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TÁ COM CALOR? PLANTE ÁRVORES! O objetivo da campanha é estimular e plantio de árvores pela população e exigir que o poder público implante áreas verdes na cidade, faça reflorestamento das áreas de preservação permanente e de reservas legais. As árvores são um bem de interesse coletivo, assim como o ar, as águas, os animais e seus ninhos. Não são propriedades particulares e por isso pertencem a todos os habitantes da cidade. Ribeirão Preto necessita de um aumento significativo na quantidade de árvores e uma melhora na qualidade de sua arborização. Nossa região apresenta primaveras e verões muito quentes e, outonos e invernos muito secos. Além disso, a urbanização da forma como ocorre não destina espaços generosos para a vegetação. Outro fato que agrava esta situação é a carência de cuidados com as árvores existentes. As árvores podem colaborar muito para diminuir os extremos de temperatura e de umidade do ar, melhorando assim o clima da cidade. Nós podemos contribuir plantando mudas de variadas espécies. Para que tenhamos êxito em nossas ações de plantio é necessário observarmos alguns aspectos técnicos.
1º Passo: escolha da espécie em função do espaço disponível a)
Observar o local de plantio e seu entorno imediato: a área existente no terreno ou na calçada e o espaço aéreo disponível;
b)
Definir o porte da árvore em função do espaço disponível;
c)
Definir a espécie a ser plantada. Veja quais são as espécies recomendadas pela Prefeitura Municipal. Também pode ser consultado um profissional que trabalhe com arborização urbana;
d)
Para calçadas devem ser observados: largura do calçamento, presença ou não de fiação; tipo de fiação se convencional ou protegida; e recuo ou não da construção no lote. Ilustrações a esse respeito podem ser observadas no Manual de Arborização da Prefeitura
Árvores de pequeno porte São aquelas cuja altura na fase adulta atinge entre 04 e 05 metros e o raio de copa fica em torno de 02 a 03 metros. São espécies apropriadas para calçadas estreitas (< 2,5m), presença de fiação aérea e ausência de recuo predial. Murta, Falsa-murta, Murta de cheiro ( Murraya exótica) Ipê-de-jardim ( Stenolobium stans) Flamboianzinho, Flamboiam-mirim ( Caesalpinia pulcherrima) Manacá-de-jardim ( Brunfelsia uniflora) Hibisco ( Hibiscus rosa-sinensis) Resedá anão, Extremosa, Julieta ( Lagerstroemia indica) Grevílea anã ( Grevillea forsterii) Cássia-macrantera, manduirana ( Senna macranthera) Rabo-de-cotia ( Stiutia crysantha) Urucum ( Bixa orelana) Espirradeira ( Oleandro Nerium oleander) Calistemon, Bucha-de-garrafa ( Callistemon citrinum) Algodão-da-praia ( Hibiscus pernambucencis) Chapéu-de-Napoleão (Thevetia peruviana)
Árvores de médio porte São aquelas cuja altura na fase adulta atinge de 05 a 08 metros e o raio de copa varia em torno de 04 a 05 metros. São apropriadas para calçadas largas (> 2,5m), ausência de fiação aérea e presença de recuo predial.
Aroeira-salsa, Falso-chorão ( Schinus molle) Quaresmeira (Tibouchina granulosa) Ipê-amarelo-do-cerrado ( Tabebuia sp) Pata-de-vaca, unha-de-vaca ( Bauhinia sp) Astrapéia ( Dombeya wallichii) Cássia imperial, cacho-de-ouro ( Cassia ferrugínea) Resedá-gigante ( Lagerstroemia speciosa) Magnólia amarela ( Michaelia champaca) Eritrina, Suinã, Mulungu ( Erytrina verna) Ligustro, Alfeneiro-do-Japão (Ligustrum lucidum) Sabão-de-soldado ( Sapindus saponária) Canelinha ( Nectandra megapotamica)
Árvores de grande porte São aquelas cuja altura na fase adulta ultrapassa 08 metros de altura e o raio de copa é superior a 05 metros. Estas espécies não são apropriadas para plantio em calçadas. Deverão ser utilizadas prioritariamente em praças, parques e áreas grandes de jardim ou quintal. São elas: Sibipiruna ( Caesalpinia peltophoroides) Jambolão (Eugenia jambolona) Monguba, Castanheira (Pachira aquática) Pau-ferro ( Caesalpinia férrea) Sete-copas, Amendoeira ( Terminalia catappa) Oiti ( Licania tomentosa) Flamboyant ( Delonix regia) Alecrim-de-Campinas ( Holocalix glaziovii) Ipê-roxo (Tabebuia avellanedae) Ipê-amarelo (Tabebuia chrysotrica) Ipê-branco (Tabebuia roseo-alba) Cássia-grande, Cássia-rósea (Senna grandis) Cássia-de-Java (Senna javanica) Jacarandá-mimoso ( Jacaranda mimosaefolia) Figueiras em geral ( Ficus sp)
As palmeiras em geral também não são apropriadas para uso em calçadas, seja pelo porte, na maioria das vezes grande, e também pela dificuldade de manejo. No entanto, podem ser utilizadas nos canteiros centrais de avenidas e nas rotatórias, bem como nas áreas livres públicas.
2º Passo: aquisição das mudas a)
A muda deve possuir tamanho superior a 1,80m quando o plantio for feito na calçada;
b)
A muda poderá ser inferior a 1,80m quando o plantio ocorrer no quintal ou para fins de reflorestamento;
c)
A muda deve possuir haste (tronco) única e apresentar-se sadia, ou seja, sem pragas, doenças ou broto apical quebrado;
d)
Deverá ser adquirida em viveiro particular ou no Horto Municipal cujo telefone é: 36373341 ou 36374747.
3º Passo: abertura do berço, preparo do solo e plantio a)
A ilustração a seguir traz as informações necessárias para garantir um plantio adequado e um bom desenvolvimento da muda
b)
Sugestão de adubação orgânica da cova: 10 litros de esterco de curral curtido ou 5 litros de esterco de galinha ou 1 litro de torta de mamona. O adubo é depositado no fundo da cova;
4º Passo: dimensão do canteiro livre ao redor da muda e distância dos equipamentos urbanos (se o plantio for feito na calçada) a)
Os canteiros livres de cimento devem ter 1m² quando as árvores forem de pequeno e médio porte e de 2 m² para árvores de grande porte;
b)
A i lustração a seguir traz as distâncias recomendadas entre as árvores e o meio fio, as bocas de lobo e as guias rebaixadas;
c)
O quadro a seguir complementa as informações sobre as distâncias entre as árvores e os equipamentos urbanos;
Espaçamento entre mudas
4 m entre espécies de pequeno porte 6 m entre espécies de médio porte 8 m entre espécies de grande porte
Distância da muda (haste) à guia
0,5 m
Distância de esquinas
6 m de confluência do alinhamento das guias
Distâncias de postes de fiação e iluminação
4m
Distância de postes de sinalização de trânsito
3m
Distância de semáforos
6m
Distância de bocas-de-lobo e caixas de inspeção
1,5 m
Distância de guias rebaixadas (acesso de veículos e
1,5 m
cadeirantes) Quando a testada do lote tiver a guia toda rebaixada, plantar uma árvore a cada 7 metros, aproximadamente. Quando houver sobreposição de distâncias recomendadas, considerar a maior. Fonte: “Vamos Arborizar Ribeirão Preto” – Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Ribeirão Preto
d)
A ilustração a seguir orienta como deve ser efetuada a arborização nas situações em que a guia estiver toda rebaixada:
5º Passo: resultado esperado e)
A ilustração a seguir demonstra a situação desejada em uma calçada com uma muda bem desenvolvida e com a garantia do livre trânsito para o pedestre:
Créditos: As ilustrações desta cartilha são de autoria de Nádia Fontes e foram retiradas do . Manual “Vamos Arborizar Ribeirão Preto”, material confeccionado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Ribeirão Preto para apoiar iniciativas técnicas e educativas de arborização na cidade.
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