13o ano
77 7diretores autores
teatrodoabsurdo
Leituras
O Rinoceronte Eugène Ionesco Concepção e Direção Geral Eugênia Thereza de Andrade Direção Caetano Vilela
O R i n o c e r o n t e Eugène Ionesco
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um vilarejo francês, um rinoceronte é visto à solta pelas ruas. O estranhamento e o pânico instalam entre as pessoas – afinal o gato de estimação de uma mulher foi esmagado pelo bicho. Certo dia um morador percebe que alguém se transformou em rinoceronte, sem mais nem menos; outros também sofrem a estranha transformação. E agora como explicar? Muitos buscam explicação e muito mais gente entra em estado de negação; mas a realidade está à vista: agora todos virarão rinocerontes.
Teatrodoabsurdo*
O
termo Teatro do Absurdo* foi criado pelo crítico Martin Esslin (1918/2002), que assim intitulou seu livro de 1961. A intenção era agrupar, sob esta designação, as obras dramáticas do pós-guerra que colocavam em evidência o nonsense da vida cotidiana, a incomunicabilidade generalizada e, em suma, o absurdo da vida contemporânea, que se caracteriza pela fragmentação da personalidade e a busca inútil e incessante de algum sentido na existência. As primeiras manifestações do Teatro do Absurdo propriamente dito foram as peças Esperando Godot (1953), de Samuel Beckett e A Cantora Careca (1949), de Eugene Ionesco. Na primeira, a falta de sentido e a incomunicabilidade são levadas às raias da incompreensão. Já o texto de Ionesco desmascara de forma cômica o nonsense do cotidiano. Ambas as peças causaram escândalo ao estrearem e iniciaram uma verdadeira revolução na linguagem da dramaturgia. O Teatro do Absurdo teve muita repercussão no Brasil, até porque em muitos aspectos, a realidade brasileira em muito se aproxima do mundo sem nexo e sem saída retratado por esta corrente a cada dia mais contemporânea. Frederico Barbosa poeta SP, 30/1/2019
* O Teatro do Absurdo de Martin Esslin. Edição atualizada (2018) – Zahar Editores
Quando a Inglaterra estava em guerra alguĂŠm do governo sugeriu ao primeiro Ministro cortar o financiamento das artes ao que Winston Churchill apenas respondeu:
“Se cortarmos o financiamento das artes, então estamos lutando para que?”. No momento é o que temos a dizer.
SP, 17 de maio de 2019.
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(1909/1994)
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ugène Ionesco, nasceu em Slatina, Roménia, em 26 de novembro de 1909, filho de pai romeno e mãe francesa; foi batizado na religião ortodoxa, à qual pertenceu durante toda a vida. Ainda criança mudou-se com a família para Paris, onde seu pai que era advogado, tornou-se catedrático em leis. Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, o pai voltou para a Romênia, deixando Eugene e sua irmã aos cuidados da mãe, entre 1917 e 1919. Na adolescência, voltou a Bucareste para viver com seu pai; lá fez seus estudos onde cursou francês na Universidade. Ali, conheceu em 1928, o filósofo Emile Cioran e o cientista e romancista Mircea Eliade; os três tornaram-se amigos de toda uma vida. Em 1934 publicou Nu! (Não!), uma coletânea de textos que provocou escândalo no meio literário oficial. Ionesco em 1936 casou-se com a francesa Rodica Burileano e regressou à França em 1938 para concluir a sua tese de doutorado. Apanhado pela guerra em 1939, Ionesco permaneceu na França, acabando por revelar-se escritor de talento.
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Em 1948 escreveu a peça A Cantora Careca e estreou em 1950. Foi uma das principais peças do chamado teatro do absurdo e seguiram-se outras, que marcaram o teatro do século 20, como A Lição, As Cadeiras e O Novo Inquilino. Eugênio Ionesco é considerado, com o Irlandês Samuel Beckett, o pai do teatro do absurdo. E o nome Teatro do Absurdo foi dado pelo teórico ingles, estudioso do Teatro, Martin Esslin. O Rinoceronte, peça desta noite, é sua obra mais conhecida. Sua estreia foi em 1960. O autor tornou-se um escritor de prestígio e em 1971 foi admitido na Academia Francesa. Eugène Ionesco morreu em 1994 aos 85 anos, em sua residência e foi sepultado no cemitério de Montparnasse, em Paris.
7LEITURAS,7AUTORES,7DIRETORES 13º Ano – Teatro do Absurdo CONCEPÇÃO E DIREÇÃO GERAL EUGÊNIA THEREZA DE ANDRADE SELEÇÃO DE TEXTOS Eugênia de Andrade, Mika Lins, Marco Antônio Pâmio e Frederico Barbosa O RINOCERONTE Eugène Ionesco TRADUÇÃO Luís de Lima
Tiago Leal Jean Zé Geraldo Jr. Botard
DIREÇÃO Caetano Vilela
AMBIENTAÇÃO CENOGRÁFICA Mika Lins
ELENCO / PERSONAGENS Oswaldo Mendes Senhor Idoso / Velhinho
ADEREÇOS e FIGURINOS Jorge Luiz Alves
Marcelo Galdino Berenger
ILUMINAÇÃO Vitória Pamplona
Amazyles De Almeida Daisy Agnes Zuliani Madame Bouef / Dona de Casa Carlos Morelli O Lógico / Sr Papillon
FOTOS Edson Kumasaka PRODUÇÃO Messias Lima Jogo Estúdio
Diego Machado Dudard Agradecimentos: Augusto Cesar, Oswaldo Mendes, Marco Antônio Pâmio, Frederico Barbosa, Lena Coelho e Tuna Dwek.
PRÓXIMAS LEITURAS: Rinoceronte Eugène Ionesco Direção: Caetano Vilela 28/maio Pastiches Tom Stoppard Direção: Nelson Baskerville 25/junho Coração partido Caryl Churchill Direção: Marco Antônio Pâmio 30/julho Esperando Godot Samuel Beckett Direção: Eugênia Thereza de Andrade 27/agosto Piquenique no Front Fernando Arrabal Direção: Oswaldo Mendes 24/setembro O Zelador Harold Pinter Direção: Kiko Marques 29/outubro Ping Pong Arthur Adamov Direção: Eric Lenate 26/novembro
7 Leituras 7 Autores 7 Diretores Teatro do Absurdo O Rinoceronte – Eugène Ionesco 28/5/2019, terça, 19h30. Teatro Anchieta Duração: 80 min.
Sesc Consolação Rua Dr. Vila Nova, 245 01222-020 São Paulo - SP Higienópolis-Mackenzie Tel: (11) 3234-3000 / sescconsolacao
sescsp.org.br/consolacao