Brecht em Cena

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BRECHT CENA

em




Espetáculo

Marias

Ivan Moretti

Com Coletivo Estalo (Piracicaba-SP) É um espetáculo teatral do Coletivo Estalo, núcleo formado por profissionais da música, dança contemporânea, fotografia, audiovisual e teatro com a coordenação das atrizes Gabriela Elias e Marina Henrique. A peça Marias é livremente inspirada no poema de Bertold Brecht A Infanticida Marie Farrar. Utiliza-se da linguagem épica e aborda a solidão humana pelo prisma da desigualdade social e o exílio que esta exclusão significa. A partir de

Workshop

Cena Dialética e Teatro Épico em Brecht

Ação formativa com as atrizes Gabriela Elias e Marina Henrique, do Coletivo Estalo, sobre o processo de criação da peça e a construção da cena dialética e teatro épico em Bertold Brecht. Programação voltada para atores em formação e interessados em geral.

5 abril, 14h às 16h. Teatro. Grátis.

“...Bem vindos à casa de marias Bem vindos a nossa casa Um naco de pão Uma caneca de chá... Quem sabe não conseguimos diverti-los um pouco...”. (trecho do prólogo da peça Marias)


um jogo psicológico de “sombra” inspirado no conceito Junguiano, duas atrizes representam a mesma personagem Maria. Esta mesma personagem possibilita leituras de inúmeras outras Marias, arquétipos, signos, significado e significante, não apenas do universo feminino e do drama que pode ser a maternidade, mas da relação do ser humano com sua ambiguidade, suas discrepâncias e contradições, dilaceradas pela solidão abominável de ser um miserável. Em cena, ainda, Sr. Fausto, personagem-músico que compõe em notas de bandolim e violoncelo a dramaticidade e os distanciamentos necessários.

5 abril, 19h. Teatro.

Ficha Técnica

Elenco: Gabriela Elias e Marina Henrique e o músico Luis Fernando Fischer Dutra Direção: Gabriela Elias e Marina Henrique Trilha Original e Direção Musical: Eduardo Américo Dramaturgia: Eduardo Américo, Gabriela Elias, Marina Henrique Texto Final: Marina Henrique Iluminação: Paulo Heise Cenário: Coletivo Estalo Figurinos: Gabriela Elias Orientação: Francisco Medeiros e Lila Marilia Fotos: Ivan Moretti R$ 1,50 Trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes. R$ 3,00 Usuário matriculado no Sesc e dependentes, aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa cm deficiência, menores de 18 anos, estudante e professor com comprovante. R$ 6,00 Não matriculado no SESC.


Cia. do Latão

Espetáculo

Ópera dos Vivos – Ato 1 Sociedade Mortuária

Com Cia. do Latão A peça se inspira na história das Ligas Camponesas, surgidas no interior pernambucano, em fins dos anos 1950, a partir das chamadas “sociedades mortuárias”, associações de camponeses que se cotizavam para comprar caixões e realizar enterros dignos. O tema foi tratado no passado por autores como Antonio Callado e inspirou peças ligadas ao CPC (Centros Populares de Cultura), um dos principais movimentos de renovação da arte teatral no país, como se vê no filme Cabra Marcado para Morrer, de Eduardo Coutinho. A versão da Companhia do Latão desenvolve o assunto no contexto mundial da Guerra Fria e aproxima, com a liberdade da parábola histórica, o trabalho das Ligas Camponesas das jornadas de alfabetização de Paulo Freire. O simbolismo da luta de classes no campo surge aqui, também, como reflexão sobre a beleza e dificuldade de politização da arte.

10 abril, 20h. Teatro.


“Pesquisa estética avançada e politização da cena”.

Ficha Técnica

Elenco: Adriana Mendonça, Fernanda Gonsales, Carlos Escher, Carlota Joaquina, Helena Albergaria, Ney Piacentini, Renan Rovida, Rogério Bandeira, Ricardo Monastero e Rony koren Música Original: Martin Eikmeier Execução musical: Bruno Menegati e Martin Eikmeier Iluminação: Melissa Guimarães Produção: João Pissarra Direção e Dramaturgia: Sérgio de Carvalho

R$ 1,50 Trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes. R$ 3,00 Usuário matriculado no Sesc e dependentes, aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa cm deficiência, menores de 18 anos, estudante e professor com comprovante. R$ 6,00 Não matriculado no SESC.


Espetáculo

Patrão Cordial

Com Cia do Latão (São Paulo-SP) Uma comédia sobre a cordialidade brasileira e a relação patrão/ empregado. O texto parte do estudo de Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda e a peça O Senhor Puntila e seu Criado Matti, do dramaturgo alemão Bertolt Brecht. O espetáculo é uma peça sobre um proprietário de terra que tem dificuldades em manter sua posição de classe devido a seu grande sentimentalismo, e acompanha a sua relação contraditória com os empregados da fazenda. Na forma de um trabalho em processo, o espetáculo sofrerá modificações a cada apresentação, a partir do contato com o público.

11 abril, 20h. Teatro.

R$ 1,50 Trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes. R$ 3,00 Usuário matriculado no Sesc e dependentes, aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa cm deficiência, menores de 18 anos, estudante e professor com comprovante. R$ 6,00 Não matriculado no SESC.


Ficha Técnica

Elenco: Adriana Mendonça, Carlos Escher, Helena Albergaria Ney Piacentini, Renan Rovida, Ricardo Monastero, Rogério Bandeira e Rony Koren Direção musical e composição: Martin Eikmeier Execução musical: Bruno Menegati e Martin Eikmeier Cenotecnia: Waldomiro Paes Iluminação: Laiz Modolo Supervisão de iluminação: Fábio Retti Assistência de direção e dramaturgia: Paula Bellaguarda Direção de Produção: João Pissarra Encenação e dramaturgia: Sérgio de Carvalho


Tony Berchmans

Cinema Grátis.

A vida de Bertold Brecht com Prof. José Pedro Antunes

Premiado documentário de Joachim Lang que traça um retrato apaixonante de Brecht, a partir de raras imagens de arquivo e entrevistas.

27 março, 19h30. Teatro.

A ópera dos três vinténs

Versão restaurada da famosa adaptação de G. W. Pabst para o lendário musical de Brecht. Músicas de Kurt Weill.

31 março, 17h. Teatro.

Os carrascos também morrem

Um nazista é assassinado na Tchecoslováquia ocupada. Como represália, a Gestapo começa uma sangrenta caçada. Obra-prima de Fritz Lang. Roteiro de Bertold Brecht.

31 março, 19h. Teatro.


Cine Piano

Os mistérios de uma barbearia

Numa barbearia, clientes aguardam enquanto um aprendiz preguiçoso, interpretado pelo famoso ator Karl Valentin, dorme. Direção de Bertold Brecht e Erich Engel. A trilha ao vivo será executada pelo premiado pianista Tony Berchmans.

4 abril, 20h. Teatro. Grátis.

Visões de Brecht

Depoimentos de especialistas da USP na obra brechtiana. Com Profa. Iná Camargo Costa.

4 abril, 16h. Sala Multiuso.

Visões de Brecht

Depoimentos de especialistas da USP na obra brechtiana. Com o Prof. Marcos Soares e Profa. Maria Silvia Betti.

9 abril, 19h30. Sala Multiuso.

Kuhle Wampe

História de família operária durante crise econômica na Alemanha. Marco do cinema político-social. Roteiro de Bertolt Brecht e Ernst Ottwalt.

9 abril, 19h30. Sala Multiuso.


Se os tubarões fossem homens

“Se os tubarões fossem homens, perguntou a filha de sua senhoria ao senhor K., seriam eles mais amáveis para com os peixinhos? Certamente, respondeu o Sr. K. Se os tubarões fossem homens, construiriam no mar grandes gaiolas para os peixes pequenos, com todo tipo de alimento, tanto animal quanto vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca e adotariam todas as medidas sanitárias adequadas... Para que os peixinhos não ficassem melancólicos haveria grandes festas aquáticas de vez em quando, pois os peixinhos alegres têm melhor sabor do que os tristes. Naturalmente haveria também escolas nas gaiolas. Nessas escolas os peixinhos aprenderiam como nadar alegremente em direção à goela dos tubarões.” ( Bertold Brecht em Histórias do sr. Keuner)

Aula-espetáculo

A Baleia assassina e o efeito de distanciamento

Com o subtítulo extenso: A poesia, a prosa, a teoria, a música, o teatro, o cinema de Bertolt Brecht esta aula-espetáculo amplia o panorama da recepção de sua obra em seus múltiplos aspectos. Mais conhecido entre nós como dramaturgo, Brecht teria também um papel fundamental na nossa vida política, iluminando o movimento estudantil e a resistência à ditadura militar. Do grande poeta lírico das Elegias de Buckow à surpreendente prosa vanguardista de Histórias do sr. Keuner, passando por suas relações com o cinema e por seus escritos teóricos, que ainda estão a desafiar a nossa compreensão. Com Prof. Dr. José Pedro Antunes (Unesp-Araraquara)

2 abril, 19h30. Sala Multiuso. Grátis Não necessito de pedra tumular “Não necessito de pedra tumular, mas Se necessitarem de uma para mim Gostaria que nela estivesse: Ele fez sugestões Nós as aceitamos Por uma tal inscrição Estaríamos todos honrados.” (Bertolt Brecht)


Bertold Brecht (1898-1956)

Brecht em cena

Bertold Brecht nasceu em Augsburg, Alemanha, em 1898. Em 1922 estreou seu primeiro texto teatral Os tambores da noite. Em 1923 conheceu a atriz Helen Weigel e com ela passou a viver em Berlim. Em 1927, Brecht conheceu o músico Kurt Weil e juntos criaram a Ópera dos Três Vinténs, que ao ser encenada em Berlim tornou-se um grande sucesso.

O esforço dos melhores

“Em que está trabalhando?”, perguntaram ao sr. K. Ele respondeu: “Tenho muito o que fazer, preparo meu próximo erro” (Bertold Brecht)

Neste mesmo período escreveu A mãe, O Homem é um Homem, Mahagonny, e Santa Joana dos Matadouros, entre várias outras peças. Em 1933, com a perseguição nazista, Brecht exilou-se na Dinamarca. Nesse período, escreveu Os fuzis da Senhora Carrar, A Vida de Galileu e Mãe Coragem e seus filhos, considerada talvez a peça mais significativa da dramaturgia brechtiana.

Entre 27 de março e 11 de abril de 2013, o Sesc São Carlos apresenta Brecht em cena. Uma programação diversificada de linguagens artísticas e ações formativas que resgata o nome do diretor, dramaturgo e pensador Bertold Brecht.

Com a invasão da Dinamarca em 1941 pelos alemães, refugiou-se em Nova York. Em 1947, finda a guerra, retornou à Europa, instalando definitivamente em Berlim Oriental. Em 1949, junto com sua companheira e com o apoio do governo da Alemanha Oriental, Bertold Brecht fundou o Berliner Ensemble. Morreu de ataque cardíaco em 1956.

Um dos legados do autor é a proposta de um teatro comprometido, que procura o distanciamento entre personagem e espectador para que este seja capaz de refletir e apreender a lição social proposta. Em oposição ao teatro clássico e tradicional apresenta um teatro narrativo capaz de despertar uma atitude crítica e não apenas deleitar ou causar emoção. A opção por uma mostra de trabalhos relacionados ao nome de Brecht surgiu a partir da constatação da rica influência que o autor exerce, até hoje, nas produções brasileiras e a reflexão sobre a validade do papel ideológico da arte como meio de libertação do homem da dominação.


Sesc S達o Carlos Av. Com. Alfredo Maffei, 700 sescsp.org.br


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