A REVISTA DO FUTEBOL ALTERNATIVO OUT. 2016 e NOV. 2016 -- N.6
QUATRO TORCIDAS, UM SENTIMENTO
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VALEU, SÉRIE D
C
hegou ao fim, a primeira edição da Série D que contou com um guia feito pela Série Z. Ainda estamos embriagados com os efeitos que a publicação nos rendeu. O Volta Redonda ergueu a taça, mas o que os 68 clubes mais queriam eram as quatro vagas para a Série C 2017, conquistadas pelo Voltaço, CSA, São Bento e Moto Club. Tínhamos que fazer algo para lembrar a quarta divisão e convidamos os redatores dessas equipes no Guia para voltar a escrever sobre os clubes analisando o que levou cada clube ao acesso. Apontamos ainda, os craques dos times. Podemos dizer orgulhosos que fomos bem em nossas previsões. Na contramão dos acessos, quatro equipes foram rebaixadas para a Série D 2017: os tradicionais divisionados Portuguesa e América-RN; o vice da Série D 2015, River e o bizarro Guaratinguetá, que é a grande incógnita para 2017, mas já adiantamos algumas coisas sobre a equipe aqui nesta edição. Desde a primeira edição estamos em constante evolução e adaptação. Esse
EDITOR Felipe Augusto PROJETO GRÁFICO e DIAGRAMAÇÃO Felipe Augusto REVISÃO Felipe Augusto
número marca a volta da revista “normal”, digamos, com a nossa escalação das 11 editorias após dois especiais. Voltamos com algumas novidades, como por exemplo, as crônicas do Cinco Mil FC que se tornaram uma editoria. Durante as Olimpíadas e Paralimpíadas fizemos um especial, a Série Z Olímpica, que a partir dessa edição se torna uma editoria voltada ao esporte alternativo. Tem também, a estreia da Lançamento, onde falaremos sobre algo que está por vir, como a Canadian Premier League, que será criada, mesmo sem saber quando. E tem muito mais, como um brasileiro na Bolívia, o Lado B do mercado europeu, as Eliminatórias de 1950, Romário no Tupi, a volta da relação histórica de clubes na Terceirona Paranaense e o guia das semifinais da FFA Cup, a Copa da Austrália e mais uma parte das sete divisões da Copa do Mundo. Viaje pelo planeta futebol alternativo. Bora lá... Felipe Augusto Criador e editor da Revista Série Z
COLABORADORES Bruno Alves Caio Alves Leandro Oliveira Marcos Gaspar Matheus Mandy Taynã Gomes-Melo
E S C A L A Ç Ã O
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CONEXÃO FUTEBOL 8 ENTREVISTA:
RICARDO DUARTE
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CINCO MIL FC 16 MULHERES EM CAMPO
APITO INICIAL 18 PORQUE ELES SUBIRAM?
LADO B
40 TODOS OS CLUBES DA TERCEIRONA PR
48 ROMÁRIO NO TUPI?
50 52
CAMISA 12 50 O GUARATINGUETÁ SOBREVIVERÁ?
GUIA 52 SEMIFINAL FFA CUP 2016
28 MERCADO
ALTERNATIVO EUROPEU
64 66 36
BOLA DE CAPOTÃO
CONTEXTO 36 1950 E AS TANTAS DESISTÊNCIAS
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LANÇAMENTO 64 A LIGA PROFISSIONAL
CANADENSE
FUTEBOL UTÓPICO 66 SETE DIVISÕES DA
COPA - PARTE 2
SÉRIE Z OLÍMPICA 70 TIMUANI, O
MULTIATLETA
Gigantes da vida e do Futebol de 5. Ricardinho, mas pode chamar de craque!
(Foto: Divulgação/Getty Images)
CONEXÃO FUTEBOL
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RICARDO DUARTE
MENINO DA VILA E DA
bOLÍVIA
Para Ricardo Duarte, zagueiro, 27 anos, nascido em Nova Andradina (MS), as categorias de base do Santos têm algo de mágico, que fazem com que o atleta se sinta especial. De lá, ele partiu para experiências pelo Brasil, em Minas Gerais, Goiás e interior de São Paulo. Fora do país, ele pôde conviver com jogadores costarriquenhos que participaram da histórica campanha na Copa do Mundo de 2014 e agora, ele atua no futebol boliviano, no sudaca Blooming, onde já participou da Copa Sul-Americana. Tem grandes histórias!
2008-2011
2009
2009
2011
2011
2012-2013
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A sua formação foi nas categorias de base do Santos. Tudo isso que se diz sobre a base santista é vivenciada realmente pelos jovens? E você chegou a integrar o elenco profissional em 2010 ou em outro momento? Sobre o que você citou de tudo que é vivenciado pelos jovens na base santista vou entender como que fosse algo mágico, pois realmente é assim. Eu tive a oportunidade de me formar lá, onde fiquei por nove anos. Realmente é um cenário diferente de todos, parece que existe algo inspirador ali, que te contagia, sentimento único . Em 2010 me entreguei ao profissional e fiquei até 2011. Você atuou no Rio Verde, de Goiás. Como foi a passagem no clube? Tive uma passagem rápida aí, onde fui campeão da segunda divisão do goiano levando o time ao acesso. Você esteve por duas temporadas no América de Teófilo Otoni. Foi a sua primeira participação regular como profissional? Como foi a passagem? Sim, na verdade, foi onde tive uma boa sequência de jogos. Foi uma boa experiência.
“Ainda não
joguei na altura,
mas falam que
realmente é difícil”
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Depois dessa experiência, você acertou com o Cartaginés. Como é que chegou a proposta, tinha ideia de como era o país? Eu estava voltando de lesão. Quando surgiu a proposta, eu estava em casa, não estava em meu melhor estado físico, mas meu representante me convenceu a ir e foi uma grande experiência! O Cartaginés é tradicional no futebol costarriquenho. Como é a estrutura do clube, cidade, torcida? É um dos maiores clubes da Costa Rica. Tem uma estrutura considerável e é localizada em Cartago uma cidade tranquila de pessoas receptivas. Tem uma torcida fiel que apoia sempre. Você esteve na Costa Rica durante a temporada anterior a disputa da Copa do Mundo, em que a seleção local foi a grande surpresa. Você estava lá durante essa época? Você se surpreendeu da maneira como o mundo se surpreendeu com a campanha? Eu já estava no Brasil. Tive alguns amigos que disputaram a Copa do Mundo pela Costa Rica, realmente me surpreendi, não esperava, mas fiquei muito feliz pelo trabalho executado por eles. Ainda sobre a Costa Rica. Nós vemos que muitos brasileiros vão para lá, mas não há o caminho inverso, tirando o caso do Rodney no Sport. É um erro do nosso não olhar para a América Central? Não creio que seja um erro, pelo fato de que no Brasil surgem muitos jogadores, mas existem grandes jogadores nesse mercado também, e se fossem mais observados com certeza seriam ótimas apostas!
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“Tive alguns amigos que disputaram a Copa do Mundo pela Costa Rica,
realmente me surpreendi, não esperava” 12
Seus dois últimos clubes no Brasil foram o Democrata de Governador Valadares e o Penapolense. Nos dois casos, você teve que lutar contra o rebaixamento, mas no Paulista Série A-2 desse ano você ajudou em uma salvação heroica. Como foi essa luta do Penapolense? Sim, foi bem complicado, até o último jogo tivemos que lutar e esperar por resultados, mas graças a Deus no final
deu tudo certo, vencemos em casa e tivemos a benção de se livrar do rebaixamento. Depois, Bolívia. Como recebeu a proposta? Como vem sendo a experiência nesse começo de Blooming? Surgiu a proposta, (quando) eu ainda tinha contrato com o Penapolense, mas já estava pra finalizar. Daí, vi o projeto que
“É um cenário diferente de todos, parece que existe algo inspirador ali, que te contagia, sentimento único”
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tinham de disputar a Copa Sul-Americana e montar um time competitivo e aceitei. Vem sendo uma ótima experiência, de conhecer outra cultura e a outra maneira que trabalham o futebol aqui. E a altitude? Já se acostumou com isso? Pois tanto se fala quando um clube brasileiro atua no país. Ainda não joguei na altura, mas falam que realmente é difícil e que a recuperação é um pouco complicada, mas pouco a pouco se acostuma. Como você compararia o nível do Campeonato Boliviano com o brasileiro? Quais são as características de jogo da liga?
Futebol brasileiro é mais técnico e são mais letais. Aqui eles têm a característica de jogar mais solto. Qual o próximo passo na carreira? Ou ainda é cedo para definir isso? Quero jogar por mais um tempo ainda e o futuro a Deus pertence. Você é de Nova Andradina (MS), cidade que atualmente não conta com clubes profissionais, apenas licenciados. Você espera um dia poder atuar por um clube da tua cidade? Tenho um sonho de ver time profissional que existia a voltar a estar em atividade, e quem sabe, não é, mas hoje não tenho essa pretensão. *As fotos foram cedidas gentilmente pelo entrevistado
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Uma palavra Seu ídolo no futebol?
Ronaldo Fenômeno
Seu ídolo na vida?
Jesus e Minha Mãe
Com quem sonha trabalhar?
Pep Guardiola
Quem gostaria de marcar?
Lionel Messi
Quem gostaria que fosse o goleiro da sua equipe?
Marc-André ter Stegen
O futebol é... paixão,
inspiração A Costa Rica é...
pura vida
A Bolívia é...
quente (risos)
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CINCO MIL FC
Vou ao estádio! Pelas mulheres!
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omo é bom, o futebol, seja por quem for disputado. Depois de vibrar com as conquistas históricas e estabilização da equipe masculina, a diretoria do Cinco Mil FC resolveu criar um time feminino. De início, vamos para a disputa do Estadual com um elenco “regional”, mas com uma jogadora veterana com passagem pela seleção brasileira. É nela, que se foca toda a “publicidade” do time para chamar o público. Ela joga no meio-campo, teve anos de seleção, mesmo que em momentos tenha alternado a titularidade e a reserva. Toda vez que ela tinha um tempinho quando jogava fora, ela vinha ao estado para ver os dela. Contudo, a minha animação se transforma em vergonha ao ver tantos comentários descabidos por parte dos cincomilistas. O primeiro que mais incomoda é: “Para que time feminino. É ruim, chato. Temos que investir no futebol de verdade”. Tamanha ignorância, pois primeiramente, o nosso time masculino começou na divisão inferior, com jogos com qualidade técnica baixa, mas estávamos lá, era a nossa camisa, nossa cidade. Não dá para entender alguém que vivencie as divisões baixas do futebol falando que
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o “jogo feminino é ruim”. Eu gosto de futebol, independente de quem esteja em campo, e isso derruba o tal “futebol de verdade”! Futebol de verdade é aquele que tem 11 pessoas enfrentando o mesmo número de atletas do outro lado. O primeiro jogo é um amistoso contra um equipe do estado vizinho que tem mais experiência, incluindo boas campanhas em competições nacionais. Como era esperado: perdemos. O placar nem foi tão elástico. A falta de entrosamento pesou, mas saímos com bons prognósticos dentro de campo, mas fora dele, as palavras descabidas continuavam. Algo que percebi desde que passei a acompanhar a seleção feminina é que as críticas ao futebol das mulheres é sempre maior e com um preconceito velado totalmente ridículo. Se você é contrário a alguma crítica feita por alguém, logo a réplica é aquele velho clichê: “Mas não pode falar nada sobre elas que já aparece vocês. Parece que elas são sagradas”. Não, elas não são sagradas, mas a crítica é totalmente errada quando se esquece do contexto do futebol feminino. Porém, ao falar isso, outra falácia aparece. Veja bem, eu
sou um apoiador do futebol feminino, então eu digo que ele merece apoio, visibilidade e profissionalismo. Daí, um jogo do outro lado do país na tarde de um dia útil não tem torcida e a culpa disso é minha. Ora bolas, vocês querem que eu pegue um avião para todas as cidades que tenham partidas! Podemos criticar? Sim! E devemos, mas em questões pontuais, como a inércia do treinador que insiste em um esquema que não dá certo (um abraço, Vadão), lembrando que no caso do Cinco Mil FC era o primeiro jogo. É triste ver que parte da torcida do Cinco Mil FC é composta não por torcedores, mas por “ganhadores”, que não veem na equipe a representação da cidade, a luta pelo futebol feminino e a oportunidade de irmos mais vezes aos estádios. O que importa: é vencer, ganhar, entretanto, o verbo apoiar é inexistente no vocabulário de alguns. Estamos prestes a iniciar nossa primeira competição oficial, com um planejamento que tem como foco, participações nacionais e internacionais. Eu não sei o que vai acontecer, mas só sei que eu estarei lá, pelo Cinco Mil FC, pela minha cidade, pelo futebol feminino e pelas mulheres!
Mais crônicas do Cinco Mil FC? Clique abaixo CRÔNICA #1: As cinco mil vozes
CRÔNICA #2: Quando o torcedor ilude o torcedor!
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APITO INICIAL
(Foto: Alisson Frazão/CSA)
SOLTA O GRITO! A Série D 2016 chegou ao fim e a gente explica o porquê dos acessos de Volta Redonda, CSA, São Bento e Moto Club
(Foto: Biné Morais/O Estado)
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ssa Série D 2016 é especial para nós, pois foi a primeira edição que realizamos o nosso guia da divisão, que se tornou carro-chefe da nossa marca, mesmo com apenas um número publicado. Já adianto, que em 2017 voltaremos. Lá em junho, mostramos como viriam os 68 clubes da quarta divisão, que passou por uma nova reformulação, política, sim, mas com novos focos. O ponto que traçamos ao qual seria determinante o acesso de quatro equipes era ter o mínimo de organização, já que certos clubes disputaram a divisão para apenas assegurar (ou reafirmar) a vaga garantida para 2017, conforme novo critério exigido pela CBF, para na próxima temporada se organizarem melhor. Esse “mínimo de organização” foi visto nas quatro equipes que garantiram o acesso. Ao fim do Estadual, as quatro agremiações tiveram que refazer o elenco, após um satisfatório primeiro semestre, foram atrás de reforços, muitos locais, para acelerar a preparação. Com as peças repostas junto aos que ficaram, as equipes deram liga. Modéstia a parte, os quatro acessos foram desenhados por nós no Guia
da Série D 2016. Os nordestinos CSA e Moto Club foram apontados como aptos ao acesso, mesmo com a presença da Campinense, que aparecia, talvez, como “grande favorito”. Em São Paulo apontamos o equilíbrio entre as quatro equipes, sendo que o São Bento se sobressaiu. No Rio de Janeiro, o Volta Redonda era o único que nos dava mostras que o acesso era plausível, o que se confirmou dentro de campo. Sendo assim, nós chamamos os redatores de cada equipe que participaram do Guia para voltar e dessa vez, escrever sobre o que levaram as quatro equipes a conquistarem o acesso. De antemão, já adiantamos que a “reformulação e pouco tempo” de preparação do Moto foi superada com as peças de reposição; no CSA, a “busca por redenção” foi confirmada, fazendo com que Alagoas se torne o segundo estado nordestino com mais representantes nas três primeiras divisões; a “aposta na (categoria) de base” feita por Felipe Surian no Voltaço também deu certo e por fim, o São Bento via a Série D como a “hora de se afirmar” e parece que assim será. A Série C é diferente da Série D, mas as quatro equipes parecem preparadas e organizadas para a nova divisão.
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volta redonda
Tricolor de Aço mostra sua força
Volta Redonda se impõe e conquista acesso sem derrotas
por MATHEUS MANDY jornalista
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A
(Foto: Divulgação/ Jornal Ponto de Encontro)
pós um longo hiato fora da Terceirona, o Volta Redonda assegurou seu acesso à Série C do Brasileirão. A promoção veio com autoridade, já que em 12 jogos, foram oito triunfos e quatro empates. O time que manteve a sólida defesa do Campeonato Carioca, apostou no trabalho de Felipe Surian, que já havia conquistado outros três acessos na competição. Com elenco escolhido a dedo, o Voltaço não sentiu as perdas que sofreu durante a competição, como a do atacante e artilheiro Tiago Amaral e do zagueiro Luan, sempre tendo como reposição, atletas das categorias de base, outra marca desta equipe. Na reta final, o time ainda contou com o retorno de Dija Baiano, autor
dos gols do acesso. Essa conquista coroou um ano que até aqui tem sido espetacular em termos de resultado. Foram apenas quatro derrotas no ano, três para os considerados grandes e uma para o Boavista - todas no Carioca. Desacreditado no início por não trazer muitos jogadores conhecidos, a equipe foi ganhando corpo e crescendo ao longo da Série D. Triunfos como visitantes foram se tornando cada vez mais normais, com o esquema do 4-14-1 adotado por Surian. Na reta final, o time ainda contou com um reforço que fez a diferença: a torcida. A cidade de Volta Redonda enfim abraçou o time e acompanhou as partidas no Raulino de Oliveira incentivando a todo momento. Para muitos, o grande momento do time foi na segunda fase, onde após o jogo de ida diante do URT, o treinador Felipe Surian e o elenco foram duramente criticados publicamente pelo comandante rival, mexendo com o brio de todos. Surian utilizou as declarações do adversário como um ingrediente a mais e o que se viu foi um time aguerrido, abrindo 2 a 0 com autoridade.
De lá pra cá, a equipe venceu todas as partidas fora de casa, com o estilo de jogo de troca de passes e a saída em velocidade para o ataque. Foi dessa maneira que veio a vitória em Feira de Santana contra o Fluminense no jogo de ida das quartas e na volta, aproveitando o desespero do adversário, não foi diferente, com Dija Baiano comandando as ações ofensivas.
O CRAQUE
Dija Baiano
(Foto: Úrsula Nery/Agência FERJ)
Afastado do time durante o Campeonato Carioca e cedido ao Macaé, Dija Baiano retornou ao clube no final da primeira fase e logo na reestreia, marcou diante do Goianésia. Ao todo, foram cinco gols anotados, sendo três contra o FluminenseBA, um na partida de ida e outros dois no duelo que garantiu o acesso após a vitória por 2 a 1. Com fama de indisciplinado, Dija Baiano de 26 anos deu a volta por cima e foi o grande destaque do Tricolor de Aço.
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csa
Força e experiência
União de todas as partes resultam em um histórico acesso e dias melhores ao Azulão
por TAYNÃ GOMES-MELO redator do Vavel Brasil
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A
(Foto: Alisson Frazão/CSA)
trajetória do CSA no Campeonato Brasileiro da Série D começou debaixo de muita confiança. Após a expectativa alta pela campanha no Campeonato Alagoano (embora não tenha conquistado o título), o time perdeu na estreia e ligou o sinal de alerta. Embora terminasse a fase de grupos na liderança da chave, a torcida apontava um pouco de desconfiança quanto aos duelos eliminatórios. Desconfiança esta que foi por água abaixo após as atuações fortes e convincentes, principalmente dentro de casa, com o apoio da massa azulina. O momento em que todos se deram conta de que o CSA chegaria com total potencial pelo acesso foi o duelo contra o Altos. Enfrentar um time invicto e
com um conjunto muito forte, vencer de forma categórica e dominante, além de adquirir a vantagem necessária para se classificar e seguir adiante. Outro momento fundamental que apontou um futuro diferente das edições anteriores foi o confronto que decidiu o acesso, contra o Ituano. Diferente das fases passadas, o primeiro jogo foi fora de casa. Mesmo assim, a postura do Azulão foi bastante elogiada. Marcação forte, no campo defensivo e convincente triunfo que garantiu mais uma vez a vantagem necessária para garantir a vaga na Série C após nove anos e o fim de um marasmo que deixava o torcedor azulino cada vez mais amargurado. Para que tal feito fosse atingido e os fracassos ficassem no passado, um nome pode ser considerado o responsável por tudo isso: Oliveira Canindé. O técnico do CSA voltou ao clube em outubro de 2015, indicou jogadores de qualidade e de sua confiança para colocar o time em um nível de onde, segundo suas palavras, não deveria ter saído. Junto com sua comissão técnica, trouxe a intensidade na marcação e a força no ataque. Com jogadores conhecidos do cenário alagoano e de seu conhecimento não apenas em sua primeira passagem no Mutange, o conjunto foi formado. Embora as modificações no elenco entre
o Alagoano e o Brasileiro foram consideráveis, o escrete subiu ainda mais o nível e conseguiu atingir o objetivo para a temporada. A administração também pode ser considerada um bom motivo para o CSA conseguir a vaga na Série C em 2017. A união de cinco ex-presidentes e o bom relacionamento entre os mesmos e conselheiros culminaram na ausência de polêmicas e ruídos, um grave problema que mandatários anteriores não conseguiram resolver. Com todos esses fatores (diretoria, comissão técnica, elenco e torcida), o Azulão entrou em sintonia e conseguiu sair da incômoda pasmaceira.
O CRAQUE
Cleyton
(Foto: Ailton Cruz)
Ao falar da campanha que culminou no acesso do CSA na próxima temporada, um nome certamente é unânime em ser considerado como craque do time na competição nacional: Cleyton. Durante a campanha no Campeonato Alagoano, o jogador teve algumas atuações destacadas e continuou para a disputa da Série D, onde realmente se tornou o principal nome na campanha do clube. O jogador marcou oito gols e foi o artilheiro do CSA no torneio, e seu nome vai estar na história como o autor do tento que confirmou a vaga do Azulão na Série C.
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são bento
A força do Bentão
Da A-3 Paulista ao acesso nacional: a dura saga do São Bento rumo à consagração
por CAIO ALVES e MARCOS GASPAR editores do Alambrado
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(Foto: Jesus Vicente/ASCOM São Bento)
pós 24 anos longe do Campeonato Brasileiro, o São Bento regressou ao torneio nacional em virtude do surpreendente desempenho na última edição do Campeonato Paulista, quando obteve o quinto lugar geral sob o comando técnico de Paulo Roberto Santos. Sem estrelas, o time apostou na sequência do experiente treinador e em reforços pontuais ao longo da Série D para manter a boa fase e garantir o acesso à terceira divisão. Apesar do sucesso recente, pouco tempo atrás, em 2011, a situação era bastante distinta. Vivendo grande crise, o Azulão perdeu jogadores por questões financeiras e enfrentou uma greve dos atletas, que estavam sem alojamento
e com salários atrasados. Com tantos problemas, veio a queda para a Série A-3 do estadual e a renúncia do presidente Luiz Augusto Manenti. A nova diretoria, então, presidida por Fernando Martins da Costa Neto, decidiu melhorar a saúde financeira do clube antes de montar equipes competitivas. O resultado deu certo, e, aos poucos, com jogadores de baixo custo e talentos da base, o São Bento foi crescendo. Em agosto de 2015, já com Paulo Roberto à beira do gramado, surgiram projetos mais ambiciosos. Os limites no orçamento não foram um empecilho para a boa campanha no Paulistão, e a reformulação do elenco logo após a vaga na Série D não impediram o sonho do acesso. No grupo A14 ao lado de Portuguesa-RJ, Vila Nova-MG e São José-RS, a equipe somou quatro vitórias, um empate e uma derrota - tendo feito sete gols e sofrido apenas um, no revés em casa para os mineiros. Até as quartas de final, levou só mais dois tentos, de Brusque-SC e J.Malucelli-PR. Já classificado para a Série C, o objetivo dos sorocabanos passou a ser o título, e o retrospecto positivo animava. Mas no caminho oposto havia um adversário qualificado, o CSA do técnico Oliveira Canindé e do vice artilheiro Cleyton . Em Maceió, o conjunto alagoano
atuou bem e aproveitou a tarde inspirada do meia Didira para vencer a primeira semifinal por 2 a 0, em 11 de setembro, derrubando a série invicta do São Bento fora de casa nesta edição do certame. Precisando pelo menos devolver o placar, o Azulão paulista faz promoção de ingresso para o duelo de volta, no Walter Ribeiro, no próximo domingo (18), com o objetivo de se fortificar com o apoio de sua torcida. Mesmo com o apoio e a vitória, por 1 a 0, o clube ficou fora da final. Nada que abale a campanha que ficará para sempre marcada na história do clube.
O CRAQUE
Rodrigo Viana
(Foto: Jesus Vicente/ASCOM São Bento)
Comandante da segunda melhor defesa da competição e menor média de gols sofridos – com três gols tomados em 14 partidas, Rodrigo Viana se destacou em mais uma campanha de acesso na Série D, assim como em 2011, quando ajudou o Tupi a conquistar vaga para a Série C. O goleiro demonstrou grandes qualidades debaixo das traves. Xodó da torcida, o fã de Taffarel segue sua crescente na carreira. A torcida do São Bento espera que atinja o topo em Sorocaba.
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moto club
Renascimento rubro-negro
Moto volta à Sèrie C após 13 anos
por BRUNO ALVES editor do Futebol Maranhão
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O
(Foto:Weliandrei Campelo)
triunfo por 3 a 1 diante do Atlético-AC garantiu a passagem do Moto na Série C de 2017, onde não aparece desde 2004. A conquista do acesso coroou a temporada memorável do RubroNegro, que começou 2016 com o título do Campeonato Maranhense e encerra o ano com a certeza de um calendário cheio e confrontos interessantes ao longo do ano de 2017. Para chegar ao acesso, o Moto precisou se reinventar no início da Série D, mas na fase final contou com o retorno do seu melhor jogador no ano, o meia Marcos Paullo. Do time campeão maranhense, que era visto como a base ideal para a disputa do acesso para a Série C, o Rubro-Negro
perdeu, além do meia que foi para o Bragantino, o goleiro Rodrigo Ramos, que acertou com o arquirrival e o zagueiro Renan Dutra. As saídas deixaram lacunas no elenco, mas defensivamente o goleiro Márcio Arantes e o zagueiro Fred rapidamente fizeram a torcida esquecer as carências. O problema maior seguia no meio-campo, em busca do 10 ideal, e no ataque, onde Rodrigo Dantas não deslanchava. O Moto estreou com empate sem gols diante do Santos-AP, mas logo na segunda rodada arrancou uma boa vitória, por 2 a 0 diante do Águia. Era o sinal que o Castelão seria usado como maior trunfo do time. Apesar disso, o Rubro-Negro só empatou com o Tocantinópolis, no Gigante do Outeiro da Cruz. O resultado reascendeu a desconfiança, mas no segundo jogo contra o TEC, apesar de outro empate, Márcio Arantes foi um dos destaques e defendeu seu primeiro pênalti na competição. Na sequência, o RubroNegro empatou com o Águia e goleou o Santos-AP para selar a classificação. A primeira fase terminava com o Moto invicto, além de não ter sofrido gols no Castelão. No ataque, Rodrigo Dantas dava adeus ao clube e Muller chegava com dois gols marcados nos dois primeiros jogos. Nas oitavas de final, o Papão passou tranquilo pelo Águia e se preparou para encarar a Juazeirense. O jogo de ida foi marcado
pelo retorno de Marcos Paullo, após quatro meses no Bragantino. Logo na reestreia, o meia marcou um dos três gols no triunfo por 3 a 1. Na volta, o Moto perdeu a invencibilidade, com a derrota por 1 a 0, mas estava garantido nas quartas de final. No confronto do acesso contra o Atlético-AC, o Moto até parecia que conquistaria a vaga fácil, após fazer 1 a 0, com um minuto de jogo. Mas, em pleno Castelão, o Galo acreano garantiu o empate por 2 a 2. No jogo de volta, Márcio Arantes começou a partida se destacando, defendendo novo pênalti e vendo o Moto garantiu o triunfo por 2 a 1, junto com a classificação para a Série C de 2017.
O CRAQUE
Marcos Paullo
(Foto: Divulgação/O Estado)
O meia Marcos Paullo não disputou a 1ª e 2ª fase, pois estava tentando se firmar no Bragantino. Sem espaço no time paulista, retornou nas oitavas e saiu do banco para fazer o segundo gol no 3 a 1 sobre a Juazeirense. Nas quartas, além do primeiro gol, deu a assistência para Thiago Miracema garantir o empate em 2 a 2 com o Atlético-AC. Com a atuação de Marcos, o melhor jogador da temporada, o Moto pôde garantir o retorno à Série C. Após comandar o time na conquista do Maranhense, apesar de disputar apenas seis jogos, foi fundamental no acesso.
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LADO B
MUDANÇA
DE ROTA! No final de agosto, mais uma janela de transferências foi encerrada na Europa. Muitas contratações estratosféricas, aquele inglês supervalorizado, os muitos boatos e jogadores fechando contratos a poucos minutos do fechamento. Enquanto isso rolava, jogadores que passaram por grandes centros do futebol do continente, aquele brasileiro famoso ou aquela figurinha carimbada da Champions acertavam com clubes de ligas alternativas. A característica principal dos jogadores que listamos aqui é que são veteranos, alguns deles voltando para o clube que os lançaram. A Série Z mostra o destino de alguns jogadores, com direito a alguns “combos”, em ligas que receberam jogadores aos montes
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Combo#1 CHIPRE
O futebol cipriota tem como grande característica ter mais estrangeiros que locais. Nos últimos anos, porém, jogadores mais famosos estão chegando a ilha entre a Europa e Ásia. Na última janela não foi diferente. O atual campeão e melhor financeiramente APOEL Nicosia contratou dois velhos conhecidos daqueles que acompanham com mais afinco, o futebol europeu: Renan Bressan e Igor de Camargo. Os dois são brasileiros naturalizados bielorrusso e belga, respectivamente. O primeiro apareceu para nós, assim que o BATE Borisov começou a frequentar a fase de grupos da Liga dos Campeões, enquanto que o segundo teve uma passagem regular nos quatro anos de Bundesliga, onde atuou pelo Borussia Mönchengladbach e Hoffenheim. Talvez ele seja dos contratados famosos, aquele que tem o melhor currículo de clubes, mesmo com a qualidade sendo questionada. Javier Garrido é lateral esquerdo do AEK Larnaca. O espanhol começou a carreira na Real Sociedad, foi um dos primeiros contratados da nova era do Manchester City, foi para a Lazio, jogou no Norwich e estava nos Las Palmas em 2016/17. O Chipre tem uma relação de irmandade com a Grécia, sendo que o território chega a ser quase que uma extensão do país de Sócrates e Platão, por isso, gregos são sempre vistos nos clubes locais, como o Omonia, que anunciou um dos jogadores que mais vestiram a camisa da seleção após a Euro 2004: Loukas Vyntra. Zagueiro e lateral, Vyntra jogou por quase dez anos no Panathinaikos, até acertar com o Levante. Estava em Israel e agora ficará perto de casa, novamente.
Renan Bressan (Foto: Divulgação/Russian Football News)
Igor de Camargo (Foto: Divulgação/Getty Images)
Javier Garrido (Foto: Divulgação/Squawka)
Loukas Vyntra (Foto: Vladimir Rys/Getty Images Europe)
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Combo#2 ESCÓCIA
(Fotos: Divulgação/Celtic FC)
No primeiro The Firm após a volta do Rangers à elite escocesa, o Celtic estraçalhou com uma goleada por 5 a 1. Ter nomes famosos na Escócia era comum quando o clássico estava forte e parelho, porém isso veio mudando nos anos passados, com um resgate a partir desta temporada. Cinco jogadores valem menção. O Rangers contratou o zagueiro suíço Phillippe Senderos, o volante inglês Joey Barton e o meia croata Nico Kranjcar, enquanto que o Celtic apostou na eterna promessa inglesa Scott Sinclair e no zagueiro marfinense Kolo Touré.
Combo#3 IRLANDA do NORTE Os bons filhos à casa tornam e o espanhol veterano. Esse é título do mercado de transferências norte-irlandês. Entre os locais, o goleiro Roy Carroll (foto 1), mais conhecido dentre estes, e os meias Sammy Clingan (2) e Paddy McCourt (3) voltam para a casa, sendo que os dois primeiros para atuar pelo hegemônico Linfield e o terceiro para jogar no Glenavon. Os três participaram por anos de disputas com o selecionado local, sendo que o Roy foi o terceiro goleiro da equipe na Euro 2016. O espanhol veterano trata-se de Nacho Novo (4), com grande passagem pelo Rangers entre 2001 e 2010. O atacante estava parado desde que deixou o Carolina RailHawks no fim de 2015, para acertar com o Glentoran.
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(Fotos: Divulgação)
(Fotos: Divulgação/Rangers FC)
(Fotos: Divulgação/AEK FC)
Combo#4 AEK ATENAS É a segunda temporada de retorno à elite grega do tradicional AEK e dessa vez, a aposta foi alta... de idade, digo, experiência. O clube contratou três jogadores que todos conhecem do futebol europeu e outro que assombrou uma torcida brasileira pela falta de qualidade. A lista de reforços aurinegra conta com os zagueiros Dmytro Chygrynskiy (ex-Shakhtar e Barcelona) e Joleon Lescott (ex-Everton e Manchester City), o centroavante Hugo Almeida (ex-Porto e Werder Bremen) e o atacante Patito Rodríguez (ex-Santos), que com certeza correrá muito por lá, o que ele faz de melhor, ou a única coisa que faz...
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Jonas | Dinamo Zagreb Os flamenguistas devem se lembrar dele, o “Schweinsteiger do Maranhão”, aquele que foi indicado por Juninho Pernambucano ao Lyon, que o “seguiu de perto”, mas o tricolor que o volante marcador acabou acertando foi o Dinamo Zagreb. Após, até certo ponto boa passagem por empréstimo na Ponte Preta, Jonas conseguiu uma vaga na equipe croata, onde é titular absoluto nesse começo de temporada.
(Foto: Divulgação/Dinamo Zagreb)
Rafael van der Vaart | Midtyjylland Ajax, Hamburgo, Real Madrid e Tottenham. Esses foram os primeiros clubes de Van der Vaart, um dos mais talentosos holandeses no último século, mas que poderia ter sido melhor, devido a irregularidade em certos momentos. O holandês estava no Betis e chegou a ser cogitado no Santos, isso mesmo, mas não rolou, sendo assim a Dinamarca é o novo local de trabalho, onde atua no carismático Midtyjylland.
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(Foto: Divulgação/Midtyjylland)
Danijel Pranjic | Koper
(Foto: Divulgação/FC Koper)
Em 2008/09, Louis van Gaal era treinador do AZ Alkmaar, onde foi campeão holandês daquela temporada. A quinta colocação foi do Heerenveen, onde um lateral/meia central se destacou com 16 gols, algo fora do comum, era o croata Pranjic. Na temporada seguinte, Van Gaal acertou com o Bayern Munique e Danijel foi um dos reforços pedidos. Foi atendido! Pranjic atuou em mais de 80 jogos no clube bávaro, mas com apenas um gol. Em 2012, ele saiu para, posteriormente, atuar no Sporting, Celta e Panathinaikos para agora jogar na Eslovênia, mais exatamente no FC Koper.
Lúcio Maranhão | Hapoel Be’er Sheva Se eu te disser que Lúcio Maranhão fez gol na Liga dos Campeões desta temporada, você pode não acreditar, mas é uma completa verdade. Após um bom primeiro semestre com o CRB, o centroavante acertou com o atual campeão de Israel. Ele fez um gol nos playoffs da UCL contra o Celtic. Mesmo eliminado, Lúcio terá a chance de enfrentar Internazionale, Sparta Praga e Southampton na Liga Europa.
(Foto: Divulgação/Hapoel Be’er Sheva)
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Andreas Isaksson | Djurgardens Junto com Kallstrom e Ibrahimovic, Isaksson disputou a Euro 2016 e se aposentou da seleção, mas pelo que parece o goleiro que por mais de 10 anos foi titular da equipe nacional já prepara a aposentadoria dos gramados. Depois de anos, ele retorna ao clube anterior a saga europeia, o tradicional Djurgardens, já que ele foi formado no Trelleborgs.
(Foto: Divulgação/Djurgardens IF)
Tomás Rosicky | Sparta Praga
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O bom filho à casa torna. Tomás Rosicky foi revelado no Sparta e de lá saiu para o Borussia Dortmund, para depois ficar por dez anos no Arsenal. Talentoso, teve momentos e momentos na equipe londrina. Fez parte da “ótima geração tcheca de 2006”. Rendendo pouco no clube e na seleção, o meia acertou com seu clube de coração para encerrar a carreira.
(Foto: Divulgação/Sparta Praga FC)
Johan Elmander | Orgryte Outro sueco que retorna é Johan Elmander, um dos vários companheiros de ataque que Ibra teve após Larsson deixar a seleção. O atacante teve os melhores momentos da carreira no Toulouse, Bolton e Galatasaray. Talvez seja a volta mais alternativa desse mercado, já que o Orgryte disputa a segunda divisão nacional, atualmente.
(Foto: Divulgação/Orgryte IS)
Ricardo Costa | Luzern
(Foto: Divulgação/FC Luzern)
Foram anos de seleção portuguesa, com três Copas e uma Euro no currículo. Em clubes, títulos com o Porto, como a Champions e o Mundial, e Wolfsburg, na histórica Bundesliga 2008/09. Passagem ainda pelo Valencia. Por tudo isso causou surpresa o destino de Ricardo: Suíça. Apesar de uma passagem pelo Catar em 2014, a escolha do zagueiro foi inesperada.
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CONTEXTO
As
Eliminatórias dos
desistentes A Copa do Mundo de 1950 teve mais desistências do que vagas garantidas durante a qualificação
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E
m 1949, o mundo ainda apresentava resquícios da Segunda Guerra Mundial, com países em reconstrução e sanções internacionais impostas (Alemanha e Japão), o que influenciou o futebol e a primeira Copa pós-guerra, o Mundial de 1950. Porém, nesse ano, 32 seleções se mostraram dispostas a começar o caminho rumo ao Brasil, considerado um local seguro para a realização da competição. Brasil, sede, e Itália, então última campeã mundial se classificaram diretamente, sendo que os dirigentes e atletas da Azzurra aceitaram após uma longa negociação para convencê-los, pois o país se reconstruía. As 32 seleções foram divididas em 10 grupos regionais, de onde sairiam 14 equipes classificadas para o Mundial, mas não foi isso que aconteceu, pois apenas 11 seleções finalizaram o caminho rumo ao Brasil nas Eliminatórias marcadas por inúmeras desistências. A Europa tinha direito a sete vagas e as seleções foram divididas nos seis primeiros grupos. A British Home Championship 1949/50, torneio que reunia as
seleções britânicas, foi utilizada como qualificatório e foi chamada de grupo 1. A Inglaterra foi líder (campeão da Home) do grupo, com três vitórias e se classificou para a competição. A Escócia ficou em segundo e garantiu a vaga, mas desistiu posteriormente. A FIFA decidiu não chamar País de Gales ou a Irlanda (seleção que reunia jogadores da Irlanda do Norte e Irlanda), que terminaram empatadas com um ponto. No grupo 2, a Turquia que derrotou a Síria, por 7 a 0, teria o direito de enfrentar a Áustria, mas o adversário desistiu. A vaga foi repassada aos turcos que a rejeitaram. A FIFA resolveu convidar Portugal, que havia sido eliminada pela Espanha no grupo 6 (5×1 e 2×2), mas também não aceitou a vaga. Na terceira chave, Israel e Iugoslávia se enfrentaram em duas partidas, com duas goleadas iugoslavas, que garantiu a chance de enfrentar a França pela vaga na Copa. Nas duas primeiras partidas, empate por 1 a 1. Um jogo desempate foi marcado e com gol de Željko Čajkovski na prorrogação, a Iugoslávia ficou com a vaga. Os franceses foram convidados e, comum que se tornou, desistiram da Copa. A Suíça passou tranquila por
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Luxemburgo na fase preliminar do grupo 4, que garantiu vaga para enfrentar na decisão, a Bélgica, que nem entrou em campo e deu a vaga direta para os suíços. Suécia, Irlanda e Finlândia formavam a quinta chave. Os suecos se classificaram sem problemas, após três vitórias e nenhuma derrota, isso porque a Finlândia desistiu antes da última partida. A Irlanda fez três pontos e foi convidada a participar do Mundial de 50, mas recusou. Os grupos 7 e 8 eram destinados à América do Sul, que teve direito a quatro vagas, com sete seleções na disputa. Antes mesmo de entrarem em campo, três seleções desistiram das eliminatórias. A Argentina que, para muitos historiadores, teve a melhor seleção na década de 1940 desistiu da fase qualificatória e Chile e Bolívia (as equipes chegaram a se enfrentar por duas vezes, mas os jogos não foram considerados oficiais) ficaram com as vagas. No “grupo 8”, Peru e Equador desistiram da disputa e Uruguai e Paraguai rumaram ao Brasil. México, Estados Unidos e Cuba fizeram parte do grupo da América do Norte, Central e Caribe. A disputa foi
QUEM DESISTIU
Seleção americana(Foto: Divulgação/FIFA)
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Seleção indiana(Foto: Divulgação/FIFA)
em turno e returno e os dois primeiros se classificaram. O grupo foi o único sem desistências naquelas Eliminatórias. A seleção mexicana ganhou os quatro jogos e ficou em primeiro, seguido pelos EUA, que fizeram três pontos, dois a mais que Cuba. O último grupo é responsável por um mito. A Índia se classificou diretamente após a Birmânia,Indonésia e Filipinas desistirem das Eliminatórias, mas foram proibidos, pois jogavam com os pés descalços, o que não era permitido pela FIFA, mas que se trata de um conto, pois a real razão era a falta de conhecimento dos indianos na época, que não sabiam que obrigatoriamente precisavam atuar com calçados. Ao fim de tudo isso, 14 seleções que tiveram a chance da disputa não se classificaram por desistência, rejeição ou falta de informação. A Copa do Mundo de 1950 foi disputada por 13 seleções, três a menos que o reservado para a competição, que teve a vitória dos EUA sobre a Inglaterra como grande zebra e claro, a final que marcou jogadores brasileiros, que puderam descansar em paz, 64 anos depois, se é que vocês me entendem.
QUEM DISPUTOU
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BOLA DE CAPOTÃO
(Foto: Kaique Augusto)
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SOMOS TODOS
TERCEIRONA Para quem leu a última edição da nossa revista está pauta não é estranha, mas acreditamos que muitos ainda não viram esse estudo. Pois bem, a Série Z foi atrás e mostra a vocês, quantos e quais clubes já disputaram a Terceira Divisão do Paraná, da qual produzimos o guia da edição 2016. Segundo a nossa pesquisa com base na RSSSF e livros, chegamos a 97 clubes (incluindo nove que disputam atualmente), de todos os cantos do estado. Muitos times passaram pouco tempo no escalão que é marcado por dois hiatos, entre 1992 e 1996 e 2004 e 2007. Aproveite esse levantamento, com os escudos (dos encontrados), nomes completos (em caixa alta, como era chamado), cidades e os anos de participação. Se gostarem, quem sabe não temos mais do tipo nas próximas edições de outros estados. Descubra!!!
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ADAP - Associação Desportiva Atlética do Paraná Campo Mourão 2002
AFA UMUARAMA - Associação de Futebol da Amerios Umuarama 2011
ÁGUIA Futebol Mandaguari/Maringá 2001
Clube ANDRAUS do Brasil Campo Largo 2010, 2014
Associação Atlética ARAPONGAS Arapongas 2001, 2002
Associação Atlética ARAPOTÍ Arapotí 1997
ARAUCÁRIA Futebol Clube Araucária 2002
Sociedade Esportiva e Recreativa ASSAHI Assaí 1998
BELA VISTA Futebol Clube Bela Vista do Paraíso 1999
Clube Atlético CAMBÉ Cambé 1991, 2008, 2010, 2011, 2012, 2015
Associação CARAMURU Esportes de Castro Castro 1991, 2001
Grêmio Esportivo CARAMURU Chopinzinho 1991
CASCAVEL Clube Recreativo Cascavel 2014, 2015
CASCAVEL Esporte Clube Cascavel 2001
Futebol Clube CASCAVEL Cascavel 2009, 2013
CAXIAS Esporte Clube Palmas 1991, 1997
CENTENÁRIO Futebol Clube Centenário do Sul 2008
CESUM - Clube Esportivo e Social União Medianeirense Medianeira 1991
CINCÃO Esporte Clube (atual Apucarana Sports) Londrina 2011
COLOMBO Futebol Clube Colombo 2000
Esporte Clube COMERCIAL Cornélio Procópio 1997, 2001, 2002, 2003
CONCÓRDIA S/A Esporte Marechal Cândido Rondon 1997
CPF - Centro Paranaense de Futebol Curitiba/São José dos Pinhais 2003
Clube Atlético CRUZEIRO Loanda 1991
DOIS VIZINHOS Esporte Clube Dois Vizinhos 2002
FANÁTICO Futebol Clube Campo Largo 2000, 2002
FRANCISCO BELTRÃO Futebol Clube Francisco Beltrão 2011, 2012
GRÊMIO MARINGÁ Maringá 2010, 2011, 2015
Associação Desportiva GUARATUABA Guaratuba 1997, 1998
Associação Esportiva IBIPORÃ Ibiporã 1999, 2000
Associação Atlética IGUAÇU União da Vitória 2000
IGUAÇU AGEX Futebol Clube União da Vitória 2010
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INTERNACIONAL Esporte Clube Campo Largo 2000
Sociedade Esportiva ITAÚNA DO SUL Itaúna do Sul 1999
Esporte Clube IVAIPORÃ Ivaiporã 2000, 2002
IVAIPORÃ Futebol Clube Ivaiporã 1999
Clube Atlético Desportivo de JACAREZINHO Jacarezinho 2008, 2009
JAGUARIAÍVA Esporte Clube Jaguariaíva 1997
JANDAIA Esporte Clube Jandaia do Sul 1991
Clube Atlético JUVENTUD BRASIL Curitiba 2008
JUVENTUDE Esporte Clube Castro 1998
Associação Esportiva e Recreativa JUVENTUDE Paranaguá 2000
Sociedade Esportiva KASHIMA ANTLERS do Brasil Guaíra/Curitiba 1997, 1998
Sociedade Esportiva MATSUBARA Cambará 2001, 2009, 2010, 2011
Grêmio METROPOLITANO Maringá (atual Maringá FC) Maringá 2010
MIXTO Futebol Clube São José dos Pinhais 2000
MIXTO BORDÔ Futebol Clube Telêmaco Borba 1997
NACIONAL Atlético Clube Rolândia 1991, 1998
NÁUTICO Clube Jataizinho Jataizinho 1991
NOROESTE Futebol Clube Maringá/Mandaguari/Ivaiporã 2000, 2001, 2003
PARANAVAÍ Atlético Clube Paranavaí 1998, 1999
PAULISTINHA Futebol Clube Campina Grande do Sul 2000
Associação Atlética PINDORAMA SIQUEIRENSE Siqueira Campos 1997, 1998
PITANGA Esporte Clube Pitanga 2000
Sociedade Esportiva PLATINENSE Santo Antônio da Platina 1999, 2002, 2008, 2011
União Atlética PLATINENSE Santo Antônio da Platina 2003
Associação PORTUGUESA LONDRINENSE Londrina 2012, 2013, 2014
PRUDENTÓPOLIS Esporte Clube Prudentópolis 1997
PSTC - Paraná Soccer Technical Center Londrina/Cornélio Procópio 2010, 2011, 2012
PUC CURITIBA – Pontifícia Universidade Católica Curitiba 2002
RENOVE - Recreativo Nova Estrela Fazenda Rio Grande 2000
ROMA Esporte APUCARANA Apucarana 2001
Sport Clube SÃO JOSÉ São José dos Pinhais 2008, 2012, 2013
SERRANO Centro Sul Esporte Clube (atual Prudentópolis FC) Prudentópolis 2008
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SOREC - Sociedade Recreativa Cascavel Cascavel 1998, 2001
SPORT Clube PARANÁ Formosa do Oeste 2003
TABU Esporte Clube Clevelândia 1991
TELÊMACO BORBA Esporte Clube Telêmaco Borba 1999, 2001
Associação de Futebol TIGRÃO de UMUARAMA Umuarama 2008, 2009, 2010
TOLEDO Esporte Clube Toledo 1998, 2001
UBIRATÃ Esporte Clube Ubiratã 1991, 2002
UMUARAMA Futebol Clube Umuarama 1997
Associação Esportiva VILA NOVA Palmas 2008
YPIRANGA Futebol Clube Palmeira 2000
Participantes da Edição 2016
Clique no escudo de cada equipe para ver as informações do clube na Terceirona Paranaense 2016
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ARAPONGAS Esporte Clube Arapongas 2008
Associação Atlética BATEL Guarapuava 2009, 2014
COLORADO Atlético Clube (antigo Cintos Mima) Colorado 1998, 2001, 2010, 2011, 2012
GRECAL - Grêmio Recreativo Esportivo Campo Largo Campo Largo 2010, 2011, 2013, 2014
INDEPENDENTE Futebol São Joseense São José dos Pinhais
IRATY Sport Club Irati
JUNIOR TEAM Futebol Londrina/Sertanópolis 2010, 2011
PATO BRANCO Esporte Clube Pato Branco 1997, 2009, 2012, 2013, 2014
SPORT Club de CAMPO MOURÃO Campo Mourão 2012, 2013, 2014
Clube Esportivo UNIÃO Francisco Beltrão 1991
UNIÃO Futebol Clube de NOVA FÁTIMA Nova Fátima 2012
CIANORTE Esporte Clube Cianorte 1998, 1999
Esporte Clube Recreativo FERROVIÁRIO Jaguariaíva 1999
GRÊMIO de Futebol Paranaense Curitiba 2000
SPORT Club SALTENSE Salto do Itararé 2003
TAMANDARÉ Esporte Clube Almirante Tamandaré 2000, 2001
UNIÃO QUEDAS Quedas do Iguaçu 1991
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BOLA DE CAPOTÃO
ROMÁRIO
FOI DO TUPI! POR POUCO TEMPO! Em campo, ele não foi visto, mas em um treino, sim
(Fotos: Divulgação)
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R
omário tem o nome registrado na história do futebol brasileiro, mas possui alternatividades no currículo. Muitos podem se lembrar da passagem dele pelo Miami e Adelaide United, em 2006, na busca pelos mil gols, porém entre a troca entre os clubes o atual senador teve uma “passagem” pelo Tupi, clube de Juiz de Fora. O atacante estava sem clube após ser artilheiro de uma liga americana que o Miami disputava. No Brasil, a Série A já passava do primeiro turno, ele se viu com 985 gols e sem uma equipe para alcançar a marca. Foi aí que o Tupi apareceu como clube interessado. A negociação foi tratada pelos dirigentes do Tupi e a empresa que administrava a equipe. A negociação foi rápida. No dia 9 de outubro, uma reunião ocorreu, a imprensa noticiou e ele se apresentou. No dia seguinte, Romário começava os treinos com os novos companheiros. Vitor Lima Gualberto, editor do site Segundona Mineira, é torcedor do Tupi e na época tinha 14 anos. “Quando anunciado, foi a melhor coisa do mundo. Na época o Tupi não tinha visibilidade alguma, tinha acabado de conquistar o acesso do Módulo II. Foi um rebuliço danado em todos os tipos de mídias, até no Jornal Nacional, fiquei muito feliz devido ao fato do meu time estar sendo muito falado”, conta Vitor que concedeu entrevista para a SporTV no dia da apresentação do Peixe. Ainda sem se apresentar, o
tetracampeão desconversou sobre a intenção dos mil gols, como em entrevista à TV Panorama, na época. “Acertei com o Tupi para poder ajudar o time na Taça Minas. Tenho o sonho de marcar o milésimo gol, mas não foi por isso que vim para cá”. Toda expectativa, porém, foi por “água abaixo”. Romário não pôde atuar pela equipe juiz-forana, após a CBF proibir a transferência. A janela internacional foi fechada em 31 de agosto daquele ano e o Baixinho ainda atuava pelo Miami na data, ou seja, seu contrato ainda estava em vigor. Após aquela data, mesmo com o atacante livre, ele estava impossibilitado de atuar por uma equipe brasileira. “Eu sempre fui muito pés no chão com tudo na minha vida. Quando o anunciaram, comentaram sobre isso, que muito possivelmente ele não poderia atuar. Então eu me preparei muito para não ter decepção. E não tive. Ainda vi o Baixinho, coisa que nunca foi do costume dele (risos), treinar aqui no Tupi. Foi tudo muito bom”, cita o torcedor do clube. O Tupi entrou com uma representação à CBF para tentar validar a transferência, mas Romário fez um treino, não fez os 15 gols restantes e não ajudou o Tupi na Taça Minas. Para a torcida restou a foto do craque com a camisa alvinegra… A Taça Minas continuou e o Tupi parou ainda na primeira fase, terminando na quinta colocação de oito equipes. Romário ficou um período sem clube até acertar com o Adelaide United para atuar em seis partidas.
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CAMISA 12
O Guaratinguetá que eu quero lembrar por LEANDRO OLIVEIRA editor do Canal Golaço
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S
e fechar os olhos, posso viajar no tempo. Ainda posso andar ao lado do meu pai, caminhando na mesma direção, com passos ritmados e vestidos com as mesmas cores. Sem ideologias, ou quaisquer outros motivos adultos que nos levassem a uma discussão. Faz calor e o sol não dá trégua. São trinta e tantos graus. O ar está seco e a garganta pede água. Garganta que, minutos depois, não seria capaz de controlar um choro contido por anos. Nessa história, eu sou apenas um garoto de 12 anos acompanhando o time do coração em um jogo que, para mim, era como uma final de Copa do Mundo. Eu estou em Guaratinguetá, no Estádio Dario Rodrigues Leite, em 2004. Esse jogo vale o acesso à Série A-2. E eu prefiro permanecer aqui, pois, o futuro não nos guardou surpresas boas como neste dia. É engraçado como o futebol coloca no mesmo patamar todos aqueles malucos pelo esporte. Crianças, jovens, adultos, senhores. Pobres e ricos. Homens e mulheres. A ansiedade é a mesma. O nervosismo é igual. Não há diferença quando a bola rola. Nesse dia, o sol não foi capaz de calar os pouco mais de 10 mil torcedores que acompanharam a partida. Minha
voz, ainda tímida nas arquibancadas, era abafada pelo som dos torcedores que, mesmo antes do início da partida, faziam uma bonita festa. Com os ouvidos colados no rádio, tínhamos que torcer para pelo menos um empate entre Barretos e Sertãozinho. Se vencesse, o Barretos estaria classificado à Série A-2, independente do resultado. No fim das contas, deu tudo certo. Vencemos de virada, por 2 a 1. No outro jogo, empate. O acesso era nosso. A festa era nossa. Junto do meu pai, na arquibancada, aproveitava a desatenção dele, que teimava em cantar a favor do Guará, para chorar. Era um choro de felicidade. Era algo libertador. Era como se, de um modo, eu estivesse sendo batizado nas arquibancadas. Uma emoção única. Não demorou muito para que ele notasse o meu estado. Para minha surpresa, ele, também bastante emocionado, me abraçou e descreveu tudo aquilo que eu estava sentindo. “Isso aqui é o futebol. Isso aqui é a vida”. Anos depois, quando me perguntam sobre um momento histórico do Guaratinguetá, é inevitável não lembrar desse dia. É impossível fechar os olhos e não voltar no tempo. E, se pudesse, regressar de verdade na história, aproveitaria cada segundo dessa data,
como se não houvesse amanhã. Cantaria o dobro, festejaria além do que festejei, invadiria o campo com o meu pai (assim como fizemos depois do apito final) e pediria uma camiseta ao volante que marcou o gol da vitória. Aliás, que puta golaço, Tóbi. Também agradeceria ao meu pai por, desde pequeno, ter me levado ao estádio. Talvez, se não fosse isso, eu não teria escolhido o jornalismo esportivo. Sete anos mais tarde, eu iniciava minha caminhada no jornalismo. A história do Guaratinguetá já era outra. Sem identidade, após a infeliz mudança de sede para Americana, e cavando sua própria cova, o Guará caminhava para o precipício. Desde o primeiro ano de faculdade, trabalhei como repórter esportivo. Cobri o retorno do clube à sua terra natal e a esperança dos torcedores em ver novamente a Garça. A última participação do time na Série A-1, marcada por inúmeros resultados negativos. O quase retorno, um ano mais tarde. E as quedas consecutivas. Conforme o tempo passava os torcedores se distanciavam ainda mais do time, que de “Guaratinguetá” tinha apenas o nome. Mas eu os entendo. Entre as boas e as más lembranças, eu também prefiro ficar com as boas.
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GUIA
GUIA
SEMIFINAL
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FFA CUP
Copa da Austrรกlia
2o16
UM INTRUSO E TRÊS GRANDES
O
futebol australiano é foco do futebol alternativo, apesar da A-League vira e mexe contratar um jogador famoso e virar notícia nos grandes veículos. A Austrália conta com um liga composta por espécies de franquias, uma característica desses campeonatos é não ter rebaixamento, ou seja, os mesmos clubes a cada temporada. Para mudar um pouco tal cenário, a federação local criou, em 2014, a FFA Cup, ou Copa da Austrália, onde reúne todas as equipes federadas, no âmbito profissional, semiprofissional e amador. O segundo escalão do futebol local é a National Premier Leagues (NPL), que é patrocinada e conta com naming rights da Playstation. São oito conferências com oito, dez ou doze equipes em determinados grupos. É dessa liga que vem o intruso na semifinal da FFA Cup 2016, o Canberra Olympic, clube tradicional nas ligas menores, que repete o feito alcançado pelo
Bentleigh Greens (2014) e Hume City (2015), que também chegaram nas semifinais, mas pararam por aí, sem ao menos ter dificultado a vida dos adversários. A luta do Canberra agora é para quebrar essa escrita. A edição 2016 contou com a participação de incríveis 704 clubes, sendo que a fase preliminar teve oito rodadas para definir 21 classificados para a fase final (sendo 19 da NPL e dois da NPL 2, o terceiro escalão local), que se juntaram aos clubes da A-League e ao Blacktown City, campeão da NPL 2015. A partir dos 32-avos de final, os clubes da A-League entraram, com direito a confronto entre eles, mas com eliminações para times menores. Sobraram Melbourne City, Melbourne Victory e Sydney FC, os favoritos, mas com vantagem para a dupla de Melbourne que se enfrentam em uma das semifinais, sendo que na outra, o Sydney FC terá a obrigação de se classificar para a final, mas que nos perdoem a imparcialidade, não seria nada mal, que o Canberra Olympic alcançasse o épico!
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canberra olympic
CANBERRA OLYMPIC FOOTBALL CLUB
Nas mãos e pés do goleiro
FUNDAÇÃO
1955
CIDADE
Canberra ALCUNHA
Hellenic SITE
www.canberraolympic. com.au FACEBOOK
/canberraolympicfc TWITTER
@COFC1956 ESTÁDIO
O’Connor Enclosed (1.000 pessoas) TÍTULOS
National Premier League Capital Football (1958, 1993, 1994, 2013, 2014 e 2016) LIGA
National Premier League TÉCNICO
Frank Cachia
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(Foto: Divulgação/Canberra Olympic FC)
Desde a primeira edição da FFA Cup, ao menos um clube fora da A-League chega as semifinais, mas nenhum deles conseguiu vaga na decisão. Dessa vez, o Canberra Olympic é o candidato. Já manteve a escrita dos semiprofissionais, mas quer quebrar outra, para fazer história. O clube vem de um ano positivo, com o título da conferência da Capital na National Premier League. Para atingir as semifinais, o Olympic começou a saga desde as fases preliminares. Chegar aos 32-avos de final, a oficialmente, primeira fase já foi um feito, pois foi a primeira vez que conseguiu a alcançar. No caminho, nenhum clube da A-League, derrotando equipes semelhantes a estrutura da equipe do segundo e terceiro escalão. Em comparação aos adversários, talvez o ritmo de jogo possa ser o ponto positivo da equipe, que está em final de temporada, mas com descansos necessários entre os playoffs da NPL e os jogos da copa. O jogador mais importante da equipe é Angelo Konstantinou. O goleiro que usa boné e calças nos jogos foi o grande destaque das quartas, contra o Green Gully, quando bateu o pênalti da classificação no último lance da partida, com direito a provocação ao arqueiro adversário. Porém, a história não para por aí, pois ele também é goleiro da seleção australiana de futsal, com direito a participação em dois Mundiais, incluindo o de 2016, quando enfrentou o Brasil. O épico do Canberra Olympic passa muito pelas mãos e pés de Angelo
TIME-BASE (4-3-3) Konstantinou; Tim Bobolas, Nicholas Bobolas, Yarnold, Rene; Reeve, Cattanach, Rogic; McLachian, Bernabo-Madrid e Colbertaldo
(Foto:Vikky Wilkes)
ANGELO KONSTANTINOU 37 anos | Goleiro Clubes: Canberra Olympic
(Foto: Divulgação/Getty Images)
PHILLIPE BERNABO-MADRID 24 anos | Atacante Clubes: Canberra Olympic
HISTÓRICO NA COMPETIÇÃO
2014
Terceira rodada regional | Fase preliminar
2015
Quinta Rodada | Fase preliminar
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melbourne city
MELBOURNE CITY FOOTBALL CLUB
O projeto se firmou
FUNDAÇÃO
12 de junho de 2009 CIDADE
Melbourne ALCUNHA
Heart SITE
www.melbournecityfc. com.au FACEBOOK
/melbournecityfc TWITTER
@MelbourneCity ESTÁDIO
AAMI Park (30.050 pessoas) LIGA
A-League TÉCNICO
John Van’t Schip
(Foto: Divulgação/Melbourne City FC)
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A última temporada do Melbourne City foi a melhor desde que o grupo que comanda o Manchester City assumiu a gestão do clube australiano, o antigo Melbourne Heart. A FFA Cup é a chance de soltar o grito entalado na garganta do torcedor, que desde a criação da equipe não conquistou títulos, ainda mais tendo um papa títulos como rival. Para a temporada que se inicia da A-League, a grande contratação foi a de um ídolo local: Tim Cahill. O meiaatacante é a nova estrela da equipe, que demonstra que o projeto junto ao “irmão inglês” pode ter nessa na temporada 2016/17, a arrancada para se tornar um forte clube local e passar a disputar AFC Champions League. Entre os clubes da A-League que estão nas semifinais, o City foi o único que derrotou um da mesma liga, com os inapeláveis 4 a 1 sobre o Western Sydney Wanderers, com direito a gol de Cahill. Aliás, o companheiro de Tim no ataque será Bruno Fornaroli, o que faz com que muitos acreditem que se a dupla der certo pode ser considerada uma das melhores da história da liga profissional. Outro destaque da equipe é Thomas Sorensen, goleiro quarentão dinamarquês, que é titular da equipe. Entre os australianos, destaque para o volta de Kilkenny, após anos de Inglaterra e com passagens pela seleção. O dérbi contra o Victory será mais um teste para mostrar que o Melbourne City finalmente chegou e para ficar. HISTÓRICO NA COMPETIÇÃO
2014
2015
Primeira fase
Semifinal
TIME-BASE (4-4-2) Sorensen; Chapman, Malik, Rose, Jakobsen; Brattan, Brandan, Kilkenny, Kamau; Cahill e Fornaroli
(Foto: Divulgação/Melbourne City FC)
TIM CAHILL 36 anos | Meia-Atacante Clubes: Sydney United, Millwall, Everton, New York Red Bulls, Shanghai Greenland, Hangzhou Greentown e Melbourne City
(Foto: Divulgação/Melbourne City FC)
THOMAS SORENSEN 40 anos | Goleiro Clubes: Odense, Velje-Kolding, Svendborg, Sunderland, Aston Villa, Stoke City e Melbourne City
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melbourne victory
MELBOURNE CITY FOOTBALL CLUB
O primeiro rei de Copa?
FUNDAÇÃO
1o de novembro de 2004 CIDADE
Melbourne ALCUNHA
The Blues SITE
www.melbournecity.com. au FACEBOOK
/gomvfc TWITTER
@gomvfc ESTÁDIO
AAMI Park (30.050 pessoas) TÍTULOS
A-League (2006/07, 2008/09 e 2014/15) FFA Cup (2015) LIGA
A-League TÉCNICO
Kevin Muscat (Foto: Divulgação/Melbourne Victory FC)
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Ao lado do Brisbane Roar, o Melbourne Victory é o maior campeão da A-League, mas também quer levar o termo “maior campeão” para a FFA Cup, pois o clube é o atual detentor da taça do torneio e caso conquiste o bicampeonato passa o Adelaide United (campeão de 2014) em número de conquistas. Está certo! É apenas a terceira edição da competição, mas o sucesso do Melbourne Victory explicita essa ganância positiva de sempre vencer, ainda mais com uma torcida que tem a melhor média de público da liga. A pré-temporada do Victory foi em alto estilo enfrentando Juventus e Atlético Madrid, em amistosos. Com os europeus em ritmo de treino, o Victory empatou com os italianos (ganhou a disputa de pênaltis) e venceu os espanhóis. Com o crescimento esportivo do City, o Melbourne fortalece a luta para se manter hegemônico na cidade. O elenco é majoritariamente australiano, com destaque para os selecionáveis Carl Valeri, reforço para a época, James Troisi e Oliver Bozanic. O time acertou a volta de um dos melhores neozelandeses da atualidade, o meia Marco Rojas, que se juntará a um dos estrangeiros que podem ser considerados “patrimônio histórico da A-League”, o centroavante albanês, Besart Berisha, que não é muito lembrado na seleção, mas virou figurinha carimbada quando se fala em futebol da Austrália. No confronto mais difícil e aguardado das semifinais da A-League, o Melbourne Victory terá que expor o porque quer ser o primeiro rei de copa! HISTÓRICO NA COMPETIÇÃO
2014
2015
Semifinal
Campeão
TIME-BASE (4-2-3-1) Thomas; Geria, Donachie, Baro, Broxham; Valeri, Bozanic, Rojas, Troisi, Austin; Berisha
(Foto: Divulgação/Melbourne Victory FC)
carl valeri 32 anos | Volante Clubes: AIS, Internazionale (B), SPAL, Grosseto, Sassuolo, Ternana e Melbourne Victory
(Foto: Divulgação/Melbourne Victory FC)
besart berisha 31 anos | Atacante Clubes: Tennis Berlin, Aalborg, Horsens, Hamburgo, Burnley, Rosenborg, Arminia Bielefeld, Brisbane Roar e Melbourne Victory
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sydney fc
SYDNEY FOOTBALL CLU FUNDAÇÃO
Na teoria, finalista
1o de novembro de 2004 CIDADE
Sydney ALCUNHA
The Sky Blues SITE
www.sydneyfc.com FACEBOOK
/SydneyFootballClub TWITTER
@SydneyFC ESTÁDIO
Allianz Stadium (45.500 pessoas) TÍTULOS
OFC Champions League (2005) A-League (2005/06 e 2009/10) LIGA
A-League TÉCNICO
Graham Arnold (Foto: Jaime Castaneda)
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É difícil imaginar que o Sydney FC seja derrotado por um clube “não A-League”, mesmo com dois clubes da liga sendo eliminados por estes clubes, ainda na primeira fase. Seja aqui, na Austrália ou em qualquer lugar do mundo, vencer um clube de um escalão inferior é visto “como não foi mais que a obrigação”, mas caso seja derrotado, uma “crise” pode se instaurar, abalando a confiança no e do elenco. O Sydney FC, apesar de não ser o maior campeão da A-League (tem dois títulos) pode ser considerado o mais tradicional da liga, muito pela participação da equipe no Mundial de Clubes de 2005, quando ainda representou a Oceania. Esse é um fato curioso: entre os clubes da A-League é o único campeão da Oceania. A campanha na última temporada do nacional não foi boa, com a equipe nem mesmo chegando a fase final. Para isso, se reforçou com o experiente goleiro Danny Vukovic, atleta com mais partidas na A-League e o atacante Bobô, que deixou o Grêmio após altos e baixos pela equipe tricolor.Junto aos dois, uma dupla de jovens australianos, o lateral Josh Brillante (ex-Fiorentina) e o atacante Bernie Ibini-Isei (ex-Club Brugge). Eles se juntam ao zagueiro Socceroos, Alex Wilkinson e o atacante eslovaco Filip Holosko. A vaga na final é quase certa, mas o título é a interrogação tendo do outro lado da chave, a força da dupla de Melbourne que vem sedenta pelo título. HISTÓRICO NA COMPETIÇÃO
2014
2015
Quartas
Oitavas
TIME-BASE (4-2-3-1) Vukovic; Grant, Ryall, Wilkinson, Zullo; O’Neill, Brillante, Holosko, Ninkovic, Carney; Bobô
(Foto: Divulgação/Sydney FC)
Alex wilkinson 32 anos | Zagueiro Clubes: Northern Spirit, Manly United, Central Coast Mariners, Jiangu Suning, Jeonbuk Motors, Melbourne City e Sydney FC
(Foto: Divulgação/Sydney FC)
bobÔ 31 anos | Atacante Clubes: Corinthians, Besiktas, Cruzeiro, Kayserispor, Grêmio e Sydney FC
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2 (4)x(1) 0
GUNGAHLIN UNITED 3x0
WODEN WESTON 4x1
BELCONNEN UNITED 3x1
COOMA TIGERS SURFERS PARADISE APOLLO
1x0
REDLANDS UNITED
2x0
20 1x0
GREEN GULLY
CANBERRA OLYMPIC 19 de outubro (quarta-feira) 6h30
X
SYDNEY FC 3x0
2x0 (P)
3x0
BLACKTOWN CITY perth glory
WOLLONGONG WOLVES
29 de no (terรงa6h3
NEWCASTLE JETS HUME CITY
1x3
0x1
016
X
ovembro -feira) 30
BENTLEIGH GREEN
0x2
MELBOURNE VICTORY 25 de outubro (terรงa-feira) 6h30
MELBOURNE CITY W SYDNEY WANDERERS
1x4
EDGEWORTH FC FLOREAT ATHENA
1x5
1x2
!
LANÇAMENTO
EXCLAMAÇÃO E
?
INTERROGAÇÃO Canadá terá uma liga profissional, mas não sabe em que ano
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U
ma das ligas de futebol mais obscuras do mundo vem de um país que é desenvolvido. Poucos sabem, mas o Canadá tem uma liga nacional, mesmo que não seja profissional e reconhecida pela FIFA, a Canadian Soccer League (CSL). Os times canadenses são mais conhecidos do que o campeonato nacional, já que disputam as competições dos Estados Unidos, como o Montréal Impact, Toronto FC e Vancouver Whitecaps, na MLS, FC Edmonton e Ottawa Fury, na NASL. Esse cenário será mudado. Poderíamos usar que deverá ser mudado, mas não caberia nesse caso. O problema real agora é saber quando isso será feito. O Canadá terá uma liga profissional, mas não sabe quando se inicia. As últimas notícias dão conta que em 2018, o campeonato começa, denominada como Canadian Premier League (CPL). A história da implantação começa em 2013, quando Bob Young, proprietário do Hamilton Tiger-Cats, time local de futebol americano, junto a Federação Canadense de Futebol, detectou que o país era o mais rico do mundo sem uma liga profissional e que para mudar o cenário “academias” de futebol seriam feitas para encontrar jovens talentos. A história de uma hora para outra parou no tempo, voltando apenas no início desse ano, talvez pela crise que enfrentava a CSL, que teve aberta uma investigação pela Real Polícia Montada do Canadá que apurou que houve manipulação de resultados em jogos entre 2013 e 2015. Tendo a ideia retomada, a intenção era que em 2017, a CPL já tivesse a primeira edição, mas nada mudou e a data foi remarcada, para 2018, inicialmente,
(Foto: Divulgação/FC Edmonton)
(Foto: David Lipnowski/The Candian Press)
(Foto: Brent JustGetty Images)
mesmo com muitas indefinições, como por exemplo, número de clubes e quais serão estas.A inspiração da Premier League canadense é a MLS, com um sistema de franquias, com os elencos sendo formados majoritariamente por canadenses, mas com certeza, atletas renomados serão cotizados. Entre seis e oito equipes serão inscritas. Algo certo é que as equipes da MLS não estarão (quase impossível, digamos), porém as equipes B podem figurar. As confirmações de Fury e Edmonton são esperadas e vistas como possíveis. Dessa forma, os clubes que devem formar a liga tem raiz no hóquei de gelo e futebol americano. As grandes franquias canadenses, principalmente da NHL, são as chaves para trazer um público imediato, como uma franquia em Calgary, ligada aos Flames, clube de hóquei, assim como ao Winnipeg Jets. Do futebol americano, o Saskatchewan Roughriders. Extra-oficialmente, a primeira equipe confirmada é de Hamilton. que possivelmente é ligada aos TigerCats, que iniciaram a ideia. Clubes semiprofissionais, entretanto tradicionais, por enquanto não foram foco de boatos, como o sexagenário Toronto Croatia (cinco títulos da CSL), que ao lado do York Region Shooters possuem o maior número de participações no certame, com 16 aparições. Na primeira quinzena de setembro, a primeira fase de desenvolvimento foi concluída, segundo Anthony Totera, da rádio Red Card, mesmo com a federação local não tendo divulgado nada, até o fechamento dessa edição. Nas próximas semanas e meses, mais informações deverão ser reveladas e a Série Z continuará de olho para o nascimento de uma liga profissional alternativa.
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‘ FUTEBOL UTÓPICO
AS SETE DIVISõES DA
COPA 2018 PARTE II
A Série Z continua a saga da nossa Copa alternativoimaginária
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V
oltamos!!! Em dezembro de 2015, na primeira edição da Revista Série Z, nós apresentamos como estavam as imaginárias sete divisões da Copa do Mundo, ideia implantada no blog, as vésperas do Mundial de 2014. Desde então, tivemos algumas definições em três confederações: Ásia, Oceania e Concacaf. Nas outras, nada mudou e assim deve continuar até o final, já que todas as eliminatórias estão (ou iniciarão) na fase final. Na semana da publicação dessa edição haverá duas rodadas das Eliminatórias, mas nada será mudado do que iremos apresentar aqui. Das agora 211 confederações filiadas à FIFA, 102 seleções já foram eliminadas e sabem em que “posição” ficaram nas respectivas eliminatórias. Quase metade das seleções, algo que deveria ser reanalisado. São 29 da Concacaf, 34 da Ásia, 34 da África e cinco da Oceania! Todas as seleções da América do Sul e Europa têm chances matemáticas de classificação para 2018. Com as novas seleções eliminadas, 35 (em negrito, adiante)
desde dezembro de 2015, temos a primeira seleção “classificada” para a imaginária segunda divisão. Primeiramente, vamos relembrar como funciona o sistema de “qualificação”. Tendo as seleções eliminadas e com a pontuação final definida, os esboços de como ficariam as últimas divisões da Copa do Mundo já podem ser vistos. Antes vamos aos processos de divisão. A Copa do Mundo tem 32 seleções, restavam assim 179 confederações. Com esse número é possível fazer mais cinco formatos iguais ao Mundial. A última divisão tem 19 seleções, número que aumentou devido a incorporação de Gibraltar e Kosovo no quadro da FIFA. África e Ásia são os continentes com maior número de seleções fora da Copa, devido à baixa relação entre número de confederações nacionais e vagas na Copa do Mundo. O futebol africano é mais forte que o asiático e por isso ganha mais vagas nas “primeiras” divisões. A partir da próxima página, vocês conferem a distribuição das vagas e as seleções que já estariam classificadas.
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‘
COPA DO MUNDO
G
Europa (4); América do Norte, Central e Caribe (4); Ásia (4); África (3) e Oceania (4) Ásia: Nepal, Macau, Sri Lanka e Mongólia
Samoa (Foto: Divulgação/FIFA)
Concacaf: Ilhas Virgens Britânicas, Ilhas Turcas e Caicos, Anguilla e Bahamas África: Somália, Djibuti e Zimbábue Oceania: Samoa, Samoa Americana, Ilhas Cook e Tonga
COPA DO MUNDO
F
Europa (5); América do Norte, Central e Caribe (6); Ásia (10); África (9) e Oceania (2) Ásia: Laos, Índia, Iêmen, Timor Leste, Bangladesh, Camboja, Butão, Indonésia, Brunei e Paquistão
Vanuatu (Foto: Divulgação/FIFA)
COPA DO MUNDO
E
Europa (6); América do Norte, Central e Caribe (6); Ásia (10); África (9) e Oceania (1)
Concacaf: Suriname, Rep. Dominicana, Dominica, Ilhas Virgens Americanas, Ilhas Cayman e Montserrat África: São Tomé e Príncipe, Lesoto, Gâmbia, Guiné-Bissau, Rep. Centro-Africana, Maurício, Sudão do Sul, Seychelles e Eritreia Oceania: Vanuatu
Ásia: Filipinas, Vietnã, Bahrein, Afeganistão, Myanmar, Guam, Maldivas, Tadjiquistão, Malásia e Taipé Chinesa Concacaf: Barbados, Porto Rico, Guiana, Cuba, São Cristóvão e Névis e Bermuda África: Mauritânia, Ruanda, Angola, Namíbia, Sudão, Libéria, Togo, Serra Leoa e Malawi
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Guam (Foto: Reprodução/Daily Mail)
COPA DO MUNDO
D
COPA DO MUNDO
C
Europa (6); América do Norte, Central e Caribe (6); Ásia (9); África (10) e Oceania (1)
América do Sul (1), Europa (9); América do Norte, Central e Caribe (6); Ásia (4); África (11) e Oceania (1)
Ásia: Coreia do Norte, Omã, Líbano, Hong Kong, Quirguistão, Turcomenistão, Palestina, Kuwait e Singapura
Ásia: Jordânia
Concacaf: Aruba, Antígua e Barbuda, Belize, Curaçao, Haiti e Santa Lúcia África: Quênia, Guiné Equatorial, Chade, Burundi, Suazilândia, Comores, Madagascar, Níger, Tanzânia e Etiópia
Concacaf: Canadá, Haiti, Jamaica, El Salvador, São Vicente e Granadinas e Nicarágua África: Moçambique, Botsuana e Benin
Canadá (Foto: Darryl Dyck/Canadian Press) Guatemala (Foto: Divulgação/Fedefut Guatemala)
COPA DO MUNDO
B
COPA DO MUNDO
América do Sul (4); Europa (11); América do Norte, Central e Caribe (3); Ásia (4); África (7), Oceania (1) e os dois perdedores da repescagem intercontinental
América do Sul (4); Europa (14); América do Norte, Central e Caribe (3); Ásia (4), África (5) e os dois vencedores da repescagem intercontinental
Concacaf: Guatemala
Europa: Rússia
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SÉRIE Z OLÍMPICA
O meu (mais novo) herói olímpico
Esse é Etimoni Timuani, um grande ídolo para aqueles que são adeptos do futebol alternativo (Foto: Divulgação/DR)
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O
que define um atleta ser um herói olímpico! Existem mitos, lendas, monstros do esporte que a cada quatro anos aparecessem ou se consolidam. Se você me perguntar para definir esse termo com um atleta, eu te responderei dizendo: Vanderlei Cordeiro de Lima. Todo o conjunto da obra que passou desde o desvairado padre até o acendimento da pira o tornam um exemplo clássico. Se o ouro não é garantia de heroísmo, um novo nome se junta a Vanderlei. Ele veio de longe, mas tem uma história que não é todo dia que se vê. Para chegar até o Rio de Janeiro, ele saiu de uma minúscula ilha da Oceania, até Fiji, passou pelos Estados Unidos e Panamá, até chegar ao Brasil. Ele saiu de Tuvalu, ele é Etimoni Timuani, o único atleta da delegação do país a disputar as Olimpíadas Rio 2016. Ele é único ou foi único, mas sempre será único para esse editor, ou melhor, ele estará ao lado de Vanderlei. O
editor enlouqueceu. O fato dele ser da nação com a menor delegação dos Jogos Olímpicos, já seria plausível para deixar algum fã de esporte marcado, porém, ele é mais do que isso. Tuvalu não é federada à FIFA, apenas a Confederação de Futebol da Oceania, mas isso o que tem a ver com o Atletismo e a prova de 100 metros rasos que participou? Etimoni é um multiatleta. É zagueiro, que disputa a liga nacional local, atualmente pelo Manu Laeva. Quer mais? Defendeu a seleção local de futebol nos Jogos do Pacífico em 2011, titular da equipe, que conseguiu uma vitória contra a Samoa Americana e um empate contra Guam, todas seleções FIFA. Já é um conto alternativo, o suprassumo daquilo que buscamos na Série Z, porém a história melhora, ao ver que além de corredor, jogador de futebol, ele também defendeu a seleção de futsal. É muita alternatividade! Em quatro jogos pela Copa da Oceania, ele foi (provavelmente) fixo, em uma campanha sem vitórias e o último lugar
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entre as oito seleções. Para quem é adepto do futebol alternativo é um exemplo claro de alguém que devemos admirar. Ele joga futebol em Tuvalu e resolveu ser atleta olímpico. É algo fantástico, mas que conta com um roteiro que melhora a cada história. Timuani começou a treinar e, até mesmo, pensar no atletismo em 2015. Logo, ele foi escalado para participar dos Jogos do Pacífico, para ver o que poderia mostrar, entretanto, queimou a largada e não estreou de fato. O início no atletismo veio em grande estilo, com a participação no Mundial de Pequim 2015, quando marcou 11s72 e se mostrou apto a ser o representante da nação. Obviamente, ele não atingiu o índice olímpico, mas foi convidado a ser o único representante tuvaluano. Ser o homem-delegação fez com que se tornasse uma das estrelas da Rio 2016. Mas como assim? Alguém chegou a ver reportagens com países que contam com, sei lá, dez atletas? Ser o único, o tornou único. Ainda
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mais pelo fato da trajetória dele e de Tuvalu ter durado apenas 11s81, o que o deixou ao lado de Richson Simeon, de Ilhas Marshall, o pior tempo entre os que competiram da fase preliminar. Mesmo com o sonho olímpico, o tuvaluano diz preferir o futebol, já que ele se considera melhor zagueiro do que corredor. Tanto que nas Olimpíadas, até “desdenhou” de Usain Bolt, pois na lista de preferências de quem queria ver, o jamaicano não era o primeiro, mas sim, Neymar, já que o Raio ele já tinha conhecido em Pequim. Neymar é o ídolo dele, enquanto que o zagueiro que ele mais admira é David Luiz. Nem mesmo um herói é perfeito, não é!? Tomara que ele não siga os ensinamentos do zagueiro no 7 a 1 (corneta mode on). Etimoni Timuani tem todos os motivos para ser um herói olímpico. Um jogador do “futebol alternativo”, que virou corredor, participou de uma Olimpíada no Brasil e era o único atleta de uma nação de 10 mil habitantes. Para sempre, Timuani!
Escudo do Manu Laeva, clube de futebol em que atua Timuani, como zagueiro. Deve ser difícil ser marcado por um defensor veloz
(Foto: Luiz Roberto Magalhães/Rio 2016)
O B
(Foto: Divulgação/Wikipedia)
Bandeira de Tuvalu, da qual Timuani defende no futebol, futsal e atletismo. Mestre demais. Vida longa a Timuani
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Seleção sub-17 da Jordânia, que disputa o Mundial da categoria como anfitriãs
(Foto: Divulgação/Jordan FA)
ESPORTE CLUBE SIDERÚRGICA
Sabará (MG)
Não tem, não tem
Não tem pro Galo, Raposa, nem Leão Este ano o negócio só vai ser,
Pra Tartaruga do Napoleão.
Não tem, não tem
Não tem pro Galo, nem Raposa, nem Leão
Este ano o negócio só vai ser,
Pra Tartaruga do Napoleão.
revistaseriez.org
A tartaruga anda devagar,
Mas neste passo comanda o pelotão,
Ninguém consegue acompanhar. A Tartaruga do Napoleão.
Não tem, não tem.
O futebol longe dos holofotes, uma paixão pelo alternativo