eu vi uma história Arte e Narrativa Popular no Acervo Sesc de Arte Brasileira
Orientações para professores, educadores e mediadores
artistas abraão batista | adão domiciano | alex benedito dos santos | ana amélia de souza camelo | carlos alberto de oliveira | carmézia emiliano | clemência pizzigatti | elza oliveira souza | emma anunciação valle | givanildo | iaperi santos de araújo | j.borges | jefferson bastos | j.miguel | joão pereira de oliveira | josé costa leite | josé luis soares | josé murillo de oliveira | jose murilo batista de souza | josé pereira silva | josé ribeiro santos | manassés borges | manoel graciano | maria bernadete passos de amorim | maria de lourdes de deus souza | maria de lourdes monteiro | mestre molina | neri agenor de andrade | neves torres | nilson pimenta | reuto fernandes | tania de maya pedrosa 3
Olhares Narrados Contar histórias é uma atividade que há muito tempo nos acompanha. Com diferenças nas for‑ mas gráficas, as narrativas vão desde as pinturas rupestres feitas em cavernas, até a criação do alfabeto e de sua milenar permanência em nossos cotidianos. É fato que, entre realidades e invenções (o olho subjetivo de quem narra se confunde com a crueza possível da vida e os arti‑ fícios para desvela‑la), as histórias nos fascinam. Nas artes visuais, os pintores das chamadas obras populares e naifs abordam com desenvoltu‑ ra e constância a temática da narrativa. São histórias contadas num momento estático, mas que desfilam movimentos por meio das cenas. Neste sentido, o cotidiano de moradores, com si‑ tuações políticas, corriqueiras ou mesmo repletas de fantasias (quem não se perde, em seu dia a dia, pendurado em um corrimão de ônibus, nas maravilhas possíveis dos sonho?), faz‑se de con‑ dutor na exposição Eu Vi uma história, composta de obras do Acervo Sesc de Arte Brasileira. Com isso, reforçando sua politica de acessibilidade e democratização cultural, o Sesc dispo‑ nibiliza ao público um conjunto cuja coesão se faz por meio da narrativa. Para a instituição, propiciar o contato com obras de seu acervo, dando‑lhe sentido e reforço com atividades pa‑ ralelas à fruição ‑ como contações de histórias, elaboração de cenários, construção de perso‑ nagens e realização de escrita criativa, desenho e colagens ‑, é dar continuidade a sua filosofia de construção ativa da cidadania e pela busca da melhoria da qualidade de vida das pessoas, implicando nisso uma ação educativa voltada para autonomia. Sesc São Paulo
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UMA PARCERIA A Fundação Pró-Memória de São Caetano do Sul, por meio da Pinacoteca Municipal - bra‑ ço artístico da instituição inaugurado em 2002 -, desenvolve trabalhos relativos às artes plásticas e visuais. Apresenta, em comum com o Sesc, especialmente com a unidade de São Caetano, projetos, programas e atividades culturais. Esta parceria mostra-se uma forma im‑ portante e produtiva de levar aos públicos, não só do município, como das cidades vizinhas, exposições, encontros, e atividades educativas bem preparadas e desenvolvidas por profis‑ sionais dedicados e entusiasmados. Por isso, não nos surpreendem os resultados bastante satisfatórios já alcançados. Na mostra que agora apresentamos, obras do acervo do Sesc são dispostas com elabora‑ da expografia nos espaços expositivos da Pinacoteca Municipal, concomitantemente ao de‑ senvolvimento de atividades para estudantes e professores, em ateliê especialmente criado para otimizar a estrutura e o atendimento. Tudo isso, aliado ao preparo e ao profissionalismo envolvente e sério, possibilita aos munícipes a oportunidade de criar, participar, observar e desenvolver sua própria história dentro das histórias sugeridas e apresentadas. Enriquecendo a cultura local e nacional, o Sesc e a Fundação Pró-Memória de São Caetano do Sul, em uníssono, cumprem suas missões. 5
Pinacoteca de São Caetano
eu vi uma história arte e narrativa popular no Acervo Sesc de Arte Brasileira
Pode-se dizer que as obras da exposição EU VI UMA HISTÓRIA são feitas da mesma matéria uti‑ lizada nos acontecimentos triviais, lembranças comuns e situações simples vividas ou imagi‑ nadas não só pelos artistas, mas também por outros tipos de “contadores de causos” que delas se aproximem. Essa substância tem nome: narrativa. Embora à primeira vista os temas das obras se mostrem bastante variados, é possível perceber na seleção de obras do Acervo Sesc de Arte Brasileira uma série de formas comuns de constru‑ ção de espaços da arte, numa multiplicidade de maneiras de inventar técnicas próprias para linguagens já muito conhecidas das escolas de arte – não frequentadas por muitos destes ar‑ tistas autodidatas. Um olhar mais atento ao conjunto de trabalhos nos leva a considerar a necessidade quase si‑ multânea que o artista vive neste tipo de produção: registrar e elaborar uma sequência de fatos, capturando aquilo que constitui ocorrências cotidianas num dado tempo-espaço, enumerando em uma única peça todos os detalhes de cor, forma e relações possíveis entre suas partes. Os artistas desta mostra, em geral, não tiveram um contato sistemático com os códigos e dis‑ cursos acadêmicos da arte produzida em seu tempo. Talvez por isso mesmo, a aparente “sim‑ plicidade” que costuma caracterizar suas produções (conhecidas pelos nomes de arte popular e arte naif) permite ao público leituras mais livres e descompromissadas em relação aos muitos e complexos códigos da história da arte. Além disso, suas produções carregam em si a capacida‑ de de despertar no visitante o reconhecimento de emoções já bem conhecidas de todos os que experimentaram em suas vidas momentos de humor, ternura, saudades, alegria, melancolia, repulsa, indignação, entre tantos outros. Todas as salas e estações da mostra foram elaboradas com a intenção de convidar o público ao encontro com as narrativas dos artistas e as suas próprias, neste que é, ao mesmo tempo, pro‑ jeto de formação de público e pesquisa de estratégias de mediação de obras da coleção Sesc. Aqui, os espaços expositivos constituem plataformas plenas de dispositivos de experiências de recepção e articulação estéticas. Diariamente, o público será desafiado a participar como protagonista de uma programação repleta de situações em que poderá dar forma e voz às in‑ terpretações de suas percepções acerca dos trabalhos. Por meio de conversas, atividades prá‑ ticas de construção de imagens, de escrita criativa e uma série de outras formas de ativação dos sentidos específicos de cada obra, histórias serão vistas e partilhadas nos mais diversos suportes, ampliando as formas de atuação dos visitantes e estimulando a vivência alternada da condição de admirador passivo e de mediador ativo, que com criatividade também pode ter espaço para inventar e registrar suas próprias impressões. E ver, por si, histórias. Valquíria Prates e Marcela Tiboni
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Sumário
Um recado importante para professores, educadores e mediadores de exposições
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Uma exposição realizada a partir de uma coleção: a mostra Eu vi uma história ‑ apresentação geral de núcleos e proposta curatorial
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2. Visitas mediadas e a preparação de estudantes para imersões em processos culturais
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3. O dia da visita: orientações gerais
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4. Exercícios de leitura e apreciação de obras
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5. Materiais de apoio para realização dos exercícios
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6. Sugestões de leitura e audiovisuais
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7. Lista geral de obras
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Um recado importante para professores, educadores e mediadores de exposições
Este livreto foi elaborado para se tornar um material de apoio às pesquisas de prepara‑ ção e planejamento de trabalhos, para que você e o seu grupo de estudantes aproveitem ao máximo a possibilidade de visitação à exposição na Pinacoteca Municipal de São Ca‑ etano e no Sesc São Caetano. Aqui, reunimos informações, sugestões e alguns materiais de apoio para a realização de exercícios de apreciação e interpretação de obras, que podem ser realizados tanto na escola quanto na exposição, após a atividade mediada orientada pela equipe. Diferentemente dos trabalhos pedagógicos em sala de aula ou na escola, visitas me‑ diadas em exposições de arte são oportunidades importantes de ter contato com obras ao vivo, perceber os materiais utilizados em sua confecção, as cores, as dimensões dos trabalhos, tudo isso em um espaço partilhado com outras obras, que se constitui nos ca‑ minhos da exposição. Essa experiência de estudo e imersão dos estudantes pode ser muito rica, na medi‑ da em que você, professor, buscar apoio nos processos de planejamento, pesquisa e 9
preparação de aulas que constituem o seu trabalho pedagógico, seja na escola ou na educação não formal. Bom trabalho e boa visita!
1. Uma exposição realizada a partir de uma coleção: a mostra Eu vi uma história ‑ apresentação geral de núcleos e proposta curatorial
A exposição EU VI UMA HISTÓRIA reúne e apresenta uma seleção de obras de arte popular que integram a coleção de obras do Acervo Sesc de Arte Brasileira, que conta atualmente com aproximadamente 1.700 obras de arte brasileira realizadas por artistas de diferen‑ tes localidades, em épocas e estilos diversos, da arte moderna à contemporânea, incluin‑ do uma rica coleção de arte popular e naïf. A origem destas obras é bastante diversa: várias destas foram premiadas nas conheci‑ das Bienais de Arte Naif, realizadas pelo Sesc Piracicaba, desde 1992, enquanto outras foram adquiridas pelo Sesc por meio de compra ou doação realizadas pelos artistas nas mais variadas situações. Atualmente há duas formas de conhecer as obras desta coleção. A primeira é diretamen‑ te nos espaços de circulação e convivência das unidades Sesc, onde uma seleção fica exposta fora de contexto expositivo e totalmente integradas à vida da unidade Sesc. Exemplo disso são as pinturas e gravuras alojadas no Sesc São Caetano destacadas no projeto “Obra em Foco” ou em paredes por onde o público circula. A outra maneira de mostrar as obras acontece na realização de exposições organizadas pelo Sesc, que realiza curadorias e convida profissionais de arte e cultura para elabora‑ rem mostras com seleções de trabalhos, em geral com uma proposta que inclui ideias e opiniões dos organizadores acerca das obras exibidas. No caso da exposição EU VI UMA HISTÓRIA – Arte e Narrativa Popular no Acervo Sesc de Arte Brasileira, a ideia é colocar em foco a capacidade que a arte carrega em si de contar histórias. Foram escolhidas obras de arte popular que, de formas diversas, apresentam ao público narrativas simples, de acontecimentos cotidianos, em cenas de teor mais inti‑ mista, como nos interiores das casas, ou em retratos que dizem muito sobre os retratados pelos próprios elementos adicionados à imagem das pessoas, mas também nas cenas de acontecimentos sociais e públicos, como as obras que mostram festas ou manifestações políticas na exposição. A seleção destas obras e o trabalho de pensar sobre elas e sua relação com a vida e os contextos artísticos é uma das características do trabalho dos curadores de exposições. Nesta exposição, foram reunidas obras que carregam e si uma forma particular que o artista inventou para partilhar conosco uma cena, uma história, um acontecimento. Para evidenciar algumas destas que compõe uma multiplicidade de maneiras de mos‑ trar um fato ou a existência de um lugar ou pessoa por meio da narrativa detalhada de
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situações ou cenas, propusemos junto ao arquiteto Ricardo Amado a elaboração de dois diferentes espaços de ação na exposição, ligados por um jogo narrativo e uma série de estações de mediação, espaços dedicados à expressão narrativa do público. O primeiro espaço, situado na no salão principal da pinacoteca, é onde se concentram todas as pinturas e algumas esculturas da mostra. Organizadas num percurso livre, em pequenos núcleos, é possível encontrar trabalhos em que pudemos enfatizar, por com‑ paração, a construção de personagens, cenários, narrativas inteiras. O segundo espaço, na casa de vidro, abriga a Casa de histórias, parte da mostra dedicada a uma série de atividades de mediação que têm por intenção principal estimular as con‑ versas, práticas e trocas de experiências em torno das obras. As estações de criação que compõem este espaço se constituem de um mobiliário cir‑ culante, com possibilidade de realizar exercícios de criação de textos, desenhos e outras formas de expressão plástica e conceitual. O caminho entre os dois espaços prevê a exploração de narrativas de viagens, traves‑ sias e outros causos da cultura popular brasileira, em ações propostas pelos mediado‑ res da exposição.
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Estações de criação Em resumo, e para que você possa organizar sua visita e, quem sabe, estender a realiza‑ ção das atividades para a sala de aula ou até mesmo para a escola de forma mais ampla, seguem breves descrições de como se organizam as três estações de criação e trabalho integradas aos espaços expositivos: • era uma vez uma palavra – e outra, e outra, e muitas mais: esta estação é composta por um painel onde o público poderá elaborar, escrever e ilustrar suas histórias a par‑ tir da seleção e organização de palavras e imagens relacionadas às obras da mostra e alguns personagens principais presentes nas mesmas. • criações e criaturas: uma oficina de personagens e lugares: a segunda estação pro‑ põe a criação e construção de personagens, paisagens e arquiteturas utilizando ma‑ deira e vinil adesivo, com inspiração livre nas obras da mostra. As produções são exi‑ bidas junto às obras. • correio de histórias: uma mesa de atividades de desenho e escrita tem por disparador das ações a proposta de que os visitantes convidem outras pessoas a visitar a mostra ou tentem enviar a quem não pode estar na exposição um relato ou imagem de sua visita e contato com as obras.
2. Visitas mediadas e a preparação de estudantes para imersões em processos culturais
O Sesc – Serviço Social do Comércio – Unidade São Caetano localiza-se na região metro‑ politana de São Paulo, envolvida pela contínua malha urbana que reúne 38 cidades do estado assomadas a capital. A unidade é instalada em duas construções de perfil resi‑ dencial com acessibilidade universal, salas multiuso, de expressão corporal e ginástica multifuncional, piscina coberta, convivência, central de atendimento, cafeteria, espaço de brincar, espaço de leitura e uma unidade do Programa Bibliosesc. Realiza diversas ati‑ vidades culturais e esportivas, tanto em seus espaços como em outros locais por meio de parcerias que estabelece com as prefeituras das cidades de Diadema, Itaquaquecetuba, Mauá e da própria São Caetano do Sul. Para a realização da exposição Eu vi uma história, o Sesc São Caetano aproxima-se da Fundação Pró-Memória de São Caetano do Sul, somando ao projeto as experiências de ambas instituições. Criada em 1991, a FPM tem como objetivo organizar, instalar e man‑ ter estabelecimentos e atividades voltadas à preservação, manutenção e divulgação do patrimônio local. O intuito é oferecer ao maior número de pessoas a oportunidade de conhecer a história de São Caetano do Sul. 12
Entre os seus braços de atuação, está a Pinacoteca Municipal, referência entre os es‑ paços culturais do Grande ABC, que possibilita a realização de importantes exposições, incentivando novos artistas e trazendo para a cidade nomes consagrados da arte con‑ temporânea nacional e internacional. Por meio do projeto Agir e Interagir – Arte e Criação, a Pró-Memória desenvolve o programa de ação educativa, que conta com a orientação de arte-educadores para ampliar o conhecimento e a fruição estética do público. A rede Sesc – Serviço Social do Comércio conta com 35 unidades em todo o estado de São Paulo. A maioria engloba centros culturais e complexos esportivos. A organização também realiza atividades de turismo social e programas de saúde, educação ambiental, inclusão digital e combate à fome. Desde o início de suas atividades, uma rica programação tem sido elaborada, com ex‑ posições, espetáculos de teatro, dança, música, circo e uma série de atividades de for‑ mação cultural. A cada nova exposição, são implementados projetos pedagógicos de mediação cultural, contemplando os públicos diversos e, em especial, as escolas que visitam a unidade. Com a exposição EU VI UMA HISTÓRIA – Arte e Narrativa Popular no acervo Sesc de Arte Brasileira, a proposta pedagógica se amplia, seguindo em direção a um maior contato entre o Sesc São Caetano e a Fundação Pró-Memória, através da Pinacoteca Municipal, e os professores e escolas, em atividades formativas que visam a ampliar as possibilidades de reflexão e participação cultural dos estudantes.
3. O dia da visita: orientações gerais
Para garantir que a visita aconteça de forma planejada, confortável e proveitosa, reu‑ nimos algumas orientações abaixo:
Agendamento e cancelamentos de visitas educativas • para visitas educativas é necessário o agendamento que pode ser realizado pelo email - agendamentoeuviumahistoria@gmail.com ou telefones – (11) 4223-8800 – Sesc ou (11) 4223-4780 – Pinacoteca Municipal, preferencialmente pelo professor que acompanha‑ rá o grupo visitante, de segunda a sexta, das 8h às 17h, sábados e feriados das 10h às 13h. • os grupos devem ter até 40 pessoas • a confirmação do agendamento acontecerá por email. • o responsável pelo grupo deverá apresentar o documento de confirmação de agenda‑ mento impresso, que será enviado juntamente com o email de confirmação de visita. • caso houver qualquer impossibilidade de realização da visita por parte da escola, fa‑ vor informar a unidade Sesc São Caetano pelo email agendamentoeuviumahistoria@ gmail.com ou telefones – (11) 4223-8800 ou (11) 4223-4780, se possível com antece‑ dência de dois dias úteis • as visitas são gratuitas
Informações importantes • os horários agendados devem ser rigorosamente respeitados, portanto sugerimos que o grupo programe sua chegada com antecedência de 30 a 15 minutos do horário marcado • o atraso do grupo acarretará diminuição do tempo da visita. • o Sesc São Caetano funciona de segunda a sexta, das 7h15 as 21h30, sábados de feria‑ dos, das 8h15 as 17h30. A Pinacoteca Municipal de São Caetano do Sul funciona de se‑ gunda a sexta, das 8h as 17h, sábados, das 9h as 13h.
Chegada, desembarque e embarque • o embarque e desembarque dos visitantes deverá ser realizado na Avenida Goiás, 1.111. A Pinacoteca Municipal não dispõe de guarda-volumes, portanto as mochilas e outros objetos devem ficar no ônibus.
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Identificação dos estudantes, mapeamento de necessidades • sugerimos que os estudantes estejam identificados com crachás em tamanho legível, se possível, para que no contato com os mediadores possam ser chamados por seu nome. Dentre opções mais simples, etiquetas podem ser o suficiente para uma boa identificação. • para estudantes menores de 10 anos, é importante que o crachá tenha também um telefone de contato e o nome da escola. • é muito importante verificar quais as necessidades a serem supridas antes do início da visita, como fome, sede, frio, uso de sanitários, entre outros.
Durante a visita • cada grupo de vinte visitantes deverá ser acompanhado por pelo menos um profes‑ sor, que será responsável pelo grupo durante toda a visita à exposição, devendo per‑ manecer junto a ele durante toda a atividade. • lembrar ao grupo, com antecedência, que por se tratar de um espaço público, a expo‑ sição terá outros visitantes, e que para que a visita seja um momento importante para todos, é importante não correr, não falar alto nem se afastar do grupo. • durante a visita orientada, o grupo seguirá as orientações e atividades propostas pe‑ los mediadores. • para a segurança e conservação das obras, não é permitido tocar nos objetos expos‑ tos, consumir alimentos e bebidas durante a visita.
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4. Exercícios de leitura e apreciação de obras
Para planejar a visita de sua escola à exposição, lembre-se de que você pode organizar os assuntos que gostaria de enfatizar a partir da elaboração de um plano de trabalho e re‑ flexão dirigida. Sugerimos que você ordene os temas aos quais gostaria de dedicar maior tempo de conversa e debate e ofereça informações adequadas sempre que as reflexões dos alunos demandarem por respostas claras e objetivas. Preparamos para você um pequeno conjunto de sugestões para encadear as etapas de seu roteiro de trabalho em torno da visita à exposição.
Plano de visita – o antes e o depois 1) Momento de orientação sobre a exposição e a visita mediada: É muito importante preparar os alunos para que conheçam, antes do dia da visita, infor‑ mações sobre o local onde estão indo, como por exemplo, localização, o funcionamento e as características das instituições (Sesc e Fundação Pró-memória). Desta forma, o es‑ tudante pode vir a se interessar pela oportunidade de aprender fora da escola de forma mais ampla do que especificamente pelo fato de ser uma “excursão”ou “passeio”. 15
Além de informar sobre o local a ser visitado, busque apresentar em linhas gerais o assun‑ to da exposição, o tema das obras que encontrarão no local e especialmente, estimule-os apresentando alguma questão instigante presente na mostra a ser visitada, que possa ter algum elo ou impacto em sua vida. Conte também para o grupo o que é o trabalho do mediador. No caso desta exposição, o mediador é um estudante universitário que participa de uma formação para atuar neste trabalho de ação cultural e pedagógica em exposições rela‑ cionadas com sua área de atuação. Se possível, fale sobre a necessidade de se locomove‑ rem como grupo durante toda a visita, para tornar o percurso mais confortável a todos os que estiverem dentro da sala de exposição. 2) Escolha previamente uma obra ou questão específica para que os alunos observem durante a visita: Escolha pelo menos uma questão relacionada ou uma das obras citadas na lista ao fim deste material, que possam ser previamente abordados junto aos alunos na escola, como uma forma de movimentar repertórios em torno do tema selecionado. Sugira que todos busquem observar a obra no momento da visita, mesmo que não faça parte do roteiro do mediador, de modo que vocês possam juntos retomar a conversa na escola, após terem partilhado um objetivo comum a todos.
3) Retornando à escola: proposta de atividade de síntese: Na primeira aula após a visita, se possível, proponha aos estudantes um exercício de síntese a partir de suas impressões. Busque reunir imagens de fotografias feitas no dia da visita utilizando aparelhos celulares ou outros. Oriente a conversa em busca de pa‑ lavras-chave, e anote-as em lugares visíveis e de fácil acesso. Peça que escrevam sobre a experiência e relatem, em duplas ou trios, o que mais chamou a atenção de cada um.
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5. material de apoio para realização dos exercícios
Diversas metodologias e estratégias para estimular processos de leitura e interpretação de obras de arte foram elaboradas e desenvolvidas por educadores, psicólogos, histo‑ riadores da arte, especialmente a partir dos anos 1980, quando museus e instituições culturais do mundo todo passaram voltar grande parte de seus esforços à apreciação do público e a aprendizagem em artes. Para esta exposição, devido ao teor das obras e à forma narrativa como decidimos abor‑ dá-las, a equipe de mediação terá como uma de suas bases de apoio teórico para realizar exercícios de leitura desenvolvidos a partir das pesquisas de Robert Ott, que chegou às práticas de ensino no Brasil por intermédio da pesquisadora e educadora Ana Mae Barbosa. Escolhemos este caminho, dentre os tantos possíveis, pois acreditamos que ele possa oferecer ferramentas para que você estimule a criação de diferentes histórias e percur‑ sos na exposição, passando por exercícios de habilidades descritivas, analíticas e inter‑ pretativas, bem como a fundamentação e articulação da percepção em conversas em torno das obras. Neste processo é fundamental que você oriente o grupo a buscar indícios, sinais, elemen‑ tos, pistas e quaisquer outras possíveis partidas para a estruturação de narrativas. A seguir, planejamos um roteiro de trabalho, presente também no material do estudante que visitará a exposição. Com ele é possível que você acesse e selecione imagens de obras de arte popular do Acer‑ vo Sesc de Arte Brasileira no site da Bienal Naïf, buscando alguns dos trabalhos a partir da lista de obras disponível ao final deste material. O site da Bienal Naïf é: http://ww2.sescsp.org.br/bienalnaifs2012/?o=sites A seguir, um roteiro de perguntas para estimular a aproximação às obras:
Descrever imagens Escolha qualquer imagem presente na exposição.
Olhando para ela tente identificar todos os elementos que a compõe • o que você está vendo nesta obra? • do que ela é feita? • há pessoas? Animais? Plantas? Objetos? Que outros elementos compõe a obra?
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• como é o lugar presente na imagem? • como são as linhas e formas? • que cores você vê? São claras, escuras ou esfumaçadas? • que texturas você percebe? Nas roupas, nos corpos, nas pessoas, nos animais, na paisa‑ gem, nos objetos... • que efeitos o artista conseguiu? Ao observar a obra em busca de respostas para estas questões, podemos prestar aten‑ ção nas partes que constituem o todo de um trabalho, perceber os aspectos materiais e físicos da obra, e tentar identificar tudo o que nela nos é familiar e que podemos, por isso, reconhecer. Além disso, com observações mais detalhadas, podemos descobrir elementos impor‑ tantes para conhecer melhor a obra e pensar nas relações possíveis com nossas vidas cotidianas e nosso repertório.
Analisar imagens Continuando sua investigação, observe agora elementos que ofereçam pistas sobre como a obra foi feita pelo artista e como os elementos presentes na imagem se relacionam.
Preste atenção nos seguintes aspectos • há uma figura central na imagem? • há algum elemento que dá equilíbrio? • você identifica movimento no trabalho? • é possível perceber passagem do tempo na imagem – ou ainda: podemos identificar diferentes momentos de um episódio ou acontecimento? • como é o fundo? Como as figuras se relacionam no espaço da obra? Quem está na frente ou atrás de quem? Todas estas perguntas e outras podem ser exploradas também quando nos deparamos com objetos, como as mesas do Mestre Molina, presentes na Nave Cultural, que chama‑ mos na exposição de Casa de histórias.
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Interpretar imagens Se nas etapas anteriores você descreveu para descobrir os elementos que constituem a obra e analisou para entender a relação entre eles, agora chegou a hora de interpretar suas descobertas, a partir de sua experiência de vida, do seu repertório, de tudo o que conhece e já viveu, pensou e sentiu. Na interpretação a criatividade é a operação mais importante, porque ao relacionar ele‑ mentos da obra com histórias de sua vida ou de outras imagens que você já viu, novas percepções são criadas. Para entender o que há numa obra para nós é preciso se aproximar com muita atenção do que percebemos e reconhecemos, mas também devemos ter em mente que não encon‑ traremos respostas para todos os nossos questionamentos, especialmente porque nosso relacionamento com as obras não se esgota em um primeiro encontro. Para interpretar os elementos das obras e suas relações, podemos seguir em busca dos seguintes aspectos, dentre muitos outros: • a realidade expressa na obra é familiar ao seu cotidiano? • que sentimentos a obra para apontar? O que eles despertam em você? • que sentimentos motivaram? 19
• é possível perceber um tema ou assunto abordado? • o que é possível pensar sobre a pessoa, lugar ou cena em foco? • parece uma cena cotidiana atual ou um evento histórico? • há alguma espécie de denúncia ou elogio na obra? • qual parece ser a intenção principal presente nesta obra? • parece haver algum tema?
Investigar imagens Sempre que nos deparamos com obras de arte descobrimos que há pelo menos três tipos de perguntas: • as que tem respostas na própria imagem, • as que dependem do que conhecemos, • as que demandam uma pesquisa. Para essas questões, é preciso considerar outras formas de buscar respostas: perguntan‑ do a outras pessoas (isso inclui as pessoas que estão na exposição com você, e também os
mediadores de exposições e professores), pesquisando na internet texto e entrevistas do artista, lendo livros de arte e textos de parede das exposições ou buscando informações sobre o assunto da obra. A busca dessas informações vai sempre depender das perguntas que motivam o seu in‑ teresse. Assim, se você quiser saber quando uma obra foi feita, e se você não reconhecer qual o material foi utilizado na obra, procure ao lado da obra, na exposição, uma etiqueta que apresenta as informações gerais sobre a obra, como título, data em que o trabalho foi feito, materiais.
Outras perguntas que podem levá‑lo a questões interessantes nesse sentido, dentre as muitas possíveis, são: • a que contexto social e geográfico o artista se refere? • a que época o artista se reporta? • trata-se de um contexto local ou poderia sem em qualquer parte do mundo? • no caso de imagens de pessoas, trata-se de alguém especificamente ou o interesse está em retratar apenas a forma do corpo de uma pessoa ou um tipo de personagem comum em nosso repertório (por exemplo: pessoas que vivem em centros urbanos ou pessoas 20
que vivem em área rurais)? • no caso de lugares, trata-se de um lugar que existe ou de um tipo de pintura de paisagem? • no caso de esculturas e objetos, é possível descobrir como foram feitos? • há algum tema em foco na obra? • há algum tipo de opinião ou posicionamento do artista em relação ao tema abordado?
Narrar suas percepções a partir da obra Após descrever para descobrir quais os elementos da obra, analisar as relações entre eles e interpretá-las e pesquisar as questões que demandam informações que estão fora da obra mas de certa forma influenciam nosso conhecimento sobre a mesma, podemos então opinar de forma criativa sobre o trabalho. Opinião é um conceito que formamos ao abordar experiências, objetos e outras pessoas. Quando falamos de arte, opinar é um exercício de criar relações entre as ideias sobre o que percebemos em uma obra e o que os outros perceberam sobre este mesmo trabalho. No confronto de pensamentos e opiniões nascem muitas histórias da arte, permeadas pelas suas ideias face à obra e aos posicionamentos dos artistas, curadores, mediadores, professores, colegas e todos os que conversarem com você sobre o trabalho.
6. Sugestões de leitura e audiovisuais
Sobre arte popular • arte popular e Naïf no Acervo Sesc de Arte Brasileira: http://bienalnaifs.sescsp.org.br/ • mestre Molina: http://www.sescsp.org.br/online/artigo/7047_AS+GERINGONCAS+‑ DE+MESTRE+MOLINA • museu Hoje: museuhoje.com/app/v1/br/arte/67-arte-popular-brasileira • museu Casa do Pontal: http://www.popular.art.br/htdocs/default.asp?criterio=te‑ ma&artigo=Arte%20Incomum)
Sobre mediação • mediação em museus e exposições: http://www.cultura.mg.gov.br/files/museus/1ca‑ derno_diretrizes_museologicas_2.pdf • relato de mediação para compreender melhor o trabalho do mediador: http://ppgav. ceart.udesc.br/VCiclo/artigo12.pdf • livro sobre mediação: http://www.fundacaobienal.art.br/site/upload/publicacao/ pdf/1425997745_Pedagogia-no-campo-expandido-8Bienal.pdf • sobre metodologias da arte: http://www.acervodigital.unesp.br/bitstre‑ am/123456789/41531/6/2ed_art_m2d4.pdf
Sobre a exposição • matéria sobre a exposição: http://revistapausa.blogspot.it/2013/04/a-delicadezado-mestre-molina-na.html • vídeo que aborda arte popular: https://www.youtube.com/watch?v=HmKOQTRf0pg • vídeos com descrições de obras da exposição Eu vi uma história, em Santos: http://vi‑ meo.com/user17293158
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Um jogo de palavras e narrativas para construir imagens em forma de textos Disponibilizamos aqui as palavras que compõe a atividade de criação de textos e leitu‑ ras na estação de criação da exposição Eu vi uma história. Você pode fazer cópias e distribuir aos seus alunos para que criem suas composições textuais e visuais a partir da seleção, ou recortar este conjunto e utilizá-lo com seu gru‑ po de estudantes. Não há regras definidas para este jogo de leitura, você pode estabelecer com o grupo a melhor forma de exibir os textos criados. Entretanto, o desafio consiste em criar textos que evoquem imagem narrativas, como as obras da exposição.
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Paulino Maria Angu Matheus Leme JoÃo Paulo Rodrigo Freitas Antônio Suzana Dona Maria Waldomiro Suene Leda Manoel Francisco Molina Gerson Gilvan João Menino Menina Homem Mulher Criança Pai Mãe Irmã Irmão Tia Avô Filho Filha Primos Roraima Brasil Angola Olinda Belém Piracicaba Santos Sorocaba Bahia Recife mundo terra fazenda engenhos feira roça sertão campo interior região bar mata ali aqui lá cidade 24
minha tua sua ele ela nós eles elas meu meus teu
me mim comigo te se conosco
tudo todo algo alguém algum alguma nada ninguém nenhum outro todos Os As A O o a os as aquela aquele aquelas aqueles aquilo nele dele dela nela nos no nas na ai dai então quando onde até de repente isso disso desse nesse dele dela deles porque por que
para pois onde por quanto
falou disse olhou viu ouviu fez colocou pegou começou terminou pensou perguntou pintou sendo desenhou construiu quebrou rasgou ajudou cantou pulou lavou brincou escorregou plantou demorou guardou imaginou escreveu tirou estava era gostava detestava queria brincando falando dançando pulando gritando pegando nadando voando girando rodopiando assistindo vendo pedalando navegando comendo bebendo vivendo
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engraçado divertido assustador estranho forte horroroso fraco rebelde bonito linda grande pequeno rápido saudade escuro claro quente chuvoso iluminado colorido certeiro poderoso sombra cadeira pássaro igreja casa rua frutas pessoa árvore poça música banda gritos roupa ônibus barco passeio viagem festa lugar carta peixe desenho fotografia gravura pintura artista pintor
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7. Lista geral de obras
Abraão Batista
elza oliveira souza
O Bicho Maior Come o Menor
O pescador, 1992
e o Mais Sabido Come os Três
óleo s/ tela | 77 x 56 cm
Xilogravura | 68 cm x 68 cm emma anunciação valle AdÃo domiciano
Invasão, 1988
Escravos II, 2012
Pintura a óleo | 52 x 60cm
Mista sobre papel | 53,5 x 72,5 cm Givanildo AdÃo domiciano
Vítimas do descaso
Escravos I, 2012
Xilogravura | 66 cm x 48 cm
Mista sobre papel | 54,3 x 72,5 cm iaperi santos
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adÃo domiciano
de araujo
Amazônia tráfico I, 2006
Ex-voto de padre Cícero, 1998
Aquarela sobre papel | 62 x 44 cm
Acrílica s/ tela | 40 x 30 cm
adÃo domiciano
J. Borges
Amazônia tráfico II, 2006
A Chegada da Prostituta no Céu
Aquarela sobre papel | 62 x 44 cm
Xilogravura | 67 cm x 49 cm
Alex benedito dos santos
J. Borges
A reprodução da dengue, 2006
A Psicanalista
Pintura | 150 x 100cm
Xilogravura | 48 cm x 66,5 cm
ANA amélia de souza camelo
JOSÉ Costa Leite
Namoro na janela, 2004
Título não identificado
Pintura a óleo | 55 x 46cm
Xilogravura | 55 cm x 77 cm
carlos alberto de oliveira
JOSÉ COSTA LEITE
Centro da cidade, 2002
Título não identificado
Pintura acrílica | 45 x 45cm
Xilogravura | 66 cm x 48 cm
carmézia emiliano
jefferson bastos
Lenda do monte Roraima, 2006
Barco do pescador, sem data
Pintura a óleo | 70 x 70cm
Acrílica s/ tela | 70 x 50,2 cm
clemência pizzigatti
jefferson bastos
O homem dos canaviais, 1985
Pescadores de iscas, 2012
Pintura a óleo | 48 x 38cm
Acrílica s/ tela | 50,5 x 50 cm
J. Miguel
maria bernadete
O namoro de Lampião
Passos de amorim
com Maria Bonita
Episódio I
Xilogravura | 66 cm x 48 cm
Pintura acrílica s/ caixas ocas | 30 x 50cm
JOÃO pereira de oliveira Sobrevivência, 1986
Maria de Lourdes de Deus Sousa
Pintura a óleo | 60 x 70cm
Urubus na prefeitura, 2000 Acrílica sobre tela | 70 x 50cm
JOÃO pereira de oliveira Japiim e filhotes, 1986
maria de lourdes monteiro
Pintura a óleo | 63 x 60cm
Festa de casamento na Floresta, 2004 Escultura em cerâmica
josÉ luiZ soares O sonho de um primitivista, 1998
mestre Molina
Oleo sobre tela | 60 x 50cm
Palácio dos fantasmas, 1984 Mecanismo localizado na parte de trás.
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josé murillo batista de oliveira
Roletes de madeira na sua maioria
A vingança, 2006
substituem as polias, pouco utilizadas
Pintura acrílica | 70 x 90cm
nesta bancada | 56 x 72 x 184 cm
josé murillo batista de souza
mestre Molina
O pacto, 2006
Vida na roça, 1980
Acrílica s/ tela | 70 x 90 cm
Mecanismo sob a mesa, com redução de rotação do motor feito através
josé pereira silva
de uma grande polia de madeira de
Vendedor de galinhas, sem data
aproximadamente 60 cm |
Óleo s/ tela | 47 x 68 cm
148 x 84 x 93 cm
josé ribeiro santos
mestre Molina
O apocalipse ronda a terra, 1998
Serralheria Brasil moderna, 1981
Pintura a óleo | 50 x 60cm
Mecanismo sob a mesa, polias em madeira com eixos de ferro |
Manassés Borges
150 x 88 x 94 cm
O canto das sereias Xilogravura | 48 x 66 cm
neri agenor de andrade Pescaria noturna, 2006
manoel graciano
Acrílica s/ tela | 50 x 70 cm
Bicho (escultura), 2004 Entalhada em madeira umburana |
neves torres
120 x 60cm
O engenho, 2010 Pintura a óleo | 70 x 50 cm
neves torres Montanha, 2010 Pintura a óleo | 70 x 50 cm nilson pimenta Motoboy, 2000 Acrílico sobre tela | 62 x 53 cm reuto fernandes A era de aquarius, 1998 Pintura a óleo | 80 x 60cm tania de maya pedrosa Devoções populares, 1998 Óleo s/ tela | 60 x 74 cm tania de maya pedrosa Festa padroeira romaria Pe. Cícero, 2000 Óleo s/ tela | 70 x 80 cm
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SESC – SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO Administração Regional no Estado de São Paulo
Fundação Pró-Memória de São Caetano do Sul
Presidente do Conselho Regional
PRESIDÊNCIA
Abram Szajman
Sonia Maria Franco Xavier
Diretor do Departamento Regional
PINACOTECA MUNICIPAL
Danilo Santos de Miranda
Coordenação Neusa Schilaro Scaléa Projeto Pedagógico Nair Alves Duarte Arte-Educação Fabiana
Superintendências
Cavalcante Ateliê Pedagógico João Alberto Tessarini
Técnico-Social Joel Naimayer Padula Comunicação
Montagem Antonio Reginaldo Canhoni, Auderi
Social Ivan Giannini Administração Luiz Deoclécio
Martins Assessoria de Comunicação Paula Fiorotti,
Massaro Galina Assessoria Técnica e de Planejamento
Marília Tiveron Projeto Gráfico Roberta Giotto Apoio
Sérgio José Battistelli
Logístico Walquiria Felix, Ari Tonon Atendimento Angelita Theodoro, Ermelinda Jovita Helena, Jurema
Gerências
Fiorelli Fernandes, Rita da Silva
Artes Visuais e Tecnologia Juliana Braga de Mattos Adjunta Nilva Luz Assistentes Julieta Machado,
EU VI UMA HISTÓRIA
Kelly Teixeira, Juliana Okuda Campaneli Artes
Arte e Narrativa Popular
Gráficas Hélcio Magalhães Adjunta Karina Musumeci
no Acervo Sesc de Arte Brasileira
Assistentes Rogério Ianelli, Érica Dias Sesc São Caetano Denise Lacroix Rosenkjar Adjunta Claudia
Idealização Equipe Sesc Santos Curadoria,
Maria da Silva Righetti
Coordenação do Programa Educativo e Publicações
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Marcela Tiboni, Valquiria Prates
Sesc São Caetano
Projeto Expográfico Ricardo Amado Produção
Programação Satie Marina Watanabe (coordenação)
Melanie Graille Projeto de Iluminação Ricardo Heder
e Helena Rios Segnini Comunicação Andréia do Vale
Projeto Gráfico e Diagramação Carla Castilho e Lia
Rufato Infraestrutura José Cláudio Moia Sevieri
Assumpção I Janela Estúdio,
Administrativo Rosenilda Tagino Pereira
Lívia Silva (assistente)
Realização
Apoio
O Sesc São Caetano e a Fundação Pró-memória de São Caetano do Sul convidam o público de todas as idades a tornar‑se protagonista das muitas histórias presentes nas obras do Acervo Sesc de Arte Brasileira, visitando a exposição‑ateliê eu vi uma história. Com obras de Mestre Molina, J.Borges e outros importantes artistas populares brasileiros, a curadoria de Valquíria Prates e Marcela Tiboni propõe ações de mediação em estações de criação nos espaços que integram a mostra. Inspirada em formas e estruturas de organização de narrativas, a mostra pretende estimular leituras, práticas e poéticas de construção de imagens, por meio de conversas e exercícios de escrita criativa. A intenção é levar o público a explorar, diariamente, algumas das manifestações da arte popular presentes nas narrativas das obras, de forma espontânea ou com a orientação de mediadores, artistas e outros convidados. 32
Pinacoteca Municipal de São Caetano do Sul Avenida Dr. Augusto de Toledo, nº 255 - Santa Paula São Caetano do Sul CEP 09541-520 TEL.: +55 11 4223-4780
Sesc São Caetano R. Piauí, 554 - Santa Paula São Caetano do Sul CEP 09541-150 TEL.: +55 11 4223-8813