A REVISTA DO FUTEBOL ALTERNATIVO FEV. 2016 e MAR. 2016 -- N. 2
UM TÍTULO ESCONDIDO! COMO SERIAM AS CINCO DIVISÕES DO BRASILEIRÃO, CONFORME PROPOSTA DO BOM SENSO FC
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TEREMOS UM NOVO WENDELL LIRA? Assim que Wendell Lira foi anunciado como vencedor do Prêmio Puskás, fiz um pequeno texto para expressar o que havia sentido com aquela conquista em minha linha do tempo do Facebook. “O Futebol Alternativo venceu. O futebol venceu. É por isso que escrevo sobre futebol. É por isso que fiz meu TCC nesse contexto. É essa a razão de acreditar. A história venceu. O futebol venceu”. Wendell é mais um entre muitos jogadores que sofreram com o desemprego, principalmente no segundo semestre. Ele fez o gol da vida dele pelo Goianésia, acertou com o Tombense, mas ficou quatro meses parados até o anúncio como um dos pré-finalistas do Puskás. O gol foi feito numa noite com estádio de pouco público presente e em um campeonato estadual. Estes que começaram no fim de janeiro novamente lançando a busca frenética pela sorte no esporte. Teremos um novo Wendell Lira? Não dá para afirmar que Davi vencerá Golias novamente, mas o Wendell Lira como
um representante da realidade do futebol nacional, esse sim, infelizmente veremos, com muitos deles desempregados ao fim dos estaduais. Nessa edição, temos um retrato do que poderia acontecer caso uma proposta de calendário do Bom Senso FC fosse aceita e seguida. Cabe frisar que se trata de uma visão, pois em alguns pontos como número de vagas em tais divisões podemos ter uma discordância, mas é uma esperança, sem dúvida. Futebol que também é feito por mulheres. Elas aqui são representadas por Vânia, a entrevistada da Conexão Futebol e, Lázara e Shirley, ex-jogadoras que participaram de um título esquecido por muitos de Maringá, o Campeonato Paranaense de 2000. Ainda tem um papo muito legal com Celso Unzelte, o guia do Campeonato Acreano 2016 e muito mais. Te convidamos para mais uma viagem pelo futebol alternativo. Felipe Augusto Criador e editor da Revista Série Z
EDITOR Felipe Augusto
FOTO de CAPA Acervo Pessoal - Edson Lambari
PROJETO GRÁFICO e DIAGRAMAÇÃO Felipe Augusto
COLABORADORES Anderson Fernandes Borges Kaique Augusto Luis de Sá Perles Rodrigo Silva
REVISÃO Felipe Augusto
E S C A L A Ç Ã O
8 14
22 38
42
26
58
60 76
64 80
8
26
BOLA DE CAPOTÃO
8 ENTREVISTA:
42 SELETO, CAMPEÃO
VÂNIA
APITO INICIAL
14 22
CONEXÃO FUTEBOL
42
PARANAENSE FEMININO
50 O TÍTULO CAPIXABA DE 1988
14 BOM SENSO FC E A
SÉRIE E
54 BANGU E O “INTERCLUBES”
LADO B
POR ONDE ANDA?
22
ONDE ESTÁ O ANDRÉ SANTOS?
CONTEXTO 26 ENTREVISTA: CELSO
UNZELTE
58 60
58 ELENCO DA
CHINA NA COPA DE 2002
CAMISA 12 60 CRÔNICA: QUANDO
JOGUEI EM OMÃ
34 CONMEBOL
62 CRÔNICA: A “SYRIA
26
GUIA
JERSEY”
ALTERNATIVA
64
64
CAMPEONATO ACREANO 2016
62
76 38
2-3-5 38
SELEÇÃO TÁTICA DA COPINHA
80
FUTEBOL UTÓPICO 76
UMA OCL COM 32 EQUIPES
ESQUETE 80
OS IRMÃOS DO 7 A 1
ESPAÇO RESERVADO
Nós tentamos, mas persistiremos. Esse espaço (e tem mais) é para você que quer anunciar conosco. Entre em contato: seriezblog@outlook.com
CONEXÃO FUTEBOL
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Vânia participou das três partidas da seleção no Mundial (Foto: Alex Grimm/Getty Images)
“
FOI DIFÍCIL
”
ESCUTAR O HINO
Em 2011,Vânia disputou sua única Copa do Mundo. Ela foi uma entre as várias brasileiras que se naturalizaram para defender a Guiné Equatorial que estreara no Mundial. Antes disso disputou as eliminatórias africanas e em 2012 foi campeã continental. A meia conta um pouco sobre aquela experiência, o machismo no esporte e suas experiências, incluindo o seu atual clube, o espanhol Santa Teresa
Nós sabemos a sociedade que vivemos. Quando você resolveu que queria ser jogadora de futebol, o que você ouviu? O que seguimos escutando até hoje, ‘vai lavar louça, parece um menino, futebol é para homens etc’. Quem eram meus amigos de verdade me apoiavam e apoiam até hoje. De quando você começou até o momento, o que mudou no futebol feminino? O preconceito diminuiu muito. Tornamos-nos vitrine para sair do Brasil, temos mais apoio fora que dentro do Brasil. Eu vejo e ouço muito sobre algumas mudanças para uma dita adaptação no futebol para mulheres, como medidas
das traves e campos, e o tempo de jogo. O que você pensa sobre isso? Quem realmente deveria pensar sobre? Eu acredito que não deveria ter mudanças sobre o tema. Eles deveriam pensar em dar apoio ao futebol no Brasil, a modalidade que tem uma medalha (olímpica), que o masculino nunca foi capaz de ganhar. Sobre Guiné Equatorial. Como você recebeu o convite? Como foi a preparação para a Copa de 2011? Você participou das Eliminatórias? Um ex-treinador meu, o Marcelo Frigerio, era o técnico e me fez a proposta. Na época jogava na Coreia do Sul. A preparação foi na Alemanha, tivemos total apoio da federação guineana. Não nos faltou nada. A disputa das
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eliminatórias foi dura e difícil em nosso continente, por ter grandes seleções como Nigéria e Camarões. Você chegou a conhecer, realmente, o país? Eu conheço muito bem, sempre que possível entre uma partida e outra, mesmo sendo amistosos estamos em contato com o povo e a cultura da Guiné. Você enfrentou o Brasil naquela Copa. Qual foi a sensação de enfrentar o seu país? Havia muitas brasileiras na equipe, o que vocês falavam antes daquela partida? Foi difícil escutar o hino. Chorei igual criança, mas depois que começa o jogo tudo muda. Éramos muitas brasileiras com cidadania guineana, nós só queríamos fazer um bom jogo, até porque era nosso primeiro mundial. Você teve passagens pelo Brasil, Coreia do Sul e Espanha. Quais as diferenças de culturas futebolísticas, quanto a mulher no esporte? São três países e continentes bem diferentes. No Brasil, o futebol é uma mistura total de habilidade, velocidade e nosso jeitinho brasileiro de jogar. Na Coreia do Sul é velocidade pura, jogo rápido e poucos toques na bola. Na Espanha é bem parecido com o Brasil, mas valorizam mais o toque de bola (tipo Barcelona), claro que depende do time, mas aqui vejo mais um jogo tático.
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V창nia disputa bola com sua compatriota, Cristiane (Foto: Christof KoepselGetty Images)
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INFO CONEXÃO FUTEBOL Vânia Cristina Martins Meia | 35 anos Embu das Artes (SP) 1,70m Clubes: Santos (1997), Portuguesa (1998), São Paulo (1999-2001), UniSant’Anna (2011-2004), Salto (2005), São Caetano (2006), Levante - Espanha (2006/07), Jaguariúna (2007), América -RJ (2007), Sagrada Cena - Espanha (2008), Palmeiras CEUNSP Salto (2008), CF Cáceres - Espanha (2008/09), Corinthians (2009), CF Cáceres - Espanha (2009/10), São Caetano UNIP (2010) Hyundai Steel Red Angels - Coreia do Sul (2011), XV de Piracicaba (2012), Juventus/São Caetano/Drummond (2012), Llanos de Olivenza - Espanha (2013), Centro Olímpico (2013) e Santa Teresa (desde 2014).
“
O que seguimos escutando até hoj parece um menino, futebol é pa 12
O Santa Teresa representa Extremadura na primeira divisão espanhola (Foto: Acervo Pessoal )
je, ‘vai lavar louça, ara homens etc’.
”
Seu atual clube é o Santa Teresa. Há um apoio da cidade, uma concorrência? Vivo em uma cidade até que pequena. Temos apoio da cidade por estarmos na primeira divisão, levar o nome da região (Extremadura) e também, por trazer grandes clubes à cidade que acaba levando o público. Em um contexto geral, acredito que falta mais, mas temos o necessário para seguir acreditando sempre na melhora e nos manter nesta categoria fazendo com que um Barcelona, Atlético de Madrid, Bilbao, Valencia, entre outros clubes de peso e de nome venham a cidade. Atualmente não temos outro time na máxima categoria do futebol feminino aqui, mas em outros anos tinham duas equipes, mas que atualmente jogam a segunda divisão. Depois de jogadora, vcê quer continuar no futebol? Quais os projetos? Ainda não pensei no tema e já está bem próximo disso acontecer. Eu penso em não estar tão envolvida com o futebol quando parar de jogar. Quero me ocupar com outras coisas e outras áreas de trabalho que eu gosto para desconectar. Mas a possibilidade de seguir com futebol e crianças não está descartada.
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APITO INICIAL
POR UM FUTEBOL MAIOR! A Série Z mostra como seriam as cinco divisões nacionais com base nos estudos do Bom Senso FC, publicado em 2014
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M
ais um ano começa e com “ele”, os tradicionais Estaduais, que abrem o calendário do futebol brasileiro. É a chance de muitas equipes conquistarem as poucas vagas para ter um calendário maior. Para os jogadores dos clubes pequenos é a chance de aparecerem e chamarem atenção de um clube divisionado, que tenha jogos por todo ano. Entretanto, não serão todos que terão a chance de continuar jogando futebol no segundo semestre. Alguns estados têm as copas estaduais, mas com formatos que não permitem um calendário adequado. Há também os casos de jogadores que começam na primeira divisão estadual e que terminam o ano nas divisões mais baixas do estado ou o contrário, algo comum, por exemplo, no Paraná. Em 2013, o Cincão (atual Grêmio Araponguense) disputava a Divisão de Acesso e contava com o meia Bruno
Guerreiro e o atacante William Tarta. Após o fim da competição, os dois acertaram com o FC Cascavel para a Terceirona e no início de 2014 jogaram pelo Prudentópolis na primeira divisão. Correram o Paraná para se manterem em atividade! Devido ao cenário, o Bom Senso FC, movimento de jogadores criado para debater mudanças no futebol nacional, publicou em 2014, uma proposta de reformulação do calendário incluindo o aumento de equipes nas séries C e D, e a criação da Série E. A proposta englobava 684 clubes (com as equipes das séries A e B), que seriam divisionados em cinco divisões. As duas primeiras continuariam com 20 clubes, cada. A terceira divisão passaria de 20 equipes para 48. A nova Série D deixaria as 40 equipes para ter 144. A Série E teria 432 equipes. Dessa forma, a Revista Série Z traz um trabalho detalhado de como seriam as cinco divisões – com enfoque para os três últimos escalões – com base no número de clubes que disputaram
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os campeonatos estaduais em 2015 e as classificações nas competições nacionais e estaduais. No ano passado tivemos 624 equipes ativas, divididas em 59 campeonatos estaduais, organizados por 27 federações estaduais. Lembrando que aqui não se consideram o Holanda (Amazonas), Três Passos e Igrejinha (Rio Grande do Sul) que não disputaram uma divisão estadual, apenas as copas locais. Assim, os formatos dos campeonatos ficaram dessa maneira. - Série C: proposta original do Bom Senso FC, com 48 clubes divididos em quatro grupos regionalizados com 12 equipes. A terceira divisão seria composta pelos quatro clubes rebaixados da Série B 2015, os 12 clubes que não subiram ou caíram da Série C 2015 e as 32 melhores equipes da Série D 2015. - Série D: proposta original do Bom Senso FC, com 144 clubes divididos em 12 grupos regionalizados com 12 equipes. A quarta divisão seria composta pelos quatro clubes rebaixados da Série C 2015, os oito piores clubes da Série D 2015 e 132 equipes melhores classificados em seus respectivos estaduais. Como a ideia é democratizar o futebol foi feita uma
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divisão igualitária das vagas restantes. Com base no Ranking Nacional de Federações, os 24 melhores estados ranqueados têm cinco vagas e as três subsequentes com quatro vagas. Como será visto adiante, algumas equipes não disputaram a primeira divisão estadual, mas se classificaram pelo número de vagas, pois em alguns casos equipes rebaixadas teriam vaga (em alguns casos clubes rebaixados foram considerados. - Série E: a proposta original do Bom Senso FC previa que 432 equipes seriam divididas em 36 grupos regionalizados em 12 equipes, porém com base em 2015, 392 clubes restariam com essa reformulação. Para manter as 32 chaves foi preciso algumas adequações, por isso o número de clubes em cada grupo varia entre 10 e 15, o que possibilitou chaves melhor regionalizadas, inclusive dentro de seus estados. O trabalho que iremos mostrar conta com dois grupos com 10 equipes, nove com 11, dez com 12, dois com 13, oito com 14 e um com quinze. Quanto a regionalização que foi feita com base nas mesorregiões de cada estado, o que pode gerar discordância em alguns pontos, devido ao ponto de início da divisão.
C
1 SÉRIE 2 3 4
Rio Branco Nacional Vilhena Remo Santos-AP Palmas Cuiabá Gama Imperatriz Remo ABC América-RN
Fortaleza Botafogo-PB Treze Campinense Salgueiro Central Serra Talhada ASA Coruripe Confiança Estanciano Colo-Colo
Aparecidense CRAC Goianésia Comercial Rio Branco-ES Duque de Caxias Macaé Resende Volta Redonda Boa Esporte Caldense Tombense
Botafogo-SP Guarani Guaratinguetá Mogi Mirim Portuguesa Red Bull Brasil São Caetano Operário-PR Metropolitano Juventude Lajeadense Ypiranga
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1
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D
SÉR
Amax Genus Atlético Acreano Guajará Galvez Ji-Paraná Plácido de Castro Princesa dos Solimões Vasco-AC Penarol Ariquemes Sinop
2
Fast Clube Manaus São Raimundo-AM Atlético Roraima Baré Náutico
Rio Negro-RR São Raimundo-RR Independente Macapá Trem Ypiranga
3
Águia de Marabá Cametá Independente Tucuruí Paragominas Parauapebas São Francisco-PA
Araguaina Gurupi Interporto Paraíso Tocantinópolis Cordino
4
Araioses Moto Club Santa Quitéria São José-MA Caiçara Flamengo-PI
Parnahyba Piauí Picos Guarany de Sobral Tiradentes Quixadá
5
Icasa Guarani de Juazeiro Itapipoca Maranguape Alecrim Baraúnas
Globo Palmeira Potiguar de Mossoró Santa Cruz-RN Atlético Cajazeirense Sousa
6
Auto Esporte CSP Santa Cruz-PB America Atlético Pernambucano Belo Jardim
Pesqueira Porto CSE Ipanema Murici Santa Rita
D
RIE 7
CSA Amadense Itabaiana Lagarto Sergipe Socorrense
Bahia de Feira Galícia Jacuipense Juazeirense Serrano Vitória da Conquista
8
CE Operário Dom Bosco Mixto Poconé Rondonópolis Águia Negra
Corumbaense Costa Rica Ivinhema Naviraiense Itumbiara Trindade
9
Anapolina Anápolis Grêmio Anápolis Brasília Brasiliense Ceilândia
Luziânia Sobradinh Guarani-MG Tricordiano Uberlândia URT
10
Democrata GV Villa Nova Atlético Itapemirim Desportiva Estrela do Norte Linhares
Real Noroeste Bangu Bonsucesso Cabofriense Friburguense Madureira
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Tigres do Brasil Ituano Osasco Audax São Bento São Bernardo XV de Piracicaba
FC Cascavel Foz do Iguaçu JMalucelli Maringá PSTC Rio Branco-PR
12
Atlético Ibirama Brusque Camboriú Guarani-SC Inter de Lages Marcílio Dias
Caxias Cruzeiro-RS Novo Hamburgo Passo Fundo São José-RS Veranópolis
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E
SÉR
1
Alto Acre, Nauás, Andirá, ADESG, Independência, Humaitá (Acre), Nacional Borbense, Iranduba, Rio Negro, Operário (Amazonas) e GAS (Roraima)
2
Tapajós, Gavião Kyikatejê, Castanhal, Bragantino, Izabelense, São Raimundo, Tiradentes, Tuna Luso, Pinheirense, Desportiva Paraense,Vênus e Vila Rica (Pará)
3
Tocantins de Miracema, Guaraí, Alvorada, Cerrado, Colinas, Juventude, Nova Conquista, Ricanato, São José, Sparta e União (Tocantins)
4
Oratório, São José, São Paulo, Santana (Amapá), Balsas, Expressinho, Maranhão, Marilia, Americano, Babaçu e Boa Vontade (Maranhão)
5
4 de Julho, Altos, Oeiras, Timor, Racing, Comercial (Piauí), Barbalha, São Benedito. Iguatu, Crateús e Nova Russas (Ceará)
6
Horizonte, Uniclinic, Maracanã, Ferroviário, América, Aliança, Calouros do Ar, Floresta, Pacatuba, União e Verdes Mares (Ceará)
7
Limoeiro, Itapajé, Alto Santo, Campo Grande, Juazeiro (Ceará), Coríntians, Força e Luz, Assu, Santa Cruz de Natal, Atlético Potengi e Mossoró (Rio Grande do Norte)
8
Lucena, Miramar, Cruzeiro, Desportiva Guarabira, Esporte, Femar, Internacional, Nacional de Patos, Nacional de Pombal, Paraíba, Picuiense, Sabugy, Serrano e Sport Campina (Paraíba)
9
Vera Cruz,Ypiranga, Timbaúba, Olinda, Íbis, Afogados, Petrolina, Flamengo, Serrano,Vitória das Tabocas e Araripina (Pernambuco)
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Barreiros, Ipojuca (Pernambuco), CEO, Sport Atalaia, Penedense, São Domingos, Sete de Setembro (Alagoas), América, Canindé e Propriá (Sergipe)
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Boca Júnior, Boquinhense, Coritiba, Olímpico, Sete de Junho, Independente, Dorense, Maruinense, Aracaju, Aquidabã e Guarany (Sergipe)
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Jacobina, Feirense, Catuense, Atlético, Botafogo, Flamengo, Fluminense de Feira, Grapiúna, Itabuna, Jequié, Juazeiro e Ypiranga (Bahia)
13
Cacerense, União Rondonópolis, Operário Ltda, Araguaia, Juara, Ação (Mato Grosso), Goiânia, Monte Cristo, Iporá, Aparecida (Goiás), Formosa, Botafogo, Planaltina-GO (Distrito Federal)
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América, Caldas Novas, Itaberaí, Novo Horizonte, Quirinópolis, Rio Verde, Santa Helena, Assev, Bom Jesus, Caldas, Ceres, Inhumas, Morrinhos e Umuarama (Goiás)
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Paracatu, Cruzeiro, Santa Maria, Ceilandense, Taguatinga, Bolamense, Brazlândia, Capital, CFZ, Dom Pedro, Guará, Legião, Paranoá e Planaltina (Distrito Federal)
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SER Chapadão, Novoperário, Misto, Sete de Dourados, Ubiratan, CENE, Itaporã, Operário, Aquidauanense, Maracaju, Campo Grande, Pantanal, Pontaporanense e URSO Mundo Novo (Mato Grosso do Sul)
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E
RIE 17
Mamoré, CAP Uberlândia, Patrocinense, Araxá, Figueirense, Guaxupé, Coimbra, Uberaba, Nacional de Uberaba, Formiga, Ituiutabano e Siderúrgica (Minas Gerais)
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São Mateus, Sport, Castelo,Vitória, Espírito Santo, Doze, Tupy, GEL, Esse e Vilavelhense (Espírito Santo)
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America, Barcelona, Barra da Tijuca, Ceres, Gonçalense, Olaria, Portuguesa, São Cristovão, São Gonçalo FC, Futuro Bem Próximo, Juventus e São Gonçalo EC (Rio de Janeiro)
23
São José, São José dos Campos, Taubaté, Manthiqueira, Guarulhos, Flamengo, ECUS, União Suzano, Portuguesa Santista, Jabaquara, EC São Bernardo, Santo André, Água Santa, Diadema e Grêmio Mauaense (São Paulo)
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Palmeirinha, Rio Branco, Capivariano, Rio Claro, Velo Clube, Independente, Inter de Limeira, Desportivo Brasil, Lemense, Ferroviária, Matonense, São Carlos, Comercial e Olé Brasil (São Paulo)
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Noroeste, Bandeirante, Penapolense, Lemense, Grêmio Prudente, Marília, Tupã, Assisense, VOCEM, Santacruzense, Elosport, Inter de Bebedouro, Fernandópolis e Osvaldo Cruz (São Paulo)
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Batel, Francisco Beltrão, Pato Branco (Paraná), Operário de Mafra, Concórdia, Juventus Jaraguá, Porto, Barra, Caçador, Fluminense, Jaraguá e NEC Litoral (Santa Catarina)
31
União Frederiquense, Santo Ângelo, São Luiz, Panambi, Tupi, Gaúcho, Marau, Palmeirense, Sapucaiense, Inter de Santa Maria, Riograndense, Santa Cruz e Avenida (Rio Grande do Sul)
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Montes Claros, Minas Boca, Social, Ipatinga, Nacional AC, América-TO, Arsenal, Betinense, Democrata-SL, Novo Esporte, União Luziense, Ponte Nova e Valério (Minas Gerais)
20
Americano, Goytacaz, São João da Barra, Campos, Sampaio Corrêa, Arraial do Cabo, Búzios, Esprof, Rubro Social, São Pedro e Boavista (Rio de Janeiro)
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Angra dos Reis, Audax Rio, Mangaratibense, Queimados, Artsul, Belford Roxo, Duquecaxiense, Heliópolis, Itaboraí, Nova Cidade, Barra Mansa e Nova Iguaçu (Rio de Janeiro)
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Atlético Sorocaba, Paulista, Atibaia, União Barbarense, Primavera, Amparo, Itapirense, Cotia, Grêmio Barueri, Grêmio Osasco, Juventus, Nacional, Barcelona e Taboão da Serra (São Paulo)
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Batatais, Monte Azul, Barretos, Francana, Catanduvense, Mirassol, Novorizontino, Sertãozinho, Rio Preto, América, Votuporanguense, Tanabi, Olímpia e José Bonifácio (São Paulo)
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Nacional, Prudentópolis, Andraus, Cianorte, Grêmio Aponguense, Paranavaí, Portuguesa Londrinense, Toledo, Cambé, Cascavel CR, Grêmio Maringá e Colorado (Paraná)
30
Atlético Tubarão, Blumenau, Hercílio Luz, Juventus Seara, Curitibanos, Maga, Santa Catarina (Santa Catarina), Nova Prata, Esportivo, Glória, Brasil de Farroupilha e Garibaldi (Rio Grande do Sul)
32
Aimoré, São Paulo, Guarani de Venâncio Aires, Pelotas, São Gabriel, Rio Grande, 14 de julho, Bagé, Barra, Farroupilha de Pelotas, Guarany de Bagé e Sapucaiense (Rio Grande do Sul)
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LADO B
DE REPENTE,
SUÍÇA! Jogador com passagem pela seleção brasileira, suíços que fizeram parte da volta da seleção nacional a Copa de 2006, ídolos do Fenerbahçe, italiano que já foi cotado em grandes clubes europeus, um uruguaio veterano... São várias as características que marcaram nove jogadores que depois de anos de sucesso, com participação em grandes competições ou que surgiram como “promessa”, que hoje se encontram na Challenge League e na 1. Liga Promotion, ou melhor, a segunda e terceira divisão do futebol da Suíça
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André Santos – Wil 1900 O lateral dispensa apresentações. Passagens por Corinthians, Fenerbahçe, Arsenal, Grêmio, Flamengo e seleção brasileira. Tudo isso mudou a partir do final de 2014, quando desbravou a Índia, para jogar pelo Goa. No começo de 2015 atuou pelo Botafogo de Ribeirão Preto e depois acertou com o Wil 1900.
(Foto: Site Wil 1900)
Selçuk Şahin – Wil 1900 Realmente, o volante turco não é o mais famoso para os brasileiros, mas Şahin marcou época no Fenerbahçe. Foram mais de 300 jogos pela equipe, onde jogou ao lado de vários brasileiros.
(Foto: Divulgação)
(Foto: Site Wil 1900)
Mert Nobre – Wil 1900 Em 2003, o atacante era quase um “12º jogador” do Cruzeiro, campeão nacional. No ano seguinte começava sua história na Turquia, onde teve boa passagem pelo Fenerbahçe e melhor ainda pelo Besiktas. Após os dois clubes, foram quatro temporadas por duas equipes menores até acertar com o clube suíço.
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Xavier Margairaz – Lausanne-Sport Margairaz é outro que teve seu ápice na Copa do Mundo 2006, o que o levou para a sua única experiência fora do país, para jogar pelo Osasuna. Antes do Basel se tornar o terror dos ingleses, o Zurich aprontou para cima do Milan, com uma vitória por 1 a 0, no San Siro, pela Liga dos Campeões e o meia fez parte daquela partida.
(Foto: Getty Images)
Walter Pandiani – Lausanne-Sport Apesar de ter sido poucas vezes convocado para a seleção uruguaia, Pandiani por muito tempo foi respeitado na Espanha, onde praticamente fez sua carreira, com destaque para as passagens por La Coruña, Mallorca, Espanyol e Osasuna.
(Foto: AP)
(Foto: Alex Livesey/ Getty Images)
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Andrea Dossena – Chiasso O lateral teve duas temporadas espetaculares pela Udinese e logo despertou o interesse de grandes clubes. O Liverpool foi o escolhido onde não conseguiu repetir as atuações do Calcio, mesmo sendo convocado para a Copa das Confederações 2009. Fez três temporadas no Napoli e declinou. Na temporada passada estava no Leyton Orient, que foi rebaixado para a quarta divisão inglesa. Nessa temporada, acertou com o Chiasso.
Daniel Gygax – Le Mont Nem mesmo fazer parte da ascensão da seleção suíça no meio da década passada fez Gygax estar em um clube da primeira divisão nacional. Com passagens por Lille e Nurnberg, o meia teve seu ápice nas disputadas da Euro 2004 e 2008 e na Copa de 2006. (Foto: Reto Oeschger/Bild)
Wellington Júnior – FC Köniz Wellington é mais uma daquelas promessas dos grandes cariocas que não cumpriu as expectativas e passou a ser emprestado aos pequenos fluminenses: Duque de Caxias, Madureira e Bangu. Na Suíça, o Köniz, da terceira divisão, é o seu terceiro clube em três temporadas. O meia/lateral fez parte do elenco sub-20, vice-campeão mundial em 2009, tendo inclusive entrado durante a final no lugar de Douglas, esse mesmo, que “atua” pelo Barcelona.
(Foto: Getty Images)
(Foto: Divulgação)
Johan Vonlanthen – Servette Uma das histórias mais legais de volta por cima, mesmo estando na terceira divisão. Johan é o mais novo a marcar um gol em Euro, lá em 2004. Oito anos depois, ele se aposentou pelas inúmeras lesões que sofreu. Parou de jogar, quando atuava pelo Itagui, da Colômbia! Ele é colombiano de nascimento. Voltou a jogar em 2013, mas nunca por uma equipe forte suíça.
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CONTEXTO
CELSO UNZELTE
E O FUTEBOL
Celso Unzelte é jornalista, professor, pesquisador e escritor. Na veia, o futebol é foco e paixão daquilo que fala. Marcou época na ESPN Brasil, por inúmeros trabalhos, mas principalmente pelo Loucos por Futebol, ao lado de PVC e Marcelo Duarte. O programa deixou de ir ao ar na TV fechada, porém o Youtube é a nova casa do trio. Celso é referência para muitos que pesquisam cientificamente nas faculdades de Comunicação, ainda mais no Jornalismo, área em que é professor, também. Batemos um papo com o jornalista sobre o Tresloucados, jornalismo esportivo, o futebol na faculdade e futebol alternativo
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Vamos começar pelo jornalismo e sua prática. O Loucos por Futebol representou muito para aqueles que gostam do outro lado do futebol. Para você, o programa servia como uma espécie de fuga do “futebol midiático”, que permeia o cotidiano de quem gosta do esporte? Sem dúvida nenhuma que sim, era uma fuga do futebol midiático que busco desde que comecei a trabalhar como jornalista. Logo percebi que gente pra ficar atrás do gol, pra comentar resultado, pra fazer análise tática não faltava. Eu precisava, portanto, me diferenciar, de preferência fazendo aquilo que eu mais gosto. E quem acompanha meu trabalho
sabe que tenho muito mais prazer em falar do chamado lado B do futebol, do aspecto histórico, curioso e cultural que o permeia, do que propriamente comentar sobre a próxima partida ou sobre o jogo que aconteceu na última rodada. Infelizmente, no entanto, a demanda, tanto do mercado quanto do público em termos de quantidade, é mesmo mais voltado para esse cotidiano do futebol midiático. O jornalismo esportivo ainda é visto com certo preconceito por outras áreas da profissão? Dessa maneira, mídias alternativas, quanto ao alcance, podem ser uma forma de mudar essa visão,
(Foto: Faculdade Cásper Líbero)
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“
Meu sonho, como bom “tarado” por isso que eu sou, é que um dia esse lado alternativo seja a regra, não a exceção, mas concordo que, com isso, talvez perdesse muito da graça que tem hoje.
Celso cantando mais um hino, dos inúmeros que conhece (Foto: ESPN Brasil)
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”
ao demonstrar o futebol e todas suas vertentes? Sim, infelizmente o esporte ainda é visto como coisa pra jornalista burro, inclusive e principalmente entre nós, jornalistas, esportivos ou não. E eu acho que isso tende a se agravar, na medida em que a TV a cabo vem procurando imitar o modelo de blábláblá da TV aberta em busca de mais audiência e os veículos impressos vêm fazendo um jornalismo esportivo cada vez mais simplificado, como se não botasse a mínima fé na inteligência de quem lê sobre esporte. Já as mídias alternativas procuram suprir essa falta de conteúdo de qualidade, mas infelizmente ainda lhes falta alcance suficiente para mudar essa visão. O Tresloucados para você, o que significa? Qual a intenção da volta do trio? Significa, antes de tudo, uma tentativa de alcançar o que você propôs na questão anterior: continuar mostrando o futebol em vertentes diferentes do que se faz no dia a dia. Nossa intenção, minha, do PVC e do Marcelo Duarte, é mostrar que, se um programa como o “Loucos por Futebol”, agora rebatizado como “Tresloucados”, não tem espaço
na mídia tradicional, pode ter em outros meios. Nós pensamos: “OK, então vamos cantar em outra freguesia” (no meu caso, que canto os hinos dos clubes, esse “cantar”significa cantar, literalmente...). Vamos nos reinventar, com a vantagem que, me parece, é aí que está o futuro. Está fazendo cada vez menos sentido para uma pessoa ficar esperando um determinado programa passar em um determinado dia e em um determinado horário, como ainda obrigam as redes de TV, se ela pode ter acesso a esse conteúdo quando quiser. Por exemplo: no tempo do Loucos, quando eu cantava o hino do time aniversariante da semana, a pessoa tinha que dar um jeito de conseguir a gravação do programa inteiro, procurar o trecho que lhe interessava, editar e, só depois de tudo isso, colocar na internet (basta dar um find no Youtube com meu sobrenome, “Unzelte”, e ver quantos torcedores de quantos clubes diferentes já tiveram que fazer isso). Agora o vídeo já vem pronto, em pílulas, com opções de compartilhar pela rede social que a pessoa quiser. Pra um cara como eu, de 48 anos, a serem completados em fevereiro, isso é maravilhoso, parece coisa de filme de ficção científica (risos).
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Não só na prática, mas na academia, o futebol ainda é visto com estranheza por muitos. Qual o tamanho da lacuna que o futebol ainda pode preencher nas pesquisas científicas? De fato, na academia o esporte, especialmente o futebol, ainda é visto como um patinho feio. Mas devagar vamos conseguindo preencher essa lacuna, que é enorme. Há muito o que estudar, principalmente nos campos da Comunicação e da História, que são os meus preferidos. Mas também em outras áreas, sobre as quais não tenho o mínimo domínio, como Educação Física, por exemplo. Só sei que o caminho para convencer o meio acadêmico de que quem opta por um tema ligado ao esporte não está atrás de facilidade, de sombra e água fresca, é um só: trabalhar com seriedade, com a mesma seriedade exigida por qualquer outro tema. Nesse sentido, o pessoal do Ludens, o Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas sobre Futebol e Modalidades Lúdicas, da Universidade de São Paulo, tem dado vários passos à frente.
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O Celso Unzelte, professor de Jornalismo, utiliza o esporte para os mais variados exemplos dentro da sala de aula? Procuro sempre utilizar, até porque a maior parte da minha experiência como jornalista é ligada à área esportiva. Então, é natural que boa parte dos exemplos que dou, dos “causos” que conto e mesmo dos textos analisados em aula estejam de alguma forma ligados ao esporte. Tenho, porém, a preocupação primeira de não dar aulas sobre jornalismo esportivo, mas, sim, de jornalismo de um modo geral, que aliás é o teor da minha disciplina. Falo basicamente de quatro coisas que qualquer jornalista, esportivo ou não, deve conhecer: pauta, apuração, redação e edição. O esporte, nesse contexto, é um meio, lúdico para os que gostam do assunto. Nunca um fim em si. O que o futebol, dentro da faculdade de Comunicação, pode contribuir para as outras áreas? Apesar da resistência de muita gente do meio acadêmico que diz que deteeeeeeesta futebol (assim mesmo,
Alguns livros de Celso Unzelte
Celso Unzelte e organizado por Magaly Prado Jornalismo Esportivo: Relatos de uma Paixão (v. 4, 2009)
Celso Unzelte e Odir Cunha O Grande Jogo (2009)
Celso Unzelte O Livro de Ouro do Futebol (2002)
Vampeta em depoimento a Celso Unzelte Vampeta: Memórias do Velho Vamp Sem Cortes (2012)
com a afetação de várias letras “e”), só um ignorante, no sentido de ignorar, além de preconceituoso não enxerga o quanto ele está inserido na vida cotidiana do brasileiro. Futebol é antes de tudo linguagem, que, assim como aproxima o dono e o office-boy da empresa, pode também aproximar o aluno da mensagem que o professor quer transmitir. É um ótimo meio,muito eficaz, para se passar ideias. No seu livro, Jornalismo Esportivo, tem uma citação sua que acredito que muitos se incomodam quando isso ocorre. “Mas o jornalista esportivo sabe muito bem, por exemplo, que tem de chamar o time Anapolina […], de “a” Anapolina, por conta da razão social do clube (Associação Atlética Anapolina), e não de “o” Anapolina, como faz eventualmente os jornalistas de outras áreas quando têm de citar o nome desse clube em seus textos. Pode parecer apenas um detalhe, mas conta muito para um leitor tão específico. Ainda mais se ele morar na cidade de Anápolis ou for torcedor da própria Anapolina”. Você continua vendo erros que para muito podem parecer banais? Infelizmente continuo vendo esse tipo de erro, sim. Nós mesmos, na televisão, cansamos de dizer coisas como “essa mensagem é do fulano de tal, que é láááá de Manaus”. Ora, televisão não tem (ou não deveria ter) nem lá nem aqui. Ou, então, no caso do esporte, expressões como “Botafogo do Rio” ou “Inter de Porto Alegre”. O Botafogo e o Inter não precisam de apresentações, quem precisa são os
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outros Botafogos e Inters. Além disso, colegas conceituados de outras áreas tidas como mais importantes vivem cometendo erros quando vão falar de esporte, por puro desinteresse em tratar o assunto com o cuidado que tratariam qualquer outro. Não tivemos há algum tempo o caso de um jornalista experientíssimo que pensou ter entrevistado o então técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, dentro de um avião, quando na verdade estava conversando com um sósia do Felipão? Ainda sobre o livro, você cita que o esporte é um guarda-chuva que permite muitas “subespecializações”. Você considera o Tresloucados uma especialização em futebol alternativo? Aliás, esse termo é algo que você já ouviu, se interessa? O PVC sempre dizia, desde os tempos do Loucos, que nós falávamos com “um pedacinho de gente”, talvez em comparação com outros trabalhos que ele realize, como transmissões de jogos ao vivo, por exemplo. Sim, eu considero as propostas do Loucos por Futebol, e agora do Tresloucados, como uma especialização. O termo futebol alternativo, no entanto, me deixa inquieto. É como se fosse proibido, um dia, crescer, deixar de ser alternativo. Meu sonho, como bom “tarado” por isso que eu sou, é que um dia esse lado alternativo seja a regra, não a exceção, mas concordo que, com isso, talvez perdesse muito da graça que tem hoje.
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Desde outubro de 2015, Unzelte, ao lado de PVC e Marcelo Duarte est達o na nova vers達o do Loucos por Futebol, o Tresloucados (Foto: Reprodu巽達o)
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CONTEXTO
A CONMEBOL ALTERNATIVA
Um conselho que gerencia dez seleções não reconhecidas pela FIFA, com determinadas especificidades, incluindo Fernando de Noronha e Roraima
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queles que acompanham futebol sabem: a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) é a instituição que gerencia o futebol sul-americano. Organiza a Copa Libertadores, Copa Sul-Americana, Copa América, Eliminatórias e as competições de base. Mas outra confederação de futebol surgiu no continente: o CSANF. O CSANF, ou melhor, o Conselho Sul-Americano de Novas Federações é o órgão que gerencia as seleções alternativas da América do Sul. Fundada em 25 de maio de 2007, o conselho tem como propósito a reunião de territórios, povos, comunidades e minorias sul-americanas não reconhecidas ou “excluídas”. A confederação é a primeira de nível continental a ser filiada a NFBoard (Conselho de seleções nãoFIFA). O lema da instituição é “Todos devem jogar!”. O objetivo principal é a promoção da imagem e integração social entre os povos afastados, através do futebol. A missão é promover
competições entre os filiados, participação em competições da NFBoard, aproximação com associações mundiais (FIFA, ONU, COI e UNPO). O CSANF reúne vários critérios para a filiação de seleções, divididos em dois aspectos: membros afiliados e membros especiais. Os afiliados são caracterizados por ter uma federação autônoma, membro ou candidato a membro da Associação Internacional dos Jogos das Ilhas; federações não filiadas a FIFA e que não disputam as competições da entidade e território, comunidade ou nação filiada a outros esportes ou com bandeira e hino próprio. Os especiais são as minorias étnicas com forte presença cultural vivendo em outro país e pequenas comunidades com intenção de compartilhar “laços” esportivos, sociais e culturais com outros membros. Atualmente, o conselho tem dez filiados, sendo seis afiliados e quatro especiais. Os membros afiliados são o Arquipélago de Juan Fernández (ilha situada no oceano Pacífico, pertencente ao Chile), Aymará (povo aborígine residente no ocidente boliviano e
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norte chileno), Mapuche (povo nativo sul-americano, residente no sul do Chile e sudoeste da Argentina), Mbya Guaraní (subgrupo do povo guarani encontrados no Paraguai e Argentina), Fernando de Noronha (arquipélago pertencente ao estado do Pernambuco) e Estado de Roraima (filiada a por meio da Federação de Futebol Amador do Estado de Roraima – FEFAER). A Ilha de Páscoa (ilha pertencente ao Chile, localizada na Polinésia), Comunidade Armênia (povo residente na Argentina), República Glaciar (micronação situada nas geleiras chilenas) e Esperanto (idioma artificial falado em vários locais, como na Argentina) são os membros especiais. Duas seleções são brasileiras, mas segundo Thiago Fernandes Monteiro, representante geral do CSANF no Brasil, o número pode crescer. “Existem mais lugares que têm condições de ter uma seleção, mas que ainda não nos conhecem. O contato inicialmente é feito por nós”. O representante cita que o foco não é bater de frente com as organizações ligadas a FIFA, mas
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funcionar como uma espécie de ONG, com o intuito de ajudar os povos e territórios a aparecerem usando o futebol como meio. “Isso não impede que essas equipes se tornem uma seleção FIFA. Nós temos os nossos objetivos e o que acontecer é consequência. O CSANF é uma espécie de sala de espera para que essas regiões futuramente tenham condições de se filiar a Conmebol. Nada impede isso e é um objetivo muito grande para nós”, conta Thiago. Por enquanto, o CSANF organizou apenas um campeonato próprio, a Copa CSANF 2011, vencida por Juan Fernández. A final foi contra Aymará, empate por 1 a 1 no tempo regulamentar e vitória nos pênaltis por 5 a 4. A última partida chancelada pela entidade foi o confronto entre Esperanto e Comunidade Armênia, em 2014, com vitória dos armênios por 8 a 3. A expectativa é crescer, colocando em evidência o futebol e povos juntos para mostrar o quão importante é essa união.
SELEÇÕES FILIADAS 1. Roraima 2. Fernando de Noronha 3. Aymará 4. Mbya Guaraní 5. Ilha de Páscoa 6. Esperanto 7. Arquipélago de Juan Fernández 8. Comunidade Armênia 9. Mapuche 10 República Glaciar
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SELEÇÃO Ç TÁTICA da
COPA SP Muitas partidas, muitos jogadores. A Série Z traz 11 destaques individuais de clubes alternativos para montar o nosso esquadrão
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Copa São Paulo de Futebol Junior é a oportunidade de ver times que dificilmente veremos novamente no decorrer do ano com transmissões televisivas. A edição 2016 contou com 112 equipes, um formato questionável e inúmeros jogadores dos mais variados lugares do Brasil, e também do Haiti, do Pérolas Negras, principal novidade desta Copinha. Na maioria das vezes, principalmente nas primeiras fases, a luta é de um clube pequeno contra o grande. A viagem longa contra a boa estrutura! Porém, a vontade desses jogadores de mostrar o seu futebol é que sobressai em muitos momentos, o que faz se destacarem em meio as retrancas dos times que se cansam rápido. Tal retranca que geralmente beneficia a visibilidade dos defensores, que optam pelas bolas longas e
pelo alto, que passam por cima dos (possíveis talentosos) meias, que tanto procuramos atualmente. Assim mesmo foi possível olhar bons jogadores no campo ofensivo, principalmente, aqueles que jogam pelo lado do campo: rápidos, ariscos e habilidosos. Dessa forma, separamos 11 jogadores que foram destaque, ao nosso ver, para montar a seleção tática da Copa São Paulo, mas apenas com jogadores de clubes alternativos. Obviamente, que foi feito um recorte das partidas, pois seria impossível e inviável assisti-las. Por isso, os jogadores listados são de clubes que tiveram transmissão da Rede Vida, exceto o camisa 9 da “nossa seleção”, pois demos uma moral para o artilheiro dos clubes pequenos na Copinha. O esquema escolhido é o moderno 4-1-41! Nossa seleção ficou (bem) ofensiva, mas com jogadores de características que se complementam (pelo menos para o que pensa o autor desse texto).
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Nossa escalação No gol, o escolhido é Caio, goleiro do Guaicurus, que teve boa participação no jogo contra o Vasco, com grandes defesas. A equipe não garantiu vaga na segunda fase, mas o arqueiro foi peça importante durante a campanha. A zaga é formada pelos titulares do bom time do Mirassol, Mica e Matheus Camargo. O primeiro, firme na marcação, mesmo com o erro na última partida da equipe, enquanto que Matheus Camargo se destaca pelo jogo aéreo, seja na defesa e no ataque, onde fez um gol. A equipe tem mais um Caio, lateral direito do Tanabi, muito ofensivo e com apenas 16 anos se destacou pelos lados do campo, aparecendo como elemento surpresa. Do outro lado, mais um Matheus, dessa vez, o lateral esquerdo do Estanciano, que é o contraponto do ala paulista, pois se destacou pela força física, marcação e raça. A frente da zaga, Pedrinho, meiocampo e capitão do Confiança. Típico volante moderno: bom marcador e ótimo passador. O sergipano foi o ponto de equilíbrio da equipe e estava por todas as partes do campo. É um
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bom nome para acompanhar durante o ano, para ver se será aproveitado na Copa do Nordeste e Série C. Renato Recife, do Desportivo Aliança (AL), e Luis Oyama, do Mirassol, comandam a condução da equipe, já que nenhum dos dois é armador de fato. Recife é mais ofensivo e se destacou pelo drible, com seus cortes para dentro da zaga adversária, os bons passes e por recompor o sistema defensivo. Oyama é voluntarioso, bom condutor de bola e habilidoso, responsável direto por levar a bola da defesa para o ataque. Abertos nas pontas, Marabá, do Estanciano e Douglas, do Tanabi. O atacante da equipe sergipana assombrou a zaga do Palmeiras pelo lado direito, com muita velocidade e resistência, o que é o contrário de Douglas, que atua um pouco mais recuado e próximo ao atacante, mas sempre pelo lado esquerdo onde se destacou pelos dribles objetivos, em direção ao gol. Entre os clubes alternativos ninguém fez mais gols que Pablo, atacante do Audax, que anotou sete tentos. Número que foi possível graças aos quatro gols na estreia da equipe contra o Tiradentes (PI). Por isso, ele é o camisa 9 da nossa seleção tática.
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BOLA DE CAPOTÃO
A MULHER, A GARRA E O FUTEBOL Escondido de muitos, um título de enorme importância: quando Maringá teve a melhor equipe de futebol feminino do Paraná
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erta vez, perambulei pela internet em busca de uma pauta para o blog da Série Z. Entre tantos sites, a Wikipédia é uma boa pedida para encontrar algo aleatório e escondido. Passando pelas informações das competições paranaenses eis que encontrei a página do Estadual de Futebol Feminino. Qual foi a minha surpresa ao ver que a cidade onde nasci e vivo (apesar de morar em um distrito dela, Floriano), Maringá, já teve um campeão da modalidade. Está lá na lista: “Grêmio Maringá | 2000”. A partir daí fui em busca de mais detalhes da conquista, porém não encontrei rastro algum, nem texto, imagem e muito menos, vídeo. Só havia mesmo aquela tabela com o ano e o nome da equipe maringaense. Toda essa falta de visibilidade ainda perturba Lázara, a centroavante daquela equipe. “O sentimento é de tristeza e descaso. Um título tão importante deveria ser mais bem visto. Não jogávamos por dinheiro, mas por amor. Representamos Maringá. Parece que não tem valor nenhum. Um título desse não é qualquer um que ganha”, afirma. Quem também atuava pela equipe era Shirley, zagueira, que não
“economizava” pelo bem do time. “Meu salário ia tudo. Eu era tão apaixonada que não me importava de deixar de comprar um tênis novo para ajudar nas despesas que tínhamos. Ainda bem que paixão acaba (risos)”, conta. Em 2000, o Campeonato Paranaense Feminino era forte e contava com um bom número de equipes. Antes disso, em 1996, Edson Lambari fundou em Maringá, o Seleto, clube de futebol e futsal, uma equipe formada como associação para que não precisasse se juntar com outra para a disputa dos campeonatos, mas em 2000 não teve jeito. A federação local exigia que as equipes fossem federadas e possuíssem um alvará para disputar as competições da entidade. Sem dinheiro, Lambari foi até o presidente do Grêmio Maringá, na época, Zinho Falleiro, para ver a possibilidade de ajuda. O que foi feito por parte da equipe alvinegra foi a doação de 100 uniformes para que pudesse ser vendida pelas jogadoras, para assim ajudá-las no campeonato. Em campo, o uniforme foi o amarelo e branco, cores do Seleto, mas o nome utilizado era do Grêmio Maringá. As jogadoras do Seleto e Lambari, que também era o treinador da equipe, dessa forma puderam disputar o Paranaense de 2000.
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Em conversa, Lambari não se recorda exatamente as equipes e o formato da competição, mas há alguns detalhes. A primeira fase da competição foi disputada em turno e returno e a final foi em dois jogos. Grêmio Maringá/Seleto, União Ahú, Novo Mundo, Vila Áurea, Colombo, São José (dos Pinhais), São Paulo (Curitiba), Foz do Iguaçu, Londrina e América (Ponta Grossa) eram algumas da equipe que participaram do certame que ocorreu no final do ano. “O Campeonato Paranaense era bom. Depois foi caindo, as federações não apoiam da maneira que deveriam. Digo de estrutura, mas eles não acatam as (nossas) ideias, acreditam naquilo que querem”, cita Edson Lambari. Apesar de não ter a lembrança exata, Lambari comenta que a equipe, obviamente, conquistou mais vitórias. “Naquele ano, nós ‘batemos’ em todo mundo. Foi bonito. Porque para chegar lá não tinha como perder, havia muitas potências e nós fomos e ganhamos delas”, ressalta. Na época, jornais de Curitiba e Maringá fizeram várias matérias, inclusive a RPC, afiliada da Rede Globo, cobriu a final da edição. Lázara trabalhava na Secretaria de Esportes de Cianorte, cidade que ainda reside, e aos finais de semana, de
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sexta-feira a domingo, ia para Maringá treinar e jogar. Durante a preparação, a equipe chegou a fazer um “jogo-treino” contra um time formado por feirantes da cidade. “Éramos um time amador. Ninguém ganhava nada. Jogamos contra equipes profissionais, que viviam disso. Perdemos jogadoras durante o campeonato. Não tínhamos patrocínio”. Os jogos da equipe como mandante até a final da competição foram disputados no Estádio Willie Davids, mas as lembranças das melhores histórias vêm das partidas que eram foram da cidade do noroeste do estado. Para aproveitar as viagens, as equipes chegavam a fazer dois jogos em dois dias. Edson Lambari lembra um caso específico. “Jogamos lá em Curitiba e depois voltávamos a noite para jogar no outro dia e aproveitar a viagem. Lembro que a gente foi enfrentar o União Ahú (em Curitiba), nós perdemos o jogo e ganhamos do América em Ponta Grossa (no outro dia)”. Tudo isso após percorrer 177 quilômetros de ônibus. As histórias não param por aí, como a de Shirley, digna de cenas lamentáveis, quando foi expulsa em um jogo em Foz do Iguaçu. “Nocauteei uma atleta do Foz com um soco no olho. Ela caiu no centro do campo e
Shirley com a camisa aurinegra do Seleto, uniforme que vestia com muito orgulho (Foto: Acervo Pessoal)
Eu era tão apaixonada que não me importava de deixar de comprar um tênis novo para ajudar nas despesas que tínhamos.
“
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A parceria entre Seleto e Grêmio Maringá durou apenas uma temporada, mas com título
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“
Naquele ano, nós ‘batemos’ em todo mundo. Foi bonito. Porque para chegar lá não tinha como perder, havia muitas potências e nós fomos e ganhamos delas.
Da beira do gramado, Lambari era o comandante da equipe (Foto: Kaique Augusto)
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não levantou mais. Depois no jogo de volta, o Lambari fez eu colocar o uniforme e ficar aquecendo. Ela achou que eu iria jogar, tirou o uniforme e sumiu para a arquibancada. Quando começou o jogo, tirei o uniforme e fui pra arquibancada bem perto dela. Deve me xingar até hoje”. Depois de todas as histórias, dificuldades fora de campo e as vitórias dentro no gramado, o Seleto/ Grêmio Maringá chegou a final contra o São Paulo (ou São Paulinho, como também era chamado). Ao invés de jogar a partida como mandante em Maringá, o time mandou a partida em Lunardelli, pois a cidade contava com algumas jogadoras na equipe e o apoio local foi importante. As finais foram tranquilas. Na primeira partida, 5 a 1 “em casa”. O título estava próximo, bastava confirmá-lo no jogo de volta em Curitiba, mas um drama foi vivido pela equipe na ida para a capital. A história tem tantos detalhes, que é impossível descartar alguma fala. “Nós jogamos em Lunardelli, daí nós voltamos para Maringá, para treinar durante a semana, até sábado. Nós fomos para Curitiba no domingo (dia da final) de manhã. Como a gente ia para Curitiba, nós tínhamos que passar e pegar as meninas em Lunardelli, antes
de ir para a capital. Chegando em São João (antes do destino), o motorista chegou e disse que o ônibus tinha quebrado e o jogo era às 15 horas. Daí foi ‘liga, liga, liga’. Dali, umas 8 horas da manhã, peguei uma carona e parti para Lunardelli para falar com o prefeito da cidade. Cheguei lá, o acordamos e explicamos o que aconteceu. O prefeito então correu atrás de um ônibus, que era de muambeiros, que tinha apenas 15 poltronas. Passamos em uma frutaria, compramos laranja e banana e o ônibus ‘ó’! Eu não sei como aquele cara (motorista) andou, porque não foi brincadeira. Conseguimos chegar. Nós estacionamos dentro do (estádio do) São Paulinho e o pessoal se trocando dentro do ônibus. Desceu assim! Parecia que estávamos saindo de dentro do vestiário”. Em tempo para a decisão, o time tinha outra preocupação. Um grande desfalque: goleira! Cristina, atacante da equipe, teve que assumir a meta, com direito a lamaçal na área. Tomou três gols, mas as mulheres do Seleto fizeram cinco e confirmaram o título. No agregado, sonoros 10 x 4. A diretoria do São Paulo armava um churrasco pós-jogo e ambas as equipes se uniram para comemorar o título maringaense. “Foi algo inesquecível.
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Todo sacrifício para chegar lá, ônibus que quebrou no caminho, fome... E depois a equipe adversária nos convidou para comemorar com eles. Eles tinham preparado um churrasco e ficamos festejando juntos. Tínhamos que mendigar patrocínios para viajar, pagar arbitragem. Custear as passagens das meninas que vinham das cidades vizinhas”, conta Shirley, que demonstra que todo esforço valeu a pena. Ela que na época conciliava o Seleto com o trabalho em uma metalúrgica, os estudos Educação Física e também com as funções de cronometrista e anotadora na arbitragem do futsal paranaense. Maringá pôde comemorar e conquistar o seu quarto título estadual, o primeiro e único, até hoje, no futebol feminino. Após a conquista, uma entrega de faixas foi realizada em Maringá com participação ilustre de jogadoras da seleção brasileira, como Andreia Suntaque, Márcia Taffarel e Sissi. A parceira com o Grêmio Maringá durou apenas uma temporada e as equipes seguiram seu caminho. O Seleto disputou o seu último campeonato estadual em 2008, quando foi eliminado pelo Novo Mundo (Curitiba). Tudo mudará a
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partir de 2016, quando as atividades da modalidade voltam - a equipe tem times de futsal feminino e masculino – a partir de fevereiro com uma seletiva que será realizada para formar uma equipe que ainda não se sabe se volta à campo em 2016, mas o trabalho se inicia. “Vamos voltar quietos”, cita Lambari. Futsal e futebol estarão juntos, mas as jogadoras poderão definir o que querem jogar. Essa proposta deve ser implantada, pois o Seleto comemora 20 anos em 2016 e há ainda a ideia de montar uma festa, como por exemplo, um jogo beneficente. Daquela conquista, restaram as lembranças e o orgulho de ter feito parte do elenco. “Valeu a pena. Gostava muito de jogar. Ficou marcado na minha carreira. Ia para Maringá todo final de semana para treinar e jogar. Foi um feito muito grande para a gente”, conta Lázara. Para a história do futebol maringaense, os nomes de Lázara, Angélica, Zetti, Juliana, Rafaela, Leila, Leo, Cristina, Juliana, Shirley, Renata, Pombinha, Silvana, Rosana, Carina, Néia, Eliana e Necilda estão marcados, mas principalmente devem ser lembrados pelo ineditismo de tal conquista.
A ENTREGA DAS FAIXAS
Em pé: Madalena (Auxiliar), Lambari, André Suntaque (convidada), Sissi (convidada), Márcia Taffarel (convidada), Lázara, Angélica, Zetti, Juliana, Rafaela, Leila, Leo, Cristina e Juliana Agachadas: Shirley, Renata, Pombinha, Silvana, Rosana, Carina, Néia, Eliana e Necilda
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BOLA DE CAPOTÃO
A LEGIÃO DOS REJEITADOS
CAMPEÃ DE 1988 Em 1988, jogadores rodados se uniram e levaram o Ibiraçu a um inédito título, que ficou marcado para Silvio Barbosa, torcedor do clube que viveu essa história
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E
ra 1982! Segunda divisão capixaba! O Ibiraçu Esporte Clube, equipe da Microrregião de Linhares, norte do estado garantiu o acesso e o título. A permanência na primeira divisão foi marcada mais por “baixos do que altos”, mas tudo mudou em 1988. Um clube que vivia de incertezas fez disso uma filosofia: formou um elenco com jogadores rodados no Espírito Santo, mas que não se firmaram nos clubes nos quais passava. Assim escreveu o jornalista Álvaro Silva da Revista Placar: “... a maioria chegou ao Ibiraçu no início do ano desprezada por seus clubes anteriores. Para se ter uma ideia, cinco atletas e o técnico formavam a ‘Legião dos Rejeitados’ - rótulo que ganharam por não darem certo em outras equipes do Espírito Santo”. Essa lista era composta pelo goleiro Sandro; os zagueiros Daniel Alves e Marinho; os meias Auri, Tião e Dário; os atacantes Marcelo e Valdecir e o treinador, o Zuza. O título também foi a redenção para Silvio Barbosa Ferreira Junior. Hoje com 40 anos, o atual professor de Educação
Física e de jiu-jtsu. “Para mim e até hoje, foi um sentimento de vingança, pois em 1987, o Ibiraçu precisava somente de si para ser o campeão e perdeu dentro de casa na penúltima partida”. Zuza e seu elenco passaram pela primeira fase, invictos, foram cinco vitórias e três empates, com um ataque que marcou 14 gols, o melhor da primeira fase, e tomou seis, o que garantiu a liderança do Grupo Norte com 13 pontos, cinco a mais que a Desportiva. Na fase final, a disputa do título foi definida por pontos corridos. Os dois melhores de cada grupo se enfrentavam em turno e returno. Ao lado do Ibiraçu, a Desportiva, Estrela do Norte e Rio Branco eram os postulantes ao título. Na primeira rodada, a única derrota do clube, 2 a 1 para o Rio Branco. Depois, duas vitórias consecutivas, contra Desportiva (3x0) e Estrela do Norte (2x1). Dois empates sem gols marcaram a sequência. Na última rodada, apenas o Estrela do Norte não tinha chances
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de conquistar o título. A Desportiva liderava com sete pontos, um a mais que o Ibiraçu e dois a menos que o Rio Branco. O Rio Branco venceu a Desportiva por 3 a 0 e o título ficou no interior, já que com dois gols de Marcelo e um de Carola, o Ibiraçu pôde comemorar. A torcida pôde comemorar. Cerca de três mil pessoas lotaram o Estádio Marcos José Campagnaro, o Marcão, que tinha capacidade para 2500 pessoas na época. Invasão de campo! Era o título que tinha chegado. “Quando o árbitro encerrou (a partida), a torcida invadiu o campo, retirou as redes, fizeram de balanço e subiram nas traves! O massagista, o Ozemar percorreu de uma trave a outra de joelhos com uma imagem nas mãos. A festa continuou por toda a noite, na cidade inteira, com carreata e nos bares da cidade”, conta Silvio. O Ibiraçu foi a campo no jogo do título com: Sandro; Canário, Daniel Alves (Raul), Laedes e Marinho; Auri, Tião e Dário (Delei); Carola, Éder e Marcelo. O treinador: Zuza. Foi o único título do clube, o que lhe garantiu um feito inédito: ser o primeiro
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clube capixaba a disputar a Copa do Brasil. Em 1989, a equipe enfrentou o Grêmio na primeira fase da competição, mas foi eliminado, com duas derrotas. O tempo passou e o menino Silvio cresceu, entrou na faculdade e levou a paixão dos campos para as bancas acadêmicas. O Trabalho de Conclusão de Curso, em Educação Física, pela Universidade de Vila Velha (UVV) dele relatou a história do clube. “A ideia de fazer meu TCC sobre o meu clube de coração apareceu no 3º semestre, quando perguntei a minha professora. Eu comecei a pesquisar jornais antigos, pessoas da época e fiz um trabalho sobre o Ibiraçu Esporte Clube”. No trabalho que foi desenvolvido entre março de 2001 e novembro de 2003, obviamente, o título de 1988 é ponto alto da pesquisa, o que ajudou Sílvio a relembrar fatos daquele título. “Acabei relembrando que havia jogadores da própria cidade. Que o Ibiraçu foi campeão no quadrangular final, mas na somatória dos pontos de todos, ele também somou o maior numero de pontos”. Um título marcante e marcado.
IBIRAÇU esporte clube Fundação: 8 de outubro de 1959 Cidade: Ibiraçu (ES) Facebook: @IbiracuEsporteClube Estádio: Marcão (5 mil - atualmente) Títulos: Estadual (1988) e Estadual da Segunda Divisão (1982) Participações nacionais: Copa do Brasil (1989)
Em setembro de 2015, os campeões de1988 se reuniram no Marcão para um jogo de homenagem (Foto: Rodrigo Barbosa de Sousa/ Prefeitura Municipal de Ibiraçu)
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BOLA DE CAPOTĂƒO
O dia em que o
Bangu
conquistou o mundo
Alvirrubro carioca foi o representante brasileiro e vencedor de torneio internacional reconhecido pela Fifa em 1960
por LUIS DE SĂ PERLES
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N
os últimos anos diversas competições do passado vêm sendo reconhecidas, como a Taça Rio declarada pela Fifa em 2014 como título mundial, consagrando dois grandes clubes brasileiros Palmeiras e Fluminense como campeões do mundo. E sendo assim, o Bangu Atlético Clube, tradicional time carioca, pode-se considerar também “campeão mundial” por conta da conquista da Internacional Soccer League realizada no ano de 1960, em Nova York. A competição foi referendada pela Fifa, por meio de seu vice-presidente daquele ano, o inglês Stanleys Rous, e idealizada pelo milionário americano e apaixonado por esportes William Cox. A liga internacional foi disputada até o ano de 1965 e teve sua primeira edição realizada entre 4 de julho a 6 de agosto de 1960, reunindo importantes equipes do futebol mundial como Bayern de Munique, Sampdoria, Sporting Lisboa e campeões nacionais da época como Nice da França, Burnley da Inglaterra, Estrela Vermelha da Iugoslávia e Norrkoping da Suécia.
O primeiro convidado brasileiro foi o Fluminense, campeão carioca de 1959, mas por conta de compromissos o clube tricolor abriu mão da vaga que caiu no colo do vice- campeão estadual, o tradicional Bangu que abandonou sua excursão à Europa para seguir esta aventura em terras norte-americanas. Naquele elenco, os banguenses contavam com atletas de nível de seleção brasileira como o então jovem Ademir da Guia e o zagueiro Zózimo. Com 17 jogadores o clube iniciou sua jornada na primeira fase que reunia dois grupos com seis equipes cada, se enfrentando em turno único, o campeão da chave A, enfrentou na final o campeão do grupo B. Na chave banguense estavam Estrela Vermelha (IUG), Sampdoria (ITA), NorrKoping (SUE), Sporting (POR) e Rapid Viena (AUS). O grupo B abrigou os seguintes clubes: Kilmarnock (ESC), Bayern Munique (ALE), Bunrley (ING), Glenavon (IRN), Club Nice (FRA) e New York Americans (EUA). O Bangu goleou Sampdoria (4 a 0) e Sporting (5 a 1), venceu ainda Estrela Vermelha (2 a 0) e Rapid Vienna (3 a 2), empatando apenas diante do sueco
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GRUPO A Norrkoping (0 a 0) somando quatro vitórias e um empate, nove pontos e garantido vaga na final (naquela época a vitória valia dois pontos). No outro grupo, também com campanha idêntica em número de pontos ao clube brasileiro, o Kilmarnock foi definido como rival na final. Na partida decisiva, com uma grande atuação de Ademir da Guia (eleito o melhor jogador do torneio) e dois gols de Válter, o Bangu venceu por 2 a 0 o rival escocês, garantindo mais um título internacional e uma das maiores conquistas de sua história. O elenco campeão foi o seguinte: Ubirajara, Joel, Darci Farias, Zózimo, Ananias, Nilton Santos, Correia, Zé Maria, Décio Esteves, Válter, Beto, Aílton, Mario Tito, Paulo César, Ademir da Guia, Luis Carlos e Durval. O técnico foi Elba Lima, o Tim. Independente de um reconhecimento futuro, a conquista registra a importância e grandeza da equipe carioca. Longe dos anos de ouro que viveu até a década de 80 (em 1985, por exemplo, chegou a ser vicecampeão brasileiro frente ao Coritiba) o torcedor do Bangu Atlético Clube pode dizer que no dia 6 de agosto de 1960, o alvirrubro carioca conquistou o mundo.
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Conquistas e resultados internacionais expressivos no último ano
GRUPO B
Em torneio amistoso realizado no Vietña, a BVT Cup, o Bangu se sagrou novamente campeão internacional desta vez em 2015. Com vitória na prorrogação, diante da seleção universitária da Coréia do Sul, 3 a 2, a equipe obteve mais um título em terras estrangeiras.
Ainda em 2015, o Bangu goleou o Shandong Luneng 5 a 2, então comandado pelo técnico Cuca, durante excursão realizada pelos chineses ao Brasil em janeiro.
Escudo meramente ilustrativo. Esse emblema era utilizado pelo homônimo da década de 1930. Não foram encontrados tais registros do participante da ISL.
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POR ONDE ANDA?
ELENCO DA CHINA NA COPA DO MUNDO
2002
D
esde que a China abriu o mercado “da bola” local, são inúmeros, os jogadores estrangeiros que desbravaram o futebol do país, principalmente, os brasileiros. O que cresceu ainda mais no início de 2016, após o desmanche provocado no Corinthians. O investimento resulta em um crescimento considerável da qualidade do futebol local e um maior interesse pelo esporte. O Guangzhou Evergrande é prova desse crescimento, com contratações de excelentes nomes estrangeiros e com títulos, como em 2013 e 2015, com a conquista da Liga
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dos Campeões da Ásia. O crescimento é recente, mas lá em 2002, o futebol chinês já teve um marco: a disputa inédita da Copa do Mundo. Naquele ano, o futebol chinês não era tão “milionário” como o atual, mas o cenário criado naquelas eliminatórias propiciou a única participação da seleção em um Mundial. Japão e Coreia do Sul por serem as sedes daquela edição não disputaram as eliminatórias. Na última fase, as duas favoritas as vagas diretas caíram no mesmo grupo: Irã e Arábia Saudita. Num grupo com Emirados, Uzbequistão, Qatar e Omã, a China fez ótima campanha, com 19 pontos, oito a
mais do que os Emirados. Bora Milutinovic, um especialista em classificar seleções menores para Copas, era o treinador. Os zagueiros Li Weifeng e Fan Zhiyi e o atacante Hao Haidong, únicos jogadores com mais de 100 partidas pela seleção chinesa eram os destaques do elenco. Dos 23 convocados, apenas três não jogavam na China. Dalian Shide, Shandong Luneng, e Beijing Gouan tinham três convocados, cada. Com dois convocados cada, Shanghai Greenland Shenhua, Liaoning Hongyun e Tianjin Teda. Ghizhou Renhe, Yunnan Hongta, Qingdao Jonoon, Shenzhen Ruby e Sichuan Guancheng tiveram um
Du Wei (zagueiro, 33 anos, dois jogos) Hebei China Fortune
Sun Jihai (defensor, 38 anos, 26 minutos) Chongqing Lifan
Xu Yunlong (lateral, 36 anos, três jogos) Beijing Gouan
jogador convocado, cada. Lembrando que foram citados os nomes atuais das equipes. Sun Jihai jogava pelo Manchester City, Fan Zhiyi pelo Dundee United e Yang Chen pelo Eintracht Frankfurt. Apenas quatro jogadores não entraram em campo. A campanha foi a esperada: três derrotas. A seleção tomou nove gols (Costa Rica, dois; Brasil, quatro e Turquia, três) e não marcou nenhum, infelizmente. Doze anos se passaram e quantos deles continuam jogando? Ao todo, sete jogadores terminaram a última temporada chinesa, que podem ser conferidos abaixo.
Shao Jiayi (atacante, 36 anos, dois jogos) Beijing Gouan
Qu Bo (atacante, 34 anos, três jogos) Qingdao Hainiu
Li Weifeng (zagueiro, 37 anos, três jogos) Tianjin Teda
Zhao Junzhe (defensor, 36 anos, dois jogos) Liaoning Hongyun
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CAMISA 12
O volante Cassimba conta um pouco sobre sua passagem por Om達 (Foto: Acervo Pessoal)
Quando joguei em Om達
por RODRIGO SILVA, o CASSIMBA, jogador de futebol
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E
m janeiro de 2013 fui para Omã jogar pelo Al-Suwaiq, clube da primeira divisão local. Até receber a proposta, nunca tinha ouvi falar sobre o país. Nunca tinha jogado fora, mas foi uma experiência muito boa, porém difícil, mas um aprendizado. No dia 12 daquele mês, eu entrei no avião para ir até o país. A viagem foi “foda”, estava perdido de tudo, pois foram 15 horas de voo. Quando saí do Brasil jamais imaginava que no final da temporada, eu seria campeão em Omã! Nem sabia se ia chegar lá (risos)! Ao chegar, para falar a verdade, senti medo, porque não sabia a língua, o que era a comida. Mas Deus estava na frente de tudo e um amigo me ajudou, também. Fiz uma temporada muito boa. Jogávamos toda segunda e sextafeira com temperaturas altas, mas prevaleceu o nosso futebol. No dia da decisão do título, contra o Fanja, só pensava em jogar logo, ganhar e ir para a casa, pois já fazia seis meses que estava lá. A partida foi muito difícil, com muita marcação, mas vencemos por 3 a 1, pois jogamos sem errar. Foi uma das maiores emoções que tive no futebol. Por ser uma cultura diferente, a festa foi... diferente, porque não tem bebida alcóolica no país, o jeito foi andarmos em cima de um ônibus para comemorar o título marcante. Essa foi minha passagem por Omã!!!
INFO CAMISA 12 Al-Suwaiq Club 28/2/1972 Suwayq (Região Nordeste) Estádio: Al-Seeb Stadium (14000 pessoas) Títulos: Primeira Divisão Nacional (2009/10, 2010/11 e 2012/13), Copa do Sultão de Omã (2008 e 2012) e Supercopa de Omã (2013).
O brasileiro recebe a medalha de uma das autoridades omanitas (Foto: Acervo Pessoal)
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CAMISA 12
Anderson é especializado em colecionar camisas de seleções (Foto: Acervo Pessoal)
A “Syria jersey” por ANDERSON FERNANDES BORGES, colecionador de camisas de futebol
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S
ou Anderson Fernandes Borges, tenho 32 anos e há cinco coleciono camisas. Meu foco são seleções FIFA e não-FIFA. A meta é obter ao menos uma camisa de cada uma das 209 federações associadas à FIFA e o máximo possível de não-FIFA, já que cada vez mais surgem seleções deste gênero e o número é incontável, ainda mais tratando-se que nem todas são federadas. Entre as camisas que possuo, com certeza uma história muito legal é sobre a camisa da Síria. Por conta da guerra civil e política interna de não comercializar o produto, considero que esta é uma das top 5 das camisas mais difíceis que consegui. Definitivamente não foi fácil.
Lembro que, pela oitava rodada da segunda fase das eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia 2018, a seleção enfrentou Singapura numa partida dramática na casa do adversário. Após o duelo, um amigo meu francês, através de um contato, conseguiu a camisa do capitão Sanharib Malki #16, ainda com as marcas de carrinho e tudo mais, na partida que a Síria venceu por 2 a 1, com o tento da vitória saindo aos 48 minutos do segundo tempo – quatro minutos antes, Singapura empatava o jogo. Pela raridade e história da camisa, fiquei louco por ela e iria comprar, mas a negociação com esse meu amigo não é nada fácil. Depois de dois dias negociando, chegamos a um valor que
concordamos, e na sexta-feira – o jogo contra Singapura havia sido três dias antes – enviei o pagamento pra ele por Paypal com a descrição “Syria jersey”. Quando retornei na segundafeira, olhei meu PayPal e minha conta estava completamente bloqueada, além do pagamento cancelado. Volto a conversar com meu amigo sobre o problema e ele é categórico em dizer “tudo bem, vou vender a outro agora”. Pedi 10 minutos para resolver a pendência e novamente veio uma bela resposta: “Você tem 10 segundos”. O que me fez sentir de certa forma no Tropa de Elite. Depois, pesquisando a fundo, descobri o problema: o PayPal, por ser um empresa estadunidense, estava em embargo total em relação à Síria, e simplesmente pelo fato de eu escrever o nome do país, o alarme deles foi ativado, e com isso eu teria que provar que não estava financiando um regime contrário ao norte-americano. Sendo assim, liguei para o PayPal Brasil e respondi todo um questionário, além de mandar cópia de meus documentos para poder desbloquear a conta. Pedi também, para o meu amigo, enviar uma ordem de pagamento sem citar “Síria” de jeito nenhum. Felizmente, no fim deu tudo certo, e então pude acrescentar mais uma camisa para minha coleção. Aliás, uma bela camisa. E os “10 segundos” foram apenas blefe dele (risos)...
A camisa da Síria (Foto: Acervo Pessoal)
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GUIA
GUIA
CAMPEONATO
ACREANO 2016
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DEPOIS DAS REUNIÕES, O CAMPEONATO
N
os últimos anos, o Acre tem conquistado bons feitos no futebol brasileiro, com as boas campanhas de Rio Branco e Plácido de Castro nas divisões nacionais, o que renderam ao estado um pulo no Ranking de Federações, onde ocupa atualmente a 20ª posição, a frente de estados como Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Piauí. Para manter as boas campanhas, o caminho se inicia no campeonato estadual, que nesse ano será disputado novamente por oito equipes e que dará duas vagas para a Série D. O campeão do 1º turno disputa em 2016 e o campeão estadual garante a de 2017. No primeiro turno, as oito equipes se enfrentam em turno único e os seis melhores seguem no certame, enquanto a última colocada será rebaixada. Os seis que seguem novamente jogam entre si e o melhor vai para a final enfrentar o campeão do 1º turno. Caso a equipe seja campeã dos dois turnos conquista o título acreano de 2016. A edição desse ano começou “corrida” fora de campo com o
adiamento do início do campeonato, para que as equipes pudessem se enquadrar no Profut. Os documentos, mesmo com atraso, foram entregues. Nesse caminho, a Amax até desistiu da disputa, mas voltou atrás. No Plácido de Castro, o presidente renunciou e duas mulheres assumiram o comando. O governo anunciou uma ajuda de 20 mil reais a cada equipe, para melhorar as finanças. O ponto positivo será que duas emissoras locais, a TV Aldeia (pública – TV Cultura) e TV Gazeta (Rede Record), irão transmitir dois jogos diferentes por rodada, com as equipes participando de ações publicitárias que renderão mais recursos. Nas duas últimas temporadas, Rio Branco, Galvez, Atlético Acreano e Plácido de Castro mandaram no campeonato, ocupando as quatro primeiras posições. O que não deve mudar, mesmo com o favoritismo do Estrelão. Vasco, Andirá, Alto Acre e Amax lutam para conseguir um “quinto e sexto lugar” e não ficarem com o “título de rebaixado”. O Vasco tem a seu favor a experiência. O Andirá vem do acesso e, Amax e Alto Acre apostam em jogadores locais. O Acreano 2016 vai começar!
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O meio-campo Anjo deixa os gramados para assumir o comando da equipe (Foto: João Paulo Maia/globoesporte.com)
Time reprogramado ALTO ACRE
Nome completo: Alto Acre Futebol Club Fundação: 31 de março de 2009 Cidade: Epitaciolândia Mascote: Cabex (super-herói) Alcunha: Papagaio da Fronteira Facebook: /AltoAcreFutebolClub Estádio: Antônio Araújo Lopes (2000 pessoas)
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No dia 5 de janeiro era previsto o início da preparação da equipe, mas tudo foi reprogramado devido ao adiamento da estreia no Estadual. O treinador do Alto Acre será o ex-meia Anjo, que nasceu na cidade e atuou pela equipe em 2015. O nome foi definido pelo presidente presidente João Carlos Passos no meio de janeiro, em razão do replanejamento. O desejo de João com a remarcação das datas era que o campeonato não se iniciasse em fevereiro, mas em março, pois o mês é marcado por ser chuvoso, o que pode alagar os gramados. As chuvas no ano passado prejudicaram a equipe que perdeu inúmeros materiais em uma enchente. O elenco conta com poucos jogadores que fizeram parte do elenco em 2015. A base para 2016 é formada por jogadores do Campeonato Municipal de Epitaciolândia! Sim, a competição que foi finalizada em novembro coroando o Ferreirinha, campeão, e o Getaf, vice. A expectativa é se livrar do rebaixamento sem sustos, o contrário de 2015.
A equipe do Xapuri é a que prometia surpreender nesta edição (Foto: Divulgação)
E tudo mudou! Quando iniciamos a criação desse guia, o roteiro “dos Militares e dos Amigos do Xapuri” era otimista, com foco em passar do quinto lugar de 2015. A equipe seria treinada por Célio Ivan, eleito o melhor treinador da edição passada do Acreano e 80% dos jogadores do elenco seria mantido do time que fez boa campanha e ficou longe do rebaixamento. Mas tudo mudou... No dia 19 de janeiro, Celso Garcia, presidente do clube, enviou ofício à federação comunicando a desistência e tudo foi desfeito. Porém nove dias depois, o clube decidiu pela volta ao campeonato, após resolver pendências financeiras e políticas com a associação que detém o CNPJ da equipe. Dessa forma, Celso e a diretoria do clube correram atrás de soluções. A primeira e imediata foi a formulação do elenco apenas com jogadores locais, por economia e agilidade. Feito isso, a equipe anunciou o experiente Paulo Capão, como treinador. O trunfo será poder atuar na cidade nos jogos como mandante. É esperar para ver.
AMAX
Nome completo: Amax Esporte Clube Fundação: 21 de setembro de 2009 Cidade: Xapuri Mascote: Estrela-do-mar Alcunha: Azulão e Estrela Estádio: Álvaro Felício Abrahão (2000 pessoas) Título: Acreano Segunda Divisão (2014)
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Conhecer o elenco com antecipação é o ponto principal da equipe (Foto: Petrolino Lopes/Andirá EC)
Nos embalos dos jovens ANDIRÁ
Nome completo: Andirá Esporte Clube Fundação: 1º de novembro de 1964 Cidade: Rio Branco Mascote: Morcego Alcunha: Morcegão Facebook: /Andirá-EsporteClube-488229457906167 Estádio: Arena da Floresta (20000 pessoas) Títulos: Acreano Segunda Divisão (2011 e 2015)
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O Andirá aproveitou o embalo do título da Segunda Divisão Estadual de 2015 e já em dezembro apresentou 17 jogadores para a disputa do Acreano 2016. Porém, os trabalhos começaram na segunda quinzena de janeiro, pois o clube foi mais um a remarcar o início da reapresentação. Do elenco que começou a preparação formado por 30 jogadores, 23 continuam na equipe que mescla jogadores experientes, jovens, atletas da base e amadores. Porém, a juventude se sobressai no elenco. Jogadores como o meia Railton e o goleiro Hebert, ambos com 21 anos, representam a característica da equipe. Os atletas possuem pouca experiência no futebol profissional, mas participaram da Copa Norte Sub-20 em 2014, pelo São Francisco. O time será comandado por Francisco Dias, o Janguito. Apesar do time jovem, o presidente do clube Petronilo Lopes, o Pelezinho, não quer saber de degola, um sexto lugar no primeiro turno é muito bem-vindo...
O objetivo do clube é claro: o título após as frustrações em 2014 e 2015 (Foto: Natacha Albuquerque/globoesporte.com)
O título virou obsessão O Atlético convive com um jejum: desde 1991 não conquista o Estadual. Não fosse apenas isso, a equipe vem de dois finais de campanha decepcionantes. Nos dois últimos anos terminou como melhor clube da primeira fase, mas sucumbiu na final, em 2014, e na semifinal, em 2015. Em meio as contratações, a sede da equipe foi arrombada e saqueada, mas os itens foram recuperados. Depois disso, Gessé, aquele mesmo do “gol de Puskás” se aposentou após ser anunciado e se apresentar com o elenco. Mesmo com os problemas, o objetivo (e a expectativa) do Atlético é o título e para isso, o clube trouxe jogadores com passagem pelo clube e experientes, entre eles, o meia Polaco e o zagueiro Pé de Ferro, que atuaram pelo Galo há quatro anos. Outro reforço importante é o atacante Adriano Louzada, exPorto, um dos maiores jogadores acreanos da história. Além destes, o elenco foi fechado um mês antes do início do Estadual, com jogadores rodados no Acre.
ATÉTICO ACREANO
Nome completo: Atlético Acreano Fundação: 27 de abril de 1952 Cidade: Rio Branco Mascote: Galo Alcunha: Galo Carijó Facebook: /Atlético-AcreanoOficial-232038093653862 Estádio: Arena da Floresta (20000 pessoas) Títulos: Acreano (1952, 1953, 1962, 1968, 1987 e 1991)
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Parte do elenco se apresentou no fim de janeiro (Foto: Duaine Rodrigues/ globoesporte.com)
Além do discurso GALVEZ
Nome completo: Galvez Esporte Clube Fundação: 4 de março de 2011 Cidade: Rio Branco Mascote: Gavião Alcunha: Time Militar e Imperador Facebook: /galvezesporteclube. imperadordoacre Estádio: Florestão (10000 pessoas) Títulos: Acreano Segunda Divisão (2012)
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“O nosso objetivo é passar por cima do Rio Branco na Copa do Brasil e sermos campeões do primeiro turno quanto do estadual”. Foram essas as palavras do major Edener Franco, diretor de futebol do Galvez. Sim, major! O clube foi fundado como um clube social da Polícia Militar do Acre e em 2015 atingiu o seu ápice, o vice-campeonato estadual. O ano de 2016 já é marcante para a equipe que representou o estado na Copa São Paulo de Futebol Júnior, na qual por pouco não passou para a segunda fase. Da Copinha, quatro jogadores foram chamados para o elenco profissional. Além disso, a equipe estreia na Copa do Brasil em confronto caseiro, que dá o direito de enfrentar o Santos (SP), possivelmente. O time é mais que um discurso firme de um policial, pois realmente a equipe entra na competição para a disputa do título e das vagas nacionais. Os bons salários e a vitrine da Copa do Brasil fizeram com que a equipe tirasse o jovem Careca do Atlético, o jogador que já havia se apresentado no rival.
Repetir a façanha de 2013 é o desejo, mas o time é uma interrogação em 2016 (Foto: Site O Alto Acre)
Ponto de interrogação A preparação da equipe foi marcada por muitos fatores. Em dezembro, Nerycildo Silva renunciou a presidência do clube e até o final de janeiro uma comissão de seis dirigentes comandou a equipe, que buscou patrocínios, anunciou o uniforme novo e firmou parceria para formação do elenco, que foi apresentado apenas na última semana de janeiro, após a eleição da nova diretoria que colocou duas mulheres no comando: Rafaela Escalante (que concedeu entrevista, que pode ser vista adiante) e Jovelina Melho, presidente e vice, respectivamente. O elenco foi escondido até o último momento, assim como o treinador da equipe. Os jogadores vieram através de uma parceria com uma empresa de Goiás. A confiança é que os nomes desconhecidos do futebol acreano possam fazer a diferença. A ideia é se manter entre os quatro melhores do estado, mas sempre pensando em retomar o título que foi conquistado em 2013, onde se tornou a segunda equipe de fora da capital a se sagrar campeã estadual.
PLÁCIDO DE CASTRO
Nome completo: Plácido de Castro Futebol Club Fundação: 3 de novembro de 1979 Cidade: Plácido de Castro Mascote: Tigre Alcunha: Tigre do Abunã e Tigre da Fronteira Facebook: /PlacidoDCastroOficial Estádio: Ferreirão (3000 pessoas) Títulos: Acreano (2013)
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Apesar de ídolo,Testinha terá que vencer a desconfiança de parte da torcida (Foto: Marcos Belz/Rio Branco FC)
A rota para a Série C RIO BRANCO
Nome completo: Rio Branco Football Club Fundação: 8 de junho de 1919 Cidade: Rio Branco Mascote: Estrela Alcunha: Estrelão e Mais Querido Site: www.riobrancofc.com Facebook: /RioBrancoFC Estádio: Arena da Floresta (20000 pessoas) Títulos: Copa Norte (1997) e Acreano (1919, 1921, 1928, 1935 a 1941, 1943 a 1947, 1950, 1951, 1955 a 1957, 1960 a 1962, 1964, 1971, 1973, 1977, 1979, 1983, 1986, 1992, 1994, 1997, 2000, 2002 a 2005, 2007, 2008, 2010 a 2012, 2014 e 2015)
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A obsessão do Rio Branco é maior que o Acreano: o acesso para o Brasileirão da Série C. O primeiro passo é conquistar o primeiro turno do Estadual, que garante vaga para a Série D e a partir de então se focar totalmente no título para manter a hegemonia local, como forma de preparação para a disputa nacional. O elenco tem média de idade de 27 anos, aproximadamente. A equipe conta com a volta dos “trintões” Ley (zagueiro), Paulinho Pitbull (volante) e Testinha (meia), um dos maiores ídolos da história do clube, que chega com desconfiança. Junta-se a eles, outro volante, Roberto Dinamite, com experiência no futebol amazonense e da Macedônia. Os veteranos se unem a um ataque jovem, com Lucas, Lukinha e Silas, todos com 21 anos. Dono da melhor estrutura do futebol local, a equipe foi uma das primeiras a apresentar o elenco e começar os treinos. A aposta é que o planejamento traga mais um título para o Estrelão e que seja o começo da rota para a volta a Série C.
Elenco do Vasco que se apresentou em janeiro foi enxugado (Foto: Natacha Albuquerque/globoesporte.com)
Procura-se (novamente) um sexto Em 2015, o Vasco lutou contra o rebaixamento e terminou a competição em sexto lugar, mas diferente desse ano, tal posição garante a tranquilidade para a equipe e a vaga para a próxima fase. Detentor de três títulos estaduais, o Vasco pensa em não sofrer e para isso formou um elenco mesclado. Quem comandará a equipe serão os atacantes experientes Josa e Tonho Cabañas. O primeiro, com 33 anos, chegou a ser anunciado pelo Andirá, mas preferiu o Vasco, devido a proximidade para treinar. Tonho, de 30 anos, conquistou um feito em 2015, pois foi campeão da primeira e segunda divisão estadual, com o Rio Branco e o Andirá, respectivamente. O atacante fez parte do elenco vascaíno campeão da segunda divisão em 2013. Para contrapor, a equipe conta com o atacante João Paulo e o goleiro Tião, jogadores da base do Galvez que disputaram a Copa São Paulo. Da campanha de 2015, alguns remanescentes como o atacante Peteca, o zagueiro Carnaúba e o lateral-direito Mandin.
VASCO
Nome completo: Associação Desportiva Vasco da Gama Fundação: 28 de junho de 1952 Cidade: Rio Branco Mascote: Almirante português Alcunha: Bacalhau D’Água Doce Estádio: Florestão (10000 pessoas) Títulos: Acreano (1965, 1999 e 2001) e Acreano Segunda Divisão (2013)
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“FEITO SÓ DE HOMENS” O FUTEBOL NÃO TEM QUE SER
Mais uma daquelas histórias! Rafaela Escalante é acreana e uma fanática pelo Plácido de Castro. Criou até uma torcida para o clube e nela, os membros brincavam que um dia teriam um presidente. E tiveram: a própria Rafaela. Quem comanda o clube agora são duas mulheres, pois Jovelina Melo assumiu o cargo de vice. A administradora conversou com a Série Z sobre o amor pela equipe, a presidência, as mulheres no futebol, a recepção da torcida e os próximos passos
Quando o Nerycildo Silva, então presidente anunciou a renúncia, você logo pensou em se candidatar? Não. Nem passava na minha cabeça. Eu brinquei com um membro da diretoria dizendo que um dia seria a presidente. E ele logo falou: ‘Pode ser agora. Vai ser vice’. E me colocou como vice. Mas aí houve a desistência do candidato e me convidaram para ser presidente. Aí disse que aceitaria se escolhesse minha vice: Jovelina Melo. O clube estava sendo dirigido por uma comissão nessa transição e alguns pontos foram definidos como a parceria com uma empresa de Goiás que cedeu jogadores. Isso será mantido?
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Sim. Nossa parceria será mantida. Pois essa parceria vai nos ajudar muito, pois só vamos precisar manter sete jogadores locais e mais alguns da base. Vamos nos comprometer somente com a alimentação e estadia da parceria. Então as partes vão se ajudar. Como está sendo a recepção das pessoas do Acre e de fora do estado com a sua eleição? O assédio é grande e isso é bom. Quanto mais pessoas conhecem minha história e a do clube, melhor pra nós. Para ver a entrevista completa com Rafaela Escalante clique nessa caixa, que você será redirecionado
campeonato
ACREANO 2016 1ª RODADA
20/02-16h 20/02-18h 21/02-17h 21/02-19h
RIO BRANCO __x__ GALVEZ __x__ ATL. ACREANO __x__ PLÁCIDO __x__
27/02-16h 27/02-18h 28/02-17h 28/02-19h
VASCO __x__ ALTO ACRE __x__ ANDIRÁ __x__ AMAX __x__
PLÁCIDO ATL. ACREANO GALVEZ RIO BRANCO
05/03-16h 05/03-18h 06/03-17h 06/03-19h
RIO BRANCO __x__ ALTO ACRE __x__ PLÁCIDO __x__ GALVEZ __x__
ALTO ACRE ATL. ACREANO ANDIRÁ VASCO
12/03-16h 12/03-18h 13/03-17h 13/03-17h
ANDIRÁ __x__ AMAX __x__ ALTO ACRE __x__ VASCO __x__
ATL. ACREANO GALVEZ PLÁCIDO RIO BRANCO
2ª RODADA
3ª RODADA
4ª RODADA
ANDIRÁ ALTO ACRE VASCO AMAX
5ª RODADA
19/03-16h 19/03-16h 20/03-17h 20/03-17h
AMAX __x__ PLÁCIDO __x__ ALTO ACRE __x__ GALVEZ __x__
26/03-16h 26/03-18h 27/03-17h 27/03-19h
ATL. ACREANO __x__ ANDIRÁ __x__ VASCO __x__ RIO BRANCO __x__
GALVEZ AMAX ALTO ACRE PLÁCIDO
02/04-16h 02/04-18h 03/04-17h 03/04-17h
ATL. ACREANO __x__ VASCO __x__ ALTO ACRE __x__ GALVEZ __x__
RIO BRANCO ANDIRÁ AMAX PLÁCIDO
ALTO AMAX ANDIRÁ ATL. AC GALVEZ PLÁCIDO RIO BR. VASCO
6ª RODADA
7ª RODADA
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
(Segundo Turno)
FINAL
1ª RODADA
x x x x
VASCO ATL. ACREANO ANDIRÁ RIO BRANCO
CAMPEÃO 1º TURNO
CAMPEÃO 2º TURNO
2ª RODADA
x x x x
3ª RODADA
x x x x
4ª RODADA
x x Clique aqui para baixar a tabela e preencher os resultados do Campeonato Acreano 2016
x x x x
5ª RODADA
x x x x
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FUTEBOL UTÓPICO
Encontros como Ba, Fiji (preto) e Gaïtcha, Nova Caledônia (vermelho) seriam mais rotineiros (Foto: Facebook Ba Football Association).
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32 EQUIPES
EM UMA OFC CHAMPIONS LEAGUE
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I
magine se a Oceania Football Confederation anunciasse que a Liga dos Campeões do continente passaria a ter 32 equipes dos 11 filiados. Pois é, esse foi o trabalho que tivemos ao imaginar como a competição ficaria com 17 clubes a mais que o formato atual. A edição 2016 começou no fim de janeiro com a fase preliminar, que envolve os quatro campeões dos piores países do continente. Destes, um se classificou para a fase seguinte, onde encontra as outras 11 equipes, que estão divididas em três grupos com quatro clubes, cada. O critério de divisão das vagas segue a colocação dos clubes na temporada anterior. Assim, Nova Zelândia, Fiji, Nova Caledônia e Papua Nova-Guiné possuem dois clubes cada. O segundo pote reúne Vanuatu, Taiti e Ilhas Salomão, que possuem uma vaga direta para a fase final. Samoa, Ilhas Cook, Tonga e Samoa Americana têm uma vaga cada para a fase preliminar. Dessa forma, a competição com 32 equipes ganharia uma nova divisão. O primeiro pote passou de dois para quatro vagas. O segundo no formato imaginado conta com três clubes. Restando sete vagas para quatro países, determinou-se que a Samoa Americana, que teve o pior clube da edição 2015
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continua com uma vaga e o restante ganha mais um representante. Para realizar o sorteio, os países com quatro clubes formaram dois potes, o 1 com os campeões e vices nacionais e o 2 com os terceiros e quartos colocados. O sorteio foi direcionado para que não houvesse nenhum confronto entre clubes de mesma nacionalidade. O pote 3 foi composto pelos três melhores de Vanuatu e Taiti e os dois melhores de Ilhas Salomão, sendo que o terceiro colocado nacional deste caiu no último pote com os demais times. A intenção não é imaginar o desenrolar da competição, mas demonstrar uma ideia de confrontos na primeira fase. Fiquem à vontade para simular e fazer os cruzamentos das fases seguintes, seja com o regulamento da Copa, UCL ou Libertadores. A seguir temos a divisão dos potes, sendo que em negrito estão os clubes que participam da OFC Champions League verdadeira. Em itálico temos duas equipes que tiveram que ser inseridas, pois não foram encontrados os vice-campeões de Samoa em 2014 e Tonga 2015. Dessa forma, foram “convidados” os campeões da edição seguinte do primeiro e anterior do segundo. Aproveitem e imaginem essa Liga dos Campeões da Oceania com 32 clubes!
CLUBES NOVA ZELÂNDIA Auckland City Team Wellington Hawke’s Bay United Waitakere United
FIJI Nadi Suva Rewa Lautoka
NOVA CALEDÔNIA Magenta Lössi Hienghène Sport Mont-Dore
VANUATU Amicale Malampa Revivors Ifira Black Bird SAMOA Kiwi Lupe ole Soaga
TAITI Tefana Pirae Dragon
ILHAS COOK Tupapa Maraerenga Puaikura
PAPUA NOVA GUINÉ Lae City Dwellers Hekari United Madang PAG Port Moresby
ILHAS SALOMÃO Solomon Warriors Marist Fire Western United TONGA Veitongo Lotoha’apai
SAMOA AMERICANA Utulei Youth
GRUPOS GRUPO A
GRUPO B
Hekari United Lautoka Tefana Lotoha’apai
GRUPO C
Lössi Madang Malampa Revivors Lupe ole Soaga
GRUPO D
GRUPO E
Auckland City PAG Port Moresby Solomon Warriors Veitongo GRUPO F
Suva Waitakere United Pirae Kiwi
Magenta Rewa Ifira Black Bird Puaikura
Team Wellington Hienghène Sport Marist Fire
Tupapa Maraerenga
GRUPO G
Lae City Dwellers Hawke’s Bay United Dragon Western United
GRUPO h
Nadi Mont-Dore Amicale Utulei Youth
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ESQUETE
IRMÃOS
do 7 a 1
D
esde a tarde/noite do dia 8 de julho de 2014 que dizer “Gol da Alemanha” se tornou uma das frases mais faladas no Brasil. Também pudera, o 7 a 1 ali se estabeleceu e jogadores foram elevados a um grau de popularidade gigantesco, como por exemplo, Khedira e Schürrle, dois daqueles que tabelaram na área brasileira. Os alemães campeões do mundo colocaram seu nome na história, mas “dentro de casa” alguns jogadores de mesmo sobrenome não têm a mesma fama e principalmente, bola. Seis jogadores daquele elenco possuem irmãos que também jogam futebol, mas estão longe dos holofotes, mas alguns têm potencial para estarem em evidência. Conheça então, os “irmãos do 7 a 1”:
Jonas Hummels (25 anos) - SpVgg Unterhaching Assim como o irmão, Jonas é zagueiro. Formado nas categorias do SpVgg Unterhaching, o atleta continua por lá até essa temporada, onde amarga a reserva. Em 2015/16 fez apenas uma partida, por enquanto.
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Tobias Schweinsteiger (33 anos) – Sem clube Tobias é o irmão mais velho de Bastian Schweinsteiger, um dos cérebros da equipe alemã na Copa. Com 33 anos, nunca disputou, nem mesmo, a primeira divisão local. Diferente do irmão, joga como atacante e sua melhor passagem foi pelo Jahn Regensburg, pela terceira divisão, onde ficou entre 2010 e 2012 quando anotou 24 gols em 64 partidas, sendo 14 deles na campanha de acesso da equipe para a segunda divisão alemã em 2011/12, onde foi um dos vice-artilheiros. Nas duas últimas temporadas defendeu o time B do Bayern Munique e atualmente está sem clube.
Kevin-Prince Boateng (28 anos) Milan Até Jérome se consolidar no Bayern, Kevin-Prince Boateng era o mais conhecido dos irmãos. Ao contrário do zagueiro, o meia-atacante joga por Gana e foi “responsável” por uma contusão de Ballack, que o tirou da Copa do Mundo, onde jogava pela Alemanha, seleção de Jérome, que causou um mal-estar entre os dois. As notícias mais recentes dizem que os dois se reconciliaram.
Felix Kroos (24 anos) – Union Berlin Dois anos mais novo que Toni Kroos, Felix se formou no Hansa Rostock, mas logo chamou atenção do Werder Bremen, clube pelo qual viveu altos e baixos, alternando a equipe principal e sub-23. Fez 49 jogos nas duas últimas temporadas, mas nesta foram apenas nove, o que lhe rendeu um empréstimo para o Union Berlin.
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JFabian (25 anos) – Sem clube e Felix Götze (17 anos) – Bayern Munique Sub-19 Mario Gotze (23 anos), autor do gol do título mundial é o irmão do meio entre Fabian e Felix. O primeiro foi formado pelo Borussia Dortmund, mas se profissionalizou no SpVgg Unterhaching, onde ficou duas temporadas, sendo a última em 2014/15. Desde então, está sem clube. Felix está na base do Bayern Munique e tem alguns anos para tentar a equipe principal, mas por enquanto, não tem convocações para as seleções menores.
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Rani Khedira (22 anos) – RB Leipzig O sobrenome alemão mais ecoado pós-Copa! Sami Khedira tem um irmão mais novo, Rani. Formado pelo Stuttgart, o jovem meia, que atua na mesma faixa de campo de Sami, foi vendido em 2014 para o RB Leipzig, onde até então, fez 33 partidas. Ainda no Stuttgart, “Khedirinha” participou do Mundial Sub-17 2011, onde (agora em letras maiúsculas) ENFRENTOU O BRASIL NA DECISÃO DO TERCEIRO LUGAR, QUANDO OS ALEMÃES VENCERAM POR 4 A 3. O jogo não virou mesmo!
Wendell Lira! O jogador que representa a realidade do futebol brasileiro Que representa o que pensamos sobre o esporte Aquele que é um dos símbolos do futebol alternativo Fica aqui, a nossa gratidão pela sua histórias (Foto: Fabrice Coffrini/AFP)
OEIRAS ATLÉTICO CLUBE Oeiras (PI) Oeiras Atlético Clube Time valente do meu coração Com garra, com muita fibra Vai ser o nosso eterno campeão Na história do futebol No Piauí, o Oeiras tem a tradição Quem foi nossa primeira capital Também será a primeira em nosso futebol O povo decidido e lutador Merece ter um time campeão Valente e forte como o Carcará Oeiras é o clube do povão Quando o nosso time vai jogar Nossa vontade de vencer é que nos guia Vontade que vem lá do nosso povo Contagiando o nosso time com alegria Oeiras vai jogar O nosso povo vai lá Vamos ganhar, vamos ganhar, vamos ganhar Oeiras vai jogar É dia de emoção É campeão, é campeão, é campeão
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O futebol longe dos holofotes, uma paixão pelo alternativo