceptivos, ou seja, métodos que evitam a gravidez.

CAMISINHA MASCULINA

Foi então que decidi ir atrás dele e pedir pra que ficasse comigo, ele disse que foi o dia mais feliz da vida dele o dia 29 de outubro de 2014.

A camisinha, além de evitar a gravidez, também evita a aquisição de DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) como sífilis, gonorreia, AIDS, etc. Sua eficácia fica em torno de 96%, se utilizada corretamente.

Mas assim como eu, meus pais também estavam com medo de eu me relacionar com outra pessoa e sofrer de novo, não queriam deixar de jeito nenhum eu ficar com ele. Ele ficou muito triste, pois depois de quatro anos tentando eu finalmente havia aceitado e agora meus pais impediam totalmente. Mas não paramos ai, não nos separamos, permanecemos a distancia e nos víamos escondido dos meus pais, foi um longo tempo, desde outubro de 2014 até março de 2015 nos encontrando escondido, Fotos: Thainá sofremos muito com isso pois a vontade de Aparecida Arruda nos vermos sempre era muito grande. Ele Maciel e sua filha me ajudou na gravidez, deu roupas, sapaEmanuelle Renata Arruda Maciel tos, carrinho de bebê, dinheiro para mim e mais um monte de coisas para ajudar com a gravidez, mesmo sabendo que era quase impossível meus pais deixarem nós dois ficarmos juntos.De tanto eu insistir para o meu pai, ele decidiu chamar o Thiago para conversar, foram três horas de conversa explicando as regras de tudo. Ele nunca havia namorado uma menina menor de idade e nunca teve regras em namoro nenhum, eu fui a primeira. Quando completei seis meses de gestação fui morar com ele, desde a gravidez ele já amava a Manu como filha dele. Quando ela nasceu, ele foi ver nós duas na maternidade, morrendo de medo dos meus pais xingarem ele, mas foi. Levou presentes para mim e para ela.

PÍLULA DO DIA SEGUINTE

E hoje somos muito felizes, ele cuida dela, da tudo para ela, me respeita, me valoriza e cuida de mim assim como havia prometido ao meu pai que faria, estamos a um passo de completarmos um ano juntos, e hoje eu sei o que é ser amada e amar alguém de verdade. Revista Coletivo Candelária • Novembro de 2015

Não deve ser utilizada com muita frequência, pois pode desregular o ciclo menstrual. Eficácia de 99,9%. Deve ser tomada em até 4 dias após a relação sexual, após esse período, a eficácia da pílula cai bastante. Ela somente previne a gravidez de relações sexuais anteriores, não futuras. Tabelinha Todo mês, deve-se marcar em um calendário a data de início da menstruação. Isso deve ser feito por no mínimo seis meses, para que se tenha uma informação correta sobre o ciclo menstrual. Para mais informações sobre a maneira correta de se usar a tabelinha procure orientação da sua ginecologista.

PÍLULA ANTICONCEPCIONAL A pílula anticoncepcional é um comprimido que tem em sua base a combinação de hormônios, geralmente estrogênio e progesterona Sua principal forma de ação é impedir que ocorra a ovulação, ou seja, se a pílula for usada corretamente ela impede o amadurecimento e a saída do óvulo do ovário, impedindo assim que ocorra a fecundação (encontro do óvulo com o espermatozoide). Com o acompanhamento certo você também pode prevenir uma gravidez indesejada e até regular o ciclo, tomando o comprimido da maneira correta o risco de engravidar é quase nulo.

Minha experiência

Comecei a tomar a pílula com 15 anos para regular a menstruação, porém com o primeiro comprimido o meu organismo não se acostumou e foi a mesma coisa que não tomar nada ou até pior. Mas com o acompanhamento do meu ginecologista eu comecei a tomar o remédio certo e estou até hoje tomando, ele é eficaz para mim.

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História da

Aviação Naval

Gabriel e o professor Pedro Lacava batem papo sobre aviões, helicópteros, ITA, cursos e projetos para o futuro.

Gabriel da Silva Araújo

E

u aos 12 anos decidi começar um hobby, decidi produzir réplicas de aeronaves. Mas diferentemente de muitos modelistas, eu decidi fazer réplicas da aviação naval brasileira. Não para um hobby qualquer, mas sim para homenagear aqueles que sofreram para obter o que sempre sonhavam. Mas tudo o que havia acontecido não começaria hoje em dia, mas vários anos atrás. Quando iniciou a aviação no Brasil, a defesa brasileira havia decidido criar seus próprios meios de aviação. Com isso, em 1915, fora criada a aviação naval. Anos depois de ser criada, em 1932 ocorreram suas primeiras operações militares sobre a Vila Velha e assim hostilizar o forte de Itapu que guarda o Porto de Santos e estava em poder dos paulistas. Com isto, a Marinha realizou bombardeios sobre a baixada santista tornandose vitoriosa e encerrando a batalha.

Anos depois, com o terminar da Segunda Guerra Mundial, a Marinha do Brasil decidiu reunir novamente seus esquadrões, mas com a chegada do primeiro porta-aviões brasileiro, a Força Aérea Brasileira começou a criticar a Marinha e por isso iniciou-se a crise dos Estados. O presidente Castelo Branco decidiu acabar com a crise entre os Ministérios e com isto restringir o uso de aviões e só o uso de helicópteros. Explicando melhor tudo isso, quando foi realizada a compra do porta-aviões os aviadores navais brasileiros estavam comemorando o que eles já sonhavam há anos. Chegando por vota de 1960 a Marinha recebeu do governo americano três aeronaves Avenger para uso de treinamento no porta-aviões, com isto a compra de novas aeronaves começou a ficar cada vez mais difícil com a chegada da crise dos Estados, com tudo isto ocorrendo a Marinha comprou lotes de seis aeronaves Pilatus P3 e seis aviões T-28 Trojan convertidos para uso em navios. 8

A pista clandestina

Como as novas aeronaves vinham desmontadas em caixotes, elas rapidamente seriam carregadas para os hangares do 1º Esquadrão de Helicópteros (hu-1), localizado no km-11 na Avenida Brasil no Rio de Janeiro, com isto as aeronaves foram montadas e guardadas nos hangares, mas havia um porém... há 2km desta mesma base era sediado no aeroporto de galeão Cumbica, uma base da força aérea (que na época poderia ser considerada inimiga da marinha). Então, as aeronaves da marinha tinham de decolar logo na manhã para que não fossem detectadas pelos aviões da força aérea,com este obstáculo ainda havia outro, no final da pista de 600 metros havia o prédio da escola da Marinha Mercante.

Surge o fragata

Após as operações na base do hu-1, a chegada do Nael Minas Gerais (o tal comentado porta-aviões nesta matéria), as novas compras da marinha acabaram sendo monitoradas pela força aérea, reconhecendo suas necessidade a Marinha decidiu ter uma nova opção “caseira”. A ideia inicial era produzir uma série de aeronaves de treinamento. Com isto foi criado o projeto da aeronave denominada fragata, através do desenvolvimento do projeto foi criado o decreto de proibição de aviões na Marinha. Com todos estes acontecimentos o sonho da marinha de reconquistar seus aviões nunca fora esquecido, por isso no ano de 1998 foi realizada a compra de aeronaves A4 Skyhawk, criando assim o primeiro esquadrão de aeronaves de ataque, orgulho da Marinha do Brasil.

Visita à Fundação Casimiro Montenegro Filho A Fundação Casimiro Montenegro Filho se localiza dentro do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) em São José dos Campos. Ela é uma instituição em que seu principal trabalho é realizar o ensino de alunos interessados no ramo da aviação e no ramo aeroespacial. Já no ITA se realiza a maioria da capacitação dos profissionais de São José dos Campos, como os da Embraer, da Avibras, da Mectrom, etc. Na Fundação Casimiro há 6 cursos para quem quer entrar no ITA, dentre eles os mais concorridos são os cursos de engenharia aeronáutica e engenharia aeroespacial. Nessa visita conhecemos Pedro Lacava que é professor na área de motores, engenheiro mecânico mestrado em ciências espaciais e doutorado em engenharia aeronáutica. Ele nos disse sobre as novas áreas de pesquisa no ITA, que são os novos conceitos aeronáuticos (aeronaves que voarão no futuro provavelmente no ano de 2030). Nestes conceitos estão tratados novas aeronaves e tecnologias como as asas flexíveis que serão utilizadas em aviões e também há novos combustíveis que no caso se estuda etanol e parafina.

Anos depois em 2012 foi realizado a modernização das aeronaves, reforçando o poder aeronaval brasileiro e protegendo nossas águas litorâneas de nossa Amazônia azul. Revista Coletivo Candelária • Novembro de 2015


EMERGÊNCIA NA CIDADE Conheça como funciona o trabalho dos bombeiros do 11o GB “Grupamento de bombeiros” Vila Betania em São José dos Campos

Filipe José Oliveira Pires

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ão José dos Campos é a maior cidade da região e conta com 3 bases do corpo de Bombeiros, o maior número entre todas as cidades do Vale do Paraíba. No dia 5 de Outubro, fizemos uma visita ao 11º Grupamento de Bombeiros no bairro Vila Betânia, na região central de São José. Esse Grupamento fez aniversário de 40 anos. O batalhão conta com três equipes que são chamadas de prontidões: amarela, azul e verde. Cada dia é uma prontidão diferente que fica no batalhão. Os bombeiros tem uma carga horária de serviço de 24 horas por 48 horas de folga, a escala de serviço é contínua e pode cair qualquer dia da semana, inclusive aos sábados, domingos e feriados. Nós entrevistamos o cabo Osses que cuida da parte de palestras, aulas de prevenção a incêndios, entre outras atividades. Antes de se tornar bombeiro ele era professor de jiu-jitsu e por necessidade fez o concurso e passou. Hoje tendo 17 anos de carreira, contou que se antes a adrenalina durante as ocorrências era muito forte, com o passar do tempo ela dá uma baixada.

Como funciona o dia a dia do bombeiro na base: • A primeira coisa que ocorre quando um bombeiro entra no batalhão é a troca de serviço • Após eles conferem os materiais, fazem o café da manhã e depois o checape das viaturas • Depois eles tem treinamento obrigatório e aula de educação física • Almoço por volta de meio-dia • No período da tarde após às 14 horas tem estudo teórico • Depois mais uma aula de educação física • Após às 18 horas é a janta • Depois das 21 horas é o horário de silêncio.

Eu escolhi fazer a entrevista com o Corpo de Bombeiros de SP, por conta do serviço deles que é uma equipe que trabalha para salvar vidas e que sem eles nós estariamos perdidos, pois ser bombeiro é um serviço gratificante que é ajudar pessoas e trabalhar em conjunto com a comunidade. Se você estiver em uma emergência de resgate ou algo do tipo ligue 193 para o Corpo de Bombeiros e 192 para o SAMU, essas são equipes que desafiam a morte para te fazer viver. Revista Coletivo Candelária • Novembro de 2015

Um dos piores tipos de ocorrência para o cabo Osses é combater fogo em mata. No calor ele relatou que já quase desmaiou, mas os bombeiros o resgataram antes que desmaiasse. Já houve bombeiros que desmaiaram por conta da roupa que aquece muito. Então na época de calor não coloque fogo em mata, nem jogue cigarro em mato seco. Você sabia que um pedaço de vidro jogado em um mato seco com o calor do sol ele aquece, pega fogo e, dependendo da área, pode gerar um incêndio de grandes porporções? A região que mais tem ocorrência em São José é a região Sul, que é do tamanho da cidade de Jacareí e conta com uma base do Corpo de Bombeiros e duas do SAMU. Eles recebem diversos tipos de ocorrências, desde animais presos à batidas, atropelamentos e tiroteios, entre outros. Então só ligue para para o Corpo de Bombeiros se for uma emergência porque tem muitas pessoas que necessitam dos bombeiros. 9


r e z a f s o m Va ? a t s i v e r a m u Equipe de alunos do 2º e 3º anos topa o es desafio e após 3 mes a de trabalho apresent ! o Coletivo Candelária Texto: Rosana Midori

ema de criou em 1439 o sist imento. Johannes Gutenberg a da época por conhec as pequenas assim que and inh dem letr à der com es aten e fras la industrial Foi montando oduzir livros em esca repr itiu perm que impressão

me da revista em votaEles escolheram o no s olheram o tema de sua ção no Whatsapp. Esc tre en m, ram, escrevera reportagens, pesquisa dia ia ser como o texto vistaram e definiram to jun con Desenharam em gramado na página. a capa. por Filipe José, JacEsse coletivo composto eia Pequim, Thaís Band queline Pequim, Jéssic u, ipo rtic pa illy Cristina ra, Gabriel Silva e Em ta. vis Re , da Oficina de a de Agosto a Novembro s alunos ajudaram As reivindicações do a terça-feira à noite na tod nia sig de o a O grupo se reu Par a. da oficin ca oratório de informáti compor a metodologia or zad ali ide m sala de leitura e no lab bé snior, tam ner Sergio Peixoto Jú produção de texto, pe “É para aprender sobre o foi surpreendente. é o ad ult com res s, o do projeto, e fotografia. Ma os to en cim he quisa, mídia, design to de con a? É o mesmo de assis- incrível perceber o quan e s do ssa ere participar de uma oficin int o ficam estudantes já tem e com ponde é a jornalista Ro ce an ch a s tir uma aula? Quem res ele a damos o. participativos quando idealizadoras do projet sana Midori, uma das , relatou. , er” do faz en e qu faz r o de de decidirem é o de apren “O conceito de oficina ista foi a cada semana Com esse alicerce, a rev dida na prática, os alu ou seja, a teoria é apren uns alunos descobriram de cimento. É diferente sendo construída. Alg se nos vivenciam o conhe er, outros precisaram que gostam de escrev disse. foi s un alg a uma aula expositiva”, Par seu texto. reivindicações dos alu superar para entregar o O formato atende às para outros, foi precis as. s, tiv ma , era tar int fácil entrevis dinâmicas e tem cê vo e qu nos por aulas mais ão a publicaç vencer a timidez. A encontro assistimos o “No nosso primeiro essas experiências. Nã as ção tod uca ed tém re ntário sob em mãos con ces pro do o trechos de um docume ad ult é o res cisa ser melhorado na é uma simples revista, as o nd ria tra e discutimos o que pre con e, ens qu m acesso às novas tec so evolutivo desses jov am escola. Os jovens quere uns, se comprometer inc com pri is s, ma ma expectativas atualizados, ipa rtic pa , nologias, conteúdos ram ssa intere cicom esse trabalho, se possibilidade de parti es vez s ita mu palmente, querem a ola , am à esc processo educativo.” ram ativamente e for par ativamente do seu io para passar de ano. sár ces ne o e mais do qu contou Rosana. 10

Revista Coletivo Candelária • Novembro de 2015


Aprender com quem sabe! No dia 1º de Outubro, os participantes da oficina visitaram a redação da Revista “Em Pauta” e as instalações da Gráfica Satélite, ambas localizadas na Zona Sul de São José dos Campos. Da reunião de pauta à impressão, os alunos navegaram pelas experiências dos profissionais mais jovens e também dos já renomados no mercado. Na redação da revista “Em Pauta” eles foram recebidos pela dupla de diretores Lucas Moura e Vitor Bernardino, pela jornalista Ana Carolina Turci e pela publicitária Christianne Giannelli. Perguntados sobre como é feita a seleção de matérias para a revista, a jornalista Ana Carolina explicou: “Quando começa o mês a gente se reúne e faz a reunião de pauta. Mas nem sempre todos os assuntos definidos entram na revista porque trabalhar com informação é muito dinâmico”. O diretor Vitor Bernardino comentou sobre o cuidado que uma produção jornalística precisa ter no tratamento da matéria. “Procuramos incluir todas as visões sobre um assunto. Cada um na revista tem sua opinião, mas nós precisamos escrever de forma imparcial”, explicou. Para o aluno Gabriel Silva, de 16 anos, o que mais chamou a atenção na visita foi o fato da distribuição do periódico ser feito de forma gratuita. “Eles fazem a revista para informar as pessoas e elas poderem acessar isso sem custo é muito importante”, disse. Na Gráfica Satélite a turma foi recebida pela publicitária Vanessa Moreira que coordenou um tour pelas instalações da empresa que está há 25 anos no mercado. Vanessa contou aos alunos sobre o surgimento do processo de impressão no mundo, sobre as modernizações de máquinas e processos e os desafios do setor para as futuras gerações. “Muita gente fala que a área gráfica vai acabar, mas apesar das necessidades de hoje serem diferentes, sempre vai haver a demanda por impressão. Achei muito legal a oficina porque o aluno pode se interessar e já sair da escola com um ofício. Para a produção gráfica ter continuidade é importante que os jovens conheçam e se interessem”, disse a profissional que há 17 anos trabalha no setor.

PERFIL

Ana Carolina Turci

ONDE VOCÊ SE FORMOU?

Me formei em 2010 na PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Campinas

O aluno Filipe José Oliveira Pires, de 16 anos, gostou de conhecer o maquinário da empresa. “Eu gostei de visitar a gráfica, é legal ver o jeito que as máquinas trabalham. Tem impressoras gigantes e máquinas importadas, só não vi uma impressora 3D!”. As visitas técnicas permitem aos jovens conhecer de perto uma profissão e dão aos adultos a oportunidade de transmitir valores e conhecimento. É uma troca de experiências rica que amplia a visão de mundo do aluno. Muito além de fazer uma revista, ele está aprendendo a tornar-se um adulto responsável, participativo, criativo, capaz de entender, se posicionar e, no futuro, melhor a sociedade.

“Aqui a gente trabalha muito, em época de fechamento da revista chegamos a sair meia noite. Por isso é importante fazer algo que se tenha paixão, porque apesar de todo trabalho, você vai fazer com gosto e vai fazer bem feito.” Vitor Bernardino, diretor da revista Em Pauta Revista Coletivo Candelária • Novembro de 2015

POR QUE VOCÊ ESCOLHEU FAZER JORNALISMO?

Sempre gostei da área de comunicação. Na época fiquei em dúvida entre Jornalismo, Publicidade e Relações Públicas. Decidi tentar Jornalismo e escolhi Publicidade como segunda opção. Nos primeiros anos, que eram muito teóricos, achei que não gostava do curso. Fiquei com vontade de desistir, mas meu pai me segurou e pediu pra eu ficar até o 3ºano. Como as aulas a partir do 3º ano são mais práticas, comecei a gostar e decidi continuar. Fiz estágio em rádio e amei! Fiquei 1 ano nesse trabalho. Depois fui para uma agência de publicidade e não gostei. Trabalhei em assessoria de imprensa e também não gostei. Mas quando comecei a trabalhar em revista, me encontrei! Em revista temos mais tempo para pesquisar e escrever do que quando se trabalha em um jornal diário, por exemplo. DAS REPORTAGENS QUE VOCÊ JÁ PRODUZIU, QUAL DELAS MAIS TE MARCOU?

Em outra revista que trabalhei fiz um especial sobre o bairro Vila Ema. Gostei muito, descobri um monte de curiosidades que não sabia. Fui pesquisar sobre o surgimento do bairro na Biblioteca Municipal, mas quis montar uma reportagem em que os próprios moradores contassem a história da Vila Ema, não eu. Então conversei com os moradores mais antigos, peguei vários depoimentos, foi bem legal. QUAL É A MELHOR PARTE DE SER JORNALISTA?

O mais legal de ser jornalista é sair à campo, ter contato, contar e conhecer as histórias das pessoas. 11


PARABÉNS CANDELÁRIA!


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