abril a dezembro 2016
Com o objetivo de contribuir para a disseminação da música de câmara, para a democratização do acesso a esse gênero musical e para a formação de público, o Sesc São Carlos apresenta entre abril e dezembro o projeto Em Concerto, uma série de espetáculos mensais de música erudita. Ao longo dos concertos são apresentados alguns dos diferentes formatos que a música de câmara contempla, repertórios que valorizam as composições nacionais e novos tipos de interpretação, trazendo ao palco tanto grupos e instrumentistas consagrados quanto jovens talentos brasileiros. Uma proposta voltada para o público iniciado, como também para os ouvintes que desejam ter o primeiro contato com a música clássica e a diversidade de enfoques que ela possibilita.
Sesc São Carlos MÚSICA DE CÂMARA DIÁLOGOS Na definição dos dicionários especializados, “música de câmara” é aquela escrita para um pequeno conjunto de instrumentos, cada um deles tocando uma parte diferente e sem a presença do regente. É música elaborada e realizada em ambiente intimista. O repertório central de câmara tem origem na Europa do século 17 e se consolidou no século seguinte, com gêneros como o quarteto de cordas e o trio com piano. Música de câmara pressupõe diálogo e equilíbrio entre cada um dos executantes. Música de câmara é também, historicamente, uma reunião entre amigos, para desfrutar do prazer da música, tanto ouvindo como tocando. No século 19 seu repertório expandiu-se enormemente e, nas primeiras décadas de 1800, ficaram famosas as “schubertíades”, reuniões que aconteciam em torno de Franz Schubert. Quatro ou cinco vezes por semana, o compositor e seus amigos se reuniam nas casas uns dos outros para conversar, beber, comer e fazer música: muitas das obras de Schubert foram ouvidas pela primeira vez nestas ocasiões. Esta série de câmara do Sesc São Carlos pretende apresentar um pouco da riqueza do repertório e da variedade de formações que o gênero permite. Para isso, reúne obras consagradas do repertório clássico-romântico, como peças brasileiras; música antiga, contemporânea e improvisada. Da mesma forma, a série vai explorar desde formações tradicionais, como o trio com piano, até formações pouco ortodoxas, como o quinteto de clarinetes e um trio de voz e eletrônica. Os encontros mensais são realizados até dezembro e pretendem trazer ao público alguns dos melhores conjuntos e artistas brasileiros que se dedicam à atividade camerística na atualidade. Ao longo das apresentações, espera-se que músicos e públicos compartilhem o espírito prazeroso e intimista de uma reunião musical entre amigos: uma reunião na qual se desfrutem as delícias e surpresas da música de câmara.
Camila Frésca Doutora em musicologia pela ECA/USP e curadora convidada para o projeto
SÉRIE DE
CONCERTOS
Abril: Duo A Arte do Instante Dimos Goudaroulis (violoncelo) e Eduardo Contrera (percussão)
Maio: Trio Puelli
Karin Fernandes (piano), Ana de Oliveira (violino) e Adriana Holtz (violoncelo)
Junho: Duo Siqueira Lima Cecília Siqueira e Fernando de Lima (violões)
29.julho: Cristian Budu (piano) 26.agosto: Ensemble SP e Luís Afonso Montanha
Betina Stegmann (violino), Nelson Rios (violino), Marcelo Jaffé (viola), Robert Suetholz (violoncelo) e Luís Afonso Montanha (clarinete)
30.setembro: Cláudio Cruz (violino) 28.outubro: Electropera
Anna Maria Kieffer (mezzo-soprano), Eduardo Janho-Abumrad (baixo) e Vanderlei Lucentini (meios eletroacústicos)
16.novembro: Sujeito a Guincho
Diogo Maia, Luca Raele, Luis Afonso Montanha, Edmilson Nery e Alexandre Ribeiro (quinteto de clarinetes)
08.dezembro: Luís Otávio Santos (violino barroco) e Guilherme de Camargo (alaúde)
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