ARTES VISUAIS / EXPOSIÇÃO
PREMIADOS DA MOSTRA DE ARTE DA JUVENTUDE EDIÇÃO 2013 CLARISSE VALADARES . DUANE BAHIA BENATTI . FELIPE FIDELES STEINBERG . KEYTIELLE MENDONÇA . WESLER MACHADO
DE 4 a 25 DE ABRIL DE 2014 . RIBEIRÃO PRETO
EXPOSIÇÃO
PREMIADOS DA MOSTRA DE ARTE DA JUVENTUDE EDIÇÃO 2013 CLARISSE VALADARES . DUANE BAHIA BENATTI . FELIPE FIDELES STEINBERG . KEYTIELLE MENDONÇA . WESLER MACHADO
Esta mostra dos cinco premiados da 24ª Mostra de Arte da Juventude, realizada em 2013, tem como objetivo estimular os jovens artistas a produzirem após terem sido selecionados. Curadoria de Samantha Moreira, Jurandy Valença e Janete Polo Melo. Artistas premiados: Clarisse Valadares São Paulo SP Duane Bahia Benatti Valinhos SP Felipe Fideles Steinberg Campinas SP Keytielle Mendonça Ribeirão Preto SP Wesler Machado Limeira SP
Material gráfico 2014 Clara Benfatti . São Paulo SP. Seleção da obra “Cidade Branca nº 1” para ilustrar o material gráfico da 25ª edição da Mostra.
Abertura 4 de abril, sexta, às 20h30. Bate-papo 5/4, sábado, às 10h. Os artistas participantes da exposição falam sobre suas obras e trajetórias. Visitação de 5 a 25/4, de terça a sexta, das 13h30 às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h. Agendamento de visitas orientadas com ação educativa para escolas e grupos. Grátis.
24a Mostra de Arte da Juventude Sesc 2013 A Mostra de Arte da Juventude do Sesc Ribeirão apresenta o resultado do acompanhamento dos cinco artistas premiados em sua 24a edição, que tiveram suas obras expostas em novembro do ano passado. Agora, os jovens artistas exibem os desdobramentos de suas respectivas pesquisas em desenhos, fotografias, esculturas, objetos, pinturas e vídeos.
Em sua obra, Clarisse Valadares não só se debruça sobre a
Os trabalhos de Duane Bahia Benatti, embora sejam a
imagem, mas, principalmente, sobre o que sobra dela, o que vaza do papel, do enquadramento, o que vai além das bordas. Um lugar onde a imagem sempre é [in]definida, sem um começo, um meio ou um fim. Para ela as imagens “se completam e se anulam, sem hierarquia nessa relação. Uma simetria quebrada. E aí para mim fica um pouco essa sensação de que tudo converge ao mesmo tempo que se afasta”. Em uma das fotografias exibidas a perspectiva da paisagem parece invertida e se vê uma grande faixa de areia, alguns arbustos, o que parece ser um rio ou braço do mar e o céu. A imagem parece não ter limites estabelecidos, não se completa totalmente, no entanto, está ali, existe. Em outro trabalho, um backlight exposto na área social do Sesc, uma sequência de imagens em preto e branco formam uma narrativa quase gráfica que, mais uma vez, não tem começo, meio e fim. Na maioria de suas fotos sempre há um elemento solto, suspenso e há vazios também. Texturas e o que ela designa como ‘manchas’, defeitos, imperfeições na imagem. Clarisse cria fotografias que não se entregam facilmente. Requer que o observador as complete, ou não. A paisagem deixa de existir por ela só, para a contemplação. Ela pede que a decifremos ou ela, mesmo [im]perfeita, nos devorará.
priori pinturas, expandem essa categoria. Ele cria superfícies de tinta acrílica, misturadas, acumuladas e sobrepostas, compondo trabalhos matéricos que ficam entre a pintura e a escultura. No inicio de sua pesquisa pictórica em 2012, as obras eram constituídas de capas de tinta pura, que até então eram extraídas de um suporte impermeável e coladas em outras superfícies mais porosas, como a lona. Atualmente, Benatti elimina os intermediários e suas pinturas são a tinta em si, fazendo dela seu próprio suporte. Entre os trabalhos apresentados há três objetos, bandeiras que são capas de tinta acrílica repousadas sobre hastes metálicas; e pinturas que são sutilmente esticadas na parede e afixadas com uso de fragmentos de fita adesiva duplaface e microporo. Com densidade e leveza, entre o bidimensional e o tridimensional, Benatti cria um palimpsesto visual que ao invés de um pergaminho há apenas a própria tinta que escreve e re-escreve, camada sob camada, uma história formada por volume, cores e texturas. Como se pintasse de novo sobre o que já foi pintado sucessivas vezes. Uma nova pintura sobre a que já existia. Com corpo, matéria e infinitos relevos.
Uma vídeo-escultura que exibe três conteúdos diferentes e relacionados entre si; na qual aparecem Alexandre Garcia, Collor e Lula no famoso e polêmico debate em 1989. Só que no trabalho, Felipe Steinberg “apaga” digitalmente Lula em um dos monitores deixando apenas os dois microfones, e nos outros dois monitores Garcia e Collor, ambos mudos. O único som que ecoa da vídeo-escultura é a voz de Lula. Em outra obra, um típico taxi de Nova York desmontado, embalado e enviado via correio dos Estados Unidos para o próprio artista no Brasil se transforma em esculturas/objetos que parecem estar suspensos do chão, flutuando como um corpo amarelo fragmentado, cortado em vários pedaços. Um vídeo realizado em 16mm, no qual aparecem pessoas caminhando de cabeça para baixo, é reproduzido em um projetor situado fora do espaço expositivo que projeta a imagem no vidro da galeria; mas quando a imagem bate no vidro ela inverte dependendo de onde se situa o observador. De um lado do vidro ela inverte, do outro ela fica normal. Na última edição da mostra, em novembro, Steinberg apresentou uma obra instigante, humorada e política, uma vídeo-escultura que exibe dois conteúdos diferentes em uma apropriação de uma sequência famosa do filme “Intriga Internacional”, de Alfred Hitchcock, e de imagens do World Trade Center. Agora, o artista apresenta esse conjunto de trabalhos que reforça a coerência de sua pesquisa visual onde o humor, o documental e o ficcional são elementos fundamentais. Steinberg opera entre o dentro e o fora, entre a passagem de uma mídia para outra, de um suporte para o outro, criando um deslocamento físico, geográfico, histórico, espacial e sonoro. Ele promove uma arqueologia de mídias, de meios. Cria territórios particulares transportáveis. Uma nova cartografia na qual os espaços não são só físicos, mas também e, principalmente, analógicos, digitais e virtuais.
Para Keytielle Mendonça algumas coisas devem ser mantidas escondidas por debaixo de outras. Ou quase. Elas também podem ser observadas em uma perspectiva frontal, de lado, invertida ou podem ser vistas como se fosse de cima, do alto, como uma imagem aérea. Para ela, é necessário que o objeto, o lugar, o desenho possa ser mostrado quase em sua completude para uma melhor apreciação. Como ela mesmo diz “uma vista só não dá tudo que preciso”. Em seus desenhos - paisagens de uma arquitetura pessoal projetada, desenhada, decalcada e xerocada, a geometria das formas se alterna e se completa entre o formal e o orgânico. A natureza e a arquitetura estão presentes em seus trabalhos e ambas co-existem, co-habitam em um inventário afetivo, plástico e poético muito particular. Mas a natureza que lhe é cara é aquela mais íntima, geralmente lugares que são reais, casas onde a artista morou, escolas onde estudou, a praça da cidade na qual nasceu. Keytielle cria uma ficção sobre coisas que têm passado, memória e presente. Uma nostalgia reforçada, por exemplo, com a frase: “a saudade do inexistente”, escrita em um dos desenhos e também dando-lhe título. Original, cópia, réplica, inversão, contemplação, construção, decadência são temas explorados e traduzidos em nanquim, decalque, lápis de cor e folhas de ouro. Seus escritos informais, meio prosa, meio poesia e meio diário trazem um tom confessional, que torna o espectador cúmplice daquela confissão, afirmação, e também daquela arquitetura subjetiva e [in]existente. Por fim, o artista Alma, Wesler Machado dá continuidade a sua pesquisa de intervenção espacial criando mais uma instalação, um site-specific em um painel externo próximo à galeria. Sua obra anterior se construía entre o desenho e a escultura utilizando tinta látex sobre parede e madeira que criavam uma arquitetura que se equilibrava poeticamente no espaço. Agora, Alma cria um enorme desenho à mão com tinta látex com referências ao universo das artes africanas, ao grafismo indígena e ao grafismo transitório das ruas. Alma utiliza o painel como o faz com as paredes, muros e fachada que se tornam um suporte ampliado para suas intervenções urbanas, públicas ou privadas. Seu processo criativo é automático, onde o imaginário pessoal é resgatado da infância do artista e é usado como mote criativo em seus desenhos. Alma faz da cidade, dos espaços as páginas nas quais escreve sua história, uma narrativa visual que é tanto real quanto ficcional.
Curadoria de Jurandy Valença, artista, curador independente e diretor de projetos do Instituto Hilda Hilst.
OBRAS Clara Benfatti Cidade Branca nº 1 nanquim sobre papel vegetal e acrílico 33 x 22 cm 2013
Duane Bahia Benatti Sem Título (da série “Pintura Fóssil”) superfície de tinta acrílica e pressão 26 x 14 x 6 cm 2013
Keytielle Mendonça A Saudade do Inexistente nanquim, decalque e folha de ouro sobre papel 100 x 150 cm 2014
‘Alma’/Wesler Machado Desenho 20 tinta látex sobre parede 200 x 1.000 x 61 cm 2014
Clarisse Valadares Ponte ampliação fotográfica, C-print 66 x 200 cm 2014
Felipe Steinberg Desterrado 1 vídeo 16 mm e projetor 16 mm 2:32 min (loop) 2012
PAINÉIS
Os painéis poderão ser vistos até 30/4, no horário de funcionamento da Unidade.
ÁREA DE ALIMENTAÇÃO
Clarisse Valadares São Paulo SP PONTE
ÁREA DE CONVIVÊNCIA
‘Alma’/Wesler Machado Limeira SP DESENHO 20 QUINTAL / MURAL
André Costa Ribeirão Preto SP André Costa
O HOMEM E SUA NATUREZA
INTERNET LIVRE
Breno Ferreira São Paulo SP CUBO
BIBLIOTECA
Marina Dias Ribeirão Preto SP OS DIAS LINDOS Breno Ferreira
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Comunicação Sesc Ribeirão Preto - Material reciclável
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