Mulheres que leem mulheres

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MULHERES QUE LEEM MULHERES agosto/setembro 2017


MULHERES QUE LEEM MULHERES O projeto Mulheres que Leem Mulheres nasce de um questionamento acerca das referências literárias obtidas no processo de educação; quantos autores homens estiveram presentes nas páginas dos nossos livros de língua portuguesa, quantas mulheres nos foram apresentadas ao longo da vida? Ao recordar uma lista ou ao visitar uma biblioteca ou uma livraria, percebemos esse desequilíbrio, não porque não existam mulheres autoras, mas porque os homens autores ainda conseguem maior repercussão neste trabalho, da mesma forma como se mantêm em destaque em outras áreas do conhecimento. Se nos dias de hoje ouvimos falar mais em protagonismo e feminismo, é porque estamos há muito tempo lutando por essa nova perspectiva social: onde o gênero não subjugue o alcance da obra. Ler mulheres para saber como pensam as mulheres a partir da visão de mundo delas próprias, e não de um estereótipo desenhado por inúmeros postulados da escrita que descreveram a mulher a partir de uma observação externa.

Penélope Martins Curadoria


Nos meses de agosto e setembro o Sesc São Caetano oferece ações artísticas e formativas que incentivam a reflexão sobre o que escritoras, poetas, compositoras e pensadoras têm semeado no campo da palavra. As atividades são voltadas à todos os públicos, interessados pelas áreas da educação e das artes.

Penélope Martins é poeta e narradora de histórias. Pós graduada em Direito Constitucional com pesquisa em Direitos Humanos (PUC-Campinas, 2004), desenvolve projetos para letramento com oralidade desde 2006 e mantém no ar blogs com conteúdo literário. Foi colunista de literatura no Jornal ABCD durante sete anos, é interlocutora em projetos de longa duração para crianças, jovens, adultos e pessoas com deficiências intelectuais. Entre seus livros publicados estão “Poemas do Jardim”, pela Editora Cortez, “Quintalzinho”, pela Editora Bolacha Maria, “Que amores de sons”, pela Editora do Brasil, entre outros.


AÇÕES CONTÍNUAS Para popularizar um assunto nos dias de hoje, utilizar as mídias sociais como recurso é praticamente inevitável. Foi este o caminho encontrado por Penélope Martins para propor a reflexão sobre experiências literárias de autoria feminina. Na fanpage “Mulheres que leem mulheres” - a qual empresta o nome e inspira as ações deste projeto – mulheres são convidadas a ler o texto de outra mulher, criando vídeos e gravações de áudios que possam ser compartilhadas na página e fruídas coletivamente.

Poesia na Cozinha

Projeção audiovisual que homenageia poetas da literatura brasileira fazendo conexões com vocabulários e saberes do universo gastronômico, ou apenas temperando as conversas que se desenrolam ao sabor do cafezinho de após o almoço. Nesta edição, serão apresentados vídeos publicados pelas seguidoras na página Mulheres que Leem Mulheres. Até dia 29/9. Segunda a sexta, das 12h às 14h

Do Baú à Estante

A partir da diversidade de títulos disponíveis na biblioteca volante do BiblioSesc, a seleção para a estante do espaço de leitura na unidade reúne autoras de diversos gêneros literários. Encontram-se nas mesmas prateleiras escritoras do universo da literatura infantil, como Silvia Orthof e Kiusam de Oliveira , poetas como Alice Ruiz e até a divertida youtuber Jout Jout. Até dia 30/9. Segunda a sexta, das 9h às 21h30. Sábados, das 9h às 17h30



BATE-PAPOS QUINTAS, ÀS 20H Mediação de Penélope Martins Encontros em que escritoras conversam sobre a presença da mulher na literatura e a importância em expandir este espaço em diferentes segmentos. Trazem referências de suas produções e leem trechos de livros de suas autoras prediletas.

Compositoras da música brasileira, produção e carreira Com Socorro Lira e Carô Murgel

Numa conversa sobre a atuação da mulher na música brasileira, as convidadas revisitam a história e revelam especificidades da composição de canções de autoria feminina, a supressão de autoria, dificuldades percebidas pela produção e possibilidades reais de uma carreira como artista e cantora. Dia 17/8

A literatura para infância, o letramento em temáticas contemporâneas Com Márcia Leite e Gabriela Romeu

Um diálogo que aborda questões contemporâneas em obras destinadas para a infância, assim como a interlocução na formação de educadores e as possíveis investigações em letramento abarcando inclusão, abrangência e equidade infantil. Dia 24/8

Poesia e perfomance, enfrentamento das questões de gênero Com Alice Ruiz e Luiza Romão

Entre leituras, perguntas e possibilidades para respostas, duas poetas conversam sobre a poesia como enfrentamento e legítima defesa, discutindo também a voz e o corpo da mulher na performance de poemas. Dia 31/8


Alice Ruiz, é poeta e compositora, ministra palestras e oficinas de haikai no Brasil, desde 1990. Tem mais de 20 livros publicados de poesia, traduções e livros para crianças e participação em antologias no Brasil e outros países. Recebeu dois prêmios Jabuti de poesia. Como compositora tem parcerias com Arnaldo Antunes, Zélia Duncan, entre outros. Foi gravada também por Cássia Eller, Adriana Calcanhoto e Gal Costa, entre outros. Lançou, com Alzira Espíndola, o CD de música e poesia, “Paralelas”. Em 2007, Rogéria Holtz lançou o CD “No País de Alice”, só com letras de Alice Ruiz.

Carô Murgel, é Pós-doutorada

Gabriela Romeu, é paulistana, jor-

(2017-IFCH/Unicamp) com a pesquisa “Cartografias da Canção Feminina: compositoras brasileiras no século XX”. Escreveu artigos e capítulos de livros e organizou, em parceria com Margareth Rago o livro Paisagens e tramas: o gênero entre a história e arte (Iluminuras/2013). Pesquisadora colaboradora no Departamento de História do IFCH/ Unicamp, atua na área de História Cultural, com ênfase em gênero, subjetividades, canção popular brasileira e compositoras brasileiras.

nalista, documentarista, especializada em produção cultural para infância e na própria infância. Há 15 anos escreve no jornal Folha de São Paulo, onde editou o caderno Folhinha, coordenou o Mapa do Brincar (Grande Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo). É corroteirista do filme Disque Quilombola e diretora do documentário Meninos e Reis (premiado na Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis e FAM). É autora de Terra de Cabinha (Editora Peirópolis), que já rendeu exposições e prêmios.

Luiza Romão, é poeta, atriz e

Márcia Leite escreve para crianças e jovens desde 1986. Tem títulos publicados por diversas editoras brasileiras, alguns deles premiados e integrantes de programas governamentais e institucionais. Ganhou o Prêmio Açorianos de Literatura na categoria infantil em parceria com o escritor Caio Riter, e foi duas vezes finalista do Prêmio Jabuti, com os títulos “Olívia tem dois papais” e “Do jeito que a gente é”. Em 2011 iniciou, com Leonardo Chianca, a Editora Pulo do Gato, especializada em livros para leitores em formação e formadores de leitores.

Socorro Lira nasceu na zona rural de Brejo do Cruz, sertão da Paraíba; é poeta, compositora, intérprete, instrumentista, produtora cultural e graduada em psicologia. Criou o Projeto Memória Musical da Paraíba, também o Prêmio Grão de Música. Entre suas obras publicadas estão A pena secreta da asa (Editora Uka), Amazônia - Entre águas e desertos (DVD e CD), e outros. Já recebeu diversos prêmios, entre os quais 23º da Música Brasileira como melhor cantora (categoria regional), e Prêmio Europa 98 da “Associazione Senza Frontiere” de Seveso, Itália.

slamer. Formou-se em Artes Cênicas e atualmente cursa o último ano da Escola de Arte Dramática (EAD/ USP). Em 2014, publicou o livro Coquetel Motolove. Se prepara para lançar seu segundo livro, Sangria. Além disso, participou de coletâneas sobre literatura periférica. No teatro, integrou como atriz e/ou diretora os coletivos: Cia Ato Reverso, Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, Literatura Ostentação, Teatro Documentário e Turma 66. Além disso, pesquisa e produz videopoemas performáticos.


CONTAÇÕES DE HISTÓRIAS SÁBADOS E FERIADO, 12H

Ao longo dos meses de realização do projeto, o tema das mulheres na literatura será promovido ora em narrações que contam sobre a vida de escritoras popularmente conhecidas, ora em histórias escritas por elas para o público infantil.

“ Pequenas Notáveis” com a Cínica Cia de Teatro Toda grande personalidade um dia já foi criança. O conjunto de narrações do mês de agosto fala sobre a infância e vida de quatro mulheres que tiveram papel fundamental na história da escrita. Elas enfrentaram um sistema opressor em diferentes partes do mundo, construindo obras e ações que representam marcos que devem ser de conhecimento de todos no avanço da discussão pelos direitos humanos.

Carolina de Jesus Vidro, papel, metal e plástico, são elementos utilizados na reciclagem do lixo. E ideias? Também é possível reciclar? Carolina era perita nisto! Enquanto trabalhava como catadora registrava o cotidiano da favela do Canindé em cadernos que encontrava no lixo, tornando-se depois uma das principais escritoras negras do Brasil. Dia 5/8

Malala Yousafzai “Um professor, um aluno, um lápis e um caderno podem mudar o mundo”. Foi nisto que a jovem e corajosa Malala acreditou quando lutou para promover a educação e os direitos humanos em tempos de ocupação talibã no Paquistão, e assim foi a pessoa mais nova a receber um Premio Nobel. Dia 12/8


Virginia Woolf Ela nasceu em uma época em que as mulheres não podiam nem votar para escolher seus dirigentes políticos e já se incomodava com os costumes sociais que promoviam tantas desigualdades entre homens e mulheres. A escritora e editora Virginia escreveu Orlando, história de um homem que, depois de um bom sono, acorda mulher e enfrenta os dois lados em uma mesma vida. Obra marco na história literária universal. Dia 19/8

Marina Colasanti Além de criar com as palavras, Marina ilustra a maioria de seus livros e fala sobre maneiras possíveis para repensar princesas, entre outros temas. Ela nasceu em Asmara, na Eritreia, viveu a infância na Itália e imigrou para o Brasil. Recebeu prêmios importantes e é reconhecida como uma das escritoras vivas mais celebradas da nossa literatura. Dia 26/8

A Cínica Cia. de Teatro atua na área de contações de histórias e intervenções artísticas desde 2009 e é composta por profissionais de diversas áreas, como o teatro, a performance, a música, a literatura, e as artes plásticas. A Cínica Cia tem como foco o desenvolvimento de projetos que visam apresentar temas pouco debatidos e construir assim uma conversa sincera, onde o público e o propositor refletem sobre estes nós da sociedade contemporânea.


Para crianças de todas as idades com a Damas&Cia, Cristiane Velasco e Ana Luísa Lacombe Em setembro as histórias serão contadas a partir de obras de autoras que tiveram um olhar especial para o público infantil. A diversidade também estará presente entre as narradoras convidadas

As aventuras de Aninha Menina brincalhona e aventureira, Aninha ia todos os dias para a escola pelo mesmo caminho. Um dia se vê diante de uma bifurcação com duas placas: o caminho misterioso para a escola e o caminho nada misterioso para a escola. Adivinha qual caminho ela escolheu? Venha e descubra o desfecho desta história escrita por Ana Paula Lopez. Dia 2/9

Por que só as princesas se dão bem? Diante de tantas obrigações no palácio e de uma vida regrada, com sapatos que causam calos e vestidos apertados, a princesa Bia não aguenta e solta um pum! Mas princesa não solta pum! Será? Nesta história da escritora carioca Thalita Rebouças a personagem Bia começa uma série de perguntas sobre o mundo das princesas. Dia 7/9

A Damas & Cia. nasceu em 2014 e seu repertório conta com cerca de quinze histórias clássicas adaptadas para uma versão contemporânea, dentre outras narrativas de grandes mestres da literatura, sempre brincando. A dupla têm apresentado suas contações em espaços culturais, bibliotecas, escolas, livrarias e centros culturais. Participou da Viagem Literária 2017, onde se apresentou em bibliotecas públicas de cinco cidades do Estado de são Paulo.


A Véia da Gudéia Imagine um conto criado a partir do pesadelo de uma criança de cinco anos! Foi daí que veio a história das peripécias de uma bruxa brasileira, escrita por Cristiane Velasco e seus alunos no espaço de educação infantil Casa Redonda Centro de Estudos. O nome da personagem foi “emprestado” da lenda da Pedra do Baú (São Bento do Sapucaí/SP). Dia 9/9

Maria Sabida e João do Uia Uma princesa metida a saber tudo e um moço com fama de bobo que resolve enfrentar um duelo de boca para se casar com ela. O desafio? Calar Maria Sabida por um minuto. Reconto que se tornou o primeiro livro da autora Cristiane Velasco. Dia 16/9

Cristiane Velasco é educadora e contadora de histórias com especialização em arte educação pela ECA-­USP. Ministra oficinas e realiza apresentações para crianças e adultos. Desde 2003 coordena o módulo “Contos e Histórias Tradicionais” integrado à formação de educadores do Instituto Brincante e em 2015 inaugurou no mesmo espaço o curso “Histórias de Boca: Palavra Brincante”.


Galos, Galinhas e Ovos “Galo, Galo Não Me Calo”, “Foi Ovo? Uma Ova!” são histórias com muitos cacarejos e brincadeiras sobre a tremenda confusão que aconteceu no dia em que o Sol e a Lua inverteram seus turnos e deixaram a bicharada maluca. Inspirada na divertida obra de Sylvia Orthof “Mudanças no Galinheiro”. Dia 23/9

Contos da Lia Histórias como “Galileu, Leu”, “Adélia Esquecida”, “Como os Peixes Foram Parar no Mar” irão trazer um pouco da irreverência de Lia Zatz, autora engajada e mobilizada por temas como as desigualdades sociais, o racismo, a discriminação da mulher. Dia 30/9

Ana Luísa Lacombe é atriz, contadora de histórias, escritora e figurinista. Carioca, radicada em São Paulo, atua desde 1980 como atriz e, com o passar dos anos, foi ampliando sua área de atuação. Desde 2002 vem se interessando e pesquisando o trabalho de narração de histórias associando-o à sua experiência no teatro.


INTERVENÇÕES_BIBLIOSESC Duas Saias, Mil Histórias As primas Rosa Chik e Rosa Chok, duas personagens vindas diretamente de uma antiga história em preto e branco, trazem em suas enormes saias cheias de bolsos muitas surpresas como quadrinhas, rimas, cantigas populares, brincadeiras, advinhas, trava línguas e pequenas histórias de escritoras da literatura brasileira. Dia 9/8, quarta, 12h – Praça Cardeal Arcoverde Dia 16/8, quarta, 12h – Fundação das Artes de São Caetano do Sul

A Cia. da M.A.T.I.L.D.E. (Movimento Artístico para Transformação Integrado pela Liberdade, Direitos e Entretenimento) nasceu em 2004, em São Caetano do Sul. Surgiu da necessidade de oferecer às comunidades um espaço onde seja garantido o exercício da cidadania através da arte. A Cia da Matilde iniciou seus estudos em Shakespeare em 2011 e, desde então, desenvolve experimentações inspiradas em sua produção literária.

Conceição Evaristo Da extensa obra da autora mineira serão apresentados poemas e trechos que revelam sua militância político social, em especial o movimento negro. Dia 21/9, quinta, 10h – CEU das Artes de Diadema

Artista-Educadora, Mariana Per caminha acompanhada da palavra e a música desde muito cedo. Como flautista tocou em algumas orquestras e, sem deixar as raízes brasileiras, faz do chorinho e sambas companheiros. A Palavra se aproxima mais com a contação de histórias, principalmente as africanas que conversam com as nossas origens. Hoje une as duas paixões na banda Morabeza Nação cantando poemas e historias de escritores como Cuti, Heloisa Pires, Conceição Evaristo entre outros.


OFICINAS Escrita de Poesia Com Penélope Martins Por meio de leituras, os exercícios buscarão identificar a experiência nascida e amadurecida em outras autoras, criar diálogos com poemas lidos e interpretar livremente conteúdos expostos. As participantes serão convidadas a partilhar leituras, escrever e recompor os próprios textos com linguagem autêntica. Dias 2, 9, 16 e 23/9. Sábados, das 10h às 12h

Vídeo Poesia - despertando a poesia por meio da estética Com Thays Berbe A partir da reflexão situada nas confluências entre o texto e o vídeo, a oficina irá desenvolver ferramentas teóricas e práticas de autorrepresentação poética. Serão apresentadas referências sobre o campo da imagem e montagem, trabalhos de videoartistas, além de exercícios de análise textual a partir de obras de autoras brasileiras. Ao final serão criadas coletivamente as vídeo poesias a partir de textos escolhidos. Dias 14, 21 e 28/9. Quintas, das 19h às 21h30

Thays Berbe é roteirista de TVDi, também redatora publicitária, formada pelas faculdade Belas Artes e Anhembi Morumbi. Criou o seriado infantil Teatrar para a TV Cennarium, uma programação educativa e ludica, voltada para o público infantil, entre 6 a 10 anos de idade que alia esquetes de humor, aulas de culinária, artesanato, contação de história e teatro, para a internet. Coordenou oficinas de roteiro no projeto Cine-Favela Heliópolis, que culminou no curta metragem “ Em Jogo”.


SARAU Mulheres que leem Mulheres Com a participação de Dalila Teles Veras Como encerramento do projeto, este encontro será aberto pela exibição do vídeo “Ela vinha pelo corredor para me servir a sobremesa”, o qual ilustra o poema escrito e narrado por Penélope Martins em uma homenagem ao trabalho de Maya Deren, pseudônimo de Eleonora Derenkowskaia – poeta, coreógrafa, atriz e cineasta experimental. O momento contará também com a presença das participantes das oficinas de Escrita e Vídeo Poesia, apresentando os conteúdos produzidos ao longo dos exercícios e reflexões desenvolvidas nas atividades. A convidada Dalila Teles Veras apresenta a coleção literária “Perversas” – a qual reúne, em publicações concebidas manualmente, os trabalhos de 12 escritoras da região do grande ABC – e destaca alguns de seus poemas. Dias 29/9. Sexta, às 20h


Sesc São Caetano Rua Piauí, 554 - B. Santa Paula TEL.: +55 11 4223-8800 /saocaetano sescsp.org.br


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