UmQdHQ
O universo dos quadrinhos tem incorporado em suas produções discussões, pautas e questões importantes debatidas no momento atual. O projeto UmQdHQ apresenta a evolução do pensamento sobre as HQs e dos leitores, seu papel na sociedade e como tem se dado o reflexo dessa evolução sobre o mercado, com seus desafios e potenciais.
Durante a semana de 4 a 8/10, serão realizados bate-papos, lançamentos, oficinas, abordando diferentes realidades sociais, identidades, mídias e mercado editorial.
Produção de HQ´s na atualidade
Com Rafael Calça e Marilia Marz. Mediação de Betto Souza.
Nesse encontro as pessoas convidadas irão discutir sobre a cena atual dos quadrinhos independentes, abordando as estratégias, trajetórias, dificuldades e acertos na hora de publicar um quadrinho no Brasil.
Rafael Calça é roteirista de histórias em quadrinhos e animação, além de ilustrador editorial e storyboarder de publicidade. Seus trabalhos de maior destaque são Jeremias - Pele, em que junto de Jefferson Costa recriou o personagem de Maurício de Sousa em uma HQ sobre racismo na infância, tendo recebido o reconhecimento de público e crítica, além do Troféu Ângelo Agostini, Troféu HQ Mix e o prestigiado Prêmio Jabuti, e Jeremias Alma, agraciado com o Troféu HQ Mix e o Troféu Angelo Agostini.
Marília Marz é ilustradora e quadrinista. Entre seus principais trabalhos estão a HQ curta “Pra Onde Vamos, Pai?”, para o programa IMS Convida do Instituto Moreira Salles e a HQ autoral “Indivisível”. É também chargista do jornal Folha de São Paulo.
Betto Souza é graduado em Biblioteconomia e Ciências da Informação pela Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto. Graduado em Pedagogia pela Universidade Paulista (UNIP). Atua na elaboração e desenvolvimento de projetos sociais, oficinas de quadrinhos, oficina de fanzines, recreação infantil e acompanhamento em atividades esportivas. Membro fundador do coletivo artístico literário Encontrão Poético, movimento de ocupação artística que por meio da intersecção de linguagens (poesia, artes visuais, cinema, teatro, entre outras), promove atividades todo terceiro sábado do mês desde sua criação na cidade de Francisco Morato, SP. Slammaster do campeonato de poesia falada Slam da Cana em Ribeirão Preto, SP.
Dia 4/10, terça, às 19h. Biblioteca. 40 lugares. 14 anos. Grátis
HQs e o protagonismo negro e indígena
Com Jefferson Costa, Flávia Borges e Mayra Sigwalt. Mediação de Crica Monteiro.
Como as pessoas negras estão sendo retratadas nas histórias em quadrinhos? Há personagens indígenas nos HQs? Neste bate papo Jefferson Costa, Flávia Borges e Mayra Sigwalt irão abordar a importância da representatividade étnico-racial no universo das histórias em quadrinhos e na luta pela quebra de estereótipos racistas construídos e mantidos até hoje.
Flávia Borges, que também assina como Breeze Spacegirl, tem 25 anos e é ilustradora e quadrinista de São Paulo/SP. É autora do quadrinho Maré Alta (2018), do qual foi indicada em duas categorias no 35° Troféu Angelo Agostini. Desde então trabalhou para diversas empresas como SESC, Fiocruz, Lab Fantasma e Cia das Letrinhas. Hoje em dia atua como freelancer principalmente para o mercado editorial, infantil, didático e de publicidade”
Jefferson Costa é quadrinista, autor de “Roseira, Medalha, Engenho e outras histórias”, HQMix 2020 de melhor Edição Especial, melhor desenhista e roteirista revelação; HQ da biografia do músico Fela Kuti; livro infanto-juvenil ilustrado “Anansi”; GraphicMSP “Jeremias Alma”, HQMix 2021; GraphicMSP “Jeremias Pele”, vencedor dos prêmios Jabuti e HQMix 2019; “La Dansarina”, HQMix 2015 de Edição Especial; adaptação de A Tempestade de Shakespeare, HQMix 2013 Adaptação para os Quadrinhos e A Dama do Martinelli. Lançamento de “Amantikir” em 2022.
Crica Monteiro é artista brasileira multimídia que conseguiu unir suas habilidades artísticas através do graffiti, da ilustração, do design e da criação de conteúdo fazendo a união de todas essas coisas. A sua arte visual é alegre, contagiante e otimista, usa e abusa das cores. Crica Monteiro começa a se interessar por artes ainda na infância influenciada pela sua mãe. Descobriu o universo do graffiti em 1999 quando conheceu o movimento hip hop e passou a fazer parte. Em 2001 faz o seu primeiro graffiti e leva isso como diversão, foi uma questão de tempo até a sua arte passar a ser também o seu trabalho
Dia 4/10, terça, às 20h30. Biblioteca. 40 lugares. 14 anos. Grátis
Com Triscila Oliveira e Guti. Mediação de Gabriela Borges. Diversas mulheres estão engajadas na luta para acabar com o estereótipo de que HQs são produzidas por homens e para homens. Neste bate papo Triscila Oliveira e Guti debatem sobre como as mulheres vêm conquistando espaço no universo das HQs e sobre suas produções.
Guti é ilustradora e quadrinista, nascida em Porto Alegre, acaba de completar trinta anos. Suas tirinhas são majoritariamente autobiográficas e com pitadas de humor autodepreciativo.
Gabriela Borges é jornalista, curadora de conteúdo e mestra em antropologia. Em 2015, criou a Mina de HQ, referência para quem quer ler histórias em quadrinhos mais diversas, conhecer quadrinistas mulheres, transmasculinos e não binários, e também criar estratégias de comunicação a partir das HQs. Mídia multiplataforma independente e feminista, a Mina de HQ foi premiada pelos principais troféus de quadrinhos do Brasil, o HQ MIX e o Angelo Agostini, e é um dos mais relevantes canais sobre gênero e cultura pop do país. Gabriela é autora do livro “Encuentre su Clítoris” e editora da antologia “Quadrinhos Queer”.
Triscila Oliveira, natural de Niterói, 36 anos, é ciberativista feminista antirracista e estudante autodidata das pautas de gênero, raça e classe.
Dia 5/10, quarta, às 19h. Biblioteca. 40 lugares. 14 anos. Grátis
Mulheres nas HQs - a representatividade feminina nos quadrinhos
Os quadrinhos lés de Alison Bechdel
Com Aline Zouvi e Carol Bensimon. Mediação de Gabriela Borges
Narrada como uma novela ilustrada, a história escrita pela autora norte americana Alison Bechdel com um elenco composto quase todo de mulheres lésbicas, conta uma história que se passa em tempo real: as personagens se conhecem, se apaixonam, atam e desatam relacionamentos, trocam de empregos e envelhecem. Suas vidas suas vidas ao longo de vinte anos refletem as mudanças sociais, culturais e políticas dos Estados Unidos reunidas no livro “O Essencial de perigosas sapatas”. Com a mediação de Gabriela Borges, Aline Zouvi e Carol Bensimon.
Aline Zouvi fez mestrado sobre as obras da quadrinista Alison Bechdel. Desde 2017, tem dado oficinas de quadrinhos, publicado cartuns em veículos como Folha de São Paulo e Piauí, e participado de diversas mesas de discussão e feiras. Trabalha, também, com tradução e revisão de quadrinhos e literatura. No momento, está trabalhando em sua primeira Graphic Novel.
Carol Bensimon é escritora e tradutora. Publicou os romances “Diorama” e “O Clube dos Jardineiros de Fumaça” (prêmio Jabuti 2018), entre outros. Seus livros foram lançados nos Estados Unidos, na França, na Itália, na Espanha e na Argentina. É mestre em Escrita Criativa pela PUCRS. Traduziu diversos quadrinhos do francês e do inglês, como, Perigosas sapatas, Três sombras e as adaptações de O estrangeiro, Na colônia penal e Retrato de Dorian Gray.
Gabriela Borges é jornalista, curadora de conteúdo e mestra em antropologia. Em 2015, criou a Mina de HQ, referência para quem quer ler histórias em quadrinhos mais diversas, conhecer quadrinistas mulheres, pessoas transmasculinas e não-binárias, e também criar estratégias de comunicação a partir das HQs. Mídia multiplataforma independente e feminista, a Mina de HQ foi premiada pelos principais troféus de quadrinhos do Brasil, o HQ MIX e o Angelo Agostini, e é um dos mais relevantes canais sobre gênero e cultura pop do país. Gabriela é autora do livro “Encuentre su Clítoris” e editora da antologia “Quadrinhos Queer”
Dia 5/10, quarta, às 20h30. Biblioteca. 40 lugares. 14 anos. Grátis
Bate-papo
A comunidade LGBTQIA+ nos quadrinhos
Com Aline Zouvi, Vitorelo e Bennê Oliveira. Mediação de Mario César Oliveira.
A comunidade LGBTQIA+ foi, por muito tempo, deixada de lado pela maioria das editoras de quadrinhos. Neste bate-papo, Aline Zouvi, Vitorelo e Mário Cesar Oliveira abordam questões sobre a representatividade nos quadrinhos e como personagens e questões da comunidade LGBTQIA+ foram retratadas ao longo dos anos até chegar aos dias atuais.
Aline Zouvi fez mestrado sobre as obras da quadrinista Alison Bechdel. Desde 2017, tem dado oficinas de quadrinhos, publicado cartuns em veículos como Folha de São Paulo e Piauí, e participado de diversas mesas de discussão e feiras. Trabalha, também, com tradução e revisão de quadrinhos e literatura. No momento, está trabalhando em sua primeira Graphic Novel. Vitorelo é designer, artista e semioticista pela PUC-SP. Autora de quadrinhos esquisitos celebrados pela crítica, como Kit Gay (Editora Veneta), TILT (independente) e Tomboy (Sapata Press, Museu da Diversidade Sexual).
Bennê Oliveira é ilustradora e quadrinista autointitulada “insuportavelmente recifense”. É a criadora do Levemente insana, onde produz tirinhas sobre temas cotidianos, e muitas vezes autobiográficos, sobre o dia a dia da vida suburbana. Seu trabalho já fez parte de publicações como Mina de HQ, revista Continente e Piauí.
Mário César já foi quatro vezes vencedor do Troféu HQ Mix e duas vezes finalista do Prêmio Jabuti, é autor e editor de histórias em quadrinhos, além disso, é co-criador e organizador da Poc Con Feira LGBTQIA+ de Quadrinhos e Artes Gráficas.
Dia 6/10, quinta, às 19h. Biblioteca. 40 lugares. 14 anos. Grátis
Bate-papo
Papo de Quadrinhos
Com Gustavo Borges, Lovelove6 e Cris Eiko. Mediação de Cordeiro de Sá.
Neste encontro Cris Eiko, Gustavo Borges, Lovelove6 e Cordeiro de Sá, se reúnem para falar sobre suas carreiras, trabalhos, entre outros assuntos ligados ao universo dos quadrinhos, como produção independente e expectativas para o mercado das HQ´s.
Gustavo Borges nasceu em 1995, em Porto Alegre/RS. É formado em design gráfico, autor de quadrinhos, ilustrador, roteirista. Conhecido por quadrinhos como: Morte Crens, Pétalas, Cebolinha - Recuperação e Como Fazer Amigos e Enfrentar Fantasmas. Gustavo não tem dúvidas que nasceu para contar e desenhar histórias.
Cristina Eiko nasceu em São Paulo e formou-se em Design. Trabalhou com animação em comerciais e longas-metragens como “Segredo de Kells” e “Uma História de Amor e Fúria”. Em 2010 começou a desenhar “Quadrinhos A2” com seu parceiro Paulo Crumbim, e a série está em seu sexto volume atualmente. Com ele também criou as Graphic MSP “Penadinho - Vida” em 2015, e a sequência “Penadinho - Lar” em 2020. Lançou 3 zines solo: “Culpa”, da coleção “Ugritos”, e “Quadrinhos A2 - não-oficial”e “Quadrinhos A2 - Pirata”.
Cordeiro de Sá arquiteto urbanista e jornalista, mediador de conflitos, MBA em Gestão de Projetos. Professor de Artes no Colégio FAAP. Já foi premiado como artista visual, animador, roteirista, quadrinista, bonequeiro e gestor social. Coordena e edita o selo de quadrinhos RPHQ. Tem obra no acervo permanente do MARP, participou de duas Bienais Internacionais de Arquitetura SP e do Animamundi. Recebeu três indicações ao Troféu HQ Mix. Foi reconhecido como Cidadão Ribeirão-pretano pela Câmara Municipal local, pelos serviços sociais, culturais e educacionais prestados à cidade.
Lovelove6 faz histórias em quadrinhos desde 2013, dentre elas Garota Siririca e Sheiloca. Suas publicações já foram expostas no Museu de Arte de São Paulo (MASP), Museu da Imagem do Som (MIS) e Biblioteca Mário de Andrade. Aborda temas relacionados à sexualidade com uma perspectiva feminista, promovendo a reflexão sobre direitos sexuais e direitos identitários LGBTQI+.
Dia 7/10, sexta, às 19h. Biblioteca. 40 lugares. 14 anos. Grátis
Bate-papoDesconstruindo o olhar masculino
Com Lovelove6.
O encontro busca apresentar a compreensão das origens, o significado e os desdobramentos do conceito “olhar masculino”, que se refere à objetificação e erotização da imagem da mulher no cinema, elaborado com base no feminismo e na psicanálise, há quase 50 anos, por Laura Mulvey.
Em contextos feministas da cultura pop, o “olhar masculino” é tema central na discussão sobre representação feminina, um conceito que se refere à forma como a imagem de mulheres é tradicionalmente objetificada e erotizada nas narrativas visuais. Quem nunca se deparou com discussões a respeito dos uniformes de super heroínas, ou sobre o protagonismo passivo das mulheres nas tramas dos filmes? Nesse encontro vamos aprofundar a compreensão sobre as origens, o significado e os desdobramentos desse conceito, elaborado com base no feminismo e na psicanálise, há quase 50 anos, por Laura Mulvey.
Dia 7/10, sexta, às 20h30. Biblioteca. 40 lugares. 14 anos. Grátis
Narrativa em HQ
Com Gustavo Borges.
Utilizando exemplos clássicos da nona arte e da própria carreira, Gustavo Borges ilustra o passo a passo de fazer quadrinhos, abordando conteúdos como roteiro, semiótica e narrativa visual.
Possibilitar que os alunos compreendam melhor a arte dos quadrinhos e que se sintam confortáveis a experimentar e produzir através dessa linguagem.
Cronograma de aulas
Aula 1: Introdução a oficina, breve histórico do professor + Como contar uma história? Fundamentos de roteiro e exercício de roteiro que será utilizado para dar sequência na aula seguinte.
Aula 2: O poder de uma imagem e a Narrativa gráfica nos quadrinhos Exercício de exploração visual utilizando o resultado do exercício que foi feito na primeira aula.
Aula 3: Passo a passo. Qual é o caminho prático de se produzir quadrinhos? Exercício de finalização utilizando o resultado do exercício que foi feito na primeira aula.
Gustavo Borges nasceu em 1995, em Porto Alegre/RS. É formado em design gráfico, autor de quadrinhos, ilustrador, roteirista.
Conhecido por quadrinhos como: Morte Crens, Pétalas, Cebolinha - Recuperação e Como Fazer Amigos e Enfrentar Fantasmas.
Gustavo não tem dúvidas que nasceu para contar e desenhar histórias.
De 5 a 7/10, quarta a sexta, das 14h às 17h. Biblioteca. 25 vagas. 14 anos. Grátis. Inscrições pelo site inscricoes.sescsp.org.br a partir de 1/10
Oficina
LGBTQIA+
Com Aline Zouvi.
Este encontro tem, como objetivo, apresentar um panorama das produções (em sua maioria, ocidentais) de quadrinhos feitas por autoras lés/bi e discutir, com as participantes, sobre como a vivência desta comunidade é retratada nos quadrinhos.
Será proposto o desenvolvimento de uma produção em quadrinhos ou cartum como resultado do curso, de tema livre.
Dia 8/10, sábado, das 14h às 16h. Biblioteca. 20 vagas. 14 anos. Grátis.
Inscrições pelo site inscricoes.sescsp.org.br a partir de 1/10
Gustavo Borges