Revista E - Janeiro de 1995 - ANO 1 - Nº 7

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Lygia Faj A ntunes,

-JANEIRO, 1995 N°07 ANO 1


O SESC ABRE AS CORTINAS PARA A CULTURA.

r \ cultura só tem sentido quando é compartilhada. O contato com a arte é uma experiência singular e intransferível, mas não exclusiva. Por isso o Sesc dá tanta importância à democratização do teatro. Além do estímulo a produções e montagens de bom nível, mantém algumas das melhores casas de espetáculos de São Paulo e uma ampla rede de espaços teatrais em suas unidades do interior. Uma programação rica e variada oferece permanentemente espetáculos de todos os gêneros e para todos os públicos. Desde o teatro profissional ao experimental e amador, desde montagens infantis a grandes encenações internacionais. O resultado disso tudo é o teatro mais perto e mais presente no cotidiano das pessoas. Comovendo, instigando ou fazendo rir. Humanizando a vida. No Sesc, o respeito pela platéia começa antes e vai muito além do cair do pano.

®SESC S E R V I Ç O S O C IA L D O C O M É R C IO S Ä O PA U LO


EDITORIAL SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO - SESC. Administração Regional no Estado de São Paulo Presidente: Abram Szajman Diretor Regional: Danilo Santos de Miranda REVISTA E Supervisão Editorial: Jesus Vazquez Pereira Coordenação Executiva: Erivelto B. Garcia Assistentes Executivos: Malu Maia, Valter V. Sales P Supervisão Gráfica: Eron Silva Distribuição: Glenn Poleti Nunes Diretor Responsável: Miguel de Almeida Editor Assistente: Sergio Crusco Editor de Arte: Zélio Alves Pinto Equipe de Arte: Rosangela Bego, Leni Gaspar, Marcelo N. Ferreira Revisão: Celina K. Oshiro Colaborador: Wilson Ferreira Jr. C onselho d e R ed ação e P ro g ram ação Diretor: Danilo Santos de Miranda Ana Maria Cerqueira Leite, Andrea C. Bisatti, Araty Peroni, Célia Moreira dos Santos, Cissa Peralta, Cláudia Darakjian T. Prado, Cristina R. Madi, Dante Silvestre Neto, Erivelto Busto García, Eron Silva, Estanislau da Silva Salles, Marco Aurélio da Silva, Ivan Paulo Gianini, Jesus Vaz­ quez Pereira, José de Paula Barbosa, José Palma Bodra, Laura Maria C. Castanho, Luiz Alberto Santana Zakir, Ma­ lu Maia, Marcelo Salgado, Márcia M. Ferrarezi, Marta R. Colabone, Milton Soares de Souza, Paulo José S. Rodri­ gues, Ricardo Muniz Fernandes, Roberto da Silva Barbo­ sa, Ruy Matins de Godoy, Valter Vicente Sales Filho. SESC São Paulo - Av. Paulista, 119 - CEP 01311-000 tel. (011) 284-2111. Jornalista Responsável: Miguel de Almeida MT 14122. A Revista E é uma publicação do SESC de São Paulo, realizada pela MC Comunicação e N’Ativa Marketing Comunicação. Distribuição gratuita. Nenhuma pessoa está autorizada a vender anúncios.

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sÀ o pa u lo

Conselho Reginal do SESC de São Paulo Presidente: Abram Szajman

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a matéria de capa, São Paulo oferece um farto cardápio de entretenimento durante as férias. Partindo do princí­ pio de que os veranistas procuram sempre ar livre e água, elaboramos um delicioso passeio por piscinas, parques e cursos para o corpo espalhados Oswald de Andrade. Ao final da leitura, constata-se a existência de florestas e enormes lagos escondidos na sinuosa geografia de concreto de São Paulo. É necessá­ rio somente disposição e bom humor para tantos exer­ cícios que aguardam a população que por razões diver­ sas não viaja durante a temporada. Há ainda a resenha de A Revolução Cultural do Tempo Livre, livro do in­ telectual francês Joffre Dumazedier, Edição da Studio Nobel e do Sesc. No texto de Dumazedier uma explica­ ção teórica para a necessidade de aproveitar os momen­ tos de lazer dentro da sociedade contemporânea. Janeiro marca também a chegada de Fernando Henrique Cardoso à Presidência do Brasil. Sociólogo respeitado mundialmente, cidadão do mundo como se costuma referir àqueles que são capazes de se loco­ mover sem percalços por todos os cantos do planeta, o novo presidente desperta esperanças em todos os setores da vida brasileira. Em especial, da artística. Catalisando esse sentimento, a Revista E propôs uma questão: a essa altura do século, o Brasil precisaria de um Projeto de Cultura? Intelectuais, administradores culturais e artistas responderam a seu modo à pergun­ ta. Entre eles, o novo ministro da Cultura, Francisco Weffort, o novo secretário estadual de Cultura de São Paulo, Marcos Mendonça, o prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo, e os escritores Moacyr Scliar, Ignácio de Loyola Brandão e Lygia Fagundes Telles. A conclusão, ao final dos textos, é de que o Brasil pre­ cisa valorizar a cultura como forma de afirmação na­

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cional. O tema é polêmico e esperamos que a discus­ são prospere em novas manifestações. O diretor de teatro Gabriel Villela, um dos íco­ nes da nova geração do palco brasileiro, traz a São Paulo sua versão da vida de Cristo. Depois de passar pelo Rio de Janeiro e Belo Horizonte, provocando namuitas terra de polêmicas, A Rua da Amargura promete le­ vantar debates apaixonados sobre a visão do jovem encenador. Em uma entrevista que ocupa quatro pá­ ginas desta edição, Villela fala de seu trabalho, do momento teatral e da razão de ter optado pelo circen­ se para reconstruir a trajetória de Jesus Cristo. Na seção de esportes, duas iniciativas inéditas rea­ lizadas pelo Sesc São Paulo. A primeira catalisa o imenso interesse provocado pela capoeira em várias partes do mundo na realização do Io Encontro Interna­ cional de Capoeira de Santos. A matéria conta como um esporte tão brasileiro vem angariando adeptos en­ tusiasmados entre os estrangeiros. O Torneio dos Pe­ gadores de Bola é a segunda novidade. Meninos que sonham ser tenistas profissionais participam da com­ petição tomando como exemplo o lendário John McE­ nroe, que começou sua carreira como pegador de bola. A edição traz ainda uma ficção inédita de Maria Adelaide Amaral, dramaturga premiada e autora do recém-lançado Dercy de Cabo a Rabo, biografia da comediante Dercy Gonçalves. Breve Diário de um Breve Amor exibe a autora exercitando uma de suas melhores características: a auto-ironia romântica. E, para terminar, a seção de humor oferece aos leitores um texto do restaurateur Sergio Amo. As pessoas acostumadas à sua afamada cozinha não ficaram supresas com sua destreza também na arte de divertir. Danilo Santos de Miranda Diretor do Departamento Regional do SESC no Estado de S. Paulo

Membros Efetivos: Aldo Minchillo, Antonio Funari Filho, Augusto da Silva Saraiva, Ayda Tereza Sonnesen Losso, Ivo Dall’Acqua Júnior, João Pereira Góes, José Santino de Lira Filho, Juljan Dieter Czapski, Luciano Figliolia, Manuel Henrique Farias Ramos, Mauro Mendes Garcia, Orlando Rodrigues, Paulo Fernandes Lucânia, Pedro Labate, Ursula Ruth Margarethe Heinrich. Suplentes: Airton Salvador Pellegrino, Alcides Bogus, Amadeu Castanheira, Fernando Soranz, Israel Guinsburg, João Herrera Martins, Jorge Lúcio de Moraes, Jorge Sarhan Salomão, José Maria de Faria, José Rocha Clemente, Ramez Gabriel, Roberto Mário Perosa Júnior, Walace Garroux Sampaio. Representantes junto ao Conselho Nacional. Efetivos: Abram Szajman, Aurélio Mendes de Oliveira, Raul Cocito. Suplentes: Olivier Mauro Viteli Carvalho, Sebastião Paulino da Costa, Manoel José Vieira de Moraes. Diretor do Departamento Regional: Danilo Santos de Miranda.

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DOSSIE Betty Carter, grande dama do jazz americano, elogia os músicos brasileiros No mês passado a cantora norteamericana Betty Carter, a grande expressão viva do tradicional jazz, inun­ dou de talento e improviso o palco do Bar do SESC, em Santos, com um show em que deu preferência aos ritmos lentos e à música clássica. Ela se diz uma missionária do jazz e improvisa em cima de qualquer tema. M esmo o que já foi escrito, costuma reescrever, reinven­ tar e sempre encanta com a sua nova forma. “Para mim, o m aior presente que o Brasil deu e continua dando ao mundo, são os músicos maravilhosos que gerou. Meu amor por este país é retribuído em forma de música, feeling e do clima tropical. Vou voltar sempre, voltarei e sempre voltarei!”

No Festival Internacional do Minuto de 94, quatro brasileiros premiados Foi no dia 9 de dezembro a premiação dos melhores vídeos do Festival Internacional do Minuto, realizado pela Agência Observatório e Rede SESC do Minuto. Além da mostra competitiva exibida por um videowall instalado num caminhão ao ar livre, na praça Benedito Calixto, produzido pelo SESC Pinheiros, com torcida organizada pre­ sente e cerca de 350 pessoas. O júri, composto por Hector Babenco, Cao Ham burger, Arthur Om ar, Karen Ranucci e Patricia Boero, explicou tin­ tim por tintim o por quê de seus votos. E assim foram premiados quatro vídeos brasileiros: Tchau e Benção e S P / Tokyo em Poucos Segundos, de Nando Olival, de São Paulo; Cantiga, de Rodrigo Pesavento e Denise Zelmanovitz, do Rio Grande do Sul e Coiote, de André de Sousa Rosa e Emesto Solis, de São Paulo. A Rússia foi o único país estrangeiro premiado, Andrei Ventslova, foi o vencedor com seu vídeo 50 Faces.

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A pianista Maria Eudoxia de Barros apresentou-se no Sesc Ipiranga, em S. Paulo

Maria Eudóxia de Barros e Caio Ferraz encerram temporada lírica do ano A pianista M aria Eudóxia de Barros e o barítono Caio Ferraz, acom pa­ nhados pelo grupo de Percussão da Escola Municipal de Música, apresen­ taram o show de encerramento da tem­ porada de M úsica Erudita do SESC Ipiranga. O projeto da unidade obje­ tivou a formação e ampliação do públi­ co desse gênero musical. Ao longo do ano passado a program ação foi conso­ lidada através da apresentação de vinte concertos e da m ontagem de duas óperas: Bodas de Figaro e Carmetn, esta dirigida por Naum Alves de Souza.

0 1- Encontro sobre Recreação Hospitalar visou as crianças O SESC de Rio Preto reuniu 70 pessoas das áreas de saúde e Recursos Hum anos no Io E ncontro sobre Recreação Hospitalar, com a intenção de sensibilizar e despertar o público para a importância e excelência do tra­ balho que vem sendo desenvolvido por diversos grupos dentro de hospitais, especialmente naqueles em que as cri­ anças formam a maioria dos pacientes. O evento teve em sua program ação um painel do SESC sobre Importância e Benefícios da Recreação e Lazer para

Crianças em Hospitais; palestras, como a de W ellington Nogueira, da Equipe Doutores da Alegria, sobre Humanização Hospitalar Através da Arte; e de outros especialistas nas áreas de pediatria, te­ rapia ocupacional e psicologia. Oficinas práticas de anim ação com bonecos, recreação com sucatas, teatro e dança e reflexões em tomo do ouvir histórias, uma exposição de artes e brinquedos da Secretaria Estadual de Saúde, briquedoteca com animadores profissionais e o estande da CRAMI - Centro Regional de Atenção aos Maus-Tratos na Infância de São José do Rio Preto, completaram a programação.

Depois de dançar de costas para o público, Trisha Brown encara a platéia Depois de ter apresentado suas recentes coreografias de costas para o público, no Teatro Sérgio Cardoso, Trisha Brown, o símbolo da dança pósmoderna americana, ficou cara a cara com a platéia no workshop que deu no SESC Consolação. Apaixonada pela dança, a coreógrafa também tem prazer em fazer palestras. “Tomo muito cuida­ do para responder a cada pergunta, a cada uma procuro ter uma atitude nova para não perder o ritmo e se tomar uma coisa m ecânica” . A pesar da sua rouquidão, a tradução simultânea da crítica de dança Helena Katz deu o reca­ do de tudo de novo que Trisha tinha para contar.

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INDICE ENTREVISTA O diretor Gabriel Villela fala de sua nova montagem, A Rua da Amargura, em parce­ ria com o Grupo Galpão, de Minas. Também faz comen­ tários sobre o panorama tea­ tral no Brasil, os atores de TV, seu processo de criação e suas experiências com Re­ gina Duarte, Beatriz Segall e Maria Bethânia. Pg. 6

FÉRIAS Não é castigo algum passar as férias na capital paulista. Há várias opções de lazer para quem vai curtir o verão longe da praia ou do campo. Confira em nossa reportagem os pro­ gramas especiais para esta temporada, em parques, nos shoppings e também nas uni­ dades do Sesc. Pg. 10

MEIO AMBIENTE A cidade ganha um novo hor­ to de ervas medicinais, que estará aberto ao público a par­ tir deste mês no Sesc Interlagos. Lá, os amantes do verde e interessados em fitoterapia poderão reconhecer diversas Foto de capa: Paquito

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espécies, aprender a cultiválas, mantê-las e a manipular receitas caseiras. Pg. 19

CULTURA_______ E abre o debate: qual o projeto de cultura ideal para o Brasil? Que medidas o governo e a so­ ciedade devem tomar? A opi­ nião de artistas, intelectuais e administradores culturais, em artigos e depoimentos de Antu­ nes Filho, Marcos Mendonça, Lygia Fagundes Telles, Fran­ cisco Weffort e outros. Pg. 20

ESPORTE 1 Acontece em janeiro o 1QEn­ contro Internacional de Ca­ poeira de Santos, organizado por Mestre Sombra, com apoio do Sesc. Esportistas brasileiros, europeus e norteamericanos trocarão idéias, farão workshops e também mostrarão ao público a bele­ za deste jogo, cada vez mais popular mundo afora. Pg. 28

tidas e treinos de tênis, têm a sua vez num torneio pro­ movido pelo Tenisesc. É a chance desses garotos m ostrarem que também sa­ bem jogar e, quem sabe, garantirem o seu ingresso no território do esporte pro­ fissional. Pg. 29

FICÇÃO M aria A d e la id e Am aral, dram aturga, autora de no­ velas e escritora, que aca­ ba de lançar Dercy de Cabo a Rabo, uma biografia da atriz Dercy Gonçalves, as­ sina o conto Breve Diário de um Breve Amor, texto inédito para E. No trabalho, ela faz um exe rcício de análise romântica. Pg. 30

HUMOR

O que acontece quando a musa de nossos sonhos não comparece a um encontro marcado? Ainda mais num restaurante, onde todos nos observam? Este acidente do cotidiano é narrado por um espectador privilegiado, o premiado restaurateur Sér­ Os pegadores de bola, figu Pg. 33 ras indispensáveis nas par- | gio Arno.

ESPORTE 2


A PAKAO DE GABEI TO LA

O d ire to r te a tra l fa la s o b re su a n o va m o n ta g e m , a v id a de C ris to na v is ã o m a m b e m b e

peça A Rua da Amargura - 14 Passos Lacrimosos Sobre a Vi­ da de Jesus, estréia dia 6 de ja­ neiro, Dia de Reis, no Teatro Anchieta do Sesc Consolação. É mais uma associação do diretor Gabriel Villela com o grupo de rua Galpão, de Belo Horizonte. Para re­ presentar no palco e na rua a vida de Cris­ to, do nascimento à ressurreição, Villela e o Galpão lançaram mão de recursos cir­ censes, mambembes, de cantigas e outras

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formas de expressão popular. E o novo enfoque para a história causou também alguma polêmica: representantes do clero torceram o nariz. Mas o diretor mineiro não se preocu­ pa com este tipo de interferência. Pre­ miado e querido pelo público, Villela, que já trabalhou com Regina Duarte, Beatriz Segall e Maria Bethânia, tem planos de dirigir outra grande estrela: Marieta Severo, numa montagem de A

Torre de Babel, programada para estrear em julho no Rio de Janeiro. Nesta entrevista para E, realizada em seu apartamento, no bairro paulistano do Paraíso, Gabriel Villela fala de suas pai­ xões: o momento de encontro com o tex­ to teatral, a relação com os atores, a reli­ giosidade e os mitos do palco. Rejeita a vanguarda para voltar seus olhos ao inte­ rior do Brasil. Assim, acredita estar fa­ zendo um teatro universal, que atinja em

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cheio o coração dos centros cosmopoli­ tas. A receita tem dado certo: seus espe­ táculos conseguem excelente público, despertam debates e ele é uma das estre­ las ascendentes do palco brasileiro. Em que é baseada a Rua da Am argurai Num texto original de teatro escrito em 1902 por Eduardo Garrido. Era um dra­ maturgo especializado em circo, e fez uma tradução bem parnasiana da vida do Cristo, mas escreveu só sobre a Paixão. Quando resolvemos montar a vida de Cristo, não queríamos caracterizar só a Paixão, mas pegar do nascimento à ressurreição, para não deixar o espetácu­ lo só com referências da Semana Santa, já que a Igreja Católica tem os ciclos muito definidos da Paixão, do advento, do nascimento e tal. E como não queríamos fazer nada atrelado ao calendário cristão, usamos o texto do Garrido como base e criamos toda a primeira parte, do nasci­ mento até a fuga pro Egito. O teatro brasileiro está indo para um lado de Shakespeare, de tragédia. E não deixa de ser uma tragédia a vida de Cristo. Como ela entra no trabalho seu como diretor e no trabalho do Galpão? O trabalho do Galpão é atípico em ter­ mos de opção por textos, porque é um grupo tradicionalmente conhecido como grupo de rua. Embora seja sediado em Belo Horizonte, esse grupo é conhecido por mambembar pelo Brasil. Quando fui trabalhar com eles, uma das primeiras coisas que quis saber era qual o maior medo deles, qual o maior problema que o teatro de rua enfrentava, achando que fosse alguma coisa ligada à natureza, tipo chuva. E eles disseram que era a palavra, o uso da palavra, porque, como eles se apresentam em praças públicas, o barulho desses locais é ensurdecedor. É um local hostil para quem usa a palavra como parte do trabalho. Prova disso é que vários grupos de teatro de rua optam por espetáculos pirotécnicos, que abolem o uso da palavra, para não perder espaço. Mas o Galpão queria usar a palavra como ponto de partida, queria o texto. Quando um grupo desses opta por um trabalho, faz a escolha temática, você olha dois lados, eu acho. Um é o sentido de evolução do grupo, indepen­ dentemente da sua intervenção naquele momento como diretor, mas consideran­ do toda a história anterior e principal­ mente o que virá pela frente, para você não ditar regras para o grupo e fechar uma questão sobre a linguagem estética.

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“ N ã o c o n s ig o fa z e r m u ita d iv is ã o e n tre o a to r de te le v is ã o e o de te a tro ”

O segundo dado é o cuidado que você tem de ter com o tema, porque, na rua, você tem um público de A a Z. É muito importante que o que você esteja levan­ do para a rua tenha uma comunicação. Já que a palavra é um problema para um grupo como esse, o tema já deve ser co­ nhecido do maior número de pessoas possível, deve ser um tema extrema­ mente popular, pra facilitar a relação do artista de rua com o público de rua. Daí vocês caíram na vida de Cristo? Não. A gente caiu no Romeu e Julieta, que era Shakespeare, mas que é a história de am or mais popular do Ocidente. E como viajaríamos pelo Vale do Jequitinhonha, por lugares onde difi­ cilmente o teatro com essas característi­ cas teria passado, optamos mesmo por Shakespeare. Depois dessa experiência, escolhemos a vida de Cristo, dando um enfoque especial para a Paixão, porque é o lado mais trágico. O público de rua gosta muito de rir, mas quando você toca na questão da tragédia, ele recebe aquilo também com muita comoção, com muito respeito. É uma coisa bonita. E além de tudo tem a vida de Cristo tam­ bém, que é um homem, a figura históri­ ca, a figura divina, a figura mítica mais popular do Ocidente. Você resolveu montar a vida de Cristo. Há um estranhamento nisso. Seria “moderno” escolher um texto do Jean Cocteau ou um texto perdido por Antoine Artand na viagem dele ao México. Sua ligação com o Brasil, com Minas, principalmente, é muito forte. Vem daí a vontade de você, nessa história, traduzir a pesquisa de uma ligação sua com a terra brasileira? Tem isso também. Eu só me entendi como um artista de teatro na hora em que entendi que o meu caminho seria um

caminho de entrada para o interior do Brasil. Eu não conseguia sair fora do Brasil, nem sequer entender as grandes teorias modernas de teatro, as grandes inovações dramatúrgicas. Eu até enten­ dia, mas não havia sentido pra mim. E descobri que a minha forma de fazer teatro, a única verdade que me conquista­ va e me dava crédito também era a refe­ rência interiorana. O fato de eu ter nasci­ do numa fazenda, de ter vivido numa cidade pequena, de formação estrita­ mente agrária, me fez voltar a Minas com esse olhar para poder, de certa forma, receber as bênçãos deste legado que eu recebi da cultura interiorana, caipira mesmo, sem ser pejorativo. Porque a gente fala em caipira hoje e pensa em Chitãozinho e Xororó, em camionete... Essa relação com Minas passa a ser uma relação com o interior do Brasil, com o universo imaginário de todo o interior brasileiro. Esse é um dado. A outra questão é que eu só vi teatro através de circo-teatro. Até os 18 anos de idade eu só tinha visto em circo. Então, tudo o que eu vi de teatro passava pelo crivo do circo. Inclusive a Paixão de Cristo, essa que está montada com o Galpão, eu vi várias vezes, uma dez vezes. Então, eu não via muito sentido e nem entendia muito o que era moderno, qual seria o grande lance no teatro brasileiro. Eu via mais ou menos assim: por onde é que eu posso ir, falando a verdade? E sonhando com as minhas referências, com as mi­ nhas possibilidades, mas sem negar a minha relação com a terra, com o interior do Brasil. E intuindo que isso teria uma ressonância muito grande nas capitais brasileiras, porque elas são por excelên­ cia cidades abertas à migração, a infor­ mações. A história de São Paulo é muito assim. São Paulo é a reunião de várias

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“Não aguentamos olhar para o espelho. No teatro, buscamos o que está além dele”

tribos do mundo inteiro. É uma cidade aberta a também receber o trabalho de um artista que volta seus olhos pro inte­ rior do Brasil. Mesmo correndo na par areia do pós-modemismo, o trabalho que eu fiz sempre teve uma aceitação muito legal aqui e por onde viajei. A vanguarda me interessa por outros aspec­ tos, e pode ser que esses aspectos interfi­ ram indiretamente no meu trabalho, mas jamais serão prioridade. Como foi o começo de sua carreira? Aconteceu dentro do Sesc. O primeiro salto que eu dei fora da universidade foi no festival do Sesc em 86, com Vem Buscar-me Que Ainda Sou Teu, a primeira montagem de teatro que eu fiz como trabalho escolar. Nos inscrevemos na Jornada de Teatro e foi a primeira vez que eu me apresentei fora. O segundo tra­ balho, A Falecida, fazia parte do meu último ano de Direção na USP, mas eu já trabalhava com um grupo amador no Clube Pinheiros. Também nos inscreve­ mos no festival, fomos aprovados... Fiz esses dois espetáculos na fase univer­ sitária e o festival do Sesc, mais do que mostrar o trabalho, também me apresen­ tou muita gente interessante, gente com quem eu pude dialogiar, ouvir, questionar o trabalho, a partir dos debates, do envolvimento que o festival cria entre os participantes. Depois eu fiz o primeiro trabalho profissional, Você Vai Ver O Que Você Vai Ver, depois o Concílio do Amor e aí o Vem Buscar-me profissional­ mente. Depois no Sesc também fiz A Vida é Sonho, com a Regina Duarte, A Guerra Santa, com a Beatriz Segall, o Romeu e Julieta e agora A Rua da Amargura. No ano que vem vou fazer um espetáculo com a Marieta Severo, a Torre de Babel, no Rio. E vamos inaugurar um teatro do Sesc em Copacabana, um teatro

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de arena maravilhoso. O Sesc tem uma coisa muito legal, além da coisa carin­ hosa e afetiva que nasce do trabalho. Os meus primeiros amigos de profissão mesmo foram as pessoas do setor cultu­ ral do Sesc Consolação. Eles me colo­ caram diante de várias outras pessoas de teatro. Então, o Sesc não oferece só o espaço de apresentação, mas o espaço de diálogo e de convívio. Como diretor, o que você prefere, a construção do espetáculo, a direção dos atores, ou as duas coisas? Eu sempre necessito de um texto para dar o salto, para saber o que vou fazer depois na montagem. Então, o primeiro instante da criação é a relação com o texto. Nele eu vejo determinadas idéias e diálogos que gostaria de ter com o público e com os atores. O segundo instante é o encontro com o ator, que é um encontro extrem am ente m odifi­ cador, revelador. É a partir desse diálo­ go com o ator, quando você tem uma relação de troca de idéias, informações, que a noção geral de espetáculo, de mise-en-scène, começa a ficar mais clara. Mas, com certeza, a própria ence­ nação nasce das inflexões, do estudo, do trabalho dirigido em mesa, de work­ shops feitos em cima de personagens. Como foi a estréia da R ua da Am argura no Rio e em Belo Horizonte, o que vocês recolheram de repercussão? O mais interessante da peça é que a história contada já é do conhecimento e do domínio público. O grande barato, o grande mérito desse trabalho está exata­ mente no jeito que eu e o Galpão encon­ tramos de contar a história. A nossa opção pela forma de contar é que é inter­ essante, que provoca e comove as pes­ soas. É claro que tivemos de enfrentar os

lados mais caretas da Igreja Católica. Teve um bispo idiota que escreveu uma carta metendo o pau no espetáculo sem tê-lo visto. Houve essa pequena polêmi­ ca, porque na verdade a Igreja Católica ainda é muito retrógrada, o alto coman­ do da Igreja Católica, através desse Papa João Paulo II e toda a hierarquia deles. O clero é muito careta. Mas você tem setores progressistas que são muito interessantes. O que dizia a carta do bispo? Dizia que eu era um imbecil, porque eu disse numa entrevista, na época do lança­ mento da peça, que a história para mim não tinha muita importância, que me interessava mais o jeito de contar a história do que a história a ser contada. Mas eu dizia isso sem querer ofender a um Cristo ou a um diadorim. Eu estava dizendo que o que realmente me interes­ sava era a saúde do artista, do contador de histórias. Porque a história já está aí, escrita, impressa, catalogada, registrada, na língua do povo. Então me interessava muito o jeito de contá-la e a opção por uma linguagem mambembe, circense, picadeiresca. Fazer a paixão mambembe, onde é que já se viu isso? Ora, não teve ninguém mais mambembe que o próprio Cristo, que viajou o tempo todo pregan­ do, que só parou quando foi pregado num pedaço de pau e assim mesmo ressusci­ tou. E o bispo encanou com essa história de mambembe. Eu fico imaginando se ele tivesse assistido ao Concílio do Amor aqui em São Paulo, ele teria me matado. Excomungado! Excomungado? Não estou nem aí para isso. Você é católico? Não, não sou católico. Eu me sentiria mais à vontade para falar de Cristo se eu não tivesse passado por certos rituais da Igreja Católica, que me causaram muitos traumas. O próprio efeito da primeira comunhão comigo não funcionou. Eu tive uma sensação de culpa ao comungar uma pessoa que não era uma pessoa, de beber um sangue que não era sangue. Aos sete, oito anos de idade, minha cabeça não entendia isso. A igreja impõe um Deus goela abaixo para uma criança sem em momento nenhum respeitar a indivi­ dualidade daquela criança. Eu gostaria de não ter passado por isso, até para que a minha própria comunhão com Jesus, por opção religiosa, fosse uma coisa total­ mente espontânea, e não imposta como foi. Mas eu tenho uma curiosidade grande por outras religiões, sou um sujeito muito religioso. Só não sei se eu

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m exagerei na dose e transformei o palco num altar de reflexão, de oração, de exer­ cício da minha religiosidade. Eu acho que todas as religiões ou seitas que chegaram ao Brasil via cultura afro contêm infor­ mações que me interessam muito, mas também eu nunca estudei, nunca parei para 1er. Eu não sou católico, mas sou religioso e creio em Deus mesmo. Em outros deuses também... Esteticamente, que religiosidade é essa que a gente vê no palco? Eu tento levar para o palco um conceito de ritualização mesmo. Eu acho que den­ tro do palco estão todos os mitos que a humanidade sempre precisou ou inventou para viver ou sobreviver. Eu acho que, através desses rituais, você de certa forma celebra o mito, conversa sobre um deter­ minado mito ou valores que para uma sociedade são importantes. Então, esse sentido de ritualização pra mim é muito forte. E uma coisa que eu exerço por princípio dentro do teatro. A origem do teatro é essa, são rituais e celebrações a Dionísio. O teatro nasce disso. A necessi­ dade do homem de purgar determinados valores não é moderna, é eterna. E o teatro é o veículo pra isso, em qualquer tempo o homem vai procurar isso. O homem não aguenta olhar no espelho e ver o que está ali reproduzido. Ele vai ao teatro atrás do que não está no espelho, do que está além do espelho, além do que ele vê, porque ele sabe que há mais mis­ térios entre o céu e a terra. Como você acha que anda o teatro brasileiro hoje? Acho que anda muito bem. Eu tenho viajado muito e visto não só espetáculos do Rio e de São Paulo. Recentemente estive no Festival de Teatro Amador de São José do Rio Preto, onde vi grandes espetáculos do Brasil inteiro. Eu acho que o teatro está mais lúcido, as pessoas que estão fazendo teatro estão olhando para ele com menos desbunde, com uma noção de continuidade, o que eu acredi­ to que vá gerar futuramente organiza­ ções de grupos de teatro novamente. Sinto que o teatro brasileiro já aponta para um amadurecimento, em que as três partes, o diretor, o ator, e o texto, estarão sentadas, conversando de igual para igual. Não há problemas estéticos no teatro brasileiro. Pelo contrário, ele é muito formoso nesse sentido. Esse padrão televisivo de interpretação ajudou ou prejudicou o ator de teatro? Eu não consigo fazer muita divisão entre o ator de televisão e o ator de teatro,

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talvez porque eu tenha trabalhado muito com pessoas que também fazem tele­ visão. Acho que há uma espécie de natu­ ralismo televisivo, uma forma de fazer televisão para o ator que é extremamente estressante. é medíocre do ponto de vista da realização. Mas, quando o ator acerta, quanto lhe é dada uma personagem, um percurso, você vê trabalhos brilhantes e inesquecíveis na televisão. Um trabalho que eu acho antológico na TV brasileira é o da Regina Duarte com a Porcina, onde ela partiu para um exagero, para uma situação que beirava o grotesco, a farsa com caricatura, com outras coisas que o naturalismo da TV não permite muito. Um trabalho maravilhoso. Outro exem­ plo disso é o trabalho da Beatriz Segall, numa novela do Gilberto Braga, fazendo a Odete Roittman, que hoje é uma per­ sonagem que faz parte da cultura brasileira. Todo mundo fala de Odete Roittman. Foi um trabalho exuberante, como eu vou negar que tem qualidade? É maravilhoso. A Marieta Severo faz hoje uma novela que eu, particularmente, não gosto, acho chata. Mas ela faz um papel que é o melhor da novela, que é a vilã, que está por conta de azarar a vida alheia. E faz com muito humor, com perversiVillela recebe o Prêmio Shell de 1992

dade. Há trabalhos bons e ruins, mas não sinto que isso prejudique o teatro. Se o ator for um sujeito sem muito discerni­ mento, vai entrar pelo universo da fama, tudo isso que a televisão propicia, e acabar se transformando numa pessoa medíocre. Agora, eu tenho trabalhado com atores que são do primeiro time da televisão brasileira e que me dão um retomo e uma reflexão sobre a arte do teatro que não me incomodam em nada. Se o cara quiser se tomar imbecil, tam­ bém não é na televisão ou não fazendo teatro que ele vai conseguir. É em qual­ quer parte do mundo! Vamos falar sobre a sua experiência com o show da Maria Bethânia. Como foi dirigir um espetáculo de música? Eu nem sei se eu dirigi um espetáculo de música. Sei que o convite que veio da Bethânia me pegou de calças curtas. Fiquei surpreso, eu nunca tinha feito nen­ hum show, e a Bethânia é a rainha. É engreçado: o encontro com ela foi muito parecido com o que eu tive com a Regina Duarte. Elas são duas mulheres muito delicadas, muito sensíveis, com um uni­ verso feminino muito frágil. São mu­ lheres guerreiras, que vão à luta, e por outro lado elas são extremamente deli­ cadas, mas competentes e profissionais pra caramba. Agora, eu só dirigi a Bethânia porque sempre acreditei que, por trás da intérprete ou da voz, há uma grande atriz. Então, o viés, o caminho para se chegar à Bethânia seria pelo próprio teatro, já que eu a considero uma grande atriz. E saio da experiência com a Bethânia extremamente convencido de que toda grande cantora é antes de tudo é uma grande atriz, da ópera à música caipira. Você tem uma Callas, por exem­ plo. Eu fui assistir à Jessie Norman e ela é uma grande atriz. E a Bethânia tem isso, a Elis Regina tinha isso, a Rita Lee tem isso. Então, com a Bethânia eu procurei trabalhar dentro do universo da música popular brasileira, mas sabendo sempre que a gente tava dentro de um palco, e que o show principal era o teatro. A Bethânia não canta sem um subtexto, você tem de dar a ela um subtexto teatral, para que as músicas tenham uma ligação, se correlacionem de tal maneira que gerem uma harmonia de intenções, de sons, de arranjos. Você fala com a Bethânia como se estivesse dirigindo-a num teatro, num grande texto de teatro. E você gostou da experiência? Ah, claro! Tanto gostei que a gente vai repetir, eu acho.


Janeiro/95


I As opções de diversão em São Paulo no verão são muitas, em parques, shoppings e no Sesc. Confira as dicas para quem pretende ficar na Capital nesta temporada.

om ingo, 20 de novem bro de 1994. São Paulo vive um a daquelas m anhãs de sol in­ fernal, com tem peratura acim a dos 30 graus e nenhum a nuvem no céu. No Sesc Itaquera, a funcionária L úcia dei­ xa o interior da com prida casa pré-fa­ bricada onde está instalada a adm inis­ tração da unidade. Do terraço ela tem um a visão com pleta do parque aquáti­ co, com seus cinco mil m etros quadra­ dos de espelho d ’água, que represen­ tam a m etade de todo o espelho d ’água do Sesc na cidade. Apesar do posto de observação ser privilegiado, Lúcia sim plesm ente não consegue ver a água das piscinas, tal a lotação do espaço. N aquele dom ingo, o Sesc Itaquera re­ cebeu 18 mil pessoas (a capacidade m áxim a é de 20 mil) e mais de 50% delas estavam dentro do parque aquá­ tico àquela hora. Um leitor apressado poderia con­ cluir que o resultado disso tudo se tra­ duziria em desconforto para os usuá­ rios. Estaria redondam ente enganado. Observando de perto, só é possível ver pessoas se divertindo, civilizada e de­ m ocraticam ente. M as esse resultado é fruto de m uito trabalho e organização, que perm item à unidade funcionar a plena capacidade. E esse tipo de situa­ ção lim ite não é raro, especialm ente no verão, quando os habitantes de São Paulo vêem potencializadas suas ca­ rências de água e espaços de lazer ao ar livre por causa do calor. Passadas as festas de final de ano, chega a hora das férias escolares se­ rem aproveitadas para o lazer e diver­ timento. M uitas pessoas viajam. Vão à praia, visitam a fam ília no interior ou lotam os charters para O rlando e M ia­ mi em busca das aventuras prometidas pela terra de M ickey M ouse. O trânsito em São Paulo m elhora sensivelm ente com a redução de 10% dos veículos em circulação e a dim i­ nuição do núm ero médio de viagens por carro, segundo dados da Com pa­ nhia de Engenharia de Tráfego. M as o que a cidade oferece àque­ les, estudantes ou não, que não têm oportunidade ou vontade de viajar e acabam passando o verão aqui m es­ mo? A resposta é com plexa e o que se pretende aqui é dem onstrar que ficar em São Paulo no calor não é exata-

D

Sugestões refrescantes no Sesc Interlagos e Bauru para a estação: pouca roupa e muita água

Janeiro/95

m ente um a fria. Há opções para todos os gostos e faixas de renda. Basta pro­ curar. A com eçar pelo próprio poder público, que recebe o dinheiro de nos­ sos im postos e tem a obrigação de ofe­ recer espaços de lazer e diversão aos contribuintes e seus dependentes. A Secretaria M unicipal de Esportes esta­ rá desenvolvendo durante todo o mês de janeiro o program a Passe-Férias, em seus 37 centros educacionais e es­ portivos. Os cursos regulares serão in­ terrom pidos e cada centro estará ofe­ recendo atividades de recreação gra­ tuitas orientadas por monitores.


D ependendo dos equipam entos disponíveis em cada centro, pessoas de qualquer idade poderão jogar fute­ bol, basquete e vôlei, entre outras ati­ vidades. E, segundo a diretora da divi­ são de lazer e recreação da secretaria, Edna Gomes M artins, as 60 piscinas públicas da cidade estão funcionando em boas condições. Para frequentar os centros educacionais e esportivos nes­ te mês não é preciso fazer inscrição. Dica: os maiores centros são os da La­ pa (Pelezão), da M ooca, do Tatuapé, do Ibirapuera, do Pacaembu, da Vila Alpina e da Vila M anchester.

As áreas públicas de lazer da cida­ de incluem ainda 68 parques e praças, com vários equipam entos esportivos. Desses locais, o único que terá uma program ação especial de férias é o Parque do Ibirapuera, que sedia três projetos diferentes. O Lazer no Parque 95 está acontecendo todos os dom in­ gos desde o últim o dia 4 de dezem bro e irá até 26 de fevereiro. Ao lado do galpão do viveiro M anequinho Lopes, m onitores especializados orientam ati­ vidades de tai-chi-chuan, caminhadas, alongam ento, ginástica, m usculação, tram polim acrobático e girom aster,

um equipam ento que sim ula gravidade zero e perm ite “rodar” no espaço. Outro projeto é o Verão no Parque 95, que funciona de terça a dom ingo no estacionam ento ao lado do M useu de Arte M oderna (M AM ), com aulas de aeróbica, tai-chi, defesa pessoal, caminhadas, m usculação e outras ati­ vidades. Para term inar, a tradicional Festa do Verde, na sua 22a edição. A festa com eça no dia 21 de janeiro e vai até 5 de fevereiro, sob a m arquise do Ibirapuera. Além da exposição de plantas e artigos de jardinagem , have­ rá distribuição de mudas e pronto-so-


corro de plantas; atividades de educa­ ção am biental, concurso de espécies exóticas e apresentações m usicais. Outros centros de lazer fam osos da cid ad e procuram to rn a r-se m ais atraentes nas férias visando principal­ m ente o público infantil e/ou juvenil. É o caso do Playcenter, na M arginal Tietê, que neste m ês inaugura um no­ vo brinquedo, o Space Loop. Im porta­ do da Itália, o Space Loop é um a gran­ de gôndola, com capacidade para 32 pessoas. A poiada em dois pilares, a gôndola sobe a um a altura de 12 m e­ tros girando em velocidade tanto sobre

seu próprio eixo com o no sentido ver­ tical, provocando um a sensação sem e­ lhante a um looping aéreo. N o Shopping Eldorado, o Parque da M ônica com em ora este m ês seu se­ gundo aniversário. As crianças que com parecerem à festa vão ver e ouvir os personagens de M aurício de Sousa cantando Parabéns a Você e concorre­ rão a brindes especiais. Já o T he W aves, na avenida G uido Caloi, desde o início de dezem bro, deixou de funcionar apenas aos finais de sem ana e passou a receber o públi­ co de quarta a dom ingo. Seus 3 m i­

lhões de litros de água, à tem peratura constante, deverão atrair m uita gente neste verão. As brincadeiras mais diver­ tidas passam pela piscina de ondas e chegam ao auge nos toboáguas de dez (verde), quinze (vermelho) e vinte m e­ tros (amarelo). O que atrapalha um pou­ co são as filas para escorregar. T anto o Sim ba Safári quanto o Jar­ dim Z oológico m anterão program ação norm al no verão, m as isso não quer d i­ zer que não se deva visitá-los, até porAulas de ginástica no Interlagos: boa chance de cuidar do corpo e da mente

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que o início do ano é um a época em que nascem m uitos anim ais. Quem for em janeiro ou fevereiro ao Sim ba certam ente verá cervos-dam a (os “bam bis”) recém -nascidos circulando livres pelo parque. E no zoológico a vantagem é que as fam ílias podem di­ vertir-se com mais tranquilidade, já que as excursões escolares cessam nesse período. A m aioria dos shopping centers da cidade, inclusive o Eldorado e o Morumbi, que tam bém investem na im a­ gem de centros de lazer, ainda não ha­ via program ado atividades especiais para janeiro e fevereiro até o fecha­ m ento desta edição, na segunda quin­ zena de dezembro. M as isso é natural. Afinal, os responsáveis pelos shoppi­ ngs estavam mais preocupados em fa­ turar nas compras do Natal do Real, o mais gordo dos últim os anos. E o Sesc? Todas as unidades do

Tempo

Sesc prepararam program ações espe­ ciais de acordo com alguns princípios comuns, resum idos pela assessora da gerência operacional Cilene Canoas, que tam bém coordena o Projeto C uru­ mim. Segundo Cilene, a program ação de férias do Sesc procura diferenciarse das outras. “B asicam ente, procura­ m os não estim ular o consum o e nem fazer nada que lem bre escola”, diz ela. “N osso objetivo é fazer com que as pessoas conheçam coisas novas, que aprendam . M as isso tem de ser tão prazeroso ao ponto delas perceberem que as férias devem ser um período m uito agradável. Poderíam os fazer apenas atividades de entretenim ento. A í a pessoa iria um a, duas, três vezes e não voltaria mais. Se desinteressaria. N inguém vai um m ês inteiro a um shopping brincar no corredor, m as ao Sesc elas vão” , conclui. No Sesc C onsolação as crianças

conquistado,

farão um a viagem pela história da ar­ te através de atividades lúdicas. Aos poucos conhecerão o desenvolvim en­ to das atividades artísticas ao longo do tem po e, ju n to com os m onitores, farão visitas a m useus, teatros etc. A té para estim ular os participantes, no saguão da unidade vai ser instala­ da um a exposição com as obras p ro­ duzidas pelas crianças que p articipa­ ram das oficinas de arte no segundo sem estre de 1994. O Sesc Pom péia vai sediar o proje­ to Vertigem Radical. Quase tudo que se possa im aginar em termos de esportes radicais vai estar representado e sendo praticado ali. E sempre com todos os cuidados necessários para introduzir a prática desses esportes entre os garotos e garotas com a m áxim a segurança. Nada m elhor do que não fazer nada. E tom ar banho de sol, banho de sol...

se trabalhava cem anos atrás. Em um século o tem po médio anual de trabalho caiu de 4 .0 0 0 para 2 .5 0 0 /2 .0 0 0 horas.

D ante Silvestre N eto

Rumo ao Kafiristão

fum o Latakia negro, m anufa tu ra do

0

Boschetti pode, assim, gastar suas

em Londres — com gestos que desco­

férias do ano, m ais uns trocados que

nhecem a existência do tem po. N o entan­

sobraram após a quitação do a pa rta ­

to ele sabe o que é o tem po: foram

mento, para olhar o O riente.

necessários

3 1 anos

de

registro

em

M a s o que é que o B oschetti foi fa ze r

carteira para chegar àquele café e àquele

no O riente? A í a sociologia m ais o rto ­

A sociedade industrial, tão malfalada,

cigarro. E agora quase duas horas para

doxa refuga, p erple xa d iante de um a

coitada, até que faz milagres: levou C.S.

consumi-los, sem faze r nada a não ser

questão tão p ortentosa. Ela no m á xim o

isso. Tempo perdido, tem po jogado fora.

consegue explicar com o o B oschetti ga­

B oschetti

p au lista no

da

M o o ca,

cinqüentão, 3 1 anos de trabalho, 4 para a

aposen tad o ria ,

classe

N ã o é o que o B oschetti pensa, e se

nhou o tem po das férias e o dinheiro das

re m e diad a

quiser pode in clu ir na defesa de seu

férias. M a s com o ganhou o Boschetti

média, com tudo para continuar desa­

pon to de vista argum entos escavados

aquilo que está dentro das férias?

bando — to m a r café no Café Pierre Loti,

em terrenos respeitáveis, com o os da

Porque férias são feitas de tem po e

ponto de encontro de desencantados e

religião e os das ciências sociais. “ Todas

de dinheiro, m as tam bé m de m a téria im aginada. D a vontade de fa z e r o que se

blasés do m undo todo. Ele está lá faz

as coisas têm seu tem po e todas elas

mais de um a hora, enquanto M a d am e

passam

o

quer, no lu ga r que se quer, na com pa­

inspeciona lojas de artesanato. Toma o

te rm o que a cada u m a foi p re scrito ”.

nhia de quem se quer, no ritm o que se

“Há

quer, do je ito que se que r e quando se

terceiro café pausadam ente e joga

o

olhar em direção ao mar, de M á rm ara , sim senhor. Do outro lado começa o O riente. Em algum ponto daquele ter­ ritório que se estende para o leste, a

debaixo

te m p o

do

céu

segundo

de a d q u irir e tem po

de

p e r d e rP a la v r a s do Eclesiastes. Por sua

vez,

a

m e lh o r sociologia

freqüentem ente

m alsucedida,

de

disponível garante que aquele tem po já foi

co ncretiza r p o r antecipação, neste pla-

antecipadam ente ganho, previam ente con­

netinha de periferia, a utopia do Paraíso?

geografia im aginária de K ipling decidiu

quistado. D idaticam ente ela ensina que,

situar o Kafiristão, o país utópico onde

graças ao aum ento da produtividade, con­

um hom em com um pode ser rei. Ou ao

seqüência da tecnologia aplicada ao tra­

menos amigo do rei, conform e M a n u e l

balho, graças às conquistas trabalhistas e

Bandeira, já que Pasárgada tam bém deve

graças tam bém aos avanços da legislação,

ficar p o r ali. Boschetti maneja o cigarro

se pode trabalhar hoje bem menos do que

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quer. 0 que são as férias senão a ten ta ­ tiva,

De Volta a Belo Jardim A sociedade industrial, tão incensa­ da, desnaturada, não fa z prodígios em

Janeiro/95


p roveito de todos. Colocou A.C. Dias no ú ltim o degrau da escada, onde ele esti­ ca o braço p ara a lcan ça r com a espátu­ la o b eiral ocre arruinado. G arra fa té r­ m ica na mão, a dona da casa o cham a

Ir ou Voltar, Sem pre o M esm o Lugar

escrever O

D ire ito à Im aginação. £

p e rm itid o fa n tasiar u m a outra vida fora do trabalho. É lícito a cada um, depois

Boschetti quis ir, Dias quer voltar e nada,

a

não

ser detalhes

m ateriais,

de

te r

trabalhado,

co m p or um

con­

tra po n to à m elodia repetitiva executada

p ara baixo. Depois do cafezinho, o Dias

secundários como se sabe, podem im pedi-

nas linhas de m ontagem . £ viável en­

tira um m aço do bolso, p uxa de dentro

los de fazer suas viagens. Estão autoriza­

saiar a nova m úsica e te n ta r tocá-la durante os trin ta dias desse hiato notá­

o p en últim o cig arrito am assado e volta

dos a fazê-las, têm a elas pleno direito

p ara o alto da escada. Está no q u a rto

m oral e legal, ninguém pode censurá-los.

dia de férias. Tirou vinte, m ais dez em

Afinal de contas, achamo-nos num tem po

0 dire ito às férias está assegurado,

em que cada um pode livrem ente dese­

e m bora não esteja g aran tida p ara todos

n h a r sua p ró p ria utopia, ainda que te m ­

a

porária. U to pia fab ricad a a p a r tir de um

entanto, com o coisa im aginada, assim

dinheiro.

M as

não

está

onde

quer.

Q ueria estar em Belo Jardim . Q ua re n ta e oito horas de ônibus até

vel que in terrom pe o real.

possibilidade

re a l

das

ferias.

No

Recife e depois só m ais três até reen­

dado recente na história do tra ba lh o: o

com o aventura plausível, elas co rporifi-

co n tra r a velha, as irm ãs e os sobrinhos.

direito a um tem po só p ara si. Tempo

cam um dado substantivo — abstrato,

Imagina-se, peneira na m ão, ensinando

construído com a sobra de outros te m ­

os meninos a p eg ar carapau — boa isca

pos em processo g eral de encolhim ento:

conform e o caso. 0 que im p o rta em tudo isso é que

para peixes maiores. Vê-se na feira, con­

trabalho, obrigações fam iliares, deveres

a diferen ça e ntre o B oschetti e o Dias

tando aos amigos que não veio p ara

religiosos e p o r aí afora.

é u m a diferen ça de fato, não de di­ reito. N ã o p e rte n ce m

a castas dife­

ficar. N o ano passado isso quase acon­

M a is do que conquistar-se um novo

teceu, m as a Brasília 75 era um a o fe rta

tem po, conquistou-se o direito de recheá-

irrecusável. N este ano ta m b é m quase

lo com novos conteúdos, menos ligados à

deu certo, m as foi preciso fa z e r o m o to r

obrigação e m ais próxim os da satisfação.

e retoca r a lataria. A p in tu ra do sobra-

Isso a sociologia explica bem. Depois

dinho em Vila D a lila caiu do céu. Depois

que, em 18 83 , Paul Laforgue escreveu O

q u a d ro

de term inada, sobrariam ainda uns dias

D ire ito à Preguiça, m u ita coisa se pas­

p o n to de vista conceituai, a causa da

para ir à Billings fisgar tilápias.

sou, constituindo no conjunto um a re­

igua ld a de parece e sta r ganha.

M e sm o que conhecesse m ais geografia, Dias co ntinuaria colocando

volução cu ltural capaz de desferir golpes

seu O riente no Nordeste. Sem saber de

furiosos contra a mística do trabalho. Silenciado o stakanovism o em quase

orientes, sabia que Belo Jardim era o seu.

todas as suas versões, hoje é possível

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rentes, e m esm o que a curva dos sinos viesse a re ve lar-se u m a ve rdade intransponível, seria d ifícil a lte ra r esse q u a d ro . Q u a d ro in s u fic ie n te , m as p ro m isso r.

Pelo

m e n os

do

D ante Silvestre Neto é sociólogo, e técnico do Sesc

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Revolução Erivelto Busto Garcia Quando em 1936 o governo de Léon Blum garantiu aos trabalhadores quinze dias de férias remuneradas, a França quase entrou em colapso. Com férias pagas e descontos de 30% a 50% sobre os bilhetes de trem, quase um milhão de pessoas acorreu às estações ferroviárias, arrastando malas e cri­ anças, entupindo os vagões e depois, sem ter onde se hospedar — o país não possuía infraestrutura suficiente para atender aos novos ricos do lazer —-, invadiram as casas dos pa­ rentes no campo ou à beira-mar, onde, natu­ ralmente, não poderiam ser suportadas por mais que três ou quatro dias. E, como num filme a que nos acostumamos ver por aqui, a aristocracia escandalizada protestou com veemência contra os farofeiros parisienses, grosseiros e barulhentos, que atrevidamente ocupavam a Promenade des Anglais, em Nice, na Côte d’Azur, e outros santuários até então exclusivos das elites. A revolução das férias havia começado. A revolução das férias é apenas um dos momentos da grande transformação dos va­ lores sociais, culturais e éticos provocada pelo advento do tempo livre. A Revolução Cultural do Tempo Livre, aliás, é o título do

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Cultural livro do sociólogo francês Joffre Dumazedier, publicado pelo Sesc de São Paulo e editora Studio Nobel*. Nessa obra, o autor — que durante muitos anos prestou assessoria à enti­ dade, formando seus profissionais em lazer e ação cultural, tanto aqui quanto na Sorbonne, em Paris — revisita e atualiza os temas que desenvolveu ao longo de sua carreira de pesquisador e militante cultural, cujo conjunto de trabalhos e formulações teóricas constitui a obra mais expressiva, em todo o mundo, na área da sociologia do lazer e do tempo livre.

Tecnologia e movimentos sociais A hipótese a partir da qual todo o seu pensamento se desenvolve é a de que o pro­ gresso tecnológico, os movimentos sociais e o refluxo dos controles institucionais de base da sociedade permitiram liberar parte do traba­ lho profissional e doméstico e transformaram um fragmento desse tempo liberado em tempo livre, condição indispensável ao surgi­ mento do lazer enquanto fenômeno social sig­ nificativo. Com efeito, a aplicação da tecnolo­ gia à produção econômica, que se inicia na Revolução Industrial em fins do século XVIII, e o desenvolvimento de novos métodos de orga­ nização do trabalho tornaram possível algo

até então inimaginável: produzir mais em menos tempo. Como decorrência, além de toda a imensa gama de artigos produzidos em escala, que viriam tornar possível a sociedade de consumo, a tecnologia aplicada à produção gerou um outro bem extrema­ mente importante: um tempo excedente. Uma quantidade de horas diárias, semanais e anuais não voltadas à atividade produtiva. Obviamente que esse tempo excedente só não foi novamente reincorporado ao trabalho senão pela combatividade dos movimentos operários, como bem o ilustra o massacre de Chicago, dentre tantos outros exemplos de que é pródiga a história. Para chegarmos hoje a uma jornada de trabalho de oito horas diárias, descanso semanal e férias anuais, foi preciso muito mais que a varinha de condão da tecnologia ou a razzia racionalizadora a partir de Taylor e Fayol. Para que essa con­ quista tecnológica se transformasse em con­ quista social foi preciso enfrentar o lado “ educativo” do capitalismo selvagem, expres­ so nos cassetetes, nas bombas de gás e na sempre medieval cavalaria.

Uma ética do tem po livre Fruto dessas duas vertentes — uma tec­ nológica e outra social e política — esse exce­ dente de tempo talvez pouca importância tivesse se outras mudanças sociais e culturais

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N o centro da cidade, o Sesc Carm o tom ará conta das ruas e calçadões das p ro xim idades, e nesses locais vai m ontar quadras esportivas, jogos, ati­ vidades ligadas às artes plásticas, tea­ tro e shows. U m a grande oportunidade para as crianças do centro e de áreas carentes como a B aixada do Glicério, que m uitas vezes até não sabem que essas coisas existem. Delírio Tropical é o nom e do pro­ jeto que estréia dia 15, no Sesc Ipiran­ ga. Ali serão desenvolvidas atividades relacionadas ao clim a quente e anim a­ do dos trópicos. Grupos m usicais de ritmos caribenhos e brasileiros vão apresentar-se na unidade durante o ve­ rão, acom panhados de grupos de reg­ gae, sob encom enda para atrair os ado­ lescentes. As crianças acim a de 7 anos No Pompéia, música de verão. Em Interlagos, o parque aquático.

não ocorressem paralelamente. Aliás, não fal­ tou quem já estivesse dando uma destinação a esse tempo, como a Igreja, que entrevia uma grande expansão da fé, já que os traba­ lhadores teriam mais tempo para dedicar-se aos ofícios religiosos e às vocações. Ou como os educadores, que vislumbravam uma maior escolaridade para os adultos, pela mesma razão. Ou ainda os partidos políticos e organi­ zações sindicais que esperavam ver aumenta­ dos substancialmente os níveis de participação e militância no período de pós trabalho. Estavam todos equivocados. Sairam ganhando os donos de botequins, de casas de diversões, os clubes esportivos. Porque a chegada desse tempo veio acompanhada de uma mudança de natureza ética avassaladora, fundamental. Todas as matrizes sociais que moldavam os valores da vida cotidiana e que estavam empenhadas na afirmação de uma moral do trabalho e do produtivismo foram colocadas em questão. Em primeiro lugar a família se transforma. Os papéis sociais tradicionais, estabelecidos e hierarquizados pelo sexo, pela idade e pela inserção no mercado de trabalho, são sacudidos por uma até então insuspeitada aspiração de uma nova ordem. Uma nova ordem fundada nos direitos da mulher, nos direitos da criança e do idoso, e que não se restringia mais ao respeito condescendente à sua singularidade, estendendo-se à parti­ cipação no mundo do trabalho, no acesso à informação e à cultura. A escola tradicional, impotente, vê diminuir seu papel formador

com o advento dos meios de comunicação de massa e da indústria cultural, e tem de refor­ mular as antigas relações de subalternidade dos alunos até então vigentes, obrigando-se a aceitar a sua participação ativa e valorizando sua experiência e aspirações. A Igreja, por seu lado, vê com perplexidade o rarear das vocações e a insuficiência do discurso religioso para a formação e manutenção do seu rebanho, muito mais sensibilizado pela convivialidade social que pela mística de fé. Em todas essas instituições o poder de mando se esvazia. Mas foi principalmente sua função formadora que se viu esvaziada, sua facul­ dade até então exclusiva de moldar valores e comportamentos para o mundo do trabalho: o sentido da ordem, do dever, da disciplina e da aplicação. Bem pouco adiantou bradar com as ameaças do fogo do inferno, com o rigor disci­ plinar ou com castigos domésticos: pecadores, alunos relapsos e filhos desobedientes pas­ saram a não se curvar mais aos argumentos de força. Haviam descoberto o seu direito à individualidade, traço distintivo dessa nova ati­ tude ética. Uma ética do desfrute, do direito ao prazer e à realização pessoal. Uma ética de expressão, em vez da antiga ética de con­ tenção. Engendrada no tempo livre, é nele que essa ética se desenvolve. Mesmo que reduzido, quando se desconta o tempo dispendido com as tarefas domésticas e obrigações familiares, o tempo livre do pós-trabalho é qualitativa: mente superior aos demais tempos sociais. E

um tempo de extrema disponibilidade indivi­ dual. Não é o paraíso, evidentemente, porque o trabalho ainda é, e continuará sendo, o seu contraponto necessário, nem sempre agradá­ vel, por vezes penoso e entediante. Mas nesse tempo cada um faz o que quer, o que bem entende fazer. Ou não fazer. Pode-se aproveitá-lo para o descanso, para a distração — no sentido de uma ruptura provisória do cotidiano — e para o desenvolvimento indivi­ dual através de atividades variadas. Aproveitálo, enfim, para o lazer. 0 mundo das férias, das diversões, do tu­ rismo em escala planetária, dos esportes de massa, das atividades artísticas, das práticas individuais de autoconhecimento e autodesenvolvimento, da sexualidade como expressão, da busca da natureza e ao mesmo da explosão do consumo de discos, filmes, livros e de toda a parafernália eletrônica de lazer, tudo isso está marcadamente vinculado ao surgimento do tempo livre e à nova ética que dele decorre. Não perceber essa conexão, e suas consequências, é passar muito ao largo do que ocorre neste final de milênio e do que nos espera na Era de Aquário. A Revolução Cultural do Tempo Uvre, Joffre Dumazedier. Tradução de Luiz Octávio de Lima Camargo, 199 pgs. São Paulo. Studio Nobel - Sesc, 1994. ______________ Erivelto Busto Garcia é sociólogo e Gerente de Estudos e Desenvolvimento do Sesc S. Paulo

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poderão aproveitar as atividades de re­ creação no solarium e nos estúdios e ainda dois cursos especiais de férias. O de pólo aquático e o de m ergulho autônomo. Para os adultos, a unidade do Ipiranga estará oferecendo, duas vezes por semana, aulas abertas notur­ nas de ritmos tropicais. As duas estrelas do Sesc no verão serão as unidades campestres, de Itaquera e de Interlagos, porque nesses lo­ cais o clima de férias dura o ano todo. Itaquera recebe de 3 a 4 mil crianças por dia, normalmente, participantes de excursões. Fora do ano letivo m uda apenas o fato de que os visitantes vêm em grupos menores e sem o uniforme do colégio. Até o perfil socioeconômico se mantém, já que as excursões ge­ ralmente são de escolas públicas, e as crianças da região, que aproveitam mais a unidade durante as férias, costu­ mam estudar no mesmo tipo de escola. E há muito que fazer no Sesc Ita-

Férias

gara

Está sendo lançado neste mês o Projeto Passe-Férias do Sesc. Empresas comerciais da Grande São Paulo já estão sendo con­ tatadas por técnicos da entidade para a implantação do projeto. Os trabalhadores impossibilitados de viajar para gozar seu tempo livre, por questões financeiras, terão direito garantido, no período das férias no trabalho, de desfrutar das instalações de lazer das unidades campestres do Sesc. Segundo dados do IBGE apurados no Censo de 199 1, 70% dos trabalhadores vin­ culados ao setor do comércio encontram-se na faixa de renda de até quatro salários mínimos. Salário apertado para a manutenção da família e, portanto, distante da oportunidade de proporcionar os programas de tu-rismo oferecidos pelo mercado. Pensando nisso, o Sesc criou o Passe-Férias, um passaporte para o trabalhador participar gratuitamente das atividades dos Sesc Interlagos e Itaquera. E atração é o que não falta nessas unidades. Dentro de seus 350 mil m2 de área verde, o Sesc Itaquera passa a oferecer, gra­ tuitamente, àqueles que apresentarem o Passe-Férias seus espaços e atividades esportivas, artísticas, culturais, sociais, recre­ ativas e de contato com a natureza. As

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quera. Além do parque aquático, existe o parque lúdico, dividido em três seto­ res: os bichos da m ata (esculturas de bi­ chos rodeadas de brinquedos); a or­ questra m ágica (um mini-parque onde os brinquedos são grandes instrum en­ tos musicais) e o trenzinho cenográfíco, que leva um mundo de surpresas e brin­ cadeiras em seus vagães além de arras­ tar consigo um palco desmontável. Para os m ais esportivos, seis qua­ dras, três m inicam pos de areia e três quadras de tênis. N esses locais vão acontecer torneios esportivos relâm pa­ gos, com duração de um dia. E na área do parque aquático, sem dúvida a m ais concorrida, atividades recreativas nas piscinas, aulas de hidroginástica e gin­ canas aquáticas. Um a das m aiores apostas dos pro­ gram adores para o verão é o projeto que pretende aproxim ar as crianças do trabalho dos profissionais da com uni­ cação. “Elas vão experim entar aqui fa-

quadras poliesportivas, pistas de cooper, campos de malha, futebol e bocha, além do parque aquático com oito toboáguas, de bosques com quiosques para churrascos e do Parque Lúdico — instalação dos macro brin­ quedos Orquestra Mágica, Bichos da Mata e Trenzinho Cenográfíco — , especialmente cri­ ado para o lazer das crianças, também estarão disponíveis. 0 mesmo vai acontecer na unidade de Interlagos, em sua área de 500 mil m2, às margens da represa Billings. Uma das ativi­ dades imperdíveis de lazer são as cami­ nhadas entre as paisagens naturais de seus bosques e da Mata Atlântica nativa. A unidade ainda oferece lagos com pedalinhos, quadras poliesportivas, de tênis, minicampos de futebol, ginásio coberto, quiosques para churrascos, recanto infantil e conjunto aquáti­ co com piscinas para adultos e crianças, além da programação social, recreativa, esportiva, cultural e artística. Como adquirir o Passe-Férias? £ simples. 0 trabalhador que sair de férias receberá de sua empresa esse passaporte do Sesc, válido para toda família, de quarta a domingo, nas duas unidades campestres, durante o período de suas férias. Será mais um benefício do departamento de Recursos Humanos da empresa que implantar o Projeto do Sesc. As empresas interessadas nesta prestação de serviço devem entrar em contato com o Sesc pelo telefone (O il) 885-0437/887-0016 e fax ( O il) 887-0016.

zer a produção de jornais, program as de rádio e TV ” , diz o supervisor de program ação M ilton Soares de Souza, que vai tentar trazer para dentro do Sesc edições especiais de program as de verdade que tenham algo a ver com crianças e adolescentes. Importante: as crianças que estudam nas escolas da região poderão retirar na unidade um passe escolar de férias, válido por um m ês, e que dará direito a frequentar o Sesc gratuitam ente. Já o Sesc Interlagos estará desen­ volvendo um projeto cultural e dois esportivos. O Férias São Paulo Saudá­ vel, voltado para as crianças, vai pas­ sar àquelas que frequentam as piscinas noções básicas e instruções de preven­ ção nas áreas de saúde, alim entação e higiene, sem pre com recreações e brincadeiras. Alguns exemplos: a “ofi­ cina do banho” vai transform ar a m e­ nor das três piscinas da unidade num a grande banheira de espuma, onde as crianças aprenderão a lim par as unhas, lavar os ouvidos, enfim , tudo aquilo que elas estão acostum adas a negli­ genciar na hora de tom ar banho. O “circuito lúdico dos alim entos” será um a gincana com equipes caracteriza­ das de proteínas, lipídios, carboidratos etc. O circuito será a representação de um corpo hum ano, e o percurso das equipes vai reproduzir passo a passo o funcionam ento do aparelho digestivo e suas funções. Outro projeto é o Férias Teen, clí­ nicas e m initorneios de futebol de sa­ lão, basquete e voleibol para adoles­ centes, onde eles m esm os terão de or­ ganizar, apitar os jogos, fazer o papel de m esário. Os professores ficarão en­ carregados apenas de orientá-los. O objetivo do projeto é transm itir aos adolescentes conceitos de organização e liderança. O terceiro projeto, ideal para o verão, é o curso especial de na­ tação, de quarta a sexta-feira, nos ní­ veis iniciação e aperfeiçoam ento. Esse roteiro das atrações disponí­ veis em São Paulo agora no verão, apesar de abrangente, certam ente não esgota as possibilidades da m aior ci­ dade do país, m as parece suficiente para tornar injustificado qualquer si­ nal de rabugice daqueles que recla­ m am de falta de opções e consideram férias apenas os períodos desfrutados longe daqui. Um bom verão a todos!

Janeiro/95


UMA PUBLICAÇAO DO SESC - SAO PAULO

A JANEIRO/95

Em Cartaz

ROTEIRO SELETIVO DE ATIVIDADES CULTURAIS, ESPORTIVAS E DE SAÚDE DO SESC DA GRANDE S. PAULO

E s p o rte s , re c re a ç ã o e a tiv id a d e s in fa n tis , a p a rtir da p á g in a 16.

TEMPORADA DE CURSOS. PARA O CORPO E A CABEÇA. DANÇA, FOTOGRAFIA, GRAVURA, MÚSICA, TEATRO E GINÁSTICA VOLUNTÁRIA. TEATRO

2

RECREAÇÃO

MÚSICA

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CURSOS & OFICINAS

EXPOSIÇOES

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INFANTIL

CINEMA

4

TERCEIRA IDADE

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ESPORTES

4

TURISMO SOCIAL

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CAMINHADA

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SERVIÇOS

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GINÁSTICA VOLUNTÁRIA

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MATRÍCULA

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Teatro

A RUA DA AMARGURA. Espetáculo in sp irado na cu ltu ra p o p u lar para rec ria r a vida de Jesus C risto. A daptação de A rildo de Barros, a par­ tir do texto M ártir do C alvário, de Eduardo Garrido escrito em 1902. A m ontagem preserva a estrutura do m elodram a. C om o G rupo G alpão. Direção de Gabriel V illela. De 6 de jan eiro a 19 de fevereiro. De quarta a sábado às 21h e dom ingo às 20h. D esconto de 50% para com erciários e estu dantes. T eatro SE S C A nchieta (344 lugares). Tel. 256-2281. SESC Consolação

☆ CO Q U ET EL C L O W N . Espetáculo do grupo X P TO — especialm ente rem ontado para o Festival M undial de M a rio n e te s em C h a rle v ille M ézieres — conta a h istória de um a m oça sensível e atrapalhada que se vê às voltas com dois vilões que tentam seduzi-la. S ocorrida por um a viador SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO - SESC. Administração Regional no Estado de São Paulo Presidente: Abram Szajman Diretor Regional: Danilo Santos de Miranda Em Cartaz Supervisão Editorial: Jesus Vazquez Pereira Coordenação Executiva: Erivelto B. Garcia Assistentes Executivos: Malu Maia, Valter V. Sales F Supervisão Gráfica: Eron Silva Distribuição: Glenn Poleti Nunes Diretor Responsável: Miguel de Almeida

Teatro que acabara de so frer um d esastre áereo, ap aix o n am -se, pro v o can d o a rea ç ã o dos v ilõ e s, co m as m ais in v ero ssím eis in v en çõ es para separálos. O s atores inventaram um a lin ­ guagem , sem p alav ras, p ara os seus diálogos. E stas estran h as falas são c o m p le m e n ta d a s p e la in te rv e n ç ã o dos m ú sico s qu e a co m p an h am os perso n ag en s com o som bras sonoras, pon tu an d o as ações ao estilo das tril­ has de d esen h o s anim ados. D ireção, ro te iro e c o n c ep ç ã o v isu a l de O svaldo G abrieli. C om A nie W elter, B eto A n d re e tta , B eto L im a, D o m in g o s M o n ta g n e r, O sv a ld o G a b rie li, R o b e rto F irm in o , S érg io S erran o , S idney C aria, W an d erley Piras, e Fern an d o B astos. D ia 25 (q u arta), às l l h 3 0 , no P arq u e da Indep en d ên cia. G rátis. SE SC Ipiranga

☆ P R O C U R A -S E A S U P E R -M U LH E R . T ex to e d ire ç ã o de Z ezé B ueno. C o m éd ia q ue retrata os so n ­ hos e d e c ep ç õ e s de um a m u lh e r na de sco b e rta de si m esm a, atra v é s dos pap éis so ciais qu e d e sem p e n h a no seu d ia-a -d ia . O p ro je to tev e co m o po n to de p a rtid a um a p e sq u isa lig a ­ da à m u lh e r e d e sen v o lv id a com m ãe s d a re g iã o d e P in h e iro s . M o n ó lo g o com Z ezé B ueno. D ia 26 ( q u in ta ), às 2 0 h . G rá tis . R e tira r in g re sso s an te c ip ad a m e n te . SESC Pinheiros

☆ _________ Editor Assistente: Sergio Crusco. Editor de Arte: Zélio Al­ ves Pinto. Equipe de Arte: Rosangela Bego, Leni Gaspar, Marcelo N. Ferreira. Revisão: Celina K. Oshiro. Colabora­ dor: Wilson Ferreira Jr. Conselho de Redação e Programação Diretor: Danilo Santos de Miranda Ana Maria Cerqueira Leite, Andrea C. Bisatti, Araty Peroni, Célia Moreira dos Santos, Cissa Peralta, Cláudia Darakjian T. Prado, Cristina R. Madi, Dante Silvestre Neto, Erivelto Busto Garcia, Eron Silva, Estanislau da Silva Salles, Marco Aurélio da Silva, Ivan Paulo Gianini, Jesus Vazquez Pereira, José de Paula Bar-

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Música

SICA SHOWS

B A N D A D E JO Ã O C R ISTA L. O Instrum ental SESC Paulista apresenta o tecladista e sua m arca registrada: os sam bas jazzificados. D ia 2 (segunda), às 18h30. Grátis. SESC Paulista

☆ RODOLFO STROETER E ANTONIO MADUREIRA. Form am um duo de c o n trab aix o e v iolão p ara m o strar com o fica a u nião do líd er do G rupo P au B ra sil co m o líd e r do exQ uinteto A rm o rial, no In stru m en tal SESC P au lista. D ia 9 (segunda), às 18h30. G rátis. SE SC Paulista

it bosa, José Palma Bodra, Laura Maria C. Castanho, Luiz Alberto Santana Zakir, Malu Maia, Marcelo Salgado, Márcia M. Ferrarezi, Marta R. Colabone, Milton Soares de Souza, Paulo José S. Rodrigues, Ricardo Muniz Fernandes, Roberto da Silva Barbo­ sa, Ruy Matins de Godoy, Valter Vicente Sales Filho. SESC São Paulo - Av. Paulista, 119 - CEP 01311-000 tel. (011) 284-2111. Jornalista Responsável: Miguel de Al­ meida MT 14122. Em Cartaz é uma publicação do SESC de São Paulo, realizada pela MC Comunicação e N'Ativa Marke­ ting Comunicação. Distribuição gratuita. Nenhuma pessoa es­ tá autorizada a vender anúncios.


Música

Música

JA R BA S M A R IZ. 0 cantor e com ­ positor lança seu prim eiro CD pelo selo Cam erati com a participação espe­ cial do tropicalista Tom Zé e m ostra o novo repertório no teatro da Pompéia. De 12 a 15, quinta a sábado, às 21h, e dom ingo, às 20h. SESC Pom péia

☆ ED G A G L IA R D I. A presenta seu regional interpretando o m elhor do chorinho e das valsinhas brasileiras, no Instrum ental SESC Paulista. Dia 16 (segunda), às 18h30. Grátis. SESC Paulista

tem ente. O u tra atração do Instrum ental SESC Paulista. D ia 23 (segunda), às 18h30. Grátis. SESC Paulista

ANIMAÇÃO MUSICAL ZIZI PO SSI. Cantando antigos suces­ sos, A sa M o ren a , Perigo, e m uito mais, esta fam osa paulistana com em o­ ra o aniversário de São Paulo com um show cheio de novidades: seu novo trabalho acústico com regravações de clássicos da M PB e m úsicas inéditas. D ia 25, às 15h. SESC Itaquera

v ||U s e rv iç o s o c ia l d o c o m é rc io

sAo P a u l o Conselho Reginal do SESC de São Paulo Presidente: Abram Szajman

E L IE T E N E G R E IR O S . Brasileira I I — Cantos de Inocência e Sabedoria. E o nom e de seu novo tra­ balho, em que escolheu canções que, além de seu valor poético, m elódico e harm ônico, falam de amor, de pureza, de D eus e de sabedoria. Com põem o repertório Copo Vazio, Grande D eus e N a Linha do Mar, entre outras. 0 show, dirigido por Elias Andreato, contará com a participação do grupo de Folia de Reis de São Bernardo. De 26 a 29, quinta a sábado, às 21h, e dom ingo, às 20h. SESC Pom péia

L U IZ W AA CK . 0 guitarrista está ansioso para apresentar ao vivo o repertório de seu CD produzido recen-

D ia 30 (segunda), às 18h30. Grátis. SESC Paulista

☆ BETH CARVALHO E SOMBRINHA. A conhecida intérprete apresenta o sam bista Som brinha no show que inaugura o Projeto A V oz e a Vez. Este evento pretende fazer com que grandes intérpretes da M PB lancem seus “pequenos frascos” , com o fazia Elis Regina, responsável pela agitação do m eio m usical brasileiro, em pre­ stando sua voz p ara dar vez a inúm eros talentos em ergentes. De 19 a 22, quinta a sábado, às 21h, e dom in­ go, às 20h. SESC Pom péia

Música

S I L VIN HA G Ó IS . 0 Instrum ental SESC Paulista encerra a program ação do m ês com o show solo da pianista.

N O M A D . Criado há quatro anos, a banda já é reconhecida com o um dos grupos de reggae m ais badalados da cidade. A caba de c o n clu ir seu prim eiro álbum , produzido por Nando Reis, dos Titãs, e m ostra neste show co m p o siçõ es p ró p rias e de outros grandes intérpretes do reggae. Rica C avem an (vocais), E dú D iegues (teclados), Sim one Soul (bateria) e seus convidados se apresentam no dia 15, (dom ingo), às 16h. Grátis. SESC Ipiranga

☆ P Â N D E G A NO S T R Ó P IC O S . A B anda de Perna de Pau da Grande Cia. Brasileira de M ystérios e N ovidades apresenta um repertório de músicas com ritm os afros que incluem sonoridades e danças étnicas com o can­ dom blé, baião, samba, coco, maracatu, funk e salsa. 0 figurino segue a m esm a linguagem , d estacan d o -se pelas cores e form as gigantescas dos a rtistas p ern alteiro s, ap resentando um a d iv ersid ad e de instrum entos, desde saxofone, viola, flautas trans­ versal e turca, pífaro, agogô e sím balo até caixas, surdos, repiniques, san­ fonas, pratos, chequerês, berim baus e saltérios. Projeto Delírio Tropical. Dia

Membros Efetivos: Aldo Minchillo, Antonio Funari Filho, Augusto da Silva Saraiva, Ayda Tereza Sonnesen Losso> ,vo Dall’Acqua Júnior, João Pereira Góes, José Santino de Lira Filho, Juljan Dieter Czapski, Luciano Figliolia, Manuel Henrique Farias Ramos, Mauro Mendes Garcia, Orlando Rodrigues, Paulo Fernandes Lucânia, Pedro Labate, Ursula Ruth Margarethe Heinrich. Suplentes: Airton Salvador Pellegrino, Alcides Bogus, Amadeu Castanheira, Fernando Soranz, Israel Guinsburg, João Herrera Martins, Jorge Lúcio de Moraes, Jor9e Sarhan Salomão, José Maria de Faria, José Rocha Clemente, Ramez Gabriel, Roberto Mário Perosa Júnior, Walace Garroux Sampaio. Representantes junto ao Conselho Nacional. Efetivos: Abram Szajman, Aurélio Mendes de Oliveira, Raul Cocito. Suplentes: Olivier Mauro Viteli Carvalho, Sebastião Paulino da Costa, Manoel José Vieira de Moraes. Diretor do Departamento Regional: Danilo Santos de Miranda.


Música 21 (sábado), às 15H30. Grátis. SESC Ipiranga

☆ SAMBA & PAGODE. Grupos de per­ cussão apresentam os ritmos urbanos mais conhecidos da cultura afro-brasileira. Dia 22 (domingo), às 15h30. Grátis. SESC Ipiranga

ex POSIÇÕES

KICK HOM EIJER. O artista plástico holandês expõe suas esculturas confec­ cionadas em madeira, borracha e isopor, além dos croquis das peças. De segunda a sexta, das 10h às 19h. Até dia 31. G aleria SESC Paulista

☆ C U R U M IM . M ostra dos trabalhos produzidos pelas crianças do Projeto Curumim da unidade durante 1994. A exposição é resultado de pesquisa e oficinas que tiveram por tem a a tra­ jetória do hom em e sua expressão artís­ tica no curso da história. A montagem foi planejada para que o visitante observe referências histórico-artísticas de cada época. Program ação do Projeto Viagem pela História da Arte. Abertura no dia 9 (segunda), às 14h. Visitação até 4 de fevereiro. De segunda a sexta, das 14h às 21h. Sábados e feriados, dàs 10h às 17h. Grátis. SESC C onsolação

Exposições

☆ FO CO EM TR AN SITO . O fotógrafo Antonio Augusto Coelho Neto mostra em 76 fotos como vivem os habitantes das cidades de L isboa, M adrid, L ondres, B arcelona, Bruxelas, Am sterdam, Berlim, Viena, Budapeste, Roma, M ilão, Toronto e Nova York. Abertura no dia 20 (sexta), às 19h30. Encerram ento no dia 28 de fevereiro.

Cinema ARQUITETURA E DESTRUIÇÃO. Direção de Peter Cohen. Produzido a partir de docum entários cinem atográfi­ cos e fotográficos, este filme m ostra a estética do nazism o e a pretensão de se construir um “m undo resplandecente de beleza” para com pensar a degener­ ação provocada pela m iscigenação. Os parâm etro s p olíticos tradicionais foram deixados de lado e Peter Cohen m ostra a estética com o a força m oti­ vadora dessa transform ação através da violência. Estréia prevista para o dia 6. C IN ESE SC

SESC São Caetano

☆ O V ISIT A N T E. Projeto m ultim ídia de artes plásticas com trabalhos do artista p lástico de B rasília, C arlos B orges, qu e se c o m p õ e de in te r­ v en ção na p aisag em u rb an a da L a d e ira São Jo ão , no C en tro , e ex p o siç ã o no esp aço in te rn o da unidade. Até dia 25. SE SC Carm o

☆ CO R T A D A DE PR A TA . As con­ q u istas do c raq u e do vôlei serão m ostradas através da exposição de suas m edalhas, troféus e uniform es que m arcaram a tra jetó ria de M ontanaro nos esportes. A partir do dia 21, às 10h. SE SC Itaquera

£ I X li

PORTES ES C A L A D A E SPO R TIV A . Prática esportiva orientada por técnicos do SESC. Q uartas e sextas, das 15h às 17h. Grátis. SE SC Ipiranga

☆ ESPORTEMPRESA. Setor especializado em assessorar e desen v o lv er p rog ram ações esp ortiv as e recreativas, com a finalidade b ásica de p ro m o v er a integ ração entre as em presas com erciais e seus funcionários. A tiv idades com o: torn eios e cam peonato s (org an ização e realização), locações de q u ad ra para “b ate-bola” e recreação, reser­ vas de qu ad ras para intercâm b io de em p re­ sas, prom oções especiais para facilitar o acesso das em p resas a outros eventos da unidade. SESC Pompéia


Esporte

☆ J O G O S IN F O R M A IS . E m presas que estarão desenvolvendo atividades esportivas inform ais durante este mês — Casa M oreira, ETP, Pão de Açúcar. Liceu de Artes e O fícios, Sabrico, TV C u ltura, B rasanitas, G rupo O E SP, Pinturas Y piranga, E sca E ngenharia e Sonda Superm ercados. SESC Pom péia

☆ FÉRIAS TE EN . Clínicas e festivais esportivos durante o mês de janeiro, destinado aos adolescentes, que terão a oportunidade de iniciar, aperfeiçoar, organizar, executar e avaliar a sua ação com o apoio dos técnicos da unidade.

Esportes S O R T E IO DE Q U A D R A S PARA E M P R E S A S C O M E R C IA IS . As quadras de tênis estão à disposição das em presas com erciais. Basta inscrever sua em presa e participar do sorteio que dará direito à utilização de quadra por período de 3 m eses. Inscrições até dia 23. Sorteio dia 26, às 19h30. TE N ISE SC

☆ TORNEIO SESC DE PEGADORES DE BOLA. Em sua 8a edição, o tomeio reunirá meninos e meninas que trabal­ ham como pegadores de bola em clubes e academias de São Paulo, nas categorias de 1 0 ,1 2 ,1 4 ,1 6 e 18 anos. Inscrições até dia 24. Início dia 30, às 9h. Grátis. TE N ISE SC

☆ ☆ F U TEB O L D E SA L Ã O - C línica dias 4, 5, 6 e 7, das 9h às 12h. Festival no dia 8 a partir das 9h. V Ô L E I - Clínica dias 11, 12, 13 e 14, das 9h às 12h. Festival no dia 15 a par­ tir das 9h. B A SQ U ET E - C línica dias 18, 19, 20 e 21, das 9h às 12h. Festival no dia 22 a partir das 9h. Inscrições gratuitas. SESC Interlagos

☆ COPA SÃ O PA U LO D E V Ô LE I DE AR EIA. Para abertura um jogoexibição com craques do C ircuito B rasileiro de Vôlei de Praia e a pre­ sença de M ontanaro. N o evento será disputada a taça que leva o seu nome. Inscrições abertas até o dia 18. Dia 21, às 10h. Grátis. SESC Itaquera

NADA SÃO PAULO. Competição aber­ ta de natação estilo livre em homenagem ao aniversário da cidade. Dia 25 (quarta), às 14h. Inscrições no local. Grátis. SE SC Interlagos

☆ FESTIVAL DE VÔLEI DE DUPLAS. T o rn eio ab erto aos p ratican tes da m odalidade. Inscrições no local. Dia 28 (sábado), às 10h. Grátis. SE SC Ipiranga

CAMINHA

Caminhadas CLUBE DA CAM INHADA. Percurso pelas trilhas e bosques da unidade, dando continuidade ao tem a corporeidade. D urante o percurso serão abor­ dados tem as sobre a água, seus aspec­ tos saudáveis e a constante relação com a qualidade de vida e m eio am bi­ ente. Ponto de encontro no R ecanto In fan til. A os d o m in g o s, às 10h. M aiores detalhes e inscrições no Setor de Inform ações. Grátis. SE SC Interlagos

☆ CLUBE DA CAMINHADA. Proporciona aos atletas ocasionais leves atividades que resultam em relaxam ento. As cam ­ inhadas são m onitoradas por técnicos do SESC, em áreas verdes e trilhas da unidade. Sábados e dom ingos, às 10h. SESC Itaquera

☆ PA R Q U E DA IN D EPE N D Ê N C IA . Cam inhada pelo bosque, alamedas e jardins do Parque da Independência, num percurso aproxim ado de 5 quilôm etros, passando pelo M useu Paulista, Casa do Grito e Jardim Francês. Dia 15 (domingo), às 9h30. Grátis. SE SC Ipiranga

IGINASTICAI

VOLUNTA

N ovo m étodo, m ais prazeroso e parti­ cipativo, de fazer ginástica de acordo com o ritm o e as condições físicas de

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Ginástica cada um. A cada m ês tem as diferentes sobre atividade física, saúde e bem estar. Inform e-se na unidade do SESC m ais próxim a sobre vagas e condições. SESC Carm o - Segundas e quartas, 8h, 12h 10, 16h, 17h, 18hl0 e 19hl0, terças e quintas, 8h, 12h, 16h, 17h, 18hl0 e 19hl0, e sextas, 16h e 17h. R$ 5,00 (com erciário m atric.) e R$ 10,00. TE NISE SC - Segundas e quartas ou terças e quintas nos horários m anhã, tarde e noite. R$ 9,50 (com erciário matric.), R$ 16,00 (usuário m atric.) e R$ 18,00. SE SC P om péia G in ástica Voluntária I. Aulas com duração de 50 m inutos, duas vezes por sem ana nos períodos m anhã, tarde e noite. A partir de 15 anos. R$ 9,00 (com erciário m atric.) e R$ 18,00 (usuário). G in ástica V oluntária II. A ulas som ente aos sábados. A partir de 15 anos. Às 9h30, l l h , 14h e 15h30. R$ 6,75 (com erciário m atric.) e R$ 13,50 (usuário). SESC Interlagos - O rientada pelos técnicos da unidade. Dias 8 e 22 (dom ingos) às 10h. Praça da Alegria.

Ginástica

☆ SE N S IB IL ID A D E À F L O R DA PELE. O tem a deste m ês está ligado aos cuidados com a pele durante o verão. O program a conta com aula aberta de G inástica Facial, dias 7 e 8. A ula aberta sobre o uso adequado dos produtos naturais no tratam ento da pele, dias 14 e 15. Palestra sobre m icoses, prevenção e tratam ento, dias 21 e 22. E sobre rugas, estrias e celulite, suas causas e tratam entos, nos dias 28 e 29. Sem pre às 14h. SESC Itaquera

A T IV ID A D E FÍSIC A E VERÃ O . Os cuidados com a alim entação, ves­ tuário e os exercícios m ais adequados para esta estação. A ulas noturnas nas salas e no deck. A partir do dia 3. SE SC Pom péia

SESC C onsolação - Segundas a sába­ dos a partir das 9 h l5 . R$ 9,00 (com ­ erciário m atric.) e R$ 18,00 por duas aulas sem anais e R$ 6,75 (com er­ ciário m atric.) e R$ 13,50 por um a aula sem anal.

terça a sexta das 17h às 21h30 e sába­ do, dom ingo e feriados das 9h30 às 17h30, no G inásio Outono. M aiores inform ações no C onjunto Esportivo. Apresentação obrigatória da carteira do SESC atualizada. SESC Pom péia

☆ RÁ D IO BO LH A . No m ês de janeiro o lançam ento da rádio mais aguada da cidade com um a program ação espe­ cial, inédita e totalm ente divertida, em que a onda é a criatividade e o bom hum or. Intervenções descontraídas, perform ances, entrevistas e a partici­ pação direta do público com temas atuais e polêm icos, além de curiosi­ dades e sátiras. De quarta a dom ingo , das l l h às 13h. SESC Interlagos

☆ RECREAÇÃO AQUÁTICA. Atividades dirigidas, gincanas, brincadeiras, pólo, basquete, m acro e hidroginástica e torneios. D e quarta a sexta-feira, das 9h30 às 15h. SE SC Interlagos

☆ RECREAÇÃO MUSICAL. Brincadeiras com m úsica a partir da exploração de sons internos e externos. Coordenação de A na C laudia Cesar. Dia 8 e 28, das 14h às 16h, e das 16h às 18h. 15 vagas por turm a. A partir de 10 anos. Grátis. SE SC Pom péia

TEMAS DO MÊS

A T IVIDA DES A E R Ó BIC A S. Será o tem a da abertura do ano de 1995. Além dos exercícios práticos de aeróbica desenvolvidos em aula, serão passadas informações sobre o tem a e discutidas para que o aluno possa aproveitar ainda mais os benefícios das atividades aeróbicas, tais com o cam inhadas, ciclism o, natação, entre outras. SESC Carm o

Recreação

RECREAÇÃO ADULTO. A recreação visa ao desenvolvim ento espontâneo e agradável do ser hum ano em seus m om entos de lazer para satisfazer necessidades fundam entais de socia­ lização, ex pressão e renovação de energias. Participe do program a de recreação esportiva orientada em bas­ quete, futsal, tênis de m esa e vôlei. De

☆ R E C R E A Ç Ã O E SPO R TIV A . Nas m odalidades de vôlei, basquete, futsal e tênis de mesa. Para participar do pro­ gram a é necessário o cartão de m atrícula e estar com trajes adequa-


Recreção

Cursos

dos. O m aterial é fo rn ecid o pelo SESC. Vôlei e basquete, de segunda a quinta das 17h às 19h, sexta das 17h às 21h30 e sábado das 13 h l5 às 17h30. Futsal, sábado das 14h às 17h30. Tênis de m esa, sábado, das 14h às 17h. SESC C onsolação

cu rso s

&

FIO N A S ATIVIDADES ESPORTIVAS

ESC O LIN H A DE TÊNIS. Inscrições abertas a partir do dia 20. Início das aulas, 7 de fevereiro. D uração de 5 m eses. R$ 26,00 (com erciário m atric.), R$ 30,00 (usuário m atric.), R$ 38,00. TE NISE SC

☆ IN IC IA Ç Ã O DE TÊ N IS. A partir de 1995 os cursos de tênis adotarão novo sistem a de inscrições e m atrícula. Os cursos, com duração de 3 m eses e aulas 1 ou 2 vezes por semana, terão a I a turm a com início em 2 de fevereiro. Inscrições de 2 a 20 de janeiro. Sorteio no dia 24. Preço total do curso a partir de R$ 58,00 (com erciário matric.). TENISESC

J U D Ô . A rte m arcial de origem jap o n e sa cujos objetivos principais são equilíbrio m ental e físico, em con­ ju n to com a disciplina e o respeito. SESC Pom péia - Horários, m anhã, tarde e noite. A partir de 6 anos. R$ 9,00 (com erciário m atric.) e R$ 18,00 (usuário), para duas aulas semanais e R$ 4,50 (com erciário matric.) e R$ 9,00 (usuário) aos sábados. SE SC C onsolação - C oordenação de D o u g las V ieira, fo rm a d o em Educação Física pela USP, m edalha de p rata na O lim p ía d a de Los A ngeles. T erças e quintas, às 20h30, e sáb ad o s, às 10h30. 25 v agas p or turm a. R$ 14,00 (com erciário m atric.) e R$ 28,00.

☆ K A R A T Ê . Iniciação e d esenvolvi­ m ento dos fundam entos da m odali­ dade para o equilíbrio e defesa p es­ soal. Sua prática desenvolve autodisciplina, agilidade e concentração. SE SC Carm o - Segundas e quartas às 2 0 h l0 . R$ 6,50 (com erciário m atric.) e R$ 13,00. SESC São C aetano - Turm a infantil, segundas e quartas, às 9 h l0 , e terças e qu in tas, às 15h40. T u rm a adulta, segunda e quarta, às 18h.

☆ K U N G EU. Arte m arcial chinesa que p ro cu ra d esen v o lv er força, v e lo c i­ dade, p recisão e c o o rd en ação nos m ovim entos de braços e pernas, possi­ bilitando ao aluno a sua utilização tam bém com o defesa pessoal. A partir de 15 anos. Quarta e sexta, às 20h. R$ 10.00 (co m erciário m atric.) e R$ 20.00 (usuário). D e 7 a 49 anos. Dom ingo, às 14h. R$ 8,00 (com er­ ciário m atric.) e R$ 16,00 (usuário). SESC Pom péia

Cursos N A T A Ç Ã O . Para quem procura ini­ ciar ou aperfeiçoar-se. SE SC C onsolação - N ados craw l e costas, nos níveis I (iniciação) e II (aperfeiçoam ento) com duração de 1 a 4 m eses cada nível. 25 vagas por turm a no Nível I e 15 vagas por turm a no Nível II. Segundas e quartas, às 10h, 17h30, 19h30 e 20h30. Terças e q u in tas, às 1 2 h l5 , 17h30, 18h30, 19h30 e 20h30. Sextas, às 10h, 17h30, 18h30, 19h30 e 20h30, e sábados, às 9 h l5 , 10h 15 e 12 h l5 . R$ 14,00 (com ­ erciário m atric.) e R$ 28,00 por duas aulas sem anais e R$ 9,00 (com er­ ciário m atric.) e R$ 18,00 por um a aula sem anal. SE SC Interlagos - De quarta a sexta, às 10h, l l h , 14h e 15h. 25 vagas por turm a. R$ 12,00 (com erciário m atric.) e R$ 24,00 (usuário).

☆ JO G O S A Q U Á T IC O S. Basquete e pólo. Todas as quintas-feiras, às l l h e às 15h. Grátis. SESC Interlagos.

☆ M ER G U L H O LIV R E E N O ÇÕ ES D E SA LV A M E N T O AQ U Á TIC O . A ulas orientadas por profissionais do corpo de bom beiros. Todas as quartas e quintas-feiras, às 10h. 25 vagas por turm a. R$ 12,00 (com erciário m atric.) e R$ 24,00 (usuário). SESC Interlagos

☆ E SPE C IA L D E FÉRIAS. Natação, h id ro g in á stica , m ergulho, pólo aquático e N adar: a outra fa c e da dança. Inscrições de 3 a 8 de janeiro. Início no dia 10. SESC Ipiranga


Cursos V Ô L E I. Iniciação à m odalidade através do desenvolvim ento de funda­ mentos básicos para atingir a dinâm i­ ca do jogo. Faixa etária de 10 a 14 anos. Terça e quinta às 13h30. Q uarta e sexta, às 9h30. Terça e quinta, às 15h, e quarta e sexta, às 18h30, de 15 a 49 anos. R$ 9,00 (com erciário matric.) e R$ 18,00 (usuário). SE S C Pom péia

☆ V Ô L E I E B A S Q U E T E . O curso visa d esenvolver o aprendizado e aper­ feiçoam ento dos fundam entos bási­ cos, bem com o de técnicas e táticas elem entares do jogo. 30 vagas por turm a. B asquete: segundas e quartas às 19h e Vôlei às 20H30. Terças e quintas, Vôlei às 19h e 20h30 e sába­ dos, às 10h e 1 lh3 0 . R$ 9,00 (com er­ ciário m atric.) e R$ 18,00 por duas aulas sem anais. R$ 6,75 (com erciário m atric.) e R$ 13,50 por um a aula sem anal. SESC Consolação

☆ B A S Q U E T E IN F A N T IL . Iniciação à prática e aplicação dos fundam entos básicos relevando a sua im portância pelo trabalho em equipe. De 10 a 14 anos. Quarta e sexta, às 14h 15. R$ 9,00 (com erciários m atric.) e R$ 18,00 (usuário). SE S C Pom péia

DANÇA & EXPRESSÃO CORPORAL

DANÇA. Curso voltado para o desen­ volvimento das potencialidades expres­ sivas e motoras, através de técnicas de dança m odem a, balé clássico, jazz, improvisação. SESC Consolação - 25

Cursos vagas por turma. Terças e quintas, às 18h, 19h e 20h ou sábados 10h e 1 lh. R$ 9,00 (com erciário m atric.) e R$ 18,00, por 2 aulas semanais. R$ 6,75 (com erciário m atric.) e R$ 13,50, por uma aula semanal. SESC Carm o - Terças e quintas, às 18h 10 e 1 9hl0, e segundas e quartas, às 17h. R$ 5,00 (com erciário m atric.) e R$ 10,00. SE SC Pom péia - Terça e quinta, das 19h30 às 20h20. R$ 9,00 (com erciário m atric.) e R$ 18,00 (usuário). Sábado, das 9h30 às 10h50 e das 1 lh às 12h20. R$ 6,75 (com erciário m atric.) e R$ 13,50 (usuário).

☆ DANÇA AFRO-BRASILEIRA. A fusão da m úsica e dos gestos de duas cul­ turas com o objetivo de desenvolver m ovim entos expressivos e o autoconhecim ento. De 15 a 49 anos. SE SC Pom péia - Terça e quinta, às 18h30. R$ 10,00 (com erciário m atric.) e R$ 20,00 (usuário). Sábados, às 13h30. R$ 6,50 (com erciário m atric.) e R$ 13,00 (usuário). SE SC C arm o - A ulas p ráticas. Segundas e quartas, às 19h30. R$ 6,50 (com erciário m atric.) e R$ 13,00.

☆ DANÇA CONTEMPORÂNEA. A ulas de introdução às terças e quintas das 10h às 1 lh 3 0 e das 19h às 20h30. C oordenação de D aioner Rom ero. R$ 20 .0 0 (co m erciário m atric.) e R$ 40.00 (usuário matric.). SESC Pinheiros

Cursos seus ritm os envolventes. SESC Pinheiros - Coordenação de Débora Nefussi. De 23 de janeiro a 2 de fevereiro das 20h às 21h30. R$ 17,00 (com erciário m atric.) e R$ 34,00 (usuário matric.). SESC C onsolação - C oordenação de G eorgia G ugliotta, do grupo Raies K om panhia de Teatro, D ança e Arte F lam enca. 30 vagas p or turm a. Segundas, às 17h30, quartas, às 12hl5 e sábados, às 12h. R$ 12,00 (com er­ ciário m atric.) e R$ 24,00.

☆ D A N Ç A IN D IA N A . O portunidade para entrar em contato com um a lin­ guagem m ilenar, resultado da fusão de várias culturas da índia do séc. VIII a.C. G estos, dram a, m ím ica e poesia são in g red ien tes desta arte. C o o rd en ação de Jú lio F ernandes. Sexta, às 18h e 20h. R$ 17,00 (com er­ ciário m atric.) e R$ 34,00 (usuário m atric.) SE SC Pinheiros

☆ DANÇA NEGRA CONTEMPORÂNEA Através de novas técnicas, aprim orar o conhecim ento sobre a cultura negroafricana. A ulas com percu ssão ao vivo. Sexta, às 19h. R$ 13,00 (com er­ ciário m atric.) e R$ 26,00 (usuário m atric.) SE SC Pinheiros

DA N Ç A D E SA LÃ O . Aprendizado e prática de ritm os de salão (mam bo, tango, lam bada, bolero, valsa, salsa e

D A NÇ A FL A M EN C A . D e origem popular, m anifesta-se pelo m odo par­ ticular do baile, canto e toque de gui­ tarras e palm as. C onquistou o público brasileiro pela força de expressão e

SESC Consolação - Coordenação de Simone Suga Benites, formada em Dança pela Unicamp. 30 vagas por turma. Segundas, às 20h, e quartas, às 20h30. R$ 7,50 (comerciário matric.) e R$ 15,00.

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Cursos SESC Carm o - Terças, às 19h30, quartas, às 19h30, terças e quintas, às 12h e 13h, e sextas, às 18h e 19h30. R$ 6,50 (com erciário m atric.) e R$ 13,00 .

DA N Ç A DO V E N T R E Proveniente da antigüidade egípcia, usada em ritu­ ais sagrados pelas sacerdotisas, o curso tem por objetivo trabalhar ritm o e consciência corporal. TE N ISE SC - Terças às 19h. R$ 15,00 (com erciário m atric.) e R$ 18,00. SESC Pinheiros - C oordenação de C ristiane M arcondes. Às quartas e sextas, das 20h30 às 22h. A partir do dia 11. R$ 17,00 (com erciário m atric.) e R$ 34,00 (usuário m atric.) SESC Carm o - Sextas às 12h, 17h, 1 8 h l0 e 19h30. R$ 6,50 (com erciário m atric.) e R$ 13,00. SESC C onsolação - C oordenação de M arize Piva, form ada em D ança pela U nicam p, com aperfeiçoam ento na Escola Peter Gross, de Paris. 30 vagas por turma. Sextas, às 19h30, e sába­ dos, às 14h e 15h30. R$ 12,00 (com er­ ciário m atric.) e R$ 24,00. SESC São Caetano - Sábados, às 9h30.

☆ J A Z Z . D esperta h a rm oniosam ente a cria tiv id ad e , a soc ia b iliz aç ã o e a d e s in ib iç ã o a tra v é s da e x p re ssã o corporal. SESC São Caetano - C oordenação de D ébora Banheti. Segundas e quartas, às 20h40. R$ 7,00 (com erciário m atric.) e R$ 13,00. SESC Pinheiros - C oordenação de D aioner Rom ero. Segundas e quartas, das 10h às llh 3 0 e das 18h às 19h30. R$ 20,00 (com erciário m atric.) e R$ 40,00 (usuário m atric.).

Cursos G A FIEIR A . Aulas práticas. O samba de gafieira nasceu nas gafieiras do Rio de Janeiro dos anos 30 e se expandiu para outras regiõ es dos país. Segundas, às 19h30, quartas, às 13h, e sextas, às 13h30. R$ 6,50 (com erciário m atric.) e R$ 13,00. SESC Carm o

☆ BIO E N E R G É T IC A . Exercícios de relaxam ento, concentração e sensibi­ lização para trabalhar os processos energéticos do corpo. SESC Carmo - Quintas, às 14h. R$ 6,50 (comerciário matric.) e R$ 13,00. SESC São Caetano - C oordenação de C arm em N isticó e Ivanilde Sam paio. Segundas, das 7h30 às 9h. R$ 13,00 (com erciário m atric.) e R$ 15,00.

☆ ALONGAMENTO E CONSCIÊNCIA CORPORAL Através de exercícios de coordenação motora, relaxam ento e noções básicas de m assagem , busca-se um a integração plena entre corpo e m ente. De 15 a 49 anos. Q uarta e sexta, às 8h30. R$ 13,00 (com erciário m atric.) e R$ 26,00 (usuário). SESC Pom péia

☆ ALONGAMENTO E CONSTRUÇÃO CORPORAL. D esenvolvim ento da autonom ia corporal através da con­ sciên cia de prin cíp io s básicos da m ecânica do corpo e sua utilização na p revenção e correção de d e seq u i­ líbrios posturais, respiratórios e em o­ cionais. C oordenação de Luzia Botelho. 30 vagas por turma. Sextas, às 16h30 e 18h30. R$12,00 (com er­ ciário m atric.) e R$24,00. SESC Consolação

Cursos H ID RO G IN ÁST IC A. A tividade físi­ ca praticada na água proporcionando m enor im pacto das articulações, relax­ am ento e aum ento da resistência m us­ cular e aeróbica. SESC Consolação - Terças e quintas, às 9 h l5 , e sextas, às 12hl5 e 16h30. 25 vagas por turm a. R$ 9,00 (com er­ ciário m atric.) e R$ 1 8 ,0 0 .. SESC Interlagos - Todas as quintasfeiras, às 10h e às 14h. 40 vagas por turma. R$ 12,00 (com erciário m atric.) e R$ 24,00 (usuário).

☆ C A PO E IR A . A rte de origem afrob rasileira que desen v o lv e autoconh e -c im e n to , d o m ín io da m en te, d esenvolvim ento físico e expressão corporal. SESC Carm o - Terças e quintas, às 2 0 h l0 . R$ 6,50 (com erciário matric.) e R$ 13,00. SESC São Caetano - Terças e quin­ tas, às 18h e às 20h40. Sábados às 1 lh.

☆ A R BITR A G EM DE C A PO EIRA . Curso teórico e prático sobre as regras da capoeira com petitiva. Coordenação de V aldenor dos Santos, presidente da Federação Paulista de Capoeira. 50 vagas. Dias 28 e 29 (sábado e dom in­ go), das 19h às 21h30. SESC São Caetano

☆ TA I-C H I-C H U A N . A rte m arcial m ilen ar de origem chinesa cujos m ovim entos são praticados de modo leve, contínuo, coordenando equi­ líbrio, respiração e concentração. A técnica que neutraliza e dirige a força do agressor contra ele mesmo. SESC Pom péia - Acima de 15 anos. Terça e quinta, às 8h20, 18h20 e 19h30. R$ 10,00 (com erciário matric.)


Cursos e R$ 20,00 (usuário). SESC Carm o - Segundas e quartas às 15h, 16h e 18h30. R$ 6,50 (comerciário matric.) e R$ 13,00. SESC Consolação - Coordenação de Jair Diniz, form ado pela Associação Brasileira de Tai-chi-chuan e Cultura Oriental. 30 vagas por turma. Terças e quintas, às 10h30 e 14h, e sábados, às 9h30. R$ 10,00 (com erciário m atric.) e R$ 20,00. SESC São Caetano - Coordenação de Marcos Homeaux. Quartas e sextas, às 7h30. Terças e quintas, às 20h. R$ 13,00 (comerciário matric.) e 15,00.

Cursos quartas, às 18h, 19h e 20h, e terças e quintas, às 9h. R$ 9,00 (com erciário m atric.) e R$ 18,00.

ARTES

A Q U A R E LA . Princípios fundam en­ tais da técnica. Coordenação de Goyo Barja. Dias 17 e 20, das 19h às 22h. 15 vagas. A partir de 15 anos. Grátis. SESC Pom péia

IOG A. A tividade física através da prática da m editação, exercícios de respiração, flexibilidade e alongam en­ to, cujo objetivo principal é o equi­ líbrio em ocional, a harm onia corporal e o autoconhecim ento, segundo a filosofia oriental. SESC Carm o - Segundas e quartas, às 9h30, l l h e 14h, terças e quintas, às 9h, 10h e l l h . R$ 6,50 (com erciário m atric.) e R$ 13,00. SESC São C aetano - C oordenação de Rosires M artins. Segundas, às 20h, e sextas, às 8h30. R$ 13,00 (com erciário m atric.) e R$ 15,00. SESC Pom péia - Curso com base nas técnicas do Hatha-Y oga. Acim a de 15 anos. Terça e quinta às 8h30, 9h30, 10h30, 15h, 16h e 20h30. R$ 10,00 (com erciário m atric.) e R$ 20,00 (usuário). T E N ISE SC - C oordenação de M arim á Pery Alves Cam pos. Terças e quintas, às 17h e 18hs. Q uintas, às 6h45. R$ 11,00 (com erciário m atric.) e R$ 18,00. SE SC C on solação - T écnica do Hatha-yoga. C oordenação de Odete Santana, e specializada pela U nião Nacional de Yoga; Paola Di Roberto, form ada em Psicologia, e Júlio Sérgio Dias Fernandes, com cursos de espe­ cialização nos Estados Unidos e na índia. 30 vagas por turm a. Segundas e

B ISC U IT. Preparação da m assa de biscuit e sua utilização na confecção de m in iatu ras. C o o rd en ação de Roberta N erilongo. Dias 10 e 12, das 14h30 às 17h30. 12 vagas para turm as de 8 a 14 anos. Dias 24 e 26, das 14h30 às 17h30. 12 vagas, a partir de 14 anos. Grátis. SESC Pom péia

☆ B R IN C A N D O C O M S U C A T A D E M A D E IR A . A p a rtir d e so b ra s d e m a d e ira d e m a r c e n a r ia e c a rp in ta ria , a c ria n ç a d a v ai e x p e ­ rim e n ta r c o n s tr u ir b r in q u e d o s m u ito e s p e c ia is e c o m e ç a rá a b r in ­ c a r co m e le s no fin a l d as o fic in a s . C a rrin h o s de ro le m ã , p o r e x e m p lo , s e rã o u sa d o s p a ra a c o rrid a q ue a c o n te c e rá lo g o a se g u ir. O s jo g o s de d o m in ó , d a m a s, m in ip e b o lim s e rã o o b je to s de to rn e io s r e lâ m p a ­ gos e os b rin q u e d o s d iv e rs o s , tais co m o b ic h o s , c a rrin h o s , b o n e c o s, v ão d e s p e rta r a im a g in a ç ã o p a ra c ria r h is tó r ia s e b r in c a r m u ito . D ias 18, 19 e 20 (q u a rta , q u in ta e s e x ta ), d as 10h às 12h no R e c a n to In fa n til. In sc riç õ e s no lo ca l. V a g a s lim ita d a s . G rá tis. SESC Interlagos

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Cursos

☆ BR IN C A N D O E CRIAN DO . Jogos dram áticos para m ontagem de um a im provisação coletiva. C oordenação de Guto Laccese e M aria Helena. Dias 7 e 15, das 13h30 às 17h30. 25 vagas. A partir de 7 anos. Grátis. SESC Pom péia CANTIGAS DE RODA. Coordenação de Jica e Turcão. Dias 21, das 14h30 às 17h30, e dia 25, das 19h às 22h. 30 vagas. A partir de 10 anos. Grátis. SESC Pom péia

☆ CAPA DE REVISTA. Coordenação de Napoleão Figueiredo e Aparecido Norberte da Abril Jovem AQC.SP. Dia 29, das 9h às 12h. 40 vagas. A partir de 15 anos. Grátis. SE SC Pom péia

☆ CARTÕES ARTESANAB. C onfecção de cartões com técnicas de colagem . C o o rd en ação de Paulo Eduardo Pereira. D ia 28, das 10h às 13h. 30 vagas. A partir de 10 anos. Grátis. SESC Pom péia

☆ C A VA LO DE PAU. Confecção do brinquedo com papelagem e madeira. C oordenação de M ariana Orella. Dias 14 e 15, das 4h30 às 17h30. 15 vagas. A partir de 10 anos. Grátis. SESC Pom péia

☆ CE R Â M IC A FRIA. M odelagem de bijuteria com m assa fria. Dias 21 e 29, das 14h30 às 17h30. 15 vagas. A par­ tir de 12 anos. Grátis. SESC Pom péia


Cursos

☆ C O N F E C Ç Ã O DE M A T E R IA IS A R T E S A N A IS PA R A PIN T U R A . Confecção de pincéis, tinta plástica, acrílica, suportes e sua utilização em trabalhos de pintura. Coordenação de Laedir A. Antonio. Quartas, das 14h às 16h. Dias 28 e 29, das 14h às 17h30. 20 vagas. A partir de 15 anos. Grátis. SE SC Pom péia

Cursos IK E B A N A — A R R A N JO S ELOR A IS. F lo re s, g a lh o s, p e q u e n o s ram os e água são a m atéria-p rim a uti­ lizada para co n feccio n ar os m ágicos arranjos orientais que contam um a h istó ria in teira através da sutil o rg a­ n iza ç ã o de seu s co m p o n e n te s. C o o rd en ação de Oey Eng G oan. D ia 14 (sábado), das 10h às 12h e das 14h às 16h no V iv e iro de P lan tas. In scrições no setor de inform ações. V agas lim itadas. G rátis. SE SC Interlagos

☆ C R IA Ç Õ E S COM PA PELÃO . C onfecção de objetos com papelão. C oordenação de L uciano Bortoletto. Dias 24 e 25, das 14h às 18h. 15 vagas. A partir de 12 anos. Grátis. SESC Pom péia

☆ M A R C E N A R IA . Noções básicas e suas u tiliz a ç õ e s. C o o rd en ação de Fernando A brahão. Dias 21 e 22, das 9h às 12h. 10 vagas. A partir de 15 anos. Grátis. SESC Pom péia

☆ G R A V U R A EM M ET A L. Princípios da gravura em metal, apresentação de m ateriais, preparação das m atrizes, g ravação e tiragem de cópias. Coordenação de Gian Shim ada Brotto. Início no dia 5 (quinta), das 19h às 22h. 10 vagas. A partir de 15 anos.

M ATERIAIS ARTESANAIS PARA DESENHO. Confecção de caneta de pena, tinta nanquim , aquarela e caneta h idrográfica e utilização em trabalhos de desenho. C oordenação de L aedir A. Antonio. D ias 14 e 15, das 14h30 às 17h30. 20 vagas. A partir de 15 anos. SE SC Pom péia

☆ M OD ELAG EM COM JO RNA L. A presenta um a das possiblidades de m odelagem com papel na criação de bichos, bonecos etc. C oordenação de M ariana Orella. D ia 12, das 14h30 às 17h30. 15 vagas. A partir de 10 anos. SESC Pom péia

☆ D E C O R A Ç Ã O D E IN T E R IO R E S. Dirigido a lojistas. Curso teórico e prático sobre conceito de decoração, com posição plástica, revestim entos, acabam entos, objetos deco rativ o s, co zinhas, b anheiros e escritó rio s. C o o rdenação da dec o ra d o ra M ary Ester Silva. D ias 23, 24 e 26, das 19h às 21h. 40 vagas. R$ 3,00 (com erciário m atric.) e R$ 3,50. SESC São C aetano

Cursos

☆ M A R M O R IZ A Ç Ã O D E P A P E L . Papel pin ta d o com anilina-, dia 10, das 19h às 22h. M arm orização na á g u a : dia 21, das 14h30 às 17h30. Papel m arm orizado no grude de fa rin h a de trigo\ dia 29, das 14h30 às 17h30. C oordenação de O ndina M ariela. 10 vagas. A partir de 12 anos. Grátis. SESC Pom péia

☆ M A R M O R IZ A Ç Ã O E O U T R A S PÁ TIN A S. Sete técnicas diferentes de pinturas e pátinas que poderão ser uti­ lizad as em m ad eira, cerâ m ic a e parede. Coordenação de Elaine Parra. Início no dia 17 (terças e quintas), das 14h30 às 17h30. 10 vagas. A partir de 15 anos. Grátis. SESC Pom péia

SESC Pom péia

M O N O T IP IA S S E R IG R Ã F IC A S . T écnica de serigrafia com m áscara, estim ulando a pesquisa e reforçando o c aráter ex perim ental da linguagem p lástica. C o o rd en ação de M arcos Losada. Dias 10 a 13, das 19h às 22h. 15 vagas. A partir de 15 anos. Grátis. SE SC Pom péia

☆ P A PE L A R T E SA N A L . E sta oficina m ostra a confecção de papel reciclado, tingim ento e utilização em envelopes e papéis de carta, um a técnica que vem se tornando cada vez mais popular C oordenação de Iza M areia Patto. Dias 17, 19, 21, 24, 26, das 14h30 às 17h30. 12 vagas em cada horário. A partir de 14 anos. Grátis. SESC Pom péia

PIN T U R A D E C E R Â M IC A A FR IO . Dia 29, das 10h às 13h. 20


Cursos vagas. A partir de 15 anos. Grátis. SESC Pom péia

☆ PINTURA E CO LA GEM . Oficina de experim entação da pintura m istura­ da à colagem para criação de novas im agens a p artir de referências prontas. C oordenação de É rika Verzutte. Dias 10, 13 e 27, das 14h30 ■às 17h30. 10 vagas. A partir de 14 anos. Grátis. SESC Pom péia

☆ PINTURA EM TECIDO S. Oficina de reciclagem de roupas com diferentes técnicas de pintura. Coordenação de Vivian Braga. Dias 8 e 12, das 14h30 às 17h30. 15 vagas. A partir de 12 anos.

Cursos RÁDIO TR O PIC A L . Curso do pro­ jeto D elírio Tropical, sobre progra­ m ação de rádio com os program as elaborados pelos participantes, a partir dos ritmos tropicais, com inform ações dos países de origem , dos grupos e gêneros m usicais. C oordenação do jo rn alista Toni B randão. Todos os sábados a partir das 1 lh. Grátis. SESC Ipiranga

☆ R E S T A U R A Ç Ã O D E M Ó V E IS. O ficin a b ásica de restau ração de m obílias e objetos antigos de m adeira a p artir de ob jeto s dos alunos. C o o rd en ação de T o m az R oberto N avarro Hurtado. Início no dia 18 (quartas e sextas), das 19h às 22h. 10 vagas. A partir de 15 anos. Grátis. SESC Pom péia

SESC Pom péia

☆ PIN T U R A . O ficina de introdução com a utilização de diversos suportes e m ateriais. C oordenação de Jane Duduch. Dias 8, 11, 17, 22 e 26, das 14h30 às 17h30. 15 vagas. A partir de 15 anos. Grátis. SESC Pom péia

T A PEÇ A R IA . Oficina para obtenção de efeitos a partir de tecelagem com m ovim entos e texturas, uso das cores e diversas fibras com o linha de algodão, lã, ju ta , barb an te, p alh a etc. C oordenação de Anabela Rodrigues dos Santos. Dias 8 e 28, das 14h30 às 17h30. Dias 11 e 20, das 19h às 22h. 10 vagas. A partir de 10 anos. Grátis. SESC Pom péia

☆ FOTOGRAFIA Q U AD RIN H O S. Tudo o que eu que­ ria fa ze r nos quadrinhos e tinha medo de ousar é o nom e desta oficina, que conta com a coordenação do desen­ hista Carlos Alberto Ferreira. D ia 28, das 9h às 12h. 15 vagas. A partir de 14 anos. Grátis. SESC Pom péia

O FIC IN A BÁ SIC A IN T E N SIV A . C oordenação de Kiko Costela. De 3 a 13 de fevereiro (terças e quintas), das 19h às 22h. Grátis. SESC Pom péia

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Cursos OFICINA NÍVEL BÁSICO. Noções básicas de fotografia e laboratório. Coordenação de Marco Aurélio. Dias 14 e 15, das 14h às 17h, dias 18 e 19, das 14h30 às 17h30, e dias 28 e 29, das 14h às 17h. 10 vagas. A partir de 10 anos. SESC Pom péia

☆ CU RSO BÁ SICO I. M anuseio e fun­ cionam ento de câm eras e acessórios. C o o rd en ação de Elisabeth Barone. Segundas e quartas, das 19h às 21 h. R$ 30,00 (com erciário m atric.) e R$ 40,00. SE SC Carm o

☆ CURSO BÁSICO D. Laboratório P&B, p rep a ro de q u ím ic as, rev e la çã o de film e s e a m p liaç ã o de fo to g ra fia s. C o o rd e n a ç ã o de Z a g a B ra n d ã o . S e g u n d a s e q u a rta s, das 19h às 21 h. R$ 3 0 ,0 0 (co m e rc iá rio m atric .) e R$ 40 ,0 0 . SESC Carm o

☆ C U R SO AV AN Ç A D O I. Criação de um estú d io a ltern ativ o e técn ica de f o to g ra fia com m o d elo . O alu n o d ev erá ter noções básicas de lab o ­ ra tó rio . C o o rd e n a ç ã o de Z ag a Brandão. T erças e q uintas, das 19h às 21 h. R$ 3 0 ,0 0 (co m e rc iá rio m atric.) e R$ 40,00. SESC Carm o

TEATRO

INICIAÇÃO TEATRAL. Introdução à arte da representação. Através de jogos de sensibilização, exercícios de


Cursos expressão corporal, interpretação, improvisação e relaxamento, a propos­ ta é um encontro intenso de autocon hecim ento e criatividade. C oor­ denação de Pam ela Duncan. Segundas e terças, das 16h às 18h, para turm as de 11 a 15 anos, e das 19h30 às 21h30, a partir de 16 anos. R$ 20,00 (comerciário matric.) e R$ 40,00 (usuário matric.). 25 vagas. SESC Pinheiros

☆ M ÚSIC A E VOZ PARA ATO R ES. C o n scientização do m ovim ento sonoro para m ovim ento m usical através da palavra e do gesto teatral. Treinos corporais que indicam cam in­ hos práticos para exercitar a voz tanto para o canto quanto para a fala. Im provisação, com posição, interpre­ tação e exploração do universo vocal através do corpo, da linguagem e da canção. São necessárias noções m usi­ cais básicas. C oordenação de Jean Pierre Kaletrianos. Terças e quintas, das 17h às 19h. Entrevistas dia 3 às 17h. R$ 20,00 (com erciário m atric.) e R$ 40,00 por mês. SESC Consolação

☆ OFICINA DE BONECOS TRUCKS. Confecção de bonecos a partir de m ateriais de fácil acesso, e anim ação através de jogos teatrais. C oordenação de M onica Simões, H enrique e Evelin Cristina, do G rupo Trucks. Dias 8, 12 e 20, das 14h30 às 17h30. 20 vagas. A partir de 10 anos. Grátis. SESC Pom péia

☆ TEATRO CANTADO. Im provisações teatrais utilizando m úsicas populares. Coordenação de Pam ela D uncam e Irajá M enezes. Dias 18, 19 e 20, das

Cursos 19h às 22h. 30 vagas. A partir de 14 anos. Grátis. SESC Pom péia

Cursos nim o 5 e no m áxim o 8 alunos. C o o rd en ação de José Chain. S egundas, das 20h30 às 21h45. Entrevista dia 2, às 16h30. R$ 15,00 (com erciário m atric.) e R$ 30,00 por SE SC C onsolação

TEATRO EM QUADRINHOS. Fazer teatro a partir da linguagem do gibi. Coordenação de Cléo Bussatto. Dia 22, das 14h30 às 17h30. 20 vagas. De 9 a 12 anos. Grátis. SE SC Pom péia

☆ TÉCNICAS E M ÉTODOS DE FURA DELS BAUS. C oordenação de Pedro Q uesada G onzalez. De 10 de jan eiro a 3 de fevereiro. Grátis. SESC Pom péia

☆ C A V A Q U IN H O — IN IC IA Ç Ã O . A atividade focaliza um trabalho básico de percecpão das funções harmônicas, afi­ nação do instrumento e elementos teóri­ cos básicos. E necessário levar o instru­ mento. Grupo de no m ínimo 5 e no máx­ imo 8 alunos. Coordenação de José Chain. Segundas, das 19h às 20hl5. Entrevistas dia 2, às 15h. R$ 15,00 (com erciário matric.) e R$ 30,00 por SESC Consolação

MÚSICA

BAILRIA EITRCLJSSÃO— INICIAÇÃO. A tividade em grupo, ap resen ta os conceitos básicos, teóricos e práticos da percussão e da bateria. Os instru­ m entos são fornecidos pelo CEM . G rupo de no m ínim o 5 e no m áxim o 10 alunos. C o o rd en ação de B eto Caldas. Segundas e quartas, das 19h às 21h. Entrevistas dia 2, às 19h. R$ 2 0.00 (co m erciário m atric.) e R$ 40.00 por mês. SESC Consolação

☆ CA V A Q U IN H O — AV AN ÇA DO . Dirigido àqueles que já possuem con­ h ecim ento b ásico do instrum ento. Será focalizad o um trabalho m ais aprofundado de percepção das funções harm ônicas e utilização de dissonân­ cia para o cavaquinho. É necessário levar o instrumento. Grupo de no m í­

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☆ C E N T R O E X P E R IM E N T A L DE M Ú SIC A DO SE SC . O C entro E xperim ental de M úsica do SESC é um núcleo de desen v o lv im en to m usical. As atividades seguem uma pedagogia própria de ensino coleti­ vo que faz da m úsica um m eio de exp ressã o das p essoas, além de difundir e incentivar a pesquisa em torno da linguagem m usical, sem preconceitos. A m aioria dos instru­ m entos é fornecida pelo próprio CEM para as aulas e estudos. Em resum o, o CEM é um espaço para a form ação, a d iv ersifica çã o e a a m pliação de pú b lico, aberto à troca de experiência entre aqueles que têm na m úsica sua paixão, vivendo ou não dela. O CEM está com inscrições abertas para novas atividades. Veja Programação. SESC Consolação.


Cursos CO M POSIÇÃO ESCRITA. Dirigido a músicos com conhecimento de teoria musical, escrita, harmonia, contrapon­ to, cifra e leitura. A atividade busca desenvolver a identidade sonora indi­ vidual através do estudo da impro­ visação. 10 vagas. Coordenação de Ricardo Simões. Segundas, quartas e quintas, das 19h às 21h. Entrevistas dia 2, às 19h. R$ 5,00 (com erciário matric.) e R$ 10,00 por mês.

☆ CO NSTRU ÇÃ O DE BE RIM BA U. Confecção do instrum ento e estím ulo à criatividade no uso do instrum ento com toques e ritmos. Coordenação de Bira Azevedo. Início no dia 5 (quinta), das 19h às 22h. 16 vagas. A partir de 10 anos. Grátis. SESC Pom péia

☆ CO NSTRUÇÃO DE IN S T R U ­ M ENTOS DE PE R C U SSÃ O . O ficina a partir de m ateriais sim ples e posterior utilização. C oordenação de Fernando Sardo. Início no dia 5 (quin­ ta), das 19h às 22h. 15 vagas. A partir de 10 anos. SESC Pom péia

☆ CO N T R A B A IX O E L É T R IC O — IN ICIA ÇÃ O . A atividade abrange noções básicas de teoria m usical, rít­ mica, ditado m usical, técnicas de exe­ cução, slap e form ação estrutural de acordes para acom panham ento. É necessário levar o instrumento. Grupo de no m ínim o 6 e no m áxim o 12 alunos. C oordenação de Nilton W ood. Quartas, das 15h às 19h, e sábados, das 9h às 12h. Entrevistas dia 2, às 15h. R$ 20,00 (com erciário m atric.) e R$ 40,00 por mês. SESC C onsolação

Cursos

☆ C O N T R A B A IX O EL ÉTR IC O — PRÃTICA AVANÇADA. Abordagem avançada de teoria m usical, rítm ica, ditado m usical, técnicas de execução, slap, p ro gressões e ap licativos de acordes. É necessário levar o instru­ mento. G rupo de no m ínim o 6 e no m áxim o 12 alunos. Coordenação de Nilton W ood. Quartas, das 19h às 21h. Entrevistas dia 2, às 19h. R$ 20,00 (com erciário m atric.) e R$ 40,00 por SESC Consolação

Cursos

☆ G AITA DITÔN1CA E CR OM Á TICA. C oordenação de Flávio Vajman. Dia 26, das 18h às 22h. 20 vagas. A partir de 14 anos. Grátis. SESC Pom péia

☆ GAITA ELÉTRICA E MANUTENÇÃO C oordenação de Flávio Vajman. Dia 29, das 14h às 18h. 20 vagas. A partir de 15 anos. Grátis. SESC Pom péia

☆ ☆ CR IA Ç Õ ES M U SIC A IS. V ivência do processo de com posição m usical. Coordenação de Irajá M enezes. Dias 10 e 12, das 19h às 22h. 15 vagas. A partir de 15 anos. Grátis. SESC Pom péia

☆ FL A U T A D O C E . Iniciação m usical p o r m eio da flauta doce, in cen tiv an ­ do a p rática . C o o rd e n a çã o de A ntônio Luiz. Q uintas, das 19h às 21h. R$ 8,00 (com erciário m atric.) e R$ 16,00. SESC Carm o

☆ FO RM AÇ ÃO DE G RUPO DE PERCUSSÃO. Técnica avançada de bateria e integração do instrumento ao grupo de percussão em suas várias possibili­ dades. Os instrumentos são fornecidos pelo CEM. Grupo de no m ínimo 5 e no m áxim o 10 alunos. Coordenação de Beto Caldas. Segundas e quartas, das 17h às 19h. Entrevistas dia 2, às 19h. R$ 20,00 (com erciário m atric.) R$ 40,00 por mês. SESC Consolação

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G RAV AÇ ÃO DIG ITAL. Abordagem da gravação de áudio em estúdio profissional através da utilização de recursos digitais com o computador, softwares, DA T etc. Coordenação de Renato Veras. Terças e quintas, das 15h às 17h. Entrevistas dia 2, às 15h. R$ 20,00 (comerciário matric.) e R$ 40,00 por mês. SESC Consolação

☆ GUITARRA ELÉTRICA. Fundamentos básicos do instrumento numa linguagem musical. Introdução, desenvolvimento e uti­ lização numa visão geral e direcionada às lin­ guagens mais importantes para o instrumen­ to: rock, blues e jazz. E necessário levar o instrumento. Grupo de no mínimo 5 e no máximo 10 alunos. Coordenação de Demetrius Koumendouros. Sábados, das 14h às 16h. Entrevistas dia 5, às 19h. R$ 5,00 (comerciário matric.) e R$ 10,00 por mês. SESC C onsolação

☆ OFICINA DA VOZ — INICIAÇÃO. O trabalho tem como objetivo desen­


Cursos volver as potencialidades em grupo e individual tendo a voz com o m eio de expressão. A oficina é dirigida a p es­ soas com m ais de 16 anos, com ou sem e x p e riê n cia em voz cantada. G ru p o de no m ín im o 25 alunos. C o o rd e n a çã o de R o b e rto A nzai. T erças e sextas, das 15h às 17h. E ntrevistas dia 3, às 15h. R$ 20,00 (com erciário m atric.) e R$ 40,00 por SE SC C on solação

☆ O F IC IN A DA V O Z . Trabalho de percepção, sensibilização e autoconh ecim en to através da voz. P ara o desenvolvim ento do uso da voz são utilizadas técnicas de reeducação da respiração, técnicas de expressão e educação do “ouvido m usical” , técni­ cas de ativação e reequilíbrio das ener­ gias através de exercícios vocais e cor­ porais integrados e aperfeiçoam ento da dicção. C oordenação de W ilson Sá Brito. Q uartas e sextas, das 19h30 às 21h. 20 vagas. R$ 18,00 (com erciário m atric.) e R $ 36,00 (usuário m atric.). SE SC P inheiros

Cursos pelo estudo da m úsica através do vio­ lão fazendo com que os participantes aprendam a tocar um repertório p ro­ posto, integrando teoria e prática. É necessário levar o instrum ento. G rupo de no m ínim o 6 e no m áxim o 12 alunos. C oordenação de Luis M auro. Segundas, das 19h às 21h, e sábados, das 10h às 12h. Entrevistas dia 3, às 19h. R$ 12,50 (com erciário m atric.) e R$ 25,00 p or m ês. SE SC C onsolação

☆ V IO L Ã O — T E O R IA E PR Ã T IC A . D esenvolvim ento da técnica de m ão direita e esquerda; técnica de leitura de partitura e cifras; enriquecim ento de harm onias de acordo com o estilo m u sic a l; d e s en v o lv im e n to da p e r­ cepção auditiva para m elodia e h arm o ­ nia; tim bre; repertório. É necessário levar o instrum ento. G rupo de no m ín­ im o 7 e no m áx im o 12 alunos. C oordenação de Pepê Neves. Q uartas, das 19h às 20h ou das 20h30 às 21h30. E ntrevistas dia 10, às 19h. R$ 18,00 (com erciário m atric.) e R$ 36,00 por SE SC C onsolação

☆ ☆ SA X O FO N E — IN IC IA Ç Ã O . A atividade fornece conceitos básicos do sa x o fo n e com o: e m issão do som , desenvolvim ento técnico, posição, lin­ guagem e tim bre. É necessário levar o instrum ento. G rupo de no m ínim o 5 e no m áxim o 10 alunos. C oordenação de Sérgio Ricardo. Segundas e quin­ tas, das 14h às 16h. Entrevistas dia 2, às 14h. R$ 20,00 (com erciário m atric.) e R$ 40,00 por m ês. SE SC C onsolação

☆ V IO L Ã O — IN IC IA Ç Ã O . Tem com o objetivo incentivar o interesse

VIO LÃO BRASILEIRO. L aboratório de aperfeiçoam ento de técnica a partir da execução de m úsica brasileira através de cifras e gravações. E necessário levar o instmm ento. Grupo de no m ínim o 5 e no m áxim o 10 alunos. Coordenação de Pepê Neves. Terças e quintas, das 19h às 21h. Entrevistas dia 3, às 19h. R$ 20,00 (com erciário matric.) e R$ 40,00 por mês. SE SC Consolação

☆ V IO L Ã O . Iniciação à técnica pela música popular. Noções de teoria e práti­

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Cursos ca de acompanhamento. Coordenação de Alexandre M. Augusto Braga. Segundas, das 18h30 às 19h30 e das 19h30 às 20h30. R$ 6,50 (comerciário matric.) e R$ 13,00. SESC C arm o

PALESTRAS & AULAS ABERTAS

ALIMENTAÇÃO E SA Ú D E. Verduras colhidas na hora de um a horta em que agrotóxicos e produtos nocivos à saúde não entram. Esse é o cenário e o ponto de partida para a discussão sobre a importância da qualidade da alim en­ tação para a m anutenção da saúde, desde a maneira como se dá seu cultivo, sua preparação e o modo como é ingeri­ da. Coordenação de M ariza Dias Saes Peres. Dia 21 (sábado), a partir das 10h no Viveiro de Plantas. Inscrições no setor de informações. Vagas limitadas. SE SC Interlagos

☆ G IN Á ST IC A V O LU N T Á R IA . Aula aberta dias 3 e 10 (terças) e dias 5 e 12 (quintas), às 15h30 e 18h30. Dias 7 e 14 (sábados), às 10h30. SE SC Ipiranga

☆ H ID R O G IN Á S T IC A . A ula aberta dias 4 (quarta) e 6 (sexta), às 15h30 e 19h30. D ia 7 (sábado), às 14h30. Grátis. SESC Ipiranga

☆ C O N V IV E N D O CO M O STRESS. N este curso o participante entrará em


Cursos contato com técnicas de estravasamento de emoções e tensões adquiri­ das pela rotina do dia-a-dia, bem como a prevenção e autodiagnóstico dos problemas, perm itindo a redução de doenças de caráter psicossomático e de esgotam entos em ocionais. C oordenação de Sandra C ristina Ferreira. Dias 9, 11 e 13, das 17h às 19h e das 19h30 às 21h30. R$ 10,00 (comerciário matric.) e R$ 20,00. SESC Pinheiros

☆ CROM O TERAPIA. O bjetiva passar uma visão holística das cores, desper­ tar a consciência e o aprendizado necessário para utilização das cores no dia-a-dia. No program a, a história da crom oterapia, formas de tratam ento através das cores, características da personalidade segundo a cor preferida e as sete cores do arco-íris. C oordenação do crom oterapeuta Valcapelli. Dias 17, 18, e 19, das 19h às 21h30. 40 vagas. R$ 3,50 (com er­ ciário matric.) e R$ 4,50. SESC São Caetano

☆ FEIRA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERAPIA. No programa a exibição de vídeos e mesa-redonda con­ trapondo conhecimento popular e científi­ co marcarão o início das atividades do Horto Medicinal seguidas de exposição e venda de mudas de ervas medicinais e produtos fitoterápicos (chás, pomadas, cosméticos, travesseiros, diretamente dos produtores), com palestra sobre cultivo e utilização dessas plantas. Dias 28 e 29 (sábado e domingo), das 9h às 17h. Grátis. SESC Interlagos

Cursos e analista de sistemas, abordará nesse encontro tópicos com o o pensam ento criativo, a auto-sugestão, saúde, har­ monia nos relacionam entos, hipnopedia, para quem deseja conhecer ou saber mais sobre essa área de estudo. Dia 5 (quinta), às 20h. Inscrições ante­ cipadas. Grátis. SESC Pinheiros

☆ PÉS EM AÇÃO . Aula aberta para lem brar que os pés não servem som ente para su p o rtar o corpo hum ano, m as tam bém podem ser instrum ento de expressão, brincando com tintas, descobrindo m ovim entos e criando de form a alternativa um a obra de arte. Dias 9, 16, 23 e 30 (sá b a d o s), às 14h, no Jatobar. Grátis. SESC Interlagos

☆ RITM O S T R O PIC A IS. Aulas abertas do Projeto D elírio T ropical, m ostrando alguns dos diversos ritmos conhecidos nos trópicos. Program ação especial de férias. D ias 17 e 19: Ritm os populares do Brasil — samba, forró, frevo e lambada. Coordenação de Roberto M auro. Dias 31 e 2 de fevereiro: Ritm os Afros. Coordenação do p rofessor Pitanga, Sem pre às 19h30. Grátis. SESC Ipiranga

Cursos

TEATRO

O B E U O DA LUA E DO SOL. Teatro de bonecos sobre tem a ecológico com objetivo de traduzir a preocupação com o problem a da conservação da natureza. A platéia participa ativa­ m ente do espetáculo. C om a Cia. V aiaplauso de Teatro. D ireção de Áurio Gabriel. Dia 8, às 13h. SESC Itaquera

☆ O M Á G IC O T R A PA L H Ã O . Espetáculo de mímica em um ato, dirigi­ do e apresentado por Alberto Gaus. O M ágico Trapalhão e seu pássaro desco­ brem juntos que a felicidade está no respeito e na liberdade. Dia 8 (domin­ go), às 15h. Distribuição gratuita de con­ vites — de terça a sábado — para cri­ anças até 12 anos. Ingressos: R$ 1,50 (comerciário matric.) e R$ 3,00. SESC Ipiranga

☆ TEATRECO— TEATROEECOLOGIA. Mostra de peças que procuram, além de divertir, conscientizar e transmitir à cri­ ançada noções de preservação ambiental. Após as apresentações haverá oficinas e brincadeiras a partir do tema explorado por cada espetáculo: Dia 8 - Fadas e Fatos, criação de Gnom os da M úsica. Um casal de gno­ m os sai à procura de crianças que queiram ajudá-los a salvar as florestas. D ia 15 - Um Certo B oi Bum bá, direção de João Prata, com o Grupo M etam orfose Produções. Através das peripécias do vaqueiro M ateus, que quer se casar com Catirina, filha de seu patrão e dono do Boi Bonito, a cri-

☆ NEUR OLIN GÜ ÍSTICA . O professor Hélio Couto Filho, neurolinguista

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Infantil ançada vai tom ar contato com um dos mais tradicionais festejos populares do

Dia 22 - A Onça e o Tam anduá, de A n to nia P inheiro, com o G rupo Arambá. A história da am izade entre dois anim ais que não podem coexistir m as que se unem para tentar bloquear o avanço do progresso e a destruição de seu habitat. Dia 29 - A Frô do M aracujá, com a Cia. Teatro do M eio. Através do can­ cioneiro popular o espetáculo faz um p asseio pela rica flora nacional. Sem pre aos dom ingos, às 14h. Grátis. SESC Interlagos

☆ MEIA SAPATO E C H U L É ... TUDO DÁ NO PÉ. Espetáculo m ontado em torno de jogos e cantigas infantis que usa a linguagem circense e farsesca. P ersonagens típicos da cu ltu ra b rasileira preenchem o cenário ao som de cantigas populares e m úsicas especialm ente com postas para eles. C om a Cia. Trovadores C ênicos. D ia 15, às 13h. SESC Itaquera

☆ DE CABO A RA BO . Texto e direção de Silm ara Fernandes. O espetáculo conta a história de três irm ãos que, depois de voltar da escola que entrou em greve, não encontram mais a mãe. A busca é povoada de seres e lugares imaginários, desde um superm ercado com m ulher-diaba e uma danceteria interplanetária até um parque de diver­ sões. Com a Cia. de Teatro M inha V izinha Japonesa. Dia 22 (domingo), às 15h. Distribuição gratuita de con­ vites — de terça a sábado — para cri­ anças até 12 anos. Ingressos: R$ 1,50 (com erciário matric.) e R$ 3,00. SESC Ipiranga

Infantil

☆ O FA NTA SM INH A CO M ILÃO . De A ssis Coimbra. As características do circo saltim banco, m escladas ao teatro num só espetáculo, m ostram as con­ fusões que acontecem em um castelo habitado por seu herdeiro: um pa­ lhaço. Com a Cia. Circo do Amor. Dias 22 e 25, às 13h. SESC Itaquera

☆ G UER RA DEN T R O DA G ENTE. D u as a triz e s in te rp re ta m e m a n i­ p u lam m ais de 15 b o n e c o s, n u m a l in g u a g e m d irig id a p a ra c ria n ç a s e a d o le s c e n te s . A d a p ta ç ã o do tex to de P a u lo L e m in sk i com u m a m is ­ tu ra de é p o c as e n a c io n a lid a d e s . N u m a jo rn a d a c h e ia de a v e n tu ra s, d e s c o b e rta s , c o n flito s e p a ix õ e s , o p r o ta g o n is ta é g u iad o p o r K u ta la , um v e lh o s á b io . D ia 29 (d o m in g o ), às 15h. D is trib u iç ã o g r a tu ita de c o n v ite s — de te rç a a s á b ad o — p a ra c ria n ç a s a té 12 a n o s. I n g re s s o s R$ 1,50 (c o m e rc iá rio m a tric .) e R $ 3 ,0 0 . SESC Ipiranga

☆ UM CERTO BO I B U M BÁ . B a se a d o em um dos m ais tra d i­ cionais festejo s p o pulares do país, a p eça conta a h istó ria do vaqueiro M ateus que q uer se casar com a filha do seu p atrão para to rn ar-se dono do B oi B onito. C om os grupos João P ra ta P ro d u ç õ es e M e ta m o rfo se Produções. D ireção de João Prata. D ia 29, às 13h. SESC Itaquera

Infantil D A N Ç A C R IA TIV A IN FA N T IL Curso voltado para o desenvolvim ento das po ten cialid ad es criativas e m otoras através do emprego de várias técn icas. 25 vagas por turm a. Segundas e quartas, às 15h, e sábados, às 9h. R$ 9,00 (com erciário matric.) e R$ 18,00 por duas aulas semanais. R$ 6,75 (com erciário m atric.) e R$ 13,50 por um a aula semanal. SESC C onsolação

☆ D E L ÍR IO TR O P IC A L . Jam aica, c harutos, C arm en M iranda. Tam bores, tam borins, berim baus e balafons. M adagascar, Bob M arley e O rixás. Sagrado e profano. Que identidade existe entre tais elem en­ tos? M ãe Á frica envia seus príncipes e princesas para as Am éricas. Raízes com uns, história de presença colonial durante mais de quatro séculos, escravidão, inde­ pendência. Problem as de Terceiro M undo. Do calor dos trópicos surge um a cultura m estiça, ardente e abrasadora, m alem olente e sensual. Ritm os, m elodias, cores, com idas e fru tas exóticas, instrum entos curiosos, sons inusitados. Idiomas saborosos e coloridos. A cultura étnica se torna m oda e influencia agora a cultura m undial. É a vez dos ritm os carib en h os, africanos e brasileiros injetarem vigor e ba­ lanço na estética da indústria cul­ tural. São os trópicos que emergem em sua m orenidade. Para o desen­ volvim ento do tem a, uma série de atividades que se apóiam na cultura que floresce nos países tropicais. V eja program ação. SESC Ipiranga - FÉRIAS

☆ CURSOS E OFICINAS

DA NÇA INFANTIL. Aulas abertas do Projeto Delírio Tropical para cri­ anças de 9 a 12 anos, desenvolvendo


Infantil os ritm os tropicais. C oordenação Fernanda Coffers. Terças e quintas às 16h30. Grátis. SESC Ipiranga

☆ D A N Ç A N E G R A . Introdução à dança e música afro-brasileira. Aulas com percussão ao vivo para jovens de 10 a 16 anos. Quartas e sextas, das 16h30 às 17h30. R$ 20,00 (comerciário matric.) e R$ 40,00 (usuário matric.). SESC Pinheiros

☆ N A T A Ç Ã O . Iniciação e aperfeiçoa­ m ento b ásico dos nados craw l e costas, divididos em dois níveis. 25 vagas por turm a no nível 1 e 15 vagas por turm a no nível 2. Segundas e quartas, às 9 h l5 . T erças e quintas, às 10h 15, 14h e 14h45. Sextas, às 9h 15, e sábados, às 11 h 15. De 6 a 14 anos. R$ 12,00 (com erciário m atric.) e R$ 24,00 por duas aulas sem anais. R$ 9,00 (com erciário m atric.) e R$ 18,00 por um a aula sem anal. SESC C onsolação

☆ OFICINAS DE ARTES PLÁSTICAS, CERÂM ICA, M ÁSCARAS, VI­ TRAIS E PINTURAS. Paralelam ente v ivência das m o d alidades tra d i­ cionais de jo g o s (vôlei, basquete, futebol) e outras m enos populares com o tênis, taco, bum erangue e jogos aquáticos. Program ação do Projeto V iagem pela H istória da Arte, para crianças de 7 a 12 anos. D e 9 a 20 de janeiro (de segunda a sexta), das 14h às 17h. R$ 5,00 (com erciário m atric.) e R$ 10,00. Inscrições de 2 a 7 de janeiro. SESC Consolação

Infantil

☆ PINTUR A. Num gram ado cercado de verde, flores, lagos e piscinas, a garo­ tada vai criar à vontade, experim en­ tando diversos m ateriais tais como tinta acrílica, guache e látex em algu­ mas técnicas sim ples sobre as telinhas. Dias 11, 12 e 13 (quarta, quinta e sexta) no R ecanto das L ebres. Inscrições no local. Vagas lim itadas. Grátis. SESC Interlagos

☆ VIA G E M PELA H ISTÓ R IA DA AR TE. E xposição, oficinas e jogos. P ro jeto de férias para crianças, cujas atividades estim ulam a am pli­ ação da visão de m undo e do im a­ ginário do hom em contem porâneo. V eja a prog ra m a çã o . SE SC Consolação

☆ A H IS T Ó R IA D E Z É X U L É E M E R C EC EC Ê. Eles eram apaixona­ dos e queriam se casar,- m as tinham um problem a, o m undo não ia agüen­ tar, ficaria com um trem endo mau cheiro, e n tão ... A través de histórias com o esta a criançada vai receber inform ações de com o evitar os cheir­ inhos desagradáveis que em anam do corpo hum ano. De quarta a sábado, das 10h,às 14h, no Parque Aquático.

Infantil cadeiras, jogos, intervenções cênicas e recreação. O público infantil rece­ berá, durante o m ês de janeiro, noções básicas e instruções preven­ tivas sobre saúde, alim entação e higiene com a seguintes atividades: CIRCUITO LÚDICO DOS ALIMENTOS. G incana. A partir da caracterização das equipes em grupos alim entares (p roteínas, gorduras etc), serão so licita d a s tarefas que busquem ilustrar a função dos alim entos no corpo hum ano. M A C R O G IN Á ST IC A B U C A L. Escovar os dentes tam bém é uma form a de exercitar os m úsculos, no caso, os m úsculos faciais, além de evitar as cáries e m elhorar a saúde

O FICINA DO BA NH O. Por que tom ar banho? Com m uita espum a e bolhas as crianças encontrarão as resp ostas para esta pergunta e perceberão que o banho pode ser tornar um a grande diversão. TÁ PENSANDO QUE O MEU OUVIDO E PINICO? Intervenções cênicas e in sta la çõ es que d em onstrarão o perigo da poluição sonora a que todos estão expostos nos grandes centros urbanos. A ÁGUA LEVA MAS TAMBÉM TRAZ. Recreação aquática em que o tema será as doenças transm itidas através do contato com a água (frieiras, m icoses, verm inoses etc). SESC Interlagos - FÉRIAS

SESC Interlagos

☆ RECREAÇÃO

SÃO PA ULO SA UDÁ VE L. A pro­ gram ação de férias do SESC Interlagos vai se valer de b rin ­

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JO G O S G IG AN TES. Rouba malha, Pé na Tábua, Câm bio são brincadeiras que darão espaço para a participação de grupos grandes de crianças se divertirem e se conhecerem. Dias 11, 12, 13 e 14, às 1 lh30, na Praça de Eventos.


Infantil SESC Itaquera

☆ A N IM AÇÃ O . A tividade de estím ulo ao im aginário onde as crianças estarão “viajando” pelo cam inhos percorridos pela arte, da pré-história à contem poraneidade. Atores e arte-educadores serão os guias desta exploração. Program ação do Projeto V iagem pela H istória da Arte. Dias 14, 21 e 28 (sábados), às l l h . Grátis. SESC Consolação

☆ RECREAÇÃO ESPORTIVA. Especial para as férias dirigido às crianças de 7 a 14 anos e, também, aberto a participação dos pais. Espaço democrático onde se pre­ tende estimular a prática diversificada de modalidades esportivas e recreativas criando oportunidade de conhecimento e resgate de jogos antigos, dando ênfase à criatividade e socialização. Programa vin­ culado ao projeto Verão Latino. De terça a domingo. Início dia 14, às 10h. Consulte programação completa na unidade.

Infantil que acontece do outro lado da telinha. Programação do Projeto Comunique-se. Dias 18,19,20,21 e 22, às 14h. SESC Itaquera

☆ JO R N A L EM AÇÃO . O Projeto Comunique-se vai fazer com que você seja o repórter do dia. Você poderá co­ nhecer tudo o que tem numa página de jornal, as matérias, fotos e manchetes, que serão produzidas com a sua própria equipe de redação e reportagem. Dias 18, 19, 20, 21 e 22, às 13h. SESC Itaquera

☆ T A M B O R E S FA L A N T E S. N essa brincadeira da program ação do Com unique-se, as tribos vão se com u­ nicar através de ritmos e batidas de tambores, contando o que acontece em cada território. Dias 1 8 ,20 e 22, às 14h. SESC Itaquera

☆ SESC Pom péia

☆ CURUM IM ESPECIAL “AMÉRICA DO SOL”. Serão desenvolvidas oficinas corporais e artísticas baseadas no folclore e nos jogos e brincadeiras típicas dos países latino-americanos. Para crianças de 7 a 12 anos. Terça a sexta das 9h às 12h e das 14h às 17h. Sábado e domingo, das 14h às 17h. A partir do dia 17. SESC Pom péia

☆ BRINCANDO DE VÍDEO. Câmeras, microfones e iluminação serão os elemen­ tos utilizados pelas crianças para sentirem como é fazer um programa e perceberem o

A G ÊN C IA D E CR IAÇ ÃO . Deixe a im aginação voar e pode usar toda a sua criatividade em desenhos, rabis­ cos, frases, logotipos. O resultado pode ser o grande sucesso da sua agência. Este trabalho será um a expe­ riência diferente e divertida dentro da program ação do Com unique-se. Dias 25, 26, 27, 28 e 29, às 13h. SESC Itaquera

☆ E X PRE SSA NDO -SE. O corpo vai falar de diversas formas. Para utilizar esse meio de liguagem serão feitas inter­ pretações através de movimentos corpo­ rais, dentro do projeto Comunique-se. Dias 25, 26, 27, 28 e 29, às 14h. SESC Itaquera

Infantil

☆ O R E TR A TO D E SÃ O PA ULO . Grafite e sucata no parque aquático para a garotada deixar sua m arca re­ g istran d o o an iv ersário da nossa cidade. D ia 25, a partir das 10h, no Parque Aquático. Grátis. SESC Interlagos

☆ NAS O NDA S DO RÁDIO . Im agine m ilhares de pessoas ouvindo você apresentar um program a de rádio que vai ter m úsica, inform ação e p ro­ m oções para os ouvintes. Gostou da idéia? Então participe desta progra­ m ação do Projeto Com unique-se. Dias 26, 27, 28 e 29, às 14h. SESC Itaquera

☆ V E R Ã O L A T IN O . P ro g ram ação especial para as férias de verão abordando a latinidade e a inte­ gração cultural do Brasil com os outros países da A m érica Latina. A relação dos povos latinos com o sol, seu s hábitos c o tid ia n o s, m itos e len das. E xp osição de artesanato, oficinas de artes plásticas ao ar livre, aulas abertas de ritm os lati­ nos, show s m usicais, danças fol­ cló rica s, ciclo de vídeo, R ádio Caliente, bebidas e com idas típicas, feira cultural e atividades especiais para crianças, adolescentes e ter­ ceira idade. A partir do dia 14, às 10b. G rátis. SESC Pom péia

☆ C O M UN IQ U E-SE. Para as férias um program a especial que vai m ostrar as diversas m aneiras de se com unicar. Vivências, experiências


Infantil e brincadeiras serão orientadas para a criançada explorar o que existe de m ais m oderno, com o câmeras de vídeo, m icrofones, som, rádio, além de tomarem conheci­ m ento dos meios mais antigos de com unicação. Veja program ação. SESC Itaquera

Infantil RECREAÇÃO AQUÁTICA, Piscina grande: de segunda a sexta, das 9h 15 às 21h30, sábados e feriados, das 9h 15 às 17h30. Piscina pequena: segundas e quartas, das 12h às 13h, terças e quin­ tas, das 15h30 às 16h30, sextas, das 13h às 14h, sábados, das 13h30 às 17h30 e feriados, das 9 h l5 às 17h30. SESC C onsolação

☆ ☆ FÉRIAS DA TR IBO . A tividades especiais para adolescentes de 12 a 17 anos com programação diversifica­ da: oficinas, vivências e festivais de esportes, gincanas, passeios, batepapo e apresentações de cantores, atores e esportistas. De 23 a 3 de fevereiro (segunda a sexta), das 13h30 às 18h. R$ 5,00 (comerciário matric.) e R$ 10,00. Inscrições de 16 a 21. FESTIVAIS RELÂMPAGOS. Torneios recreativos de vôlei, basquete e futsal. OFICINAS DE VÍDEO . Os partici­ pantes da Tribo estarão aprendendo os códigos desta linguagem diaria­ mente, registrando as atividades do projeto para confecção de um telejornal teen. PASSEIO ECOLÓGICO. Os inscritos viverão uma aventura nas matas do Parque Estadual da Serra da Cantareira. Dia 25, às 7h30. Saída da unidade. BA TE -PA PO CO M SEU ÍDO LO . Atores, cantores e atletas vão con­ tar um pouco de sua experiência profissional. Dia 23 - Banda M alásia, dia 24 Taciana (ex-G ang 90), dia 26 Inocentes. Sem pre às 17h. Clem ente (dos Inocentes) e dia 3 de fevereiro apresentação da banda.

RECREAÇÃO ESPORTIVA. Atividades esportivas dirigidas para a garotada. De terça a sexta, das 13h30 às 16h. Grátis. SESC Ipiranga

☆ RECREAÇÃO INFANTIL. Programação do Projeto Delírio Tropical: D urante a sem ana serão desen v o lv id o s jo g o s dram áticos, gincanas, brincadeiras e atividades m anuais em artes plásticas, com tem ática tropical, para crianças de 5 a 13 anos. C o o rd en ação de V ald em ir B ev ilacq u a e P atrícia M essina. Q uartas e sextas das 14h30 às 17h30. G rátis. Projeto D elírio Tropical. SESC Ipiranga

☆ TA RD E R E CR EATIVA . Atividades orientadas nas m odalidades de arco e flecha, peteca, dardo, futebol de botão, jogos e brincadeiras. Terças e quintas, das 14h30 às 16h30. Grátis. SESC Ipiranga

☆ TÊNIS DE M ESA. O m aterial esporti­ vo é fornecido pelo SESC. A partir de 10 anos. Sábados, das 13h às 17h30. Feriados, das 9h 15 às 17h30. SESC C onsolação

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Terceira idade

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I T E R C F .T I

lll>A O K I PALESTRAS, OFICINAS CURSOS & AULAS ABERTAS

REUNIÕES PARA FORMAÇÃO DE GRUPOS DE INTERESSE. Discussões de vários temas utilizando técnicas de dinâm ica de grupo, visando a sociabi­ lização e convivência. Dias 9, 16, 23 e 30 (segundas), à sl4 h 3 0 . Exclusivo para inscritos no Grupo da Terceira Idade. Grátis. SESC C onsolação

☆ EUTO NIA. Seu nome do grego — EU (harm onioso) e TONIA (tensão) — sugere que, com sua prática, se conquiste o equilíbrio das tensões. Todos os princípios dessa técnica fun­ dam entam -se a partir do “sentir-se consciente” , da auto-observação e do apuram ento da percepção. Dentre os tem as a serem abordados estão o andar, o corpo no espaço, o espaço interno, o contato, o alinham ento. Coordenação de Cristina Brandini. De 16 a 20, das 15h às 16h30 e das 19h30 às 21 h. 25 vagas. R$ 17,00 (com er­ ciário m atric.) e R$ 34,00 (usuário m atric.). SESC Pinheiros


Terceira idade

Terceira idade

M A SSA G EM . Toque e se Toque é um curso de m assagem terapêutica que abordará várias técnicas, sempre aliadas à qualidade do toque. É desti­ nado a interessados em aprender na teoria e na prática diferentes tipos de toque e os cam inhos da energia. C o o rdenação de N ísia R odrigues. Terças e quintas, das 9h às 11 horas e das 19h às 21h. R$ 22,00 (com erciário m atric.) e R$ 44,00 (usuário matric.). SESC Pinheiros

D A N Ç A . N ovo espaço para quem gosta de m ovim entar o corpo, brincan­ do com os gestos e ritm o, possibilitan­ do de m aneira prazerosa a descoberta das p o ssib ilid ad es co rp o rais que favorecem a coordenação, o ritm o e a descontração, perm itindo ao grupo m aior integração. SESC Pompéia - Terça e quinta, 15h. R$ 4.50 (comerciário ) e R$ 9,00 (usuário). SESC C onsolação - Terças e quintas, às 16h. 25 vagas por turm a. R$ 4,50 (com erciário m atric.) e R$ 9,00.

ATIVIDADES FÍSICAS

GINÁSTICA VOLUNTÁRIA. D esenvolvim ento de seqüências com variações de m ovim entos, exercícios de coordenação e flexibilidade, esti­ m ulando o equilíbrio global. SESC Consolação - Segundas e quar­ tas, às 14h e 16h. Terças e quintas, às 10hl5 e 15h. 35 vagas por turm a. R$ 4,50 (com erciário m atric.) e R$ 9,00. SE SC P om péia - T erça a sexta, m anhã e tarde. R$ 4,50 (com erciário) e R$ 9,00 (usuários)

☆ C A M IN H A D A . V isita ao SESC Santos. C am inhada na praia e ativi­ dade social junto ao grupo da Terceira Idade local. D ia 28 (sábado), às 7h. Inscrições prévias, vagas lim itadas. SESC Consolação

H ID R O G IN Á ST IC A . A tividade que busca m elhorar o condicionam ento aeróbico sem im pacto do m ovim ento, aum entando a resistência m uscular e a flexibilidade. Segundas e quartas, às 14hl5, e sextas, às l l h . 25 vagas por turma. Por duas aulas semanais, R$ 6,00 (com erciário m atric.) e R$ 12,00. Por um a aula semanal, R$ 4,50 (com ­ erciário m atric.) e R$ 9,00. SESC Consolação

☆ JO G O S AD A PTA D O S. Prática de várias modalidades esportivas: vôlei, peteca, basquete e pelota. Segundas e quartas, às 14h. 30 vagas por turma. R$ 4.50 (comerciário matric.) e R$ 9,00. SESC C onsolação

☆ ☆ DA NÇ A DE SALÃO . Os m ais varia­ dos ritmos de salão. De 30 a 3 de fevereiro, das 15h às 16h30 e das 19h30 às 21h. R$ 13,00 (com erciário m atric.) e R$ 26,00 (usário matric.). SESC Pinheiros

N A TA ÇÃ O . De acordo com a capaci­ dade individual do aluno, o curso se desenvolve em dois níveis: adaptação na água e aperfeiçoam ento do nado. Segundas e quartas, às l l h 15, 13hl5 e 15h. Terças e quintas, às 1 l h l5 e 13hl5. 25 vagas por turma. R$ 6,00 (com erciário m atric.) e R$ 12,00. SESC Consolação

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Terceira idade TA I-C H I-C H JJA N . A rte m arcial m ilenar de origem chinesa, na qual os m ovim entos são silenciosos, lentos, suaves e precisos, executados em pro­ funda concentração. SESC Pinheiros - Coordenação de Isao Takai. Terças e quintas, das 7h30 às 8h30 e das 14h às 15h. Quartas e sextas, das 9h30 às 10h30 e das 18h30 às 19h30. R$ 17,00 (com erciário m atric.) e R$ 34,00 (usuário m atric.). SESC Consolação -Terças e quintas, às 10h30 e 14h. 30 vagas por turma. R$ 6,00 (comerciário matric.) e R$ 12,00.

☆ V Ô LEI A D APTAD O . Proposta alter­ nativa de atividade física para pessoas com mais de 55 anos, praticantes ou não deste esporte. A aula utiliza a m odalidade como meio de sociabiliza­ ção e descontração, com regras adap­ tadas. Dia 18 (quarta), às 14h. Grátis. SESC Consolação

☆ YO G A. Partindo de bases e técnicas do Hatha-Yoga, o curso tem por obje­ tivo prom over a saúde do corpo e da m ente, o equilíbrio emocional, harm o­ nização corporal, elasticidade, a práti­ ca da meditação e do autoconhecimento. Segundas e quartas, às 9h, 10h, 13h, 14h e 15h. Terças e quintas, às 14h, 15h e 16h. 30 vagas por turma. R$ 6,00 (com erciário matric.) e R$ 12,00. SESC C onsolação

ITLJRISMÛI


Turismo O program a oferece aos com erciários e seus dependentes acesso ao turism o a baixo custo, com facilidades de pagam ento, valorizando os aspectos sócio-culturais das regiões visitadas. R oteiros rodoviários, em ônibus padrão turism o e hospedagem em hotéis conveniados ou C entros de L azer e Férias do SESC.

Turismo Pensão completa. De 18 a 22. SESC Paraíso

☆ N O V A A L M E ID A (ES). Praia. H ospedagem na Pousada dos Veleiros. Passeios a D om ingos M artins, Vitória, Vila Velha, Santa Tereza e city tour. M eia pensão. De 12 a 17. SE SC Paraíso

EXCURSÕES

☆ CABO FR IO (RJ). Praia. H ospedagem no H otel M alibu Palace. Passeios a A rraial do Cabo, Búzios e city tour. M eia pensão. De 7 a 12. SESC Paraíso

☆ C A LD AS N O V A S (G O ). Estância hidroterm al. Hospedagem : C olônia de Férias Jessé Pinto Freire. Pensão com ­ pleta. D e 3 a 10. De 25 a 31, passeios no ja rd im Japonês, L agoa de Pirapitinga, Pousada do Rio Q uente e city tour. Pensão completa. SESC Paraíso

☆ GUARAPARI (ES). Praia. Hospedagem no Centro de Turismo de Guarapari SESC. Passeios a Vitória, Vila Velha, Anchieta e city tour. Pensão completa. De 6 a 11. SESC Paraiso

☆ JA C U T IN G A (M G ). Estância hidromineral. Hospedagem no Hotel Parque das Primaveras. Passeios em M onte Sião, Holambra e city tour.

PANTANAL SU L (M S ). H o sp ed ag em no T h erm as H otel Fazenda Presidente Epitácio, B inder C o n co rd H o tel (C am p o G ran d e), S an ta M ô n ic a P alace H otel (C o ru m b á) e H o tel P o u sad a do B o sq u e (P o n ta P o rã). P a sseio s a P re sid e n te E p itá c io (SP), C am po G rande (M S), C orum bá (M S), Puerto S u arez (B o lív ia), P ed ro Juan Caballero (Paraguai) e Ponta Porã (M S). M eia pensão. D e 10 a 19. SESC Paraíso / SE SC São José dos Cam pos / SESC T aubaté

☆ P O R T O S E G U R O (B A ). P raia. H ospedagem no Hotel SEN A C Ilha do Boi, em V itória (ES) e no Adriático Porto Hotel, em Porto Seguro (BA). Passeios em V itória e V ila V elha (ES); Santa Cruz Cabrália, A rraial D ’Ajuda, praias de Porto Seguro e city tour (BA). M eia pensão. De 19 a 27. SE SC P a ra íso / SE SC Sa n to s / SE SC São Caetano

☆ U B A T U BA (SP). Praia. H ospedagem na Pousada Vila do M ar. Passeios a Parati e praias locais. M eia pensão. De 23 a 27. SESC Paraíso

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Turismo

☆ VIT Ó R IA (ES). Praia. H ospedagem no H otel SEN A C Ilh a do Boi. Passeios a V ila Velha, G uarapari, Anchieta e city tour. M eia pensão. De 25 a 31. SESC Paraíso

TEMPORADA DE FÉRIAS

BE R T IO G A (SP). Situada no litoral de São Paulo, a 110 Km da capital, o SESC B ertioga oferece parque aquáti­ co, ginásio de esportes, centro de recreação infantil, quadras de tênis, canchas de bocha, salas de jogos, b i­ blioteca, restaurante e lanchonete com pista de dança. Equipe especializada organiza shows, festas, aulas de ginás­ tica e atividade de recreação. Estadas de 7 a 10 dias, finais de sem ana e fe­ riados. D iárias com pensão completa. R$ 13,00 (com erciários m atric.) e R$ 26,00. Em m arço tem poradas de 3 a 9; 3 a 10; 6 a 12; 10 a 16; 11 a 17; 17 a 23; 18 a 24; 20 a 26; 24 a 30 e 25 a 31. Inscrições até dia 16, pessoalm ente ou através de corresp o n d ên cia para a unidade. SE SC Paraíso

☆ O U T R O S E S T A D O S . R eserv as individuais. D istrito Federal, Goiás, Santa C ata rin a (B lum enau e F lo ria n ó p o lis), R io de Jan eiro (M acaé, N ova Friburgo e Petrópolis), P araíb a (ex ceto S em ana Santa), Pernam buco (exceto Sem ana Santa) e Sergipe. Inscrições para estadas no m ês de abril de 1995, até dia 31, pes­ soalm ente na unidade. SESC Paraíso


Serviços

SE

RVI C

O

S BIBLIOTECAS

S E S C C A R M O . Especializada em literatura de ficção, inclusive científi­ ca. 12 mil títulos para consultas no local ou em préstim os. O ferece jornais e revistas para leitura no local. De segunda a sexta, das 10h às 19h.

☆ SE S C P O M P É IA . Livros de arte, rom ances, histórias em quadrinhos e ludoteca. C onsultas no local ou em préstim os. De terça a sexta, das 10h às 20h30. Sábados, dom ingos e feri­ ados, das 10h às 18h30.

ODONTOLOGIA

O serviço de odontologia do SESC ofe­ rece tratamentos clínicos e cirúrgicos em odontopediatria, má-formação, endodônticos e periodônticos, serviços de prótese e radiodiagnóstico. As ações na área de odontologia procuram prevenir e evitar problemas de saúde, sendo complemen­ tadas também por trabalho educacional.

SESC Odontologia, SESC Consolação, SESC Ipiranga.

CENTROS CAMPESTRES

Serviços SE S C IN T E R L A G O S . Próxim o ao autódrom o de Interlagos ocupa área de 500 mil m 2 às m argens da R epresa Billings. Possibilita cam inhadas entre paisagens naturais, com bosques de a raucárias, p in h eiro s do brejo, figueiras, jatobás, M ata Atlântica nati­ va, viveiro de plantas, recanto de pequenos anim ais e lagos com peda­ linhos. Estão à disposição dos visi­ tantes sete quadras poliesportivas, três de tênis, dois m inicam pos de futebol, ginásio coberto, conjunto aquático com piscinas para adultos e crianças, quiosques para churrasco e recanto infantil. Na sede social, sala de leitura, ludoteca, terraços ao ar livre, berçário, restaurante e lanchonete. A uditório, para exibição de vídeos em telão e o palco do lago, para shows e espetácu­ los diversos, com pletam os serviços desta unidade. De quarta a dom ingo, das 9h às 17h30. R$ 0,50 (comerciários m atric.), R$ 1,10 (usuários m airie.) e R$ 3,50. D esconto de 50% para crian ças de 4 a 14 anos. Estacionam ento no local a R$ 1,65. Ô nibus urbanos com saídas da P lataform a F do M etrô Jabaquara (linha 675 - Centro Sesc) e do Largo São Francisco (linha 5317 - Centro Cam pestre Sesc).

☆ SESC Itaquera. 63 mil m2de área construí­ da, em 350 mil m2de área. Oferece vari­ adas opções de lazer, incluindo ativi­ dades esportivas, artísticas, culturais, recreativas, sociais e de contato com a natureza. Quadras poliesportivas, pistas de cooper, campos de malha, futebol e bocha e parque aquático com 8 toboáguas, além de locais para churras­ cos, festas, feiras, shows, exposições, vídeo e leitura. Para as crianças o Parque Lúdico apresenta os brinquedos O rquestra M ágica, Trenzinho Cenográfico e Bichos da Mata. De quarta a domingo e feriados, das 9h às 17h. O estacionamento comporta 1100 carros. R$ 0,55 (comerciário matric.),

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Serviços R$1,10 (usuário matric.), R$ 3,50 (visi­ tante), R$ 1,75 (visitante, sem parque aquático), R$ 0,25 (comerciário matric. infantil), R$ 0,55 (usuário matric. infan­ til), R$ 1,65 (estacionamento). Ônibus urbanos com saída da Estação Artur Alvim (Linha 3772, Gleba do Pêssego) e Terminal São Mateus (Linha 2523F, Jardim Helena).

O cartão de matrícula no SESC é o seu pas­ saporte para participar, com vantagens, das várias atividades oferecidas e também des­ frutar das piscinas, quadras e outros equipamentos. Para matricular-se no SESC são necessários os seguintes documentos: Comerciário: carteira profissional, último hollerith, 1 foto 2x2 ou 3x4. Eventualmente poderá ser solicitada xerox da Guia de Recolhimento GRPS do INSS, caso não seja possível identificar a ativi­ dade da empresa. Para matrícula familiar, o titular deverá apresentar os mesmos docu­ mentos e ainda certidão de casamento, cer­ tidão de nascimento dos filhos menores de 21 anos e uma foto de cada dependente (esposa e maiores de 7 anos). A taxa de matrícula varia de acordo com a faixa salarial. A matrícula poderá ser feita em qualquer unidade do SESC e tem validade nacional de 12 meses. Comerciário aposentado: carteira profissional, e recibo do banco com o último valor do benefício pago pelo INSS e 1 foto 2x2 ou 3x4. Não comerciários podem inscrever-se no SESC apresentando documento de identidade (RG) e 1 foto 2x2 ou 3x4. Informe-se na unidade de seu interesse sobre restrições e condições especiais a esse tipo de inscrição.


INTERLAGOSav

Manuel Alves Soares, 1100 - Tel. 520-9911

IPIRANGA

Rua Bom Pastor, 822 - Tel. 273-1633

ITAQUERA

Av. Projetada, 1000 - Tel. 944-7272

ODONTOLOGIA

Rua Florêncio de Abreu, 305 - Tel. 228-7633

PAULISTA

Av. Paulista, 119 - Tel. 284-2111

PINHEIROS

Av. Rebouças, 2876 - Tel. 211-8474

POMPEIA

Rua Clélia, 93 - Tel. 864-8544

PARAÍSO

Rua Abílio Soares, 404 - Tel. 887-0016

SÃO CAETANO

Rua Piauí, 554 - Tel. 453-8288

CINESESC

Rua Augusta, 2075 - Tel. 282-0213

CARMO

Rua do Carmo, 147 - Tel. 605-9121

CONSOLAÇAO

Rua Dr. Vila Nova, 245 - Tel. 256-2322

TENISESC

Rua Lopes Neto, 89 - Tel. 820-6454

W ÊÊÊÊÊ


São Paulo ganha um novo horto de plantas medicinais ão é de hoje que o hom em pesquisa o poder curativo das plantas — 2.500 anos antes de Cristo os assírios já estudavam o assunto. E até os dias atuais, quanto m ais se fuça, m ais se descobre a respeito. O interesse pelas ervas m edi­ cinais tam bém tem crescido. Pensando nisso, o Sesc tomou a iniciativa de levar esse conhecim ento à população. No final deste m ês está sendo aber­ to ao público, no Sesc Interlagos, um canteiro m edicinal de 200 m2. M ais de 60 espécies de plantas da flora Nas estufas de Interlagos, pode-se aprender a cultivar e a cuidar das plantas brasileira dão o ar da graça no can­ teiro, esperando visitantes para aulas a espinheira-santa, para gastrite, a esse local para a prática de ioga, taiabertas sobre seu cultivo, seu uso e sua pariparoba, para o fígado, e diversas chi e outras atividades. Tenho certeza história. Além disso, estarão expostas outras. Algum as delas já estão sendo de que será um espaço m uito agradá­ de form a ornam ental, m ostrando que, usadas em postos de saúde” , explica. vel para todos” , diz Alice. além de curar ou funcionar com o Segundo Furlan, não é complicado Ervas m edicinais e rosas, por sinal, paliativo para vários m ales, tam bém criar diversas dessas espécies, desde não aparecem à toa no Sesc Interlagos. em belezam um ambiente. que se tenha um m ínim o de espaço e A unidade já tem um a tradição em Para criar o canteiro, os técnicos relação à botânica. Lá existem ainda ilum inação. “É com o ter um a farm ácia do Sesc tiveram o cuidado de não sele­ três viveiros. Um é um a estufa sim ­ viva em casa. E tenho conhecido m uita cionar ervas tóxicas ou que causem gente interessada nisso, já que se tratar ples, com ripas, para o controle da efeitos colaterais. “U m a das nossas luminosidade. O outro, especial para com a alopatia anda cada vez mais principais preocupações é a de alertar plantas pendentes, como samam baias caro” , diz ele. as pessoas sobre os perigos da M as, tanto Furlan com o M aria e trepadeiras. O terceiro, controlado autom edicação” , explica a anim adora por energia solar, é próprio para o Alice, advertem: é sempre bom tomar cultural do Sesc M aria Alice Oieno de enraizam ento das mudas. cuidado e consultar um fitoterapeuta Oliveira. “Para isso, farem os palestras (profissional especializado na cura Lá são criadas centenas de espé­ especiais sobre o tem a.” pelas plantas) antes de m edicar-se. “E cies, desde plantas rasteiras a árvores Nessas aulas, o público aprenderá com o ir à farm ácia para com prar qual­ nativas, orquídeas e espécies exóticas a reconhecer as espécies, cultivá-las, quer rem édio. Prim eiro é preciso ter a importadas. Há tam bém um a horta m antê-las e utilizá-las terapeuticacultivada exclusivam ente com com ­ receita” , diz Alice. m ente, inclusive m anipulando recei­ postos orgânicos, sem adição de ne­ Quem se interessa pelo assunto, tas. Além disso, terão acesso a uma nhum a substância sintética, como adu­ então, terá um a ótim a oportunidade pequena biblioteca sobre o assunto. bos químicos e defensivos. para aprender e trocar idéias. Nos dias U m dos prim eiros convidados a “N ossa intenção é dem onstrativa” , 28 e 29 de janeiro, no Sesc Interlagos, falar em Interlagos é o professor diz M aria Alice. “Procuram os m anter a contecerá a F eira de Plantas M arcos Roberto Furlan, agrônom o da aqui o m aior núm ero de espécies, sem M edicinais e Produtos Fitoterápicos, Universidade de Taubaté. Estudioso nos preocuparm os com a produção em com estandes de empresas, universi­ das plantas m edicinais, Furlan dará ao larga escala. Há crianças, por exem ­ dades e tam bém aulas e debates. público noções sobre seu cultivo e plo, que não sabem que as cenouras contará como as pesquisas no Brasil e nascem debaixo da terra. Todos os Rosas, rosas, rosas... no m undo têm cam inhado rapida­ nossos cursos buscam m ostrar às pes­ mente. “Quase todas as universidades soas como elas podem utilizar as plan­ Quem não se encanta ao ver um brasileiras têm feito trabalhos nesse tas no seu dia-a-dia, desde criar arran­ roseiral em flor? Pois, para trazer m ais sentido, e hoje podemos com provar a jo s de ikebana, preparar a terra para alegria à vida da gente, o Sesc está eficácia de várias plantas, como o queplantar uma horta e até curar uma plantando um im enso roseiral em bra-pedra, para cálculos renais, a ervadoença com algum a erva. M uitas Interlagos. “Ele será visto de quase de-são-joão, analgésica nos casos de vezes, são coisas m uito simples, que todos os pontos da unidade, e estamos reum atismo, a embaúba, para pressão podem ser feitas em casa, sem a necescriando labirintos, com diversas cores, alta, a unha-de-vaca, contra a diabete, sidade de grandes espaços.”__________ centenas de tipos de rosa. Usaremos

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UM PROJETO DE

CULTURA

PARA O BRASIL: SIM OU NAQ?

urante os anos 60, intelectuais e artistas, estimula­ dos pelo Centro Popular de Cultura, CPC, discuti­ ram a necessidade ae um projeto de cultura para o Brasil. Alguns exemplos estéticos puderam ser verificados em espetáculos do Teatro Arena e em alguns shows, como Opinião, com Nara Leão, Zé Ketti e João do Vale. Com Fernando Henrique Cardoso na presidência da República, a questão volta a ser levantada. Um proieto de cultura no meio da década de 90? Depois da radical inter­ nacionalização do comércio mundial, como anunciam as criações dos blocos econômicos? A Revista E propôs o tema a intelectuais, administradores culturais e artistas de várias partes do país. Em depoimentos e artigos, as próxi­ mas paginas colocam em debate os diferentes pontos de vista. O resultado é um grande caleidoscópio — como a cultura brasileira.

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“Raramente se discute a cultura e raramente se discute o Brasil” Danilo Santos de M iranda As discussões relativas à cultura no Brasil, nos últimos tempos, vêm revelando um timing até então insuspeitado entre nós, administradores, criadores, artistas e produ­ tores culturais: um acentuado e surpreen­ dente espírito de pragmatismo e objetivi­ dade. Tidos até há pouco na conta de tem­

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peramentais, impulsivos e pouco dados à lógica e à aritmética, fomos todos guinda­ dos à condição de homens que sabem muito bem o que querem, como e quanto. Ou seja, toda a discussão sobre a cultura, hoje, parece encontrar seu eixo sempre em tomo de quem vai pagar a conta — se o Estado ou a iniciativa privada —, quanto isso significa em dinheiro e de que maneira será feito o repasse, como se o assunto nascesse e se esgotasse exclusivamente na boca do caixa. Não há dúvida de que a superação da ingenuidade e do amadorismo é um avanço admirável. A percepção do mercado, o domínio dos mecanismos de financiamento

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e fomento, as estratégias de marketing, tudo isso é revelador de uma moderniza­ ção tornada indispensável, ainda que não precisasse ter vindo da forma como veio. Tão dolorosamente e quase goela abaixo. O que é preocupante é que a discussão sobre a cultura, no Brasil, raramente dis­ cute a cultura e raramente discute o Brasil. Como se essas questões já estivessem de há muito bem resolvidas. Não deixa de ser curioso perceber que, enquanto o país se empenha em definir seu projeto político, seu projeto econômico, seu projeto social, seu projeto educa­ cional, como forma de delinear um futuro que não seja mais vítima do acaso e de per­ versas circunstâncias, não se veja movi­ mento igual para a discussão de um proje­ to cultural para o país. Discute-se, quando muito, à título de discutir política cultural, apenas as bases de uma política econômi­ ca com relação à cultura. Como o Estado ou a iniciativa privada podem ou devem financiar a cultura. Qual a melhor lei de incentivos ou de mecenato. São aspectos importantes num projeto cultural de longo prazo, mas devem ser precedidos pela dis­ cussão sobre o sentido, os rumos, as perspec­ tivas e as possibilidades da cultura brasileira. Ou será que essa é apenas uma velha questão? Uma herança nostálgica dos anos 60 que volta e meia frequenta a boa consciência de velhos militantes para incomodar-lhes o sono? A questão da identidade cultural Creio que o debate sobre um projeto cultural para o país é inadiável. E antecede a qualquer outra questão. Naturalmente passa pelos problemas dos recursos, das fontes de financiamento. Mas não pode, não deve avançar, se não definir antes alguns pressupostos com relação à cultura mesma. E um dos pontos essen-ciais, sob essa perspec­ tiva, é o da identidade cultural. Como tratar, por exemplo, a questão das diversidades culturais num Brasil que rapidamente se transforma e sofre forte influência de mo­ delos culturais externos? Qual deve ser o projeto cultural para um país que é, ao mesmo tempo, arcaico e moderno, dócil e violento, rural e urbano, tão zeloso de seu imaginário po-pular e tão facilmente seduzido por fantasias alheias? Como arti­ cular inteligentemente a nossa decantada e alegre inventividade com as necessidades formativas e de educação de nosso povo? Como preservar a cultura popular e os traços mais ca-racterísticos de nossa cultura urbana mo-dema sem criar reservas de mer­ cado e sem cair no xenofobismo sempre estéril? Como tratar os meios de comuni­ cação, em particular a televisão, eixo de

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qualquer discussão que pretenda compreen­ der o Brasil contemporâneo e a sua cultura? Não creio que essas questões estejam sufi­ cientemente respondidas para que não nos ocupemos mais delas. O papel do E stado Confesso que não me agrada dar con­ selhos à ação alheia, em particular à ação Estado, como tem sido a tônica ultima­ mente. Mas não posso me furtar a expres­ sar minha opinião de que ao Estado cabe uma tarefa de que somente ele pode dar conta. A tarefa de provocar rupturas cul­ turais e a de promover inovações, ambas fundamentais ao desenvolvimento de uma cultura forte e permanentemente viva. Rompendo ou inovando, longe dos maneirismos de época, do verniz epidérmi­ co das novidades, das tranformações devem voltar-se a aprofundar, a garantir e a enriquecer a nossa identidade cultural numa dimensão mais dilatada de tempo. Tanto a inovação quanto a ruptura constituem um ato de negação, não do passado ou da tradição, mas da imobilidade e do con­ formismo em face do futuro. E um ato de afirmação em relação ao amanhã e à História. Essa visão projetiva da cultura no tempo e a implementação de mecanismos que garantam a sua concretização constituem atribuições inerradáveis do Estado. Cabe a ele articular, numa costura engenhosa, toda a nossa diversidade, ambivalências e con­ tradições. Como é de sua competência, também, atenuar as desigualdades sociais em face da cultura, facilitando o acesso dos trabalhadores e dos segmentos de po­ pulação mais desfavorecidos ao patrimônio cultural da sociedade. Indústria cultural e m ercado Não faz parte da natureza mesma da indústria cultural e do mercado essa ação sinuosa, provocativa e emuladora. Antes, voltam-se à preservação do senso comum cultural, da cultura que reitera a si mesma e que tende a consolidar sempre o déjà vu, mesmo quando vem revestida do char­ moso apelo da moda e da novidade. De outra parte não podem, como o Estado, investir na cultura a fundo perdido e com destinação social, considerando-se que os investimentos de longo prazo — como o investimento cultural — estão longe de satisfazer aos parâmetros de rentabilidade econômica imediata que condicionam a ação das empresas que atuam no setor, como aliás de qualquer empresa. A indústria cultural e o mercado têm, naturalmente, o seu papel. Papel esse que deve ser potencializado mediante o con- |

curso do Estado através de parcerias e financiamentos. Iniciativas conjuntas que façam combinar o dinamismo desses agentes com a responsabilidade do poder público em face do desenvolvimento e da preservação da cultura. Nossa experiência no Sesc de São Paulo, enquanto insti­ tuição privada, é ilustrativa das possibili­ dades que essa modalidade de ação ofe­ rece, permitindo-nos desenvolver um apre­ ciável know-how de gestão de parcerias, viabilizando nossos projetos mais ambi­ ciosos que, de outra forma, jamais pode­ riam ser realizados. Estado e inciativa privada Após a discussão aprofundada sobre as condições e os rumos da cultura brasileira, creio que o Estado poderia atuar através do investimento na infra-estrutura e no fomento à ação cultural. Não há como fugir a algumas determinações materiais. Se queremos teatros, bibliotecas, centros cul­ turais, oficinas culturais e museus, temos de recuperar, modernizar ou construir teatros, bibliotecas, centros culturais, ofi­ cinas culturais e museus. Não há mágica possível que nos dê outra solução. A manutenção de uma rede de equipamentos públicos de boa qualidade, bem administra­ da e de grande capacidade de atendimento, é condição indispensável a que o Estado possa desenvolver, longe dos condiciona­ mentos do mercado, das crises sazonais e das pressões de toda ordem, a sua tarefa peculiar de oferecer espaços e oportu­ nidades à produção e à difusão cultural. Outra modalidade de ação seria o fomento, com o Estado financiando direta­ mente ou criando mecanismos de financia­ mento da produção e da difusão cultural. Primeiro, financiando seus próprios pro­ gramas em sua rede de teatros, museus, centros e oficinas culturais e dos grupos permanentes que mantém, como orques­ tras, corpos de baile etc. Mas estendendose também para o mercado. Se não deve esperar deste um papel crítico e transfor­ mador da cultura, pois não é sua vocação, o Estado pode potencializar ao máximo a sua extrema capacidade de multiplicação e difusão de bens culturais. As indústrias fonográfica, editorial, cinematográfica e de produção de espetáculos atingiram tal nível de competência que seria inócua qualquer ação cultural de parte do poder público que as desconsiderasse. As políti­ cas de incentivo à produção do livro, do disco, do filme e de espetáculos, bem como à sua difusão, constituiriam os pon­ tos mais fortes nessa área. Afinal, será da conjugação do esforço público com o dinamismo do mercado que se poderá

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avançar no sentido de um desenvolvimen­ to cultural duradouro e consequente. D anilo Santos d e M ira n d a é diretor regional do Sesc no Estado d e São Paulo

"Só a cultura dá a liberdade e a consciência para a democracia" A ntunes Filho “A educação, desde cinco mil anos, tem formado escribas para servir os sacer­ dotes e o Estado. A liberdade e a consciên­ cia necessárias à democracia só a cultura dá. A educação é servil. A cultura é liber­ tária. Portanto, é a filosofia da cultura que vai preparar esse povo para a democracia realmente viva. Para isso, o Ministério da Cultura deve ter mais força, deve criar a superestrutura para que isso aconteça. Sou otimista em relação ao governo de Fernan­ do Henrique, pois ele é um dos raros polí­ ticos que freqüentam a arte e a cultura des­ te país, assiste aos espetáculos importantes e exposições importantes. Não é um desinformado, como todos os outros presidentes que tivemos. Não é como os outros políti­ cos, que só vão ao teatro para ver comédias de costume e outros que tais.” A ntunes Filho é diretor d e teatro

"Ainda é essencial a busca de nossa identidade nacional" Francisco W effort “Um projeto de cultura para o Brasil não é necessariamente apenas um. Ele é o resultado de um debate entre diversas pers­ pectivas, não depende de uma iniciativa do governo. Nos anos 60, vivemos um con­ fronto de visões sobre o futuro do país. Ha­ via quem defendesse a criação de um capi­ talismo autônomo, havia as perspectivas de natureza socialista e também uma visão liberal do desenvolvimento que se inspira­ va numa tradição agrária da República Ve­ lha. Os anos 60 foram o resultado do deba­ te dessas visões e imagens sobre o Brasil do futuro. Hoje devemos explicitar os pro­ jetos que temos à mão e, a partir deles, es­ boçar os debates da política cultural no Brasil. Ainda que sobreviva algo da tradi­ ção autárquica do nacionalismo dos anos 60, e da nostalgia rural dos anos anteriores a 1930, o grande debate brasileiro de hoje diz respeito ao debate sobre a moderniza­ ção e à modernidade. Temos em perspecti­ va políticas de reforma do Estado e das

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suas relações com a economia que contras­ tam com o intervencionismo que, embora tenha tido tanto êxito no passado brasilei­ ro, parece esgotado nos dias atuais. A pri­ meira grande questão do país, portanto, é a do modo da sua integração ao sistema ca­ pitalista internacional, oferecendo-se des­ de logo as possibilidades de um Mercosul e as de um Nafta de proporções hemisféri­ cas. Um segundo problema é o de saber o quanto de autonomia pode-se reservar ao Estado e ao desenvolvimento nacional nes­ te processo. Trata-se, portanto, de uma no­ va visão da internacionalização da econo­ mia, que toma obrigatória uma nova con­ cepção da cultura. Não se trata, neste pla­ no cultural, de renunciar às características autóctones, que são as raízes mais fortes da nossa pujança no campo cultural. Exemplo disso é a música popular, que, embora aberta à influência internacional de todos os países, guarda um dinamismo que só se explica por sua autenticidade nacional. O mesmo se poderia dizer dos projetos cultu­ rais desejáveis para a área do teatro ou pa­ ra o território, hoje tão difícil, do cinema brasileiro. O contato no plano da cultura à abertura para o mundo não conduz ao debilitamento das fontes autóctones. Antes, pelo contrário, pode servir para reforçálas, quaisquer que sejam os novos projetos que se formulem para a cultura brasileira. Na época atual, eles não podem renunciar, embora com outras linguagem e perspecti­ va, à busca disso que, também nos anos 60, era essencial. Ou seja, a busca da nossa identidade nacional. Talvez, nos tempos atuais esta busca se tome ainda mais pre­ mente do que naquela época. Do mesmo modo, no nosso tempo a afirmação desta identidade nacional deve implicar uma enorme segurança em relação às nossas possibilidades como país que, na entrada do novo século, anuncia o seu ingresso en­ tre os países do Primeiro Mundo.” Francisco W effort, cientista político, é ministro d a C ultura

"O artista não se adapta à máquina de moer ossos que é a burocracia" Fábio M agalhães “As relações do Estado com a cultura sempre foram difíceis, exatamente pela maneira como o Estado administra a dinâ­ mica da atividade cultural. A linguagem ar­ tística é eminentemente de caráter criativo, e implica contrariar o sistema estabelecido. A transgressão, portanto, é imperativa da linguagem artística, e o Estado costuma li­

dar mal com a transgressão. O Estado está acostumado a lidar com a ordem, e acredi­ to que os administradores da cultura devam aprender a lidar com a transgressão. Nor­ malmente, os projetos mais medíocres se adequam com mais facilidade às normas administrativas, às normas da burocracia, e o poder público acaba distribuindo verbas para a mediocridade. É preciso rever essa burocracia, diminuí-la, sem que se deixe de proteger o uso do dinheiro público. O artis­ ta transgressor não se adapta a essa máqui­ na de moer ossos que é a burocracia, e aca­ ba se isolando. É o caso do Zé Celso, que tem projetos maravilhosos e nunca recebeu apoio estatal, para citar apenas um dos inú­ meros exemplos. Outro ponto importante para o desenvolvimento da cultura é nos li-e vrarmos da praga corporativa. O que inte­ ressa para a sociedade é a linguagem artís­ tica, e essa linguagem não é toda igual, não tem a ver com o tempo de trabalho do artis­ ta, mas sim com o valor artístico da obra. O governo precisa encontrar formas de julgar democraticamente, e não corporativamente, os trabalhos que possam enriquecer o ambiente artístico no país.” Fábio M a g a lh ã e s é artista plástico e a d m in ­ istrador cultural

"Falar a linguagem dos anos 60 ou dos anos 70 nos anos 90 é falar sânscrito" R odolfo Konder “ ‘Os bosques apodrecem e se extin­ guem. A nuvem se desfaz em chuva sobre o solo. O homem lavra a terra e sob a terra jaz. E após alguns verões também o cisne morre.” Os versos de Alfred Tennyson re­ gistram o movimento, a mudança perma­ nente que marca o mundo à nossa volta. Neste fascinante ocaso do Século XX, as transformações acontecem de maneira ace­ lerada, como um torvelinho. Já nos anos 80 era fácil ver que se apro­ fundava o processo de mudanças. Durante uma visita ao Canadá, Mikhail Gorbachóv decidiu que precisava reformar, modernizar a União Soviética. Fascinado pelas realiza­ ções canadenses, ele começou a urdir a pe­ restroika e a glasnost, projetos que em seus desdobramentos levariam ao desmantela­ mento do império soviético e ao fim da fra­ cassada experiência socialista. Com pode­ res mágicos, que raramente os deuses con­ cedem aos homens, Gorbachóv promoveu reformas que mudaram a face do planeta. No final dos anos 80 o vendaval das mudanças ganhou intensidade. Mudou a geografia, desapareceram antigas frontei-

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ras, ruíram velhas ditaduras de aparência inabalável, junto com o soturno Muro de Berlim. Terminava ali um capítulo polêmi­ co da História, iniciado pouco depois do término da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Encerrava-se então um longo perío­ do conhecido como Guerra Fria, caracteri­ zado pelo maniqueísmo, pelo ódio, pela in­ transigência. O mundo redespertava para o pluralismo e a inteligência. Vivemos hoje o prólogo de um novo tempo. A democracia visita a África do Sul, a paz chega finalmente ao Oriente Médio, a China descobre a economia de mercado. Delinea-se uma nova ordem mundial, a par­ tir da globalização da economia. Ela se apresenta diante de nós como a Esfinge que guarda a porta do Terceiro Milênio. Preci­ samos decifrá-la — ou ela vai-nos devorar. Neste quadro de surpresas e transforma­ ções, devemos despir conceitos e posturas com a camisa. Nada que funcionava na anti­ ga ordem — planos, projetos, avaliações — sobrevive ao fiiração. Ser coerente é pensar e repensar a nova realidade, colocar-se em sin­ tonia com ela. Falar a linguagem dos anos 60 ou dos anos 70 nos anos 90 é falar sânscrito. O universo da cultura também se liberta das velhas amarras ideológicas. Supera fron­ teiras e reafirma o multiculturalismo. Se a ver­ dade é a realidade, a nova verdade é o plura­ lismo. A democracia. A liberdade. Disse An­ dré Malraux, com a genialidade dos profetas, que o século XXI será o século da cultura. Ele estava certo. E o século XXI já começou. Rodolfo Konder, escritor e jornalista, é secretário m unicipal d e Cultura

"Precisamos de coisas do espírito para essas pessoas tristes das ruas" Lygia Fagundes Telles_______ “A vulgaridade e a violência tomaram conta de todas as coisas. A prova maior está no trânsito, principalmente em São Paulo. Se você vai atravessar uma ma e o farol abre, te pisam, te amassam. É a falta absoluta de edu­ cação do brasileiro, que ficou muito arrogan­ te. E uma absoluta falta de ética e de respei­ to ao próximo. Todo esse panorama é visto por mim na própria ma, pois sou uma anda­ rilha. No meu bairro, os Jardins, é pior ainda. E o bairro do dinheiro, onde as pessoas saem com seus carros importados e acham que, por isso, não precisam respeitar o farol. No Rio de Janeiro as coisas são melhores nesse sentido, porque lá há o mar, a natureza. O su­ jeito tem o mar e a visão da natureza para aplacá-lo. Fico imaginando se o Tom Jobim seria o músico que foi se não tivesse nascido

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no Rio de Janeiro, se não morasse no Jardim Botânico. Mas o que tudo isso tem a ver com cultura? Tem tudo a ver, pois o paulistano es­ tá áspero, arrogante, hostil, endurecido, e precisa ter mais contato com as coisas do es­ pírito. Já que ele não tem a natureza, a cultu­ ra seria uma forma de abrandar esse compor­ tamento, a música, a leitura, as artes plásti­ cas... Agora, quanto a um projeto, um plane­ jamento de como isso deveria ser feito, não tenho uma idéia clara. Só sei que precisamos de muita cultura nesta cidade, que está endu­ recida demais — m ás jardins, m ás concer­ tos públicos, um ambiente cultural doce para essa massa triste que eu vejo nas mas. A par­ tir disso, acredito que até as elites também aprenderiam a olhar o próximo com m ás ca­ rinho. Assim, quem sabe, aplacaríamos a vi­ tória da violência e da vulgaridade. Além disso, tenho ouvido pronunciamentos com­ pletamente tolos sobre a questão cultural, de que o Estado não deve destinar verbas à cul­ tura. E claro que deve! Estamos no Terceiro Mundo, não estamos em Londres. A Cine­ mateca Brasileira, para se tomar um exem­ plo, tem um acervo de vinte mil filmes, é guardiã da nossa memória, e não pode viver sem o auxílio do Estado.” Lygia Fagundes Telles é escritora

"Devemos formar novos artistas, e não apenas consumidores de arte" M arco s M en d o n ça “E urgente um projeto de cultura para o Brasil, e acredito que o Estado deva esti­ mular projetos regionais. Para isso, não é

necessário apenas incentivo financeiro, mas ações presentes dos órgãos do gover­ no, buscando também a preservação do pa­ trimônio histórico. Vejo também a neces­ sidade do governo promover a implanta­ ção de uma indústria cinematográfica que possa competir no mercado interno. Minha sugestão é de uma aliança com as emisso­ ras de TV, um grande circuito, uma rede cultural que não inclua só o cinema, mas o teatro, a dança, a música e assim por dian­ te. As produções culturais devem percorrer o país e não somente os grandes centros. O Estado também deve buscar parceria com a iniciativa privada, convencer o empresá­ rio de que uma das formas mais eficazes de retomo quanto à consolidação de sua imagem é o investimento em cultura. Sen­ do assim, o govemo teria a função de ala­ vancagem desse processo. Por meio dos órgãos federais, o Estado funcionaria co­ mo aproximador entre as empresas e os criadores e produtores de cultura. O gran­ de projeto, portanto, é o de fazer com que a população tenha acesso à produção cul­ tural. Cabe ao Estado buscar caminhos e mecanismos para que isso aconteça. Além disso, é fundamental que as escolas te­ nham acesso ao produto cultural e, mais do que isso, que se ensine arte e cultura para as crianças. Nosso povo é muito rico em talento e criatividade, e isso deve ser esti­ mulado desde cedo. Música, teatro, dança, cinema, artes plásticas e todas as outras manifestações devem ser aprendidas na es­ cola, para formarmos também novos artis­ tas, e não só consumidores de arte. A cul­ tura e a educação devem caminhar juntas." M a rc o s

M endoça,

d e p u ta d o

e stad u al,

é

secretário d e Estado d a Cultura d e São Paulo

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"Nosso critério de ação e de visão: a construção de um país sob a égide da cultura” Ruth Escobar________ Para Artistas, Intelectuais e Vizinhos Congêneres: 1. Em todos os países a produção artís­ tica está estreitamente ligada ao desenvol­ vimento da cultura material e espiritual. A criação e a difusão das artes têm seu dina­ mismo condicionado pelo grau de desen­ volvimento dos vários aspectos da cultura e, mais do que isso, pela possibilidade de acesso que sua população tem à produção e à participação nos bens culturais. 2. A produção artística de um país pode elevar-se a padrões inigualados por outros países, mas não se sustentará nem produzi­ rá efeitos relevantes, ao longo do tempo, se não for alimentada por um fluxo regular de recursos materiais que garanta o desenvol­ vimento contínuo e progressivo da produ­ ção da difusão e do acesso às suas criações. 3. A garantia de recursos para a produ­ ção artística é necessária cada vez mais em sociedades como a brasileira, onde os insumos da produção são dependentes do merca­ do ou da existência de serviços de educação e da aculturação, por exemplo, minimamen­ te eficientes. Mas o amparo às artes é insufi­ ciente para fazê-las perdurar se o consumo e usufruto dos produtos artísticos ficar restrito a uma camada social específica e reduzida. 4. Portanto, a geração e aplicação de re­ cursos na produção artística só tem sentido humano se os demais setores da sociedade — educação, qualidade de vida material, oferta de serviços públicos, tecnologia e distribuição da renda — também tiverem um suprimento harmonioso de aportes financeiros. A arte não pode jamais se nutrir da carência social. 5. Nas modernas economias sociais de mercado — como pretendemos seja a brasi­ leira — a criação, difusão e organização do acesso à cultura podem, por outro lado, constituir-se — e de fato já o faz — em ins­ trumento de alavancagem e sustentação do desenvolvimento e repartição de benefícios sociais, seja no campo da economia, seja no campo da qualidade de vida. A indústria ar­ tística, por sua especial configuração, é meio poderoso de ampliação da riqueza na­ cional e mecanismo eficiente de distribui­ ção de renda. Pelo menos DEZ POR CEN­ TO da população dos países centrais do pla­ neta estão envolvidos — retiram seu susten­ to — da indústria cultural, sem mencionar os empregos e rendas gerados pelos forne­ cedores de insumos próprios das artes. 6. Tanto do ponto de vista governa­

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mental quanto do ponto de vista empresa­ rial privado, o estímulo à indústria artística é um dos que mais rápido retomo promo­ vem, e, de uma perspectiva ampla, é tam­ bém um dos que projetam retornos contí­ nuos no médio e longo prazo. A indústria artística e cultural, portanto, compõe uma carteira de investimentos estratégicos tan­ to quanto a indústria química, informática, petrolífera ou ambiental. 7. O Brasil, desde a década de 80, vem buscando criar e aperfeiçoar mecanismos que amparem, estimulem e incentivem a indústria cultural. As chamadas Leis Sarney e Rouanet representaram o avanço possível nos seus momentos e a elas po­ dem ser creditados benefícios reais para as artes e a cultura de forma geral — tanto a cultura nova quanto a preservação do pa­ trimônio. Carecem, porém, de mudanças e inovações compatíveis com os novos tem­ pos. E tarefa da comunidade artística, dos industriais e industriários da cultura con­ vencer os novos Executivo e Legislativo a ajustarem a lei no sentido de estímulo e acesso aqui preconizados. 8. Declaramo-nos convictos de­ que a eleição de Fernando Henrique para a presidência da República, e de tantos novos talentos políticos para o Senado, a Câmara dos Deputados, os governos estaduais e as Assembléias Legislativas, configura uma ocasião privilegiada para empreendermos o fortalecimento da cultura, das letras e das artes, em sintonia com as grandes exigên­ cias nacionais: o controle da inflação, a re­ tomada do desenvolvimento e da inovação tecnológica e uma repartição mais equâni­ me das oportunidades sociais. 9. A cultura é, em si mesma, integra­ dora e não excludente. A cultura, por defi­ nição, incorpora antíteses, é sincrética e não discrimina. Por isso e para além das diferenças estratégicas — ou instrumentais que nos distinguem e individualizam — juntamo-nos nesta conjuntura eleitoral de olhos e mentes postos no objetivo que é também nosso critério de visão e de ação: a construção de um país sob a égide da cul­ tura, a libertação de um povo sob o signo da democracia, a repartição das oportuni­ dade sob o império da justiça.”

sobrevivência é implacável, não menos im­ placáveis são as leis que administram a convivência. Romper com a lei natural que faz da vida humana o mais importante refe­ rencial pode ser tão desastroso quanto a ter­ ceira guerra mundial. As leis naturais guar­ dam segredos e mistérios que o conheci­ mento humano ainda nem sequer suspeita. A cultura de um povo ou nação é o re­ sultado da experiência humana de convi­ ver ém comunidade, definindo normas e comportamentos que possam contribuir para que esta convivência seja harmoniosa e produtiva. A função das artes e dos artis­ tas neste contexto é fundamental, assim como fundamental é o trabalho desenvol­ vido na pesquisa, preservação, interpreta­ ção e divulgação da memória da experiên­ cia, contribuindo na definição e no dimen­ sionamento dos valores culturais resultan­ tes do processo, os quais representam a vontade cultural da comunidade. A história da humanidade reserva para o Estado uma interpretação muito seme­ lhante àquela do rei, amigo do Pequeno Príncipe de Saint Exupery, pois cabe a ele entender e atender à vontade da comunida­ de, revelada através dos valores culturais consagrados pelo uso e pela prática. Quase sempre, talvez por desinforma­ ção daqueles cuja função seja administrar a convivência, a busca da vontade cultural comunitária é feita basicamente em pranc­ hetas, computadores e estatísticas, negli­ genciando o processo natural, através do qual esta se manifesta. De fato, a moderna tecnologia tem nos valores culturais da co­ munidade um dos mais práticos e eficien­ tes instrumentos na administração da con­ vivência comunitária. O segredo das cultu­ ras nacionais está no componente de justi­ ça social nelas implícito. O uso que o ad­ ministrador público fizer deste conheci­ mento será, por certo, proporcional à sua performance profissional.” Zélio Alves Pinto é artista plástico

"Não há exemplo de grandes países que não tenham uma forte proposta cultural"

Ruth Escobar é atriz e em presária

Jacob Klintowitz_________

“A busca da convivência é feita em pranchetas, computadores e estatísticas" _________ Zélio Alves Pinto_________ “Sobreviver é o primeiro desafio do homem e conviver é o segundo. Se a lei da

“É fundamental ter um projeto de cul­ tura, prioritário em relação a tudo. Não há exemplo de país com altos índices de pros­ peridade que não tenha uma forte proposta cultural. Observem-se países como os Es­ tados Unidos, o Japão, a Alemanha, a França. Ou os recentes Tigres Asiáticos. Certamente o governo não tem condições de criar cultura. Eu parto do pressuposto,

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verificado e pesquisado por mim em tantos anos, que o Brasil tem uma magnífica e multifacetada produção cultural. E neces­ sário, agora, tormar providências para que esta cultura possa ter canais adequados pa­ ra produzir. E deve o governo ficar atento ao nosso patrimônio histórico, em via de se desfazer, o que traria imensos prejuízos de toda ordem, inclusive materiais. As verbas para o Ministério da Cultura são ridículas. Acinte. É importante que o Ministério da Cultura tenha uma verba condizente com um país que deseja avan­ çar e tomar boa a qualidade de vida de seus habitantes. E este ministério deve estar in­ tegrado ao plano geral do país, especial­ mente às áreas de saúde, turismo e educa­ ção. É inacreditável que isto ainda não est­ eja ocorrendo. Como se pode pensar na saúde, num país de tantas mortes fruto da ignorância, sem pensar na questão cultu­ ral? E turismo, se não quisermos promover um turismo sexual, sem cuidar do patrimô­ nio histórico? Quanto à educação, acho ocioso lembrar as vinculações essenciais entre ela e a cultura. Não sei se é necessário um Ministério da Cultura, mas ele já existe e a sua extin­ ção teria um caráter emblemático e terrí­ vel. Não sei se é lógico ter um ministério desse tipo, ou se ele deveria fazer parte da educação. Imitar a França nesse assunto não foi uma boa idéia, a julgar pelo desem­ penho histórico do nosso Ministério da Cultura. Mas tudo anda de acordo com o país e ele não poderia ser diferente do res­ to. Acho que podemos desculpar o empreguismo, os possíveis desvios de verbas, os privilégios de alguns, tanto esforço jogado fora. Ou, se não podemos desculpar, pode­ mos pensar no seu possível futuro papel no desenvolvimento da vida brasileira. O que não poderíamos esperar, com perdão ou não, é que o Ministério da Cultura fosse, em todos esses anos, a própria virtude do país. E exigir um desempenho impossível. Certamente é necessário que o país se integre numa visão da realidade cultural brasileira. O que leva a reavaliação da nos­ sa produção, cuidado com o patrimônio existente, recursos para os institutos cultu­ rais e museus, valorização dos artistas e grupos de produção coletiva, participação dos municípios e estados. É um grande tra­ balho a ser feito e, de muitas maneiras, ele tem um caráter de corrente, uma ação leva a outra. Não acredito que o país possa ir para a frente e a qualidade da vida das pessoas possa melhorar sem isto. Com a visão me­ ramente econômica, como se não fossemos um país, mas uma empresa, nós só podere­ mos repetir o atual e desanimador quadro de progressiva desumanização da nossa vida." J ac o b Klintowitz é crítico d e artes e escritor

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DO EXERCITO /

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"Não há teatro, cinema, dança ou artes plásticas sem a presença de livros" _________ H enrique M altese_________ 1Fala-se em separar a cultura, tecnologia e edu­ cação, o que eu acredito ser muito prejudicial, pois tudo isso faz parte do movimento cultural de um país. O que eu acho que devam existir são políticas específicas para cada área cultural: o cinema, o tea­ tro e assim por diante. Mas não há teatro, cinema, educação e tecnologia sem o livro e, no Brasil, tam­ bém não há uma política coerente para o livro. Pa­ ra que isso aconteça, acredito que alguns pontos bá­ sicos devam ser analisados pelo governo. Primeiro, o livro como instrumento de lazer, educação e de­ senvolvimento científico e político. Segundo, o li­ vro como objeto de mercado. Terceiro, o livro co­ mo paite fundamental do direito à educação, a bi­ blioteca pública como direito do cidadão. Quarto, o livro como difusor da cultura brasileira no exterior. E, por fim, tomar medidas para que as bibliotecas públicas tenham autonomia para a compra espon­ tânea de livros. Ou seja, desburocratizar o processo e fazer com que essas bibliotecas se tranfoimem, de fato, em pontos de cultura para a população.” H enrique M a ltese é editor

"O que mais falta neste país é a criação de bibliotecas públicas" Ignácio de Loyola Brandão “Não sei se deva existir um projeto para a cultura no Brasil, mas eu defendo a

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criação de espaços para a cultura — salas de teatro, estúdios, escolas para as pes­ soas dançarem, lugares para encontros, onde aconteçam workshops, projeções de cinema e todo tipo de manifestação possí­ vel. Mas o que mais falta nesse país são bibliotecas. Portanto, considero funda­ mental a criação de muitas bibliotecas pú­ blicas, com estantes cheias de muitos, muitos livros.” Ig n á cio d e Loyola B randão é escritor

"Sem desenvolvimento da sociedade, tudo depende do heroísmo de cada um" __________ M ário Gruber________ “Eu não tenho uma noção clara de co­ mo seria um projeto de cultura para o Brasil. Tem-se discutido muito o assunto, mas tem-se tirado poucas conclusões. Posso dizer, porém, que em qualquer país a cultura sempre foi o reflexo do todo so­ cial. Então, ela só se desenvolve à medi­ da que a sociedade também se desenvol­ ve. Do contrário, isso não acontece — tu­ do acaba dependendo do talento indivi­ dual, do heroísmo de cada um. Sem di­ nheiro e sem a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro não há qualquer possibilidade de transformação. Agora te­ mos a vantagem de ter um presidente sen­ sível às questões culturais. É um momen­ to em que a esperança se une à viabilida­ de de acontecerem mudanças sociais. E estou torcendo para que o novo governo consiga fazer isso.” M ário G ruber é artista plástico

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I "Conflitos devem ser resolvidos em nome de uma política eficaz e abrangente" _________A ngelo O sw aldo_________ “A criação do M inistério da Cultu­ ra, em 1985, sob a égide da redemocratização, ensejou demorada discussão sobre o papel do Estado na vida cultu­ ral do país. Preconceitos, receios e des­ confianças de toda ordem, naturais as­ pirações de autonomia face a qualquer possibilidade de tutela ou m onitora­ mento, entre sequelas do autoritarismo e outros fatores, contribuíram para que não se desarmassem os espíritos à vol­ ta do novo ministério. Em 1979, com sagacidade política, A loísio M agalhães havia setenciado mais valer uma secretaria forte do que um m inistério fraco, quando o governo do general Figueiredo criou a Secreta­ ria do MEC (Secretaria da Cultura do M inistério da Educação e Cultura), ne­ la reunindo os organismos da área, através da teoria aloisiana das duas vertentes. Segundo o primeiro titular da SEC, as ações do Estado concentrar-se-iam em duas áreas fundamentais, para as quais o aparato governamental criara duas fundações, na linha da institucio­ nalização tecnocrática: Funarte e PróMemória. O M inistério da Cultura nasceu so­ bre essa estrutura e deu-lhe desenvolvi­ mento, mas foi através da Lei Sarney que se abriu para criadores e produto­ res ávidos de realizações, com seus m i­ lhares de projetos em busca de patroci­ nador. A Lei Sarney parecia caminho correto. Tratava-se de instrumento leve e ágil, ao promover pronta articulação entre produção e eventuais patrocina­ dores, restando ao ministério tarefas paradigmáticas e exemplares. A fiscali­ zação seria da Receita Federal. Três fatores eliminaram a Lei Sar­ ney. Primeiramente, uma indisposição generalizada oriunda da defasagem en­ tre demanda e resposta; depois, o nome do diploma, exposto à ira do novo pre­ sidente; e, finalmente, o ânimo desse presidente no sentido de apequenar a presença estatal na cultura. O ministério foi transformado em secretaria ligada à presidência, sem programa que não fosse o desmantela­ mento de instituições que ofereciam su­ porte mínimo ao setor. Cuidou o presidente Itamar Franco de restaurar o Ministério da Cultura, e

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um balanço apressado indica que sua gestão outra coisa não pôde fazer senão restabelecer, até na denominação origi­ nal (MinC, IPHAN, Funarte), o que ha­ via sido desmontado. Cabe ao governo do presidente Fer­ nando Henrique Cardoso, dez anos após a criação da pasta ministerial da Cultu­ ra, dar-lhe efetivo sentido na realidade do Brasil. Desanuviada a polêmica so­ bre a intromissão do Estado em área que tanto carece de lúcida e objetiva atua­ ção oficial, o ministério deve reencon­ trar o destino de incentivador da dinâ­ mica cultural e realizador de iniciativas imprescindíveis, à vista do que o exer­ cício da cidadania faz e pode gerar. O aperfeiçoam ento da Lei Rouanet, com sua desestatização e desburocratização, sem perm itir o ressurgimento dos fantasmas que assombraram a Lei Sarney, vítima sobretudo de críticas contundentes mas superficiais, torna-se ponto essencial para a etapa que se quer inaugurar. A definição de um programa para o m inistério, a partir de sua vocação incontrastada no rumo do apoio e do fo­ mento, elim inará a controvérsia entre núcleos em disputa de poder e verbas. Atender produtores e deixar o patrim ô­ nio à míngua, patrocinar projetos de vulto, mas isolados, enquanto a Funar­ te se confina no Rio, distribuir benes­ ses, ao largo da inércia do aparelho com o qual conta o Estado para ações pioneiras, eis aí conflitos que rem on­ tam ao tempo da antiga SEC do MEC e devem agora ser resolvidos em nome de uma política abrangente e eficaz. O ministério deve abrir-se para as secretarias estaduais e municipais, hoje numerosas, de modo a reforçar-lhes o peso nos orçamentos e compromissos do governo. Ações exemplares da so­ ciedade precisam obter parceria, para que se multiplique no país como um to­ do. Dentro do próprio governo, o m i­ nistério há de despertar e estimular a prespectiva cultural, nas demais pastas e no eixo de seu desempenho. É certo que a indústria cultural con­ tribui para o desenvolvimento, gerando empregos e recursos. O universo au­ diovisual é o grande patrimônio, na sua conceituação mais ampla. Sem política pública, não há programa patrimonial que subsista. Patrimônio é missão ina­ lienável do Estado, envolvendo cada dia mais sociedade e cidadão. A sua resposta econômica fundamenta-se no turismo. Nos demais setores da cultura, com objetividade e largueza de visão, uma política madura e conseqüente tem

tudo para agora virar realidade.” Â n g e lo O sw ad o d e A raújo Santos, m e m b ro do C onselho d o Patrim ônio Histórico e Artístico N a ­ c io n al, é prefeito d e O uro Preto, M G .

"Culturafdta por orgão público não é a mesma quando realizadapor pessoas isoladas" ___________ M oacir Sclyar___________ “Em matéria de política cultural para o país, as pessoas se dividem em dois gru­ pos: os que vêem com suspeição qualquer intervenção do Estado na cultura, achando que isto cheira a autoritarismo, e os que pensam que sem o auxílio do poder públi­ co a área cultural não deslancha (há ainda um terceiro grupo, os que estão atrás de um ‘boquinha’ do governo, mas sobre es­ tes nem vale a pena falar). Sou dos que propõem uma política cul­ tural para o Brasil, mas dentro de certos pressupostos. Acho que cultura, quando feita com a ajuda do órgão público, não é a mesma coisa do que a cultura feita por pes­ soas ou grupos isolados. Neste último caso os produtores culturais não têm outra res­ ponsabilidade a não ser consigo mesmos. O administrador público não pode pensar desta maneira. Ele tem de, necessariamen­ te, pensar em população; seu propósito é elevar o nível de cultura do país como um todo, que é o terreno comum entre cultura e educação. Tomando o exemplo da litera­ tura, com o qual estou mais familiarizado, acho que compete ao poder público, ajuda­ do pelos escritores, fomentar nos jovens o gosto pela leitura. Como? Através de en­ contros de escritores com estudantes. Atra­ vés do desenvolvimento de formas de estí­ mulo ao hábito de 1er e escrever, como é o caso das oficinas de leitura. Devo dizer, a propósito, que sou egres­ so de uma área que depende fundamental­ mente do setor público: a área da saúde. Penso, pois, no livro como vacina: vacina contra a burrice, vacina contra a insensibi­ lidade, vacina contra a alienação. E assim como um sanitarista quer que a vacina che­ gue a todas as crianças, o produtor de cul­ tura deve querer que o livro, a música e a dança cheguem a todos. Para isto é preciso estabelecer objetivos, traçar estratégias, definir critérios de avaliação — planejar, enfim. Criar um plano para ser conduzido por administradores culturais, uma figura que faz muita falta no Brasil. Sem isto, cai-se no amadorismo ou na safadeza. Sem isto, joga-se fora o pouco di­ nheiro que o Brasil pode destinar à cultura. M oa c yr Sclyar é escritor

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SPORTES

A Capoeira, tão brasileira, corre mundo afora á imaginou uma alemã com carinha de Heidi jogando capoeira? Ou um americano durão, tipo Clint Eastwood, fazendo evoluções na roda? Pois não se espante se isso acontecer na sua frente. França, Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Espanha e Inglaterra são os países que estarão participando, de 10 a 15 de janeiro, no Sesc, do Io Encontro Internacional de Capoeira de Santos. Além do Brasil, é claro. Sim, a capoeira é um esporte cada vez mais popular no exterior, sobretu­ do na Europa e na Am érica do Norte. Em Londres, por exemplo, existe a London School O f Capoeira, dirigida pela brasileira Silvia Bogarelli. “Na Alemanha, em quase todas as cidades tem alguém dando aula” , diz Roberto Teles de Oliveira, o organizador do encontro. M as pode cham á-lo de M estre Sombra, como é conhecido no Brasil e no mundo. Sombra, 54 anos, fala com a pro­ priedade de um embaixador da capoeira. Nascido em Santa Rosa de Lima, Sergipe, e radicado em Santos desde o início da década de 60, ele costuma rodar o mundo ensinando aos estrangeiros a técnica desse esporte tão brasileiro. Há controvérsias, aliás, a respeito da origem da capoeira. Alguns dizem que a luta — ou o jogo, como prefere M estre Sombra — nasceu na África. Mas a hipótese mais aceita é de que ela tenha surgido nos quilom bos. “Provavelmente em Pernambuco, por causa do Quilombo de Palmares, que foi um dos m aiores centros de resistên­ cia à escravidão” , indica Sombra. Naqueles tempos, os escravos pre­ cisavam inventar um tipo de luta que não parecesse propriamente um com ­ bate, e sim um a dança ritual, um jogo. Diz-se que eles usavam a capoeira (mato ralo que nasce em áreas des­ maiadas) para fazer suas disputas. Daí a origem do nome. Em Salvador, Recife e Rio de Janeiro, cenários de muitos levantes negros, a capoeira se desenvolveu. Hoje, tão brasileirinha quanto a caipi­ rinha e a feijoada, deixou de ter o

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aspecto guerreiro para transform ar-se em esporte. E mais do que isso, em filosofia de vida. “Capoeira é emoção, vem de den­ tro, tem muito de brincadeira, de cria­ tividade, de astúcia. É cheia de falsi­ dade, no bom sentido, de m alan­ dragem. Aquela coisa de você estar olhando para o alto e pisar no pé do seu adversário”, explica Sombra. “Mas a capoeira só pode ser usada como arma de defesa em último recurso. Se encon­ tro um cara perturbado, eu é que tenho de trazê-lo para o lado positivo, e não ir para o lado perturbado junto com ele.” Mas nem todos têm essa visão da

capoeira. D iscípula de Som bra, a paraense Eva Von Klier, que começou a jo g ar na França (“longe do Brasil, bateu aquela saudade e me encontrei na capoeira"), explica que, no exterior, o esporte é visto pela maioria como luta marcial e técnica de auto-defesa. “É m uito comum as m ulheres bus­ carem a capoeira para se defenderem de violências sexuais” , conta Eva. Para M estre Sombra, um dos paí­ ses onde hoje a capoeira é mais desen­ volvida fora do Brasil são os Estados Unidos. “Isso porque tem muita coisa de rua também por lá. E a música deles também tem swing, como a nossa."

Oja z z do corpo Se por um lado os escravos bantos, procedentes de Angola no Brasil Colônia, criaram a capoeira, p or outro , o voca­ bulário usado na capoeiragem tem sua origem na língua-mãe, o Tupi-Guarani. Esses fatos levam os estudiosos a afir­ marem que este jogo atlético foi criado em solo brasileiro e por isso representa as várias expressões de um mesmo povo. Em seus múltiplos aspectos encontramse as raízes brasileiras, conjugando ritm o, canto, dança, luta, esporte, história: “ Kapu’era” , mato ralo, mato cortado, mato nascido em terra virgem, hoje cul­ tuado em outras terras. O “ lá” deu a volta ao mundo. Há quem a classifique como dança, outros como arte marcial. Mas na ver­ dade a capoeira moderna une esporte e cultura, com com portam entos e expressões diferentes em cada um de seus estilos. Para os mestres, ela é con­ siderada o “ jazz" do corpo, onde se improvisa a cada movimento, onde a téc­ nica é a inspiração para o jogo, para a festa ou, até mesmo, para a guerra com o outro. Aquele que fo r mais profundo em sua criatividade, ganha a peleja. E não se trava mais a luta pela liber­ dade nas senzalas, o jogo não surge do lamento e canto dos fracos para comba­ te r os fortes. A o contrário, a capoeira chamada “ Angola" busca algo na alma, sorrateira, com desafios, provocações e galanteios face à sobrevivência. Hoje o canto “ E mãe, manhã, vou jogar capoeira pra me defender” , significa te r uma profissão. Assim com o a “ Ginga” — movim ento que se confunde com uma

dança. È a ocupação do espaço deixado pelo o u tro . Nele o capoeirista se esconde, se esquiva e se defende, sem contudo deixar-se quebrar ou dominar. Pode-se dar outros exemplos para explicar o que a capoeira representa atualmente como valor social e de refe­ rência para a cultura brasileira. Armada, Queixada, Ponteira, Martelo, Parafuso, Alavanca. Movimentos que nos remetem aos objetos de trabalho. E esse tal “ Paraná” , que tantas músicas prestam homenagens, se confunde com o estado do sul do país e com a Fragata da Marinha de Guerra, no Rio de Janeiro, onde se alistavam centenas de capoeiristas. Vem falar de um mestre, de um inimigo ou se refere a um braço de mar que separa o continente de uma ilha? Ilha Brasil. Mãe África. Hoje, as músicas falam “ eu co­ nheço o Mercado Modelo da Bahia” , ou então “ nasci em São Paulo, camará” , situando seus com positores e seu m om ento histórico.M ovim entos de ataque, déséquilibrantes, de esquiva, capoeira de Angola ou Regional, lada­ inhas, canções de festa, de guerra e religião, quebra “ gereba” , coisa velha, desafio. Seja o que for, a capoeira desen­ volve mais do que a linguagem do corpo. Faz um eterno retorno, feito o círculo traçado no chão onde é jogada, com seus movim entos giratórios e sua música mântrica. É como a Terra girando em seu eixo e em to rn o do sol. O menino dança e o mestre joga, está com seu corpo em oração. Cissa Peralta, té c n ic a d o SESC.

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E, por falar em m úsica, M estre dá a receita ideal de com o deve ser uma roda de capoeira: um pandeiro, um atabaque, um reco-reco, um agogô e três berim baus. O berim bau, por sinal, é o coração da roda. “O tocador que dá o ritmo a tudo. Se o jogo está lento, ele toca lento. Se o jogo fica mais rápido, ò berim bau pulsa m ais forte. O m úsico tem de estar sempre atento, pois dele depende o desenrolar do jog o .” A todos esses ensinam entos estarão atentos os participantes do encontro, onde serão prom ovidos w orkshops, aulas e palestras. Nos dias 14 e 15, o público que for ao Sesc Santos poderá assistir às apresen­ tações. E não só a jogos, m as a core­ ografias ensaiadas, que dão ao esporte um caráter novo: o de espetáculo.

Mestre Sombra, o embaixador Nos tem pos de sua m eninice, a peque­ na Santa Rosa de Lima, no Sergipe, era ilum inada por lam piões. E os garo­ tos b rincavam de tentar pisar na cabeça da própria sombra. E lógico, não conseguiam . “Coisa de m oleque” , lem bra Som bra, que se reunia ao grupo de amigos para “fazer pernada” em frente à igreja. Por sua agilidade, Roberto ganhou o apelido de Sombra, aquele que não se consegue alcançar. Passaram -se os anos, Som bra deixou sua cidade e veio dar em Santos. Praticou outras lutas: caratê, judô, jiujitsu, boxe, luta livre. M as reencontrou-se com a capoeira em V icente de C arvalho, onde treinava com um grupo de estivadores aos dom ingos. “Em 1963 resolvi levar a sério a capoeira e não parei m ais” , diz ele, hoje diretor de um a das mais fam osas associações do esporte em Santos e no Brasil, a Senzala. Ao lado de nomes como M estre Beija-Flor, M estre João G rande, M estre D eraldo e M estre Parada, Som bra é um dos grandes difusores da capoeira no mundo. De fala mansa, olhar calmo, Som bra não se abala. Aos 54 anos, diz manterse tão ágil com o nos tem pos de moleque. “A capoeira é um esporte de jovem , mas conheço m uita gente que continua jogando até um a idade bem avançada. O M estre João Pequeno, da Bahia, tem 76 anos, joga com qualquer um e dá trabalho” , conta Sombra.

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veterano Givaldo Barbosa, Júlio Góes, João Soares e O dair Santos. Das ge­ rações mais recentes vêm cham ando atenção Irineu A raújo, que foi cam peão do torneio do Sesc em 1989 e hoje, naturalizado boliviano, faz les estão acostumados ao papel parte da equipe que representa esse de coadjuvantes no esporte. país na Taça Davis. M undialm ente, o Mas no mês de janeiro, graças grande ex-pegador que serve de exem ­ ao Tenisesc, sentem o prazer de prota­ plo para todos é o am ericano John gonizar o espetáculo: ganham um campe­ M cEnroe, o “Big M ac” . onato só para eles. São os pegadores de Tendo alcançado a imagem de bola, aqueles meninos que trabalham torneio já tradicional, o evento do Sesc é recolhendo as bolinhas e servindo os reconhecido pela Federação Paulista de jogadores de tênis durante as partidas. Tênis, que isenta os participantes da taxa Oito anos atrás o Tenisesc pro­ necessária para quem quer se tomar um m oveu o prim eiro Torneio Sesc de tenista federado. O tomeio é dividido em Pegadores de Bola, que teve 210 seis categorias: 10, 12, 14, 16 e 18 anos, inscritos. De lá para cá, o evento vempara o masculino, e categoria única para se repetindo anualm ente com sucesso. o feminino. As garotas jogam juntas, A té o ano passad o , som adas as independentemente da idade, porque o edições, 1400 garotos já haviam par­ número de “pegadoras” é pequeno. ticipado. A edição de 95 vai ser jo g a ­ Entre os dezoito pegadores que tra­ da de 30 de janeiro a 5 de fevereiro, e balham no Tenisesc, vários pretendem terá representantes de pelo m enos 50 seguir carreira no tênis, e todos sabem clubes e academ ias de São Paulo. que a grande oportu n id ad e de se D urante a realização do torneio, a destacar é o torneio. Eudes Carlos da unidade paralisa todas as suas ativi­ Silva, de 15 anos, por exemplo, traba­ dades regulares, e as seis quadras lha há um ano no Tenisesc. Na edição ficam à disposição dos m eninos. de 1994 do torneio perdeu na segunda A g eren te do T en isesc, M aria rodada porque, apesar de ser pegador Luiza Dias, diz que a sem ana em que desde os 8 anos, raram ente o dei­ se jo g a o cam peonato acaba servindo xavam treinar. M as neste ano espera tam bém para que os professores de um desem penho melhor, já que pôde, tênis da cidade prom ovam um encon­ finalm ente, praticar um pouco. No tro informal. “Eles aparecem para ver Tenisesc os m eninos têm licença para quem está surgindo no cenário” . usar as quadras quando desocupadas. E esse período de “observação” se “Q uero ser jo g ad o r profissional explica porque costumam aparecer futu­ porque eles conhecem bastante pes­ ros bons jogadores entre a garotada que soas, vão a um m onte de lugares. Eu trabalha pegando bola. “Existe no tênis nunca viajei para lugar nenhum ” , diz uma tradição de que os grandes jogadores Eudes, talvez um futuro campeão. vêm dos pegadores de bola”, diz Maria Ao lado dele está o colega Cláudio Luiza. “Eles assistem a aulas o dia inteiro, Ferreira Dantas, de 17 anos, há dois vêem pessoas jogando, profissionais trabalhando no Tenisesc. Cláudio tam ­ treinando. E acabam aprendendo.” bém foi mal ano passado. Perdeu na G eralm ente os pegadores são prim eira rodada “para o cam peão”, faz m eninos pobres, com poucas oportu­ questão de dizer. Neste ano, jogando nidades de ascensão social, que na m esm a categoria, sonha com o títu­ acabam vendo no esporte essa possi­ lo porque caprichou nos treinamentos. bilidade. D esejam tornar-se jogadores Para term inar, um a curiosidade: no profissionais ou professores. E os mais torneio de pegadores de bola existem pegadores de bola? “Sim ”, responde a esforçados e talentosos conseguem. gerente do Tenisesc. “Eles fazem No próprio Tenisesc, dos 13 pro­ questão.” E estão certos. Afinal, no fessores em atividade 11 foram único m omento em que se tornam os pegadores de bola. Entre os profis­ astros principais, esses m eninos têm sionais de destaque no ranking de ter direito a todas as mordomias brasileiro ao longo dos últimos anos, a que estão acostum ados a oferecer. categoria tem representantes como o

A hora e a vez dos pegadores de bola acontece neste mês

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RREVE DIÁRIO DE M BREVE AMOR MARI A

ADELAI DE

23.04 Quarenta e seis anos esta noite. Simbólico o gesto de apagar do com­ putador as cartas trocadas entre mim e R., quando ele vivia em Boston e éramos apenas bons amigos. Hoje à tarde falamos ad nause­ am sobre os últimos acontecimentos. Admissões de culpa recíproca. Observações e recriminações sobre o comportamento um do outro. R. é louco não porque explode, mas porque não sinaliza a explosão. — Você é uma esnobe — ele gritou pra todo mundo ouvir no restaurante. Tudo isso porque eu tinha comentado que há apenas duas mil pessoas que interes­ sam, em Boston, São Paulo ou qualquer outro lugar. — E você, é claro, faz parte desse seletíssimo grupo. — Você também — respondi. — Eu não faço a menor questão! Ele ainda conserva uma alma comunista e eu vejo o ser humano de uma maneira abominável. — Por que se coloca sempre num plano superior? Fiquei tentada a perguntar se não era ele que se colocava em plano inferior. De qual­ quer maneira, foi desconcertante ouvir que sou uma esnobe, eu que sempre fui a favorita das telefonistas, secretárias, recep­ cionistas, faxineiras, empregadas e auxi­ liares em geral. De modo geral me acho tão simples nas coisas fundamentais. 25.04 Contatos amenos com R. que, pelo tele­ fone disse que me adora e tudo, só acha que me sinto superior à humanidade. E pediu: — Esqueça o papo de anteontem. — Já esqueci, mas será que o maître

AMARAL

daquele restaurante vai esquecer? — Estou pouco me lixando pro maître. Quero saber de você. Se já me desculpou. Vontade de dizer: quer saber de uma coisa? Acho que sou mesmo superior, porque já dei o incidente por encerrado. Mas ele se antecipou dizendo que eu era uma pes­ soa saudável e pessoas saudáveis não ali­ mentam ressentimentos. — O que é ser saudável? — perguntei. — É gostar de si mesma. Você gosta mais de você do que eu gosto de mim. Isso provavelmente é verdade, mas R. ignora a batalha travada a duras penas comi­ go e com tudo que me cercou para chegar a gostar tanto de mim. Meu background não é melhor que o dele. Construí a mim mesma, peça por peça. Apenas perguntei: — Que espera que eu faça quando criti­ ca a minha superioridade? Que eu abra mão da minha autoestima? — Não. Quero que você abra a mão desse seu orgulho idiota. Me lembrei daquela música do Lupicínio Rodrigues, embora o orgulho não tenha sido a maior herança que meu pai me deixou. O velho, de fato, só me legou a extrema dificul­ dade de lidar com o sexo masculino. 02.05 Mais de uma semana sem notícias de R. Imagino-o com outras, ou reconduzido ao lar doce lar pelas mãos espertas da ex-mu­ lher. Me dei conta de que R. vem ocupando espaços outrera preenchidos por outros ami­ gos. Como R. preenche minha vida de muitas maneiras, a maior parte das coisas e das pessoas perdeu o sentido e/ou foi re­ legada a segundo plano. Ontem me vi de mãos vazias. Sem perspectiva de qualquer outra coisa que não fosse ausência, saudade,

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intolerável vazio. Nem a minha feroz resistência à dor consegui diminuir o meu espanto. Por que não teve a gentileza de dar ao menos um telefonema nem que fosse para dizer: — É o seguinte, meu bem. Entre nós tudo acabado. Melhor dizer adeus do que viver esta angústia. Vontade de ligar pra ele e dizer: — Olha aqui, não foi nada disso que eu planejei. Se é pra ser assim, então não quero mais. Eu preciso assumir o domínio dos meus sentimentos outra vez! Não suporto mais que você tenha o poder da vida e da morte sobre mim! Depois acalentei a idéia de ir pra Paris. Ou Londres. Mas imediatamente fui assalta­ da pelos versos daquela música do Aznavour, Que c ’est Triste Venise. Veneza, Londres, tanto faz. Apesar dos fervilhantes, fabulosos planos de viagem, a dor me acom­ panharia a qualquer lugar. 05.05 Foi pra fazenda do amigo por isso não ligou. Não havia telefone, ele só se comuni­ ca pelo rádio quando vai lá. De fato esta relação com R. está tendo algum sentido pedagógico. A única maneira de lidar com isso é vê-lo como um ser muito diferente de mim, a quem devo entender em vez de me magoar com os gestos que ele não faz e com as frases que ele não diz. Talvez a solução seja essa: aceitá-lo como é, e ele me aceitar como sou, inclusive com a minha porção mulherzinha. E por mais difícil que seja reconhecer no espelho essa face menor, é menor aceitá-la que negá-la, assumindo atitudes de lady com sempre fiz. O quê? Eu magoada? Imagine!... Enquanto recolho discretamente os destroços do meu coração. — Por que não diz isso pra ele? — per­ guntou hoje minha analista. — Porque como você mesma vive repetindo, homem é fóbico de sentimentos, emoções, e principalmente relacionamentos consequentes. — E você não? — Acho que não. Mas não vou entregar o meu ouro ao primeiro bandido que aparece. — É assim que você o vê, como um bandido? — Um pouco — respondi. Mas, afinal, ele não é o primeiro. Depois a dra. Lúcia comentou ontem que é muito difícil tirar a caca do nariz na frente do outro. Difícil confessar carên­ cias, fragilidades. Mas se eu me desnudar, estarei contrariando a imagem que ele faz a meu respeito. Medo. É essa a palavra. Medo. 07.05

Companhia, conversa, cumplicidade, per­ plexidade, ternura, cama sofrível. Entretanto, que falta vou sentir de tudo que vivemos esta tarde. 09.05 O horóscopo do Harper’s Bazaar me avisa que as coisas podem mudar subitamente. Parceiros que um dia tive na palma da mão, agora parecem distantes. Mas isso começou a acontecer no mês passado. 12.05 Ontem no caminho pra casa pensei numa frase que ele me disse no início da nossa relação, depois de uma noite de Woody Allen e papo inteligente: — Vai ser muito difícil namorar outra mu-lher depois de você. Realmente a dra. Lúcia tem razão: não dê muito peso a certas frases. A maior parte das coisas só tem importância no momento em que são ditas. 15.05 Acho que este caso está mesmo com os dias contados. Fiquei muito mal o dia inteiro, já elaborando a perda. Estou pressentindo, pelo modo de R. se esquivar, que ele está a fim de cair fora. 17.05 — Que tal a gente terminar? — propus ontem durante o jantar. — Por quê? — R. perguntou suipreendido. — Está legal pra você? — Hoje está. — Eu não quero isso. Hoje. E amanhã? Eu não sou tão zen. Eu quero e preciso do sentimento de permanência! — Nada é permanente - ele respondeu. — A nossa amizade pode ser. E é isso que estou querendo salvar. — Tolice — ele falou. — Tolice é a gente continuar uma relação que não é nada. — Como não é nada? — ele perguntou. — E paixão? — Não — respondeu prontamente. — Acho que não. — Nem amizade mais. Então... — Você quer terminar? — E você também—eu disse com um suspiro. Liguei agora há pouco, e ele atendeu abatido. — Aliviado? — perguntei. Se sentiu ofendido. — Aliviado, não. Triste... Difícil entender esses caras. 29.05 Saímos ontem depois de um longo tempo sem nos vermos. — Ainda triste? - perguntei. — Não acreditou que fiquei triste

porque terminamos? — Não — respondi — por absoluta falta de antecedentes que me fizessem crer que você sentiria a minha falta. — Quer uma declaração de amor, é claro. Vocês são todas iguais. E reiterou que apesar de algumas frases que me disse, nunca esteve apaixonado por mim. — Nem eu por você. O que é paixão? Sinônimo de sofrimento. Paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. Lembra? Vontade de dizer: o que eu tinha com você no início era melhor que paixão. Era o que os franceses chamam de amitié amoureuse, uma rara camaradagem com direito a sexo. Vontade de dizer que durante algumas se-manas tive a sensação de que finalmente tinha encontrado o cara certo e junto havíamos chegado a isso que chamam de maturidade afetiva. Mas não disse. Apenas deixei meu olhar repousar na chama da vela que havia entre nós e fiquei em silêncio. Me ocorreu levantar e ir embora, com a majestade ofendida de uma drag queen. Pensei em dizer alguma coisa bem rude, ou bem dura, mas isso não teria impacto, sequer o da novidade. Um dia, na segunda semana do nosso caso, ele me disse que havia amores necessários e amores contingentes. O nosso era um amor necessário. — Já li essa frase em algum lugar — eu tinha respondido com alguma ironia, um pouco me defendendo do encantamento da declaração. — Eu estraguei tudo, não é? — pergun­ tei ontem me lembrando dessa e de outras lamentáveis observações. — Pensando bem, não havia muito o que estragar - disse ele um pouco se defen­ dendo da minha desolação. É. Parece que eu e ele fazíamos leituras muito diferentes da mesma relação. 01.06 Hoje de manhã, me olhando ao espelho, me senti velha e feia. The sparkle in my eyes was gone, como naquela música de Billie Holiday. Gostaria de recuperar isso que perdi. Se não com ele, com outro qualquer, pensei. Depois de um leve rubor pelo desavergonhado cinismo desse pensamento, olhei para mim no espelho e corajosamente me encarei: — E isso. Visão utilitária, por que não? Preciso arrumar um namorado. Antes da paixão os seus motivos, como estava escrito nas Novas Cartas Portuguesas.

MARIA ADELAIDE AMARAL é escritora e dram aturga

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DESENCONTRO FATAL SÉRGIO ARNO

senhor de seja b eber algum a c o is a e n q u a n to e s p e r a ? ” P e rg u n tin h a d ifíc il, e ssa . Q u e ria , sim . U m w h isk y d u p lo , quem sabe, dim in u iria um pouco a a n s ie d a d e . M as não p o d ia e s ta r a lte ra d o q u a n d o e la fin a lm e n te c h e g a s s e . R e s o lv e u e n tã o to m a r a p e n as um sim p le s, p e lo m en o s serv iria p ara a te n u a r a tensão do que p arecia ser o p rim e iro encontro, afin al não são todos que, ao chegar a um resta u ra n te, pedem um a m esa p ara dois no m elhor lu g ar e, ainda, para g elar um ch am p an h e francês. E n tre um gole e o utro olh av a im p a ­ cien te m e n te no relógio, e c o n se c u ti­ p ifo u , a m eia d e sfio u na h o ra de vam en te p ara a porta. A pós uns 15 sair, até tro car vai ser um a novela. m in u tos já estava a cendendo seu M as a essa altu ra o c h am p an h e já q u in to cig arro e na segunda dose, e s ta v a c o n g e la d o . Se e s p e ra r na lo g ic a m e n te que sem pre sim ples, m esa p ode ser que o tem p o ande a fin al seria um d e sastre co m p le to m ais ráp id o , ain d a m ais que era bem se e la c h e g a s s e e e le e s tiv e s s e c e n tra l e p o d ia v e r to d o s que lig e ira m en te alterad o . e n trav am e saíam do restau ran te. A H avia um grupo anim ado, que rec íp ro c a tam b ém era verd ad eira. d iscu tia em voz a lta a peça de teatro “ A cho q ue estão elo g ian d o m inha a que acabavam de assistir. g rav ata n o v a ” , pen so u . Q ue nada. U m casal ao seu lado, alheio a A té os g arço n s já se reuniam em tudo que aco n te c ia em volta deles. peq u en o s g ru p o s, en tre uns p rato s e E o utro hom em , sozinho... “não sou co p o s p ara co m e n ta r em tons de só eu, m eu D eus” que e v id e n te ­ so rriso , so b re o hom em so zin h o , m en te se e n c o n tra v a na m esm a a liás, no sé tim o w h isk y , sem p re p o sição. Pensou em se d irig ir a ele, sim p les. É claro que ele d e v eria b u s c a n d o ap o io pa ra a q u e la s i­ esta r to ta lm e n te só b rio na hora H. E tu ação que c o m eçav a a ser c o n ­ ela não ch eg av a. E sco lh eu a e n trad a stran g edora. N a certa o outro e n te n ­ — fo ie gras com cassis e p u rê de deria. M as nem houve tem po para feijão b ranco. E la que se d ane — isso. Q uando ia lev an tar-se, um a um a taça de c h am p an h e que m ais b ela loira, m as daquelas que sile n ­ p arecia um frozen m arg arita... “não cia m q u a se to d o o re s ta u ra n te , sabe o que e stá p erd en d o , tam bém ad entrou e livrou o c o m panheiro, ou q u e m m a n d o u a tra s a r 2 h o ra s ” . quase, d a quela solidão. D epois do foie, anim ado, foi logo N ovam ente olhou para o relógio: e n g atan d o o segundo p rato , um belo q uase um a hora de atraso. T udo salm ão g relh ad o sobre um leito de bem , acontece. O trâ n sito anda tão salad a de cam po, ao aro m a de v in a­ ruim , ou com c e rte za o se ca d o r

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danei ro/95

g re de fram boesa, lo g icam en te que este prato era p erfeito p ara aco m p an ­ h ar as últim as taças de cham panhe. U m a e q u a re n ta e c in c o da m anhã, o resta u ra n te q u ase vazio, ap en as dois casais se p rep aran d o p a ra p ro lo n g a r a n o ite em outro lu g ar, d o is g a rç o n s ao fu n d o ag u ard an d o a tão esp erad a h ora de fec h a r p ara po d erem ir ao S ujinho tra ç a r aq u ela p ican h a com salad a de rep o lh o . O italian o A m edeo M inghi já esta v a fic a n d o ro u co de tanto ca n ta r no a p arelh o de CD. E la deve ter errad o o cam inho, ou co n fu n d i­ do o resta u ra n te, afin al tem tantos com nom es p a recid o s. Isso p ara não fala r da “p eq u en a c o n ta ” que teria de pagar. “N a d a de g ra v e ” , c o m e n ta v a com o garço m en q u an to assin av a ou ten tav a assin a r o cheque. “Tenho c erteza de que errei de dia. N osso e n c o n tro d e v e ser a m an h ã, com c erteza v o lta rem o s.”

Sérgio Am o é restaurateur

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NOTAS Seminário discute as propostas culturais para a sociedade brasileira O recente Seminário Cultura e Desenvolvimento promovido pela atriz, empresária e ex-deputada Ruth Escobar foi organizado em quatro grupos de trabalho sobre Cultura e Educação; Cultura, Estado e Empresa Privada; Cultura e Ação Comunitária e Cultura e Mercado Internacional. Do futuro Ministro da Cultura, Francisco Weffort, aos militantes que pro­ movem ações comunitárias iso ­ ladas, todos contribuíram com su­ gestões para o desenvolvimento de planos para a cultura brasileira. Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc São Paulo, pela larga experiência conquistada ao longo de sua atuação na instituição, foi escolhido pela empresária para ser o mediador do debate Cultura e Ação Comunitária, onde enfati­ zou a importância desta forma de trabalho.

Sesc e Fundação Samuel se unem na campanha de prevenção à Aids O Sesc, integrado aos esforços da comunidade para sensibilizar, informar e difundir as graves pro­ porções sociais da epidemia da Aids, se uniu à Fundação Samuel, Ong brasileira, conhecida também por seu trabalho voltado para ações sociais, para concretização do Projeto Contato, do Sesc Carmo: uma campanha de impacto de sen­ sibilização sobre a Aids, a ser rea­ lizada durante a primeira quinzena de maio. Esta união tem por objeti­ vo uma série de intervenções na cidade, destinadas à adesão de ati­ tudes positivas, preventivas e desprovidas de preconceito com relação à Aids. Para plena realiza­

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Danilo Santos de M iranda (ao centro) no S em inário de Cultura e Desenvolvim ento

ção do projeto, as duas entidades contam com o envolvimento dos mais diversos segm entos da sociedade em forma de parceria ou de patrocínio.

As atividades culturais do Sesc em 1994 reuniram 395 mil pessoas 395 mil pessoas matricularam-se no Sesc em 1994. O Programa de Cultura, realizou 153 espetáculos de dança, 827 apresentações teatrais, 1.810 espetáculos musi­ cais, 1.449 sessões de cinema, 5.451 sessões de vídeo, 83 exposições de artes plásticas, 94 exposições temáticas e 6.366 cur­ sos, sem inários, encontros e palestras.

Programa de esportes somou 994 cursos e realizou 8.215 partidas O Programa de Esportes ofereceu 994 cursos de iniciação esportiva,

232 cursos de dança e organizou 270 campeonatos com 8215 par­ tidas realizadas. Os treinos e sessõ es inform ais de prática esportiva atingiram 84.739 pes­ soas. Na área de ginástica foram realizados 603 cursos e 1.044 aulas abertas.

Trabalho voltado para a terceira idade atingiu um público recorde no ano A s a tiv id a d e s se g m e n ta d a s, d irig id a s à T erceira Idade e às cria n ça s tam bém su rp reen d e­ ram em 9 4 . D iv id id o em 31 grupos no esta d o de S ão P au lo, o T rabalho S o c ia l com Id o so s a tin g iu , co m p rogram a s i s ­ tem á tic o , 1 7 .0 7 2 p e s so a s . O S e s c C urum im , em fu n c io n a ­ m ento em 11 u n id ad es, a ten ­ d eu d iá ria e re g u la rm en te 4 .4 7 0 crian ças. O C urum im — V iv a o V erd e, p rogram a de ed u ca çã o am b ien ta l em fu n ­ c io n a m e n to no S esc In te r la g o s , p resto u 3 5 8 .5 6 2 aten d im en to s. Janeiro/95


f t s

PASSE AS FÉRIAS NO SESC

Se você trabalha no comércio e vai passar suas férias em São Paulo, passe no Sesc. A partir deste mês está sendo implantado o programa PASSE-FÉRIAS, destinado a quem não vai sair da cidade, mas quer sair da rotina. Com seu cartão PASSE-FÉRIAS você pode passar um dia inteiro no SESC Interlagos e no SESC Itaquera, com toda a sua família. E pode voltar no dia seguinte e depois no outro, até começar nova­ mente a trabalhar. Porque o PASSE-FÉRIAS é assim: vale pelo período em que você estiver de férias no seu emprego, não importa em que época do ano. De quarta a domingo, inclusive feriados. E o que é mel­ hor: inteiramente grátis! Você não paga pelo cartão, nem paga para entrar. E sua empresa também não gasta um tostão para oferecer esse benefício a você. Informe-se. Se sua empresa ainda não recebeu a visita do SESC para implantar o programa, peça para que telefone agora mesmo.

INFORMAÇÕES NO SESC PARAÍSO, TELEFONES 885-0437 - 887-0016 - FAX 885-5854 - SAO PAULO


INTERLAGOSAv. Manuel Alves Soares, 1100 - Tel. 520-9911 IPIRANGA

Rua Bom Pastor, 822 - Tel. 273-1633

ITAQUERA

Av. Projetada, 1000 - Tel. 944-7272

ODONTOLOGIA PAULISTA PINHEIROS

Rua Florêncio de Abreu, 305 - Tel. 228-7633 Av. Paulista, 119 - Tel. 284-2111 Av. Rebouças, 2876 - Tel. 211-8474

POMPEIA

Rua Clélia, 93 - Tel. 864-8544

PARAÍSO

Rua Abílio Soares, 404 - Tel. 887-0016

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CINESESC

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CONSOLAÇAO TENISESC

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UNIDADES DO INTERIOR: BAURU - BERTIOGA - CAMPINAS - CATANDUVA - PIRACICABA - RIBEIRÃO PRETO - SANTOS - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SÃO CARLOS - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - TAUB ATÉ


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