Revista E - Fevereiro de 1995 - ANO 1 - Nº 8

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FICÇÃO INEDITA DE PLINIO MARCOS

Escola do Tempo Livre: cursos e ofici­ nas de teatro, fotografia, esportes e outras opções fora do currículo escolar. A questão da TV & Educação em artigos e depoim entos de Samir

desenha plástio

MENSAL -FEVEREIRO, 1995 N° 08 ANO 1


SESC CURUMIM. A SENSIBILIDADE DE COMPREENDER QUE HOJE, O FUTURO AINDA É CRIANÇA.

O Sesc Curumim é o outro lado da escola. Destinado aos filhos d e comerciários na idade d e 7 a 13 anos, o Curumim com plem enta a e d u c a ç ã o da sala de aula. As atividades são simples, gostosas e fáceis d e aprender: jogos, brincadeiras, experiências, d ança, teatro, ecologia, música, esportes, saúde, ciência. Mas nem por isso menos proveitosas. No Sesc Curumim a criança tem com pleta assistência de monitores especializados e desfruta d e um am biente sadio e estimulante. Um programa risonho e franco, o Sesc Curumim a c o n te c e todas as tardes, todos os dias da sem ana, durante todo o ano.

®SESC SE R V IÇ O SO C IA L D O C O M É R C IO SÃ O PAU LO


EDITORIAL SERVIÇO SOCIAL DO COMERCIO - SESC. Administração Regional no Estado de São Paulo Presidente: Abram Szajman Diretor Regional: Danilo Santos de Miranda REVISTA E Diretor Responsável: Miguel de Almeida Editor Assistente: Sergio Crusco Projeto Gráfico: Zélio Alves Pinto Equipe de Arte: Leni Gaspar e Marcelo N. Ferreira Revisão: Celisa Arena Colaborador: Wilson Ferreira Jr. Supervisão Editorial: Coordenação Executiva: Erivelto B. Garcia Assistentes Executivos: Malu Maia, Valter V. Sales P Supervisão Gráfica: Eron Silva Distribuição: Glenn Poleti Nunes C on selh o d e R ed ação e P ro g ram ação Diretor Danilo Santos de Miranda Ana Maria Cequeira Leite, Andrea C. Bisatti, Araty Penoni, Cédo, Cristina R. Mad, Dante Silvestre Neto, Erivelto Busto Gar­ da, EronSiva, Estanislau da Slva Sales, Marco Aurélio da Si­ va, Ivan Paulo Gianri, Jesus Vazquez Pereira, José de Paula Barbosa, José Palma Bodra, Laura Maria C. Castanho, Luiz Al­ berto Santana Zakir, Malu Maia, Marcelo Salgado, Márda M. Fenaiezi, Marta R. Colabone, Milton Soares de Souza, Pauto José S. Rodrigues, Ricardo Muniz Fernandes, Roberto da Sil­ va Barbosa, Ruy Malins de Godoy, Valter Vicente Sales Hho. SESC São Paulo - Av. Paulista, 119 - CEP 01311-000 tel. (011)284-2111. Jornalista Responsável: M guelde Al­ meida MT 14122. A Revista E é uma publicação do SESC de São Paulo, realizada pela MC Comunicação e N'Ativa Marketing Comunicação. Distribuição gratuita. Nenhuma Impressão w. ROTH S.A.

Ferreira, W alter G eorge D urst, Lau­ o final das férias, o oi­ ro C esar M uniz, Sergio A rcuri e tavo núm ero de E traz extensa m atéria sobre R oberto M u y laert, secretário de um tem a espetacular: a C om unicação Social da P residência da República. A ficção inédita do Escola do Tempo Livre. mês é de autoria de Plinio M arcos. Há alguns anos nota-se to ­ onsiderado o m aior dram aturgo a grande procura por cursos Cem brasileiro em atividade, ele com pa­ dos os ram os do conhecim ento. Em rece com o conto O Telepata, onde geral, são atividades que propiciam se encontra a síntese de sua veia aos participantes um a noção am ­ criativa: personagens desgarrados pliada daquilo que escolheram co­ da sociedade e a realidade crua das mo suas profissões. N ão são poucos ruas, num a narrativa substantiva. aqueles que, ao entrar em um des­ No humor, a presença do artista ses cursos de verão, term inam por plástico A ldem ir M artins, exímio m odificar radicalm ente suas vidas, desenhista e dono de um bom -huoptando por novos cam inhos. Tam­ m or saudado em todos os cantos da bém é uma m aneira diferente de se cultura brasileira. M artins, cearen­ enxergar a sociedade, despida de se de nascim ento, radicado em São suas grandes características técni­ Paulo, conta a história de dois ca­ cas. Ao m esm o tem po que tais cur­ boclos que contam vantagens. Um sos a tornam mais hum ana, contri­ deles, narra sua briga com um a te­ buem para que ocorra um a visão m ível onça. Num linguajar típico, a m enos com partim entada de todos pequena crônica é ilustrada pelo in ­ os setores produtivos e criativos. É confundível traço do próprio autor o que m ostra a reportagem que se da história. No Em C artaz, encarte inicia na página 10, com testem u­ com o roteiro seletivo das ativida­ nhos pessoais. Outro tem a de gran­ des dos SESC da G rande São Pau­ de fôlego é a discussão provocada lo, o destaque é a program ação en­ pela im prensa, sobre a program a­ volvendo o Carnaval. De shows ção educativa das em issoras de te­ com Ze Ketti à B ateria da Escola de levisão. A Revista E pediu a profes­ Sam ba N enê da Vila M atilde, cur­ sores de com unicação, intelectuais sos de fantasias, as opções mom ese profissionais do ram o que discu­ cas são variadas. tissem , através de artigos e depoi­ m entos, TV e Educação. O resulta­ do pode ser lido a partir da página D anilo Santos de M iranda 24, nas intervenções de Sam ir MeDiretor do Departamento Regional do SESC no Estado de São Paulo serani, M anuel A lceu A ffonso

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Mem bros Efetivos: Aldo Minchillo, Antonio Funari Filho, Augusto da Silva Saraiva, Ayda Tereza Sonnesen

)SESC! Conselho Reginal do SESC de São Paulo P resid en te: Abram Szajman

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Losso, Ivo DalIAcqua Júnior, João Pereira Góes, José Santino de Lira Filho, Juljan Dieter Czapski, Luciano Figliolia, Manuel Henrique Farias Ramos, Mauro Mendes Garcia, Orlando Rodrigues, Paulo Fernandes Lucânia, Pedro Labate, Ursula Ruth Margarethe Heinrich. Suplentes: Airton Salvador Pellegrino, Alcides Bogus, Amadeu Castanheira, Fernando Soranz, Israel Guinsburg, João Herrera Martins, Jorge Lúcio de Moraes, Jor­ ge Sarhan Salomão, José Maria de Faria, José Rocha Clemente, Ramez Gabriel, Roberto Mário Perosa Jú­ nior, Walace Garroux Sampaio. Representantes ju nto ao Conselho Nacional. Efetivos: Abram Szajman, Aurélio Mendes de Oliveira, Raul Cocito. Suplentes: Olivier Mauro Viteli Carvalho, Sebastião Paulino da Costa, Manoel José Vieira de Moraes. Diretor do Departam ento Regional: Danilo Santos de Miranda.

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DOSSIE Beth Carvalho, a voz do samba, dá a vez a mais um compositor inédito A intérprete carioca Beth Carvalho mantém sua marca registrada: a de ban­ car novos compositores. Em quatro es­ petáculos, no Sesc Pompéia, ela apadri­ nhou o lançamento do sambista Som­ brinha dentro da inauguração do Proje­ to A Voz e a Vez, criado justamente pa­ ra que grandes nomes da MPB patroci­ nem o surgimento de novos talentos. No caso de Beth Carvalho, o procedi­ mento já se repete há décadas. Como madrinha do Bloco Cacique de Ramos, do subúrbio carioca, revelou alguns dos mais instigantes autores de samba ao longo dos anos setenta e oitenta, atra­ vés de seus discos de muito sucesso. Ano passado, em busca de outras péro­ las, gravou somente compositores liga­ dos às escolas de samba paulistas. O re­ sultado -julgado pela crítica e público foi o de desmentir o poeta Vinícius de Moraes, para quem “São Paulo é o tú­ mulo do samba”.

Ritmo e jogo de cintura em cursos de dança que vão do rock ao flamenco Dançar é bom. Desde os primór­ dios da humanidade, entre todos os povos a dança sempre serviu para ce­ lebrar grandes momentos de alegria e integração. Depois de um curto perío­ do, em que todos dançavam qualquer coisa, estimulados pelo rock heavy metal, as chamadas danças de salão, além de passos exóticos, conquistam cada vez mais adeptos. É o que se ve­ rifica nos cursos oferecidos no gênero em várias unidades do Sesc. Os cursos podem servir desde como auxílio no desenvolvimento das potencialidades motoras e expressivas, até para char­ me social, e as opções são variadas. Do aprendizado e prática de ritmos de salão ( mambo, tango, lambada, bole­ ro, valsa, salsa e rock), passando pela dança flamenca, indiana e afro-brasi­ leira, até a celebrada dança do ventre, manifestação vinda do antigo Egito e hoje utilizada com o objetivo de traba­ lhar ritmo e consciência corporal. 4

O projeto Maria Clara C lareou foi ind icad o para o prêm io M am bem be d e 1994.

Maria Clara pode ser a próxima na Academia Brasileira de Letras

Fera do teatro canadense vem a São Paulo para dar workshop a atores

Foi comemorada com alegria a in­ dicação da instalação cenográfica Maria Clara Clareou, do SESC Pom­ péia, sobre a obra de Maria Clara Ma­ chado, para o prêmio Mambembe de 94, na categoria Especial Infantil. E as indicações não terminam por aí: a célebre autora de teatro infantil brasi­ leiro está altamente cotada para in­ gressar na Academia Brasileira de Letras. Ao lado de Lygia Fagundes Telles, Nélida Pinon e Raquel de Queiroz, poderá fortalecer ainda mais a revolucionária carreira feminina na conservadora Academia.

A atriz, diretora e autora de teatro canadense Pol Pelletier estará em São Paulo no mês de fevereiro, dando um workshop exclusivo para atores no SESC Consolação. Pol tem um vasto trabalho na área de formação de atores, e desenvolveu um método próprio de ensino, que procura ampliar o conheci­ mento técnico, físico e metafísico destes profissionais. Desde 1975, quan­ do fundou o Teatro Experimental de Montreal, ela estuda a questão. Suas aulas envolvem desde a preparação da consciência do corpo até a preparação da energia sexual. Em 1993, recebeu o prêmio de melhor atriz, outorgado pela Associação dos Críticos de Quebec por seu espetáculo Alegria

Artistas e público mais próximos: assim será o clima do Bem Brasil 95 A pedido dos músicos que se apre­ sentam no programa musical da TV Cultura, Bem Brasil, transmitido ao vivo do SESC Interlagos aos domin­ gos, o palco instalado sobre o lago da unidade será ampliado para aproximar mais os artistas da platéia. Aproveitan­ do as férias do programa neste mês, quando os músicos caem na folia do Carnaval, a TV Cultura e o SESC es­ tão cuidando das obras para que o Bem Brasil volte em grande estilo a partir de março com a promessa de um tête-à-tête dos grandes nomes da MPB com seu fiel público dos domingos.

Novas linhas telefônicas fazem o Passe-Férias chegar mais rápido a você A iniciativa do Passe-Férias, que le­ va às empresas do setor comerciário de São Paulo a oportunidade de promover para seus funcionários em período de férias, alternativas de lazer gratuitas no SESC Interlagos e Itaquera, congestio­ nou as linhas telefônicas do SESC Pa­ raíso, responsável pelo programa. Para atender melhor as empresas solicitantes o SESC Paraíso providenciou dois nú­ meros exclusivos para o Passe-Férias: fone 887.8544 e fax 885.7048.

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INDICE ENTREVISTA

CARNAVAL

FICÇÃO_ ______

A bailarina e coreógrafa hún­ gara naturalizada brasileira Marika Gidali comemora os 25 anos do Ballet Stagium com muita festa. Numa con­ versa com E, ela conta a sua história como pioneira na cri­ ação de uma dança com car­ acterísticas nacionais, pg. 6

As origens das folias e feste­ jos momescos, desde a Roma antiga até seu desen­ volvimento no Brasil, em tex­ tos de J.L. Ferrete, Edouard Manet (sim, o pintor francês era louco pelo Carnaval cari­ oca). De quebra, uma pro­ gramação especial em Itaquera. pg.20

O dramaturgo Plinio Marcos, que tem sua peça Navalha na Carne em cartaz, nos mostra um texto inédito, O Telepata. Trata-se de uma amarga conversa de bote­ quim entre um telepata frustrado e um palhaço, que trabalham num cabaré do porto de Santos. pg. 30

EM PAUTA

HUMOR

A televisão e sua função educativa. O veículo tem sido bem utilizado pelas redes comerciais e estatais? E propõe o tema, que é dis­ cutido em depoimentos de Roberto Muylaert, Walter George Durst, Lauro Cesar Muniz, Samir Meserani e outros. pg.24

O artista plástico Aldemir Martins nos brinda com um “causo” de caboclos, e ainda ilustra sua crônica. É a história de um homem que se diz destemido, mas pede ajuda a São José quando encontra uma onça faminta em seu caminho. pg.33

TEMPO LIVRE O que fazer com o tempo que sobra entre o trabalho e o sono? Perdê-lo, nunca. Nas férias, sobretudo, há inúmeras opções para bem aproveitá-lo, com atividades que envolvem a saúde físi­ ca e espiritual, como ofici­ nas de teatro, ginástica e artes. pg 10

ESPORTE 1 Um convite a todas as cidades do mundo: dedicar um dia para a prática de esportes e outras , ativi­ dades físicas. É o Challenge Day, que acon­ tece no dia 31 de maio. Cinco municípios do interior paulista aceitaram esse pg.19 gostoso desafio

NOSSA CAPA

ESPORTE 2 Como organizar um torneio dentro de sua empresa? A resposta poder ser mais simples do que você pensa. Através do projeto Esporte Empresa, o Sesc dá todo o apoio necessário às firmas que pretendam integrar seus funcionários com o esporte. pg.19 Fevereiro/95

A obra Leitura, d e J o s é Ferraz d e Alm eida Júnior, ilustra a n o s sa cap a. O pin­ tor, n ascido em Itu no an o d e 1850, retratou tipos e c e n a s da vida cotidiana brasileira, sem p re em linguagem realista. É d e Almeida Júnior, por exem plo, a popular tela do Caipira Picando Fumo - acervo P inacoteca do Estado - S P.


ascida na Hungria, ela veio para o Brasil aos 10 anos. Na­ turalizou-se brasileira e consi­ dera-se uma apaixonada filha adotiva da terra descoberta por Cabral. Depois de passar por diversas expe­ riências como bailarina e coreógrafa, resolveu encarar, ao lado do marido, Decio Otero, um grande desafio: mon­ tar uma companhia em São Paulo e correr o Brasil, levando a dança a to­ dos os cantos. E mais: buscando na cultura de cada região as influências para suas montagens. Marika e seu copo de baile aventuraram-se em viagens pelo Rio São Francisco, pelo Xingu, todo nordeste, o sul e até enfrentaram, dançando, o terror da guerra na Nicarágua, suas andanças resultaram em conclusões contundentes sobre a nossa realidade social e cultural. Para ela, o brasileiro ainda não se deu conta de sua riqueza, de suas potenciali­ dades. E o seu trabalho tenta mostrar exa­ tamente o quanto o Brasil pode oferecer para o mundo, apesar da miséria. “Muitas vezes isso fica mais claro para quem vem de fora, como eu. O brasileiro está pisan­ do em ouro e não sabe”, ela conclui. Nessa batalha já se vão 25 anos de Ballet Stagium, uma companhia que, no mínimo, tem o mérito de ter sobre­ vivido todo esse tempo num país onde a dança é tão pouco valorizada. Para comemorar este marco vitorioso, Ma­ rika prepara uma grande festa, com uma exposição fotográfica que conta a história da companhia. Ainda aconte­ cerão várias apresentações, e serão convidados coreógrafos latino-ameri­ canos e aqueles que também foram formados pelo Stagium. Nesta entrevista, Marika fala de sua carreira, de suas viagens e de suas considerações sobre dança e cultura brasileiras. O Stagium está completando 25 anos. Montar qualquer tipo de com­ panhia no Brasil é difícil, mesmo que seja de negócios. Como vocês conse­ guiram montar uma companhia de balé e sobreviver esse tempo todo? Foi complicado, mas, na realidade, eu já tinha uma carreira por trás. Come­ cei a dançar em 1953, e passei por expe­ riências várias, que foram me jogando para um caminho que ainda não havia sido trilhado. Então, quando começa­ mos com o Stagium, que nasceu do en­ contro de Marika e Decio Otero, já sa­ bíamos tudo o que não era para ser fei­ to. Estávamos partindo de um ponto já

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A bailarina comemora os 25 anos do seu Ballet Stagium e faz um balanço de seu trabalho, que sempre buscou uma estética brasileira para a dança. 6

M A RI KA

DANCA

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bastante bom, sabíamos pelo menos o que dava errado. Foi o ponto básico para acertarmos. E o que nós não que­ ríamos? Não queríamos fazer uma coi­ sa maior do que pudéssemos sustentar sozinhos, eu e o Decio. Tínhamos con­ dições de manter uma companhia de nove pessoas, em nível de cooperati­ va. Mas era uma cooperativa muito es­ pecial, porque os gastos eram assumi­ dos por mim e pelo Décio, e o dinhei­ ro que entrava era dividido fraternal­ mente. Então, enfrentamos de cara a parte negativa da coisa. A administração, o investimento? O risco, eu diria. A administração, eu fui aprendendo depois. Mas precisa ter muito chão antes, para você encarar uma coisa que não sabe fazer, que é di­ rigir, administrar. Porque eu era uma bailarina e o Decio também, mas mui­ tas experiências anteriores deram um certo respaldo para podermos encarar um desafio tão grande. Quando você diz que não queria uma coisa maior que pudesse ban­ car, essa é uma qüestão administrati­ va. Em termos estéticos, havia o que vocês não queriam, certamente. Em termos estéticos, tanto o Decio quanto eu estávamos muito coloniza­ dos em questão de arte, influenciados pela Europa e pelos Estados Unidos. Decio estava vindo da Europa e a gen­ te aqui no Brasil recebia o russo e o americano. O que nós tínhamos como parâmetro não era a coisa brasileira, nosso parâmetro era o desenvolvimen­ to da dança pelo mundo, como isso funcionava lá fora. Na primeira viagem que fizemos, para São Luís do Mara­ nhão, de ônibus, em 71, vimos que o que fazíamos não era nada daquilo que queríamos. Montamos um balé chama­ do Diadorím, que era a nossa primeira coisa brasileira, baseada em Guimarães Rosa. Os detalhes, os apetrechos, o que entrava e saía do palco era tudo de plás­ tico. Mas aí você pega um ônibus, vai parando e dançando nos lugares, chega lá e vê todas aquelas belezas, o folclo­ re, o artesanato, e começa a receber in­ fluências muito mais diretas e verda­ deiras. A flor de plástico foi um dos de­ talhes que chamaram a gente para uma real. Para que você precisa de flor de plástico se você tem uma coisa verda­ deira aqui? Então, na verdade, o que a gente dançava era uma coisa que pare­ cia de plástico também. Quando você acha que nasce o StaFevereiro/95

Marika Gidali na coreografia Diadorim.

gium “brasileiro”? Foi nesse choque? Esse choque nos fez guardar o Dia­ dorim por dois anos, até chegarmos a uma coisa próxima da gente. Não sa­ bíamos nada, só intuíamos que aquilo estava errado. E guardamos o Diado­ rim, um grande balé, mas foi guardado. Em 74, quando fizemos uma viagem pelo rio São Francisco, uma viagem chamada Barca da Cultura, idealizada pelo Paschoal Carlos Magno, realmen­ te nos deparamos com o Brasil real. Foi lá que nasceu a brasilidade. Você consegue rememorar que tipo de reflexão, de discussões vocês tiveram? Lógico! Isso para mim é tão claro! Estávamos viajando, e aí eu só não vou lembrar em qual dos xique-xiques da vida paramos, mas era uma daquelas aldeinhas e era dia de Carnaval. E sem­ pre que a barca parava numa aldeia, o pessoal ia chegando perto. O pessoal se jogava na água e vinha nadando. No local onde a barca atracava era uma grande festa, uma grande euforia. Era muito bonito, uma barca branca cheia de bandeiras, com música bonita, com um palco em cima da barca, que nós idealizamos. Em vez de descermos na aldeia, fazíamos os espetáculos em ci­ ma da barca mesmo. Quantas pessoas viajavam na barca? Umas 150. Do Stagium eram sete. Fizemos o Adagietto, de Mahler, fize­ mos o Orfeu, de Gluck, fizemos Stravinsky, as músicas eram todas bo­ nitas. Bom, chegamos a esse lugar no dia de Carnaval, parou o barco e todo mundo estava naquela expectativa do espetáculo, ninguém sabia o que iria acontecer. Mas caiu uma penca d’água horrorosa e não deu para fazer o espe­ táculo. Olhávamos para fora e, nas estiagens, o público vinha. E aí tinha bar­

rigudo, descalço, aleijado, tudo o que você puder imaginar de miscelânea es­ tava lá, pulando Carnaval na beira do rio. O público, lógico, ficou por perto, achando que poderia acontecer alguma coisa, mas não havia condições de se fazer o espetáculo, o tablado estava molhado, escorregadio. Não dava. En­ tão resolvemos ficar nesse local, dormir na barca e, no dia seguinte, às dez ho­ ras da manhã, fazer o espetáculo. Essa noite foi muito cheia de reflexão. Você vê um semelhante seu naquela miséria humana, querendo tanto que você dan­ ce, imaginando, intuindo que você vá dar alguma coisa... E bate um tipo de impotência na hora, porque a única coi­ sa que sabíamos fazer era dançar mes­ mo. E aí você começa a refletir até on­ de você tem direito de fazer a dança, naquela terra cheia de miséria, fome e morte. Essa foi a noite da reflexão. No dia seguinte, dançamos debaixo de um sol enorme, fortíssimo, queimamos a planta do pé, mas fizemos aquilo com muita garra, foi muito gostoso fazer o tal do espetáculo. E chegamos à con­ clusão de que a única razão de conti­ nuar dançando seria conseguir retratar esse sentimento que tínhamos vivido lá, como conseguiríamos mostrar aqui­ lo em São Paulo ou em outros locais, como poderíamos reportar isso. A úni­ ca utilidade que vimos era a de ser um veículo que leva e traz, mostra o bonito e também mostra a dificuldade, e co­ meçar a intercambiar isso de uma for­ ma que às pessoas se tocassem de que tipo de terra em que elas estavam vi­ vendo. E aí foi direto, pegamos os nor­ destinos vindo para a cidade grande, perdendo sua identidade, começamos a colocar em repertório todas as impres­ sões que tínhamos. Não que quisésse­ mos fazer uma dança tipicamente brasi­ leira, mesmo porque a dança é uma lin­ guagem universal. Mas como se deu esse processo, de usar todo o conhecimento da téc­ nica européia e transportá-lo para uma temática brasileira? A dança não deve estar isolada de nada. Tudo o que você sabe, conhece, é acumulado, acrescentado. Você nunca joga nada fora. Qualquer tipo de vivên­ cia que você tenha não vai ser jogada fora nunca. Está dentro de você, princi­ palmente como movimento. Então, a forma brasileira de andar, de dançar, o gestual brasileiro, tudo isso foi acres­ centado ao que a gente já sabia. A essa 7


altura eu já tinha vinte anos de dança, o Decio também, e usávamos a técnica européia sem nenhum problema. Com Quarup, chegamos ao âmago. Aí con­ seguimos criar uma obra realmente brasileira, sem um passo codificado de balé clássico. A influência foi mesmo a cultura indígena. Há momentos em que você consegue uma plenitude de ori­ gem, que não é o índio, mas é o índio, não é o clássico, não é mais o tradicio­ nal que você sabia, não é a cópia da dança do índio. É um outro gestual que nasceu, que não se pode dizer que seja americano ou francês, porque é real­ mente uma jóia brasileira. Em outras peças não. Em outras, você faz a dan­ ça, que é uma coisa universal, e se ela vem com influências daqui ou dali não cabe discutir. Dentro da nossa propos­ ta, não temos essa preocupação de apa­ gar as influências. Agora, o que a gen­ te tem de brasileiro mesmo é a forma de criar, onde buscamos as origens das coisas. A motivação de fazer as coisas a gente joga realmente pro lado de cá, de uma forma que qualquer um vai po­ der ver e entender. E as viagens que vocês fazem são muito importantes nesse processo, não? Sem dúvida. Depois da viagem pe­ lo São Francisco, logicamente, passa­ mos a ser outro Stagium. Depois da viagem ao Xingu, a gente passou nova­ mente a ser outro. Depois de ir à Nica­ rágua, à América Central, também. Tem uma coisa muito boa no Stagium, é a sua grande força, que é estar total­ mente aberto para o que vier. Se você sente que é necessário em algum lugar, você vai, e naquele momento aprende alguma coisa, modifica. E isso reflete na criação, lógico. Imagina: você vai para o Pantanal, entra em harmonia com a natureza, vivência uma outra forma de ser, uma outra forma de vida, e cria um outro tipo de balé quando volta para casa. Você cria uma balé que jamais teria criado se não tivesse passado por aquele lugar. E a coisa antropofágica? Exatamente. Antropofagia é a pa­ lavra que nos acompanha desde sem­ pre. Você come todo aquele negócio, digere, às vezes nem digere, e põe pa­ ra fora de uma outra forma. Vocês levaram o balé para a Nicarágua, porque as pessoas es­ tavam em guerra, precisando. Vo­ cê acha que a dança serve para aliviar essas tensões cotidianas?

Acho que sim, sem a menor dúvi­ da. Mas a nossa proposta no momen­ to é a beleza. A violência é tanta que, nesse momento, nos propormos a fa­ zer a beleza, socialmente falando. Há alguns anos a proposta era outra, era retratar, nua e crua, a realidade que víamos. Mas nesse momento atual te­ mos de colocar muita beleza no pal­ co. Eu acho que a dança serve para is­ so sim, porque ela toca os sentidos, todos os sentidos. No momento em que você consegue dançar e fazer com que a pessoa perceba alguma coisa, algum conflito, já valeu a pena. E isso não é dito, porque na hora em que você põe em palavras aquilo per­ de a força. De repente, numa ambientação de cinco segundos, num olhar, num gesto, numa forma de andar, nu­ ma forma de parar, numa forma de construir uma cena, você consegue passar aquela vivência. Então eu acho que a dança ameniza e ao mesmo tempo instiga. Você pode instigar bem mais dançando do que com uma grande discussão cheia de palavras. E uma coisa louca. O Stagium atravessou 25 anos de uma época bem marcante do Brasil, pegou os anos militares, depois a de­ mocratização, embora cambaleante. O balé reflete esses anos? Se você pegar todos os catálogos das coreografias e mostrar para um americano, por exemplo, ele vai entender o que aconte­ ceu no Brasil através do Stagium? Sim, porque, primeiro, na época da repressão colocamos tudo o que era proibido em cena, aliás. Não se podia falar em represssão, em autoritarismo. Plínio Marcos estava calado, e nós montamos Plínio Marcos. Montamos Dona Maria Primeira, a Rainha Lou­ ca, usando a rainha louca para simbo­ lizar a repressão. Dentro disso a gente colocou todos os sentimentos e pala­ vras que não podiam ser ditas. Fomos muito corajosos em não deixar de fazer nada, sempre olhando o que estava acontecendo politicamente no país. Depois, nós encaramos o desafio de mostrar o grande Brasil, a grande so­ ciedade brasileira, com toda a sua mi­ séria. Mas eu acho que o grande lance era mostrar também a beleza do mes­ mo local, da mesma pessoa. Nosso tra­ balho nunca foi uma ladainha ou um caso perdido, nenhum dos balés que a gente fez foi um balé sem esperança. Todos eles são balés positivos.

A creditando que aquilo pode­ ria ser superado? Poderia, não. Tinha e tem de ser su­ perado. Se o nordestino sai de sua terra e perde a identidade, por que não colo­ car a sua casa em ordem para que ele possa viver lá e trazer toda a sua rique­ za à tona? Não falo só do nordestino, mas esse habitat deve existir para qual­ quer um, ou você passa a ser um estran­ geiro em sua própria terra. Esse é um dos temas que defendemos, a luta por esse espaço, porque o grande problema do brasileiro é que ele não descobre aquilo que tem, está pisando em ouro e não sabe. Deixa que venha uma pessoa de fora explorar, mostrar para ele que é ouro e ainda levar embora. Então, a idéia é despertar no homem brasileiro o rico que ele é, a beleza que ele é, a for­ ça que ele tem em todas as áreas, desde a música, a dança, até a própria nature­ za. Se eu não acreditasse no Brasil, acho que estaria parada. Ou seria uma que teria ido ao aeroporto e caído fora. Eu tinha condições de sobreviver em qualquer lugar. Mas aqui eu fui recebi­ da de braços abertos e consegui enxer­ gar um Brasil grande, bonito, cheio de riquezas Quando eu viajo para o inte­ rior, digo para o pessoal: “E daqui que vai sair alguma coisa, está puro ainda, está bom, está claro e está aqui do seu lado. Mexe um pouquinho para ver se você consegue descobrir a sua origem, para poder transformar isso”. Agora, a cultura de fora chega aqui com mais força do que a interna. Então, é muito difícil para uma pessoa que nasceu aqui enxergar e perceber que ela é gente, tem identidade, tem força e é mais original do que todo esse parâ­ metro que vem lá de fora. Vamos falar da escola Stagium. Foi uma opção sua e do Decio ensi­ nar e passar toda essa experiência? A escola nasceu em 1970, em fun­ ção de eu poder ter o meu espaço de trabalho. Eu comecei aprendendo acro­ bacia aos 10 anos, e dos 13 para os 14 eu já era profissional, estreando no Ba­ lé do Quarto Centenário, em 1954, em São Paulo. Mas eu era do tipo que nun­ ca daria para ser bailarina, e tive que trabalhar muito pra afinar esse meu ins­ trumento. Então, eu tinha muito prazer em passar para frente as coisas que eu descobria em nível de técnica, e desco­ bri que adorava dar aula. Mas, se eu te disser que abri a escola para isso, esta­ rei mentindo. Nós abrimos alguns curFevereiro/95


Gidali em D. Maria I, inspirado no Romanceiro da Inconfidência, da p oeta C ecília M eireles, com coreografia de D ecio Otero

sos para poder sustentar a sala e ao mesmo tempo ter um local para ensaio. Isso foi se desenvolvendo até que eu realmente assumi a escola como escola e passei a dar aulas das 7 da manhã às 9 da noite. Ao mesmo tempo, eu caí no teatro pra fazer coreografia e recebi no­ vas influências. E eu sempre incluía to­ das essas experiências no ensinamento. É o que faço até hoje. Como é o bailairino brasileiro, é boa a qualidade dele? Diz-se que ele tem muito ritmo. O bailarino brasileiro é maravilhoso, sem dúvida. O brasileiro é um ser dan­ çante. Agora, é uma coisa ser um ser dançante, e outra coisa é a arte da dança. Uma coisa nada tem a ver com a outra. Mas as duas coisas juntas são uma mara­ vilha. Se você é um ser dançante e se en­ volve com a arte da dança, não tem igual, não existe em outro lugar. É uma coisa muito especial, o bailarino brasileiro. Fale do início de sua carreira. Comecei dançando no Balé do Quarto Centenário, em 1954, em São Paulo. Foi a primeira grande experiên­ cia profissional da minha vida, onde se formou um balé com 16 obras, o crème Fevereiro/95

de la crème da intelectualidade, dos ar­ tistas, criando cenários, figurinos, gen­ te como Di Cavalcanti, Burle Marx, Lasar Segall, e os coreógrafaos estran­ geiros trabalhando a argamassa brasi­ leira. Fizemos uma temporada gloriosa no Teatro Municipal do Rio, outra no Teatro Santana, em São Paulo, sempre com casa lotada. Mas entrou o Jânio Quadros e acabou com a companhia, dizendo que era uma coisa supérflua. Foi a primeira paulada que eu tomei profissionalmente. E depois dessa experiência? Depois eu entrei para o grupo do Is­ mael Guiser e fui fazer televisão, cine­ ma, shows em boates, nos musicais do Abelardo Figueiredo. Fazíamos aula séria de manhã, procurávamos montar algum espetáculo, esporadicamente. Mas sobrevivíamos mesmo da televi­ são, isso de 1960 a 70. Começamos na Tupi, depois dançamos nas outras emissoras. E a televisão foi uma grande faculdade. Era um grupo forte, porque o grupo do Ismael era o melhor que ti­ nha. Fazíamos aquilo com muita serie­ dade e com altíssimo nível. E fazíamos de tudo, desde a Morte do Cisne até

cha-cha-cha atrás de um cantor. Era uma coisa muito versátil. E a sua relação com o Decio Otero, como é? Nós nos casamos em 1971 e, juntos, lutamos tanto que passamos a ser uma pessoa só. Quando eu falo, falo o que ele fala. Quando ele fala, fala o que a Marika fala. Estamos muito integrados, quando ele faz a coreografia eu dirijo. Mas não posso esquecer de falar do meu amigo Ademar Guerra, que, antes do Stagium nascer, já enxergava que podíamos fazer o que fizemos. Ele me colocou na parede e me disse: “Olha, enquanto você não re­ solver fazer nada, não vai acontecer na­ da”. Ele tanto falou, tanto falou que, de repente, a gente já estava fazendo. E quando o Décio entrou na área, passamos a ser uma pessoa só. Hoje temos ainda outra diretora no Stagium, a Vera Lafer, que tem uma visão muito bonita da cultura, nesta terra que está se desenvolvendo. E esse é um caso a ser estudado. Se mais dois ou três comprarem de fato essa briga, teremos uma dança muito bem defendida no Brasil.

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O QUE VOCÊ FAZ COM AS SUAS HORAS DE FOLGA? DEDICA-SE AO PURO E SIMPLES ÓCIO? HÁ VÁRIAS OPÇÕES PARA SE FUGIR DA PREGUIÇA E APROVEITAR MELHOR ESSES PERÍODOS, COM CURSOS DE TEATRO, CURSOS DE EXTENSÃO CULTURAL, GINÁSTICA VOLUNTÁRIA, OFICINAS DE ARTE E MUITAS OUTRAS POSSIBILIDADES. A reportagem que você está começando a 1er agora foi toda escrita num microcom­ putador notebook 486. Já faz dois anos que o repórter que vos es­ creve decretou a aposentadoria das “pretinhas” (o nome carinhoso que os jornalistas deram às máquinas de escrever), por uma questão de praticidade, otimização do tempo de tra­ balho e, principalmente, por exigên­ cia do mercado. Hoje em dia os editores de jornais e revistas não querem receber as matérias que encomendaram em textos impressos. Querem um disque­ te com o texto da reportagem gravado, para que possam editar em seus res­

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pectivos computadores sem necessi­ dade de redigitá-la. Desde meados da década de 80, as principais redações do país, in­ cluindo as de televisão, são informati­ zadas. E os profissionais de imprensa que já estavam no mercado antes do advento da informatização em massa tiveram de se adaptar às novas exi­ gências. Não durante seus períodos regulares de trabalho, mas em seu tempo livre. O mesmo que é utilizado para as atividades de lazer e outras que poderíamos chamar de atividades de formação, como aprender novas línguas ou fazer cursos de reciclagem ou especialização. Cada vez mais, as pessoas,

de todas as áreas de ocupação, vêm utilizando parte de seu tempo livre, de seu tempo de não-trabalho, com ativi­ dades de formação que garantem sua sobrevivência, desenvolvimento e in­ tegração num mundo a cada dia mais competitivo e evoluído. E para atender a essa deman­ da de interesse por conhecimento nas mais diversas áreas, surgiram as esco­ las de tempo livre. Hoje, em qualquer publicação que tenha uma seção de classificados, podem-se encontrar ins­ tituições oferecendo os cursos mais diversos. De aulas de sânscrito a cur­ sos de bioenergética. Com interesse, dinheiro (indispensável na esmagado­ ra maioria dos casos) e tempo disponí­ vel, é possível encontrar quem ensine desde fazer cestas de café da manhã até cálculos matemáticos que utilizem equações parciais de terceiro grau. Para entender o surgimento e a prosperidade dessas agências de tempo livre, é preciso saber um pouco sobre a evolução do uso do tempo li­ vre das pessoas ao longo da história. Na Idade Média um cidadão que fosse ferreiro, por exemplo, aprendia seu ofício com um mestre geralmente algum membro mais velho de sua própria família - que lhe ensi­ nava tudo a respeito da profissão. Com o conhecimento transmitido, e alguma experiência, ele estava pronto para exercer a profissão. E pelo resto de seus dias bastava apenas repetir aquelas rotinas, utilizando as mesmas ferramentas. As evoluções técnicas eram muito lentas. Era possível atra­ vessar gerações sem qualquer mudan­ ça significativa. E o tempo livre de nosso ferreiro era gasto, geralmente, em atividades ditadas pelas instituições da época. Nesse período, as pessoas eram analfabetas e os poucos que de­ tinham conhecimento para 1er e escre­ ver estavam nas camadas mais altas da nobreza e do clero. Estes, aliás, formavam o corpo discente das pri­ meiras universidades. Com o surgimento da socie­ dade industrial, passando pela forma­ ção dos estados nacionais, o Renasci­ mento, o conseqüente fortalecimento da burguesia e outros episódios não menos importantes, ocorreu uma bru­ tal transformação do tempo social. O trabalho regular, em fábricas e ofici­ nas “modernas”, trouxe consigo a ne­ Fevereiro/95


cessidade de se inventar um tempo pa­ ra a formação. Daí o surgimento das escolas regulares. Os conceitos de ensino massificado e da escola como bem público com o objetivo de fortalecer e desen­ volver as sociedades datam da Revolu­ ção Francesa. E é interessante observar que, dois séculos depois da instituição da “escola para todos”, percebe-se que apenas a escola não dá mais conta do recado. Foi nessa brecha, que se toma a cada dia maior, que surgiram as agên­ cias complementares de formação. Até a década de 60, a utiliza­ ção do tempo livre e de lazer era geral­ mente encarada como puro exercício do ócio, sem nenhuma finalidade adi­ cional que não a de proporcionar pra­ zer. As primeiras pesquisas de campo nessa área, desenvolvidas por sociólo­ gos, antropólogos e afins, desmenti­ ram esse conceito ao constatar que grande parte desse tempo é dedicado a atividades de formação. Na sociedade modema, a for­ mação e a informação são necessárias e valorizadas no convívio social e pro­ fissional. E formação aí deve ser lida como um conceito amplo. Ela está pre­ sente em atividades de formação utili­ tária, como um curso rápido de mecâ­ nica, por exemplo, para quem quer aprender a fazer pequenos reparos em seu automóvel, ou no mínimo não ser enganado numa oficina qualquer; está presente nas atividades de “cultura do corpo”, como as aulas de uma acade­ mia de ginástica ou um curso de DoIn; está na autoformação sistemática daquelas pessoas que se interessam por um determinado assunto e passam a colecionar tudo que é publicado so­ bre ele; está até no bate-papo informal das happy hours, onde informações e visões de mundo são trocadas em tor­ no de alguns salgadinhos e doses de vodka, de cachaça, ou suco de graviola, dependendo do contexto social ou regional dos participantes. De olho nessa necessidade das pessoas em ocupar seu tempo li­ vre com atividades mais ou menos or­ ganizadas e que, de quebra, incluís­ sem prazer, a sociedade criou institu­ ições, organismos e empresas que passaram a atuar como verdadeiras agências de formação. O Sesc, por exemplo, é uma gigantesca agência de formação, cujo objetivo é fazer do tempo livre das Fevereiro/95

Ginástica: uma das boas opções oferecidas entre os cursos para quem foge da preguiça.

pessoas um período mais rico, no qual são desenvolvidos dois tipos de traba­ lho: o de difusão cultural, com apre­ sentação de espetáculos teatrais, cine­ ma, vídeo, etc., e o de formação siste­ mática, com oficinas e cursos dos mais variados temas. Os especialistas do Sesc não acreditam que o tempo livre seja somente uma terra do ninguém domi­ nada pela indústria cultural. Também é tempo de aprimoramento. Os cursos do Sesc têm como princípio estimular aquelas atividades que não estão vinculadas diretamente ao lazer/consumo. No chamado la­ zer/consumo, estão as atividades que associam obrigatoriamente a atividade em si e o prestígio embutido em sua prática. Participar das aulas de ginásti­ ca de uma academia cara e famosa pode ser um exemplo ilustrativo. As pessoas podem estar predominante­ mente preocupadas em usar as roupas esportivas da moda, em ver-se acom­ panhadas de beldades e pessoas famo­ sas, e sentem-se bem ao contar aos amigos que freqüentam aquela acade­ mia onde tais e tais colunáveis e socia­ lites se encontram para queimar as gor-

durinhas que sobraram depois da tem­ porada em Aspen ou Vail. Chega a dar pena que algumas das alunas tenham de fazer exercícios, e estragar o pen­ teado, para freqüentar tal ambiente. O Sesc busca a contramão disso. Ao invés de abrir cursos de gi­ nástica aeróbica - nada contra a aeróbica em si - , estimula os progra­ mas de ginástica voluntária, onde através do autoconhecimento do cor­ po os alunos vão se tornando inde­ pendentes para programar sua pró­ pria atividade física, de acordo com os limites que eles mesmos vão im­ pondo. E mais ou menos como aque­ la história de ensinar a pescar em vez de vender o peixe. É claro que esse não é o ca­ minho mais fácil e menos trabalhoso. Os produtos da indústria cultural, e da indústria do entretenimento, que já vêm “mastigados”, são assimilados com mais facilidade. Desencadear um processo de autoconhecimento dá mais trabalho, mas para quem preten­ de educar as pessoas a respeito do que fazer em suas horas de folga, certa­ mente é mais gratificante" 11


Esportes de quadra: vôlei, basquete, futebol de salão são algumas das opções para o lazer.

O ESPORTE, O LAZER, A CULTURA E A ARTE ESTÃO AO ALCANCE DE TODOS NOS CURSOS INFORMAIS izem os especialistas da área de recursos humanos que o futuro profissional de suces so será aquele indivíduo criativo, informado, com permanente disposição para reciclagem, e que consiga estabelecer ligações multidisciplinares (entre diversas áreas do conhecimento) com facilidade. E pa­

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ra formar gente assim, as escolas tra­ dicionais* embora ainda indispensá­ veis, são insuficientes. O com plem ento à escola tradicional pode vir das atividades de tempo livre, quer sejam pratica­ das em algum curso de longa duração ou não. A cidade de São Paulo e ou­

tras grandes metrópoles oferecem uma infinidade de opções em termos de cursos e temas. Para ter acesso a esse leque de alternativas, basta uma folheada nos jornais e revistas. É ne­ cessário, porém, que alguns cuida­ dos sejam tomados para que se esca­ pe das arapucas. Mais do que a necessidade, o que leva as pessoas a desenvolve­ rem uma atividade de tempo livre é geralmente o interesse. E para que esse interesse não se perca, ou seja mal aproveitado, é preciso um míni­ mo de inform ação sobre o tema an­ tes de se inscrever num curso qual­ quer. Quem quiser aprender a voar de asa delta, por exemplo, deve an­ tes 1er o máximo possível sobre o assunto, depois assistir a alguns tor­ neios de vôo livre para estar seguro de que pretende mesmo fazer aqui­ lo. O próximo passo é procurar co­ nhecer alguns praticantes para se in­ formar a respeito dos cursos exis­ tentes, as vantagens e desvantagens de cada um deles. Procedendo dessa forma, seja qual for a atividade que você quiser desenvolver para ocupar o seu tempo livre, terá mais segu­ rança em relação à opção finalm en­ te escolhida. É inegável que, ao procurar uma escola famosa, a pessoa estará em boas, porém dispendiosas, mãos. Em todas as áreas, existem institui­ ções que funcionam como referên­ cias. Mas, dependendo do interesse específico do aluno em potencial, e também de sua carga horária de tem­ po livre, seu poder aquisitivo, nível cultural, etc., nem sempre as institui­ ções consagradas são as melhores op­ ções. Nesses casos, portanto, basta seguir as regrinhas apresentadas no final do parágrafo anterior. Sociologicamente, as ativi­ dades que podem preencher o tempo livre são divididas em cinco catego­ rias: as intelectuais, as manuais, as físico-esportivas, as artísticas e as sociais. O Sesc, que atende 60 mil pessoas matriculadas por ano no Es­ tado de São Paulo, apenas nos cur­ sos anuais - sem contar os partici­ pantes de cursos rápidos, seminá­ rios, exposições, etc. - está presente nas cinco categorias. Cada unidade do Sesc ofere­ ce um leque variado de cursos (a pro­ gramação completa de cada uma deFevereiro/95


las você encontra no encarte “Em Cartaz”), mas existem algumas voca­ ções específicas naturais. O Sesc Santos, por exemplo, oferece cursos de mais de 20 modali­ dades esportivas, o que é importante numa cidade litorânea, onde as pes­ soas tendem a cuidar mais do corpo. “As academias em geral estão conta­ minadas pelo modismo”, diz o técni­ co do Sesc Santos Luiz Ernesto Fi­ gueiredo Neto. “Nós aqui no Sesc adotamos outra linha. Trabalhamos as atividades físicas na linha de for­ mação da consciência corporal. Não admitimos atividades performáticas. Nosso objetivo é fazer com que as pessoas se sintam melhor e aprendam a lidar com seu corpo”, completa. A gerente-adjunta E lisa Saintive diz que outra preocupação da unidade são as atividades volta­ das preferencialmente aos idosos, já que a cidade concentra um grande número de aposentados. Eles têm turmas específicas de ginástica e es­ portes adaptados, além de ativida­ des como pintura em tecido, tricô e costura, entre outros. “Esses últimos”, diz Elisa, “fa­ zem parte de um trabalho social pa­ ra que os idosos tenham também oportunidade de estarem juntos, reu­ nidos em torno de uma atividade criativa”. Mas isso não quer dizer que os idosos sejam mantidos sepa­ rados dos mais jovens. Eles podem participar de vários outros cursos em que não há faixa etária definida. Os cursos de teatro do Sesc Santos também são um sucesso, graças à vocação histórica da cida­ de. Existem três turmas inscritas, todas com as vagas sempre preen­ chidas. E agora durante o verão as atividades ao ar livre, por motivos óbvios, são valorizadas, em detri­ mento de palestras, seminários e outras atividades em ambiente fe­ chado, que voltarão com mais assi­ duidade nas estações frias. Se na Capital é im portan­ te, em algumas cidades do interior do Estado, a existência de uma unidade do Sesc é vital para preencher com criatividade o tem ­ po livre da população. São José do Rio Preto, por exemplo, tem 300 mil habitantes. E nada menos que 10 mil deles fre­ qüentam anualmente o Sesc local. Fevereiro95

Oficinas do Pompéia: opções para quem deseja cursos de fotografia, gravura e cerâmica.

“Na área de cursos anuais, temos a ginástica voluntária, nata­ ção, hidroginástica, fotografia, violão, teatro e boas m aneiras”, diz o professor José Alves Sobrinho, técnico do Sesc São José do Rio Preto. “E os cursos rápidos, que promovemos como resultados de pesquisas junto ao público, são quase sempre influenciados pelo calendário.” Assim, nas épocas que antecedem as datas especiais, sem­ pre há algum curso no Sesc rela­ cionado àquela data. Antes do N a­ tal, cursos de em balagem e arte so­ bre bonecos. Antes do Dia das Mães, curso de arranjo de flores. Antes das festas de inverno (São João, etc.) cursos de tecelagem m a­

nual, fabricação de licores. Em Ribeirão Preto, a ênfase maior dos cursos e workshops é vol­ tada para dois objetivos básicos. O primeiro é oferecer subsídios para que as pessoas, principalmente as mulheres, façam trabalhos em casa, que podem ou não virar uma fonte al­ ternativa de renda, como pintura, arte decorativa, caixas finas para presen­ tes, etc. O segundo, e mais importan­ te, é tentar suprir a carência da popu­ lação local no aspecto cultural, a pre­ ços acessíveis. Em agosto do ano passado, por exemplo, o Sesc Ribeirão Preto sediou um ciclo de palestras e espetá­ culos do teatro grego. Alguns dos maiores experts brasileiros no assun13


O ficinas de criatividade da P om p éia, o n d e s e d esen v o lv em trabalh os m an u ais.

to estiveram lá para falar sobre temas como As Troianas - Declaração A r­ dente de Pacifismo; Ifigênia em Áulis e o Método Trágico de Euripides. E grupos de teatro reconhecidos, ence­ naram os espetáculos: As Troianas, Antígona e Prometeu Acorrentado, entre outros. Na Capital, as unidades tam­ bém observam critérios próprios para programar seus cursos. No Sesc Car­ mo, que fica na região central, próxi­ mo à praça da Sé, a programação se adequou ao público da área, basica­ mente formado por comerciários (90% do público é formado por mul­ heres) com renda de um a cinco salá­ rios mínimos. São elas, basicamente, que aproveitam os cursos de capoei­ 14

ra, dança afro, samba/gafieira, dança de salão, tai-chi, fotografia, violão, flauta doce, entre outros. Um grande sucesso na unidade do Carmo é o curso de dança do ventre, que tem quatro turmas regulares. “Procuram os também pro­ mover palestras, exposições, shows musicais, teatro de rua, atividades às quais as pessoas geralm ente não têm acesso”, diz o técnico Mauro César Jensen. “Em função da geografia da unidade, na baixada do Glicério, as program ações para revitalizar o espaço do centro da ci­ dade, estão sempre no nosso cal­ endário. ” Internamente, a equipe se preocupa em promover uma es­ pécie de alfabetização corporal. A

cada aula, antes da atividade em si, o professor conversa com as alunas sobre um tema diferente, estim u­ lando o autoconhecimento e rela­ cionando a atividade física com história e cultura. Já o Sesc Pom péia, que tem vários cursos na área físico-esportiva e uma extensa programação cultural, se destaca na área das ofi­ cinas de criatividade. Num grande galpão projetado especialm ente pa­ ra esse fim, são oferecidas oficinas perm anentes em mais de 15 espe­ cialidades. Da tapeçaria à restaura­ ção de móveis. Da m archetaria à encadernação. Isso sem falar nos cursos de curta duração. Só no mês passado , foram 36 oficinas especiais, que atenderam 900 pessoas. Agora em fevereiro, acompanhando o tema da unidade, o “Verão Latino”, o setor de oficinas preparou sete cursos coordenados que vão servir para for­ mar os blocos de Carnaval que des­ filarão pela unidade. Uns vão apren­ der a confeccionar máscaras, outros, fantasias e adereços, outros ainda vão aprender a fabricar pintura para m aquiagem . E ainda: oficina de construção de instrumentos, de com­ posição popular, de canto e de ex­ pressão corporal. Pelo jeito vai ser um Carnaval animado. “As oficinas são freqüenta­ das por todo tipo de gente, é impos­ sível estabelecer um perfil definido dos alunos, até porque os temas são muito variados”, diz Tânia Maria Conrado, técnica do Sesc Pompéia. E é verdade. Na oficina especial de serigrafia do mês passado, dividida em quatro aulas de 3 horas cada uma, o professor Marcos Losada, arquiteto e artista plástico, tinha entre os alunos desde aqueles “ratos de oficina”, que freqüentam todos os cursos possíveis nos mais variados temas, até “paraquedistas”, que nem sabem ao certo o que estão fazendo ali. A estudante do primeiro grau A ndréa dos Santos Fagundes pode ser enquadrada no segundo caso. Recém-chegada do interior do Estado, ela diz “olhei e me interes­ sei porque me disseram que as ofi­ cinas do Sesc eram boas. Me inte­ resso por artes plásticas mas nunca havia feito um curso antes. Eu gosFevereiro/95


to de aprender, conhecer ativida­ des. É bom aprender coisas novas, conversar com as pessoas". Ao lado de Andréa, a secundarista Janmilly Aguiar é uma legítima representante da categoria dos “ratos de oficina” e, ao que pa­ rece, uma workholic precoce. “Faço dois colégios profissiona­ lizantes, um de técnica em Química e outro de técnica em Desenho de Comunicação, e ainda trabalho em um laboratório químico como esta­ giária”, diz ela, sem perder o fôlego. “Não consigo ficar parada. Ano re­ trasado, estudei um pouco de teatro e de rádio. Ano passado, fiz história da arte. Esses cursos ajudam bastan­ te profissionalmente e trazem ama­ durecim ento intelectual, em bora muita gente me diga que é bobagem o que estou fazendo, porque uma área não tem a ver com a outra.” O Sesc Consolação, além dos cursos de iniciação esportiva, de esportes adaptados para a Terceira Idade e outros na área físico-esportiva, sedia dois centros que são refe­ rências obrigatórias entre os profis­ sionais da área artística. O CEM, Centro de Experimentação Musical, e o CPT, Centro de Pesquisa Teatral. O CEM oferece mais de 25 cursos diferentes na área musical, voltados tanto para leigos como pa­ ra iniciados em busca de aperfei­ çoamento e especialização. Um dos aspectos mais interessantes é o m é­ todo das aulas, sempre em grupos. Não existem aulas individuais. E os instrum entos, na grande m aioria dos casos, são fornecidos pelo pró­ prio CEM, tanto para as aulas quan­ to para as sessões de estudo. “O método coletivo é ótimo”, diz a program adora Laura Casalli. “Assim um pode ouvir o outro. In­ clusive chegamos a misturar, por exemplo, naipes de cordas numa mesma aula. E os alunos passam a perceber timbres diferenciados, musicalidades diferenciadas, o que re­ sulta numa experiência muito rica.” No CEM há espaço para a música erudita e para a popular, e ele serve também como centro de troca de experiências entre profissionais e amantes da música. O objetivo pri­ mordial do CEM não é formar músi­ cos profissionais, mas fornecer ele­ mentos e experiências para que as Fevereiro/95

náofum s

Aulas de música: aprendizado teórico e prático com auxílio de moderna tecnologia.

pessoas conheçam novas linguagens e possam se expressar através delas. “Conhecendo uma linguagem”, diz Laura, “a pessoa pode apreciá-la me­ lhor. Estamos preocupados em for­ mar apreciadores qualificados.” A filosofia do CPT busca aprofundar e am pliar o conheci­ mento cultural. Passar pelo curso de form ação de atores, de cenogra­ fia e indum entária, ou de ilum ina­ ção cênica, todos com duração de 5 meses, é um bom passo para ga­ rantir um lugar no mercado. D ifí­ cil é conseguir uma vaga. No en­ cerram ento das inscrições, mês passado, estavam registrados cerca de 100 candidatos às 16 vagas do curso de cenografia, outros 100 às

20 vagas do curso de ilum inação e nada menos de 600 às 20 vagas do curso de form ação de atores - e is­ so porque as inscrições foram en­ cerradas quando foi com pletado o lim ite de 600 inscritos. Não é para menos. À testa do curso de formação de atores, está o consagrado diretor Antunes Filho, conhecido pela rígida disciplina que impõe a seus alunos e pelo sucesso internacional de suas montagens. Valter C. Portella, assistente-geral do CPT, é o braço direito do “bruxo” Antunes (a expressão é do próprio Portella) e responsável pelas entrevistas com os candidatos, que servem de triagem inicial para escolher os 30 ou 40 felizardos 9ue 15


H id r o g in á s tic a : m o d e r n a s t é c n i c a s p a r a a q u e l e s q u e p r e fe r e m unir o p r a z e r d a á g u a a o b e m e s t a r d o c o r p o em e x e r c íc io s

farão um teste prático. Destes, ape­ nas os 20 melhores serão escolhi­ dos. A grande maioria dos inscritos, portanto, não chega nem a ter o pri­ vilégio de encontrar ao vivo e em cores o diretor que criou um método que leva seu próprio nome. E qual é o perfil ideal do aluno do curso de introdução ao mé­ todo de ator do CPT? “É preciso, de início, que tenha uma base cultural, para que possa assimilar a teoria, e que tenha uma predisposição para in­ corporar a visão de mundo do méto­ do Antunes”, diz Portella. “O curso é um processo de autoconhecimento. E se você não tiver disciplina não vai poder incorporar nada. Tem de alte­ rar hábitos, corpo, voz. Portanto, a 16

rigidez do método é necessária.” A bela Patrícia Reis, de 23 anos, é uma das 600 pessoas ansio­ sas em conseguir um lugar entre os 20 eleitos deste ano. Loira de cabe­ los lisos e compridos, olhos claros, pele queimada em alguma praia bem freqüentada do litoral paulista, Pa­ trícia chegou esbaforida ao Sesc na tarde do último dia de inscrições. Trajando um vestido preto leve de virar a cabeça de qualquer cidadão de bom gosto, conseguiu ser talvez a última pessoa a se inscrever. “Eu sempre quis ser atriz”, diz Patrícia, “e uma amiga fez o cur­ so o ano passado e me disse que é uma experiência que vai muito além da formação de ator. Isso por causa

dos filmes que você tem de ver, dos livros que tem de 1er e das discus­ sões em grupo de que participa. E muito difícil entrar, mas eu acho boa essa dificuldade, porque se você consegue isso quer dizer que você passou por pelo menos 580 outras pessoas, o que significa que você tem alguma coisa”. “E eu não estou aqui só porque quero ser atriz. Estou aqui tam ­ bém para adquirir cultura, e m es­ mo que não me torne atriz, o cur­ so vai me ajudar para a vida, ta l­ vez não p rofissionalm ente, mas em am adurecim ento. Na vida co­ tidiana, a gente é um pouco ator. Então acho que você deve tentar ser o m elhor” , conclui P atrícia. Fevereiro/95


jovem Carlos Siffert é um ar­ tista. Mas não espere encon­ trar tintas, telas e cavaletes em seu ateliê. Sua arte tem lugar em meio a panelas, caçarolas e temperos sofisti­ cados. Carlos é “cozinheiro de profis­ são” e sente-se realizado com sua esco­ lha. A trajetória profissional dele, de início, nada tinha a ver com a cozinha e acabou tomando rumos definitivos graças a uma atividade de tempo livre, o que vem acontecendo com muitas outras pessoas. O que leva as pessoas a se de­ dicarem a uma atividade qualquer em seu tempo livre é o interesse. Interesse em tornar-se um profissional mais qua­ lificado, interesse em participar de al­ guma tribo cultural, interesse em co­ nhecer determinado assunto. Às vezes esse interesse não tem nada a ver com a profissão escolhida e/ou praticada. Mas é cada vez mais comum que pes­ soas façam de interesses paralelos uma atividade lucrativa, ou simplesmente prazerosa, que acaba se transformando em atividade principal. O arquiteto Edgard Steffen Júnior, de 36 anos, começou a traba­ lhar na área ainda aos 18 anos, assesso­ rando as prefeituras de Campinas - on­ de estudava - e de Americana. Já for­ mado, trabalhou numa construtora an­ tes de abrir um escritório próprio em Sorocaba, sua cidade natal. Em meados da década de 80, transferiu-se para São Paulo, onde se associou ao arquiteto Beto Madureira, especializado em projetos de lojas e es­ critórios que incluem a confecção de objetos e mobiliário personalizados. Apenas para o trabalho braçal de desenho Edgard tinha cinco funcio­ nários, que não davam conta do serviço. Foi nessa época que ele comprou um microcomputador com recursos gráfi­ cos - uma máquina hoje pré-histórica. Foi o início de uma paixão. Autodidata em informática, Edgard passou a se interessar cada vez mais pelos movimentos que conseguia criar na tela do computador, muito mais sedutores do que “os trabalhos de perspectiva, estáticos”, diz ele. Quatro meses depois de comprar o computador já havia saído do escritó­ rio para se transformar em produtor de computação gráfica. Fazia free-lancers para produ­ toras de vídeo - que não tinham ainda equipamentos de computação gráfica -

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Um h obb y: o q u e é p a s s a t e m p o p o d e s e tornar um a a tiv id a d e p r o fis s io n a l

MUITAS VEZES UMA ATIVIDADE DE TEMPO LIVRE - UM HOBBY - PODE ACABAR APONTANDO UM NOVO HORIZONTE PROFISSIONAL era responsável pelas animações do painel eletrônico do Anhangabaú e da­ va cursos no Senac para os que esta­ vam entrando no mercado. Hoje é o responsável da área de videographics da produtora AV/São Paulo, e chefia uma equipe de quatro pessoas que trabalha com cinco máqui­ nas modernas ligadas em rede e mais três outras de apoio. “Vim para a pro­ dutora”, diz Edgard, “porque a evolu­ ção desse mercado é muito rápida, e com meu dinheiro não estava mais conseguindo acompanhar. Antes de comprar o primeiro computador, eu não tinha nenhum interesse por infor­ mática e não sabia nada de computa­ dor. Foi a possibilidade de fazer traba­ lhos com movimento que me atraiu. É

uma delícia fazer o papel de ‘cineastamirim’. Com certeza, eu estou mais fe­ liz hoje do que quando era arquiteto. Por mais que um ou outro trabalho se­ ja chato, a hora em que você senta na máquina para criar é muito legal.” A trajetória profissional de Carlos Siffert estava menos consolida­ da quando ele decidiu dar sua guinada profissional. Ele havia entrado no cur­ so de cinema da Escola de Comunica­ ção e Artes da USP em 83 e, paralela­ mente, passou a desenvolver o gosto pela cozinha. Fazia pratos em casa, pesquisava receitas e via seu estímulo pelo cinema abalado pelas dificuldades em fazer filmes no Brasil. “Hoje perce­ bo que eu gostava mais de assistir aos filmes do que de fazê-los”, diz.

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Carlos resolveu largar o curso pela metade e logo aceitou o primeiro convite para fazer um jantar. “Fiquei entusiasmado com a boa receptividade por parte dos convidados e decidi virar profissional.” Em 87, conseguiu um estágio de 6 meses no restaurante do chef Lau­ rent Suadeau, no Rio de Janeiro ( hoje o “Laurent” transferiu-se para São Paulo). “Mas um estágio desses de co­ meçar descascando batatas. Foi ótimo porque, além do próprio Laurent, toda a equipe acabou me ensinando muito. Uma ocasião o cozinheiro responsável pelo setor de saladas saiu de férias e eu o substituí.” Muito adequado, até por­ que as saladas, além de iniciarem a se­ qüência de pratos de uma refeição, também marcam o início da aprendiza­ gem de um cozinheiro. Term inado o estágio no Laurent, Carlos foi para a escola de hotelaria de Crans-M ontana, na Suíça, onde fez um curso de 3 anos. “Um ano inteiro de cozinha, outros dois de administração de cozinha de hotel e restaurante. Fiz estágios e trabalhei até como garçom, o que foi uma boa experiência.” De volta ao Brasil, Carlos foi chef de cozinha do buffet Ginger, passou a dar aulas no tradicional Centro de Criatividade Doméstica e não abandonou os pequenos jantares em residências. Seus cursos, quase sempre sobre comida francesa ou étnica, são concorridos e atraem um público va­ riado. “Desde donas-de-casa até exe­ cutivos que vêm se interessando cada vez mais pelo assunto. E o fato dos cursos serem temáticos acaba susci­ tando discussões sobre história, re­ giões, etc. Procuro sempre extrapolar os limites das receitinhas em si. A co­ zinha para mim é cultura. Inclusive o que me levou à cozinha acho que foi o interesse de conhecer outras culturas, outras línguas. A cozinha é uma porta para o mundo. E o que eu mais gosto de fazer, nunca me canso." Ainda bem, porque ele é ca­ paz de fazer maravilhas na cozinha. Quem quiser comprovar isso vai ter o prazer de fazê-lo ainda neste semestre. “Vou abrir um bistrô em São Paulo. Será um restaurante pe­ queno, caprichado e a preços acessí­ veis para que todo mundo possa ir. A base vai ser a cozinha francesa alia18

Tempo Livre e Criatividade E stan islau S alles

Recente estudo veiculado pela imprensa afirma que o stress, espantosamente, já afeta até mes­ mo recém-nascidos, aparente­ mente distantes e sem a cons­ ciência das complexas relações do dia a dia, com seus atributos, exigências e limitações. Comumente, atribui-se ao excesso de trabalho a origem des­ te mal. Mas é preciso considerar que suas causas se identificam mais à forma como nos relaciona­ mos com as questões do dia a dia, do que propriamente com os ex­ cessos. Atividades prazerosas, ao sabor da espontaneidade, ou reali­ zadas por algum objetivo com o qual nos identificamos plenamente, podem, pelo excesso, gerar certo cansaço, mas certamente não são a principal causa do stress. Não cabe evidentemente questionar os aspectos da moder­ na sociedade tecnológica, pois, se por um lado causam problemas, é certo que suas conquistas são responsáveis pela própria sobrevi­ vência e aprimoramento de nossa sociedade. As relações sociais se tor­ naram complexas, as populações se multiplicaram, as exigências e necessidades se modificaram, nos afastando significativam ente do relacionamento mais natural e es­ pontâneo com as pessoas e as coisas. A criatividade muitas ve­ zes é tolhida, pois não há como modificar o que já funciona ade­ quadamente. As relações sociais, espontâneas ou não, se identifi­ cam à própria sobrevivência, uma vez que não podemos, isolada­ mente, produzir tudo o que é ne­ cessário à manutenção da vida. Assim, nem sempre refletem o nosso desejo ou são resultado de nossa escolha, mas estão condi­ cionadas ao trabalho, escola e ou­ tras esferas. A superespecialização das tarefas muitas vezes faz perder o sentido do valor social do

trabalho que executamos e limita nossa ação, pois somos prepara­ dos e instrumentalizados apenas para aspectos delimitados. Algu­ mas atividades exigem para sua execução um ritmo repetitivo, mo­ nótono, que não permite varia­ ções, nem criatividade. Parece, então, que nos en­ contramos diante de um dilema. As condições atuais de trabalho e rela­ cionamento social muitas vezes li­ mitam e cerceiam a criatividade, a espontaneidade, o espírito de aventura, o desejo pela descoberta e inovação que, ao mesmo tempo, são fundamentais à sobrevivência. Por outro lado, o mais monótono dos trabalhos, mesmo as mais con­ sagradas e testadas fórmulas, o mais enfadonho dos ritmos, somen­ te são passíveis de superação e aperfeiçoamento através da criativi­ dade, do prazer, da espontaneida­ de, da experiência e da aventura. Nesse contexto, as ativi­ dades de lazer assumem impor­ tância fundamental quando são realizadas com espontaneidade e prazer e concebem espaços de aventura, experimentação e des­ coberta. No que se refere aos re­ lacionamentos interpessoais, por exemplo, os jogos reproduzem e ensinam regras que podem ser al­ teradas, aperfeiçoadas ou manti­ das, de acordo com a necessida­ de dos que os praticam. As ativi­ dades manuais, sejam as de cará­ ter artístico, ou na linha do “faça você mesmo” , alteram a percep­ ção e desenvolvem novas habili­ dades. Sendo assim, o homem moderno necessita aprender a or­ ganizar o seu tempo livre como espaço de experimentação e vi­ vências, muitas vezes impossíveis na esfera do cotidiano. Apropriarse da organização do próprio tem­ po é para os humanos tão impor­ tante quanto viver. Daí advém o equilíbrio, o humor, a atenção, a curiosidade, enfim, os ingredien­ tes do ser criativo em condições adversas. E stan islau S alles é té c n ic o d o SESC

Fevereiro/95


UMA PUBLICAÇÃO DO SESC - SÃO PAULO

JFEV ERE IRO/95

Em Cartaz

R O TEIR O SE LET IV O DE ATIVIDADES CU LTU RA IS, E S PO R T IV A S E DE SA Ú D E DO SESC DA G R A N D E S . PAULO

P a r q u e L úd ico d e Itaq u era. V eja em S e r v iç o s , p g .2 3 .

TEMPO DE CARNAVAL. MÚSICA, FESTAS E OFICINAS. DE BATERIAS DE ESCOLAS DE SAMBA A BANDAS CARNAVALESCAS.

WKM TEATRO

2

RECREAÇÃO

MÚSICA

2

CURSOS & OFICINAS

BB S 7

8

EXPOSIÇÕES

4

INFANTIL

17

CINEMA E VÍDEO

5

TERCEIRA IDADE

19

ESPORTES

5

TURISMO SOCIAL

21

CAMINHADA

6

SERVIÇOS

23

GINÁSTICA VOLUNTÁRIA

6

MATRÍCULA

23

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Teatro

Música

SHOWS AXEL FISCH. O guitarrista suíço forma seu Quintet com Felipe Salles no sax, Tiago Costa no teclado, Nona­ to Mendes no baixo e Pepa D ’Elia na bateria para apresentar no Instrumental SESC Paulista o seu som progressivo de jazz, Bossa Nova e MPB. Dia 13 (segunda) às 18h30. Grátis. SESC Paulista

☆ A RUA DA AMARGURA. Inspirado na cultura popular, o espetáculo recria a vida de Jesus Cristo. Adaptação de Arildo de Barros, do texto Mártir do Calvário, de Eduardo Garrido, escrito em 1902. Com o Grupo Galpão. Dire­ ção de Gabriel Villela. Até 19 de feve­ reiro. De quarta a sábado às 21 h e do­ mingo às 19h. R$ 10,00 de quarta a sexta, R$ 12,00 sábado e domingo. Desconto de 50% para comerciários e estudantes. Teatro SESC Anchieta (344 lugares) telefone 256-2281. SESC Consolação

BANDA VIOLECTRA. Formada por músicos da Unicamp, a banda traz pa­ ra o Instrumental SESC Paulista o me­ lhor da música brasileira com tempero jazzístico. Eduardo Gomes no violino elétrico, Celso Valvassori no violão, Ricardo Cren no teclado, Marinho Pagano no baixo e Daniel Belô na bate­ ria. Dia 6 (segunda) às 18h30. Grátis. SESC Paulista

☆ ZÉ KETTI. No show Por Trás da Máscara Negra. Zé Ketti faz parte da elite de sambistas que já tiveram músi­ cas gravadas por grandes nomes como Cartola, Nara Leão e Nelson Cavaqui­ nho, entre outros. Uma das figuras mais significativas do samba carioca, traz em suas composições sambas on­ tológicos. Dia 5 (domingo) às 15h30. SESC Itaquera

ANIMAÇÃO

BATERIA DA NENÊ DE VILA MATILDE. Anuncia o Carnaval 1995. Samba, suor e cerveja não vão faltar. Imperdível. Dia 16 (quinta) às 20h. Grátis. SESC Consolação

GAROTO - 80 ANOS. O multi-instrumentista Aníbal Augusto Sardinha, conhecido por Garoto, serviu como es-

BATERIA DA LEANDRO DE ITAQUERA. Mostra a puisante alegria do Carnaval 1995. A zona leste da cidade vai dar uma prévia do que vai rolar na avenida. Dia 24 (sexta) às 20h. Grátis. SESC Consolação

Coordenação Executiva: Erivelto B. Garcia Assistentes Executivos: Malu Mala, Valter V. Sales F Supervisão Gráfica: Eron Silva Distribuição: Glenn Poleti Nunes Conselho de Redação e Programação Diretor: Danilo Santos de Miranda Ana Maria Cerqueira Leite, Andrea C. Bisatti, Araty Peroni, Célia Moreira dos Santos, Cissa Peralta, Cláudia Darakjian T. Prado, Cristina R. Madi, Dante Silvestre Neto, Erivelto Busto Garcia, Eron Silva, Estanislau da Silva Salles, Marco Aurélio da Silva,

Ivan Paulo Gianini, Jesus Vazquez Pereira, José de Paula Barbo­ sa, José Palma Bodra, Laura Maria C. Castanho, Luiz Alberto Santana Zakir, Malu Maia, Marcelo Salgado, Márcia M. Ferrarezi, Marta R. Colabone, Milton Soares de Souza, Paub José S. Ro­ drigues, Ricardo Muniz Fernandes, Roberto da Silva Barbosa, Ruy Matins de Godoy, Valter Vicente Sales Filho. SESC São Paulo - Av. Paulista, 119 - CEP 01311-000 tel. (011) 284-2111. Jornalista Responsável: Miguel de Almei­ da MT 14122. Em Cartaz é uma publicação do SESC de São Paulo, realizada pela MC Comunicação e N'Ativa Marketing

Diretor Responsável: Miguel de Almeida Editor Assistente: Sergio Crusco. Projeto Gráfico: Zélb Alves Pinto. Equipe de Arte: Leni Gaspar e Marcelo N. Ferreira. Revisão: Celisa Arena Colaborador: Wilson Ferreira Jr. Supervisão Editorial: Jesus Vazquez Pereira

ele será homenageado pelo maestro, arranjador e instrumentista José Mene­ zes, acompanhado por uma orquestra de cordas composta por 16 músicos. De 2 a 4 (quinta a sábado) às 21 h e dia 5 (domingo) às 20h. SESC Pompéia

☆ FLÁVIA PRANDO E LUIZ FERNANDO DUTRA. Formam um duo de violão e violino e vão executar con­ certo erudito com peças de Vivaldi, Haendel, Paganini e composições do brasileiro Edmundo Vilani Cortes no Instrumental SESC Paulista. Dia 20 (segunda) às 18h30. Grátis. SESC Paulista

SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO - SESC. Administração Regional no Estado de São Paulo Presidente: Abram Szajman Diretor Regional: Danilo Santos de Miranda Em Cartaz

Música cola e referência para os maiores músi­ cos brasileiros, de Tom Jobim a Baden Powell e Raphael Rabelo. Neste show

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Música

Música

EDWIN PITRE E SOM CARIBE. Durante os últimos 10 anos, o pana­ menho Edwin Pitre e a banda Som Caribe têm se apresentado em todo o Brasil mostrando a música da América Central e do Caribe. Pes­ quisando novas soluções musicais e trabalhando sempre com excelentes instrum entistas, Edwin Pitre é hoje um dos grandes divulgadores da música afro-caribenha. Dia 5 (do­ mingo) às 16h. Grátis. SESC Ipiranga

☆ ESPECIAL DE CARNAVAL. As atividades principais da programa­ ção de fevereiro estão centradas no período de 25 a 28. Para o público adulto desfilam grandes nomes da ve­ lha guarda do samba, grupos musi­ cais altamente reconhecidos na MPB, participação dos integrantes da esco­ la de samba que traduz um pouco da poesia da Zona Leste. As crianças não vão ficar fora da folia. Para elas está reservada uma série de atividades li­ gadas ao tema. Veja a programação. SESC Itaquera

JICA Y TURCÃO. Show do projeto Verão Latino de ritmos como a guarânia, galope e frevo, entre outros. Dia 5 (domingo) às 16h. SESC Pompéia

☆ GRUPO CLUSTER. No repertório, melodias carnavalescas de grandes compositores e intérpretes que marca­ ram o Carnaval, com roupagem atual e nova interpretação instrumental. Dia 12 (domingo) às 15h30. SESC Itaquera

☆ OS HERVILHAS IN CONSERV. Banda cover de reggae com repertório de Bob Marley a Cidade Negra, pas­ sando por UB 40, Peter Tosh e outros nomes do Recôncavo Jamaicano. Na bateria, Alexandre Caparroz (Professor Antena) e Fernando Taninha (Quarto Mundo); nos teclados, Gersão (Marisa Monte e outros); na guitarra free, Ales­ sandro Delicato (Professor Antena) e na guitarra base e vocais, Robs. Dia 12 (domingo) às 16h. Grátis. SESC Ipiranga

☆ TRÓPICOS IN CANTO. Com repertório que recupera clássicos do nosso cancioneiro tropical, a pequena notá­ vel Carmen Miranda será homenagea­ da na semana em que se comemora o seu nascimento, dia 9 de fevereiro. A apresentação terá o calor dos pandei­ ros para sambar e salsar. Direção artís­ tica de Carlos Takeshi. Com Ana Luísa Lacombe, Elza Gonçalves e Ivan Oliveira. Dia 4 (sábado) às 15h. Grátis. SESC Ipiranga

JOTAGÊ ALVES E MARCO BERNARDO. Jotagê ao clarinete e Marco Bernardo ao piano apresentam reper­ tório de Paulo Moura, Chiquinha Gonzaga e Luiz Americano a Villa Lobos, além de citações carnavalescas que marcaram época. Projeto Futebol, Carnaval & Cia. Dia 13 (segunda) às 20h. Grátis. SESC Consolação

Música FRANCISCO ARAÚJO & CON­ JUNTO. 0 violonista e compositor Francisco Araújo, acompanhado por Evaldo na flauta, Arnaldinho no cava­ quinho e Marcelo no pandeiro, mostra composições próprias e arranjos para compositores como Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira e Ernesto Naza­ reth, entre outros. Projeto Futebol, Carnaval & Cia. Dia 15 (quarta) às 20h. Grátis. SESC Consolação

☆ MAGALI GÉARA. Acompanhada por teclado, baixo e bateria, a cantora e letrista apresenta um panorama de 100 anos da música brasileira com seu re­ pertório de Ernesto Nazareth a Arnal­ do Antunes. Projeto Futebol, Carnaval & Cia. Dia 17 (sexta) às 20h. Grátis. SESC Consolação

☆ LEANDRO DE ITAQUERA. Na semana do Carnaval, apresentação da bateria de uma das grandes Escolas de Samba do grupo especial. Dia 18 (sá­ bado) às 15h. Grátis. SESC Ipiranga

☆ MAMOUR BÁ EM RITMOS AFRICANOS. As batidas do cora­ ção, a voz e os mais variados ritmos produzidos pelo corpo passam desper­ cebidos no dia a dia. Descobrir esses sons, é a proposta de trabalho do per­ cussionista, arranjador e bailarino senegalês Mamour Bá. Príncipe da tribo Peuls, uma das maiores do Senegal.

M em bros Efetivos: Aldo Minchillo, Antonio Funari Filho, Augusto da Silva Saraiva, Ayda Tereza Sonnesen s e r v iç o s o c ia l d o c o m é r c io

Conselho Reginal do SESC de São Paulo Presidente. Abram Szajman

Losso, Ivo Dall’Acqua Júnior, João Pereira G óes, José Santino de Lira Filho, Juljan Dieter Czapski, Luciano Figliolia, Manuel Henrique Farias Ramos, Mauro Mendes Garcia, Orlando Rodrigues, Paulo Fernandes Lucânia, Pedro Labate, Ursula Ruth Margarethe Heinrich. Suplentes: Airton Salvador Pellegrino, Alcides Bogus, Amadeu Castanheira, Fernando Soranz, Israel Guinsburg, João Herrera Martins, Jorge Lúcio de Moraes, Jorge Sarhan Salomão, José Maria de Fária, José Rocha Clemente, Ramez Gabriel, Roberto Mário Perosa Júnior, Walace Garroux Sampaio. Representantes junto ao C onselho Nacional. Efetivos: Abram Szajman, Aurélio Mendes de Oliveira, Raul Cocito. Suplentes: Olivier Mauro Viteli Carvalho, Sebastião Paulino da Costa, Manoel José Vieira de Moraes. Diretor do D epartam ento Regional: Danilo Santos de Miranda.


Música Mamour Bá está no Brasil há 13 anos, d esenvolvendo trab alh o com tam bores, im p rescin d ív eis na cultura africana, onde o ritm o é fundam ental. A través da m úsi­ ca, são fundidos princípios como educação, religião, equilíbrio e integração social. Neste show, o príncipe faz um passeio pela h is­ tória da m úsica africana até as expressões contem porâneas como o reggae e o rap. Dia 19 (dom in­ go) às 16h. Grátis. SESC Ipiranga

☆ MISTURA E MANDA. As influên­ cias musicais regionais como o xote, samba, maracatu, entre outras, serão reunidas nesta apresentação. A receita é valorizar a música brasileira, espe­ cialmente a do nordeste, mostrando os ritmos mais dançantes que marcam as festas carnavalescas. Dia 19 (domin­ go) às 15h30. SESC Itaquera

☆ BANDA PAU DE VENTO. Formado por instrumentos de sopro e per­ cussão, o grupo retoma a alegria das bandinhas de circo e coretos de antigamente, apresentando repertório variado de samba, maxixe e dobra­ dos. Programação do Projeto Futebol, Carnaval & Cia. Dia 20 (segunda) às 20h. Grátis. SESC Consolação

☆ GIL REYES TRIO. Ex-integrante do grupo Papavento, Gil Reyes atual­ mente trabalha como arranjador e instrumentista da cantora Cida Moreyra. O trio, formado por teclado, baixo e sopro, apresenta repertório variado de composições próprias, bossa nova, jazz e sambas. Programação do Projeto Futebol, Carnaval & Cia. Dia 22 (quarta) às 20h. Grátis. SESC Consolação

Música CHORO & GAFIEIRA. O espetácu­ lo musical e performático traz à cena músicas de Pixinguinha, Waldir Aze­ vedo e Custódio Mesquita. Projeto Fu­ tebol, Carnaval & Cia. Dia 23 (quinta) às 20h. Grátis. SESC Consolação

☆ CARNAVAL TROPICALIENTE. Oficina de fantasias com o tema dos Trópicos, utilizando pluma, pano, arame, plástico, isopor. Durante o trabalho, o banda Circo & Cia. estará ensaiando músicas e coreografias carnavalescas para se apresentar nas dependências da unidade. Dias 26 (domingo) e 28 (terça), às 14h, ofici­ na de fantasias. Às 16h, desfile da banda carnavalesca acompanhada por bloco formado pelas crianças das oficinas. Grátis. SESC Ipiranga

☆ CARNABRASIL. Homenagem à Unidos de São Miguel, uma das mais tradicionais Escolas de Samba da Zo­ na Leste. Para animar a festa dos pau­ listanos, a Escola traz a sua bateria nota dez, a ala das baianas, passistas e a dupla de mestre-sala e porta-ban­ deira. Tobias, ex-puxador da VaiVai, fecha o espetáculo. Dia 27 (se­ gunda) às 15h. SESC Itaquera

☆ BANDA QUEBRA GEREBA. Conhecido por sua versatilidade como compositor, Gereba apresenta o show Carnaforró. Com sua banda, traz um repertório de ritmos tipicamente brasi­ leiros: forró, rastapé, samba amarrado e frevo. Dia 28 (terça) às 15h30. SESC Itaquera

☆ GRUPO CHIBUIAQUI. Grupo foiclórico chileno, apresenta a riqueza das danças do norte, centro e sul do

Exposições Chile e da Ilha de Páscoa. Programa­ ção do projeto Verão Latino. Dia 12 (domingo) às 16h. SESC Pompéia

☆ GRUPO CUPUAÇU. Apresenta a Dança do Baralho. Dia 18 (sábado) às 13h. Grátis. SESC Pompéia

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I POSIÇÕES

AIRTON SOBREIRA. Mostra de gravura em metal. Estruturas gráficas criam o universo plástico do artista. Inauguração dia 9. De segunda a sexta das 10h às 19h. Até dia 2 de março. Galeria SESC Paulista

☆ FAZENDO CARNAVAL. A recriação do ambiente de um ateliê carnava­ lesco vai mostrar os passos seguidos para a criação de um desfile de Carna­ val na avenida. Fantasias, alegorias, samba-enredos e vídeos cedidos pelas Escolas de Samba Nenê de Vila Matil­ de, Leandro de Itaquera, Vai-Vai, Ro­ sas de Ouro e Unidos do Peruche. Dia­ riamente, programação de som am­ biente com samba-enredos antológi­ cos e marchas carnavalescas que mar­ caram época. De 16 a 28 das 14h às 21 h. Grátis. SESC Consolação


Cinema FOCO EM TRÂNSITO. Exposição do fotógrafo António Augusto Coelho Neto. 76 fotos mostram como vivem os habitantes das cidades de Londres, Lisboa. Madri, Barcelona, Paris, Bru­ xelas, Amsterdam, Berlim, Viena, Budapeste, Roma, Milão, Toronto e Nova Iorque. Abertura dia 20 (sexta) às 19h30. Até 28. Espaço de Exposi­ ções. Grátis. SESC São Caetano

Vídeo Direção de Mirko Panov. Sessões às 14h, 16h30, 19h e 21h30. CINESESC

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I N E

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ARQUITETURA E DESTRUIÇÃO. Produzido a partir de documentários cinematográficos e fotográficos, o fil­ me mostra a estética do nazismo e a pretensão de se construir um “mundo resplandecente de beleza” para com­ pensar a degeneração provocada pela miscigenação. Os parâmetros políticos tradicionais foram deixados de lado e o filme mostra a estética como força motivadora dessa transformação atra­ vés da violência. Direção de Peter Co­ hen. No programa, exibição do curtametragem Mãos Para O Alto, premia­ do com a Palma de Ouro, no Festival de Cannes/91. Produção da Polônia.

tos dei Espejo - México - Tomo II às 1 lh. Dias 18 e 19 Los Cuentos Del Es­ pejo - México - Tomo III às 1lh. SESC Pompéia

☆ SÉRIE HISTÓRICA. Programação especial do projeto Verão Latino: Dia 7 Viva México às 15h e 17h30. Dia 14 Brascuba às 16 e 18h. Dia 21 Nuestro Apu - Condor às 15h, 17h e 19h30. Dia 28 Muda Brasil às 14h e 16h. SESC Pompéia

☆ POR TI, AMÉRICA. Verão Latino com exposição fotográfica de 50 fotos, de Vidai Cavalcante. Repórter foto­ gráfico da grande imprensa, revela os contrastes da América Latina, o povo, a política e a beleza natural dos 20 paí­ ses que registrou em 17 anos de traba­ lho. Até 5 de março. SESC Pompéia

Esportes

D E O SÉRIE DANÇA E MÚSICA. Pro­ gramação especial do projeto Verão Latino: Dia Io Tango Session’s às 18h e 19h. Dia 2 Balé Nacional de Cara­ cas às 15h e 18h e Wilfrido Vargas e Las Chicas Del Can às 15h30 e 18h30. Dia 3 Mercedes Sosa às 15h e 19h. Dia 8 Zulma Yugar às 18h. Dia 9 Yma Sumac às 15h e 18h. Dia 10 Danças e Rituais do Cambomblé às 15h e 19h. Na seqüência será exibido Eh! Boi: Bumba meu Boi do Maranhão. Dia 15 Ballet Folklorico Municipal de Arica às 18h e 19h. Dia 16 Libertad Lamarque às 15h e 18h. Dia 17 Raices de América: Dulce America às 15h, 17h e 19h. Dia 22 Cantos dos Andes: Soledad Bravo e Tania Libertad às 16h e 18h. Dia 23 Sávia Andina: Música Folclórica Boliviana às 15h e 18h. Dia 24 El Vogan Del Caribe - Irakere e Concierto Maggie en Vivo - Luis No­ dal Los Van Van às 14 e 17h30. Dia 25 Miriam Makeba às 11h e 15h. Dia 26 Pablo Milanes - Con­ cierto 21 às 11h e 15h. Dia 27 Célia Cruz e B rasil/Puro Sabor às 1lh e 15h. SESC Pompéia

☆ SÉRIE INFANTIL. Programação es­ pecial do projeto Verão Latino: Dias 4 e 5 Los Eventos dei Espejo - México Tomo I às 1lh. Dias 11 e 12 Los Cuen-

☆ YARA BERNETTE, MERGULHADA NA MÚSICA. De Lucila Meirelles. Reflexão poética sobre a vida e a obra da pianista Yara Bernette. Ga­ nhador do Troféu Sol de Prata no Riocine 94, por melhor abordagem de per­ sonagem e dois troféus Coxiponés na 11 Mostra de Cinema e Vídeo de Cuia­ bá, por melhor direção pelo júri e me­ lhor vídeo pelo público. Yara Bernette é paulista, radicada desde 1972 na Alemanha, catedrática da Escola Su­ perior de Música de Hamburgo. De 13 a 17 às 20h, 20h30e21h. Grátis. SESC Pinheiros

m PORTES

COPA SÃO PAULO DE VÔLEI DE AREIA. As duplas que disputam o Troféu Montanaro estarão passando, este mês, pela fase de classificação. Dias 5, 12 e 19 (domingos) às 10h. SESC Itaquera


Esportes ESPORTEMPRESA. Setor especiali­ zado em assessorar e desenvolver pro­ gramações esportivas e recreativas, com a finalidade de promover a inte­ gração entre as empresas comerciais e seus funcionários. Atividades como torneios e campeonatos (organização e realização), locação de quadras para bate-bola e recreação, reserva de qua­ dras para intercâmbio de empresas e promoções especiais para facilitar o acesso das empresas a outros eventos da unidade. SESC Pompéia

☆ FUTEBOL: PAIXÃO NACIONAL. Torneios relâmpagos organizados pe­ los técnicos do SESC. Participe na tor­ cida ou no campo com a bola no pé. Acima de 14 anos. Sábados e domin­ gos às 9h. Campo de futebol. Grátis. SESC Interlagos

☆ FUTEBOL, CARNAVAL & CIA. Visa a integração entre empresas de vários segmentos do comércio. Modalidades: futsal e truco. E apresentações musi­ cais. Segundas, quartas e sextas. Início dia 6 às 19h. Ginásio Verde e Ver­ melho. SESC Consolação

Caminhadas JOGOS INFORMAIS. Empresas que estarão desenvolvendo atividades es­ portivas durante este mês: White Mar­ tins, Grupo Oesp, Rankar, Liceu de Ar­ tes e Ofícios, Casa São Benedito, McDonalds, Gentil Moreira, Pão de Açúcar, Etep, Nemofeffer e Fundação Pró Sangue. SESC Pompéia

VIII TORNEIO SESC DE PEGADORES DE BOLA. Aberto a meninos e meninas, pegadores de bola de clubes e academias da cidade. Categorias de 10, 12, 14, 16 e 18 anos. Até dia 5. De quarta à sexta às 9h e sábado e domin­ go às 13h. Grátis. TENISESC

☆ IV CAMPEONATO DE FUTSAL CYRELLA. As equipes finalistas estarão em campo para a grande decisão. Dia 3 a partir das 19h. Ginásio Vermelho. SESC Consolação

CAMINHA

FUTSAL FRALDINHA. Jovens e adultos poderão prestigiar garotos de 4 a 6 anos de idade durante os seus jogos de exibição. Para a apresentação foram escaladas quatro equipes. Dia 11 (do­ mingo) às 1Oh. SESC Itaquera

FUTSAL FEMININO. A garra e a arte das mulheres poderão ser conferidas na apresentação das duas equipes femi­ ninas escaladas. Dia 18 às 1Oh. SESC Itaquera

GINASTICAI

VOLUNTA

Ginástica Voluntária

CLUBE DA CAMINHADA. Percur­ so pelas trilhas e bosques da unidade, onde o enfoque será a postura correta na caminhada e nas atividades do coti­ diano. Ponto de encontro no Recanto Infantil. Inscrições no Setor de Infor­ mações. Aos domingos às 10h. Grátis. SESC Interlagos 6

Novo método, mais prazeroso e parti­ cipativo, de fazer ginástica de acordo com o ritmo e as condições físicas de cada um. A cada mês, temas diferen­ tes sobre atividade física, saúde e bem-estar. Informe-se na unidade do SESC mais próxima sobre vagas e condições. SESC Carmo - Segundas e quartas às 8h, 12h, 17h, 18h 10 e 19hl0. Terças e quintas às 8h, 12h, 17h, 18hl0e 19hl0. R$ 5,00 (comerciário matric.) e R$ 10 , 0 0 .

SESC Consolação - De segunda a sá­ bado a partir das 9h 15. Duas aulas se­ manais, R$ 9,00 (comerciário matric.) e R$ 18,00. R$ 6,75 (comerciário ma­ tric.) e R$ 13,50 para uma aula semaSESC Interlagos - Aulas abertas orientadas pelos técnicos da unidade. Dias 5 e 19 (domingos) às 10:30h, no Jatobar. Grátis. SESC Itaquera - Os ritmos que carac­ terizam o carnaval de várias regiões do Brasil serão lembrados em sessões de aulas práticas. Dia 25, Samba e Reg­ gae. Dia 26, Forró e Frevo. Dia 28, O Grupo Omó Ilú Aiyê ensina os movi­ mentos do Axé Music. SESC Pinheiros - Segundas e quartas ou terças e quintas das 7h às 20h30. R$ 9,00 (comerciário matric.) e R$ 18,00 (usuário matric.). Sextas das 7h às 17h30 e sábados às 8h30. R$ 6,75 (co­ merciário matric.) e R$ 13,50 (usuário matric.). SESC Pompéia - De terça a sexta, ma­ nhã e tarde. R$ 4,50 (comerciário ma­ tric.) e R$ 9,00 (usuário). Ginástica Voluntária I. Aulas de 50 minutos, duas vezes por semana, nos períodos


Ginástica Voluntária manhã, tarde e noite. A partir de 15 anos. R$ 9,00 (comerciário matric.) e R$ 18,00 (usuário). Ginástica Voluntá­ ria DL Aulas de 80 minutos, aos sába­ dos. A partir de 15 anos. Horários 9h30, llh , 14h e 15h30. R$ 6,75 (co­ merciário matric.) e R$ 13,50 (usuário). TENISESC - Duas aulas por semana, às segundas e quartas ou terças e quin­ tas. São 14 turmas ao todo, distribuí­ das nos períodos da manhã, tarde e noite. Fevereiro prossegue com o tema Atividades Aeróbicas, caminhadas, corrida, ciclismo e natação, entre ou­ tras. R$ 9,50 (comerciário matric.), R$ 16,00 (usuário matric.) e R$ 18,00.

Recreação ca e dança e dos hábitos cotidianos. Atividades noturnas nas salas e no deck. Início dia Io. SESC Pompéia ESPECIAL DE CARNAVAL. A gi nástica voluntária traz para as aulas os ritmos carnavalescos, desde a antiga marchinha até o contagiante axé da Bahia. De 20 a 23. Turmas nos perío­ dos da manhã, tarde e noite. TENISESC

☆ COR-AÇÃO. O tema deste ano está ligado à magia do Carnaval, manifes­ tação popular marcada por muita cor, brilho e movimento das fantasias e dos fantasiados. As aulas de Ginásti­ ca Voluntária, explorando este tema, abordarão o sistema perceptivo e as­ pectos da hidratação. SESC Pinheiros

☆ ATIVIDADE FÍSICA E VERÃO. Os cuidados com a alimentação, ves­ tuário e os exercícios mais adequados para a estação. Aulas integradas ao projeto Verão Latino através da músi­

sentação da carteira de matricula atua­ lizada e trajes adequados. O material esportivo é fornecido pela unidade. Vôlei e basquete, de segunda a quinta das 17h às 19h; sexta das 17h às 21h30 e sábado das 13hl5 às 17h30. Futsal, sábado das 14h às 17h30. Tê­ nis de mesa, sábado das 14h às 17h.

☆ VERÃO LATINO. Continuidade da programação especial de verão. Abor­ da a latinidade e a integração cultural do Brasil com os outros países da Amé­ rica Latina, a relação dos povos latinos com o sol, seus hábitos cotidianos, mi­ tos e lendas. Oficinas de artes plásticas ao ar livre, aulas abertas de ritmos la­ tinos, shows musicais, danças folclóri­ cas, ciclo de vídeo, Rádio Caliente, be­ bidas e comidas típicas, atividades es­ peciais para crianças, adolescentes e terceira idade. Veja a programação. SESC Pompéia

TEMAS DO MES CARNAVAL. A partir da memória corporal, os participantes serão convi­ dados a criar um painel de movimen­ tos que expressem a força e a sedução que a mais famosa festa popular exer­ ce sobre todos os povos. Através de uma viagem no tempo, passos, movi­ mentos e agitação das famosas marchinhas de Carnaval serão relembra­ das desde Ó Abre Alas, de Chiquinha Gonzaga, até a axé-music, de Daniela Mercury. Dia 25 (sábado) às 15h no Jatobar. Grátis. SESC Interlagos

Recreação

☆ RECREAÇÃO AQUATICA. Pisci­ na grande, de segunda a sexta das 9hl5 às 21h, sábados e feriados das 9hl5 às 17h30. Piscina pequena, ter­ ças e quartas das 12h às 13h; terças e quintas das 15h30 às 16h30; sextas das 13h às 14h; sábados das 13h30 às 17h30 e feriados das 9hl5 às 17h30. SESC Consolação

☆ RECREAÇÃO ESPORTIVA. Para o desenvolvimento espontâneo e agradá­ vel do ser humano em seus momentos de lazer, com objetivo de satisfazer as necessidades fundamentais de sociali­ zação, expressão e renovação de ener­ gias para melhorar a qualidade de vida. SESC Pompéia - Recreação esportiva orientada em basquete, futsal, tênis de mesa e vôlei. De terça a sexta das 17h às 21h30. Sábado, domingo e feriado das 9h30 às 17h30. Ginásio Outono. Obrigatória apresentação da carteira de matrícula atualizada. SESC Consolação - Obrigatória apre­

A ARTE DE CONVIVER BEM. Através de performances e interven­ ções cênicas, o público será convidado a uma reflexão sobre o comportamen­ to e as regras de convívio social nos dias de hoje. Serão enfocados temas como: respeito ao espaço coletivo, há­ bitos de cordialidade, apropriações in­ devidas de objetos, formas corretas de se dirigir às pessoas, inconveniências geradas pelo consumo desregrado de bebidas alcoólicas, brincadeiras politi­ camente incorretas e até mesmo o fa­ moso jeitinho brasileiro. Dias 5, 12 e 19 (domingos) às 14h. SESC Interlagos

☆ BUMERANGUE. Coloridos e diver­ tidos, o vai e vem dos bumerangues exerce grande fascínio. Demonstra­ ção, aula aberta e oficina de confec­ ção. Dias 11 (sábado) e 12 (domingo) às 14h. Grátis. SESC Ipiranga


Recreação

Cursos

Utilizado também para defesa pes­ soal. A partir de 15 anos. Quarta e sexta às 20h, R$ 10,00 (comerciário matric.) e R$ 20,00 (usuário). De 7 a 49 anos. R$ 8,00 (comerciário ma­ tric.) e R$ 16,00 (usuário), aos do­ mingo às 14h. SESC Pompéia

CONTADORA DE HISTÓRIAS. Histórias de Gabriel García Marquez e Jorge Luiz Borges, contadas pela atriz Sandra Vargas, do Grupo Sobrevento. Programação do Projeto Verão Latino. Dia 19 às 16h. SESC Pompéia

☆ BRINCANDO O CARNAVAL. Atividade física e de animação através de circuito de exercícios de resistência muscular localizada, alongamento, percussão corporal, momentos para criações alegóricas e vivências com ritmos característicos dos Estados de Pernambuco, Maranhão, Bahia e Rio de Janeiro. Dias 21 e 22 às 19h. Parti­ cipação exclusiva dos alunos dos cur­ sos esportivos da unidade. SESC Consolação

☆ BAILE DE CARNAVAL. Boa música ao vivo vai garantir a animação. Dia 23 às 16h. Retirada antecipada de convites dia 20, a partir das 10h. SESC Carmo

ATIVIDADES ESPORTIVAS

JUDÔ. Técnicas e táticas que estimu­ lam os movimentos provocando ações de forma harmônica. Coordenação de Douglas Vieira, formado em Educa­ ção Física pela USP e medalha de pra­ ta na Olimpíada de Los Angeles. 25 vagas por turma. Terças e quintas às 20h30 e sábados às 10h30. R$ 14,00 (comerciário matric.) e R$ 28,00. SESC Consolação

KARATÊ. Há milhares de anos, em algum ponto do Oriente, quando o homem era escravizado pelo ho­ mem, surge o karatê, uma arte onde imperam a inteligência, a força e a sagacidade. Iniciação e desenvolvi­ mento dos fundamentos da modali­ dade para o equilíbrio e defesa pes­ soal. Sua prática desenvolve autodisciplina, agilidade e concentração. SESC São Caetano - Segunda e quarta às 18h. SESC Carmo - Quartas e sextas às 20hl0. R$ 6,50 (comerciário matric.) e R$ 13,00.

☆ CARNAVALEANDO. Em fevereiro tem Carnaval, calor, sol, piscina e uma grande gincana que vai agitar o Parque Aquático com jogos e brincadeiras. Dia 27 (segunda) às 1lh. Grátis. SESC Interlagos

NATAÇÃO. O mais completo dos esportes. Nados crawl e costas, nível I (iniciação) e nível II (aperfeiçoa­ mento) com duração de 1 a 4 meses cada nível. 25 vagas por turma no Nível I e 15 vagas por turma no Ní­ vel II. Segundas e quartas às 10h, 17h30, 19h30 e 20h30. Terças e quintas às 12h 15, 17h30, 18h30, 19h30 e 20h30. Sextas às 10h, 17h30, 18h30, 19h30 e 20h30 e sába­ dos às 9h 15, 10h 15 e 12hl5. Duas aulas semanais, R$ 14,00 (comerciá­ rio matric.) e R$ 28,00. R$9,00 (co­ merciário matric.) e R$ 18,00 para uma aula semanal. SESC Consolação

☆ RÁDIO BOLHA E OS ANTIGOS CARNAVAIS. De grão em grão a Rá­ dio Bolha abre o bico e solta a franga neste Carnaval. Você vai saber como surgiu e evoluiu o nosso Carnaval, além de sambar ao som das marchinhas e samba-enredos que marcaram época e deixaram saudade. Dias 25, 26, 27 e 28 a partir das 1 lh, no Parque Aquático. Grátis. SESC Interlagos

Cursos

KUNG EU. Arte marcial chinesa que procura desenvolver força, velocida­ de, precisão e coordenação nos mo­ vimentos de braços e pernas. 8

VÔLEI E BASQUETE. Aprendizado e aperfeiçoamento dos fundamentos básicos e técnicas e táticas elementares do jogo. 30 vagas por turma. Segundas e quartas, basquete às 19h e vôlei às 20h30. Terças e quintas, vôlei às 19h e 20h30 e sábados às 10h e 1lh30. Duas aulas semanais R$ 9,00 (comerciário matriculado.) e R$ 18.00. R$ 6,75 (co­ merciário matric.) e R$ 13,50 para uma aula semanal. SESC Consolação

☆ VÔLEI. Iniciação. O curso abrange o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos fundamentos básicos, técnicas e táticas da modalidade, para se atingir a dinâmica do jogo. De 15 a 49 anos. Terça e quinta às 15h. Quarta e sexta às 18h30. R$ 9,00 (comerciário ma­ tric.) e R$ 18,00 (usuário). SESC Pompéia


Cursos INICIAÇÃO AO TÊNIS. A partir de 1995 os cursos de tênis vão adotar novo sistema de inscrição e matrícu­ la. Com duração de 3 meses e aulas 1 ou 2 vezes por semana, terão início dia 2. Preço total do curso a partir de R$ 58,00 (comerciário matric.). TENISESC

☆ ESCOLINHA DE TÊN IS. D uração de 5 meses. Início das aulas dia 7. R$ 26,00 (comerciário matric.), R$ 30,00 (usuário matric.), R$ 38,00. TENISESC

DANÇA & EXPRESSÃO CORPORAL

ALONGAMENTO E CONSCIÊN­ CIA CORPORAL. Trabalho corpo­ ral onde, através de exercícios de coordenação motora, relaxamento e noções básicas de massagem, busca-se uma integração plena entre corpo e mente. De 15 a 49 anos. Quarta e sex­ ta às 8h30. R$ 13,00 (comerciário ma­ tric.) e R$ 26,00 (usuário). SESC Pompéia

☆ BIOENERGÉTICA. Técnica que trabalha os processos energéticos do corpo, através de exercícios de relaxa­ mento, concentração e sensibilização. Procura estimular a autoconfiança e a autoestima. Coordenação de Carmen Nisticó e Ivanilde Sampaio. Segundas das 7h30 às 9h. R$ 13,00 (comerciário matric.) e R$ 15,00. SESC São Caetano

☆ CAPOEIRA. Arte de origem afro-bra­ sileira que desenvolve o autoconhecimento, o domínio da mente, o desenvol­ vimento físico e a expressão corporal. SESC Carmo - Terças e quintas às

Cursos 20hl0. R$ 6,50 (comerciário matric.) e R$ 13,00. SESC São Caetano - Terças e quintas às 18h e às 20h40. Sábados às llh . SESC Pinheiros - Terças e quintas às 20h. R$ 17,82 (comerciário matric.) e R$ 35,64 (usuário matric.). Sábados às 10h. R$ 15,11 (comerciário matric.) e R$ 30,22 (usuário matric.).

☆ DANÇA-JAZZ. Desperta harmonio­ samente a criatividade, a sociabiliza­ ção e a desinibição através da expressi­ vidade corporal. Desenvolve o ritmo, cadencia os movimentos e favorece o autocontrole físico, motor e psicológi­ co. Coordenação de Débora Banheti. Segundas e quartas às 20h40. R$ 7,00 (comerciário matric.) e R$ 13,00. SESC São Caetano

☆ DANÇA AFRO-BRASILEIRA. Aulas práticas baseadas nos elementos que com­ põem a dança negra primitiva e contempoSESC Carmo - Segundas e quartas às 19h30. R$ 6,50 (comerciário matric.) e R$ 13,00. SESC Pompéia - De 15 a 49 anos. Terça e quinta às 18h30, R$ 10,00 (comerciário matric.) e R$ 20,00 (usuário). R$ 6,50 (co­ merciário matric.) e R$ 13,00 (usuário), aos sábados às 13h30.

☆ DANÇA DE SALÃO. Aprendizado e prática de ritmos de salão: mambo, tan­ go, lambada, bolero, valsa, salsa, rock, cha-cha-cha, rumba e samba. SESC Consolação - Coordenação de Simone Suga Benites, formada em Dança pela Unicamp. 30 vagas por turma. Segundas às 20h e quar­ tas às 20h30. R$ 7,50 (comerciário matric.) e R$ 15,00. SESC Carmo - Terças às 19h00. Quartas às 19h30. Terças e quintas às 12h e 13h e sextas às 18h e 19h30. R$ 6,50 (comerciário matriculado) e R$ 13,00 (usuário).

Cursos SESC Pinheiros - Sextas às 20h e sá­ bados às 15h30. R$ 12,84 (comerciá­ rio matric.) e R$ 25,68 (usuário).

☆ DANÇA DO VENTRE. Aulas práticas de uma das danças mais sensuais, que despertam os sentidos do corpo e conduzem à melhoria da saúde através dos movimentos rítmicos da pélvis. SESC São Caetano - Sábados às 9h30. SESC Carmo - Sextas às 12h, 17h, 18hl0 e 19h30. R$ 6,50 (comerciários matric.) e R$ 13,00. SESC Pinheiros - Coordenação de Luciana Lambert. Sábados às 10h. R$ 12,84 (comerciário matric.) e R$ 25,68 (usuário matric.). SESC Consolação - Coordenação de Marize Piva, formada em Dança pela Unicamp e com aperfeiçoamento na Escola Peter Gross de Paris. 30 vagas por turma. Sextas às 19h30. Sábados às 14h e 15h30. R$ 12,00 (comerciário matric.) e R$ 24,00.

☆ DANÇA FLAMENCA. Forma de expressão que surgiu através da mes­ cla de diferentes povos, árabes, ciga­ nos, judeus e andaluzes. Conquistou o público brasileiro pela força de ex­ pressão e seus ritmos envolventes. SESC Pinheiros - Coordenação de Andréa Guelpa. Sextas às 20h. R$ 12,84 (comerciário matric.) e R$ 25,68 (usuário matric.). SESC Consolação - Coordenação de Georgia Gugliotta, do grupo Raies Kompanhia de Teatro, Dança e Arte Flamenca. 30 vagas por turma. Se­ gundas às 17h30. Quartas às 12hl5 e sábados às 12h. R$ 12,00 (comerciá­ rio matric.) e R$ 24,00.

☆ DANÇA INDIANA. Une poesia, drama e mímica. Coordenação de Jú­ lio Fernandes. Sextas às 18h e 20h. R$ 17,00 (com erciário m atric.) e R$ 34,00 (usuário m atric.). SESC Pinheiros


Cursos DANÇA NEGRA CONTEMPOR­ NEA. Novas técnicas sobre a cultura negro-africana no Brasil. Aula com percussão ao vivo. Coordenação do professor Pitanga. Sextas às 20h. R$ 12,84 (comerciário matric.) e R$ 25,68 (usuário matric.). SESC Pinheiros

Cursos TAEKWON-DO. Segundas e quartas às 9h e 10h. Terças e quintas às 15h, 16h e 18h30. Sextas às 16h e sábados às 8h e 10h. 1 aula semanal, R$ 12,84 (comerciário matric.) e 25,68 (usuá­ rio matric.). Duas aulas semanais, R$ 17,82 (com erciário m atric.) e R$ 35,64 (usuário matric.). SESC Pinheiros

☆ DANÇA. Curso voltado para o desen­ volvimento das potencialidades expres­ sivas e motoras, através das técnicas da dança moderna, balé clássico, jazz e improvisação. SESC Consolação - 25 vagas por tur­ ma. Terças e quintas às 18h, 19h e 20h. Sábados às 1Oh e 11 h. Duas aulas se­ manais, R$ 9,00 (comerciário matric.) e R$ 18,00. R$ 6,75 (comerciário ma­ tric.) e R$ 13,50 para uma aula semanal. SESC Pinheiros - Segundas e quartas às 12h20, 14h e 19h. Terça e quinta às 12H20 e 19h30. R$ 9,00 (comerciário matric.) e R$ 18,00 (usuário matric.). SESC Carmo - Terças e quintas às 18h 10 e 19h30. R$ 5,00 (comerciários matric.) e R$ 10,00. SESC Pompéia - Terças e quintas, das 19h30 às 20h20. R$ 9,00 (comerciário matric.) e R$ 18,00 (usuário). Sábados, 9h30 às 10H50 e 1lh às 12h20. R$ 6,75 (comerciário matric.) R$ 13,50 (usuário).

☆ GAFIEIRA. Aulas práticas do samba das Gafieiras do Rio de Janeiro dos anos 30. Segundas às 19h30. R$ 6,50 (comerciário matric) e R$ 13,00. SESC Carmo

☆ HIDROGINÁSTICA. Atividade físi­ ca de menor impacto das articulações, aumento da resistência muscular e aeróbica. Exercícios aeróbicos, ativida­ des lúdicas, jogos, alongamento e rela­ xamento, desenvolvidos na piscina. 25 vagas por turma. Terças e quintas às 9hl5 e sextas às 12hl5 e 16h30. R$ 9,00 (comerciário matric.) e R$ 18,00. SESC Consolação

TAI-CHI-CHUAN. Arte marcial chinesa. Movimentos suaves, apresentam-se como uma dança, esboçando o curso natural das energias no corpo humano. Também é uma técnica de lu­ ta, que visa neutralizar e usar a força do agressor contra ele mesmo. Exercí­ cios respiratórios, alongamento, medi­ tação, relaxamento e automassagem. SESC Consolação - Coordenação de Jair Diniz, formado pela Associação Brasileira de Tai-Chi-Chuan e Cultura Oriental. 30 vagas por turma. Terças e quintas às 10h30 e 14h e sábados às 9h30. R$ 10,00 (comerciário matric.) e R$ 20,00. SESC São Caetano - Coordenação de Marcos Horneaux. Quartas e sextas às 7h30. Terças e quintas às 20h. R$ 13,00 (com erciário matric.) e R$ 15,00. SESC Pompéia - Acima de 15 anos. Terças e quintas às 8h20, 18h20 e 19h30. R$ 10,00 (comerciário matric.) e R$ 20,00 (usuário). SESC Carmo - Segundas e quartas às 15h e 18h30. R$ 6,50 (comerciário matric.) e R$ 13,00.

Cursos Yoga. Acima de 15 anos. Terças e quintas às 8h30. 9h30, 10h30, 15h, 16h e 20h30. R$ 10,00 (comerciário matric.) e R$ 20,00 (usuário). TENISESC - Coordenação de Marimá Pery Alves Campos. Terças e quintas às 17h e 18h. Quintas às 6h45. R$ 11,00 (comerciário ma­ tric.) e R$ 18,00. SESC Pinheiros - Segundas e quar­ tas às 18h30 e 19h30. Terças e quintas às 8h30 e 9h30. R$ 9,00 (com erciário matric.) e R$ 18,00 (usuário matric.). Sextas às 17h30 e 19h. R$ 6,75 (comerciário matric.) e R$ 13,50 (usuário matric.). SESC Consolação - Técnica do Hatha-yoga. Coordenação de Odete Santa­ na, especializada em Yoga pela União Nacional de Yoga. Paola Di Roberto, formada em Psicologia. Júlio Sérgio Dias Fernandes, especializado por cur­ sos nos E.U.A. e na índia. 30 vagas por turma. Segundas e quartas às 18h, 19h e 20h e terças e quintas às 9h. R$ 9,00 (comerciário matric.) e R$ 18,00.

ARTES

AQUARELA. Técnicas, procedimen­ tos, materiais e aplicações. Coordena­ ção de Wilmar Gomes de Souza, artis­ ta plástico e arte-educador. Início dia Io. Segundas e quartas das 19h às 21h. e sextas das 14h às 17h. Sala de Ofici­ nas. 25 vagas. R$ 20,00 (comerciário matric.) e R$ 25,00. SESC São Caetano

☆ YOGA. Mente e corpo se unem atra­ vés de exercícios respiratórios e de relaxamento, prática de meditação e alongamento, segundo filosofia oriental. SESC São Caetano - Coordenação de Rosires Martins. Segundas às 20h e sextas às 8h30. R$ 13,00 (comerciário matric.) e R$ 15,00.. SESC Carmo - Segundas e quartas às 9h30 e 11h. Terças e quintas às 9h. R$ 6,50 (comerciário matric.) e R$ 13,00. SESC Pompéia - Técnica do Hatha10

ATELIÊS ESPECIAIS DE CARNAVAL. Culminarão com apresenta­ ção de desfile de blocos carnavales­ cos nos dias 26 e 28: Canto. Pesquisa de repertório, prepa­ ração técnica, ensaios e arranjos vo­ cais para o desfile. Até dia 15, terças e quartas das 19h às 22h. 20 vagas. A partir de 14 anos. Construção de instrumentos. De ori­ gem latino-americana como pinqui-


Cursos lhos, zamponhas, ocarinas e percus­ são. Dias 4, 5, 11, 12, 18, 19 (sábados e domingos) das 13h às 17h. 15 vagas. A partir de 10 anos. Expressão Corporal. Dirigida à pre­ paração coreográfica dos blocos da unidade. Coordenação de Pamela Dun­ can. Até dia 17, terças e sextas das 19h às 22h. 25 vagas. A partir de 14 anos. Fantasias e Adereços. Pintura em te­ cido e confecção. Coordenação de Vi­ vian Braga. Dia 18 das 9h às 12h e das 13h às 17h. Dia 19 (domingo) das 9h às 12h e das 13h às 17h. 20 vagas por turma. A partir de 14 anos. Máscaras. Técnica de papel machê, modelagem, pintura e adereços. Coor­ denação de Viviam Braga. Dias 4 e 11 (sábados) das 9h às 12h e das 14h às 17. Dias 5 e 12 (domingos) das 9h às 12h e das 14h às 17h. 15 vagas por tur­ ma. A partir de 10 anos. Pintura para maquiagem. Produção de tintas para maquiagem de Carnaval. Coordenação de Laedir Antonio. Dia 18 (sábado) das 13h às 17h. Dia 19 (domingo) das 13h às 17h. 25 vagas por turma. A partir de 10 anos. SESC Pompéia

☆ CERAMICA. Modelagem em argila através de técnicas básicas. Iniciação em torno, esmaltação e escultura. Coordenação do ceramista Oey Eng Goan. Terças das 14h30 às 17h30. Quartas e quintas das 14h30 às 17h30 e das 19h às 22h. Sextas das 19h às 22h. 15 vagas. A partir de 14 anos. SESC Pompéia

☆ CERAMICA - ESMALTAÇÃO. Técnica de esmaltação de baixa temperatu­ ra. Sextas das 19h às 22h. 6 vagas. A partir de 14 anos. SESC Pompéia

☆ ENCADERNAÇÃO. São abordados diferentes tipos de encadernação, com destaque para a encadernação artísti­

Cursos ca, história do papel e da encaderna­ ção e formas de preservação. Coorde­ nação de Neusa Harumi Nagata. Quar­ tas das 14h30 às 17h30 e das 19h às 22h Sextas das 14h30 às 17h30 e das 19h às 22h. 10 vagas. A partir de 15 anos. Início dia 4. SESC Pompéia

☆ HISTÓRIA EM QUADRINHOS. O desenho e suas funções nas artes gráfi­ cas. Criação, roteiro, diálogos, perso­ nagens, cenários, tiras, humor, cartuns e charge. Coordenação do desenhista e ilustrador Carlos Alberto Ferreira Gau. Quartas das 19h às 22h. Sábados das 10h às 13h. 20 vagas. A partir de 12 anos. SESC Pompéia

☆ INTEGRAÇAO DAS NAÇOES. Atividades de encerramento da pro­ gramação especial Verão Latino: aulas abertas de ritmos latinos, oficinas abertas de artes, apresentação de gru­ pos típicos, animação com banda mu­ sical interpretando ritmos populares do Brasil e dos outros países da Amé­ rica Latina, desfile pela Rua Central e Deck Solarium dos integrantes das oficinas carnavalescas de adereços, máscaras, fantasias, expressão corpo­ ral, confecção de instrumentos, canto e dança numa grande festa para cele­ brar a união dos povos latinos através das artes. Dias 25, 26, 27 e 28 a partir das 10h. Grátis. SESC Pompéia

Cursos MARCENARIA. Aulas práticas em oficina devidamente equipada. Curso básico de utilização de máquinas e fer­ ramentas, tipos de madeira, uso e pos­ sibilidades, noções de marcenaria, execução de projetos individuais. Coordenação de Arlindo Gomes, ter­ ças e quartas das 18h às 20h e das 20h às 22h. Coordenação de Dario Fonzar, terças e quartas das 13h às 15h30 e das 15h30 às 18h. Coordenação de Fer­ nando Abrahão, sextas das 15h30 às 18h e das 19h às 21h30. 10 vagas. A partir de 18 anos. Início dia Io. SESC Pompéia

☆ MARCHETARIA. Aulas práticas. Desenvolve os princípios da arte mi­ lenar de incrustar folhas de madeira de cores diferentes em peças de mar­ cenaria, formando desenhos, através de diversas técnicas como: corte com estilete, sistema de janelas, gabarito e múltiplas folhas. Coordenação de Sérgio Mendes. Terças das 16h às 18h e das 19h às 21h. 10 vagas. A partir de 15 anos. SESC Pompéia

☆ MÁSCARAS. Através de sucatas e técnicas de empapelamento, desperta­ rá a sensibilidade e a criatividade ar­ tísticas chegando à criação de perso­ nagens. Coordenação de Neusa de Souza, artesã e pesquisadora do fol­ clore brasileiro. Dias 7, 10, 14 e 17 (terças e sextas) das 17h30 às 20h30. Sala de Oficinas. 30 vagas. R$ 9,00 (comerciário matric.) e R$ 10,00. SESC São Caetano

☆ MANEQUIM. Envolve os principais conceitos de moda, teoria e prática de noções básicas de postura, maquiagem e etiqueta. Coordenação de Káthya Muller (maquiagem), Beá Reali (pro­ dução) e Rose Fischer (etiqueta). Dias 11 e 18 (sábados) das 8h às llh . Sala de Atividades Físicas. 30 vagas. R$ 4,50 (comerciário matric.) e R$ 5,00. SESC São Caetano

MODELAGEM ARTÍSTICA. Diri­ gido a iniciados em cerâmica. Prepara­ ção de moldes com gesso a partir de peça original esculpida em argila ou outro material. Coordenação de José Nilson Motta. Sábados das 9h30 às 13h30. 10 vagas. A partir de 15 anos. SESC Pompéia


Cursos MODELAGEM EM TORNO. Diri­ gido a iniciados em modelagem de ce­ râmica. Utilização do torno para cen­ tralizar formas e confeccionar peças simples. Acabamento, texturização e confecção de peças mais complexas, também fazem parte do programa. Coordenação de João Aparecido Bressanim. Sábados das 14h30 às 17h30. Domingos das 10h às 13h. 6 vagas. A partir de 15 anos. SESC Pompéia

☆ RESTAURAÇÃO DE MÓVEIS DE MADEIRA. Conhecimento de peças mobiliárias, suas épocas, for­ mas e técnicas de restauração. Mobi­ liário antigo e atual. Coordenação de Fernando Abrahão. Quintas das 13h às 15h30, das 15h30 às 18h e das 18h às 21h30. 10 vagas. A partir de 18 anos. Início dia 2. SESC Pompéia

☆ SERIGRAFIA. Técnica de impressão para grande quantidade de um mesmo motivo, possibilitando variações de cores. Permite a impressão em vários tipos de materiais (tecido, papel, plás­ tico, madeira, etc). O curso dá conhe­ cimento técnico sobre arte final, pre­ paração e gravação de tela, impressão, reaproveitamento de telas gravadas. Coordenação de Rogério Christovão. Sábado das 14h30 às 17h30 e domin­ go das 10h às 13h. 10 vagas. A partir de 15 anos. Início dia 4. SESC Pompéia

☆ SILK SCREEN. Estamparia em ge­ ral, teoria e prática da produção de te­ las, conhecimento das tintas e impres­ são em tecidos, plásticos e outros ma­ teriais. Coordenação de Marcelo Finatti. Dias Io, 2 e 3 (de quarta a sex­ ta) das 19h às 21h. Sala de Oficinas. 30 vagas. R$ 4,50 (comerciário ma­ irie.) e R$ 5,00. SESC São Ceatano

Cursos TAPEÇARIA - Curso básico. Arma­ ção e montagem do tear, urdidura, te­ celagem e acabamento. Coordenação de Anabela Rodrigues, terças, quartas e quintas das 14h às 17h. Coordena­ ção de Antonio Luiz Theodósio, sex­ tas das 19h às 22h. Coordenação de Solange Tessari, sábados das 14h30 às 17h30. Coordenação de Tiyoko Tomikawa, terças, quartas e quintas das 19h às 22h. SESC Pompéia

☆ TAPEÇARIA - Curso Avançado. Di­ rigido a pessoas com conhecimentos básicos em tecelagem, tapeçaria artís­ tica, elaboração de projetos indivi­ duais, diagramação em tear de pedal, para aperfeiçoamento de técnicas. Coordenação de Anabela Rodrigues, terças, quartas e quintas das 14h às 17h. Coordenação de Antonio Luiz Theodósio, sextas das 19h às 22h. Coordenação de Tiyoko Tomikawa, terças, quartas e quintas das 19h às 22h. 10 vagas. A partir de 14 anos. SESC Pompéia

MÚSICA

Cursos possibilidades. Turma A) quartas às 17h. Turma B) quartas às 20h. De 8 de março a 28 de junho. Entrevistas: A) dia 22 às 17h B) dia 22 às 21h. Os ins­ trumentos são fornecidos pelo CEM. Coordenação de Beto Caldas. R$ 20.00 (comerciário matric.) e R$ 40.00 por mês. SESC Consolação

☆ CANTO. Iniciação através da prática de escolher, interpretar e analisar can­ ções individualmente ou em grupo. Coordenação de Irajá Menezes. Quin­ tas das 19h às 22h. 25 vagas. A partir de 15 anos. Início dia 2. SESC Pompéia

☆ CAVAQUINHO - Iniciação. Dirigi­ da a iniciantes ou instrumentistas com noções básicas, a oficina aborda cam­ po harmônico, funções harmônicas e formação de acordes. Sábados às 15h. De 11 de março a 24 de junho. Entre­ vista dia 18 às 15h. É necessário ter o instrumento. Coordenação de José Chain. 20,00 (comerciário matric.) e R$ 40,00 por mês. SESC Consolação

☆ BATERIA E PERCUSSÃO - Inicia­ ção. Oficina em grupo para apresenta­ ção dos conceitos básicos, teóricos e práticos, da percussão e da bateria. Turma A) quartas às 16h. Turma B) quartas às 19h. De 8 de março a 28 de junho. Entrevistas A) dia 22 às 16h B) dia 22 às 19h. Os instrumentos são for­ necidos pelo CEM. Coordenação de Beto Caldas. R$ 20,00 (comerciário matric.) e R$ 40,00 por mês. SESC Consolação

CAVAQUINHO ■ Avançado. Oficina de aperfeiçoamento e criação de re­ pertório para o instrumento. Sábados às 16h30. De 11 de março a 24 de ju­ nho. Entrevista dia 18 às 16h30. É ne­ cessário ter o instrumento. Coordena­ ção de José Chain. R$ 20,00 (comer­ ciário matric.) e R$ 40,00 por mês. SESC Consolação

☆ BATERIA E PERCUSSÃO - A vançado. Oficina de técnica avançada de bateria e integração do instrumento ao grupo de percussão em suas várias

COMO MONTAR UM CORAL INFANTIL. A oficina tem por objetivo a instrumentalização de interessados na montagem de coral infantil. São pre­ vistas atividades teóricas e práticas. Segundas e quartas às 15h30. De 6 de


Cursos março a 26 de junho. Entrevista dia 20 às 15h30. Coordenação de Gisele Cruz. R$ 9,00 (comerciário matric.) e R$ 18,00 por mês. SESC Consolação

☆ COMPOSIÇÃO PARA CORAL INFANTIL. Para interessados na cria­ ção de repertório para coral infantil. Quintas às 17. De 9 de março a 29 de junho. Entrevista dia 23 às 17h. Coor­ denação de Gisele Cruz. R$ 9,00 (co•merciário matric.) e R$ 18,00 por mês. SESC Consolação

☆ COMPOSIÇÃO E ESCRITA MUSICAL. Dirigida a músicos com co­ nhecimento de teoria musical, escri­ ta, harmonia e cifra. A atividade bus­ ca desenvolver a identidade sonora individual através do estudo da im­ provisação e da música contemporâ­ nea. Sábados às 16h. De 11 de março a 24 de junho. Entrevista dia 18 às 16h. Coordenação de Ricardo Si­ mões. R$ 20,00 (comerciário matric.) e R$ 40,00 por mês. SESC Consolação

☆ COMPOSIÇÃO POPULAR. Com objetivo de compor a música e letra do enredo com o tema que animará o des­ file dos blocos na unidade. Coordena­ ção de Wilson Sá Brito. Terças e quin­ tas das 19h às 22h. Até dia 16. 15 va­ gas. Dirigido a compositores, letristas, instrumentistas, intérpretes, professo­ res e pessoas ligadas à área da música. SESC Pompéia

☆ COMPUTADOR & ESTÚDIO DE AUDIO. Workshop sobre a interação entre o computador e outros equipa­ mentos usados em estúdio, como gra­ vadores analógicos, DAT, mesa, tecla

Cursos dos, módulos MIDI e processadores de efeitos. A atividade é dirigida a músi­ cos, estudantes, profissionais de áudio, interessados em multimídia ou pósprodução. Coordenação de Rogério Vasconcelos e André Baptista. Dia 17. Turma A das 9h às 13h. Turma B das 14h às 18h. Vagas limitadas. R$ 5,00 (comerciário matric.) e R$ 10,00. SESC Consolação

☆ CONSTRUÇÃO DE INSTRUMENTOS. Construção de instrumentos de corda e percussão, com objetivo de des­ pertar e desenvolver a sensibilidade e a criatividade. São utilizadas matériasprimas naturais (bambu, cabaças, cou­ ro, madeira e sucatas variadas). Criação e execução de peças musicais, voltan­ do-se assim também para o desenvolvi­ mento criativo e técnico da linguagem musical. Coordenação do instrumentis­ ta e luthier Fernando Sardo. Domingo das 9h30 às 12h30. 15 alunos. A partir de 18 anos. Início dia 5. SESC Pompéia

☆ CONTRABAIXO. Oficina que aborda elementos de interpretação e técni­ cas musicais de nível médio de execu­ ção do repertório de contrabaixo acús­ tico, para instrumentistas já iniciados. Constituem o programa, técnica de ar­ co, estudos sobre escalas e arpejos, to­ nalidades maior e menor, análise e for­ ma musicais, audição, estudos e pe­ quenas peças. Quartas às 14h. De 8 de março a 28 de junho. Entrevista dia 22 às 14h. Os instrumentos são forneci­ dos pelo CEM. Coordenação de Ger­ son Frutuoso. R$ 8,00 (comerciário matric.) e R$ 16,00 por mês. SESC Consolação

☆ CONTRABAIXO ACÚSTICO. Iniciação através de método prático de en­ sino coletivo, a oficina tem como obje­ tivo iniciar e integrar os participantes ao conjunto de cordas. Terças e quintas

Cursos às 14h. De 7 de março a 30 de novem­ bro. Entrevista dia 21 às 14h. Coorde­ nação de Gerson Frutuoso. R$ 12,00 (comerciário matric.) e R$ 24,00 por mês. SESC Consolação

☆ CONTRABAIXO ELÉTRICO Iniciação. A atividade abrange noções básicas de teoria musical, rítmica, di­ tado musical, técnicas de execução, slap e formação estrutural de acordes para acompanhamento. Turmas: A) Sextas às 14h, de 10 de março a 30 de junho. B) Sextas às 18h30, de 10 de março a 30 de junho. C) Sábados às 10h30, de 11 de março a 24 de junho. Entrevistas: A) dia 24 às 14h B) 24 às 18h30 e C) 18 às 10h30. É necessário possuir o próprio instrumento. Coorde­ nação de Nilton Wood. R$ 15,00 (co­ merciário matric.) e R$ 30,00 por mês. SESC Consolação

☆ CONTRABAIXO ELÉTRICO Avançado. Abordagem avançada de teoria musical, rítmica, ditado musi­ cal, técnicas de execução, slap, pro­ gressões e aplicativos de acordes. Turmas: A) Sextas às 15h30, de 10 de março a 30 de junho. B) Sextas às 20h, de 10 de março a 30 de junho. C) Sá­ bados às 9h, de 11 de março a 29 de junho. Entrevistas A) dia 24 às 15h30 B) 24 às 20h e C) 18 às 9h. É necessá­ rio ter o instrumento. Coordenação de Nilton Wood. R$ 15,00 (comerciário matric.) e R$ 30,00 por mês. SESC Consolação

☆ FLAUTA DOCE. Iniciação musical, através do incentivo da prática, do estudo e da criação em grupo. SESC Pompéia - Sábado das 9h30 às 12h. 10 vagas. A partir de 7 anos. Início dia 4. SESC Carmo - Coordenação de Antô­ nio Luiz. Quintas das 19h às 21h. R$ 8,00 (comerciário matric.) e R$ 16,00.


Cursos GAITA. Noções de teoria, recursos técnicos, improviso, repertório de mú­ sicas variadas, predominando músicas tradicionais norte-americanas. Coor­ denação de Flávio Vajman. Quintas das 19h às 21h. Domingos das 16h às 18h. 25 vagas. A partir de 14 anos. SESC Pompéia

☆ GRUPO VOCAL. Oficina dirigida a cantores profissionais ou amadores com alguma experiência em canto co­ ral. Segundas e quartas às 19h. De 6 de março a 29 de junho. Entrevista dia 20 às 19h. Coordenação de Cecília Valentim e Gisele Cruz. R$ 9,00 (comerciário matric.) e R$ 18,00 por mês. SESC Consolação

☆ GUITARRA ELÉTRICA - Iniciação. Introdução, desenvolvimento e visão geral direcionada às linguagens mais importantes: rock, blues e jazz. Sábado às 13h. De 11 de março a 24 de junho. Entrevista dia 18 às 13h. É necessário ter o instrumento. Coordenação de De­ metrius Komendouros. R$ 20,00 (comerciário matric.) e R$ 40,00 por mês. SESC Consolação

☆ GUITARRA ELÉTRICA - Avançado. Técnica avançada de execução direcionada às linguagens mais impor­ tantes do instrumento: rock, blues e jazz. Sábados às 14h30. De 11 de mar­ ço a 24 de junho. Entrevista dia 18 às 14h30. É necessário ter o instrumento. Coordenação de Demetrius Komen­ douros. R$ 20,00 ( comerciário) e R$ 40,00 por mês. SESC Consolação

☆ IMPROVISAÇÃO VOCAL PARA ADOLESCENTES. A oficina vai tra­ balhar a capacidade de improvisação e

Cursos a criação musical espontânea, solo e em grupo, técnica vocal e percepção. Não é exigido conhecimento musical prévio. Sextas às 17h. De 10 de março a 30 de junho. Entrevista dia 24 às 17h. Coordenação de Cecília Valentim. R$ 8,00 (comerciário matric.) e R$ 16,00 por mês. SESC Consolação

☆ MIDI & COMPANHIA. Oficina sobre a interação entre música e tecnolo­ gia. As atividades abordam código MIDI, definição dos parâmetros de edição de um som em síntese e técni­ ca de sampler. Os participantes terão direito a períodos de utilização dos equipamentos para exercícios e expe­ rimentações. A) Segundas às 16h B) Segundas às 19h. De 6 de março a 26 de junho. Entrevista A) dia 20 às 16h B) dia 20 às 19h. Coordenação de Re­ nato Veras. R$ 20,00 (comerciário matric.) e R$ 40,00 por mês. SESC Consolação

Cursos ORQUESTRA DE AMADORES. Dirigida a instrumentistas de cordas com alguma experiência, a oficina ob­ jetiva a execução de música em grupo. Turma A) terças às 20h, de 7 de mar­ ço a 27 de junho. Turma B) sextas às 19h30 e sábados às 9h, de 10 de mar­ ço a 30 de junho. Entrevistas: A) dia 21 às 20h B) dia 24 às 19h30. Os ins­ trumentos são fornecidos pelo CEM. Coordenação de João Maurício Galin­ do. A) R$ 8,00 (comerciário matric.) e R$ 16, 00 por mês. B) R$ 12,00 (co­ merciário matric.) e R$ 24,00 por mês. SESC Consolação

☆ PERCUSSÃO AFRO-BRASILEIRA. Introdução aos toques e ritmos da música afro-brasileira (jongo, maracatu, ijexá, etc.), desenvolvendo sua for­ ma, improvisação e peso rítmico de sua origem, história e características instrumentais divididas, explicadas e vivenciadas. Coordenação de Vitor Trindade. Quartas e sextas (até dia 11) às 19h. Grátis. SESC Ipiranga

☆ MÚSICA DE CÂMARA. Dirigida a instrumentistas de música de concerto, a oficina objetiva a pesquisa e execu­ ção de peças para pequenas forma­ ções. Sextas às 17h. De 10 de março a 30 de junho. Entrevista dia 24 às 17h. Os instrumentos são fornecidos pelo CEM. Coordenação de João Maurício Galindo. R$ 8,00 (comerciário ma­ tric.) e R$ 16,00 por mês. SESC Consolação

☆ OFICINA DE REPERTÓRIO. Dirigida a instrumentistas de cordas com alguma experiência, a oficina objetiva trabalhar em grupo. Terças às 16h. De 7 de março a 27 de junho. Entrevista dia 21 às 16h. Os instrumentos são fornecidos pelo CEM. Coordenação de Gerson Frutuoso e Leonel Gonçal­ ves Dias. R$ 8,00 (comerciário ma­ tric.) e R$ 16,00 por mês. SESC Consolação 14

RÁDIO TROPICAL. Oficina de rádio com programação a partir dos rit­ mos tropicais, informações sobre os países de origem, grupos e gêneros musicais, criada pelos participantes. Orientação do jornalista Toni Brandão e acompanhamento da percussionista Girlei Miranda. Dias 5, 12 e 19 (sába­ dos) às 1 lh. Grátis. SESC Ipiranga

☆ REPERTÓRIO DE ÉPOCA. Para instrumentistas interessados na mon­ tagem de peças de música antiga. A oficina prevê a integração com gru­ po vocal. Segundas às 17h. De 6 de março a 26 de junho. Entrevista dia 20 às 17h. Coordenação de Carin Zwilling. R$ 20,00 (comerciário ma­ tric.) e R$ 40,00 por mês. SESC Consolação


Cursos SAX AHEAD COM MANÉ SILVEI­ RA. Oficina avançada de saxofone. Abordará estilo (análise dos principais solistas de nossa época), técnicas de improvisação, respiração e consciência corporal, performance (relacionamen­ to com o grupo e com o público). A) quartas às 17h B) quartas às 20h30. De 8 de março a 28 de junho. Entrevista: dia 22. A) às 17he B) às 22H30. É ne­ cessário ter o instrumento. Coordena­ ção de Mané Silveira. R$ 25.00 (comerciário matric.) e R$ 50,00 por mês. SESC Consolação

☆ SAXOFONE - Iniciação. A oficina fornece conceitos básicos, como emis­ são de som. desenvolvimento técnico, posição, linguagem e timbre. Segundas às 13h30. De 6 de março a 26 de junho. Entrevista dia 20 às 13h30. É necessá­ rio ter o instrumento. Coordenação de Sérgio Ricardo. R$ 20,00 (comerciário matric.) e R$ 40,00 por mês. SESC Consolação

☆ VIOLÃO - Iniciação. Violão clássi­ co e harmonia popular. A) segundas às 16h, de 6 de março a 26 de junho. B) quintas às 19h30, de 9 de março a 29 de junho. C) quintas às 20h30, de 9 de março a 29 de junho. D) sextas às 15h30, de 10 de março a 30 de junho. E) sextas às 18h45, de 10 de março a 30 de junho. F) sábados às 9h, de 11 de março a 24 de junho. Entrevistas: A) dia 20 às 16h B) dia 23 às 19h30 C) dia 23 às 20h30 D) dia 24 às 15h30 E) dia 24 às 18h45 F) dia 18 às 9h É necessário ter o instrumento. Coorde­ nação de Carin Zwilling e Vera Piatek. R$ 15,00 (comerciário matric.) e R$ 30,00 por mês. SESC Consolação

☆ VIOLÃO - Intermediário. A oficina abordará os primeiros passos em vio­ lão clássico e aplicação da harmonia popular. Quintas às 18h30. Período de

Cursos 9 de março a 29 de junho. Entrevista dia 23 às 18h30. E necessário ter o ins­ trumento. Coordenação de Carin Zwi­ lling. R$ 15,00 (comerciário matric.) e R$ 30,00 por mês. SESC Consolação

Cursos ga. Segundas das 18h30 às 19h30 e das 19h30 às 20h30. R$ 6,50 (comer­ ciário matric.) e R$ 13,00. SESC Carmo

☆ VIOLÃO - Avançado. Peças de nível avançado para violão clássico e peças populares com acompanhamento de violão. A) segundas às 19h, de 6 de março a 26 de junho. B) sextas às 16h45, de 10 de março a 30 de junho. C) sextas às 20h, de 10 de março a 30 de junho. Entrevistas: A) dia 20 às 19h B) dia 24 às 16h45 C) dia 24 às 20h. É necessário ter o instrumento. Coordenação de Carin Zwilling e Ve­ ra Piatek. R$ 15,00 (comerciário ma­ tric.) e R$ 30,00 por mês. SESC Consolação

☆ VIOLÃO BRASILEIRO. Aperfeiçoamento de técnica a partir da execu­ ção de músicas brasileiras através de cifras e gravações. Sábados às 13h. De 11 de março a 24 de junho. Entrevista dia 18 às 13h. É necessário ter o ins­ trumento. Coordenação de Pepê Ne­ ves. R$ 15,00 (comerciário matric.) e R$ 30,00 por mês. SESC Consolação

VIOLINO E VIOLA. Iniciação através de método prático de ensino cole­ tivo. A oficina tem como objetivo ini­ ciar e integrar os participantes ao con­ junto de cordas. Segundas e terças às 14h. De 7 de março a 28 de novembro. Entrevista dia 20 às 14h. Os instru­ mentos são fornecidos pelo CEM. Coordenação de João Maurício Galin­ do. R$ 12,00 (comerciário matric.) e R$ 24,00 por mês. SESC Consolação

☆ VIOLONCELO PARA GRUPO. Dirigida a instrumentistas com algum conhecimento, a oficina objetiva o aperfeiçoamento através da execução de músicas em grupo em grau crescen­ te de dificuldade. Quartas às 20h30. De 8 de março a 28 de junho. Entrevista dia 22 às 20h30. Os instrumentos são fornecidos pelo CEM. Coordenação de Leonel Gonçalves Dias. R$ 8,00 (co­ merciário matric.) e R$ 16,00 por mês. SESC Consolação

☆ VIOLÃO. Iniciação à técnica através da música popular. Noções de teoria e prática de acompanhamento. Coorde­ nação de Flavio Vajman. Sábados das 14h às 16h e das 16h às 18h. 20 vagas. A partir de 12 anos. SESC Pompéia

☆ VIOLÃO. Iniciação à técnica pela música popular. Noções de teoria e prática de acompanhamento. Coorde­ nação de Alexandre M. Augusto Bra­

VIOLONC ELO - Iniciação. A ofici­ na tem como «>bjetivo iniciar e integrar os participantes ao conjunto de cordas. Terças e quartas às 14h. De 7 de mar­ ço a 29 de novembro. Entrevista dia 22 às I4h. Os instrumentos são forne­ cidos pelo CEM. Coordenação de Leonel Gonçalves Dias. R$ 12,00 (co­ merciário matric.) e R$ 24,00 por mês. SESC Consolação

☆ VIVALDI VERNIZES. Curso rápido de análise musical para leigos. Seu ob­ jetivo é desmistificar a música de con-


Cursos certo através da análise de uma das mais célebres obras do repertório eru­ dito: As Quatro Estações, de Vivaldi. Não é necessário conhecimento musi­ cal. Coordenação de João Maurício Galindo. De 1 a 3 das 19h às 21 h e dia 4 das 13h às 15h. R$ 2,00 (comereiário matric.) e R$ 4,00. SESC Consolação

☆ VOZ PARA REPERTÓRIO DE ÉPOCA. Para interessados em reper­ tório de música antiga. Segundas às 17h. De 6 de março a 26 de junho. En­ trevista dia 20 às 17h. Coordenação de Cecília Valentim. R$ 8,00 (comerciário matric.) e R$ 16,00 por mês. SESC Consolação

Cursos AVANÇADO 1. Criação de um estú­ dio alternativo e técnica de fotografia com modelo. O aluno deverá ter no­ ções básicas de laboratório. Coordena­ ção de Zaga Brandão. Terças e quintas das 19h às 21h. R$ 30,00 (comereiário matric.) e R$ 40,00. SESC Carmo

☆ CURSO INTENSIVO. Coordenação de Sit Kong Sang. Início dia Io. Ter­ ças, quartas e quintas das 19h às 22h. SESC Pompéia

PALESTRAS & AULAS ABERTAS

☆ VOZ. Técnica vocal. Turmas: A) ter­ ças e quintas às 13h e B) terças e quin­ tas às 19h. De 7 de março a 29 de ju­ nho. Entrevistas: A) dia 21 às 13h e B) dia 21 às 19h. Coordenação de Gisele Cruz e Cecília Valentim. R$ 9,00(comerciário matric.) e R$ 18,00 por mês. SESC Consolação.

FOTOGRAFIA

BÁSICO I. Manuseio e funcionamen­ to de câmeras e acessórios. Coordena­ ção de Elisabeth Barone. Segundas e quartas das 19h às 21 h. R$ 30,00 (comerciário matric.) e R$ 40,00. SESC Carmo

☆ BÁSICO II. Laboratório P & B, pre­ paro de químicas, revelação de filmes e ampliação de fotografias. Coordena­ ção de Zaga Brandão. Segundas e quartas das 19h às 21 h. R$ 30,00 (comerciário matric.) e R$ 40,00. SESC Carmo

PAISAGISMO. Importância da esco­ lha adequada de plantas, manutenção, cores, formas, estilos e combinações, de acordo com o espaço disponível, para atrair abelhas e pássaros ou cons­ truir recantos aconchegantes serão os temas da aula. Coordenação do agrônomo Cláudio Emma. Dia 4 às 10h, no Viveiro de Plantas. R$ 5,00. Vagas limitadas. SESC Interlagos

☆ RITMOS TROPICAIS. Aulas de dança mostrando alguns dos diversos ritmos conhecidos nos trópicos. Ter­ ças e quintas às 19h30. Dias 7 e 9, Rit­ mos Brasileiros Folclóricos. Coorde­ nação de Marinês Calori. Dias 14 e 16, Ritmos Caribenhos (merengue, salsa, mambo e calipso). Coordenação de Eduardo Carmello. Grátis. SESC Ipiranga

☆ DANÇA DE SALÃO. Aula aberta. Coordenação de Simone Benites. Dia 10 (sexta) às 14h30. Grátis. SESC Consolação 16

Cursos JARDINAGEM PARA PEQUE­ NOS AMBIENTES. Soluções práti­ cas para quem tem pouco espaço e muita vontade de cercar-se de plantas ornamentais ou alimentícias. No pro­ grama, o preparo de mudas, a maneira e época adequadas de plantá-las e téc­ nicas simples para evitar pragas. Coor­ denação de Júlio Maria Pena. Dias 11 e 18 das 10h às 16h, no Viveiro de Plantas. R$ 5,00. Vagas limitadas. SESC Interlagos

☆ PONTO DE ENCONTRO. que Marcaram Época reunirá tenistas que fizeram o nome do Brasil nas dé­ cadas passadas, como Givaldo Barbo­ sa e Âlcides Procópio, entre outros, para um bate-papo. Um torneio relâm­ pago fará parte do programa. Dia 11 às 1 lh. Grátis. TENISESC

☆ TANGO COM VITOR COSTA E CHRISTINA BELLUOMINI. Aula aberta e apresentação no Deck Sola­ rium. Dia 11 às llh30. SESC Pompéia

☆ EUTONIA. Técnica de trabalho cor­ poral que promove o reconhecimento das tensões e oferece recursos para equilibrá-las no dia-a-dia. Coordena­ ção de Gabriela Bai. Dia 16 às 19h. Ginásio Vermelho. SESC Consolação

☆ BIOENERGÉTICA. Técnica para se trabalhar os processos energéticos cor­ porais, através de exercícios respirató­ rios, de expressão e sensibilização. Coordenação de Carmem Nisticó e Ivanilde Pereira Sampaio. Dia 17 às 18h. Sala Sigma. SESC Consolação


Infantil FREVO E DANÇA DO BARALHO. Aula aberta com Tião Carvalho. Dia 18 às 1 lh30. SESC Pompéia

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Infantil tradicional: eles nascem no palco a partir deles mesmos. Abandonados após naufrágio, os personagens Calibã e Maíra se criam e se desdobram em outros 30 personagens que buscam a identidade, sua origem e uma saída. O público é envolvido pelas aventuras, que misturam brincadeiras, non sense e surpresas. Prêmio Mambembe 1982 de melhor texto infantil. Direção de João Albano. Com o grupo Carasibokas. Dia 12 (domingo) às 15h. De ter­ ça a sábado distribuição gratuita de convites para crianças até 12 anos. In­ gressos R$ 1,50 (comerciário matric.) e R$ 3,00. SESC Ipiranga

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Infantil tribuição gratuita de convites para crianças até 12 anos. Ingressos R$ 1,50 (comerciário matric.) e R$ 3,00. SESC Ipiranga

CURSOS & OFICINAS

BASQUETE. Iniciação. Aplicação dos fundamentos básicos com desta­ que para sua importância no trabalho em equipe. De 10 a 14 anos. Quarta e sexta, 14hl5. R$ 9,00 (comerciário) e R$ 18,00 (usuário). SESC Pompéia

☆ TEATRO

A BELA ADORMECIDA. Um clás­ sico dos contos de fada. Uma maldi­ ção cai sobre a princesa que dorme por cem anos, até a chegada de seu príncipe. Direção de Paulinho Maia. Com Adriana Bianchi, Cauby Rhormewa, Jane Cantuária, Paulo Barroso, Rafael Araújo e Renata Godinho. Dia 5 (domingo) às 15h. De terça a sába­ do distribuição gratuita de convites para crianças até 12 anos. Ingressos R$ 1,50 (comerciário matric.) e R$ 3,00. SESC Ipiranga

☆ UMA ROSA PARA BELA. Texto adaptado do conto A Bela e a Fera. De um baú sai um mundo mágico. Dire­ ção de Wilton Carlos Amorim. Com Teatro da Salamandra. Dia 11 (sába­ do) às 1 lh. Grátis. SESC Consolação

☆ UMA HISTÓRIA PARA CALIBÃ. Esta é uma história onde os persona­ gens se inventam, invertendo o papel

VALDECK DE GARANHUNS. O verdadeiro mestre de mamulengos traz a arte dos bonecos de pano num espe­ táculo do qual o público participa ati­ vamente. No palco, os bonecos vivem histórias divertidas acompanhadas por um fundo musical. Dia 12 e 19 às 13h. SESC Itaquera

CORAL. Atividade do Centro Expe­ rimental de Música, de musicalização infantil e sociabilização através do canto coral. Para crianças de 8 a 12 anos. Segundas e quartas às 14h. De 6 de março a 26 de junho. Coordenação de Gisele Cruz. Grátis. SESC Consolação

☆ PEGA LADRÃO - UMA FARSA BRASILEIRA. Teatro, circo, música e Comédia Dell’Arte são os ingredien­ tes desta comédia que conta as des­ venturas de Arlequino. Dia 18 (sába­ do) às 1lh. Grátis. SESC Consolação

DANÇA CRIATIVA. vagas por turma. Segundas e quartas às 15h e sábados às 9h. Duas aulas semanais R$ 9,00 (comerciário matric.) e R$ 18,00. R$ 6,75 (comerciário matric.) e R$ 13,50 paia uma aula semanal. SESC Consolação

☆ FADAS E FATOS. Muito humor e fantasia para explicar como anda nos­ so planeta, num espetáculo onde os as­ suntos científicos relacionados ao meio ambiente são tratados de manei­ ra nada convencional. O Gnomo expli­ ca o que vem acontecendo com seus parentes, animais, plantas e rios da floresta. Toda a performance é tempe­ rada com música ao vivo, com o cria­ dor da “gnomusic”. Direção e inter­ pretação Jorge Tadeu Kassis e Ana Cristina Lima nos vocais. Dia 19 (do­ mingo) às 15h. De terça a sábado dis­

DANÇA. Sensibilização para o prazer do movimento através de diversos ti­ pos de dança folclórica, de salão, jazz e outras. SESC Carmo - Terças e quintas às 17h00. R$ 5,00 (comerciário matric.) e R$ 10,00. SESC Pinheiros - Segundas e quar­ tas às 9h30. Terças e quintas às 14h, 15h e 17h e sextas às 16h. R$ 9,00 (comerciário matric.) e R$ 18,00 (usuário matric.).


Infantil JUDÔ. Arte marcial de origem japo­ nesa cujos objetivos principais são equilíbrio mental e físico, em con­ junto com a disciplina e o respeito. Horários manhã, tarde e noite. A par­ tir de 6 anos. R$ 9,00 (comerciário matric.) e R$ 18,00 (usuário) para duas aulas semanais e R$ 4,50 (co­ merciário matric.) e R$ 9,00 (usuá­ rio), aos sábados. SESC Pompéia

☆ KARATÊ. Há milhares de anos, em algum ponto do Oriente, surge o kara­ tê, uma arte na qual imperam a inteli­ gência, a força e a sagacidade. Através de sua prática, procura-se aguçar o es­ tado de alerta e a autodefesa para qual­ quer resposta motora. Segundas e quartas às 9hl0, terças e quintas às 15h40. SESC São Caetano

☆ NATAÇÃO. O mais completo dos esportes. Iniciação (Nível I) e aperfei­ çoamento (Nível II) dos nados crawl e costas. 25 vagas por turma no nível I e 15 vagas por turma no nível II. Segun­ das e quartas às 9hl5. Terças e quintas às 10hl5, 14h e 14h45. Sextas às 9hl5 e sábados às 11 h 15. De 6 a 14 anos. Duas aulas semanais R$ 12,00 (co­ merciário matric.) e R$ 24. R$ 9,00 (comerciário matric.) e R$ 18,00 para uma aula semanal. SESC Consolação

☆ OFICINAS CARNAVALESCAS. As crianças vão aprender a confeccio­ nar instrumentos e alegorias que vão servir de acessórios para a aula aberta com ritmos carnavalescos puxada por um bloco de Carnaval: Construção de Instrumentos - De 2 a 5 às 14h. Máscaras - De 8 a 12 às 14h. Fantasias - De 15 a 19 às 14h. Confecção de Estandartes - De 22 a 25 às 14h.

Infantil Na semana do Carnaval, as oficinas serão realizadas em um único bloco, permitindo a participação nas quatro atividades. Sempre às 13h. SESC Itaquera

☆ VERÃO LATINO. Serão desenvol­ vidas oficinas corporais e artísticas baseadas no folclore, nos jogos e brin­ cadeiras típicas dos países latinoamericanos. Para crianças de 7 a 12 anos. De terça a sexta das 9h às 12h e das 14h às 17h. Sábado e domingo das 14h às 17h. SESC Pompéia

TAEKWON-DO. Segundas e quartas às 9h e 10h. Terças e quintas às 15h, 16h e 18h30. Sextas às 16h e sábados às 8h e 10h. R$ 9,00 (comerciário ma­ tric.) e R$ 18,00 (usuário matric.). SESC Pinheiros

☆ VÔLEI. Iniciação à modalidade atra­ vés do desenvolvimento de funda­ mentos básicos para atingir a dinâmi­ ca do jogo. De 10 a 14 anos. Terça e quinta às 13h30. Quarta e sexta às 9h30. R$ 9,00 (comerciário matric.) e R$ 18,00 (usuário). SESC Pompéia

☆ ESPORTKIDS. Giros, saltos, rola­ mentos. Esporte não é só técnica, an­ tes de tudo é movimento. A partir des­ sa idéia, será criada uma Escola de Es­ portes para crianças, na qual vão aprender, com giros, saltos e rolamen­ tos, de maneira descontraída, regras e princípios básicos de esportes como: futebol de campo e de salão, vôlei, e ginástica rítmica desportiva. De 8 a 12 anos. Inscrições a partir do dia 17, no Setor de Informações. Grátis. SESC Interlagos 18

Infantil

RECREAÇÃO

DANÇA. Aulas abertas para crianças de 9 a 12 anos, desenvolvendo os rit­ mos tropicais. Coordenação de Fer­ nanda Coffers. Terças e quintas às 16h30. Grátis. SESC Ipiranga

☆ ESCALADA ESPORTIVA. Quartas e sextas das 15h às 17h. Grátis. SESC Ipiranga

☆ RECREAÇÃO AQUÁTICA. Piscina grande, de segunda a sexta das 9hl5 às 21h30 e sábados e feriados das 9hl5 às 17h30. Piscina pequena, segundas e quartas das 12h às 13h; terças e quin­ tas das 15h30 às 16h30; sextas das 13h às 14h; sábados das 13h30 às 17h30 e feriados das 9hl5 às 17h30. SESC Consolação

☆ TÊNIS DE MESA. Material esporti­ vo fornecido pelo SESC. Acima de 10 anos. Sábados das 13h às 17h30. Fe­ riados das 9hl5 às 17h30. SESC Consolação

☆ ANIMAÇÃO CARNAVALESCA. Apresentação de dança e teatro para adultos e crianças participarem. Com o Grupo Eureka. Dia 5 às 13h. SESC Itaquera

☆ RECREAÇÃO INFANTIL. Dirigido às crianças de 7 a 14 anos, também aberto à participação dos pais. Espaço democrático onde se pretende estimu-


Infantil lar a prática diversificada de modali­ dades esportivas e recreativas, para passar conhecimento e resgatar jogos antigos, com ênfase na criatividade e socialização. Neste mês o programa estará vinculado ao projeto Verão La­ tino, com atividades esportivas e artís­ ticas de terça a domingo. Início dia 14 às 10h. Grátis. SESC Pompéia

☆ RECANTO INFANTIL. No Camaval será transformado em grande área de animação para a criançada dançar. A decoração vai ficar por conta das próprias crianças, que vão explorar o tema Reciclando a Alegria. Dia 25 (sá­ bado) às 14h. Grátis. SESC Interlagos

☆ CARNAVAL ANIMAL. Criação e confecção de fantasias, adereços e maquiagem para a Escola de Samba Unidos da Fazendinha, que traz este ano os destaques: Mimosa, a vaqui­ nha porta-bandeira, e Espora de Ouro, o galo mestre-sala, além das Gansolinas, as passistas nota 10 e a tradicio­ nal ala das baianas, que vem represen­ tada pelas Galináceas de Respeito. Dia 26 (domingo) às 14h, no Recanto Infantil. Grátis. SESC Interlagos

☆ NÃO VALE XINGAR, SÓ XERINGAR. Com muita descontração, a criançada vai poder se refrescar em uma batalha de água e muito confete. Dia 27 (segunda) às 14h, no Parque Aquático. Grátis. SESC Interlagos

☆ BARRACÃO DO BARULHO. Caixas vazias, latas, pedras e até mesmo o próprio corpo serão utilizados como

Infantil instrumentos musicais para criar e executar o verdadeiro Samba do Cri­ oulo Doido. Dia 28 (terça) às 14h, no Recanto Infantil. Grátis. SESC Interlagos

Terceira Idade

ITERCEIl

☆ RECREAÇÃO TEATRAL. Manipulação de bonecos criados e adaptados por Eduardo Alves. Romualdo, um boneco muito simpático e bem-humo­ rado, conduz as crianças através de di­ ferentes brincadeiras. Um convidado Funk muito louco é um dos person­ agens principais, junto com Jorge Bo­ la Sete, um puxador de escola de samba, inspirado em Jorge Benjor. Dia 25 (sábado) às 1lh. Grátis. SESC Consolação

☆ RECREAÇÃO ESPORTIVA. Atividades esportivas nas modalidades de futebol de salão, handboll, vôlei, bas­ quete e tênis de mesa, dirigidas à garo­ tada. De terça a sexta das 13h30 às 16h. Grátis. SESC Ipiranga

☆ RECREAÇÃO INFANTIL. Durante a semana, serão desenvolvidos jogos dramáticos, gincanas, brincadeiras e atividades manuais em artes plásti­ cas, com temas característicos de regiões dos países tropicais. Para crianças de 7 a 12 anos. Coordenação de Valdemir Bevilacqua e Patrícia Messina. Quartas e sextas das 14h30 às 17h30. Grátis. SESC Ipiranga

☆ TARDE RECREATIVA. Atividades recreativas orientadas: arco e flecha, peteca, dardo, futebol de botão, jogos e brincadeiras. Terças e quintas das 14h30 às 16h30. Grátis. SESC Ipiranga 19

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IIP A P E I RECREAÇÃO

DANÇA. Expressão através de movi­ mentos que favorecem a coordenação, o ritmo e a descontração, proporcio­ nando ao grupo maior integração. SESC Consolação - Terças e quintas às 16h. 25 vagas. R$ 4,50 (comerciário matric.) e R$ 9,00. SESC Pinheiros - Segundas e quartas, e terças e quintas às 16h. R$ 4,50 (co­ merciário matric.) e R$ 9,00 (usuário).

☆ ESPORTES ADAPTADOS. Modalidades de vôlei, basquete, malha, etc. Coordenação de Paulo Vaccaro. Quar­ tas e sextas às 15h. SESC Pompéia

☆ GINÃSTICA VOLUNTÁRIA. Desenvolvimento de seqüências com va­ riações de movimentos, exercícios de coordenação e flexibilidade, para estí­ mulo do equilíbrio global. SESC Pinheiros - Segundas e quartas das 8h30 às 15h. Terças e quintas das 8h30 às 18h30. R$ 4,50 (comerciário matric.) e R$ 9,00 (usuário matric.). Sextas às 8h e 9h. R$ 3,37 (comerciá­ rio matric.) e R$ 6,75 (usuário matric.). SESC Consolação - Segundas e quar­ tas às 14h e 16h. Terças e quintas às 10hl5e 15h. 35 vagas por turma. R$ 4,50 (comerciário matric.) e R$ 9,00.


Terceira Idade H1DROGINÁSTICA. Indicada para o condicionamento aeróbico sem im­ pacto. Aumenta a resistência muscular. Segundas e quartas às 14hl5 e sextas às 11h. 25 vagas por turma. Duas vezes por semana, R$ 6,00 (comerciário matric.) e R$ 12,00. Uma aula semanal, R$ 4,50 (comerciário matric.) e R$ 9,00. SESC Consolação

☆ JOGOS ADAPTADOS. Modalidades de vôlei, peteca, basquete e pelota. Segun­ das e quartas às 14h. 30 vagas. R$ 4,50 (comerciário matric.) e R$ 9,00. SESC Consolação

☆ NATAÇÃO. De acordo com a capaci­ dade individual do aluno, o curso se desenvolve em dois níveis: adaptação na água e aperfeiçoamento dos nados. Segundas e quartas às 1 lh 15, 13hl5 e 15h. Terças e quintas às ll h l5 e 13hl5. 25 vagas por turma. R$ 6,00 (comerciário matric.) e R$ 12,00. SESC Consolação

☆ TAEKWON-DO. Segundas e quartas às 14h. R$ 4,50 (comerciário matric.) e R$ 9,00 (usuário matric.). SESC Pinheiros

☆ TAI-CHI-CHUAN. Exercícios respi­ ratórios, alongamento, meditação, re­ laxamento e automassagem. Terças e quintas às 10h30 e 14h. 30 vagas por turma. R$ 6,00 (comerciário matric.) e R$ 12,00. SESC Consolação

Terceira Idade brio emocional, harmonização corpo­ ral, elasticidade, prática da meditação e autoconhecimento. SESC Pinheiros - Segundas e quartas às 15h. Terças e quintas às 10h30. R$ 4,50 (comerciário matric.) e R$ 9,00 (usuário matric.). Sextas às 16h. R$ 3,37 (comerciário matric.) e R$ 6,75 (usuá­ rio matric.). SESC Consolação - Segundas e quar­ tas às 9h, 10h, 13h, 14h e 15h. Terças e quintas às 14h, 15h e 16h. 30 vagas por turma. R$ 6,00 (comerciário ma­ tric.) e R$ 12,00.

DANÇAS FOLCLÓRICAS. Aulas práticas. Coordenação de Piroska Zednik. Quintas às 13h. SESC Pompéia

AULAS ABERTAS OFICINAS, CURSOS & PALESTRAS

DESENVOLVIMENTO VOCAL. Oficina dirigida aos participantes do Trabalho Social com Idosos do SESC Consolação, objetiva o desenvolvi­ mento do potencial vocal através do reconhecimento de mecanismos do funcionamento da voz e sua correta utilização. Sextas às 15h30. De 10 de março a 30 de junho. Coordenação de Cecília Valentim. Grátis. SESC Consolação

ANSIEDADE, DEPRESSÃO E IN­ SÓNIA NA TERCEIRA IDADE. Tema que será abordado sob os as­ pectos orgânicos, emocionais e so­ ciais, pela psicóloga clínica especiali­ zada em gerontologia Ana Isabel Me­ rino. Dia 9 (quinta) às 14h. Espaço de Convivência. 50 vagas. Grátis. Inscri­ ções antecipadas. SESC São Caetano

☆ CANTO CORAL. Coordenação de Iracema Rampazzo. Domingos às 14h. SESC Pompéia

☆ COOPERATIVAS DE SERVIÇOS. Ofereça suas habilidades profissio­ nais para a comunidade. Quartas das 14 às 17h. SESC Pompéia

☆ YOGA. Técnica do Hatha-Yoga. O curso tem por objetivo promover a saúde do corpo e da mente, o equilí­

Terceira Idade

DANÇA DE SALÃO. Aulas práti­ cas de diversos ritm os, como rumba, samba, etc. Coordenação de Carlos Trajano. Quartas às 9h30 e 1lh. SESC Pompéia 20

☆ DESENHO E PINTURA. Aulas práticas. Coordenação de Elinete Wanderley Paes. Sextas às 14h. SESC Pompéia

☆ ESCOLA ABERTA DA TERCEIRA IDADE. Inscrições para o primeiro semestre, para cursos e ofi­ cinas de atividades físicas, artísticas e sociais. De 6 de fevereiro a 4 de março. De segunda a sexta das 10h às 17h. Telefone 605-9121 ramais 2 3 0 /2 3 1 . SESC Carmo

☆ EXPRESSÃO E RITMO TEATRAL. Coordenação de Augusto Pe­ reira da Rocha. Sextas às 9h30. SESC Pompéia

☆ GRUPO ARTÍSTICO. Oficina que envolve jogral, canto e expressão cor­ poral. Coordenação de Celeste Z. Bertocco. Sextas às 14h. SESC Pompéia


Terceira Idade REDAÇÃO LITERÁRIA. Para o desenvolvimento da expressão através da escrita. Coordenação de Elizabeth M. Zianni. Terças às 15h30. SESC Pompéia

Terceira Idade Carlos Lupinacci. Dias 8, 15 e 22 às 9h. Grátis. Inscrições prévias. SESC Consolação

Turismo Social tário. Dia 17 (sexta) às 9h. Grátis. Ins­ crições prévias no 3o andar. SESC Consolação

☆ TEATRO. Aulas práticas. Improvisa­ ção, técnicas de relaxamento para ama­ dores. Atividade de integração social. Sob a direção de Roberto Marcondes. Terças e quintas às 9h30. SESC Pompéia

FANTASIAS E MÁSCARAS. Confecção de fantasias e máscaras de Car­ naval. Coordenação de Joviniano Bor­ ges da Cunha. Dias 20 e 21 (segunda e terça) das 14 às 17h30. R$ 2,00. Ex­ clusivo para inscritos no Grupo da Terceira Idade. SESC Consolação

☆ TURISMO CULTURAL. Resgate histórico e vivência da realidade da ci­ dade de São Paulo. Coordenação de Ana Lúcia Seixas. Quintas de manhã ou à tarde. SESC Pompéia

☆ VOZ. Oficina dirigida aos participan­ tes do Trabalho Social com Idosos do SESC Consolação, proporciona ativi­ dade de lazer e acesso a conhecimen­ tos técnicos, práticos e teóricos através do canto coral. Terças às 15h30. De 7 de março a 27 de junho. Coordenação de Cecília Valentim. Grátis. SESC Consolação

☆ WORKSHOP DE TEATRO. Atividade de integração social baseada em técnicas de improvisação e relax­ amento. C oordenação da atriz Kate Hansen. Terças e quintas às 14h. Até março. SESC Pompéia

☆ TEATRO PARA TERCEIRA IDA­ DE. Oficinas de iniciação teatral para experimentar, sem compromisso, a ar­ te de representar. Coordenação de

RECREAÇÃO

BAILE. Boa música ao vivo para dan­ çar. Quartas às 20h e dia 15 às 15h. SESC Pompéia

BAILE PRE-CARNAVALESCO. Muita animação e apresentação do tradicio­ nal concurso de fantasias. Dia 22 às 15h. SESC Pompéia

☆ BAILE DE CARNAVAL. Dia 24 (sexta) às 14h. Grátis. Exclusivo para os inscritos no Grupo da Terceira Idade. SESC Consolação

T U R ISM O

☆ DANÇA PARA TERCEIRA IDADE. Novo espaço para quem gosta de mo­ vimentar o corpo brincando com os gestos e o ritmo, possibilitando de maneira prazerosa a descoberta das capacidades corporais. Terças e quin­ tas às 15h. R$ 4,50 (comerciário matric.) R$ 9,00 (usuário). SESC Pompéia

☆ SARAU ARTÍSTICO. Uma tarde no palco para você dividir seus dons artís­ ticos com os amigos. Atividades de pintura, poesias e música. Dia 7 às 15h. SESC Pompéia

☆ ENTRE AMIGOS. Aula de tai-chichuan e caminhada no Parque Ibirapuera. Atividade que reúne participan­ tes de vários grupos da Terceira Idade do SESC. Ponto de encontro no Plane­

O programa oferece aos comerciários e seus dependentes acesso ao turismo de baixo custo, com facilidades de paga­ mento, valorizando os aspectos sócioculturais das regiões visitadas e esti­ mulando a criatividade. Roteiros rodo­ viários em ônibus padrão. Turismo e hospedagem em Centros de Lazer e Férias do SESC ou hotéis conveniados.

EXCURSÕES

BERTIOGA (SP). Praia. Hospeda­ gem no SESC Bertioga. Passeios na Riviera de São Loureço e city tour. Pensão completa. De 2 a 8.


Turismo SESC Paraíso CABO FRIO (RJ). Praia. Hospeda­ gem no Hotel Malibu Palace. Passeios em Arraial do Cabo, Búzios e city tour. Meia pensão. De 24 a Io de mar­ ço (Carnaval). SESC Paraíso

☆ CABO FRIO (RJ). De 4 a 9. SESC São Caetano

☆ CALDAS NOVAS (GO). Estância hidrotermal. Hospedagem na Colônia de Férias Jessé Pinto Freire. Passeios no Jardim Japonês, Lagoa de Piratininga e city tour. Pensão completa. De 4 a 11 e de 25 a 4 de março (Carnaval). SESC Paraíso

☆ CALDAS NOVAS (GO). De 14 a 21. SESC São Caetano

☆ PORTO SEGURO (BA). Praia. Hospedagem no Hotel SENAC Ilha do Boi, em Vitória (ES), no Adriático Porto Hotel em Porto Seguro (BA) e na Pousada do Veleiros, em Nova Al­ meida (ES). Passeios em Vitória e Vi­ la Velha (ES); Cabrália, Trancoso, Ar­ raial D’Ajuda, Coroa Alta, Coroa Ver­ melha, praias de Porto Seguro e city tour (BA). Meia pensão. De 7 a 15. SESC Paraíso e SESC Taubaté.

☆ PORTO SEGURO (BA). Praia. Hospedagem no Hotel Financial, em Belo Horizonte (MG), Hotel Teófilo Otoni, em Teófilo Otoni (MG), Hotel do Fa­ rol, em Salvador (BA), Adriático Por­ to Hotel, em Porto Seguro (BA) e na Pousada dos Veleiros, em Nova Al­ meida (ES). Passeios: Bahia Panorâ­

Turismo mica, Bahia Histórica, Ilha de Itaparica, praias e city tour. Meia pensão. De 11 a 22. SESC Paraíso e SESC São Caetano

Turismo SESC Paraíso CAMBORIÚ (SC). De 25 a 28. SESC São Caetano

TEMPORADA DE FÉRIAS

SALVADOR (BA). Praia. Hospeda­ gem no Hotel Financial, em Belo Hori­ zonte (MG), Hotel Teófilo Otoni, em Teófilo Otoni (MG), Hotel do Farol, em Salvador (BA), Adriático Porto Hotel, em Porto Seguro (BA) e na Pou­ sada do Veleiros, em Nova Almeida (ES). Passeios: Bahia Panorâmica, Ba­ hia Histórica, Ilha de Itaparica, praias e city tour. Meia pensão. De 11 a 22. SESC Paraíso e SESC São Caetano.

☆ GRVATAÍ (SC). Estância hidrotermal. Hospedagem no Hotel Interna­ cional. Passeios em Orleans, Crisciúma, Laguna e city tour. Meia pensão. De 13a 19. SESC Paraíso

☆ PASSEIO À PRAIA BRANCA. Praia do Guarujá. Caminhada ecológi­ ca. Programação do projeto Verão La­ tino. Dia 17 às 17h. SESC Pompéia.

☆ NOVA ALMEIDA (ES). Praia. Hospedagem na Pousada dos Veleiros. Passeios em Vitória, Vila Velha e city tour. Meia pensão. De 24 a 1 de mar­ ço (Carnaval). SESC Paraíso

☆ SÃO LOURENÇO (MG). Estância. Hospedagem no Hotel Negreiros. Pas­ seios em Caxambu, Lambari, Cambuquira e city tour. Meia pensão. De 24 a 1 de março (Carnaval).

P anorâm ica d o SE S C Bertioga

BERTIOGA (SP). Situado no litoral de São Paulo, a 110 Km da Capital, o SESC Bertioga oferece parque aquáti­ co, ginásio de esportes, centro de re­ creação infantil, quadras de tênis, can­ chas de bocha, salas de jogos, biblio­ teca, restaurante e lanchonete com pista de dança. Equipe especializada organiza shows, festas, aulas de gi­ nástica e atividade de recreação. Esta­ das de 7 a 10 dias, finais de semana e feriados. Diárias com pensão comple­ ta. R$ 17,00 (comerciários matric.) e R$ 34,00 (usuários). Em abril tempo­ radas de 31 de março a 6 de abril e de Io a 7 de abril. Pacotes especiais: 13 a 17 de abril, 20 a 23 de abril e 28 de abril a Io de maio. Inscrições de Io a 15 de fevereiro (para a Capital - pes­ soalmente ou através de correspon­ dência para a unidade). SESC Paraíso OUTROS ESTADOS. Reservas indi­ viduais. Distrito Federal, Goiás, Santa Catarina (Blumenau e Florianópolis), Rio de Janeiro (Macaé, Nova Friburgo e Petrópolis), Pernambuco (exceto Se­ mana Santa) e Sergipe. Inscrições pa­ ra estadas no mês de abril, de 1 a 24 de fevereiro (para a Capital - pessoal­ mente na unidade).


Serviços

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R V IC

Serviços

CENTROS CAMPESTRES SESC Ipiranga.

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BIBLIOTECAS

SESC Carmo. Especializada em lite­ ratura de ficção, inclusive científica. Doze mil títulos para consultas no lo­ cal ou empréstimos. Oferece jornais do dia e revistas de atualidade para leitura na própria biblioteca. De se­ gunda a sexta das 10h às 19h.

☆ SESC Pompéia. Livros de arte, ro­ mances, histórias em quadrinhos e ludoteca. Consultas no local ou emprés­ timos. Oferece jornais do dia e revis­ tas de atualidade.De terça a sexta, das 10h às 20h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.

ODONTOLOGIA

O serviço de odontologia do SESC oferece tratamentos clínicos e cirúrgi­ cos em odontopediatria, má-formação, endodônticos e periodônticos, servi­ ços de prótese e rádio-diagnóstico. As ações na área de odontologia procu­ ram prevenir e evitar problemas de saúde, sendo complementadas tam­ bém por trabalho educacional. SESC Odontologia, SESC Consolação,

SESC Interlagos. Próximo ao Autódromo de Interlagos, ocupa área de 500 mil m2às margens da Represa Bil­ lings. Possibilita caminhadas entre paisagens naturais, com bosques de araucárias, pinheiros do brejo, figuei­ ras, jatobás, Mata Atlântica nativa, vi­ veiro de plantas, recanto de pequenos animais e lagos com pedalinhos. Estão à disposição dos visitantes sete qua­ dras polidesportivas, três de tênis, dois mini-campos de futebol, ginásio co­ berto, conjunto aquático com piscinas para adultos e crianças, quiosques pa­ ra churrasco e recanto infantil. Na se­ de social, sala de leitura, ludoteca, ter­ raços ao ar livre, berçário, restaurante e lanchonete. Auditório, para exibição de vídeos em telão e o palco do lago, para shows e espetáculos diversos, completam os serviços desta unidade. De quarta a domingo, das 9h às 17h30. R$ 0,50 (comerciários matric.), R$ 1,10 (usuários matric.) e R$ 3,50. Des­ conto de 50% para crianças de 4 a 14 anos. Estacionam ento no local a R$ 1,65. Ônibus urbanos com saídas da Plataforma F do Metrô Jabaquara (linha 675 - Centro Sesc) e do Largo São Francisco (linha 5317 - Centro Campestre Sesc).

☆ SESC Itaquera. 63 mil m2 de área construída, em 350 mil m2 de área. Oferece variadas opções de lazer, in­ cluindo atividades esportivas, artísti­ cas, culturais, recreativas, sociais e de contato com a natureza. Quadras poliesportivas, pistas de cooper, campos de malha, futebol e bocha e parque aquático com 8 toboáguas, além de lo­ cais para churrascos, festas, feiras, shows, exposições, vídeo e leitura. Pa­ ra as crianças, o Parque Lúdico apre­ senta os brinquedos Orquestra Mági­ ca, Trenzinho Cenográfico e Bichos da Mata. De quarta a domingo e feria­ dos, das 9h às 17h. O estacionamento comporta 1100 carros. R$ 0,55 (co23

Serviços merciário matric.), R$ 1,10 (usuário matric.), R$ 3,50 (visitante), R$ 1,75 (visitante, sem parque aquático), R$ 0,25 (comerciário matric. infantil), R$ 0,55 (usuário matric. infantil), R$ 1,65 (esta­ cionamento). Ônibus urbanos com saí­ da da Estação Artur Alvim (Linha 3772, Gleba do Pêssego) e Terminal São Mateus (Linha 2523F. Jardim Helena).

O cartão de matrícula no SESC é o seu passaporte para participar, com vanta­ gens, das várias atividades oferecidas e também desfrutar das piscinas, quadras e outros equipamentos. Para matricu­ lar-se no SESC, são necessários os se­ guintes documentos: Comerciário: car­ teira profissional, último hollerith, 1 foto 2x2 ou 3x4. Eventualmente, pode­ rá ser solicitada xerox da Guia de Re­ colhimento GRPS do INSS, caso não seja possível identificar a atividade da empresa. Para matrícula familiar, o ti­ tular deverá apresentar os mesmos do­ cumentos e ainda certidão de casamen­ to, certidão de nascimento dos filhos menores de 21 anos e uma foto de ca­ da dependente (esposa e maiores de 7 anos). A taxa de matrícula varia de acordo com a faixa salarial. A matrícu­ la poderá ser feita em qualquer unida­ de do SESC e tem validade nacional de 12 meses. Comerciário aposentado: carteira profissional e recibo do banco com o último valor do benefício pago pelo INSS e uma foto 2x2 ou 3x4. Não comerciários podem inscrever-se no SESC apresentando documento de identidade (RG) e uma foto 2x2 ou 3x4. Informe-se na unidade de seu in­ teresse sobre restrições e condições es-


S E R V IÇ O S O C IA L D O C O M É R C IO S Ä O PA U LO INTERLAGOS

Av. Manuel Alves Soares, 1100 - Tel. 520-9911

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Rua Bom Pastor, 822 - Tel. 273-1633

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ESPORTES

O Challenge Day, ou o Dia do Desafio, será em 31 de maio magine mais de mil cidades no mundo unidas durante um dia para a prática de esportes, sejam eles quais forem. Pois saiba que este sonho de integração dos povos não é nenhuma utopia absurda. A data do “es­ porte para todos” já existe há três anos. Acontece na última quarta-feira do mês de maio, e foi instituída pela Tafisa (Trim and Fitness International Sports For All Asso­ ciation), uma entidade mundial sediada atualmente em Frankfurt, Alemanha. É o Challenge Day, “o Dia do Desafio”, e este ano cai no dia 31 de maio. Mas que desafio é este? Como a Ta­ fisa busca integrar as comunidades atra­ vés do esporte sem a necessidade da competição, cada indivíduo que partici­ pa do Challenge Day é considerado um vencedor. Mas, só por brincadeira, as cidades são distribuídas em duplas e a que conseguir colocar mais pessoas fa­ zendo algum tipo de atividade física neste dia (proporcionalmente ao seu nú­ mero de habitantes), por pelo menos quinze minutos, é a vencedora. Cada grupo ou cada indivíduo pode praticar o esporte que mais lhe apetecer: pinguepongue, caminhada, yoga, judô, sumô, futebol, frescobol, bumerangue, freesbie, aeróbica, natação... E fazer isso no lugar que mais lhe aprouver: no clube, no trabalho, em casa ou na praça. Todos os países são convidados a participar do Challenge Day, sem dis­ tinção política, religiosa, ideológica ou racial. No ano passado, mais de 1.500 cidades de 28 países toparam o desafio, reunindo cerca de 20 milhões de parti­ cipantes. Este ano inscreveram-se cerca de 1.200 cidades. Segundo os organiza­ dores do evento, o mais importante é alimentar nos cidadãos, além do gosto pela atividade física, o sentimento de amizade entre os povos e o amor pela sua própria comunidade. A escolha de uma quarta-feira, dia útil, não foi à toa. Com isso, a Tafisa espera fazer com que as pessoas que­ brem um pouco sua rotina e realmente parem para pensar no assunto. Além do mais, assim fica mais fácil reunir gran­ des grupos em empresas, escolas, clu­ bes, academias etc.

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A história do Challenge Day co­ meça no Canadá, onde, em 1983, a ci­ dade de Saskatoon mobilizou-se para a atividade. Outras cinqüenta cidades daquele país também aceitaram o de­ safio. Em 1992, dois anos após a cria­ ção da Tafisa, o Challange Day tomou caráter internacional. A Tafisa dá o apoio necessário à realização do Challenge Day, treinan­ do os técnicos de cada lugar inscrito. Os encontros preparatórios acontece­ ram este ano em Frankfurt, no centro de treinamento da Lufthansa, empre-

sa que apóia o evento. E o Brasil nessa história? Está pron­ to para encarar o desafio! Cinco cida­ des do interior de São Paulo estão ins­ critas no Challenge Day 95. São elas Bauru, Ribeirão Preto, Santos, São Jo­ sé do Rio Preto e Sorocaba. Se você quiser participar, consulte o Sesc, que está organizando o evento nas primei­ ras quatro cidades. Em Sorocaba, pro­ cure a Secretaria de Esportes. Fazer acontecer o Challenge Day no Brasil tem tudo a ver com a filosofia que o Sesc tem em relação aos esportes.

No programa Esporte Empresa, os interessados recebem instruções para montar seus times

Serviço para quem deseja m ontar um time em sua empresa ate r um a b o la com os com panheiros da em presa pode ser um a ótim a m a­ neira de fugir das tensões cotidianas. A lém do m ais, esse tipo de atividade só faz m elhorar as relações de trabalho: um office -b o y , po r ex em plo, e n fren ta seu chefe e, na quadra, eles p o ­ dem se conhecer m elhor ainda do que no escritório. O problema é saber como e onde fazer isso, especialmente quando a empresa tem ambições um pouco mais sofisticadas: organizar um campeonato com regulamento, uni­ forme, premiação, arbitragem. V a­ mos supor que o gerente do centro de processamento de dados, aquele que teve a idéia de criar o campeonato, não entenda nada dos detalhes técni­ cos do assunto. Na verdade, ele não tem a mínima obrigação de entender. É assim, pelo menos, que pensa o Sesc. Para atender estes comer-

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ciários, as suas unidades dão o apoio necessário às empresas comerciais que pretendam integrar seus funcio­ nários através do esporte. “Com o projeto Esporte Empre­ sa, ensinamos o pessoal a criar o re­ gulamento, as tabelas e também in­ dicamos empresas que trabalham com uniform es, medalhas e até ar­ bitragem. Além disso, acompanha­ mos todo o desenrolar dos tor­ neios”, explica Humerto Peron Jú­ nior, técnico do Sesc Pompéia. Cerca de 20 empresas usam as quadras do Sesc Pompéia mensal­ mente, promovendo desde campeo­ natos até bate-bolas informais. A m odalidade mais popular, sem dú­ vida, é o futebol de salão, seguida pelo vôlei e pelo basquete. O utra preocupação do Sesc, dentro do projeto Esporte Empresa, é não deixar as mulheres de fora. “Como nosso objetivo é fazer com que as pessoas se integrem, insisti­ mos em que as empresas promo­ vam jogos femininos, geralmente de vôlei. Assim, não fica aquela coisa de machão, em que as mulhe­ res aparecem só para torcer”, diz Humberto Peron. 19


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Entrudo, litogravura de Augustus Earle, exposto na mostra Iconografia do Carnaval, na Pinacoteca de São Paulo - Acervo Arquivo do Estado

CARNAVAL Excertos de textos do pesquisador J.LFerrete sobre a história do Entrudo ao Sambódromo

uscando as origens mais re­ motas do Carnaval (do jeito, evidentemente, como o co­ nhecemos hoje), os pesquisa­ dores recuaram 10 mil anos antes de Cristo, localizando, entre alguns aglo­ merados humanos, festejos em home­ nagem à boa colheita. Homens, mu­ lheres e crianças, pintados e cobertos de penas ou pêlos, acendiam fogueiras em volta de seus “habitats” e “afugen­ tavam”, com caretas, os demônios da má colheita. A algazarra, que presu­ mivelmente faziam, parecia ter qual­ quer semelhança com o que entende­ mos por Carnaval. Bem mais adiante, no tempo, há indícios de festejos parecidos, entre egípcios e hebreus, quase sempre

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vinculados à agricultura ou ao pasto­ reio. Com uma diferença, porém: co­ meça a manifestar-se o que classifi­ caríamos de “licenciosidade”, provo­ cada, ao que se supõe, pela necessi­ dade de “válvulas de escape” em so­ ciedades já organizadas sob normas rígidas. Quanto a isto, todavia, existe mais fantasia litarária que comprova­ ção científica. O fulcro - estético e etimológico do Carnaval moderno parece residir, realmente, na Roma antiga. Nesta, os festejos ainda envolvem orgia e liber­ tinagem, mas se organizam em termos de comportamento urbano. O pretexto são as Saturnais, celebrações marca­ das anualmente para os dias 16, 17 e 18 de dezembro, em honra da igualda­

de existente entre os homens, a partir dos tempos em que Saturno, expulso do céu por Júpiter, passara a habitar o Lácio. As permissões, então, atingem extremos: escravos vestem toga, mu­ lheres casadas portam-se como soltei­ ras e não há mais distinção de classes. A liberdade é total nesses esfuziantes três dias. Escolas e tribunais, além do comércio, permanecem fechados. Mas o que caracteriza essen­ cialmente as Saturnais romanas é seu cortejo de abertura, feitos em grandes carros imitando navios - os carrum navalis. No interior desses carros, um amontoado de homens e mulheres, todos nus, movimenta-se freneticamente em danças e can­ ções obscenas, concitando à libertiFevereiro/95


nagem. Do carrum navalis, afir­ mam alguns, proveio a expressão italiana carnavale, que, resultaria em expressões derivadas em diver­ sas outras línguas. Esse colorido desbragado Carna­ val romano seria adotado pelo Cris­ tianismo, sem qualquer solução de continuidade e não obstante os san­ tos ensinamentos. Proibiram-se os carrum navalis, é verdade e não mais subsistem as alegorias obsce­ nas, mas a Igreja encontra dificulda­ de em controlar o tradicional sentido de “igualdade entre os seres” per­ missivo de certo grau de licenciosi­ dade. Em regra, durante a Idade M é­ dia, o Carnaval se desenvolve em torno de encenações de sentido litúrgico, corridas de corcundas, disputa entre cavaleiros e “guerras” urbanas de objetos (ovos, em geral), tudo à noite, sob a iluminação feérica de to­ cos de vela (malcoletti). Com o correr dos séculos, o ca­ lendário cristão passaria a situar o Carnaval nos três dias que antece­ dem a quarta-feira de Cinzas, início da Quaresma, isto é, época de triste­ za e recolhimento. Mas Quaresma, como se sabe, é também época de abstenção de carne. Daí alguns estu­ diosos haverem encontrado na ex­ pressão latina carne vale (ó carne, adeus) a origem inequívoca da pala­ vra Carnaval em italiano. Outros contestam, alegando que nesta lín­ gua não existe o vocábulo vale. Na sua opinião, Carnaval deriva do dia­ leto milanês carnem levare (absten­ ção de carne). Seja qual for a origem da expres­ são, o certo, porém, é que o período de Carnaval foi marcado pela Páscoa dos católicos, pois o Domingo de Páscoa deve sempre cair entre 22 de março e 25 de abril do atual calendário. E o Domingo de Carnaval ocorre 7 domin­ gos antes do e Páscoa. Amargamente tolerado e regula­ mentado pela Igreja, o Carnaval atra­ vessaria os séculos, na Europa, a co­ mando da euforia popular. E iria flo­ rescer entre os séculos XV e XIX, marcadamente em cidades como Ve­ neza, Nápoles, Colônia e Munique, invadindo com seus pretextos até mesmo a conservadora Londres. Em Paris, por volta do século XVI, foram instituídas as “m asca­ radas” , em bailes de corte, que não se interrom peram nem mesmo com a Revolução. Paralelam ente, intensificaram -se as festas de rua, com fantasias, rostos pintados e carros alegóricos, além das “batalhas”populares em países como a Espanha, à base de flores. Fevereiro/95

Momo por Manet “O Carnaval no Rio tem um aspecto to­ do especial. No domingo passei o dia na ci­ dade. Às três horas, todas as mulheres bra­ sileiras vão, seja para suas portas, seja pa­ ra seu s balcões, e jogam em todos os s e ­ nhores que passam bombas de cera de to­ das as cores, cheias de água e que são chamadas de Limões. Em várias ruas, eu fui atacado, segundo o costume do país. Eu tinha os bolsos cheios de Limões, e eu retruquei da melhor forma possível, o que é bastante animado. Essa ma­ nobra durou até às seis horas da noite, depois tudo retorna ao normal e, acontece, então, um Baile de Máscaras copiado dos bailes da Ópera, onde só o francês sobressai (...)” EDOUARD MANET Lettres de Jeunesse 1848-1849, Voyage a Rio, pag. 55

O Carnaval chega ao Brasil, via Portugal O Carnaval português é analisado pelos cronistas como “o mais violento e sujo da Europa”. Nos centros princi­ pais, ao que se narra, atiravam-se obje­ tos pesados à cabeça dos passantes, re­ sultando a grosseria, às vezes, em morte. As alternativas “festivas” não se mostravam melhores: os incautos eram atingidos por ovos podres, baldes de urina ou latas de goma. Havia, na­ turalmente, os mais sensatos, mas nun­ ca se sabia de onde vinha o pior. A gente da nobreza, impossibilita­ da de conter essa desamorada euforia, costumava afastar-se das cidades, indo buscar refúgio em propriedades rurais. Desta reação acabaria resultando im­ portante medida, e com ela um outro plano de festa carnavalesca: a dos re­ cintos fechados, privativos da fidal­ guia. Neste ponto, antecipando-se ao que já se observa atualmente, come­ çam a dintinguir-se classes de foliões, com a via pública reservada “aos me­ nos educados”, consideração de exa­ gerado radicalismo, convenhamos. Naturalmente, os portugueses trou­ xeram o Carnaval para a Colônia, a princípio da mesma maneira áspera como o desenvolviam em sua terra. Consta como tendo sido 1641 o ano do primeiro Carnaval no Brasil. O gover­ nador Correia de Sá e Benevides pro­ moveu-o, a partir da noite de Domingo de Páscoa (dia 31 de março), no Rio de Janeiro, como parte de uma série de festas para comemorar a subida ao tro­ no de D. João IV, restaurador da mo­ narquia portuguesa. Mas haveriam de passar-se quase dois séculos até que a festa se institucionalizasse entre nós,

pelo receio - alguns afirmam - que ti­ nham as autoridades portuguesas “dos ensejos de movimentos revoltosos”. O que caracterizou o festejo, no começo, foi o chamado entrudo - da expressão latina “introitus”, designati­ va da primeira parte das cerimônias litúrgicas da quarta-feira de Cinzas. O entrudo consistia na realização de “ba­ talhas” de rua, envolvendo um vale-tu­ do terrível, semelhante ao efetuado em Portugal. Tão violentas eram as mani­ festações que, a princípio, as autorida­ des pretenderam proibi-las. Mas, em vão. O entrudo só se amenizaria - e já neste século - a partir da introdução da serpentina, do confete e das bisnagas lança-perfume. Nesse entremeio, as pessoas de “boa sociedade” tentavam escapar à brutalidade do entrudo internando-se em estâncias distantes. Em outros ter­ mos, privavam-se de divertimentos. O primeiro indício de solução pa­ ra este impasse ocorreu a 22 de janei­ ro de 1840, no Rio. Uma italiana, mu­ lher do dono do Hotel Itália - já desa­ parecido, localizado no Largo do Rossio (atual Praça Tiradentes) -, or­ ganizou um baile de máscaras no in­ terior do estabelecimento, convidan­ do para a festa “à veneziana”, as pes­ soas da melhor sociedade local. Este fato marcou não apenas o início da possibilidade de “pessoas de boa edu­ cação” se divertirem no Carnaval, co­ mo também a realização do primeiro baile de máscaras de Carnaval no Rio de Janeiro. O exemplo serviria, nos anos seguintes, para incentivar inicia­ tivas semelhantes, garantindo-se para os “de boa sociedade” um tríduo con­ digno de festividades. Em 21 de fevereiro de 1846, a ar­ tista Clara Delmastro iria organizar, no hoje desaparecido Teatro de São Januário, um rico baile de máscaras, “com fantasias deslumbrantes e ele­ gantes danças”. Mais adiante, o tam­ bém desaparecido Imperial Teatro D. Pedro II iria ser inaugurado com um luxuoso baile de máscaras (17 de fe­ vereiro de 1871), e, cinco anos depois, o Teatro São Pedro (sede do atual Teatro João Caetano) abrigaria três bailes de Carnaval. Estes bailes passa­ riam a seis, no ano seguinte. E, com o correr dos anos, diversos outros tea­ tros dedicariam os três dias de Carna­ val a esplendorosas “mascaradas”, motivando fantasias e decorações ca­ da vez mais admiráveis. Vimos, deste modo, como se distin­ guiram os festejos carnavalescos no País: de um lado, a festa de rua, quase sempre improvisada e espalhafatosa: de outro, os “bailes de máscaras”, destina­ dos aos de condição social superior. 21


O Carnaval de rua havia encontra­ do, por volta de 1846, uma notável personagem: a figura inconfundível do Zé Pereira, com toda a algazarra que até hoje representa. Este Zé Pereira, ao que consta, era um sapateiro portugês (“altura regular, ombros e cadeiras lar­ gas, peito cabeludo, sempre em man­ gas de camisa, bigode curto e grisalho, vendendo saúde”, na descrição de Vieira Fazenda) chamado José No­ gueira de Azevedo Paredes. Sentindo saudade de sua terra, José Paredes teve a idéia de, num domingo de Carnaval, convidar alguns patrícios para reviver uma festa portuguesa. Disto resultou, nesse dia, um ruidoso desfile pelas ruas do Rio de Janeiro, a toque de bumbos e em ritmo de “chu­ la” minhota. Paredes, sem o saber, in­ troduzia o bumbo e seu ritmo no Car­ naval brasileiro. Em meio ao cortejo, dezenas de populares juntaram-se aos alegres portugueses, felizes com aque­ le estridor, que parecia conclamar a ci­ dade para as festas. O desfile do Zé Pe­ reira (apelido que deram a José Pare­ des) passou a fazer parte obrigatória dos festejos carnavalescos no Rio. Al­ guns anos mais tarde, uma peça musi­ cal iria adaptar a melodia principal de certa revista francesa intitulada “Les Pompiers de Nantère”, criando, sobre o ritmo de “chula” com que Paredes concitava a cidade ao Carnaval, o po­ pular hino Zé Pereira, que é, até hoje, “prefixo”do tríduo. O Carnaval, entrementes, difundiase pelo País todo. Na segunda metade do século passado, os festejos em São Paulo, Recife e Salvador eram movimentadíssimos, marcados inclusive pela instituição de “sociedades carna­ valescas” amparadas por pessoas de posse. Em São Paulo, por essa época, surge a sociedade “Paulicéia Vaga­ bunda”, composta de “senhoritas de boas famílias”, todas estudantes. Com isto, percebe-se, um terceiro tipo de festividade se emparelha à de rua e à desenvolvida nos teatros, por ocasião do Carnaval, aproveitando o compor­ tamento popular (negros e mulatos, na sua maioria) na manifestação de “jo­ vens de famílias distintas”.

Na então Capital do País, a glória do Carnaval Mas é no Rio de Janeiro, inquestio­ navelmente, que o Carnaval e as socie­ dades carnavalescas ganham maior bri­ lho. Uma das primeiras sociedades que se conhece, “Congresso das Sumidades Carnavalescas”, inclui literatos, pintores e grandes capitalistas na sua direção. Surgem, a seguir, a “União Veneziana”, 22

a “Euterpe Comercial” e a “Zuavos Car­ navalesco”. Há brigas, dissensões por imprensa e até mesmo crimes de morte, geralmente motivados por prevalência. Mas, acima de tudo, observa-se organi­ zação e requinte. Este exemplo, segun­ do José Ramos Tinhorão (in Música Po­ pular, um Tema em Debate, edição JCM), “começou a influir nas comuni­ dades carnavalescas pobres e, assim, aproveitando o esquema das procissões, já paganizadas no folclore, surgiram os primeiros ranchos, depois os cordões, depois os blocos e, finalmente, as esco­ las de samba, resumindo a soma de to­ das as experiências”. Somente em 1894 não houve Car­ naval no Rio, devido à Revolta da Ar­ mada. Mesmo assim, no Sábado de Aleluia (24 de março) os foliões saí­ ram às ruas e proporcionaram um rápi­ do Carnaval de 24 horas. Em 1897, aconteceu o mais impor­ tante. Madureira resolvera fazer sua própria festa, instalando música e fo­ liões em sua praça principal. O Carna­ val no centro, por conseqüência foi um fracasso. Nos anos seguintes, os de­ mais subúrbios decidiram imitar Ma­ dureira, ensejando, deste modo, o Car­ naval de rua dos bairros. Em 1906, com a abertura da Ave­ nida Central (atual Rio Branco), os “cordões” e os “ranchos” suburbanos iriam deslocar-se novamente para o centro, imprimindo brilho cada vez maior ao Carnaval carioca. Já se co­ meça, inclusive, a criar músicas apro­ priadas para os desfiles. Em 1899, Chiquinha Gonzaga havia composto aquela que é considerada a primeira música escrita especialmente para Carnaval - Ó Abre Alas, suscitando o gosto pela coisa. Antes, observe-se, a música carnavalesca restringia-se à polca, ao maxixe e à quadrilha, na maior parte dos casos de origem euro­ péia, com as adaptações, que o teatro de revista lhes vinha fazendo. As le­ tras, em regra, eram impublicáveis por sua grosseira irreverência. Em 1907, incentivado pelo desfile (1 de fevereiro) de um carro presiden­ cial com as filhas de Afonso Pena, que atravessou toda a Avenida Central, instaurou-se o corso, ou seja, desfiles de carros. As “batalhas de confete” impõem-se. As fantasias e os carros alegóricos enchem de cores as ruas centrais, atraindo o entusiasmo e a cu­ riosidade da maior parte da população. As fantasias ou temas de desfile, a propósito, proporcionam uma estranha e desconcertante mescla de culturas. De um lado, vestígios de fetichismo africano, com “rainhas” e “reis” apara­ tosamente engalanados. “Vestígios do tempo em que somente negros e mula­

tos se envolviam no Carnaval de rua”, segundo alguns observadores. No mesmo cortejo, irmanam-se Arle­ quins, Colombinas e Pierrôs, remanes­ centes carnavalescos da “Commedia dell’Arte” italiana, totalmente integra­ dos em nossa visão ética do sedutor, da seduzida e do tolo. E, aqui e ali, misturando-se a essa espantosa univer­ salização cultural, bichos, monstros e figuras mitológicas, a maior parte de origem européia, já agora desfilando e cantando com acompanhamento de pequenos grupos instrumentais. Juntese a tudo isso uma figura tipicamente carioca - a do “malandro”, produto do “excedente de mão-de-obra” na Capi­ tal do País - e o quadro confuso está completo, nas suas mil e tantas com­ plicações carnavalescas. Os “cordões”, com seu componen­ te rítmico de tamborins, cuícas e recorecos (que, com o passar dos anos, ha­ viam substituído o simples tambor do Zé Pereira) são superados, a partir de 1911, pelos “ranchos”. Estes, enrique­ cendo o sentido daqueles, propõem-se a um enredo, quase sempre remontan­ do ao folclore africano. Incluem com­ positores próprios, cujas criações ga­ nham o título de “marchas de rancho” e, sempre que possível, vinculam-se ao motivo do desfile. À maneira africana, estes “ranchos” ostentam um “rei” e uma “rainha”, e seu “porta-estandarte” é mais aperfeiçoado que o dos cordões: tem um mestre de harmonia, um de canto e outro de dança. Houve no Rio de Janeiro, nas primeiras décadas do século, uma série de “ranchos” admirá­ veis, alguns deles até hoje recordados com saudade: “Mimosas Cravinas”, “Botão de Rosa”, “Rosa Branca”, “Flor do Abacate”, “Ameno Resedá” e “Cananga do Japão”, por exemplo. Mais adiante, surgiriam os “blo­ cos” e, afinal, as “escolas de samba”, numa gradação que, historicamente, bem demonstra a irreprimível ascen­ são das chamadas “camadas inferiores da população” à nossa mais famosa festa. Em 1933, enfim, um grupo de jornalistas cariocas iria impor a figura do Rei Momo, a princípio como um simples boneco de papelão colorido, com sua imensa barriga a suportar um fivelão dourado. Três anos depois, re­ solveram criar um Momo de carne e osso, elegendo, para a função, um gor­ do redator de turfe do jornal A Noite, chamado Morais Cardoso. Este, que seria o primeiro a usar no País o título de “Rei Momo I e Único”, estenderia seu reinado por mais de dez anos, con­ solidando a imagem tão nossa conhe­ cida da figura monarcal. Em 1967, es­ te “reinado” seria oficializado pelo Governo da Guanabara, através de Fevereiro/95


uma lei que estabeleceu normas para os pretendentes ao cargo: por exem­ plo, ter mais de 1,65 m de altura, aci­ ma de 110 quilos, espírito carnavales­ co comprovado, etc. Os hoje mundialmente famosos bailes de Carnaval, do Teatro Munici­ pal do Rio, começaram em 1932, vinte e três anos após a inauguração do mes­ mo. A partir de então, os bailes do Mu­ nicipal passariam a incluir-se entre os mais esplendorosos espetáculos do Carnaval carioca, atraindo gente famo­ sa do mundo inteiro. Ele só não se rea­ lizou em 1934 (devido à reforma por que passou o prédio) e no período de 1943 a 1947, em virtude da II Guerra Mundial e outros problemas internos. Em 1936 foi instituído o concurso de fantasias, com um prêmio para cava­ lheiros e outro para senhoras.

O fastígio e a decadencia E a música carnavalesca brasilei­ ra, também famosa no mundo intei­ ro? Bem, esta começou realmente a partir do Ó Abre Alas, em 1899. A marchinha de Chiquinha Gonzaga iria manter-se em cartaz durante os primeiros anos deste século, absoluta em matéria de prestígio. A época ain­ da era de maxixes, toadas, polcas, tangos e one-steps ingleses; não ha­ víamos definido, ainda, um gênero como o samba, por exemplo. Cantava-se, no período carnava­ lesco, tudo aquilo que viesse agradan­ do no período que o antecedia, mes­ mo que fosse uma melodia estrangei­ ra. Quanto a ser estrangeira a música, não tinha importância. Nos teatros de revista, fazia-se a versão da letra para o português, e quando não havia letra original inventava-se qualquer uma. Os assuntos, nessas letras, normal­ mente eram de fundo político. Quan­ do não, apelava-se para o indecoroso ou se ironizava um costume ou figu­ rão da época. Até 1917 - quando surgiu o samba Pelo Telefone, registrado por Donga como composição sua - não existia propriamente uma música carnavales­ ca no Brasil. Houve, é verdade, cria­ ções como No Bico da Chaleira (pol­ ca, de Costa Júnior, adotada no Carna­ val de 1909), Caboca de Caxangá (toada sertaneja, assinada por Catulo da Paixão Cearense, em 1913) e O Meu Boi Morreu (outra toada sertane­ ja, adotada em 1916), mas ainda lhes faltava aquele sabor típico, nascido com Ó Abre Alas e consolidado por in­ termédio de Pelo Telefone. Próximo passo importante, no sentiFevereiro/95

Em Itaquera, uma delícia de folia Brincar o Carnaval em S ão Paulo nun­ ca foi tão divertido. Além de muito samba, axé, remelexo e outros p assos, o Carnaval do S e s c Itaquera vem e ste ano com muita cultura, lazer e informação. Durante todo o m ês de fevereiro, uma série de programas e atividades esp eciais, para crianças e adultos, estará acontecendo por lá. A festa com eça logo na primeira sem a­ na do m ês. Do dia 1g ao dia 5, uma oficina para crianças, dirigida pelos técnicos do S esc, ensina a confecção de instrumentos musicais. Na segunda sem ana, é a vez das m áscaras. A terceira, das fantasias e adere­ ços. Embora o programa seja destinado aos pequenos, papais, m am ães e titios que qui­ serem aderir à folia também serão bem-vin­ dos. Nos dias 25, 27, 27 e 28, os tem as m áscaras, fantasias, estandartes e música serão repetidos em oficinas intensivas. A programação musical também será das mais quentes, e foi imaginada com a in­ tenção de mostrar a s diferentes manifesta­ ç õ e s carnavalescas do país. Anote a agen ­ da de shows. No dia 5 de fevereiro, o conrv positor carioca Zé Kéti, autor de Máscara Negra, vai lembrar marchinhas e sam bas dos Carnavais do passado. Dia 12 é a vez do grupo Cluster, que chega com uma pro­ posta diferente: interpretar músicas de Car­ naval com instrumentos eruditos, com o o oboé e o violino. O grupo Mistura & Manda, liderado pelo saxofonista Paulo Moura, faz a festa no dia 19, tocando xote, maracatu e outros ritmos folclóricos. No dia 28, o grupo Quebra Gereba faz o show Carnaforró, com muito forró, é claro, e também mostrando a energia do frevo pernambucano. Quem pretende fazer bonito pelos s a ­ lões e avenidas durante o reinado de Momo também vai aprender a dançar conforme o com passo de cada dança. No dia 25, have­ rá uma aula aberta de sam ba e reggae. Dia 26, é a vez do forró e do frevo. Dia 28, os candidatos a p assistas poderão testar o mo­ lejo da cintura ao som da axé music baiana. O ponto alto da festa em Itaquera acon tece no dia 27, segunda-feira de Car­ naval. A Escola de Sam ba Unidos de S ão Miguel estará presente, com bateria, m estre-sala, porta-bandeira, baianas. O mais interessante é que o público, ao contrário do que acon tece nas a p resen tações nor­ mais de uma esc o la , também poderá cair no sam ba, lado a lado com o s p assistas. N este m esm o dia, o puxador de sam ba Tobias, da Vai-Vai, também s e apresenta em Itaquera, para a alegria dos am antes do Carnaval.

do de música carnavalesca autêntica, vi­ ria com Pé de Anjo, de Sinhô, em 1920. E, mais para a frente, através de Esta Nega Quer Me Dar (1921), de Caninha; Pemberê (ainda 1921), de Eduardo Sou­ to e João da Praia; Ai, Seu Mé (1922), de Freire Júnior e Careca; e Tatu Subiu no Pau (1923), de Eduardo Souto. No fim da década de 20, com o rá­ dio e o disco no sistema elétrico substi­ tuindo o teatro de revista como meio de difusão musical, o gênero carnavalesco explode subitamente. Já se fala em mú­ sica “feita especialmente para o Carna­ val” e os gêneros mais explorados são a marchinha, o samba e a batucada - es­ ta, por definição, “o samba de morro”. Em 1930, difundidas pelo rádio, três músicas “estouraram” de maneira ex­ traordinária, não só no Carnaval carioca como também nas principais Capitais brasileiras: Dá Nela (de Ari Barroso), Na Pavuna ( de Almirante e Home­ ro Domelas) e Taí (de Joubert de Car­ valho, marcando o primeiro sucesso na carreira da estreante Carmen Miranda). Os ritmos são do agrado popular, as melodias fáceis de decorar e as letras caem imediatamente no gosto de todos. Estava lançada, em definitivo, a campa­ nha da música carnavalesca no Brasil. Em 1932, dá-se a consagração de O Teu Cabelo Não Nega (dos Irmãos Valença e Lamartine Babo), cuja introdu­ ção orquestral, feita por Pixinguinha, iria atuar, no futuro, como uma espécie de “hino de todos os tempos do Carna­ val brasileiro”. O sucesso em Carnaval passa a representar tanto para os com­ positores e cantores que seus maiores cuidados parecem repousar nesse tipo de produção .Terminada a guerra, em 1945, retoma o esplendor carnavales­ co, e com este uma nova “onda” de sambas e marchinhas notáveis. Mas as gravadoras e editoras musicais também começam a multiplicar-se, açuladas pelo lucro que o negócio começa a re­ velar. A chamada “caitituagem” carna­ valesca toma conta do rádio, motivan­ do números assustadores. A quantida­ de de músicas carnavalescas, que em 1950 girava em tomo das duzentas, passaria, em 1965, para cerca de 1 200 em um ano. Os autênticos - composito­ res e intérpretes - abandonam a luta, re­ cusando-se ao “negócio”. O que vai sobrando, nos grandes centros, é a lembrança dos fabulosos Carnavais do passado, prova está que os sucessos são sempre aqueles mes­ mos, de vinte e trinta anos atrás. Quan­ to ao mais, resta-nos ainda um anima­ do Carnaval de ma - em cidades como o Rio de Janeiro, Salvador e Recife - a lembrar que ainda existe o milenar di­ vertimento. Pois, convenhamos, Mo­ mo já não é mais aquele. 23


I

I Z Z : m dezembro passa­ do, o presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ser necessário se discutir a educação e a televisão. Chamava atenção para uma curiosa esperteza das emis­ soras comerciais: os pro­ gramas educativos sem­ pre entram em horários ino­ portunos, ou muito cedo ou muito tarde da noite. A revista Ecomprou a polêmi­ ca e chamou para discutila intelectuais, professores e homens de televisão. Em depoimentos e artigos exclu­ sivos, o professor Samir Meserani, o j o r n a l i s t a e s e c r e t á r i o d e C om u­ nicação Social da P re­ s id ê n c ia da República, Roberto Muylaert, o edu­ cador e diretor do Colégio Anglo-Latino, Sergio Arcuri, o jurista Manuel Alceu Affonso Ferreira, o dra­ maturgo e autor de nove­ las Lauro Cesar Muniz, e Walter George Durst, um dos pais da tevê brasileira, dão suas opiniões sobre o tema. Pela leitura do mate­ rial, percebe-se a necessi­ dade de se melhorar a qualidade da programação produzida no Brasil. 24

TV

“A TV é um bebê: precisa amadurecer e criar um tipo próprio de educação” Samir Meserani m bora se diga que m ais vale quem D eus ajuda do que quem cedo m adruga , os pastores eletrônicos e outros religiosos acordam cedo p a­ ra despertar a fé dos m adrugadores através de program as de televisão. Seu público não é aquele que apa­ rentem ente D eus ajuda. São os que cedo m adrugam : lavradores, bóias frias, operários, pedreiros, m otoris­ tas de ônibus, porteiros, faxineiras e o padeiro da esquina. Q uando têm um tem pinho ou estão desem ­ pregados, vêem esses program as religiosos, os rurais e de m úsica sertaneja. A lém desse público de­ sam parado que acredita que D eus tarda mas não falha, há outra razão para os cultos m atinais televisivos:

os horários são m ais baratos. D entre os m atinais, estão os program as educativos, que não se dirigem a público algum. N ão inte­ ressam aos trabalhadores da m anhã e nem aos estudantes, que dorm em nos seus horários. N ão têm patroci­ nadores. E são extrem am ente cha­ tos. V ão para as m anhãs tam bém pelo baixo custo do horário. A ssim sendo, parece b esteira m antê-los. M as não é. E les vão para o ar para fingir um interesse das em issoras no que se pretende ser “ed ucação” e “cultu ra” . Os canais são co n ces­ são pública. É preciso m anter as aparências. S obretudo em relação à escola, que desde o advento da tevê vem lam entando por sentir a sua concorrência, por cativar seu público cativo dos hábitos de leitu ­ ra para os hábitos de ver televisão. Em m édia, um a criança no B rasil vê cerca de quatro horas de telev i­ são. E lê pouco. A b rig a entre esco la e tevê an ­ da aten u ad a, m as ain d a m o stra sua p resen ça nos pro g ram as e d u ­ cativ o s, um p reten so esp aço de conciliação . U m eq u ív o co entre tantos outros. O p rim eiro equívoco nessa d is­ p u ta p o r au d iên cia é p en sar-se ed u c ação restritiv a m en te , com o sendo a escolar, m uito em bora to ­ do m undo saiba que a escola não edu ca m ais grande coisa. E stá aí p ara dar diplom a, quando privada, e m erenda escolar, quando p ú b li­ ca. E xiste alguém satisfeito com a educação escolar? U m outro tipo de conclusão está Fevereiro/95


no que se entende por “cultura”. A es­ cola é um a agência social da cultura escrita erudita e faz acreditar que essa é a única cultura ou a superior. Exclui ou inferioriza a tevê por esta trabalhar outro tipo de cultura e de linguagem. A cultura da tevê é tida como imbecilizante e de manipulação ideológica. Para isso colaboram muitos progra­ mas como os dos Silvios Santos, Gugus, Hebes, Sérgios Malandros, Xuxas ... O insuportável programa “kistch” do Clodovil, os shows brega-bucólicos da música sertaneja e o besteirol romântico ligeiro da novela das seis na Globo. Programas de inteli­ gência e gosto abaixo do nível do mar. Todavia, nem tudo na tela é des­ se nível e, muito mais ainda, nem pre­ cisa ser. Por outro lado, é bom que se diga, a escola também não é um tem­ plo do pensamento reflexivo e da criatividade. Longe disso. Cultiva mesmo é a memória, a decoração da matéria dada. Em matéria de manipu­ lação ideológica, não é inocente. Há séculos é uma agência de doutrina­ ção, de catequese. No Brasil, desde os jesuítas até nossos dias. Visto que são equívocos que não resistem a um exame crítico, há que se partir para outros caminhos. E pre­ ciso começar entendendo que vive­ mos numa época de grande plurali­ dade de culturas e tipos de educação. U m a época caracterizada pela concorrência de veículos, linguagens e mensagens. Cada um de nós, dia­ riamente, tem que escolher no exíguo tempo de 24 horas entre o livro, a re­ vista, o jornal, o disco, o show musi-

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“A fixação de mensagens através das imagens é muito mais eficaz” Sergio Arcuri educação pela televisão é um a realidade. A qui no colégio, tem os tido boas experiências com o vídeo: a fixação da m ensagem através das im agens é m uito m ais eficaz. A TV possibilita a educação m odular e a padronização da inform ação. O ideal, no caso dos telecursos, é que se se criassem telepostos em em ­ presas, escolas, igrejas, clubes, centros culturais, centros cívicos. U m a em presa, por exem plo, pode usar o seu refeitório para essas au­ las. A em issão aberta de aulas pul­ veriza os custos e otim iza recur­ sos. M esm o porque, quem perdeu o bonde não vai voltar à escola de­ pois de um a certa idade. O im p o rtan te é que essas aulas pela TV sejam m onitoradas por professo res e tam bém acom pa­ nhadas de m aterial didático. S en ­ do assim , o sucesso é garantido. É im p o rtan te tam bém a criação de cursos técnicos, para a fo rm a­ ção de m ão-de-obra. Isso alavancaria a in d ú stria e o com ércio. M as os program as devem resp ei­ tar as características regionais. U m program a para o N ordeste, por exem plo, d everia dar ênfase à agropecuária. Outra carência nos programas

A

& EDUCAG A cal e de dança, os filmes, peças de teatro, programas de tevês dos vários canais. É um campo mais rico para se pensar num novo tipo de educação e de cultura para a tevê sem tomar co­ mo parâmetro a escola. E de pensar a escola além de seu modelo defasado. Aqui, é bom lembrar um a variá­ vel esquecida: a faixa etária. A esco­ la que temos atualmente nasceu no século V a.C., na Grécia, e. nunca m udou muito. É um a velha senhora com 2.500 anos de idade. Exausta e exaurida. N ão agüenta mais refor­ mas. Precisa ser inovada. Já a televi­ são é um bebê recém-nascido. Foi im plantada no Brasil em 1950. Só tem 45 anos, o que é um a infância em termos culturais: precisa am adu­ recer para criar um tipo próprio de educação e qualificar sua cultura.

Samir Meserani é Mestre em Com unica­ ção e Semiótica pela PUC e Doutor em Educação pela Universidade S. Paulo.

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educativos pela TV está na área da alfabetização e da realfabetização. Não temos m aterial algum de alfa­ betização em form ato de telecurso. Se o sujeito tivesse a oportunidade de se reunir em algum lugar próxi­ m o à sua casa para aprender pela TV, e com acompanham ento de m o­ nitores, isso seria um grande avanço na luta contra o analfabetism o.” Sergio Arcuri é educador e diretor do Colégio Anglo Latino.

“A educação pelos programas de ficção é a que realmente dá certo” Lauro Cesar Muniz legal que exista a TV edu­ cativa. Ela pode correr ris­ cos, fazendo certos tipos de p ro g ram as q ue um a em isso ra co m ercial te ria receio em produzir. C abe à TV estatal fa­ zer program as ousados, com um a linha d idática m ais definida, já que a TV com ercial está sem pre m uito preo cu pada com o retorno fin an ceiro . D e q u alq u er form a, não acredito nas estruturas rígidas de educação através de televisão. A educação na TV deve ser subli­ minar, indireta. Talvez esse pro ­ gram a que o governo quer lançar, de um telecurso com aulas m oni­ toradas, po ssa ser útil. F ora isso, qualquer tentativa direta de edu­ cação d ireta pela TV é frustrada. 26

& EPU CA ÇA O A c re d ito n a e d u c a ç ã o q u e p a s s a nas e n tre lin h a s dos p r o ­ g ram as de fic ç ã o , a tra v é s de d a ­ dos in s e rid o s de u m a m a n e ira há b il d e n tro d a tra m a. E s tá p ro ­ v ad o q ue a a ten ção do e s p e c ta ­ do r d u ra n te os p ro g ra m a s de f ic ­ ção é m u ito m a io r do q ue nos in te rv a lo s c o m e rc ia is . P o r isso há ta n to m e rc h a n d is in g nas n o ­ v elas. N este se n tid o , b u scam o s tra n s m itir alg u m a s m e n sa g e n s im p o rta n te s co m as te le n o v e la s . A F u n d açã o O sw ald o C ruz, po r ex e m p lo , m e o fe re c e m a te ria l de c a m p a n h a s de s a ú d e e e s to u sem p re in serin d o essas in fo rm a ­ ções nas m in h as h istó ria s. Já fa ­ lam os so b re a d o aç ão de sangue, so b re A ids e ou tra s d o en ç as e is ­ so é b asta n te e ficien te. H ouve um ca so em q ue a p e rso n ag em da L u c é lia S an to s, n u m a n o v ela, am am en tav a seu b eb ê c o n s ta n te ­ m ente. Isso fez com que os ín d i­ ce s de a m a m e n ta ç ã o no p a ís re a lm e n te su b isse m . E is s o é

m u ito m ais e ficaz do q ue o g o ­ v ern o in v e stin d o em cam p an h as nos in terv alo s co m ercia is. Q u er um ex e m p lo de co m o a fic ç ã o fu n cio n a? E só p e g a r o c i­ nem a a m erica n o n a ép o c a da S e ­ gu n d a G u erra. A g u erra co n tra os alem ãe s ac o n tece u no cin em a. Os film es u n ia m o p aís em to rn o d aq u e le id eal. E e ssa é a m e lh o r fo rm a de se p a ssa r u m a m e n sa ­ gem : atrav és das co n trad içõ e s, dos c o n flito s das p erso n ag en s. E p o r isso q u e p ro g ram as co m o O M u n d o da L u a e o C a stelo R á Tim B u m são tão b e m -su c ed id o s. M esm o no jo rn a lis m o o d eb a te é sem p re m ais en v o lv en te do que a n o tíc ia p u ra e sim p les. Os bo n s e n tre v is ta d o re s, co m o o Jô S o a­ res, são aq u e les q u e sab em criar um c o n flito , em b o ra ca rin h o so , co m o en trev istad o . O u tro s ex e m p lo s de g ran d es série s e d u c a tiv a s qu e, in fe liz ­ m e n te, n ão estã o m ais no ar são a Vila S ésa m o e o S ítio do P ica P a u A m a relo . A TV co m ercia l e s tá n o s d e v e n d o um g ra n d e p ro g ra m a in fa n til. N ão g o sto dos p ro g ra m a s in fa n tis atu ais, nem dos ca c h o rro s da T V C o ­ lo sso . E aq u e les p ro g ram as com aq u e las m e n in as p u la n d o e f a ­ z e n d o b r in c a d e ir a s co m as c ria n ç a s, en tão , têm um n ív el e d u c a tiv o b a ix ís s im o . M u ito m ais fo rte era o efeito d id á tic o do S ítio e d a Vila S é s a m o .” Lauro Cesar Muniz é dramaturgo e autor de novelas para televisão.

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ra ç ã o a tr a v é s d a E m b r a te l e T e le b r á s . É u m p r o je to d e lo n g a m a tu r a ç ã o .”

“0 Brasil deve entrar na era contemporânea do ensino à distância” Roberto Muylaert c o n c e ito d a T V E d u c a ti­ v a em b ro a d c a s tin g é d a d é c a d a de 70. A T V C u l­ tu ra , q u e j á fo i e d u c a ti­ v a v in te an o s a trá s , tr a n s m itin ­ d o a u la s r e g u l a r e s , tr a n s f o r ­ m o u -se n u m a T V p ú b lic a , o n d e a e d u c a ç ã o e a c u ltu ra p e r p a s ­ sam to d o s os p ro g ra m a s. J á a T V E do R io p a s s o u a te r u m a m iss ã o d ifíc il de d e fin ir: tira n d o o p ro g ra m a Um S a lto p a r a o F u tu ro , e la n ão é n em e d u c a tiv a n em p ú b lic a . O s p a í­ ses m a is a v a n ç a d o s do m u n d o es tã o fa z e n d o e d u c a ç ã o à d is ­ tâ n c ia d ire ta m e n te n as e s c o la s . T e n d o c o m o a lv o p rim e iro , o a p e rf e iç o a m e n to d o s p r o f e s ­ s o re s . D e fa to , é m u ito d if íc il u m a T V E d u c a tiv a c o m p e tir co m u m a c o m e rc ia l. Q u a lq u e r a u la e x ib id a n u m a T V s e m p re p e rd e rá de um p ro g ram a da X u x a . P a ra q u e o B ra s il e n tr e n a e r a c o n te m p o r â n e a d a e d u ­ c a ç ã o à d is tâ n c ia , c o m o o c o rre no C a n a d á e n a A u s tr á lia , e c o m e ç a a a c o n te c e r n o s E s ta ­ d o s U n id o s , ju n t o c o n o s c o , a id é ia é a s e g u in te : c ria - s e u m a e s p é c ie d e F u n d a ç ã o d as F u n ­ d a ç õ e s ; u n e m -s e as e n tid a d e s

R oberto

TV

é

jornalista

e

Presidência da República

“Educar numa rede comercial: este é o dilema do bom profissional”

‘O

Fevereiro/95

M uylaert

S ecretário de Comunicação Social da

p ú b lic a s e p r iv a d a s , q u e j á f a ­ z e m p r o g r a m a s e d u c a tiv o s ; c ria m - s e g ru p o s d e p r o f e s s o ­ re s no e s tú d io n o e s q u e m a do p r o g ra m a Um S a lto p a r a o F u ­ tu r o e e s s e s p ro f e s s o r e s tira r ã o as d ú v id a s no ar. N ão e s tá se fa z e n d o u m a n o v a e n tid a d e e s ta ta l, ao c o n ­ trá rio : a p r o v e ita - s e as j á e x i s ­ te n te s , b a s e a d o n a R o q u e te P in to e n a P a d r e A n c h ie ta , co m a q u a l a S e c r e ta r ia d e C o ­ m u n ic a ç ã o S o c ia l e s tá fa z e n d o u m c o n v ê n io . O p r o je to c o m e ç a c o m a tra n s m is s ã o p o r s a té lite p a ra as sa la s de a u las e s c o lh id a s , d e n ­ tro de u m p ro g ra m a p ilo to . T o d a a o rie n ta ç ã o p e d a g ó ­ g ic a do P ro je to é do M in is té ­ rio d a E d u c a ç ã o , q u e a c o m p a ­ n h a rá a e v o lu ç ã o d a e x p e r iê n ­ c ia , a té q u e e la se p o s s a to rn a r n a c io n a l. E o M in is té rio d as C o m u n ic a ç õ e s v ia b iliz a r á to d a a p a r te de tr a n s m is s ã o e in t e ­

Walter George Durst a ra o p ro fissio n a l de telev isão , tra b a lh a r com educ ação n u m a em isso ra c o ­ m e rcial é esta r co lo cad o so b re um a te rrív el co n trad içã o , q ue é a de tra b a lh a r nu m v eícu ­ lo de m assa, cu ja ec o n o m ia está v o lta d a p a ra a au d iên cia , p ara o Ib o p e, e ao m esm o tem po ser ca p az de n ão faze r p o p u lism o . A co n te ce q u e a TV é um v e íc u ­ lo p o p u la r p o r e x c elên c ia. P o r­ ta n to , essa é a co n trad içã o b á s i­ ca do n o sso tra b alh o . C ad a um en fre n ta o p ro b le m a à sua m a­ n eira; é u m a lu ta co n stan te. D e n tro d o s m e u s lim ite s , p ro cu ro faz e r o p o ssív el, m e s­ m o sab en d o q u e esto u c o n d ic io ­ nado a esse d estin o . C om o e d u ­ ca r na TV co m ercia l? A saíd a é q u e b ra r a cab eça, sab er n av e g ar nos m e an d ro s d essa g ran d e c o n ­ tra d ição . N o m eu tra b alh o , p ro ­ cu ro v a lo riz a r o ser hu m an o , p ara q u e o te le sp e c ta d o r en ten 27


d a a si m esm o. E sse é o g ra n d e alv o do p r o fis s io n a l r e la tiv a ­ m en te h o n esto : o b o m tra b a lh o , no m e lh o r sen tid o . E u , p a r tic u la rm e n te , te n h o sem p re a p re o c u p a ç ã o de faz e r co m q u e m in h a s p e rs o n a g e n s m o stre m fen ô m en o s d a so c ie d a ­ de. N ão sei se essa é u m a o b rig a ­ ção da te le v isã o co m e rc ia l, m as é a do p ro fis s io n a l co m p eten te. A TV é u m rev ó lv er. L ig ad a, ela atira. E só u m a p e sso a e x tre m a ­ m en te im b ecil n ão vai a p ro v e ita r a ch a n ce de p a ssa r sua v isão de m u n d o p o r m eio d esse g ra n d e v eícu lo q u e é a telev isão . Q u an to à te lev isã o q ue se p ro ­ põe ser ed u c ativ a , a TV esta tal, ela já foi m u ito p o p u lista, p o rq u e já serv iu à p ro p ag an d a d este ou d a q u e le g o v e rn o . A tu a lm e n te , vejo um g ran d e av an ço com a d i­ reção do R o b erto M u y lae rt na R ede C u ltu ra, ain d a m ais p elo fato d ele te r c o n seg u id o um a c e r­ ta fo rm a de p a tro c ín io p a ra os p ro g ram as. M esm o assim , isso ain d a é p o u co p ara a TV e d u c a ti­ va se lib erta r do E stado. D e q u a l­ q u er fo rm a, em v ários m om en to s ela tem c o n seg u id o ser realm en te ed u cativ a. O P la n eta T erra , po r ex em p lo , é um p ro g ram a e x tra o r­ d in ário , alg u n s esp eciais p ro d u ­ zidos aqui no B rasil tam bém . O Jo rn a l da C u ltura é m u ito bem feito , e eles têm tido um tato ra ­ ro p ara esco lh er ap resen tad o res ex c elen tes, o que é m uito difícil. É um a p en a q ue a TV e d u c a ­ tiv a não te n h a re cu rso s p a ra en28

& EDUCAÇÃO fre n ta r a T V c o m e rc ia l. A re d e e d u c a tiv a p re c is a ria d e p r o f is ­ s io n a is a té m e lh o r e s , m a s o g ra n d e p ro b le m a q u e s e m p re se e n fr e n ta é a f a lta d e d in h e iro . Já tiv e u m a e x p e riê n c ia co m o a s s e s s o r c u l tu r a l n a C u ltu r a , n u m a fa s e d e te rro r n o s b a s ti­ d o re s , o H e rz o g tin h a a c a b a d o de s e r m o rto ... C o m p o u q u ís s i­ m o s re c u r s o s , o m á x im o q u e co n s e g u im o s fa z e r fo ra m m e sa s re d o n d a s s o b re c in e m a , e x ib in ­ do film e s q u e m e re c e s s e m a te n ­ ç ã o , film e s d a R K O . P r o d u z i­ m o s ta m b é m u m s e ria d o , d ir i g i­ do p e lo O z u a ld o C a n d e ia s , m o s tra n d o m o n u m e n to s a r t ís ti­ co s b ra s ile iro s d e s c o n h e c id o s e fo rm id á v e is . O O z u a ld o a in d a d irig iu u m e s p e c ia l c o m a J o a n a F o m m . M as fo i só. H o je te m o s u m a T V e d u c a ­ tiv a d e q u a lid a d e , a q u e v o lta e m e ia e s to u a s s is tin d o . A g o ­ ra , a te le v is ã o c o m e r c ia l d e v e ­ r ia se p r e o c u p a r u m p o u c o

m a is c o m a e d u c a ç ã o , s im . S e é u m a c o n c e ssã o do g o v e rn o , s u p õ e - s e q u e a lg o d e v e ria s e r d e v o lv id o p a r a a s o c ie d a d e em f o rm a d e c u ltu r a . N e s te s e n ti­ d o , a c r e d ito q u e a G lo b o se s a ia a té b e m . S o u s u s p e ito p a ­ ra fa la r , p o is s o u f u n c io n á r io d a G lo b o , m a s e la f a z p r o g r a ­ m a s ó tim o s , c o m o o G lo b o R u ­ r a l. E n ã o s e i se o u tr a r e d e c o ­ m e r c ia l c o l o c a r ia n o a r u m G r a n d e S e r tã o : V e re d a s. V ocê j á im a g in o u a R e c o r d f a z e n d o p ro g r a m a s e d u c a tiv o s ? M as o q u e eu a c h o q u e e s tá fa lta n d o é u m a g r a n d e d is c u s ­ sã o s o b re a te le v is ã o em g e ra l. P o r que num p ro g ra m a com o o R o d a V iv a , d a C u ltu r a , e le s n ão c o lo c a m os d ir e to r e s d a R e ­ c o rd , d a B a n d e ir a n te s , d as o u ­ tra s e m is s o r a s , p a r a r e a lm e n te c h a c o a lh a r e s s e d e b a te ? P a ra se d e b r u ç a r s o b re a q u e s tã o d a T V m e sm o ? O B o n i j á d is s e q u e a T V c o m e r c ia l, d o je ito q u e a g e n te c o n h e c e , só v a i s o ­ b r e v i v e r p o r m a is u n s d e z a n o s , j á q u e as re d e s a c a b o e as tr a n s m is s õ e s v ia p a r a b ó lic a v ã o to m a r u m a b o a f a tia d e s s e m e rc a d o . P o r ta n to , p re c is a m o s d is c u tir a te le v is ã o n o B ra s il, in d o a lé m d a G lo b o , p e n s a r n a T V c o m o f o r m a d o ra d e c i d a ­ d ã o s m e sm o , e n ã o só c o m o d i­ v u lg a d o r a d e m o d a s , h á b ito s e c o is a s d o m o m e n to .” W alter G eorge

Du rst é d ram aturgo,

diretor e autor de novelas para televisão

Fevereiro/95


“0 desafio é criar uma teleducação atrativa, com bons níveis de audiência” Manuel Alceu Affonso Ferreira o tr a ta r d a c o m u n ic a ç ã o s o c ia l, a C o n s titu iç ã o B r a s ile ira fix a os p r in ­ c íp io s q u e d e v e rã o re g e r a p r o g ra m a ç ã o d as e m is so ra s d e rá d io e te le v is ã o , se n d o o p rim e iro d e le s o d a “p r e fe rê n ­ c ia a fin a lid a d e s e d u c a tiv a s ” (art. 2 2 1 , I). A liá s, no m e sm o p re c e ito , ao s o b je tiv o s c u ltu ­ r a is d e s s a s e m is s õ e s a L e i M a io r de 1988 se r e fe re em trê s s u c e s s iv a s o p o rtu n id a d e s . T a re fa e d u c a c io n a l e s s a q u e, c u id a n d o d a p o lític a n a c io n a l no seto r, a p ró p ria C o n s titu iç ã o in c u m b iu de b u s c a r a e r ra d ic a ­ ção do a n a lfa b e tis m o , a u n iv e r­ s a liz a ç ã o do a te n d im e n to e s c o ­ lar, a m e lh o ria d a q u a lid a d e de e n s in o , a fo rm a ç ã o p a ra o tr a ­ b a lh o , b e m c o m o a p ro m o ç ã o h u m a n ís tic a e c ie n tífic a . Se é c e rto q u e, d esd e o seu n a sc e d o u ro , a te le v isã o c o m e r­ cia l b ra s ile ira n ão ig n o ro u to ta l­ m e n te a q u ilo q u e h o je é im p o s ­ to co m o alv o p re fe re n c ia l de su a e x istê n c ia — a fin a lid a d e e d u c a tiv a — , ta m b ém é v e rd ad e q u e n ão lh e e m p re sto u a “p re fe ­ r ê n c ia ” o rd e n a d a . A n tes p elo co n trá rio , no p la n o dos fato s,

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a c e ito u -s e sem d is c u s s ã o que ta l p rio r id a d e in c u m b iria às e m is so ra s o fic ia is ou p a ra o fic ia is, d e ix a n d o -s e às p a rtic u la ­ res o m e ro e n tre te n im e n to , o la ­ ze r n a su a m ais p re g u iç o s a e d e s c o m p ro m is s a d a ac ep ção . O ra , e s s a d iv e r s id a d e de fu n ç õ e s n ão e s tá a u to riz a d a p e ­ la C o n s titu iç ã o . A “p re fe rê n c ia a fin a lid a d e s e d u c a tiv a s ” , q u e o c o n s titu in te re s o lv e u e rig ir em p rin c íp io m a io r, não te m nem d ev e ter, co m o ú n ic a d e s tin a tá ­ ria , a te le v isã o do E sta d o . P o r­ q ue e s s a lim ita ç ã o é e s tra n h a à re g ra c o n s titu c io n a l, não se p o ­ d e rá p e rm itir q u e as e s ta ç õ e s p riv a d a s ad o te m p ro g ra m a ç ã o a lh e ia a e sse d e s id e ra to p r in c i­ p al: o e d u c a tiv o . N o a te n d im e n to do c o m a n ­ do da C o n s titu iç ã o , n ão se e x i­ g irá , p o r c e rto , q u e v o lta n d o ao s p rim e ir o s te m p o s d a a n t i­ ga T V T u p i, o H a m le t de S h a ­ k e s p e a re , ou o C rim e e C a s ti­

g o d e D o s to ie v s k i, to m e m o lu g a r d as n o v e la s em c a rta z . M e n o s a in d a , q u e c u rs o s de a s tro fís ic a sa c rifiq u e m o F a u s tã o d e m e re c id o s u c e s s o , q u e o Você D e c id e s e ja a f a s t a ­ d o p e la m e m ó ria d as G u e rra s P ú n ic a s , o u q u e o G u g u L ib e ­ r a te s e ja s u b s titu íd o p e la te o ­ r ia q u â n tic a d o D ir e ito ... L e m b ro q u e, p o r e n c o m e n d a d a S e c re ta ria d a J u stiç a d e S ão P a u lo , a F u n d a ç ã o P ad re A n ­ c h ie ta p ro d u z iu in te re s s a n tís s i­ m os p ro g ra m a s de “E d u c ação p a ra a C id a d a n ia ” . N ele s, em lin g u a g e m a c e ss ív e l e co m fo rte ap e lo v isu a l, eram e n sin a d o s os d ire ito s e g a ra n tia s in d iv id u a is, e n fre n ta n d o -s e co m e q u ilíb rio e c o m p e tê n c ia o te m a d a d is c ri­ m in a ç ã o ra c ia l, se x u a l e s o c ia l. T u d o p o is se re s u m e em d ar, ao m a n d a m e n to d a C o n s titu i­ ç ã o , in te r p r e ta ç ã o r a z o á v e l e in te lig e n te , q u e , u s a n d o d o s a tu a is r e c u rs o s d a c o m u n ic a ­ ç ã o , a tin ja o o b je tiv o p r io r itá ­ rio . O d e s a fio s e rá o de p r o d u ­ z ir u m a te le d u c a ç ã o a tra tiv a , a p ta a o b te r ín d ic e s a p r e c iá ­ v e is de a u d iê n c ia . E , p a ra isso , j á te m o s to d a s as n e c e ss á ria s c o n d iç õ e s , h u m a n a s e té c n ic a s. C o m b in an d o “te x to e te s ta ” , é p re c is o re a liz a r a o rd em da C o n stitu iç ã o . A fin al, e sem r e ­ ce io do ch a v ão , a lei fo i fe ita p a ra ser c u m p rid a... Manuel Alceu Affonso Ferreira é advo­ gado e ex-Secretário da Justiça de SP.

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ós tra b a lh á v a m o s n u m sh o w de um c a b a ré e s ­ c ro to na zo n a p o rtu á ria d e S an to s. E u ... um c o n ­ ta d o r de h is tó ria s : p a ra n g o lé , b ic o de p ato , ro s c a e m p an ad a, q u á s - q u á s - q u á s , b o la c h a , c a ­ c h a ç a , c o c a c h a , ou vai ou ra c h a ou q u e b ra a ta m p a da ca ix a. E le, um te le p a ta . P ra nó is do is, a q u e la v id a e ra um m a rtírio . Im u n d íc ie . P o r q ue a g en te c o n ­ tin u a v a lá ? S ei não. T a lv ez p ra c u m p rir com g ra n d e z a a m isé ria q u e nos c o u b e p o r d e stin o . O q ue sei é q ue, q u an d o ac a b a v a a m in h a p a rte , eu ia p ra um b o te ­ co p ró x im o e b e b ia to d a s. A té c h u m b o d e r re tid o , se s e r v is ­ sem . L o g o d e p o is, v in h a o te leFevereiro/95

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p ata. E s ta v a sem p re p io r que eu. j á c h e g a v a se lam en tan d o . N ão fa z ia ce rim ô n ia em d e s a b a ­ far. E tu d o o q u e d iz ia v in h a do fu n d o d a alm a. B eb ia, b e b ia e ia se ab rin d o : — P o is é, p alh aço . Eu sou te ­ le p ata. Ju ro q u e sou. Eu receb o m e n sa g en s. P o d es crer. E u fic a v a q u ie to . R e s p e ita ­ v a a d o r do b ru to , q u e e ra g r a n ­ de. E d e p o is, a g e n te a p re n d e q u e c a d a lo u c o te m a su a m a ­ nia. A q u e le ali q u e ria s er te le ­ p a ta . F ic a v a u m lo n g o tem p o em s ilê n c io . S u a e x p re s s ã o ia m u d a n d o . P a s sa v a d e um se m ­ b la n te tris te p a ra um de r e v o l­ ta. A fiv e la v a n a c a ra um a m á s­ c a ra d e c o n fo rm is m o e de re31


p e n te se a lte ra v a e e x p lo d ia : — Q ue m erda! Q ue m erda! Eu sou um te lep ata! D ev ia ser resp eitad o , in c en tiv ad o a d e s e n ­ v o lv e r esse dom . M as aqui n esta m erd a... só rece b o escu lach o ! N in g u ém dá valor. N o ite após n o ite, ele v estia um sm o k in g velho e sujo, um a cap a ro x a b rilh an te , um tu rb a n te e stilo o rie n tal com um a p ed ra v erm elh a no m eio da te sta, e e n ­ tra v a na p is ta da e s p e lu n c a ac o m p an h ad o de sua p a rc e ira , H elen M o ren a, que u sav a um b i­ q u ín i d o u rad o . E la p a s s a v a um a tira p reta nos olh o s d ele e ia pro m eio do p ú b lico . A í, c o m eçav a a fo lia. P assa v am a m ão na b u n ­ da d a p o b re m u lh er, d av ã o b e lis ­ cão na co x as. E la e s trila v a . O p ú b lico ria. P ro v o cav am : — A d iv in h a o q ue eu q u ero , g o sto so n a? — E eu ? N ão é d ifíc il. N ão p re c is a nem p e rg u n ta r p ro o tá r io . E ra um m a ssac re . T in h a n o i­ te q u e e le s n ã o c o n s e g u ia m co m p letar o n ú m ero . O te le p a ta x in g a v a o p ú b lic o e sa ía v aiad o . P ara H elen , era m ais d ifíc il. Os c a fa je ste s a g a rra v a m a m u lh er e, se os s e g u ran ça s não c h e g a s ­ sem ráp id o , co m c e rte z a se ria c o n s u m a d a a v io le n ta ç ã o s e ­ x u al. P ara o do n o do c a b aré, era u m su cesso . P ara o te le p a ta , a su p rem a h u m ilh aç ão . S a ía d ire ­ to p a ra o b o te co . — P a lh a ç o , este é um p aís de filh o s-d a -p u ta . E m q u a lq u e r lu ­ g ar do m u n d o ... O lh a, não é co n v e rs a ... N o te m p o da g u e rra , te v e um ta l de Z e n er, q u e in v e n ­ to u um b a ra lh o p a ra tre in a r te ­ le p a ta s . S im p le s , m u ito s im ­ p le s. U m a e s tre la . U m a esfe ra . U m q u ad rad o . U m a cru z. U m as o n d as. E lá na e s c o la , os a p re n ­ d iz es de te le p a ta eram tre in a ­ d o s. N as m a io re s re g a lia s . B o l­ sa de e stu d o . C o m id a to d o dia. M o le. Tem até h o je e s s a e s c o la só p ra d e se n v o lv e r o ta le n to do ap re n d iz d e te le p a ta . N ão é c o ­ m o aq u i, q u e d e sp re z a m um s u ­ je ito co m o eu. P o m b as! T enho q u e v iv e r en g a n an d o ! U m c a ra co m ta n ta a p tid ã o co m o eu é fo rç a d o a a b a n d o n a r su a arte, su a m a g ia e v ira r um c h a rla tã o . 32

Sou o b rig a d o a d e p e n d e r de um a p u ta com o e ssa H elen M o ­ ren a. Isso m e a ssu sta , p alh aço . E u e sto u na m ão da p u to n a . Se e la q u is e r m e s acan e ar... é só in v e rte r a c o m b in a ç ã o ... a í... não a c erto n ad a ... C aía n um e sta d o de d e p re s ­ são a b s o lu ta . F ic a v a b e b e n d o q u ie to . Eu ia p ra lá e p ra cá no b o te co . L e v av a um p ap o com um a m u lh er, co m o u tra , com uns a m ig o s, c o n ta v a um as p ia ­ das, o p e sso a l ria , m eu h u m o r m e lh o rav a. D e re p e n te , o te le ­ p ata m e ch am av a: — P alh a ço , ch e g a m ais. E u fic a v a de saco ch e io de ter que a tu rar a fig u ra . M as ia. E ra co leg a. S em pre fu i so lid á rio . — D iga. E le sem p re tin h a u m a n o v i­ dade. — O lha, p alh aço ... S abe que no te m p o da g u erra a M arin h a dos E sta d o s U n id o s fez u m a e x ­ p e riê n c ia de e n to rta r o p atu á? P eg aram um te le p a ta e tra n c a ­ ram no p o rão de um su b m arin o . E tra n c a ra m o u tro n um qu artel. D eram um b aralh o Z e n er p ra c a ­ da um . E to d o s os dias, n um a h o ra co m b in ad a, o te le p a ta de te rra p a ssa v a m e n sa g em pro que esta v a no fu n d o do m ar. E ra só a m e n ta liz a ç ã o em u m a c a rta . U m a estre la. M arcav a m o d ia, e a ca rta e ra em itid a, p ra d ep o is de três m eses co n fe rire m q u an to s ac erto s teve. T á ven d o com o as m a io res p o tê n c ia s do m u n d o se lig am em te le p a tia ? A q u i... um ca ra com o eu... T ô aí jo g a d o ... — E ssa e x p e riê n c ia a m e ric a ­ n a deu c e rto ? — N ão sei, p alh aço . O re s u l­ ta d o eles en ru ste m . O s ru sso s ti ­ nh am p o rra d a s de esp iõ e s. A m e ­ ric a n o não é b o b o de fic a r r e v e ­ la n d o s eg red o s de u m a c o isa tão im p o rtan te. O s ru sso s ta m b ém fa z ia m e x p e riê n c ia s . M as, aqui ó, q ue re v e la v a m alg u m a co isa . É isso , p alh aço , a te le p a tia é a co m u n ic a ç ã o do fu tu ro . Q u an d o os ETs ch e g a re m na T erra... — C o rta essa! C o rta! N ão vai s er um o tá rio de ca b a ré de b e ira de c a is... — P o rr a , p a lh a ç o ... D e ix a . E s q u e c e . E u te n h o q u e f a la r c o m ig o m e sm o . S ó p in ta id i o ­

ta n a p a ra d a . Eu tin h a v o n ta d e de m an d ar o b ru to ... M as d av a d esco n to . E le re sm u n g a v a um p o u co , p a ­ gav a a co n ta e ía em b o ra. N um a no ite, ele ch eg o u p io r do q ue n u n ca no b o te co . P ed iu um v i­ nho , u m a c o isa ru im q u e q u an d o ca ía no m á rm o re m an ch av a. F oi b eb e n d o e x in g an d o : — A q u e la v ag ab u n d a! H elen M o re n a ! P o rc a ! V ag ab u n d a! A p ro n to u co m ig o ! — O q u e ac o n tece u ? — O q u e ac o n tece u , p a lh a ­ ço? E la m e tra iu ! — M as d esd e q u an d o v ocê lig a p ra m u lh er? — N ão lig o . E se lig asse , não ía ser p ra um a v ag a b u n d a d essa. M as e la m e tra iu . E stá p assan d o o n o sso n ú m e ro p ra um ca fe tã o zin h o de p u ta p o b re. A o rd in á ria e o c a n a lh a já e stã o arru m an d o um c a b aré p ra tra b alh are m . O p ila n tr a até j á m a n d o u fa z e r u m a ro u p a ig u a l à m in h a. U m ch u c ro e u m a v ag a b u n d a... Eu q u is c o n so la r: — M as n u n c a v ão tira r seu lugar. V ocê sab e o q u e faz. — Isso é v erd ad e , p alh aço . Ju ro . E u sou te lep ata. N ão sou to d a h o ra... M as de rep en te m i­ n h a m e n te... M as n ão é q u an d o eu q u e ro ... N ão é q u an d o eu qu ero . M as o s a can a e a p ira n h a vão u sar m eus tru q u e s. E eu, até a rru m a r u m a m u lh er n o v a... e n ­ s in a r ela ... N ão , p a lh a ç o não a g ü e n to m a is ... E s to u v elh o . S e sse n ta e cin co anos. Q u aren ta an o s d e o fíc io . N ão a g ü e n to m ais e n s a ia r o u tra m u lh er... p ra v e r e la lo g o m e d eix ar. Q ue m e rd a de v ida! Q ue m erda! E u saí de p erto . E le nem n o ­ tou. B eb eu até o ú ltim o g o le d a ­ q u ele v in h o ru im e foi em b o ra. N o d ia s eg u in te, o rap az do h o te le c o o n d e m o ra v a ch am o u a p o líc ia e av iso u a g en te. O te le ­ p ata to m o u fo rm ic id a co m g u a ­ ra n á . D e ix o u um b ilh e te : “A H ele n M o ren a m e ab a n d o n o u . B om p ra ela. M as eu não ten h o saco p ra fic a r en saian d o , e n s a ia ­ ndo o u tra p u ta p ro m eu n ú m ero de te le p a tia . A d e u s.” Plinio Marcos é ator e dramaturgo.

Fevereiro/95


HUMOR

A BRIGA DO HOMEM COM A ONÇA A

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s dois caboclos estavam conversando na boca da tarde no curral. Um olhou pro ou­ tro e disse assim: - Compadre, você já teve medo? — Medo? Eu não tenho medo. Não tenho medo de nada. Aí ele parou um pouco e disse: — Minto. Certa feita eu fui buscar o gado, assim de tarde, pra botar no curral de novo, e nisso ouvi uns passos atrás de mim. Eu olhei pra trás e vi só aqueles olhos vermelhos, um gatão enorme olhando pra mim. Eu fiquei temeroso, olhei pmm lado, olhei pro outro, pra ver se tinha uma árvore, uma pedra pra me esconder, pra mim subir. Não tinha nada. Olhei pra frente, tinha só a estradona do Tabuleiro. Nisso eu pensei: “Meu senhor São José, se sois meu amigo, fazei com que eu dê uma tacada tão violenta nessa onça que ela caia aos meus pés. Agora, se sois amigo da onça, fazei com que que ela me dê uma tapa tão forte que me arrebente a cabeça. Agora, se não sois nem meu amigo nem amigo da onça, puxe um banquinho pra ver a maior briga de homem com onça que o senhor já viu na sua vida”.

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Aldemir Martins é artista plástico

Janeiro/95

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NOTAS Qual o próximo programa legal? Breve a resposta virá pelo computador Em breve, toda a programação do SESC poderá ser acessada em terminais de computadores m ultim í­ dia. Instalados nos centros do SESC, fornecerão informações so­ bre shows musicais, espetáculos de dança, atividades esportivas, expo­ sições, cursos, turismo social e ou­ tras atividades da program ação mensal do SESC. Nos monitores co­ loridos e sonorizados, a program a­ ção será exibida através de fotos e trechos animados dos eventos. A consulta poderá ser feita de acordo com o interesse e preferência do pú­ blico: data específica, determinado centro do SESC, ou, ainda, um pro­ grama desejado: show, teatro, cine­ ma, atividades esportivas, etc.

Livro ilustrado mostra 58 espécies de aves da região de Bertioga 58 espécies de aves, naturais da M ata Atlântica, na região do SESC Bertioga, foram observadas durante seis meses e catalogadas no livro Aves que Habitam o SESC Bertioga, editado e lançado pelo SESC de São Paulo. O livro, preciosamente ilus­ trado por Ricardo M ontiel, traz a identificação, com nome popular e científico de cada uma das aves, bem como seus hábitos e origem. A publicação resultou da observação sistemática e registro das espécies vegetais e da avifauna da redondeza, que objetivou criar meios apropria­ dos para fixar ou prolongar a permanância dos pássaros nos limites da área do SESC. Depois de identifica­ rem e de estudarem seus hábitos e padrões alimentares, os biólogos en­ volvidos viabilizaram a instalação de comedouros, bebedouros e ni­ nhos, que têm viabilizado a reprodu­ ção e fixação das aves na região.

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Maquete do SESC São Carlos, a ser construído em uma área de 1.776 metros quadrados

População de baixa renda tem acesso a atividades culturais e recreativas Dos 400 mil m atriculados no SESC durante o ano passado, 80% correspondem a comerciários na fai­ xa salarial de até 5 salários mínimos e 64%, 3 salários. Ou seja, aproxi­ madamente, mais 320 mil pessoas de baixa renda têm garantido seu acesso à cultura e aos esportes.

SESC São Carlos mudará de endereço Agora, em sede própria Atualmente instalado em uma área de 1.776 m com 2126 m de área cons­ truída, o SESC São Carlos passará a funcionar em sua unidade própria em uma área de 16.281 m, sendo 8.580 m de área construída coberta e 6022 m, descoberta. Ou seja, 14.602 m cons­ truídos para abrigar parque aquático, piscina recreativa, solário e piscina

aquecida coberta, auditório com 250 lugares, área de convivência, quadras polidesportivas, gabinetes dentários, concha acústica, salas equipadas para dança, ginástica, expressão corporal e oficinas de artes. Uma programação especial marcará a inauguração da mudança para a nova unidade.

Capital ganhará mais um centro cultural e esportivo do SESC na Vila Mariana A cada ano que passa aumenta a efervecência cultural da Vila M aria­ na, em São Paulo. A Cinemateca, que se mudou para o antigo Matadouro do bairro, é ativo centro de cultura. E, ainda em fase de acabamento, o SESC cumpre o cronograma da obra de sua nova unidade, que vai atender 5000 pessoas por dia. A instalação do Centro Cultural-Desportivo Vila Ma­ riana conta com um teatro de 650 lu­ gares,centro de música com estúdios de gravação, gabinetes dentários, ginásios, salas para dança e ginástica e piscinas cobertas.

Fevereiro/95


Você conhece a

PÍn C t C ? 3

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Este belo edifício foi projetado pelo famoso engenheiro Ramos de Azevedo, ainda no século XIX, para o Liceu de Artes e Ofícios. Em 1905, começaram as exposições de arte que originaram a Pinacoteca do Estado. Espaço cultural, a Pinacoteca abriga no seu acervo cerca de 5.000 obras de artes plásticas. Aqui você fica conhecendo artistas brasileiros, como Almeida Júnior, Pedro Alexandrino, Benedito Calixto, Oscar Pereira da Silva, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Segall e outros grandes nomes dos séculos XIX e XX. Venha, eles esperam por você. A entrada é grátis. A PINACOTECA DO ESTADO FICA NA AV. TIRADENTES, 141, LUZ. METRÔ LUZ TELEFONES 227-6329 e 228-9637 ABERTA DE TERÇA A DOMINGO DAS 13 ÀS 18 HORAS


S E R V IÇ O S O C IA L D O C O M É R C IO S Ä O PA U L O INTERLAGOS IPIRANGA ITAQUERA ODONTOLOGIA PAULISTA PINHEIROS

Av. Manuel Alves Soares, 1100 - Tel. 520-9911 Rua Bom Pastor, 822 - Tel. 273-1633 Av. Projetada, 1000 - Tel. 944-7272 Rua Florêncio de Abreu, 305 - Tel. 228-7633 Av. Paulista, 119 - Tel. 284-2111 Av. Rebouças, 2876 - Tel. 211-8474

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Rua Dr. Vila Nova, 245 - Tel. 256-2322 Rua Lopes Neto, 89 - Tel. 820-6454

UNIDADES DO INTERIOR: BAURU - BERTIOGA - CAMPINAS - CATANDUVA - PIRACICABA - RIBEIRÃO PRETO - SANTOS - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SÃO CARLOS - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - TAUB ATÉ


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