Catálogo 2014 | Circos - Festival Internacional Sesc de Circo

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23 de maio a 1 de junho de 2014


C4962 Circos: Festival Internacional Sesc de Circo / SESC São Paulo, 144 p. – São Paulo : Sesc São Paulo, 2014. – 144 p. 2014 - . il.: fotografias. ISSN 2318-9940 23 de maio a 1 de junho de 2014 Inclui Glossário Circense 1. Circo. 2. Arte Circense. 3. Festival Internacional Sesc de Circo. 4. Catálogo. I. Subtítulo. II. Serviço Social do Comércio. III. SESC São Paulo.


AndrĂŠ Andrade



Com atuação em dimensão nacional, o Sesc foi criado em 1946 por iniciativa do empresariado do comércio e serviços, que o mantém e o administra e vem, ao longo de vários anos, reiterando seu compromisso com a promoção do bem-estar social e com a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores de sua categoria, de seus familiares, dependentes e da sociedade onde estão inseridos.

With nationwide action, Sesc was established in 1946 by initiative of the commerce and services business community that keeps and manages the institution and, throughout the years, it has been reaffirming its commitment to promote social wellbeing and improve the quality of life of commerce and services workers, their family members, dependents and the society where they live.

De forma associada, os programas desenvolvidos pelo Sesc em seus centros culturais, desportivos e de lazer estão orientados pela premissa da ação sociocultural, sendo reconhecido pela qualidade das atividades e serviços prestados ao público.

Likewise, the programs developed by Sesc in its cultural, sports and leisure centers are oriented by a sociocultural action premise, being recognized for the quality of the activities and services provided to the public.

Aliás, a força inspiradora da instituição encontra-se no público, tendo em vista seu constante aprimoramento, não se restringindo aos aspectos concretos da vida. Nesse processo, o Sesc se destaca pela perspectiva educativa com que concebe e realiza as suas ações. Por isso, reconhece a importância de espaços de interação social para a troca e o enriqueci­mento cultural.

As a matter of fact, the institution’s driving force lies in its audience, having in mind its constant improvement, not being restricted to material aspects of life. In that process, Sesc stands out for its educational perspective whereby it designs and implements its actions. Therefore, Sesc acknowledges the importance of social interaction spaces for cultural exchange and enrichment.

Assim, a segunda edição do Circos – Festival Internacional Sesc de Circo apresenta esta manifestação artística tanto em relação ao que suscita no imaginário das pessoas como pelo vigor com que artistas e companhias vivem os bastidores e a cena circenses. Com essa iniciativa, o Sesc demonstra seu envolvimento em relação à importância do circo, que surpreende ao ser visto sob diversos ângulos e contribui para ampliar a compreensão da nossa sociedade, por meio de um processo de apren­ dizagem múltipla, do exercício de autonomia e do autorreconhecimento.

Therefore, the second edition of Circos – Sesc International Circus Festival presents this artistic expression both in relation to what it causes in the imaginary of people and for the vigor experienced by circus artists and companies in the backstage and onstage. With this initiative, Sesc shows its involvement in relation to the importance of the circus when seen from several perspectives and contributes to expand the understanding of our society, through a multiple learning process, by exercising autonomy and self-recognition.

Abram Szajman

Abram Szajman

Presidente do Conselho Regional do Sesc no Estado de São Paulo

President of Sesc Regional Council of São Paulo


“Quando chegou a hora do espetáculo e explodiram diante de mim as cornetas, as luzes, os aplausos, o rufar dos tambores, a gritaria estridente dos palhaços, sua irracionalidade desengonçada, bufa, era como se eu fosse desejado, como se me esperassem... Eu voltava todo dia ao circo, no tempo em que permaneceu armado perto de casa, assistindo aos ensaios e espetáculos.” Fellini Entrevista sobre Cinema. Grazzini. Civilização Brasileira, 1983

A arte circense encerra uma das inúmeras possi­ bilidades de o homem se expressar na sociedade e, com isso, lidar com as suas subjetividades. Mas há alguns elementos que lhe são peculiares, tal como a itinerância. Ao mesmo tempo, o campo polissêmico que percorre tal identificação é flexível a várias compreensões, já que o deslocamento prevê, quase sempre, de forma ambivalente, um movimento entre aproximação e distanciamento e, com isso, a transposição de fronteiras. No circo, essa transitoriedade parece ser uma constante: tanto não se fixa a territórios físicos como percorre lugares do imaginário que possibilitam se deparar com a multiplicidade de aspectos que constitui a própria natureza humana. Solo pleno de invenções e surpresas que aproxima artistas e público há, no entanto, algo ainda pouco evidente, mas que pode chamar a atenção do espectador para o que é anterior ao espetáculo e, ao mesmo tempo, o constitui. Trata-se daquele território permeável às relações entre erros e acertos, entre o circo imaginado pelas pessoas e o circo real feito por pessoas, e construído pela via do constante aprendizado com base em esforços contínuos. O circo, assim, se revela portador

de possibilidades humanas. Por extensão, tal como um espelhamento da sociedade, ali se manifestam as diferenças e as diversidades remetendo à importância do teor inclusivo como uma premissa para a construção de um projeto pleno em sua autonomia. É sob essa perspectiva que o Sesc realiza a segunda edição do Circos – Festival Internacional Sesc de Circo, tendo em vista a importância da difusão e da produção nacional e internacional, a construção de um pensamento e dos processos de reflexão e aprendizagem próprios ao circo. Dessa forma, a instituição reitera seu compromisso com a difusão da arte, ao ampliar a compreensão acerca das expressões e dos fazeres circenses. Em relação ao público, assim como a experiência de Fellini, busca-se compartilhar as imponderáveis conexões do circo com o mundo. Que este catálogo sirva de inspiração para rememorar e inspirar futuras aproximações!

Danilo Santos de Miranda Diretor Regional do Sesc SP


“When show time came, and the horns, lights, applause, drums, the shrill screams of clowns, their gangling and buffoon irrationality exploded before the show, it was as if I were desired, as if they were expecting me... I returned to the circus every day, for the whole period when it was set near my home, watching rehearsals and shows.” Fellini Interview on Cinema. Grazzini. Civilização Brasileira, 1983

Circus art contains one of the several possibilities for mankind expression in society and, therefore, to dealing with their subjectivities. However, some elements are peculiar to circus, such as itinerancy. At the same time, the multi-meaning field that permeates such identification is flexible to several interpretations, because displacement almost always leads, in an ambivalent manner, to a movement between approximation and distancing and, therefore, to the crossing of borders. In circus, such transience seems to be a constant factor: circus does not settle in physical territories but travels through places of the imaginary which enable the audience to perceive the multiplicity of aspects that constitute the very human nature. Being a rich ground with inventions and surprises that brings closer artists and audiences, there is however something still not actually evident, but that can draw viewer attention for what precedes and simultaneously constitutes the show. This territory is permeable to relations between right and wrong, between circus imagined by people and the real circus made by people and built by constant learning based on continuous efforts. Therefore, circus is an expression of

human possibilities. By extension, as a mirror of society, circus expresses differences and diversities reminding the importance of an inclusive nature as a premise for the construction of a project that is totally autonomous. It is under that perspective that Sesc is presenting the second edition of Circos – Sesc International Circus Festival, having in mind the importance of national and international circus art dissemination and production, the construction of thinking and reflection as well as learning processes that are characteristic of the circus. Thus, the institution reaffirms its commitment to disseminate art by expanding the understanding about circus expressions and achievements. In relation to the audience, similarly to Fellini’s experience, one seeks to share the imponderable connections between circus and the world. May this catalog serve as inspiration to remind and motivate future approximations! Danilo Santos de Miranda Regional Director of Sesc SP


Pode-se falar em identidade circense como algo que se constitui a partir de um aprendizado ligado ao deslocamento, à itinerância? Decerto esse constante percorrer não se fixa apenas a territórios físicos, mas transita por lugares do imaginário que possibilitam se deparar com a multiplicidade de aspectos que constituem esse fazer artístico. Decerto o também que o ser humano carrega em si aspectos dessa identidade.

Is it possible to think about circus identity as something that is set up based on learning connected to shifting, itinerancy? This constant travelling is certainly not fixed to physical territories only, but wanders through places of the imaginary that make it possible to face multiple aspects which constitute the artistic feat. It is also certain that human beings carry in themselves some aspects of that identity.

Sob essa perspectiva, o Sesc convida o público a usufruir da programação Circos – Festival Internacional Sesc de Circo, que surgiu para conso­ lidar a linguagem na instituição, tendo em vista a importância da difusão e da produção nacional e internacional, além da construção do pensa­ mento a respeito do circo no país e os processos de aprendizagem e reflexão que daí decorrem.

From such perspective, Sesc invites the general public to enjoy Circos – Sesc International Circus Festival that emerged to consolidate circus language at the institution, having in mind the importance of the difusion of national and international circus production, in addition to constructing insights about circus in Brazil as well as learning and reflection processes resulting from such reflection.

Se em 2013 o evento abordou as construções narrativas da linguagem, em 2014 o Circos apre­ senta o conceito curatorial da [des]virtuose, ao propor uma reflexão acerca das possibilidades da arte circense e revelar os bastidores e o cotidiano fora do picadeiro, tendo como suporte a presença iminente do risco. Sob essa perspectiva, o artista é guiado por uma concepção fluida da noção de erro, que aponta para descobertas, mas também faz irromper um campo pleno de incertezas.

Whereas in 2013 the event addressed narrative language construction, in 2014 Circos presents the curatorial concept of [de]virtuosity, when proposing a reflection about the possibilities of circus art and revealing the backstage and daily life of artists outside the circus arena, supported on the imminent presence of risk. From that perspective, the artist is guided by a fluid conception of the notion of error that points to discoveries, but also leads to a field pervaded with uncertainties.

Esta segunda edição do Circos ocupa, no período de 23 de maio a 1 de junho de 2014, 13 unidades do Sesc em São Paulo, reunindo 23 espetáculos, dos quais 8 internacionais e 15 nacionais, entre estreias e espetáculos inéditos, intervenções artísticas, exposição, workshop, encontro e debates, além de exibições de documentário.

In the period from May 23 to June 1, 2014, the second Circos edition will occupy 13 Sesc Units in São Paulo, gathering 23 shows, 8 of them being international and 15 national, including premieres and original shows, artistic interventions, exhibits, workshops, meetings and debates, in addition to documentary shows.

Como espaço privilegiado de fruição artístico-cultural, permeado de reflexão e ação socioeducativas, o Sesc, por meio do festival, reitera seu compromisso com a cons­trução de espaços culturais de caráter múltiplo e diverso.

As a privileged space for artistic-cultural enjoyment, permeated with socio-educative reflection and action, Sesc reaffirms, through the Circus Festival, its commitment to the construction of cultural spaces of a multiple and diversified nature.

Sesc

Sesc



012 [DES] virtuose

Desconstrução e ampliação do que é considerado perfeição e virtuosismo no circo contemporâneo

[DE] VIRTUOSITY

Deconstruction and amplification of what is considered to be perfection and virtuosismo in contemporary circus

028 belonging

Uma jornada sobre o pertencer

BELONGING A journey Jenny Sealey

Rob Tannion

016 A CABEÇA DE YORICK Yorick’s head Hugo Possolo

022 Notas sobre o risco no circo Notes on risk in circus Marina Guzzo

030 ESpetáculos Spectacles

078 Intervenções ARTISTIC INTERVENTIONS


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EXPOSição EXHIBITION

Workshops e debates Workshops and debates

PROGRAMAçÃO Schedule

GLOSSÁRIO CIRCENSE CIRCUS GLOSSARY

CONTATOS Contacts

UNIDADES UNITS


Desconstrução e ampliação do que é considerado perfeição e virtuosismo no circo contemporâneo

Deconstruction and amplification of what is considered to be perfection and virtuosity in contemporary circus

Seres humanos são, por definição, inerentemente imperfeitos. E é essa imperfeição propriamente dita que nos torna lindamente únicos.

Human beings are by default, inherently imperfect. And it is this very imperfection, which makes us beautifully unique.

Em sua essência purista, o circo trabalha e lida tradicionalmente com a perfeição, o risco controlado e o virtuosismo técnico como elementos básicos do entretenimento. O “impossível” se torna possível por pessoas comuns que fazem o “extraordinário” acontecer. É isso que faz o circo “circo” para mim, e é algo que abraço com força quando crio um novo espetáculo.

In its purist essence, circus has traditionally worked with and used perfection, controlled risk and technical virtuosity as core elements for entertainment. The “impossible” is made possible by ordinary people making the “extraordinary” happen. This is what makes circus “circus” for me, and is something that I strongly embrace when devising a new show.

No entanto, como diretor, estou interessado em destacar as muitas complexidades da condição humana – nossas imperfeições físicas, emocio­ nais e sociais, nossas falhas e vulnerabilidades – que con­trastam nitidamente com nosso desejo infinito de adquirir os conceitos elusivos de normalidade, sucesso e perfeição. O circo contemporâneo está explodindo em esca­la global e todos procuram novas formas de desen­volver novas técnicas e aparelhos, histórias e per­sonagens. Tudo parece válido e aberto à exploração, e meu circo novo deseja se envolver com a plateia atual em níveis mais modernos que vão além do mero virtuosismo. 12

However as a director, I am interested in highlighting the very many complexities of the human condition our physical, emotional and social imperfections, our failures and our vulnerabilities - starkly contrasted against our endless desire to acquire the elusive concepts of normality, success and perfection. Contemporary circus is exploding on a global level and everyone is looking for new ways of developing new techniques and apparatus, story and character. Everything seems valid and open for exploration, and my new circus wants to engage with its existing audience on newer levels beyond just virtuosity. Yes they want to entertain, but there is also a desire to either reflect or offer an alternative to contemporary


[De] Virtuosity

Sim, quer divertir, mas existe também o desejo de re­fletir ou oferecer uma alternativa às questões contemporâneas - sociais, políticas e pessoais. Há vários estilos e movimentos emergindo no circo contemporâneo... da suspensão poética e onírica da realidade ao trabalho narrativo baseado em temas mais áridos e ao trabalho não narrativo de pura técnica sem o brilho. Todos eles válidos e praticáveis, assim como o gênero muito respeitável do circo tradicional. Não importa quão surpreendente, impressionante e agradável o virtuosismo técnico ou a perfeição física possa ser, há ocasiões em que parece excessivo, vazio e sem emoção. Nós, no papel da plateia “comum”, podemos ficar entusiasmados, abismados, inspirados e surpreendidos, mas raramente nos conectamos de forma emocional com o artista, nem remotamente nos conscientizamos da real dificuldade que a técnica exige para parecer impecável ou, de fato, fácil demais. Mas, no momento em que alguém realmente parece cair ou falhar no palco e procura ter êxito em uma segunda tentativa... então de imediato nos sentimos emocionalmente envolvidos. Se o circo contemporâneo quiser verdadeiramente se conectar mais profundamente ou explorar os receios e desejos universais inerentes à maioria das pessoas, inclusive o risco, fracasso, fragilidade e imperfeição, desejo, esperança, aceitação, então devem ser dados os primeiros passos para reavaliar como usamos e apresentamos a técnica, virtuosismo e perfeição no palco. Porém, não podemos simplesmente jogar fora o virtuosismo técnico e substituí-lo pela falha, pois sem ele perdemos a própria essência do circo.

issues - social, political and personal. There are various styles and movements of contemporary circus emerging.... from the poetic and dreamlike suspension of reality, to the grittier theme based narrative works, to the pure technique non-narrative works without the glitter. All of which are valid and have a place, as still does the very respectable genre traditional circus. However amazing, impressive and entertaining technical virtuosity or physical perfection may be, there are times when it feels excessive, vacuous, and un-emotive. We as the “ordinary” audience, can be thrilled, wowed, inspired and amazed, but rarely are we emotionally connected to the artist, nor remotely aware of the real difficulty of what the technique requires if it appears flawless or indeed too easy. But, the moment somebody really appears to fall or fail onstage, and attempts to succeed a second time.... then we are immediately emotionally engaged. If contemporary circus wants to seriously connect beyond to or explore universal fears and desires inherent to most people, including risk, failure, fragility and imperfection, desire, hope, acceptance, then the first steps must be taken in re-evaluating how we use and present technique, virtuosity and perfection onstage. Yet we cannot just simply throw away technical virtuosity and replace it with failure, as without it we will loose the very essence of what is circus. Instead we need to be able to harness circus technique as a common language of the genre, and begin to rethink how we can deconstruct it, reshape it, give it different values so that contemporary circus continues to develop. 13


Ao contrário, precisamos ser capazes de reforçar a técnica circense como linguagem comum do gênero e começar a repensar como poderemos desconstruí-la, reformulá-la e atribuir a ela valores diferentes para que o circo contemporâneo continue a evoluir. Toda técnica circense possui um conjunto oculto de regras e convenções associado a cada disciplina ou aparelho. É importante começar a explorar e reavaliar essa área muitas vezes ignorada, na medida em que oferece uma fonte inesgotável de novas ideias. Por exemplo, o mastro chinês é convencionalmente preso ao piso, mas durante o espetáculo atual da Organización Efímera, “Fecha de Caducidad” (“Data de Validade”, em português), optamos por fixar o mastro chinês no topo de uma mesa reforçada. A mesa nos permite usar um novo espaço abaixo do mastro, que normalmente não existiria, pro­piciando assim tanto ao artista como à plateia uma nova perspectiva e experiência do mesmo aparelho e técnica. A maneira que escolhemos desconstruir e apre­ sentar a técnica no palco reflete a escolha daquilo que desejamos dizer e como desejamos dizer visualmente. Um homem de terno realizando uma série contínua de saltos para trás no mesmo lugar até finalmente falhar poderia ser a representação da vida com uma rotina de trabalho desagradável. Ou talvez o uso do movimento em câmera lenta para acentuar o momento entre uma pergunta que está sendo feita e a resposta que é dada nos propicia o espaço para abstrair e enfatizar o conflito emocional da personagem. Como criadores temos a capacidade de usar a fisicali­ dade e a técnica sob uma luz mais informada. Graças à minha formação na dança e no teatro físico, minhas obras tendem a abordar o circo em combinação com conceitos comumente usados nesses dois gêneros, tais como gerar material a partir de exercícios com tarefas predeterminadas, trabalhar com personagem e intenção, expor o fracasso, enfatizar o risco, a abstração do tempo, o uso do subtexto físico, a evolução da cenografia, o uso da música como subtexto emocional ao uso de elementos coreográficos como, por exemplo, ritmo, dinâmica, forma e restrição. 14

Every circus technique has an unspoken set of rules or conventions associated with each discipline or apparatus. It is important that we begin to explore and re-evaluate this often-overlooked area, as it offers an endless pool of new ideas. For example, a Chinese pole is conventionally anchored to the floor, yet during the current show of Organización Efímera, “Fecha de Caducidad”, we chose to use the Chinese pole fixed on top of a reinforced table. The table allows us to use a new space below the pole, which normally would not exist, thus offering both artist and audience a new perspective and experience of the same apparatus and technique. The way we choose to deconstruct and present technique onstage, thus becomes a choice of what we want to say, and how we want to say it visually. A man in a business suit performing continuos series of back somersaults on the spot until he finally fails could be representative of a life of an unappreciated work routine. Or perhaps using slow motion to heighten the moment between a question being asked and the answer being given, allows us the space to abstract and heighten the emotional conflict of the character. As creators we have the capacity to use physicality and technique in a more informed light. Due to a background in dance and physical theatre, my works tend to approach circus combined with concepts commonly used in both of these genres, such as generating material from task devised exercises, working with character and intention, exposing failure, heightening risk, the abstraction of time, the use of physical subtext, the evolution of scenography, the use of music as emotional subtext to the use of choreographic elements such as rhythm, dynamics, form and restriction. During a creation or workshop, I share many of these creative devising tools as well as some unconventional ways of approaching, deconstructing and highlighting the use of circus technique to create content with impact and meaning, and I offer some samples of my methodology below.


Durante um processo de criação ou workshop, com­ partilho muitas dessas ferramentas de elaboração criativa, assim como algumas formas não convencionais de abordar, desconstruir e destacar o uso da técnica cir­ cense para criar conteúdo com impacto e significado, e ofereço algumas amostras de minha metodo­lo­gia a seguir. O uso de restrições físicas é uma das mais importantes ferramentas de criação a que recorro. Dependendo do que desejo expressar, procuro desenvolver tarefas que contenham restrições físicas ou espaciais. Isso permite ao artista se concentrar na solução de um novo problema, em vez de fazer as mesmas escolhas informadas. Permite que avancemos além de blocos criados a partir de decisões puramente técnicas e proporciona ao artista meios de criar material novo. O uso de cenografia funcional ou desenho transformativo está se tornando cada vez mais recorrente no circo. Em “Fecha de Caducidad”, construímos uma parede de 4 x 4 m para acompanhar os elementos circenses. É um meio eficiente para transformar o espaço ceno­ gráfico durante o espetáculo, criando locais distintos, assim como uma metáfora visual para reforçar ideias relacionadas com barreiras físicas e sociais, isola­ mento e solidão. Também serve como metáfora física de algo sólido que acabará por ruir, atingindo sua data de validade. Em conclusão, este artigo é apenas um lampejo de meus pensamentos sobre como o circo con­ temporâneo tende à desconstrução tanto do virtuo­ sismo como da perfeição da técnica e aparelhos circenses pré-existentes. O circo contemporâneo pode efetivamente abordar questões da vida real, tais como pobreza, desigualdade social ou temas como divórcio ou violência doméstica, imigração ou morte, e ainda ser emocionante e divertido para as massas?

The use of physical restrictions is one of the most important creative tools I use. Depending upon what I want to say, I look to develop tasks with contain either spatial and or physical restrictions. This allows the artist concentrate on solving a new problem, rather than making the same informed choices. It allows us to push past blocks created from pure technical decisions and allows artist means to create new material. The use of functional scenography or transformative design is becoming increasingly used in circus. In “Fecha de Caducidad”, we built a 4 x 4 m wall to accompany the circus elements. It serves as an efficient mean to transform the scenographic space during the show, creating distinct locations as well as being a visual metaphor to reinforce ideas regarding physical and social barriers, isolation and loneliness. It also acts as a physical metaphor for something solid which would eventually fall apart, reaching its expiry date. In conclusion, this article is just a small snapshot of my thoughts on how contemporary circus is trending towards the deconstruction of both virtuosity and perfection of pre existing circus technique and apparatus. Can contemporary circus really address real life concerns such as poverty, social inequality or themes such as divorce or domestic violence, immigration or death, and still be thrilling and entertaining to the masses? I believe that it has already begun. Beautifully imperfect circus is coming to town. Rob Tannion Artistic director of Organización Efímera

Acho que esse processo já começou. O circo lindamente imperfeito vem aí. Rob Tannion Diretor artístico da Organización Efímera

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Yorick’s head

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A imagem de Hamlet ostentando uma caveira talvez seja a mais simbólica da tragédia. O curioso e divertido, especialmente para um palhaço, é que a imagem traz a comédia dentro de si, na cabeça de Yorick, a caveira, em que morte e riso estão associados. E isso não é pouco.

Hamlet’s image holding a skull is probably the most symbolic image of tragedy. The curious and funny thing, especially for a clown, is that the image brings comedy in itself, in Yorick’s head, the skull, in which death and laughter are combined. And this is not insignificant.

Pobre Yorick, tinha língua e não apenas o sorriso que o morto em cena nos revela. Ainda vivo, carregou o menino Hamlet em suas costas e mal sabia no que aquela brincadeira iria dar. O bobo da corte, o palhaço a serviço do rei, até depois de morto se tornaria poesia nas palavras do príncipe no auge de sua loucura.

Poor Yorick, he had a tongue and not only the smile that the dead man onstage tells us. When alive, he carried Hamlet boy on his back and barely knew what that prank would become. Even after death, the court jester, the clown at the king’s service, would become poetry in the words of the prince in the heights of his madness.

Para ser um palhaço hoje os dilemas não chegam a ser hamletianos, com dúvidas insolúveis, porém certas perguntas devem nos invadir com maior frequência: qual a função social do nosso ofício? Como agir diante dos constantes processos de transformação de nossa expressão? Qual a visão estética que o riso oferece na construção de valores simbólicos?

Today, to be a clown, the dilemmas are not exactly like Hamlet’s, with insolvable doubts; however, certain questions must invade us more often: what is the social function of our craft? How should we act facing the constant transformation processes of our expression? What is the esthetic vision that laughter provides in the construction of symbolic values?

Se Hamlet observa na caveira toda perspectiva do que foi a vida de seu palhaço da infância e assim compreende a dimensão de sua própria existência, o mundo contemporâneo nem sempre oferece condições de refletirmos o sentido de um ofício tão antigo quanto disposto a divertir o público. Por isso, recorrer ao clássico – no sentido mais estrito do termo – permite que coloquemos a origem do arquétipo do palhaço em embate, diante de sua forma mais conhecida e popular, para fazer uma análise que contextualize melhor seu sentido contemporâneo.

If Hamlet observes in the skull the whole perspective of what was the life of his childhood clown and thus understands the dimension of his own existence, the contemporary world not always provides us with conditions to reflect the sense of an ancient craft willing to amuse the audience. Therefore, resorting to the classic theater – in its strictest sense – leads us to question the origin of the clown archetype, in view of its best known and popular form, to perform an analysis that best contextualizes its contemporary sense.

O palhaço clássico, forjado entre os saltimbancos da Idade Média e os brincantes da corte do Renas­ cimento, até sua forma adotada historicamente a partir de Joseph Grimaldi, conhecido como pai dos palhaços modernos, tem como fator inaugural

The classic clown, created by Middle Ages acrobats and the Renaissance court jesters (“brincantes”), up to its historically adopted form starting with Joseph Grimaldi, known as the forefather of modern clowns, has as its inaugural factor the parody of

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a paródia da demonstração de habilidades que caracteriza todas as modalidades circenses.

skill demonstration that characterizes all circus art modalities.

Como um grande contraponto, o palhaço é o único dentro do espetáculo a não desafiar a natureza e, ao contrário, é aquele que a ela sucumbe. Enquanto os acrobatas, equilibristas e trapezistas desafiam a lei da gravidade, enquanto domadores desafiam feras selvagens, o palhaço parodia essas situações, imitando o artista habilidoso, gerando riso ao zombar do medo e das limitações humanas de superação. Sua metáfora é feita ao avesso, levando o espectador a se aceitar como parte da natureza, provocando-o a redescobrir sua própria natureza humana, em geral, escondida sob alguma racionalidade, que o afasta da compreensão do medo, da morte e do prazer.

As a major counterpoint, the clown is the only one in the show who does not challenge nature; on the contrary, he is the one that succumbs to nature. Whereas the acrobats, jugglers and trapeze artists defy the law of gravity and tamers challenge wild beasts, the clown parodies those situations, imitating the skillful artist, causing laughter when mocking fear and human limitations to overcome human condition. The clown’s metaphor is taken inside out, leading the viewer to accept himself as part of nature, provoking him to rediscover his own human nature, often hidden under some type of rationality that drives him away from understanding fear, death, and pleasure.

A poética da palhaçaria e da bufonaria, a primeira partindo da anima alegre do arquétipo e a segunda de sua dor diante do mundo, nasce desses temas muito profundos – medo, morte e prazer – tratando-os pelo ambiente do grotesco. Sua origem expressiva é muito palpável e sua continuidade histórica busca, desde os primórdios, ir além da paródia para alcançar a potência crítica da sátira. A temática dos números de palhaços, somente mais tarde, após a Revolução Industrial, é que se debruçou sobre situações cotidianas, que criam uma identificação diferente no espectador. Deixa de lado a imitação do artista circense, do homem que busca superar seus limites, e passa a abordar o homem comum, revelando também suas incapacidades. É na falta de habilidade, no fracasso humano, que o arquétipo tem sua maior força, especialmente quanto trata da vida comezinha. Recentes tendências circenses, na busca por uma dramaturgia, avaliam se devem ou não destacar a virtuose nas demonstrações de habilidade. Muitas vezes isso se confunde com a não necessidade 18

The poetry of clownery and buffoonery, the first coming from the joyful anima of the archetype and the second from pain towards the world, derives from those very deep themes – fear, death, and pleasure – handling them through a grotesque setting. Its expressive origin is very concrete and its historic continuity seeks, from the beginnings, to go beyond parody to achieve the critical power of the satire. Only later, after the Industrial Revolution, would the theme of clown acts, handled daily situations that create a different identification in the viewer. It leaves aside the imitation of a circus artist, an individual who seeks to overcome limits, and star ts addressing the common man, also revealing his inabilities. It is in the lack of skills and in human failure that the archetype has its greatest strength, especially in regard to ordinary life. Recent circus trends, in search of a dramaturgy, wonder whether circus should highlight virtuosity in


dessa virtuose ou com um simples pretexto temático para encenação de números. Essas duas formalidades retiram a potência da arte: uma, por tornar desnecessária a busca pelo aprimoramento técnico que sempre encantou o público e assim o decepcionando; e a outra, por supor, subestimando a inteligência do público, que qualquer argumento justifica um número circense.

skill demonstrations or not. This is often confused with no need for virtuosity or with a simple thematic pretext for the staging of acts. Those two formalities withdraw power from art: first, for turning unnecessary the search for technical improvement that has always charmed the audience and therefore disappointing it; and second, for assuming, underestimating the intelligence of the audience, that any argument justifies a circus act.

O palhaço, no que é relativo a essa tendência atual, talvez uma moda, tenta reafirmar sua expressão buscando metáforas que não per­ meiam a essência do arquétipo, tentando lhe imputar uma poética que não lhe pertence, como se a graça não lhe bastasse. Uma variante deformada surge como um apêndice intelectualizado, formal, que sufoca o humor, favorecendo uma noção nostálgica e pretensamente lírica do palhaço.

In regard to this current trend – maybe a fashion – the clown seeks to reaffirm his expression pursuing metaphors that do not permeate the archetype essence, trying to impute a poetry that does not belong to him, as if humor were not enough. A deformed variant emerges as an intellectualized and formal appendix that suffocates humor, favoring a nostalgic and allegedly lyric notion of clown.

Muitas vezes aquilo que se anuncia como inovação, na verdade, é uma visão conservadora e moralista do arquétipo, que não aceita sua origem e esvazia sua temática primordial. Sobretudo, se apoia em formalidades cênicas ao invés de mergulhar nos assuntos mais caros para a humanidade.

Things that are announced as innovation are often a conser vative and moralistic vision of the archetype that does not accept its origin and empties its primordial theme. Moreover, it is supported on performance formalities instead of diving into matters that are dearer to mankind.

É preciso alertar que, quando se busca impor regras à arte, está se traindo a própria arte. Uma forte contradição, já que a arte vive de seu potencial libertador, intrinsicamente contrário a regras.

It should be alerted that when one seeks to impose rules on art one is betraying art itself. A strong contradiction, considering that art survives from its liberating potential, intrinsically contrary to rules.

E é recorrente na História que o moralismo procure se apropriar das formas expressivas para tentar moldá-las. Sem autocrítica, muitos artistas, para serem aceitos socialmente, cedem aos apelos do pensamento hegemônico e submetem sua arte aos ditames do senso comum. Hoje, a subserviência está contida naqueles que querem fazer humor “politicamente correto”, esse eufemismo de conservadorismo burguês, que visa um mundo idealizado e recusa uma visão sobre a vida real.

And it is recurrent in history that moralism seeks to take hold of expressive forms to try and shape them. Without self-criticism and to be socially accepted, many artists give in to the appeals of hegemonic thinking and subject their art to the precepts of common sense. Today, subservience is contained in those who want to make “politically correct” humor, a euphemism of bourgeois conservatism that targets an idealized world and refutes a real life vision. 19


É preciso reafirmar que a expressão da palhaçaria se dá menos por meio de metáforas e mais pela utilização da hipérbole. A mudança de dimensões é uma figura de linguagem que desconstrói os hábitos mais simples com imensa intensidade. Os objetos perdem sua função utilitária e ganham poesia. Uma cadeira muito pequena, ou muito grande, retira do espectador o conforto de entender que os objetos estejam sempre a serviço do homem. Essa desconstrução, feito lente de aumento, distorce o mundo, abrindo espaço para favorecer o olhar crítico do público. O riso é, em si, destruidor. Derruba ícones sem a preocupação moral de construí-los novamente. E os palhaços estão sempre imbuídos da tarefa de destruir o que é mais concreto e objetivo. Muitas vezes, o pragmatismo desse humor se confunde com a falta de abstração. Ou seja, ao provocar o riso a partir de situações muito palpáveis sugere, dentro das visões mais superficiais, que não tenha profundidade nem poesia. Os coveiros, antes da chegada de Hamlet para o enterro de Ofélia, versam comicamente sobre o que significa se matar ou se deixar morrer. Muitos acreditam que essa cena é um enxerto, apenas para dar alívio cômico antes do ápice catártico da tragédia. Defendo que não. A cena é mais importante, não por ser cômica, mas porque instaura, muito além das dúvidas individuais do príncipe da Dinamarca, um embate sobre o poder. Ao discutir sobre o afogamento ou suicídio da mulher que desposaria o príncipe, Shakespeare abre as portas para discutir como a arte lida com o poder, no sentido amplo de que aquilo que nos determina são as escolhas que fazemos. Um entendimento clássico da humanidade, que fundamenta o que é a estética até hoje. Estética é o resultado de escolhas diante de um determinado momento histórico. 20

It should be stated that the clownery expression occurs less through metaphors and more through hyperbole. Size change is a figure of speech that deconstructs the simplest habits with substantial intensity. Objects lose their utility function and gain poetry. A very small or very big chair, removes from the viewer the comfort of understanding that objects are always at man’s service. Such deconstruction, like a magnifying glass, distorts the world, opening space to favor the audience’s critical eye. Laughter is, in itself, a destructor. It knocks down icons without any moral concern of building them again. And clowns are always imbued with the task of destroying what is more concrete and objective. The pragmatism of such humor is often confounded with lack of abstraction. In other words, when causing laughter by very concrete situations, it suggests, within more superficial visions, that it is not deep or poetic. Before Hamlet arrived for Ophelia’s burial, the gravediggers talked comically about what it means to kill or to be killed. Many believe that this scene is an excerpt, only to give a comic relief before the tragedy’s cathartic climax. I defend the opposite. The scene is more important, not for being comic, but because it establishes, well beyond the personal doubts of the Danish Prince, a debate about power. When discussing the drowning or suicide of the woman who would marry the prince, Shakespeare opens doors to discuss how art deals with power, in the broad sense that what determines us are the choices we make. A classical understanding of mankind that underlies our understanding of esthetics until our days. Esthetics is the result of choices in view of a certain historic moment. Being a clown in a globalized world is not as simple as it seems. Making people laugh about the archetype’s


Ser palhaço em um mundo globalizado não é uma tarefa tão simples quanto parece. Fazer rir da ingenuidade do arquétipo pode sugerir que a arte da palhaçaria não se relaciona com a complexidade do mundo atual, tanto quanto buscar um sentido paralelo à essência do palhaço pode afastá-lo de sua poética mais profunda. Palhaços contemporâneos somos os coveiros que oferecemos a cabeça de Yorick para que o mundo reveja o sentido de suas vidas.

naïveté may suggest that the art of clownery is not related with the complexity of the present world, as much as pursuing a parallel sense for the essence of clown may drive him away from his deeper poetry. We are the contemporary clowns, the gravediggers who offer Yorick’s head for the world to reflect on the meaning of their lives. Hugo Possolo Clown of Parlapatões company

Hugo Possolo Palhaço do grupo Parlapatões

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I. Pensar o risco é geralmente pensar o movimento. Movimento caracterizado como ação de qualquer tipo, envolvendo escolhas que possam gerar consequências para o indivíduo que as faz. O risco existe sob a pressão das circunstâncias, na luta pela vida, ambicionando maior duração de qualquer uma das fontes de prazer: do tempo, da adrenalina, da queda, da vertigem, do lucro. O maior sucesso está sempre colado ao maior risco: quanto maior a manobra, o movimento, maior o risco.

I. Thinking about risk is usually thinking about movement. Movement characterized as action of any type, involving choices that may lead to consequences for the individual who makes them. Risk exists under the pressure of the circumstances, in the struggle for life, ambitioning a longer duration of any source of pleasure: time, adrenalin, fall, vertigo, profit. The best success is always combined with the greatest risk: the greater the maneuver, the movement, the greater the risk.

A vertigem que nos atrai para o perigo, para o nada, para a morte, para a novidade pressupõe um corpo que caminha, que se move. O movimento sugere o contrário da fixidez, que seria prontamente traduzida por aquilo que não muda. Não é necessariamente verdadeira essa oposição.

The vertigo that attracts us to danger, to nothingness, to death, to novelty presupposes a body that walks, that moves. Movement suggests the contrary of fixedness that would be promptly translated into things that do not change. This opposition is not necessarily true.

A fixidez é sempre momentânea. “É um equilíbrio, ao mesmo tempo precário e perfeito” (Paz, 1988).

Fixedness is always momentary. “It is a balance, simultaneously precarious and perfect.” (Paz, 1988)

1 Notas escritas a partir da pesquisa original realizada em 2004 para realização de mestrado no Programa de PósGraduação em Psicologia Social da PUC-SP

1 Notes written based on the original survey conducted in 2004 to obtain a Master’s degree in the Social Psychology Graduate Program, PUC-SP

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Notes on risk in circus1

1

Basta uma pequena mudança para que se desencadeie uma série de metamorfoses. Cada metamorfose, por sua vez, é um momento de fixidez, no qual ocorre outra alteração no equilíbrio antes proposto.

You simply need a small change to trigger a number of metamorphoses. Each metamorphosis, in turn, is a moment of fixedness, when another change occurs in the previously proposed balance.

O risco também é uma alteração de equilíbrio. O risco sugere uma lacuna entre a fixidez do cotidiano e a possibilidade de transformação de uma situação, para melhor ou para pior. Existe sim a possibilidade da positividade do risco, um exemplo disso é o riscoaventura, o jogo, a vertigem - ilinx.

Risk is also a change in equilibrium. Risk suggests a gap between the fixedness of daily life and the possibility of transforming a situation to better or worse. This is indeed a possibility of risk positivity; an example is risk-adventure, play, vertigo - ilinx.

Essa alteração de equilíbrio também se faz pre­sente no circo. O equilíbrio é aparentemente a ferramenta necessária para se manter no ar, para se relacionar com um objeto, para realizar uma improvável ação (qualquer que seja a especialidade do artista). É, porém, exatamente a falta de equilíbrio que impulsiona a voar, a subir ou a ficar parado. Imaginemos um trapezista que queira manter-se em equilíbrio: ele não sairá do lugar. Ele permanecerá imóvel.

Such change in balance is also present in circus. Balance is seemingly the tool required for you to keep yourself in the air, to relate with an object, to perform an improbable action (no matter the artist’s specialty). It is, however, exactly the imbalance that drives you to fly, to climb or to stay put. Let us imagine a trapeze artist who wants to keep balanced: he will not move. He will remain unmoved. However, when his fixedness condition is broken by a minimum gesture, all his balance is called to keep him in the air and bring him

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Porém, quando sua condição de fixidez é quebrada por um mínimo gesto, todo seu equilíbrio é convocado para mantê-lo no ar e trazê-lo de volta ao apa­ relho, no próprio ar, com segurança. É, sobretudo, uma manobra de risco momentâneo. É desse momento que se alimenta (e nos alimenta) o circo: tornar a ser aquilo que ainda não é, chegar a ser, imaginar uma possibilidade de aconteci­men­ tos não previstos. No circo tudo pode acontecer, e a gente torce para que nada (errado) aconteça. No corpo em cena os gestos são controlados e precisos, mas é justamente o risco de errar que move a cena. II. Falar de risco do acrobata, do circo, do picadeiro, do corpo como obra de arte viva, é contar a história do corpo. É olhar para a história por meio do corpo e antes de tudo problematizar uma prática corporal, um fazer do corpo que envolve não só sentidos para quem pratica, mas também para o público espectador que consome tal espetáculo. O risco é entendido como um perigo ou ameaça objetiva, que é inevitavelmente mediado por pro­ cessos culturais, históricos e socias, e não pode ser conhecido de maneira isolada. Mas é uma objetividade construída e é a partir dela que se desenha uma estética específica que caracteriza o espetáculo circense: nele o risco passa a ser entendido como estética da existência, é ele o organizador da cena, da dramaturgia, do figurino, da trilha sonora e muitas vezes da arquitetura do número ou espetáculo. As estratégias de segurança que permeiam saltos, giros ou voos existem como confirmação de um risco objetivo, presente na materialidade do corpo do artista que está diante de uma situação onde existe uma probabilidade de um evento negativo ou inesperado ocorrer. Essa situação é um risco, que na verdade todo artista corre ao postar-se no palco diante 24

back to the apparatus, in the air, safely. It is mainly a maneuver of momentary risk. It is from that moment that circus is fed (and feeds us): returning to be what has not yet been, what will come to be, imagine a possibility of unexpected events. Anything can happen in circus, and we pray for nothing (wrong) to happen. In the body onstage, gestures are controlled and accurate, but it is exactly the risk of erring that moves the scene. II. Talking about the acrobat’s risk, talking about circus, the circus ring, the body as a living work of art, is telling the story of body. It is looking at history through the body and mainly problematizing a corporeal practice, a performance of the body that involves not only the senses for the artist but also for the audience that watches the show. Risk is understood as an objective danger or threat that is inevitably mediated by cultural, historic and social processes and cannot be known in isolation. However, it is a constructed objectivity and it is based on it that a specific esthetic is designed which characterizes the circus show: in it, risk is understood as the esthetics of existence; it is the organizer of the scene, dramaturgy, wardrobe, soundtrack and often architecture of the act or show. Safety strategies that permeate jumps, turns or flights exist as confirmation of an objective risk, present in the materiality of the artist’s body that is facing a situation where there is a probability of a negative or unexpected event. Such a situation is a risk that all artists actually run when standing onstage in front of an audience to perform any theatrical action. Objective risk exists; otherwise all the safety apparatus that involves the bodies would not exist.


de um público para realizar qualquer ação cênica. O risco objetivo existe, caso contrário não existiria toda a parafernália de segurança que envolve os corpos. Diante dessa objetividade do risco há a ilusão do risco. E essa ilusão, esse simulacro do risco, que esteve presente desde sempre na história do espetáculo circense ajuda-nos a entender algumas metáforas da vida cotidiana hoje como o risco-aventura, a nossa relação com a morte e com o futuro ou as práticas corporais de risco como algo desejado, buscado e aclamado (BECK, 1995). III. O corpo nesse momento tem o papel central, porque é em sua forma de matéria finita e preciosa (pensando nos investimentos que o ser humano faz e fez no corpo ao longo da história) que ele materializa o risco e potencializa a performance: é um corpo capaz de vencer o risco trazendo a possi­ bilidade de uma existência segura, mesmo diante de tantas adversidades.

In view of risk objectivity there is the illusion of risk. And such illusion, such simulacrum of risk that has been forever present in the history of the circus show helps us understand some metaphors of daily life today as risk-adventure, our relation with death and the future or corporeal risk practices as something desired, sought and acclaimed (BECK, 1995). III. Body in this case has a central role, because it is in the body’s form of finite and precious matter (thinking about the investments human beings have made and still make in body throughout history) that it materializes risk and potentiates performance: the body is able to overcome risk, leading to the possibility of a safe existence, even if facing so many adversities. The body onstage in circus carries an image that translates the risk, man’s struggle against death and the possibility of transgressing the limits imposed on bodies by social rules or simply by the laws of physics such as force of gravity.

O corpo em cena no circo carrega uma imagem que traduz o risco, a luta do homem contra a morte e a possibilidade de transgressões dos limites impostos aos corpos pelas normas sociais, ou sim­ plesmente pelas leis da física como a gravidade.

The acrobat presents himself to the audience as an image, and the fascination he causes comes from the constant attempt to exceed himself or to present riskier performances. The artist ends by being a figure that proposes imbalance.

O acrobata se oferece ao público como imagem, e o fascínio que ele causa vem da constante tentativa de superação de si mesmo, ou de performances cada vez mais arriscadas. O artista resulta numa figura que propõe o desequilíbrio.

He is constantly challenged by space and, for being challenged, he must invent new forms to place his body, new span of joints, new muscle assemblages: all attention to the parts of his body turn to the performance of a precise, new and risky jump.

Ele é constantemente desafiado pelo espaço, e sendo desafiado ele deve inventar novas formas de colocação de seu corpo, nova envergadura de articulações, novos agenciamentos musculares: toda atenção das partes de seu corpo se voltam para a execução de um salto preciso, novo e arriscado.

That tension may last hours, days of training, even months; it may hurt, discourage, frustrate. And in its daily task of exceeding his own body to produce the risk show, the acrobat sees his body as it is, and how it can become as a power, and it is in 25


Essa tensão pode durar horas, dias de treinamento, meses até, pode ferir, desanimar, frustrar. E na sua tarefa cotidiana de superação do próprio corpo para a produção do espetáculo do risco, o acrobata vê seu corpo como ele é, e como ele pode ser como potência, e é nesse olhar, nesse investimento que surge a execução perfeita de cada movimento mostrado aos espectadores (SANTANNA, 2001). A sensação do perigo na execução, mesmo perfeita, não cessa, nem mesmo quando já sabemos que ele não cairá... Ou mesmo se cair, cairá na rede. Muito pelo contrário, a sensação do risco se dilata, “porque é vivida pela mente não mais separada do corpo”2. Essa experiência da imagem do corpo acrobata cria a ilusão do risco e a ilusão da experiência da superação da morte, pois, no momento do espetáculo, a execução da acrobacia já foi vivida antes pelo artista milhares de vezes; ele tem domínio da técnica para a execução. Temos a sensação do risco, temos a sensação de que junto com aquele corpo que voa e que ocupa o espaço com movimentos acrobáticos vivemos a vertigem. IV. O circo constrói uma estética do risco como necessário e imprescindível para a manutenção da ilusão e da força apolínea do homem. Cria a tensão entre a tragédia imanente e a beleza da superação no corpo sublime. Esse corpo que inverte os sentidos dados e constrói sentidos outros, tecendo a rede de aspirações e desejos humanos.

2 IDEM, 2001, Op. Cit. Pp. 111. 26

such look, such investment that the perfect execution emerges for each movement shown to viewers (SANTANNA, 2001). The feeling of danger in the execution, even if perfect, does not cease, not even when we already know that the artist will not fall... Or, if he falls, he will fall on the safety net. On the contrary, the feeling of risk expands, “because it is experienced by the mind and no longer separated from the body”2. Such experience of the acrobat body image creates the illusion of risk and the illusion of the experience of overcoming death, because at the time of the show, the acrobatic performance has already been tested by the artist a thousand times and he masters the execution technique. We have the feeling of risk; we have the feeling that with that body that flies and that occupies the space with acrobatic movements we will experience vertigo. IV. Circus builds an esthetic of risk as necessary and fundamental to keep illusion and the Apollonian force of man. It creates tension between immanent tragedy and the beauty of overcoming the sublime body. This body that inverts the given senses and builds other senses, weaving the web of human aspirations and desires.

2 IDEM, 2001, Op. Cit. Pp. 111.


Referências BECK, U. Risk Society: Towards a New Modernity. Cambridge, UK: PolityPress, 1995. PA Z , O. O Monogramático. Rio de Janeiro: Guanabara, 1998. SANT’ANNA, D. B. Corpos de passagem. Ensaios sobre a subjetividade contemporânea. São Paulo: Estação Liberdade, 2001

References BECK, U. Risk Society: Towards a New Modernity. Cambridge, UK: PolityPress, 1995. PA Z , O. O Monogramático. Rio de Janeiro: Guanabara, 1998. SANT’ANNA, D. B. Corpos de passagem. Ensaios sobre a subjetividade contemporânea. São Paulo: Estação Liberdade, 2001

Marina Guzzo

Marina Guzzo

Artista, pesquisadora e professora

Artist, researcher and professor

da Unifesp - Universidade Federal de São Paulo.

at Unifesp - Federal University of São Paulo.

Sempre foi fascinada com a possibilidade

Marina has always been fascinated with the

de gente voar.

possibility of people flying.

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É para o circo que muitas pessoas “diferentes” escapam. É um mundo em que a “imperfeição física” é a norma devido à exploração do que um corpo pode fazer com a relação empolgante entre gravidade, equilíbrio e desequilíbrio. Se você não tiver nenhuma ou tiver uma ou duas pernas, ou braços, ou se sua visão não é para fora, mas para dentro da sua mente porque você é cego, isso pode ser celebrado. No circo podemos celebrar essa diferença porque o espaço, ao contrário do teatro tradicional, nos acolhe.

Circus is a place many people of ‘difference’ have escaped to. It is a world where perceived ‘physical imperfection’ is the norm because of the exploration of what a body can do with the exciting relationship between gravity, balance and imbalance. If you have none, one or two legs or arms, or if your sight is not outwards but within your mind’s eye because you are blind, it can be celebrated. In circus we can celebrate this difference because the space, unlike traditional theatre, allows us to belong.

Como surda que fala e se comunica por sinais, pertenço parcialmente a dois mundos diferentes. Não posso ouvir, mas faço leitura labial e falo, então posso tentar me enquadrar no mundo dos ouvintes. Sou surda e me comunico por sinais (mas falar foi minha primeira língua, porque fiquei surda aos sete anos), então tento me enquadrar no mundo dos sinais. Não pertenço integralmente a nenhum mundo porque falo (o que o mundo dos surdos não aceita), mas não ouço (e o mundo dos falantes não entenderia os sinais). Portanto, sempre me fascinou a ideia de a que mundo pertenço, se precisamos pertencer a algum e, em caso positivo, por quê? Pertencemos a nós mesmos, mas nosso sentimento de pertencimento também diz respeito a pessoas e lugares e nosso sentimento de quem somos no mundo.

As a deaf person who speaks and signs, I half belong in two different worlds. I cannot hear but I lip-read and speak so I can try to fit in the hearing world. I am deaf and I sign (but speaking was my first language as I went deaf when I was seven) so I try to fit in the deaf signing world. I don’t fully belong in either because I speak (which the deaf world don’t accept) but I don’t hear (and the hearing world would not understand sign). Therefore I am always fascinated about where do we belong, do we need to belong and if so why? We belong to ourselves, but our sense of belonging is also about people and places and our sense of who we are in the world.

O mundo de estar em um ambiente surdo e deficiente é sempre extraordinário, não importando a classe, idade, gênero e sexualidade, uma vez que pertencemos a nós mesmos devido à gloriosa virtude de ser diferente. Compartilhamos as jornadas para derrubar barreiras e podermos ser intérpretes do espetáculo denominado “Belonging”, a nova coprodução de Graeae e do Circo Crescer e Viver. Cada dia até agora tem revelado um tesouro de descobertas na medida em que todos os artistas lançam-se constantemente em novos desafios. Os instrutores brasileiros nunca haviam trabalhado com pessoas com deficiência antes e estavam nervosos, mas Tina Carter, que trabalhou comigo como coreógrafa da Cerimônia de Abertura 28

The world of being in a Deaf and disabled environment is always extraordinary regardless of class, age, gender and sexuality as we belong to each other by the glorious virtue of being different. We share the journeys of dismantling barriers to be the performers we are in the show called “Belonging”, a new co-production by Graeae and Circo Crescer e Viver. Every single day so far has been a gem of discovery as all the artists constantly launch themselves into new challenges. The Brazilian trainers had never worked with disabled people before and were nervous but Tina Carter, who worked closely with me as a choreographer on the London 2012 Paralympic Games Opening Ceremony, has a wealth of experience. She explained that it is the artist who has to explore what their body can do and, with the support of the trainer, work out how best to


Belonging a journey

das Paraolimpíadas de Londres em 2012, possuía uma rica experiência. Tina explicou que é o artista que deve explorar o que seu corpo pode fazer e, com apoio do instrutor, descobrir qual a melhor forma para adaptar movimentos, aperfeiçoar a técnica e ser desafiado para realmente superar os limites do que pode ser atingido. Houve alguns momentos verdadeiramente emocio­ nantes nesse tempo todo em que estamos juntos e um de que me lembro especialmente é de um artista que estava convencido de que não poderia participar porque é paraplégico. No entanto, todos os rapazes se juntaram para explorar “brincadeiras infantis” e brincar com os tecidos como um coletivo, apoiando seu envolvimento e, então, lá estava ele subindo até o topo dos tecidos. Lembro-me de seu rosto sorrindo para nós lá de cima, tão feliz por estar participando. Nosso enfoque em Belonging é uma reação pessoal, coletiva e aberta à nossa própria resposta e à de outras pessoas à palavra “pertencer”. O fundamento dessa palavra é fragmentado e mutante. É abstrato porque algumas vezes o pertencer (belonging) é fugaz, mas também pode ser sólido e duradouro. Às vezes, é libertador não querer pertencer, mas pode ser doloroso quando lhe dizem que você não pode pertencer. Pertencer é uma palavra esplendorosa. A oportunidade de celebrar, compartilhar e escavar diferenças culturais e encontrar um território emocional familiar foi o pivô dessa colaboração entre a Graeae e o Circo Crescer e Viver. É a história da complexidade e simplicidade, das muitas facetas de ser humano e da necessidade de “ser”. É também a história da afirmação do direito dos surdos e deficientes de pertencer à raça humana, para mostrar que não seremos deixados de lado e que também temos histórias para contar.

adapt movements, improve on technique and be challenged to really push the boundaries of what can be achieved. There have been some truly amazing moments so far during this time together and one that has stayed with me is an artist who was convinced that he could not participate because he is a paraplegic. However, all the boys got together exploring ‘childhood games’ and playing with the silks as a collective, supporting his involvement and then suddenly he was up and away climbing to the top of the silks. I remember his face beaming down at us, so happy to be part of it all. Our approach to Belonging is a personal, collective and open reaction to our own and other people’s response to the word. The foundation of this word is fragmented and in flux. It is abstract because sometimes belonging is fleeting but sometimes solid and for life. Sometimes it is liberating not wanting to belong, sometimes painful being told you cannot belong. Belonging is a many splendored word. The opportunity to celebrate, share and excavate cultural difference and find familiar emotional territory has been the lynchpin of this collaboration between Graeae and Circo Crescer e Viver. It is a story of the complexity and simpleness, of the many facets of being human and of needing to ‘be’. It is also the story of affirming Deaf and disabled people’s right to belong to the human race, to show that we will not be side lined and that we have stories to tell. Jenny Sealey Artistic director of Graeae Theatre Company

Jenny Sealey Diretora artística da Graeae Theatre Company 29


AndrĂŠ Andrade



PSiRC

(Espanha – SPAIN)

“Acrometria” é o primeiro espetáculo da PSiRC, companhia espanhola fundada por um grupo de artistas que sonhava em materializar o que se passava dentro de cada um de seus integrantes. A ideia era explorar a geometria das emoções, ou seja, a distância entre a psique e as infinitas realidades.

“Acrometria” is the first show of PSiRC, a Spanish circus company founded by a group of artists that dreamed of materializing the emotions of each participant. The idea was to explore the geometry of emotions, that is, the distance between the psyche and infinite realities.

Criado em 2013, “Acrometria” se vale de novas explorações de movimentações nas técnicas circenses de solo e mastro chinês para a construção desses significados emocionais. No palco, o cenário composto por vários quadrados de madeira adicionam reforço semântico aos números. Como, por exemplo, um duo de mão a mão que representa a coragem de quem pede ajuda para compartilhar a vida, um jeito de sentir o incentivo do outro para sair da caixa onde metaforicamente se encontra.

Created in 2013, “Acrometria” resorts to new movement explorations in circus techniques of Chinese pole and floor acrobatics to build those emotional meanings. Onstage, the setting consisting of several wood squares add semantic reinforcement to the acts. For example, a hand-to-hand duo that represents the courage of those who ask for help to share life, a manner of feeling the incentive of another to get out of the box where one lies metaphorically.

A vinda deste espetáculo ao Brasil foi viabilizada em parceria com o 2º Festival Internacional de Circo do Rio de Janeiro.

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The presentation of this show in Brazil was made viable in partnership with the 2nd International Circus Festival of Rio de Janeiro.


Elenco /Cast Wanja Kahlert Adria Montaña Anna Pascual Fernández Supervisão artística / Art supervision Johnny Torre Olhar externo / Outside supervision Alba Sarraute Técnico de set / Set technician Benet Jofre Música original / Original music Sofie Tuchscherer Dalmau Boada Marçal Calvet Maria Cirici Anna Pascual PSiRC Design de iluminação / Lighting design Óscar de Paz Apoio / Support Process()s - Euroregión Pirineos Mediterranea Circ en Transhumancia Colaboração / Collaboration La Central del Circ – Espai de Circ Cronopis – La Granerie – Ateneu Popular 9 Barris Produção São Paulo / São Paulo Production Palco de Papel Produções Duração / Duration 50 min Classificação / Age rating Livre / All ages

Jean Pierre Estournet

ESPETÁCULOS | speCtacles

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Juliana Chalita

Graeae Theatre Company e Circo Crescer e Viver (Inglaterra / Brasil – England / Brazil) 34

Direção / Direction Jenny Sealey e Vinicius Daumas Elenco / Cast Andre Melo De Sousa Jez Scarratt Lyndsay Adams Marcos Silva Milton Lopes Sara Bentes Sean Gittens Stephen Bunce Tiiu Mortley Viviane Macedo Compositor e designer de som / Composer and sound designer Lewis Gibson Músicos / Musicians Björn Dahlberg Martijn van Galen Christopher Preece Bernd Rest Simon Russell Mike Simmonds Direção de arte / Art direction Sofie Layton Direção de luz (Londres) / Lighting direction (London) Ian Scott Direção de Luz (Rio e São Paulo) / Lighting direction (Rio and São Paulo) João Franco Coreógrafa e especialista em aéreos / Aerial specialist & choreographer Tina Carter Especialistas aéreo e circo / Aerial & circus specialists Luis Carlos Gomes Sara Deull Lurian Duarte Gerente de produção (Londres) / Production manager (London) Tom Barnecut


“Belonging” é o resultado do encontro entre duas compa­nhias que, apesar de estarem em continentes diferentes, compartilham da mesma filosofia: a ideia do pertencimento, de aprofundar o que nos conecta e nos divide como pessoas. O Circo Crescer e Viver, do Rio de Janeiro, e a Graeae Theatre Company, de Londres, se uniram em 2013, num intercâmbio artístico-cultural, com o objetivo de oferecer treinamento e técnicas circenses a portadores de deficiência física. A partir daí nasceu “Belonging”, um espetáculo pioneiro que explora com delicadeza as habilidades de artistas e, até então, não-artistas cadeirantes e surdos.

“Belonging” is the result of the gathering of two companies that, in spite of being located in different continents, share the same mission: the idea of belonging, of deepening what connects and divides us as people. Crescer e Viver, from Rio de Janeiro, and Graeae Theatre Company, from London, gathered in 2013, in an artistic-cultural exchange, for the purpose of providing training and teaching circus techniques to disabled persons. This was the cradle of “Belonging”, a pioneering show that delicately explores the skills of artists and, until then, non-artist wheel-chair users and deaf people.

Assinam a direção do espetáculo Vinicius Daumas, coorde­nador artístico do Crescer e Viver, e Jenny Sealey, que, além de diretora artística da Graeae, também foi codiretora da cerimônia de abertura das Paraolimpíadas em Londres, em 2012.

The show is directed by Vinicius Daumas, artistic coordinator of Crescer e Viver, and Jenny Sealey, that is Graeae’s art director and was also co-director of the 2012 Paralympics opening ceremony in London.

Após a estreia mundial em Londres, no último dia 15 de abril, e apresentações no 2° Festival Internacional de Circo do Rio de Janeiro, o festival Circos recebe o espetáculo em São Paulo.

Produtor / Producer Emma Dunstan Costureira / Costume maker Debbie Williams Intérprete da língua de sinais britânica e audiodescrição / British sign-language interpreter and audiodescription Jude Mahon Intérprete da língua de sinais brasileira (LIBRAS) e audiodescrição / Brazilian sign-language interpreter (LIBRAS) and audiodescription Jhonatas Narciso Tradução (Londres) / Tradution (London) André Piza Articulação internacional / International articulation Junior Perim Paul Heritage Produção São Paulo / São Paulo production Coordenação de produção local / Local production coordinator Marisa Riccitelli / GAG-Phila7 Tradução e Coordenação de Palco / Stage translation and coordination

After the world premiere in London, on April 15, and performances in the 2 nd International Circus Festival of Rio de Janeiro, Circos festival receives the show in São Paulo.

Paula Lopez Produção / Production Paula Malfatti Assistente de Produção / Production assistant Lenita Ponce Janaina Carrer Assistente de Figurinos / Costume Assistant Carolina Semiatzh Video / Video Eduardo Fernandes (Eduzal) Técnico de luz / LX assistant Alexandre Baffe GutoVagner Montagem de cenografia / Set design assembly Cenográfica Produções Artísticas

Coprodução / Co-production

Duração / Duration 60 min Classificação / Age rating 12 anos / 12 year-old

ESPETÁCULOS | speCtacles

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Andre Scatolin

Cia. Suno (SP) 36


Criação e concepção / Creation and conception Cia. Suno Direção / Direction Helena Figueira Elenco / Cast Helena Figueira Duba Becker Emerson Noise Elias Ficavontade Figurinos / Wardrobe Maria Eugênia Ramos Cenografia / Scenography Helena Figueira Iluminação / Lighting André Scatolin Produção / Production André Moretti/Cia. Suno Duração / Duration 50 min Classificação / Age rating 10 anos / 10 year-old Andre Scatolin

Em um cabaré improvisado, os artistas ainda estão ensaiando alguns dos números que serão apresentados para o seu público. Mas, espere! O público já está ali! Revelando o que há de mais íntimo no processo de criação de um espetáculo, malabarismos, contorcionismos e acrobacias são então apresentados com seus erros e acertos, acompanhados por músicas cantadas e tocadas ao vivo. Fundada em 1998 pela atriz e circense Helena Figueira e pelo acrobata Duba Becker, a Cia. Suno nasceu com o objetivo de se transformar em um núcleo de pesquisa cênica na cidade de Santos, litoral de São Paulo. Hoje, com sede em Barão Geraldo, Campinas, a trupe busca aliar a riqueza poética do circo com a linguagem teatral. Neste novo espetáculo, contam com a partici­pa­ ção da companhia convidada Lar Doce Lar, também de Campinas.

In an improvised cabaret, artists are still rehearsing some of the acts that will be presented to the audience. However, wait a minute! The audience is already there! Revealing the most intimate features in the creative process of a show, juggling, contortions and acrobatics are then presented with rights and wrongs, accompanied by live sung and played tunes. Founded in 1998 by circus actress Helena Figueira and acrobat Duba Becker, Cia. Suno was created for the purpose of becoming a performance research center in the city of Santos, in the coastal area of São Paulo. Today, headquartered at the Barão Geraldo district in Campinas, the troupe seeks to combine the poetic circus richness with theatrical language. In this new show, they count on the participation of the invited company by Lar Doce Lar, also from Campinas.

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Picadeiro Aéreo (SP)

LIGIANE BRAGA

Direção / Direction José Wilson Moura Leite Elenco / Cast Alessandra Freitas Alessandro Souza Anderson Halurran Claudinei Silva Douglas Bardeline Erika Trindade Fernando Felix Isabelle Stepanies Janio Matos Iluminação e sonoplastia / Lighting and soundtrack José Wilson Leite Junior Duração / Duration 50 min Classificação / Age rating livre / All ages

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Divulgação

Um caminhão de 27 metros de comprimento que se trans­forma num trapézio de voos de 16 metros de altura. É nesse palco nada convencional que uma trupe de acrobatas aéreos encena a evolução do circo no Brasil, desde a chegada da primeira companhia no país, em 1830, até hoje. Além do virtuosismo das evoluções aéreas dos artistas, quem chegar mais cedo poderá conferir um espetáculo à parte: a montagem do próprio caminhão trapézio, que acontece diante do público momentos antes da apresentação. Criado especialmente para este espetáculo, o grupo Picadeiro Aéreo faz parte do Picadeiro Circo Escola, empresa familiar sediada em Osasco com 30 anos de história. A escola tem ainda um circo clássico de lona, o Spadoni, que roda o interior de São Paulo.

A 27-meter-long truck that becomes a 16-meter-high flying trapeze: it is on that very unconventional stage that a troupe of aerial acrobats present the evolution of circus in Brazil, from the arrival of the first company in the country in 1830 till now. In addition to the virtuosity of the artists’ aerial evolutions, whoever arrives before the presentation will see a specific show: the very assembly of the trapeze truck that takes place in front of the audience minutes before the presentation. Especially created for this show, the Picadeiro Aéreo group is part of the Picadeiro Circo Escola, a family concern headquartered in Osasco with 30 years of history. The school also has a classic circus tent, the Spadoni, that travels through cities of the state of São Paulo. ESPETÁCULOS | speCtacles 39


Paulo Barbuto

Cia. K (SP)

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Pulgas de diversos países prometem mostrar suas habilidades mais surpreendentes sob a direção do domador de insetos Mr. K e sua desastrada assistente Criolinda. Para conseguir visualizar toda a destreza desses pequenos seres, não é necessária a projeção com uma lente de aumento, mas sim muita imaginação. Seja para ver o lançamento dos diminutos insetos pelo famoso canhão que os arremessa a metros de distância, ou até mesmo um número ao som da batida do funk carioca. Uma das esquetes mais tradicionais do picadeiro, o “Circo de Pulgas” ganha uma releitura contemporânea nas mãos dos personagens de Kiko Caldas e Célia Borges. Um dos fundadores do Acrobático Fratelli, Kiko agora es­tá à frente da Cia. K, que alia virtuosas apresentações corporais, acrobáticas e aéreas com outras linguagens, como teatro e música.

Realização e concepção / Performance and conception Kiko Caldas Direção, roteiro e elenco / Direction, script and cast Kiko Caldas Célia Borges Figurinos e cenário / Wardrobe and scenography Daniela Garcia Trilha sonora e efeitos sonoros / Soundtrack and sound effects Samir El Shaer Iluminação / Lighting Sylvie Laila Captação e edição de vídeo / Video capturing and editing Samir El Shaer Serralheria / Locksmiths Edilson Assaltti Cenotécnica / Technical scene Kiko Caldas Produção / Production Carrapeta Produções Duração / Duration 50 min Classificação / Age rating Livre / All ages

Fleas from several countries promise to show their most surprising skills under the direction of inset tamer Mr. K and his clumsy assistant Criolinda. To be able to see the whole dexterity of those small beings, you don’t need a magnifying glass, but rather a lot of imagination. Whether to see the launch of the small insects by the famous cannon casting them at several meters of distance or even to watch an act at the sound of the Rio de Janeiro beat funk. One of the most traditional sketches of the circus ring, the “Flea Circus” gains a contemporary rereading in the hands of the characters performed by Kiko Caldas and Célia Borges. One of the founders of Acrobático Fratelli, Kiko is now heading Cia. K that combines body, acrobatic and aerial virtuoso presentations with other languages such as theater and music.

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Diretor artístico / Art director Domingos Montagner Diretor musical / Musical director Marcelo Lujan Diretor de montagem / Setting director Pablo Nordio Elenco / Cast Domingos Montagner Fernando Sampaio Daniel Pedro Pablo Nordio Marcelo Lujan Luciana Menin Érica Stoppel Maíra Campos Bel Mucci Convidados Cássia Theobaldo Carola Costa Edu Mantovani Ronaldo Aguiar Músicos convidados / Guest musician Nereu Afonso Fernando Paz Sandro Fontes Contrarregras / Stagehands Wagner Lopes Edi Silva Técnico de som / Sound technician Marcello Stolai Técnico de luz / Lighting technician Paulo Souza Ajudante geral / General assistant Dejair Calixto Coordenação geral de projeto / General project coordination Joca Paciello Administração / Management Fernando Sampaio Diretor de produção / Production director Daniel Pedro Produção executiva / Executive production Alessandra Brantes Projeto cenográfico / Scenography project William Zarella Jr / Elástica Design - Cenografia Daniel Pedro

Duração / Duration 90 min Classificação / Age rating Livre / All ages

Circo Zanni (SP)

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Circo de inspiração clássica com uma assinatura artística personalizada, o Circo Zanni completa dez anos de estrada em 2014. Para comemorar, a companhia preparou um espetáculo inédito pautado por uma boa dose de humor e muita música, marcas características do grupo. A plateia poderá conferir números que foram consagrados pelo público e se tornaram marcas registradas da trupe, como “Monga – A Mulher Gorila”, interpretada por Fernando Sampaio, com apresentação de Domingos Montagner (diretor artístico do Zanni). Completam o show atrações inéditas e artistas convidados que já fizeram parte da trupe. Além, claro, da tradicional banda executando a trilha sonora ao vivo.

A circus with classic inspiration and a customized art signature, Circo Zanni completes ten years on the road in 2014. To celebrate it, the company prepared an original show based on a good dose of humor and a lot of music, the group’s hallmark. Spectators may watch acts that were acclaimed by the audience and became the troupe’s DNA, such as Monga – The Gorilla Woman, performed by Fernando Sampaio, with presentation of Domingos Montagner (Zanni’s Art Director). The show is completed with original attractions and guest artists that have once been part of the troupe. In addition to, of course, the traditional band performing a live soundtrack.

CIRCO ZANNI 10 ANOS Para apresentar um pouco dessa primeira década de vida do Circo Zanni, o foyer do circo está ambientado com mais de 20 fotos que registram os equipamentos, os cenários e figurinos que fizeram parte dessa história e ilustram como o trabalho do grupo mudou ao longo do tempo, acrescentando técnicas e recursos mais modernos. O público também pode espiar pelas janelas de um trailer cenográfico, para ver como é a mon­tagem da lona, ou ainda interagir com grandes painéis que representam os artistas do circo, e se sentir parte da trupe. To present a little of Circo Zanni’s first decade of life, the circus foyer’s ambience has over of 20 photos that show the equipment, the settings and wardrobe that were part of that history and illustrate how the work of the group changed throughout time, adding more modern techniques and resources. The audience can also peep through the windows of a scenographic trailer, to see how the tent is assembled or else interact with large panels that represent the circus artists, and feel to be part of the troupe.

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Gutto Thomaz (SP)

Lu Lopes

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Concepção, direção e atuação / Conception, direction and performance Gutto Thomaz Desenho de luz / Lighting design Otavio Augusto Som / Sound Alvaro Lages Produção executiva / Executive production Carrapeta Produções Duração / Duration 45 min Classificação / Age rating livre / All ages Lu Lopes

El Gran Gustavo Augusto é mestre em uma téc­ nica milenar: a picaretagem. Números mágicos, clownescos e teatrais foram importados por ele da Argentina, onde nasceu, e desenvolvidos no Brasil, país que escolheu como pátria. Em meio a truques e tiradas cômicas, o mágico narra sua história de vida e conta com a participação do público para criar seu espetáculo.

El Gran Gustavo Augusto is master in a millenary technique: cheating. Magic, clown and theatrical acts were imported by him from Argentina, where he was born, and developed in Brazil, the country he chose to live in as his homeland. Amidst tricks and comic expressions, the magician narrates his life story and counts on the participation of the audience to create the show.

Quem dá vida ao Gran Gustavo Augusto é o jovem Gutto Thomaz, de apenas 20 anos, que apresenta números de sua autoria em meio a clássicos do circo e do teatro. Ex-aluno do campeão mundial de cartomagia Henry Evans, Gutto há sete anos desenvolve profissionalmente sua pesquisa em mágica, sempre aliada ao uso do improviso e do humor.

Who gives life to Gran Gustavo Augusto is 20-year-old Gutto Thomaz, who presents acts of his own authoring amidst circus and theater classics. A former student of world card magic champion Henry Evans, Gutto has been professionally developing his research on magic for seven years, always combined with the use of improvisation and humor.

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DIVULGAçÃO

Concepção / Design Irmãos Sabatino Direção / Direction André Sabatino Elenco / Cast André Sabatino Marcos Porto Claudio Costa Natália Voorem Mariana Maekawa Tânia “Tum” Aguiar Martin Sabatino Assistente de direção / Direction assistant Ana Mota Concepção de cenário e figurinos / Scenography and wardrobe Ana Mota 46

Concepção de música / Music design Sérvulo Augusto Direção de produção / Production direction Marcella Gutmann Martin Sabatino Produção executiva / Executive production Anne Loeckx Hugo Zanardi Coordenação administrativa / Administrative coordination Fixação Marketing Cultural Duração / Duration 90 min Classificação / Age rating Livre / All ages

Patrocínio / Sponsorship

Correalização / Co-realization


Irmãos Sabatino (SP)

Os Irmãos Sabatino estreiam sua nova criação em São Paulo, no festival Circos. Permeado por cenas de humor, o espetáculo, que acontece num balão a 50 metros do chão e numa estrutura de Petit Volant (trapézio de voos), traz a história de um trapezista em busca de mestres que o auxiliem no aprendizado da grandiosa manobra da triple volta.

Irmãos Sabatino will premiere their new creation in São Paulo at Circos festival. Permeated with scenes of humor, the show, that takes place in a balloon at 50 meters from the ground and in a Petit Volant (flying trapeze) structure, shows the story of a trapeze artist in search of masters to help him learn the grand “triple layout” maneuver.

Os irmãos Martin e André Sabatino foram ginastas, começa­ram sua pesquisa acrobática nos anos 1980 e se especia­lizaram em voos de trapézio. Desde que formaram o grupo, em 2009, são conhecidos por recorrerem a outras técnicas, como a de resgate nas alturas, e fazerem uso de equipamentos – caso da tirolesa, corda e pêndulos – para dar mais impacto às acrobacias.

Brothers Martin and André Sabatino were gymnasts that started their acrobatic research back in the 1980s and specialized in trapeze flights. Since the time they set the group in 2009, they have been known for resorting to other techniques, such as rescue in the heights, and making use of equipment – zip lines, ropes and pendulums – to give more impact to acrobatics.

Quem chegar mais cedo para o espetáculo poderá ver a mon­tagem do balão, levantado praticamente na hora.

People who arrive before show time will see the balloon being mounted and raised just before the performance. ESPETÁCULOS | speCtacles 47


Organización Efímera (México / Argentina / Irlanda / Espanha)

Ideia original / Original idea Tania Cervantes Rob Tannion Direção / Direction Rob Tannion Coreografia / Choreography Organización Efímera Texto / Text Lorena Canseco Elenco / Cast Mari Paz Arango Tania Cervantes Chamorro Jeremías Faganel Jose Luis Redondo Rob Tannion Consultor de imagem e conteúdo / Image and content consultant Javier Jiménez Rigger Sergio López

David Perez

Design de iluminação / Lighting design Juanjo Llorens Música e design de som / Music and sound design Borislav Boyadzhiev Figurinos / Wardrobe Organización Efímera Colaboração criativa / Creative collaboration Jose Luis Redondo Mari Paz Arango Jeremías Faganel Sergio López Lorena Canseco Produção São Paulo/ São Paulo production Periplo Produções Culturais Duração / Duration 60 min Classificação / Age rating Livre / All ages


David Perez

Tudo começa num consultório onde realidade, fantasia e memória se misturam. O psicólogo é instável, o divã, desconfortável, e o grupo, apesar de incerto, tem a mesma questão: o que acontece depois que a data está vencida? “Fecha de Caducidad” (em português, “Data de Validade”) é uma viagem de almas solitárias que se encontram por coincidência em um mundo louco, cheio de conflitos, contradições e segredos. A trama expõe o absurdo da natureza humana.

Everything starts at a psychologist office where reality, fantasy and memory are confounded. The psychologist is unstable, the couch is uncomfortable, and the group, although uncertain, has the same question: what happens after the date has expired? “Fecha de Caducidad” is a trip of solitary souls that meet by chance in a mad world, full of conflicts, contradictions and secrets. The plot exposes the absurd of human nature.

O espetáculo é um trabalho da Organización Efímera, grupo fundado em 2009 com sede em Barcelona, que reúne artistas do México, Argentina, Irlanda e Espanha. A direção é de Rob Tannion, ex-membro da companhia inglesa DV8 Physical Theatre. O grupo tem como linha de trabalho a criação de obras originais para o circo com inspirações sociopolíticas, utilizando como estética o risco, a fragilidade e novas apropriações para técnicas e aparelhos circenses.

The show is signed by Organización Efímera, a group founded in 2009 with headquarters in Barcelona that gathers artists from Mexico, Argentina, Ireland and Spain. Under direction of Rob Tannion, a former member of English company DV8 Physical Theatre. The group has as its guideline the creation of original circus shows with sociopolitical inspirations, using risk, fragility and new appropriations for techniques and circus apparatus as esthetics.

A vinda deste espetáculo ao Brasil foi viabilizada em parceria com o 2º Festival Internacional de Circo do Rio de Janeiro.

The coming of the show to Brazil was made viable in partnership with 2nd International Circus Festival of Rio de Janeiro. ESPETÁCULOS | speCtacles 49


La Tarumba Escuela Profesional de Circo Social (Peru)

Reconhecida escola e companhia de circo do Peru, La Tarumba se destaca há 30 anos por um trabalho social e politicamente engajado, usando o teatro, o circo e a música como ferramentas para a formação de crianças e adolescentes. “Impulso” é seu mais recente trabalho, com jovens artistas da última turma de formação profissional. Em cena, os 14 acrobatas apresentam uma enér­ gica performance com técnicas aéreas, roda alemã e báscula. A obra representa o ímpeto dos jovens por perseguir seus sonhos enquanto questionam o significado do sucesso e o valor do tempo imposto pela sociedade. Sabendo que, no circo e na vida, um é o impulso para o outro e vice-versa. A vinda deste espetáculo ao Brasil foi viabilizada em parceria com o 2º Festival Internacional de Circo do Rio de Janeiro.

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Cecilia Larraburre

A well-known circus school and company in Peru, La Tarumba has stood out for thirty years for its socially and politically engaged work, using theater, circus and music as tools to educate children and adolescents. “Impulso” is its latest show, with young artists of the most recent professional training class. Onstage, the 14 acrobats present a dynamic performance with aerial, German wheel, and teeterboard techniques. The show represents the impetus of the young to pursue their dreams while questioning the meaning of success and the value of time imposed by society. Being aware of that, in circus and in life, one person is the impulse for the other and vice versa.

Direção / Direction Carlos Olivera Elenco / Cast Juan Anyosa Adrián Carbajal Jesús Hernández Margot Alcántara Valentina Peralta David Gal Sergio Gazzolo Gabriel Hilario Gabriela Olivera Cristian Trelles Pierina Neira Randy Molina Stephanie Rodríguez José Armando Palacios Técnicos e professores / Technicians and instructors Helder Lacunza Tania Larrea

Coordenação / Coordination Geraldine Sakuda Produção / Production La Tarumba Produção São Paulo / São Paulo production Raquel Dammous Arte Rumo Produções Artísticas Duração / Duration aprox. 60 min / approx. 60 min Classificação / Age rating livre / All ages

The coming of the show to Brazil was made viable in partnership with 2nd International Circus Festival of Rio de Janeiro.

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RAFA CARVALHO

Circo Caramba (SP)

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O Palhaço Jerônimo comemora seus 10 anos de existência com este novo espetáculo. Sozinho em cena, executa números cômico-musicais, como piano de garrafas, uma orquestra de sinos tocados pela plateia e ainda uma música tocada apenas com uma bomba de encher pneu de bicicleta. Por trás desse carismático personagem está o ar­t is­t a Thiago Sales, que não nasceu em trailer de família circense, mas escolheu esse universo por opção. Em “Jerônimo Show”, ele apresenta alguns de seus números mais emblemáticos nessa década de estrada. O espetáculo é a mais nova criação do Circo Caramba, companhia sediada em Campinas, São Paulo, e fundada por Thiago, em 2009. A marca do grupo é a busca por desenvolver um trabalho com linguagem original e contemporânea, sem abrir mão de ideias e técnicas clássicas do circo e da palhaçaria.

Criação, atuação e direção / Creation, performance and direction Thiago Sales Orientação técnica e artística / Technical and artistic guidance Bruno Edson Hiran Silveira Teófanes Silveira (Biribinha) Duração / Duration 50 min Classificação / Age rating Livre / All ages

DANIEL LOPES

Clown Jerônimo celebrates his 10th anniversary with this new show. Alone in scene, he performs comical-musical acts such as the “bottle piano”, a bell orchestra played by the audience, and also a tune played with bicycle tire pump only. Behind such charismatic character is artist Thiago Sales that was not born in a circus family trailer, but freely chose the circus universe. In “Jerônimo Show”, he presents some of his most emblematic acts in this decade on the road. The show is the most recent creation of Circo Caramba, a company headquartered in Campinas, São Paulo, and founded by Thiago in 2009. The group brand is the search for developing a show with original and contemporary language, without relinquishing classical circus and clownery ideas and techniques.

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DANIEL MICHELON

Em seu ensaio clássico “O Mito de Sísifo”, Albert Camus introduziu sua filosofia do absurdo, de um homem que procura o sentido da vida, desprovido de Deus e eternidade. O escritor francês se inspirou no mito grego de Sísifo, que foi condenado por todo o sempre a empurrar uma pedra montanha acima – a qual, quando chegava ao topo, rolava novamente ladeira abaixo. Em “Le Vide” (“O Vazio”, em português), a repetição incessante de Sísifo e o questionamento existencial de Camus são encarnados pelo circense Fragan Gehlker e o violinista Alexis Auffray. Sob uma ambientação sonora feita ao vivo por Alexis, Fragan executa exaustivamente uma movimentação de subida e queda na corda indiana, enquanto traz à cena os questionamentos por trás de sua caminhada artística e existencial. Fragan Gehlker foi iniciado nas artes circenses pelo pai, aos 12 anos, e se formou mais tarde no CNAC (Centro Nacional das Artes do Circo / França). Fragan e Alexis começaram a trabalhar juntos em 2011, explorando a relação entre som, música, silêncio e circo e, no ano seguinte, estrearam “Le Vide”. 54

In his classical essay “The Myth of Sisyphus,” Albert Camus introduced his Philosophy of the Absurd, of a man who pursues the meaning of life without God and eternity. The French writer was inspired by the Greek myth of Sisyphus, who was condemned to push a stone up the hill forever and when the stone got to the top, it rolled again down the hill. In “Le Vide” (“The Void”), Sisyphus endless repetition and the existential questioning of Camus are materialized by circus artist Fragan Gehlker and violinist Alexis Auffray. Under a live sound performance by Alexis, Fragan exhaustively executes an up and down movement on the smooth rope, simultaneously bringing to the scene the questioning behind his artistic and existential trajectory. Fragan Gehlker was initiated in circus arts by his father, at the age of 12, and later graduated from CNAC (Centre National des Arts du Cirque / France). Fragan and Alexis started working together in 2011, exploring the relation between sound, music, silence and circus and, in the following year, they premiered “Le Vide”.


Fragan Gehlker e Alexis Auffray (França)

Autores e artistas / Authors and artists Fragan Gehlker e Alexis Auffray Dramaturgia / Dramaturgy Maroussia Diaz Verbeke Desenho de luz / Lighting design Clément Bonnin Figurinos / Wardrobe Lea Gadbois – Lamer Administração / Management Mathilde Ochs Produção e distribuição / Production and distribution Marie Nicolini Produção São Paulo / São Paulo production Julia Gomes Cena Cultural Produções Duração / Duration 30 min Classificação / Age rating 10 anos / 10 year-old Apoio / Support

DANIEL MICHELON


Cie. Ea Eo (Bélgica)

Quatro jovens malabaristas tentam mostrar, de for­ma ágil e divertida, como o espaço interfere no relacionamento das pessoas. Seguindo a tendência das grandes cidades, que oferecem moradias cada vez menores, os artistas começam a apresentação numa área limitada de 8 m2. À medida que o espetáculo vai acontecendo, a área de atuação no palco também vai encolhendo, até que os quatro ficam espremidos em 1 m2. Ao mesmo tempo em que a metragem diminui, o rela­ cio­namento entre o grupo fica mais tenso e arisco. Sediada na Bélgica, a jovem Ea Eo foi formada por integrantes de outras companhias que se reuniram especialmente para montar este espetáculo, mas já estão trabalhando em um novo projeto, ainda sem previsão de estreia.

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Four young jugglers (three Belgium and one French) try to show, in an agile and funny manner, how the space interferes with human relationship. Following the trend of large cities that offer smaller and smaller homes, the artists start the presentation in a limited area of 8-square-meter. As the show goes on, the stage area also shrinks, until the four of them are squeezed in a 1-square-meter space. While the space shrinks, the relationship among the group members gets tenser and more unsociable. Headquartered in Belgium, young company Ea Eo includes participants of other companies that gathered especially to set up this show, but are already working on a new project, not yet with a defined premiere date.


ANKE SCHWARZER

ANKE SCHWARZER

Direção e criação / Direction and creation Cie. Ea Eo Elenco / Cast Eric Longequel Sander De Cuyper Jordaan De Cuyper Bram Dobbelaere Assistentes de direção / Direction assistants Joke Laureyns e Kwint Manshoven Figurinos / Wardrobe Nele Content e Leurense Vlerich Concepção de luz / Lighting design David Carney Direção técnica / Technical direction Rinus Samyn Correalização / Co-realization vzw Circuscentrum Pct Dommelhof Humorologie Em parceria com / In partnership with Espace Périphérique de la Villette Latitude 50° Espace Catastrophe Essaim de Julie Académie Fretellini Ministère de la Cultulre de la Communauté Flamande Produção executiva no Brasil e produção São Paulo / Executive production in Brazil and São Paulo Anne Loeckx Duração / Duration 60 min Classificação / Age rating 10 anos / 10 year-old

ANKE SCHWARZER


Cia Família Bolondo / Ateneu Popular 9 Barris (Espanha)

Nesta paródia de um grande espetáculo clássico, a proposta é brincar com clichês tradicionais do circo – com direito a animais amestrados e engoli­dor de fogo. A terceira geração de uma família circense está em busca de se adaptar a um formato mais atual e moderno de apresentação. Mas, ao contrário de uma virtuosa performance, o resultado é uma obra tragicômica dessa atrapalhada trupe. ”Maravillas, 16è Circ d’Hivern” é um espetáculo produzido pelo Ateneu Popular 9 Barris e criado pela Família Bolondo, coletivo formado por artistas provenientes de diferentes companhias (entre eles, o brasileiro Gustavo Arruda). O Ateneu Popular 9 Barris é uma organização sociocultural sem fins lucrativos que produz anualmente shows de circo. O Circ d’Hivern é um projeto que surgiu em 1996, quando a organização resolveu investir no fomento e na profissionalização da arte circense na Espanha.

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Carles calero

In this parody of a great classical show, the proposal is to play with traditional circus clichés – including tamed animals and fire eaters. The third generation of a circus family is seeking to adjust to a more current and modern format of presentation. However, instead of a virtuoso performance, the result is a tragicomic show of this clumsy troupe. “Maravillas, 16e Circ d’Hivern” is a show produced by the Ateneu Popular 9 Barris and presented by Familia Bolondo, a group gathering artists coming from different companies(among them Brazilian Gustavo Arruda). Ateneu is an non-profit sociocultural organization which promotes annual shows. Cirque d’Hivern is one of them, created in 1996, when the NGO decided to invest in the promotion and professionalization of circus art in Spain.

Direção / Direction Olivier Antoine Elenco (Família Bolondo) / Cast (Família Bolondo) Julián González Maximiliano Stia Ramiro Vergaz Gustavo Arruda “Guga” Julia Beltran Niko Costello Silvia Compte Ramiro Vergaz Andrè Madrignac “Dede” Design de iluminação / Lighting design Thierry Azoulay, “Zouz” Figurinos / Wardrobe Rosa Solé Produção / Production Guillem Pizarro Coprodução / Coproduction Mercat de les Flors Bidó de Nou Barris Agradecimentos / Acknowledgments CoNCA Ajuntament de Barcelona / Ajuntament de Barcelona INAEM Collaboration of La Central del Circ Fabra i Coats Produção São Paulo/ São Paulo production Sergio Escamilla Escamilla Soluções Culturais Duração / Duration 80 min Classificação / Age rating Livre / All ages

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Coletivo Na Esquina (Brasil/Franรงa)

festival mimo

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Tudo começou quando quatro brasileiros foram se aper­feiçoar em escolas de circo na França e na Bélgica. Do intercâmbio cultural com os fran­c eses surgiu a ideia do coletivo Na Esquina, formado especialmente para colocar em prática uma ideia diferente de espetáculo. O grupo queria mostrar no palco como é o ensaio de uma escolacirco, dando oportunidade ao público de conhecer o desenvolvimento do processo criativo. Assim, “Na Esquina” é composto por três momentos: o pri­meiro coloca em cena um espetáculo, que é interrom­pido; o segundo é o ensaio propriamente dito, quando o público poderá acompanhar de perto as dificuldades de todos os bastidores; e, finalmente, no terceiro e último momento, o público assiste ao final do espetáculo interrompido no início.

It all started when four Brazilians sought improvement in circus schools in France and Belgium. The cultural exchange with the French gave rise to the idea of the Na Esquina troupe, a group set up especially to put into practice a different show idea. The group wanted to show onstage how the rehearsal of a circus school works, providing the audience with an opportunity to witness the development of the creative process. Therefore, “Na Esquina” consists of three moments: the first places a show onstage that is interrupted; the second is the rehearsal itself, when the audience follows closely backstage difficulties; and, finally, in the third and last moment, moment, the audience watches the end of the show that was initially interrupted.

Elenco / Cast Clarice Panadés Diogo Dolabella Liz Braga Pauline Hachette Pedro Guerra Pedro Sartori do Vale Roberta Mesquita Colaboração / Collaboration Mauricio Leonard Trilha sonora / Soundtrack Lenis Rino Produção São Paulo / São Paulo production Felipe França Gonzalez Difusa Fronteira Iluminação / Lighting Cristiano Oliveira Araújo Alon Cordeiro Duração / Duration 75 min Classificação / Age rating Livre / All ages

Athos Souza

ESPETÁCULOS | speCtacles

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Cinco palhaços esfarrapados, que parecem ter saído de uma arena de batalha ou de qualquer uma das margens da cidade, apresentam-se sob uma imaginária lona preta, daquelas bem baratas, compradas em depósitos. Eles simbolizam trabalhadores e desempregados, precarizados sob a lona invisível, que representa a falta de condições dignas para viver. Nesse universo, o circo ganha um contexto contemporâneo sem perder o humor e a sutileza que lhes são característicos. Em meio a gags clássicas, a trupe tenta executar um concerto que mistura música clássica e popular. A Trupe da Lona Preta foi fundada em 2005 por artistas de diversas áreas, entre elas música, teatro, artes plásticas e cinema. A iniciativa se deu a partir de encontros em saraus e intervenções artísticas organizadas no Jd. Guaraú, zona oeste de São Paulo.

Five ragged clowns that seem to have come from a battle arena or any one of the corners of the city, present themselves under an imaginary black tent - a very cheap one - bought from a deposit. They symbolize workers and unemployed in a precarious situation under the invisible tent that represents the lack of dignified conditions to live. In that universe, circus acquires a contemporary context without losing its characteristic humor and subtlety. Amidst classical gags, the troupe tries to perform a concert that combines classical and popular music. Trupe Lona Preta was founded in 2005 by artists of several areas, including music, theater, visual arts and cinema. The initiative started in gatherings in soirees and artistic interventions organized in Jd. Guarau, west zone of São Paulo.

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Trupe da Lona Preta (SP)

Direção / Direction Sergio Carozzi Joel Carozzi Elenco / Cast Alexandre Matos Elias Costa Joel Carozzi Sergio Carozzi Wellington Bernardo Figurinos / Wardrobe Trupe da Lona Preta Produção / Production Henrique Alonso Duração / Duration 45 min Classificação / Age rating livre / All ages


Henrique Alonso


Cia. do Relativo (SP)

Ricardo avellar

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Criação, direção e atuação / Creation, direction and performance Otavio Fantinato Desenho de luz / Lighting design Sérgio Pires Operador de luz / Lighting operator Dudu do Circo Operador de som / Sound operator Dani Aponi Figurino / Wardrobe Julia Pacheco Cenografia / Scenography Eduardo do Amaral Duração / Duration 45 min Classificação / Age rating Livre / All ages Ricardo avellar

Em cena, um ser solitário e excêntrico, que busca através da desconstrução de seu cotidiano uma nova motivação para sorrir. Dentro de sua casa, com poucos móveis e sen­ timentos, ele dá novos significados a objetos do dia a dia: jornais, xícaras, livros e vassouras são manipulados de maneira inesperada, criando situações cômicas e surreais. O cria­dor, ator e diretor do espetáculo, Otavio Fantinato, também faz uso de bolas de malabarismo clássico para ilustrar essa procura por um novo sentido para a vida. Otavio é fundador da Cia. do Relativo que, desde 2009, procu­r a explorar novas possibilidades técnicas e cênicas, acres­centando novas linguagens a seus trabalhos.

Onstage, a solitary and eccentric being that seeks a new motivation to smile by deconstructing his daily life. At home, with few pieces of furniture and feelings, he gives new meanings to ordinary objects: newspapers, cups, books and sweepers are handled in an unexpected manner, creating comic and surreal situations. Creator, actor and director Otavio Fantinato also uses classical juggling balls to illustrate the pursuit of a new sense for life. Otavio is the founder of Cia. do Relativo that, since 2009, has sought to explore new technical and scenic possibilities, adding new languages to his work.

ESPETÁCULOS | speCtacles 65


Aqui, o espectador é convidado a embarcar numa viagem de sensações – basta se deixar tocar. Pode ser o toque de uma pessoa, de um gato, de uma música… Para ajudar nessa condução, técnicas de teatro e circo dão tom lúdico ao texto reflexivo e introspectivo.

Here, audience is invited to embark on a trip of feelings – you just have to permit to be touched. It may be the touch of a person, a cat, a song… To help with it, theater and circus techniques give a playful tone to the reflexive and introspective text.

No palco, o elenco do jovem coletivo brasiliense Instrumento de Ver faz uma apresentação que ora revela o processo de criação, ora o de montagem de cena. As artistas Julia Henning e Maíra Moraes muitas vezes conversam com a plateia para contar como aqueles elementos foram parar no palco. É o caso do número “Ausência”, baseado no fado homônimo e apresentado na voz da cantora cabo-verdiana Cesaria Évora, que chegou ao grupo, sem querer, por uma fita velha de VHS.

Onstage, the cast of the young Brasilia troupe Instrumento de Ver makes a performance that both reveals the process of creation and the setting of the scene. Artists Julia Henning and Maíra Moraes often talk with the audience to tell how those elements appeared on stage. It is the case of Ausência, an act based on the homonymous fado music and presented in the voice of Cape Verde’s singer Cesaria Évora, that came to the group by chance through an old VHS tape.

A direção é de Raquel Karro, gaúcha radicada no Rio de Janeiro, formada pela Escola Nacional do Circo. Como intérprete e criadora, já integrou projetos de importantes companhias, como Cirque du Soleil, Armazém Cia. de Teatro, Intrépida Trupe e Cia. dos Atores.

Instrumento de Ver (DF) Direção, dramaturgia e coreografias / Direction, dramaturgy and choreography Raquel Karro Intérpretes-criadoras / Performers-creators Julia Henning e Maíra Moraes Diretor-assistente e direção técnica / Assistant director and technical direction Daniel Lacourt Trilha sonora original / Original soundtrack Luiz Oliviéri 66

The show is directed by Raquel Karro, artist from Rio Grande do Sul established in Rio de Janeiro, graduated from the Escola Nacional de Circo. As a performer and designer, she already participated in projects of important companies such as Cirque du Soleil, Armazém Cia. de Teatro, Intrépida Trupe and Cia. dos Atores.

Contrarregragem / Stagehand Zeca Moysés, Daniel Lacourt Vini Martins Diretor de arte, cenário e figurinos / Art director, setting and wardrobe Roustang Carrilho Assistente de direção de arte / Assistant art direction Sarah Noda Iluminação / Lighting Abaetê Queiroz Pinturas / Painting Gabriel Marx Produção de base / Base production Gabriela Onanga Números cedidos e por nós revisitados/Acts ceded and revisited by us “Coisa que dá e passa” ou “Ausência” Direção Coreográfica / Choreographic

Direction: Dani Lima. Intérpretes Criadoras / Performers-creators: Dani Lima e Marília Bezerra “Beatriz” - Vídeo: ClipClipUha. Direção e Coreografia / Direction and Choreography: Raquel Karro. Intérprete Criadora / Performer-creator: Beatrice Martins Duração / Duration 60 min Classificação / Age rating 12 anos / 12 year-old


Joテ」o Saenger

ESPETテ,ULOS | speCtacles

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Lona armada, picadeiro pronto, público na pla­ teia. Mas onde é que foram parar os artistas? Sem notícias nem saída, dois ajudantes de circo (os chamados “barreiras”) se veem obrigados a pre­ parar de improviso um espetáculo. Ali mesmo, na frente de todo mundo, vão se trans­­ formando nos palhaços Pão de Queijo e Maionese. Maquiam-se e trocam de figurinos para, no im­ proviso, entreter os espectadores que estão à espera do show. Isso tudo com a colaboração do público que, com eles, faz um novo espetáculo no qual não vão faltar esquetes tradicionais, acrobacias, ventriloquia e muitas trapalhadas. “Os Artistas” é um dos 18 espetáculos do repertório da companhia paulista Nau de Ícaros. Criado em 1992, o grupo utiliza o intercâmbio entre circo, teatro, dança e cultura popular brasileira em sua pesquisa cênica, também marcada por experimen­tações arquitetônicas.

Tent set, ring ready, audience present. But where are the artists? With no news or way out, two circus assistants (the so-called “uniformists”) have to improvise a show. Right there, in front of everybody, they are transformed into clowns Pão de Queijo and Maionese. They put on their makeup and change clothing to improve the entertainment of viewers that are waiting for the show to begin. However, not without the collaboration of the audience that - with them - presents together a new show where nothing will be left aside such as traditional sketches, acrobat acts, ventriloquism and many blunders. “Os Artistas” is one of the 18 shows of the São Paulo company Nau de Ícaros repertoire. Created in 1992, the group uses the exchange among circus, theater, dance and Brazilian popular culture in its scenic research, also marked by architectural experimentations.

CHristian von ameln

Concepção, direção e trilha sonora / Conception, direction and soundtrack Marco Vettore Texto / Text Paulo Rogério Lopes Elenco / Cast Roberto Haathner Álvaro Barcellos Celso Reeks Cenário / Setting Luciano Bussab Figurinos e adereços / Wardrobe and props Nau de Ícaros Sonoplastia / Sound design Felipe Autenfelder Produção executiva / Executive production Nau de Ícaros Produção administrativa / Administrative production Álvaro Barcellos Duração / Duration 50 min Classificação / Age rating Livre / All ages

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Nau de Ícaros (SP)

ESPETÁCULOS | speCtacles 69


Davi Pinheiro


Grupo Fuzuê (CE)

Coautoria e colaboração / Co-authoring and collaboration Edmar Cândido Eric Vinícius Iluminação / Lighting Fábio Oliveira Professor de mão a mão Hand-to-hand technique instructor Marc Muñoz (Cia Balusca – Barcelona) Marcel Vidal Castells Preparação física / Fitness Robson Marques Estágios / Internships Central del Circ Academie Fratelline Moveo Duração / Duration 30 min Classificação / Age rating Livre / All ages

Por meio do contato e equilíbrio entre os corpos na técnica de mão a mão, dois artistas exploram as possibilidades de ocupação de espaço em que habitam e a construção de novas formas dentro dele.

Through the contact and balance between bodies in the hand-to-hand technique, two artists explore the possibilities to occupy the space where they live and to build new shapes inside it.

As imagens formadas em cena remetem às palafitas – casas construídas acima do nível da água, sustentadas sobre estacas. O conceito de morada aqui cria a subjetividade da proteção, uma maneira de habitar os terrenos não estáveis da condição humana.

The images formed in the scene remind palafitas – homes built above water level, sustained on stilts. The housing concept here creates the subjectivity of protection, a manner to inhabit the unstable lands of human condition.

Trinta quilos de areia de praia compõem a ambi­ entação. Não há trilha sonora nem diálogos: apenas o ruído gerado a partir do contato entre os corpos e pela exaustão de suas ações.

Thirty kilos of beach sand make up the ambience. There is neither a soundtrack nor a dialog: only the noise created based on the contact between bodies and the exhaustion of their actions.

O grupo Fuzuê foi formado em 2004 em Fortaleza e, desde então, dedica-se a produzir espetáculos com a fusão de diferentes linguagens artísticas, como a música, o teatro e a dança. O espetáculo “Palafita” foi criado a partir de estágios nas instituições europeias Academie Fratellini, em Paris, Central del Circ e Moveo, em Barcelona.

The Fuzuê group was created in 2004 in Fortaleza and, since then, it has been producing shows with the fusion of different art languages, such as music, theater and dance. Palafita was designed based on internships at European institutions Academie Fratellini, in Paris, Central del Circ and Moveo, in Barcelona.

ESPETÁCULOS | speCtacles

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PARLAPATÕES (SP) 72


Roteiro e direção / Script and direction Hugo Possolo Elenco / Cast Raul Barretto Hugo Possolo Fabek Capreri Hélio Pottes Sonoplastia e iluminação / Sound design and lighting Agentemesmo Sound Track Cenografia e figurinos / Scenography and wardrobe Hugo Possolo Operação de som / Sound operation Reynaldo Thomaz Operação de luz / Light operation Rodrigo Bella Dona Fotos / Photos Luiz Doroneto e Caetano Barrera Produção executiva / Executive production Erika Horn Realização / Realization Parlapatões/Agentemesmo Produções Artísticas Duração / Duration 60 min Classificação / Age rating Livre / All ages LUiz doro neto

Números emblemáticos dos mais de 20 anos de vida dos Parlapatões estão reunidos neste espetáculo de variedades. Entre eles, a coreografia de balé clássico realizada por lutadores de boxe, o núme­ ro das “Águas Dançantes”, a disputa de pênaltis no futebol dos palhaços e ainda o “Rei do Gatilho”, no qual um tenta acertar uma maçã que está na testa de outro. “Parlapatões Clássicos do Circo” estreou em 2008 e já foi apre­sentado em diversas cidades brasileiras. O es­pe­táculo celebra a tradição circense, ao mesmo tem­po em que busca a renovação da linguagem. Fundado em 1991, o grupo paulistano Parlapatões tem um reconhecido trabalho marcado pela mescla de técnicas circenses, elementos de teatro de rua e da comédia.

Emblematic acts of the 20 years of existence of Parlapatões are gathered in this variety show. They include choreography of classic ballet performed by box fighters, the “dancing waters” act, the penalty competition in clown football and also the “king of trigger,” in which a clown tries to hit an apple that is on the forehead of another. “Parlapatões Clássicos do Circo” premiered in 2008 and has been already presented in several Brazilian cities. The show celebrates circus tradition, while searching for language renewal. Founded in 1991, São Paulo group Parlapatões has a well-recognized work marked by a mix of circus techniques, street theater and comedy elements.

ESPETÁCULOS | speCtacles

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justin nicholas - atmosphere photography

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C!RCA

(Austrália) Criação / Creation Yaron Lifschitz Circa Ensemble Direção / Direction Yaron Lifschitz Atuação / Performance Phoebe Armstrong Robbie Curtis Jarred Dewey Freyja Edney Todd Kilby Alice Muntz Lewie West Gerente de produção - Designer de luz / Production manager - lighting designer Jason Organ Música / Music Kimmo Pohjonen e Samuli, interpretada por Kronos Quartet, Kimmo Pohjonen e Samuli Kosminen Kimmo Pohjonen and Samuli, interpreted by the Kronos Quartet, Kimmo Pohjonen and Samuli Kosminen Música adicional e som / Additional music and sound Purcell Viñao Múm e elenco / Múm and cast

Inspirados nas curvas e no movimento natural da 19ª letra do alfabeto, S, a companhia australiana C!RCA traz para o palco artistas que se curvam, voam, contorcem-se e se penduram - às vezes sozinhos e, em outras, em um emaranhado de corpos. Usando um figurino seco, justo e negro, que valoriza e destaca os movimentos harmoniosos e rápidos em meio a um cenário minimalista, o espetáculo leva a habilidade física e emocional do elenco ao extremo. Criada em Brisbane, Austrália, C!RCA propõe uma nova visão para o circo contemporâneo, com trabalhos que quebram a expectativa do público, misturando corpos, luz, som e habilidades. Desde sua criação, em 2006, a companhia já se apresentou em 27 países.

Figurinos / Wardrobe Libby McDonnell Produção / Production Danielle Kellie Agente internacional / International agent Paul Tanguay Fotógrafo / Photographer Darcy Grant Photography Produção São Paulo / São Paulo production Gutto Ruocco Paulo Aliende / Gutoruocco Produções Culturais Duração / Duration 85 min Classificação / Age rating Livre / All ages

Inspired in the curves and natural movement of the 19th letter of the alphabet, S, Australian company C!RCA brings to the stage artists that bend, fly, snake and hang – sometimes alone, and in other occasions, in tangled bodies. Using a clean-cut, fitted and black wardrobe that values and highlights harmonious and fast movements in a minimalist setting, the show takes the cast’s physical and emotional skills to extremes. Created in Brisbane, Australia, C!RCA proposes a new perspective on contemporary circus, with a performance that exceeds the audience expectation, mixing bodies, light, sound and skills. Since its creation in 2006, the company has already presented its shows in 27 countries.

ESPETÁCULOS | speCtacles

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Daniel lavenere

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Cia. Nós No Bambu (DF)

Direção artística e coreografia / Art direction and choreography Roberto Magro Dramaturgia / Dramaturgy Intérpretes criadoras Roberto Magro Intérpretes-criadoras / Performers-creators Ana Flávia Almeida Beatrice Martins Nara Faria Poema Mühlenberg Roberta Martins Material coreográfico / Choreographic material Diogo Dolabella Elodie Doñaque Jorge Allue Peter Jasko Roberto Olivan Direção musical e trilha sonora original / Musical direction and original soundtrack Laurent Delforge Músicos / Musicians Laurent Delforge George Lacerda Pedro Martins Ocelo Mendonça Andrea dos Santos

Originário da astronomia, o termo paralaxe significa o des­locamento aparente de um objeto quando se muda a posição do observador. As paralaxes do imaginário são, portanto, movimentos alternados do pensamento, que provocam mudanças de signi­ ficado. E que, ao contrário de seguir um percurso linear, são pautados pelo acaso e pela aleatoriedade da teia da vida. Essas são as bases do novo espetáculo da Cia. Nós No Bambu, que convida o público a uma viagem pelas infi­ nitas possibilidades de percursos do pensamento e da imaginação. Isso através de metáforas visuais criadas pela movimentação das intérpretes nas esculturas artesanais de bambu características da companhia. A direção é do italiano Roberto Magro, diretor artístico da Escola de Artes Circenses Flic, de Turim, fundador da companhia Magda Clan e diretor do Festival Brocante, de Val Colvera, na Itália.

Cenografia em bambu / Bamboo scenography Marcelo Rio Branco Consultor cenotécnico / Technical scenography consultant Daniel Lacourt Pesquisa técnica em aparelho de bambu / Technical research in bamboo apparatus Carlos Marin Vitor Marçal Cenotécnico / Scenography technician Jackson Prado Jozimar Marinho Rigger Jackson Prado Duração / Duration 70 min Classificação / Age rating Livre / All ages

Originated from astronomy, “parallaxes” means the apparent displacement of an object by changing the observer’s position. Therefore, the parallaxes of the imaginary are alternated movements of thought that cause changes of meaning. And, instead of following a linear course, they are based on chance and random of the web of life. This is the purpose of the new Cia. Nós No Bambu show that invites the audience to a trip through infinite possibilities of courses of thought and imagination. This happens through visual metaphors created by the movement of performers in the company’s bamboo crafted sculptures. The show is directed by Italian Roberto Magro, Art Director of the Turin’s Flic Circus Arts School, founder of company Magda Clan and Director of the Val Colvera’s Brocante Festival in Italy.

ESPETÁCULOS | speCtacles

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AndrĂŠ Andrade



Trupe Um Quilo e Meio de Variedades (SP)

A cada vez que Herolino e Fuska surgem em cena, uma nova surpresa acontece. O improviso é a base desses dois palhaços que usam sua espontaneidade conforme a interação com o público. Para isso, a dupla se vale da comicidade física, de músicas tocadas ao vivo, claques e cascatas clássicas do circo. Tudo é acompanhado por músicas próprias, tocadas por eles, no banjo, violão, pandeiro e trompete. “Acrobático Cômico” foi criado por Erickson Almeida (Herolino) e Julio Cesar do Rosário (Fuska). Os artistas compõem a Trupe Um Quilo e Meio de Variedades, nome que faz alusão à diferença de tamanho entre eles. Os dois trabalham juntos há nove anos e desenvolvem uma linguagem contemporânea para a figura do palhaço.

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DivulgaçÃo

Each time Herolino and Fuska appear onstage, a new surprise happens. Improvisation is the basis for those two clowns that resort to spontaneity as they interact with the audience. For this reason, the duo resorts to physical humor, live tunes, claques and classical circus slapsticks. Everything is accompanied by their own tunes, played by them, on banjo, guitar, tambourine and trumpet.

Direção musical, figurinos, elenco e direção geral / Musical direction, wardrobe, cast and general direction Erickson Almeida Julio Cesar do Rosário Duração / Duration 45 min Classificação / Age rating Livre / All ages

“Acrobático Cômico” was created by Erickson Almeida (Herolino) and Julio Cesar do Rosário (Fuska). The artists make up the Trupe Um Quilo e Meio de Variedades, a name that alludes to their size difference. They have been working for nine years and, together, they developed a contemporary language for the clown figure.

INTERVENÇÕES | Artistic Interventions

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Este cortejo cênico é um musical às avessas, com coreografias e improvisações baseadas na lógica do bufão e suas paródias. Os cinco músicos, filhos do maestro Jairo da Silva, apresentam composições cômicas de autoria própria, como “Rinoceronte-cobra” e “Frango #5”. Criada em 2007 pelo Circo da Silva - um coletivo de artis­tas que se reúne em diversos formatos para realizar espetáculos que mesclam teatro físico e música -, a Banda de Muvuca já se apresentou no Chile, na Argentina, no Festival de Inverno do Sesc e, em 2009, ganhou o Prêmio de Estímulo ao Circo Carequinha da Funarte.

This scenic pageant is an upside down musical, with choreography and improvisations based on the logic of the buffoon and his parodies. The five musicians, sons of conductor Jairo da Silva, present comic compositions of their own authorship, such as “Rinoceronte-cobra” and “Frango #5”. Created in 2007 by Circo da Silva – a troupe of artists that gathers in several formats to present shows mixing physical theater and music –, Banda de Muvuca has already presented its shows in Chile, Argentina, at the Sesc Winter Festival and, in 2009, it was awarded with Funarte’s Circus Prize Incentive Prize Carequinha.

Maestro / Conductor Jairo da Silva Trilha original / Original soundtrack Arturo Cussen Banda / Band Arturo Cussen Diego Terra Reubem Neto Julia Guerra Antônio Marrache Atuação / Performance Paula Preiss Contrarregra / Stagehand Fernanda Marques Roteiro/ Script Paula Preiss Arturo Cussen Figurinos / Wardrobe Patrícia Preiss Karlla Tavares Duração / Duration 60 min Classificação / Age rating Livre / All ages

Circo da Silva (RJ)

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Cristian Beltrán

INTERVENÇÕES | Artistic Interventions

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Dani Gurgel

Sabe aquelas bandas que antigamente tocavam nos coretos e eram capazes de reunir dezenas de pessoas encantadas pela boa música que entoavam? A Banda Paralela nasceu com esse mesmo intuito: resgatar uma tradição que há muito não se vê pelas praças, principalmente de cidades do interior. O figurino segue o mesmo princípio e é inspirado nos uniformes de bandas militares, com jaquetas que carregam medalhas, dragonas e comendas. Com sete instrumentos – cinco sopros e duas percussões –, a Paralela apresenta uma variedade de ritmos, dos tradicionais samba, maracatu, xote e baião aos gêneros de massa, como rock, pop, dance music e até mesmo o funk. E não só se esmeram na performance musical, mas também interagem com o público, ensaiando pequenos passos em coreografia enquanto tocam.

Do you remember those bands that played in bandstands and gathered dozens of people charmed with good music they played? Banda Paralela was created for that same purpose: rescuing a tradition that is not anymore seen in plazas, mainly in small towns. The wardrobe follows the same principle and is inspired by uniforms of military bands, with jackets bearing military commendation medals. With seven instruments – five wind and two percussions – Paralela presents a variety of rhythms, from traditional samba, maracatu, xote and baião to mass genders, such as rock, pop, dance music and even brazilian funk. And they not only give their best to the musical performance but also interact with the audience rehearsing little choreographic steps while playing. 84

Músicos / Musicians Alexandre Daloia Denilson Martins Marcio Forte Ivan Alves Douglas Freitas Sidmar Vieira Tiago Sormani Produtor executivo / Executive producer Tiago Sormani Assistente de produção / Production assistant Katia Garulo Engenheiro de som / Sound engineer Fernando Leite Duração / Duration 50 min Classificação / Age rating Livre / All ages


Banda Paralela (SP)

Dani Gurgel

INTERVENÇÕES | Artistic Interventions

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Como em um cortejo, palhaços entoam diversas canções e convidam o público a fazer parte de sua apresentação. Enquanto eles tocam instrumentos convencionais, como violão, caixa e sanfona, o público pode acompanhar o ritmo com objetos inusitados, como campainha e colheres. A ideia é revisitar entradas e esquetes tradicionais do circo, as chamadas “reprises”, daí o nome da companhia.

Concepção e elenco / Design and cast Alessandra Siqueyra Carolyn Ferreira Débora Sanders Sandro Fontes Vanessa Rosa Washington Gabriel

Fundada em 2010, a Cia. Reprises surgiu após a conclusão da primeira parte do projeto “Entre Risos e Lágrimas - O Circo no Teatro (da Pan­ tomima aos Dramas)”, uma parceria entre os Doutores da Alegria, o Centro de Memória do Circo e o Arquivo Miroel Silveira. O projeto visava, junto aos alunos formados pelo Programa de Formação de Palhaços para Jovens dos Doutores da Alegria, ao estudo dos esquetes clássicos circenses.

Duração / Duration 40 min Classificação / Age rating Livre / All ages

Likewise a pageant, clowns sing several songs and invite the audience to be part of their presentation. While they play conventional instruments such as the guitar, box and concertina, the audience accompanies the rhythm using uncommon objects such as bells and spoons. The idea is to revisit traditional circus entrées and sketches, the so-called reprises, therefore the company name. Founded in 2010, Cia. Reprises emerged after the completion of the first part of a project called “Between Laughters and Tears - Circus in Theatre (From Pantomime to Dramas)”, a partnership between Doutores da Alegria, the Circus Memory Center and Miroel Silveira Archives. The project’s purpose was the study of classical circus sketches by students graduated from the Young Clown Training Program sponsored by Doutores da Alegria.

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Cia. Reprises (SP)

Noel Filho


Eduardo Martins

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Música tradicional dos Bálcãs e do Leste Europeu é a especialidade da Go East Orkestar, orquestra popular carioca formada em 2010 que também experimenta as possibilidades de fusão com a música popular brasileira. Entre as músicas apresentadas estão “Mesecina”, de Goran Bregović, “Ederlezi”, espécie de hino cigano de autoria desconhecida, e “Dusty Road”, da banda romena Fanfare Ciocarlia. A Go East Orkestar foi a responsável por fundar o primeiro “não bloco pós-carnaval” de música balcânica no Brasil, em 2011. Já participou de diversos festivais pelo Brasil e pelo mundo, entre eles o Rock in Rio, o Guča, o Nisville Jazz e o Dani Brazila (os três últimos na Sérvia). Em Guča em 2012, a Go East Orkestar representou o Brasil na 3ª Competição Internacional de Brass Bands e ficou em segundo lugar no concurso de melhor banda.

Maestro / Conductor Daniel Vasques Músicos / Musicians Alexandre Bittencourt Daniel Vasques Fernando Oliveira Gilberto Campello Leonardo Antunes Osmário Jr. Pedro Selector Rodrigo Assumpção Thiago Osório Thiago Queiroz Produção / Production Sol Provvidente Maria Almeida Duração / Duration 40 min Classificação / Age rating Livre / All ages

Traditional Balkans and Eastern Europe music is a specialty of Go East Orkestar, a popular Rio de Janeiro orchestra created in 2010 that also experiments with possibilities of fusion with Brazilian popular music. The tunes presented include “Mesecina”, by Goran Bregović, “Ederlezi,” a kind of gypsy hymn of unknown authorship, and “Dusty Road”, of Romanian band Fanfare Ciocarlia. The Go East Orkestar founded the first “post-carnival non-bloc” with Balkans music in Brazil in 2011. The band has already participated in several festivals in Brazil and worldwide, including Rock in Rio, Guča, Nisville Jazz and the Dani Brazila (the last three in Serbia). In Guča in 2012, Go East Orkestar represented Brazil in the Third International Brass Bands Competition and ranked second as best band.

INTERVENÇÕES | Artistic Interventions 89


Danielle de Siqueira (SP)

Criação, direção e atuação / Creation, direction and performance Danielle de Siqueira Duração / Duration 30 min Classificação / Age rating Livre / All ages

Leid Band é capaz de, sozinha, criar um universo musical tocando mais de dez instrumentos diferentes, que vão desde o acordeão até o bumbo, passando pelo chimbau e o kazoo. No repertório, que varia de acordo com a interação do público, estão antigas marchinhas de carnaval, temas de jazz, músicas de circo e composições próprias. Entre uma música e outra, Leid Band também faz inter­venções cômicas. Quem dá vida à mulher-banda é a atriz e musicista Danielle de Siqueira, que há pelo menos 15 anos se dedica à pesquisa e ao aprimoramento nas artes circenses.

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divulgaçÃo

Leid Band is able to create all by herself a musical universe playing more than ten different instruments, from accordion to bass drum, to hi hat and the kazoo. In the repertoire that varies according to audience interaction are old Carnival marching tunes, jazz themes, circus music and own compositions. Between tunes, Leid Band also makes comic interventions. Who gives life to the band woman is actress and musician Danielle de Siqueira that has been dedicating her work for at least 15 years research and improvement in circus art.

INTERVENÇÕES | Artistic Interventions

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Wallace Kyoskys (SP)

Espécie de perna de pau de alta tecnologia, o skyrunner cha­ma a atenção por si só: não apenas torna quem o utiliza mais alto, como também possibilita saltar a metros de altura e distância. Não bastasse isso, o circense Wallace Kyoskys canta e toca violão enquanto realiza sua performance acrobática com o skyrunner. Wallace Kyoskys se formou em 2006 na Escola Nacional de Circo. Desde então trabalha com renomadas companhias de São Paulo, como Pia Fraus, Parlapatões e a banda O Teatro Mágico. Também comanda, em parceria com Amanda Yamada, o projeto de música autoral chamado “Vitrine”, que acontece toda semana no Espaço Parlapatões, em São Paulo.

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Direção e atuação / Direction and performance Wallace Kyoskys Direção, produção e operação de som / Direction, production and sound operation Amanda Yamada Figurino / Wardrobe Ana Rillo Preparação circense / Circus preparation Alcleir Alcantara Junior Duração / Duration 45 min Classificação / Age rating Livre / All ages


Zeca Rodrigues

Zeca Rodrigues

A type of high-technology walking stilt, the skyrunner itself draws people’s attention: not only does it make those who use them taller but also enables people to jump meters high and long distance. If this were not enough, circus man Wallace Kyoskys sings and plays the guitar while showing his acrobatic performance with the skyrunner. Wallace Kyoskys graduated in 2006 from the Escola Nacional de Circo. Since then he has been working with renowned companies of São Paulo such as Pia Fraus, Parlapatões and O Teatro Mágico band. He also leads, in partnership with Amanda Yamada, the authorial music project called “Vitrine” that takes place every week at Espaço Parlapatões, in São Paulo.

INTERVENÇÕES | Artistic Interventions 93


Criação, atuação e direção / Creation, performance and direction Mauro Bruzza Figurino / Wardrobe Cia. UmPédeDois Produção / Production Rima Cultural Duração / Duration 30 min Classificação / Age rating Livre / All ages

Maurolauropaulo é um homem-banda que sofre de uma profunda crise de personalidade e a transforma em experimentação musical. Munido de chocalhos, pratos, bumbos, acordeão e apitos, compõe sozinho o som de uma banda completa. Os vinte instrumentos são tocados em harmonia, o que exige coordenação motora plena do artista, que usa mãos, pés e boca para tocar desde músicas de sua própria autoria até clássicos do rock reinventados. Como se tudo isso não fosse suficiente, Maurolauropaulo ainda se arrisca a compor canções no improviso, como um bom repentista. Interpretado por Mauro Bruzza, “O Homem-Banda” faz parte do repertório da Cia. UmPédeDois, nascida em 2008 em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O grupo busca na música, na dança, no circo e no teatro de rua os elementos fundamentais para montar seus espetáculos.

Maurolauropaulo is a one-man band who suffers from a deep personality crisis and turns it into a musical experimentation. Provided with rattles, cymbals, bass drum, accordion and whistles, he produces the sound of a complete band by himself. The twenty instruments are played in harmony, and this requires total motor coordination from the artist who uses his hands, feet and mouth to play from tunes of his own authorship to reinvented classics of rock. As if this were not enough, Maurolauropaulo still composes improvised songs, as a good improvisator. Interpreted by Mauro Bruzza, “O Homem-Banda” is part of the repertoire of Cia. UmPédeDois, created in 2008 in Porto Alegre, Rio Grande do Sul. In music, dance, circus, and street theater the group pursues the essential elements to set up its shows.


Mauro Bruzza (RS)

Andy Marshall

INTERVENÇÕES | Artistic Interventions 95


Guilherme Folco (SP)

Cristiano Oliveira


Um palhaço que toca saxofone, ao mesmo tempo em que se equilibra sobre um monociclo. Ou, ainda, que faz malabares sem perder o equilíbrio sobre a roda. O ator Guilherme Folco, intérprete do palhaço Saxtrupiado, prova que não tem apenas técnica, mas também talento. Toca desde temas de desenhos animados, como “Pantera Cor de Rosa” e “Popeye”, até clássicos da música popular brasileira, de Wando a Chico Buarque. Aceita ainda pedidos do público, jurando que sabe tocar todas as músicas do mundo. Formado em Artes Cênicas, Guilherme é também músico e artista circense. Ex-aluno do Circo Escola Picadeiro e da Oz Academia Aérea, atua desde 2006 em festivais, eventos e nas ruas do Brasil e do mundo.

Cristiano Oliveira

A clown playing sax, while balancing himself on a monocycle: or else, a clown who juggles without losing balance on the wheel. Actor Guilherme Folco, performer of clown Saxtrupiado, proves that he has not only skills, but also talent. He plays from animated cartoons themes, such as “The Pink Panther” and “Popeye” to Brazilian popular music classics, from Wando to Chico Buarque. He also accepts suggestions from the audience, swearing that he knows how to play all the music in the world.

Concepção e interpretação / Creation and performance Guilherme Folco Duração / Duration 60 min Classificação / Age rating Livre / All ages

Graduated in Scenic Arts, Guilherme is also a musician and circus artist. Former student of Circo Escola Picadeiro and Oz Academia Aérea, he has been performing since 2006 in festivals, events and streets of Brazil and worldwide.

INTERVENÇÕES | Artistic Interventions

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(SP)

Num clima circense musical que remete à essência de antigos shows de variedades se apresenta Bigosty: um showman em decadência que tenta levar adiante seu virtuosismo singular, mas sente que não tem mais tanto espaço em tempos de grandes espetáculos. Ele tenta reconquistar o seu público, outrora fiel, realizando diversos números antigos de circo, como malabarismo com aros gigantes e com bolinhas de pingue-pongue, além de improvisações humorísticas, acrobacias e números musicais. Há pelo menos quatro anos, o artista Esteban Hetsch pesquisa a figura dos showmen circenses dos anos 1940 e 1950, assim como seus repertórios musicais. Convidou os músicos Diego Calasso, Guilherme Silveiras e Nando Vicencio para auxiliá-lo na investigação musical que resultou no “The Bigosty Show’s”.

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Rodrigo Kassab

In a musical circus climate that reminds the essence of old variety shows Bigosty presents his show: he is a decadent showman that tries to go ahead with his unique virtuosity, but feels that he does not have much space in times of big shows. He tries to please his once faithful audience, performing several old circus acts, such as juggling with giant hoops and table tennis balls, in addition to humoristic improvisations, acrobatic and musical acts. For at least 4 years, artist Esteban Hetsch has been researching the figure of circus showmen in the 1940s and 1950s, as well as their musical repertoires. He invited musicians Diego Calasso, Guilherme Silveiras and Nando Vicencio to help him with the musical investigation that resulted in “The Bigosty Show’s”.

Criação, atuação e direção / Creation, performance and direction Esteban Hetsch Músicos / Musicians Diego Calasso Guilherme Silveiras Nando Vicencio Direção de arte / Art direction Esteban Hetsch Maira Mesquita Talma Salem Produção / Production Talma Salem Duração / Duration 40 min Classificação / Age rating Livre / All ages

INTERVENÇÕES | Artistic Interventions 99


(SP)

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O projeto “Circo no Beco” é um espaço de intercâmbio de ideias, técnicas e ensaios entre artistas de lona, rua e teatro. Organizado há mais de dez anos por artistas voluntários, acontece toda segunda-feira - dia de descanso dos circenses - na Praça do Beco, na Vila Madalena, em São Paulo. Durante o festival, o projeto ocupa diversas unidades do Sesc e cria miniestações de experimentações e treinamento, onde os artistas podem tanto exibir seus números, entre malabares e acrobacias, quanto ensaiar novas técnicas. O público que tiver interesse também será convidado a experimentar um pouco do universo circense.

The “Circo no Beco” project is a space for the exchange of ideas, techniques and rehearsals for tent, street and theater artists. Organized over ten years ago by volunteering artists, it happens every Monday – circus rest day – at Praça do Beco, Vila Madalena, São Paulo. During the festival, the project occupies several Sesc units and creates mini-stations for experimenting and training, where artists may both show their acts, including juggling and acrobatics, and rehearse new techniques. The interested audience will also be invited to experiment a little of the circus universe.

Produção e coordenação / Production and coordination Antonio Marcos Pires Gil Artistas convidados / Guest artists Aldo Alvinho de Padua André Becker Barbara Francesquine Cafi Otta Cesar Lopes Chris Cruz Cristiano Carvalho Dario França Davi Sibella Douglas Marinho Du Circo Dudu do Circo Emerson Noise Esteban Hetsch Fernando Vicêncio Fran Marinho Gabriela Winter Gonzalo Caraballo Hélio Costa Isadora Faro Jorge Ribeiro Luciana Arcuri Lucio Maia Duico Marcos Gil Meyriane de Castro Paulo Caverna Renato Cesar Paio Rodrigo Racy Rogerio Piva Roney dos Anjos Taís Nicácio Pereira Vitor Ricciardi Chiarello Wallace Alcantara Classificação / Age rating Livre / All ages

INTERVENÇÕES | Artistic Interventions 101


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Coordenação geral e produção / General coordination and production Cia Suno Artistas convidados / Guest artists Russo Jazz Band Helena Figueira Duba Becker Emerson Noise Daniel Salvi Ivens Burg Joana Piza Guga Cacilhas Edu Mantovani Carola Costa Du Circo Duico Vasconcelos Gui Bressane Thiago Gagante Andre Becker Renan Léo Mologni Walace Kyoskys Classificação / Age rating Livre / All ages

É da característica do circo aparecer de repente, chamar a atenção de todos com seus números excepcionais e, quando menos se espera, dar adeus. Seguindo essa ideia inerente ao universo circense, malabaristas, contorcionistas e palhaços de diversas companhias se reúnem no centro da cidade para um flash mob, reunião “inesperada” de muitas pessoas - no caso, de artistas - para realizar ações inusitadas, mas previamente combinadas. Imbuídos de técnicas de improviso, os artistas interagem com o público e utilizam objetos do contexto urbano para realizar seus números.

It is a circus characteristic to appear suddenly, draw attention of all with its exceptional acts, and when least expected, say goodbye. Following that idea inherent to the circus universe, jugglers, contortionists and clowns of several companies gather in the downtown area for a flash mob, an “unexpected” meeting of many people – in this case, artists – to perform uncommon but previously agreed actions. Provided with improvisation techniques, artists interact with the audience and use objects of the urban context to show their acts.

INTERVENÇÕES | Artistic Interventions 103


AndrĂŠ Andrade



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Concepção / Conception Equipe de programação do Sesc Santo André Projeto expográfico / Expographic project Usina da Alegria Planetária Criação de bonecos / Doll creation Gigi Manfrinato Sandra Lee Pesquisa e produção de textos / Text research and production Ermínia Silva Pesquisa de conteúdo histórico expográfico e acervos / Research on historic and expographic content and archives Verônica Tamaoki Projeto luminotécnico / Technical light and sound design Simone Donatelli Paisagem sonora / Sound ambience Eduardo Aguiar Keko Mota Projeto de aromatização / Aromatization project Marcelo Poveda Adereçagem / Adornments Usina da Alegria Planetária GTA Cenografia Cenárivm Cenographia & Arte José Gambelli Neto e Horacio de la Rosa Ação educativa / Educational action Dialogum projetos culturais Oficinas de educomunicação / Educommunication workshops Calaboca já morreu

Trailers estacionados, pequenas lâmpadas amarelas acesas, tenda desgastada pelo tempo, chão de terra batida, cartazes lambe-lambe anunciando as principais atrações do dia. Explorar essa atmosfera de um circo itinerante que acabou de chegar na cidade é a proposta de Circo da Gente. A exposição enfoca o modo de vida das famílias de multiartistas que, de geração em geração, circularam de norte a sul do país, e todo o imaginário em torno delas. Quem sempre teve a curiosidade de conhecer os basti­dores do circo poderá visitar diversas caravanas-moradias que recriam, com uma licença poética, a visão e a intimidade dos artistas fora do espetáculo. Ou o quintal atrás do picadeiro que traz o lado pessoal dos circenses, com malas, fotos de família, varais de roupa etc.

Trailers parked, small yellow light bulbs on, a tent worn by the weather, dirt ground, press posters announcing the main attractions of the day: Exploring that atmosphere of an itinerant circus that has just arrived in the city is the proposal of Circo da Gente. The expo focuses on the way of life of multi-artist families that, generation after generation, circulated from the every corner of the country, and all the imaginary around them on the part of non-circus persons. Who has always had the curiosity to know how circus backstage works may visit several home-caravans that recreate, with poetic license, the vision and intimacy of artists out of the show. Or the yard behind the circus ring that shows the personal side of circus, with luggage, family photos, clotheslines, etc.

EXPOSIÇÃO | Exhibition 107


AndrĂŠ Andrade



Workshop

Correndo riscos Investigações em Circo Contemporâneo Running Risks Investigations in Contemporary Circus

Dirigido a artistas circenses interessados em desen­volver seus números e ampliar suas formas de exploração a partir do corpo (dança, teatro, voz, contato etc). O objetivo desse workshop é desenvolver novos olhares e possibilidades de exploração de técnicas e equipamentos circenses, tendo o risco pessoal e artístico como o ponto de partida e fio condutor da exploração dos processos criativos.

This workshop is oriented to circus artists interested in developing their acts and expanding their forms of exploration based on the body (dance, theater, voice, contact, etc.). The purpose is to develop new perspectives and possibilities to explore techniques and circus equipment, having personal and artistic risk as the point of departure and backbone for the exploration of creative processes.

O workshop é conduzido por Rob Tannion e Tania Cervantes Chamorro, membros da companhia Organización Efímera, sediada na Espanha, cuja pesquisa se pauta na exploração do risco e da fragilidade para a construção de obras originais voltadas ao circo com inspirações sociopolíticas.

Classes are taught in Spanish and English, with translation into Portuguese.

Rob foi bailarino e colaborador da companhia inglesa DV8 Physical Theatre e cofundador da companhia Stan Won’t Dance. Tania é bailarina e circense formada pela escola Le Lido, em Toulouse, na França. Os encontros são ministrados em espanhol e inglês, com tradução para o português. Com / With Rob Tannion (Irlanda / Ireland) Tania Cervantes Chamorro (México / Mexico)

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Rob Tannion and Tania Cervantes Chamorro are members of Organización Efímera, headquartered in Spain, whose research is backed on the exploration of risk and fragility to build original acts for circus with sociopolitical inspirations. Rob was a dancer and collaborator at English company DV8 Physical Theatre and co-founder of Stan Won’t Dance. Tania is a dancer and circus artist graduated from school Le Lido, in Toulouse, France.


MESA 1 | Roundtable 1

Diálogos em circo na América Latina Dialogs on CIRCUS in Latin America

Organizadores de festivais, representantes de companhias, escolas e membros da Federação Iberoamericana de Circo apresentam um panorama atual do circo na América Latina. A partir da realidade de cada país, serão debatidos aspectos como formação, difusão, incentivo, semelhanças de realidades, iniciativas de redes já existentes e outras possibilidades de intercâmbio.

Festival organizers, representatives of companies, schools and members of the Iberian-American Circus Federation present a current overview of circus in Latin America. Based on the reality of each country, aspects such as formation, dissemination, incentive, similarity of realities, already existing net initiatives, and other possibilities of exchange will be debated.

Com / With Alejandra Jiménez Circo del Mundo (Chile) César Omar Cia Cabaret Capricho Festival de Circo Contemporâneo do México / Contemporary Circus Festival (México / Mexico) Felicity Simpson Circolombia (Colombia) Geraldine Sakuda La Tarumba (Peru) Mariana Rufolo Circo Social del Sur (Argentina) Junior Perim Crescer e Viver Festival Internacional de Circo do Rio de Janeiro / International Circus Festival of Rio de Janeiro(Brasil / Brazil)

Workshops e debates | Workshops and debates 111


MESA 2 | Roundtable 2

Estruturas e O risco Structures and THE RISK

Historicamente, o circense se respon­sabiliza não só pela parte artística, mas também pela montagem e manutenção dos aparelhos. Nos últimos anos, o aumento das exigências de segurança por parte de órgãos públicos e instituições culturais vem gerando novas demandas, impulsionando uma profissionalização do circo. Esta mesa traz à tona essas questões, discutindo normas e propostas de marcos regulatórios, as novas demandas de documentação e formação técnica em segurança, além de traçar paralelos com padrões internacionais.

Historically, circus artists have been responsible not only for the artistic part but also for the setting up and maintenance of circus apparatus. In recent years, the increased safety requirements from public authorities and cultural institutions have been generating new demands, driving forward circus professionalization also in that sense. This roundtable raises those questions, discussing standards and proposals of regulatory codes, new demands for documentation and technical safety qualification, in addition to drawing parallels with international standards.

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Com / With Guillem Pizarro Ateneu Popular 9 Barris (Espanha / Spain) Kiko Caldas Cia K (Brasil / Brazil) Leandro Mendonza Cia. Cíclicus e ex-diretor artístico da Central del Circ / Cia. Cíclicus and former Art Director of Central del Circ (Espanha / Spain) Marlene Querubim UBCI – União Brasileira de Circos Itinerantes / Brazilian Union of Itinerant Circus (Brasil / Brazil) Ely Santos UBCI – União Brasileira de Circos Itinerantes / Brazilian Union of Itinerant Circus (Brasil / Brazil)


MESA 3 | Roundtable 3

Pesquisa e produção de conhecimento no Brasil Knowledge Research and Production in Brazil

Nos últimos anos, muito além da for­m ação, profissionalização e difusão artística, o circo aparece cada vez mais como tema de pesquisa para diversas áreas do conhecimento, como Ciências Sociais, História, Artes e Educação Física. Esta mesa reúne representantes de instituições de ensino para discutir a produção de conhecimento sobre a área, por meio de cursos de especialização, grupos de estudo e teses sobre o tema, além da produção de pesquisas também fora da universidade.

Com / With Bruno Tucunduva Departamento de Educação Física da PUC – PR / Physical Education Department of Pontifical Catholic University of Paraná (PUC - PR)

In recent years, well beyond artistic education, professionalization and dissemination, circus appears more and more as a research theme for several areas of knowledge, such as Social Sciences, History, Arts and Physical Education. This roundtable gathers representatives of teaching institutions to discuss the production of knowledge on the area, through specialization courses, study groups and dissertations on the theme, in addition to the production of research studies also outside of the university.

Mario Bolognesi Instituto de Artes da Unesp - SP / Arts Institue of State University of São Paulo

Ermínia Silva Departamento de Educação Física da Unicamp – SP / Physical Education College of State University of Campinas (Unicamp) - São Paulo Marco Bortoleto Departamento de Educação Física da Unicamp – SP / Physical Education College of State University of Campinas (Unicamp) - São Paulo

Workshops e debates | Workshops and debates 113


Diálogos possíveis | Possible dialogs

encontro entre realizadores, pesquisadores, artistas e interessados em circo a meeting of promoters, researchers, artists and people interested in circus

Realizadores de festivais nacionais e inter­­nacionais e pesquisadores em circo recebem artistas, produtores e demais interessados para contatos profissionais e trocas de experiências.

Promoters of national and international festivals and circus researchers receive artists, producers and other interested people for professional contacts and exchange of experiences.

Com / With Alejandra Jiménez Circo del Mundo (Chile)

Guillem Pizarro Ateneu Popular 9 Barris (Espanha / Spain)

Bel Toledo Cooperativa Brasileira de Circo e Festival Paulista de Circo / Brazilian Circus Cooperative and São Paulo Circus Festival (SP)

Junior Perim Crescer e Viver / Festival Internacional de Circo do Rio de Janeiro (RJ) / Crescer e Viver/International Circus Festival of Rio de Janeiro

César Omar Cia Cabaret Capricho / Festival de Circo Contemporâneo do México / Contemporary Circus Festival (México / Mexico)

Leandro Mendonza Cia Ciclicus / La Central del Circ (Espanha / Spain)

Danielle Hoover Festival de Circo do Brasil / Circus Festival, Brazil (PE) Felicity Simpson Circolombia (Colômbia / Colombia) Fernanda Vidigal Festival Mundial de Circo (MG) Geraldine Sakuda La Tarumba (Peru)

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Marco Bortoleto Faculdade de Educação Física da Unicamp / Physical Education College, Unicamp (SP) Mariana Rufolo Circo Social del Sur (Argentina) Mario Bolognesi Instituto de Artes da Unesp / Institute of Arts, Unesp (SP)

Marlene Querubim UBCI – União Brasileira de Circos Itinerantes / Brazilian Union of Itinerant Circus (SP) Nacho Rey Festival Hazmereir (Argentina) Thomas Renaud Circus Next / Jeunes Talents Cirque (França / France) Apoio / Support


Histórias de circo / Circus Stories

Circo Paraki Documentário, espetáculo e conversa com os artistas Documentary, show and talk with the artists Ligiane Braga

Em meados dos anos 80 em São Paulo, um terreno à beira da Marginal Tietê servia de estacionamento de trailers de artistas circenses quando não estavam itinerando com o circo. Anos depois, em 1991, foi construída ali uma unidade do Projeto Cingapura. Alguns circenses decidiram pegar a estrada novamente, enquanto outros fixaram residência – e moram ali até hoje.

In the mid-1980s in São Paulo, a tract of land on the banks of Marginal Tietê served as parking lot for circus artist trailers when not itinerating with the circus. A few years later, in 1991, a Cingapura Project (popular homes) unit was built there. Some artists decided to hit the road again, whereas others established their residence – and live there till today.

Workshops e debates | Workshops and debates 115


Tudo isso é contado no documentário “Circo Paraki”, lançado em 2012, com direção de Mariana Gabriel e Priscila Jácomo. Vizinhos de parede no Cingapura, alguns dos artistas que marcaram época na história do circo brasileiro relembram no filme os momentos mais memoráveis que viveram no picadeiro.

This story is told in documentary “Circus Paraki”, released in 2012, directed by Mariana Gabriel and Priscila Jácomo. Neighbors living in the Cingapura buildings, some of the artists that were remarkable in Brazilian circus history recall in the film the most memorable moments they had in circus ring.

O festival Circos apresenta essas histórias numa tarde de atividades que inclui a exi­bição do documentário, um bate-papo, um espetáculo e um pocket show com alguns desses artistas - entre eles, Marília de Dirceu, uma das primeiras globistas (motoqueiras do globo da morte) do mundo, hoje com 81 anos, e Rokan, conhecido como o mágico dos dedos de ouro, que fez carreira no Circo Garcia.

Circos festival presents those stories in an afternoon of activities including the exhibition of the documentary, a chat, a performance and a pocket show with some of those artists – including Marília de Dirceu, one of the world’s first Globe of Death motorcyclists, today 81 year-old, and Rokan, known as the gold-finger magician, that developed his career at Circo Garcia.

Documentário / Documentary Direção / Direction Mariana Gabriel Priscila Jácomo Pesquisa e produção / Research and production Eduardo Rascov Mariana Gabriel Priscila Jácomo Assistente de produção / Production assistant Marília de Dirceu Roteiro / Script Cristina Muller Mariana Gabriel Edição / Editing Ana Minehira Finalização / Finalization Erik Lindgren Imagens / Images Cristina Muller Felipe Lafé Gabriel Azevedo Joe Furukawa Marcela Katzin Mariana Gabriel Transcrição e decupagem / Transcription and decoupage Jessica Teixeira Patricia Farah Zinho Trindade

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Agradecimentos / Acknowledgments Daniela Agostini, Daise e Salim Gabriel, Eliane, Isabela e Paulo Jácomo, Maureen Bisililiat, Valentina Aires, Abracirco, Centro de Memória do Circo, Cooperativa Paulista de Circo, Sated-SP / Cooperativa Paulista de Circos, State of São Paulo Em homenagem à Dona Maria Elisa Alves – Palhaço Xamego / In honor of Dona Maria Elisa Alves – Clown Xamego Espetáculo / Show Roteiro e direção / Script and direction Bel Toledo Mestres de cerimônia / Masters of Ceremony Amercy Marrocos Marília de Dirceu Elenco / Cast Pepin e Florcita Rokan Família Sbano Loren e Armando Klenque Stefany Klenque Mayran Marrocos

Espetáculo / Show Duração / Duration 60 min Exibição de documentário, pocket show e bate-papo / Presentation of documentary, pocket show and chat Duração / Duration 120 min Classificação / Age rating Livre / All ages


#CIRCOS2014 Para a maioria das pessoas quando se fala em circo vem logo à memória o salto mortal do equilibrista, o voo preciso do trapezista, a plasticidade do contorcionista, a coordenação veloz do malabarista ou o caminhar cambaleante do palhaço. Mas pouca gente sabe o que se passa nos bastidores dessas cenas espetaculares. Para marcar a segunda edição do Circos - Festival Internacional Sesc de Circo foi criado um site no qual você poderá se aproximar dos artistas que tanto te emocionam no picadeiro. Acompanhe os episódios do web-documentário realizados com algumas das companhias convidadas para renovar seu olhar sobre o universo circense. Reportagens e entrevistas contextualizarão os grupos e os espetáculos da temporada. Não faltarão imagens da cobertura diária do Festival produzidas pelo Sesc e com a participação do respeitável público com a #CIRCOS2014. Quer mais? Acesse sescsp.org.br/circos.

To the majority of people, when you talk about circus promptly comes to mind the somersault of the acrobat, the precise flight of the trapeze artist, the plasticity of the contortionist, the agile coordination of the juggler or the staggering walk of the clown. But few people know what happens in the backstage of these spectacular scenes. To remark the second edition of Circos – Sesc International Circus Festival – it has been created a website in which you can come closer to the artists who move you so much in the circus ring. Follow the episodes of web-documentaries made with some of the guest companies to renew your view about circus world. News and interviews will contextualize the groups and shows of the festival. There will be no lack of images of the daily coverage of the festival produced by Sesc with the participation of the respectable public with the hash tag #CIRCOS2014. Willing want more? Access sescsp.org.br/circos .

Workshops e debates | Workshops and debates 117



AndrĂŠ Andrade


GRADE DE PROGRAMAÇÃO / Schedule Grid 23 sexta / Friday

Belenzinho

20:00 The Bigosty Show’s - p.98 21:00 Fecha de Caducidad, Organización Efímera - p.48

24 sábado / Saturday

25 domingo / Sunday

11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 12:00 El Gran Gustavo Augusto, Gutto Thomaz - p.44 20h The Bigosty Show’s - p.98 21:00 Fecha de Caducidad*, Organización Efímera - p.48

11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 12:00 El Gran Gustavo Augusto, Gutto Thomaz - p.44 17:00 The Bigosty Show’s - p.98 18:00 Fecha de Caducidad, Organización Efímera - p.48

13:00 Ocupação Circo no Beco - p.100

12:00 O Concerto da Lona Preta, Cia Lona Preta - p.62 15:30 Ocupação Circo no Beco - p.100

Bom Retiro

26 segunda / Monday

27 terça / Tuesday 19:30 O Homem-banda, Mauro Bruzza - p.94 20:30 O Descotidiano, Cia do Relativo - p.64

Campo Limpo

Consolação

20:00 O Homem-banda, Mauro 12:00 Ocupação Circo no Bruzza - p.94 Beco - p.100 21:00 Acrometria*, PSiRC - p.32 20:00 O Homem-banda, Mauro Bruzza - p.94 21:00 Acrometria, PSiRC - p.32

Interlagos

Ipiranga

17:00 O Homem-banda, Mauro Bruzza - p.94 18:00 Acrometria, PSiRC - p.32

11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 15:00 Banda Paralela In Box, Banda Paralela - p.84 16:00 Caminhão Trapézio, Picadeiro Aéreo - p.38

11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 14:00 e 17:00 Caminhão Trapézio, Picadeiro Aéreo - p.38 16:00 Banda Paralela In Box, Banda Paralela - p.84

11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 15:00 Acrobático Cômico Trupe Um Quilo e Meio de Variedades - p.80 16:00 Circo de Pulgas, Cia K - p.40

11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 15:00 Acrobático Cômico, Trupe Um Quilo e Meio de Variedades - p.80 16:00 Circo de Pulgas, Cia K - p.40

11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 16:00 Cortejando, Cia. Reprises - p.86 17:00 Belonging, Graeae Theatre Company e Circo Crescer e Viver - p.34

11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 16:00 Cortejando, Cia. Reprises - p.86 17:00* Belonging Graeae Theatre Company e Circo Crescer e Viver - p.34

11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 16:00 Música Alta, Wallace Kyoskys - p.92 17:00 Cabaré de Bolso, Cia Suno - p.36

11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 16:00 Música Alta, Wallace Kyoskys - p.92 17:00 Cabaré de Bolso, Cia Suno - p.36

12:00 Ocupação Circo no Beco - p.100

12:00 Ocupação Circo no Beco - p.100

10:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 10:00 às 18:30 Exposição / exhibition circo da gente - p.106 11:00, 15:00 e 18:00 Go East Orkestar - p.88 12:00 e 19:00 Impulso, La Tarumba - Escuela Profesional de Circo Social - p.50

10:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 10:00 às 18:30 Exposição / exhibition circo da gente - p.106 11:00, 15:00 e 18:00 Go East Orkestar - p.88 12:00 Jeronimo Show, Circo Caramba - p.52

10:00 - 17:00 Workshop: Correndo risco / Running Risks - p.110 17:00 O Homem-Banda, Mauro Bruzza - p.94 18:00 Diálogos possíveis / ossible dialogs - p.111

10:00 - 17:00 Workshop: Correndo risco / Running Risks - p.110 18:00 MESA 1: DIÁLOGOS EM CIRCO NA AMÉRICA LATINA / table 1: Dialogs on Latin American Circuses - p.111

Itaquera

Pinheiros

Pompeia

Santana

Santo André

20:00 Go East Orkestar - p.88 21:00 Belonging, Graeae Theatre Company e Circo Crescer e Viver - p.34

16:00 Jeronimo Show, Circo Caramba - p.52

16:00 e 19:00 Impulso, La Tarumba - Escuela Profesional de Circo Social - p.50

Vila Mariana

17:00 Os Artistas, Nau de Ícaros - p.68 20:00 Saxtrupiado, Guilherme Folco - p.96 21:00 TEIA (paralaxes do imaginário), Cia. Nós No Bambu -p.76

16:30 Os Artistas, Nau de Ícaros - p.68 17:00 Saxtrupiado, Guilherme Folco - p.96 18:00 TEIA (paralaxes do imaginário), Cia. Nós No Bambu - p.76

Parque do Carmo

10:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 11:00, 13:00 e 15:00 Leid Band, Danielle de Siqueira - p.90 16:00 Em Busca da Triple Volta, Irmãos Sabatino - p.46

10:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 11:00, 13:00 e 15:00 Leid Band, Danielle de Siqueira - p.90 16:00 Em Busca da Triple Volta, Irmãos Sabatino - p.46

20:00 Leid Band, Danielle de Siqueira - p.90 21:00 Palafita, Grupo Fuzuê - p.70

10:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 10:00 às 21:30 Exposição / exhibition circo da gente - p.106

Parque da Independência PRAÇA DA LIBERDADE

14:00 Flash Mob Circense - p.102

*Após a apresentação, haverá um bate-papo com integrantes da companhia e demonstração do processo DE CRIAÇÃO do espetáculo *A talk session with company artists and a presentation of the creative process will be held after the show


28 quarta / Wednesday 19:30 O Homem-banda, Mauro Bruzza - p.94 20:30 O Descotidiano, Cia do Relativo - p.64

29 quinta / Thursday

30 sexta / Friday

19:30 O Homem-banda, Mauro Bruzza - p.94 20:30 O Descotidiano, Cia do Relativo - p.64

20:00 Le Vide , Fragan Gehlker & Alexis Auffray - p.54

10:00 - 17:00 Workshop: Correndo risco / Running Risks - p.110 18:00 MESA 2: ESTRUTURAS E O RISCO / table 2: Structures and THE RISK - p.112

31 sábado / Saturday

11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 17:00 Cabaré de Bolso, Cia Suno - p.36

15:30 Ocupação Circo no Beco - p.100 17:30 Le Vide , Fragan Gehlker & Alexis Auffray - p.54

12:00 El Gran Gustavo Augusto, Gutto Thomaz - p.44 15:30 Ocupação Circo no Beco - p.100 16:30 Le Vide , Fragan Gehlker & Alexis Auffray - p.54

16:00 Circo Zanni 10 anos - p.42

14:00 e 17:30 Circo Zanni 10 anos - p.42

10:00 - 17:00 Workshop: Correndo risco / Running Risksp.110 18:00 Mesa 3: PESQUISA E PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO NO BRASIL / table 3: Knowledge Research and Production in Brazil - p113

20:00 Acrobático Cômico, Trupe Um Quilo e Meio de Variedades - p.80 21:00 O que Me Toca É Meu Também, Instrumento de Ver - p.66

13:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 20:00 Acrobático Cômico, Trupe Um Quilo e Meio de Variedades - p.80 21:00 O que Me Toca É Meu Também, Instrumento de Ver - p.66

17:00 Acrobático Cômico, Trupe Um Quilo e Meio de Variedades - p.80 18:00 O que Me Toca É Meu Também, Instrumento de Ver - p.66

11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100

11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100

11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 15:00 Cortejando, Cia. Reprises - p.86 16:00 Em Busca da Triple Volta, Irmãos Sabatino - p.46

11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 15:00 Cortejando, Cia. Reprises - p.86 16:00 Em Busca da Triple Volta, Irmãos Sabatino - p.46

11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 16:00 Música Alta, Wallace Kyoskys - p.92

11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 16:00 Música Alta, Wallace Kyoskys - p.92

10:00 e 14:30 Circo de Pulgas, Cia K - p.40 11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100

11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 12:00 Cortejando, Cia. Reprises - p.86 13:00 O Concerto da Lona Preta, Cia Lona Preta - p.62 20:00 Banda de Muvuca, Circo da Silva - p.82 21:00 Maravillas, 16è Circ d’Hivern, Cia Família Bolondo - p.58

20:00 Leid Band, Danielle de Siqueira - p.90 21:00 Palafita, Grupo Fuzuê - p.70

10:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 10:00 às 21:30 Exposição / exhibition circo da gente - p.106

01 domingo / Sunday

11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 17:00 Cabaré de Bolso, Cia Suno - p.36

11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 16:00 Banda de Muvuca, Circo da Silva - p.82 17:00 Maravillas, 16è Circ d’Hivern, Cia Família Bolondo - p.58

11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 16:00 Banda de Muvuca, Circo da Silva - p.82 17:00 Maravillas, 16è Circ d’Hivern, Cia Família Bolondo - p.58

11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 16:00 The Bigosty Show’s - p.98 17:00 Parlapatões Clássicos do Circo - p.72

11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 16:00 The Bigosty Show’s - p.98 17:00 Parlapatões Clássicos do Circo - p.72

20:00 Leid Band, Danielle de Siqueira - p.90 21:00 m² Cie. Ea Eo - p.56

12:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 20:00 Leid Band, Danielle de Siqueira - p.90 21:00 m² Cie. Ea Eo - p.56

12:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 17:00 Leid Band, Danielle de Siqueira - p.90 18:00* m² Cie. Ea Eo - p.56

10:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 10:00 às 21:30 Exposição / exhibition circo da gente - p.106

10:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 10:00 às 18:30 Exposição / exhibition circo da gente - p.106 11:00, 15:00 e 18:00 Saxtrupiado, Guilherme Folco - p.96 16:00 Os Artistas, Nau de Ícaros - p.68

10:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 10:00 às 18:30 Exposição / exhibition circo da gente - p.106 11:00, 15:00 e 18:00 Saxtrupiado, Guilherme Folco - p.96 12:00 Histórias de circo - Circo Paraki - p.115 19:00 O Descotidiano, Cia do Relativo - p.64

20:00 Leid Band, Danielle de Siqueira - p.90 21:00 Palafita, Grupo Fuzuê - p.70

10:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 10:00 às 21:30 Exposição / exhibition circo da gente - p.106

19:00 O Descotidiano, Cia do Relativo - p.64

11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100

11:00 Ocupação Circo no Beco - p.100 20:00 O Homem-Banda, Mauro Bruzza - p.94 21:00* S, C!rca - p.74

17:00 Jeronimo Show, Circo Caramba - p.52 20:00 O Homem-Banda, Mauro Bruzza - p.94 21:00 S, C!rca - p.74

16:30 Jeronimo Show, Circo Caramba - p.52 17:00 O Homem-Banda, Mauro Bruzza - p.94 18:00 S, C!rca - p.74

19:00 Na Esquina, Coletivo Na Esquina - p.60

19:00 Na Esquina, Coletivo Na Esquina - p.60


AndrĂŠ Andrade



Acrobacia  1. Técnica corporal e de exercício de equilíbrio, de saltos e evolução com cordas. 2. Equilibrismo ou funambulismo em corda bamba. 3. Conjunto de movimentos ou gestos que demonstram destreza e agilidade, para além de hábitos ou modelos normais. 4. Por extensão, exercício ginástico de habilidade superior.

Acrobatics  1. A body and balance exercise technique, including jumps and evolution with ropes. 2. Tightropewalking or funambulism. 3. A set of movements or gestures that show dexterity and agility, beyond normal habits or models. 4. By extension, higherability gymnastics exercise.

Acrobacia aérea  Movimentos executados no ar por artistas circenses com o auxílio de equipamentos como tecido, lira e trapézio.

Aerial Acrobatics  Movements performed on air by circus artists with the help of equipment such as aerial tissue, lyra and trapeze.

Acrobacia de solo  Base dos movimentos da maioria dos artistas circenses. Cambalhotas, rolamentos, paradas de mão, estrelas, pontes e mortais se enquadram nesta categoria. Acrobata  Artista ou profissional de acrobacia, habitualmente vinculado ao circo. O termo, de origem grega, significa, literalmente, “que anda na ponta dos pés”. Var.: acróbata. Águas dançantes  Número clássico dos espetáculos de variedades do circo de lona, é feito com uma fonte luminosa automatizada, cujos esguichos se movimentam conforme o andamento de uma música, como num balé coreografado. Anima  Termo originário do latim que significa “alma” ou “mente”. Aparelho  Todo e qualquer equipamento circense que sirva para auxiliar movimentos e evoluções de artistas. Ex.: lira, trapézio, tecido, corda, mastro chinês etc.

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Floor Acrobatics  The movements base of most circus artists. Tumbling, rolling, handstands, cartwheels, bridges and somersaults are included in this category. Acrobat  An acrobatic artist or professional, usually linked to the circus. From a Greek origin, the term literally means “he who walks on tiptoe.” Var.: acrobatic artist. Dancing Waters  A classical act of tent circus variety shows, performed with an automated luminous fountain, whose splashes move according to the course of a tune, as in a choreographed ballet. Anima  A term originating from Latin meaning “soul” or “mind.” Apparatus  Any and all circus equipment that helps artist movements and evolutions. Ex.: lyra, trapeze, tissue, rope, Chinese pole, etc.


Arquétipo  1. Modelo, padrão de algo (objeto, produto, qualidade, comportamento etc.); padrão. 2. Fil. Na filosofia platônica, ideia originária que serve como modelo para a origem e princípio explicativo para os objetos sensíveis. 3. Psic. Na psicanálise junguiana, modelo de pensamento comum a toda a humanidade, composto de símbolos ou imagens que constituem uma espécie de inconsciente coletivo.

Archetype  1. A model, a standard of something (object, product, quality, behavior, etc.); standard. 2. Phil. In Platonic philosophy, an original idea that serves as model for the origin and explanatory principle for sensitive objects. 3. Psych. In Jungian psychoanalysis, a model of thinking common to all mankind, consisting of symbols or images that constitute a type of collective unconscious.

[F.: Do gr. arkhétypon (substv. do gr. arkhétypos, os, on, ‘que é o modelo’), pelo lat. archetypum, i, e pelo fr. archétype]. No circo, o arquétipo aparece mais claramente representado pela figura do palhaço, que expõe as mazelas de todo ser humano de forma cômica.

[F.: from Greek. Arkhétypon (Greek noun arkhétypos, os, on, ‘that is the model’) to Latin archetypum, and French archétype]. In circus, an archetype is more clearly represented by the figure of the clown that exposes the ills of all human beings in a comic manner.

Barreira  Ajudante de circo.

UNIFORMISTS (Barrier)  Staff of circus assistants.

Báscula  Aparelho semelhante a uma gangorra usado para dar impulso na execução de números de saltos. Um dos acrobatas se posiciona em um dos lados do aparelho enquanto seu parceiro salta sobre o outro, dando assim o impulso para que ele realize movimentos como saltos mortais e piruetas.

Springboard  An apparatus similar to a swing that serves to give impulse in the execution of jump acts. One of the acrobats is positioned on one side of the apparatus whereas his partner jumps on the other, therefore giving the required impulse for him to perform movements such as mortal jumps and pirouettes.

Brincante  Designa, no Nordeste, os artistas populares dedicados aos folguedos tradicionais, em que cantam, dançam, tocam instrumentos etc.

Brincante  In Northeast Brazil, the term means popular artists dedicated to traditional frolics, where they sing, dance, play instruments, etc.

Bufão, Bufo  Ator ou ainda personagem farsesco, ou seja, cuja representação tende ao exagero cômico, incluindo-se não apenas recursos de linguagem franca, licenciosa e popular, como os de mímicas e caretas. Sua figura socialmente inferior ou marginal confere-lhe a possibilidade de comentar impune e mesmo grosseiramente as ações e as intenções das figuras sérias do drama, revelando, pelo artifício da burla, as facetas irracionais ali contidas. De certa maneira, o bufão, o bobo, o truão ou o palhaço, por acompanhar de perto os “senhores” e poderosos, exterioriza, na superfície da fala e do corpo, a demência subjacente das relações dramáticas.

Buffoon  An actor or a farcical character, i.e., whose repre­ sentation tends to comical exaggeration including, among other things, resources of a frank, licentious and popular language, such as mime and grimaces. His socially inferior or marginal figure provides him the possibility to comment unpunished and even rudely the actions and intentions of serious characters of the drama, revealing, through the artifice of jest the irrational facets contained in the act. To a certain extent, the buffoon, the jester, the fool or the clown, for closely accompanying “lords” and powerful men, exteriorizes, on the surface of speech and body, the underlying insanity of dramatic relations. GLOSSÁRIO | GLOSSARY 125


Caravana  Trupe de artistas circenses que viajam juntos, apresentando-se nos diversos locais por onde passam e tirando seu sustento dessas apresen­tações itinerantes. Designa também uma forma rudimentar de veículo, antes da existência dos trailers, no qual esses artistas viajavam e moravam.

Caravan  A troupe of circus artists travelling together and performing acts in several locations where they travel and making a living from those itinerant presentations. It also means a rudimentary vehicle, before the existence of trailers, where those artists traveled and lived.

Cartomagia  Mágica realizada com cartas.

Card magic  Magic performed with cards.

Cascata  Designa diferentes tipos de quedas cênicas realizadas por um palhaço, após receber um tapa, chute ou bofetão, ou quando esbarra ou escorrega em algo.

SLAPSTICK  The term means different types of scenic falls performed by a clown, after receiving a smack or blow, or when the clown bumps or slides on something.

Charanga  Banda musical formada por instrumentos de sopro; orquestra desafinada e/ou ruidosa; carro velho; qualquer coisa ou objeto; troço, treco. Do espn. charanga.

Charanga  A musical band consisting of wind instruments; an out-out-tune or noisy orchestra; an old car; anything or any object; knick-knack, trinket. From Spanish charanga.

Claque  São os tipos de tapas e bofetões que o palhaço leva ou dá, e que parecem fortes como o som das palmas feitas na hora, pelos próprios palhaços, para simular o barulho das pancadas.

Claque  French word which names the type of slaps and blows that the clown gives or takes that seem to be strong as the immediate sound of applause, made by the clowns themselves, to simulate the noise of spanking.

Clown  É um termo inglês que remonta ao século XVI. Deriva de cloyne, cloine, clowne, e sua matriz etimológica reporta a colonus e clod, cujo sentido aproximado seria homem rústico, do campo. Clod, ou clown, indicava também o lout, homem desajeitado, grosseiro, e boor, camponês, rústico. Na pantomima inglesa, o clown era o cômico principal e tinha as funções de um serviçal. No universo circense, ele é o artista cômico que participa das entradas e reprises, explorando o desajuste e a tolice em suas ações.

Clown  This is an English term that goes back to the sixteenth century. It derives from cloyne, cloine, clowne, and its etymological matrix goes back to colonus and clod, whose approximate meaning would be a rustic man, a countryside man. Clod, or clown, also indicated the lout, a clumsy and rude man, and boor, rustic peasant. In the English pantomime, the clown was the main comic and had the functions of a servant. In the circus universe, the clown is the comic artist that participates in entrées and gags, exploring the inadequacy and foolishness of his actions.

Corda indiana ou corda lisa  Aparelho composto por uma grossa corda pendurada no topo da lona ou de outra estrutura, na qual o artista sobe executando movimentos de flexibilidade e força.

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smooth rope  An apparatus consisting of a thick rope hanging from the top of the canvas or another structure, where the artist climbs while performing movements to demonstrate flexibility and strength.


Equilibrista  Ver funâmbulo.

Equilibrist  See funambulism.

Esquete  Breve apresentação cênica, geralmente de cunho satírico, cômico ou paródico, levada a efeito por um pequeno grupo de atores. Baseada em situações e hábitos do cotidiano, não tem por objetivo explorar com profundidade os aspectos psicológicos dos personagens. Como recurso de entretenimento, foi bastante utilizada em espetáculos musicais (revistas, music-hall, vaudeville), de teatro popular, passando mais tarde ao rádio e à televisão. Do inglês sketch, esboço.

Sketch  A brief scenic presentation, generally with a satirical, comic or parody nature, performed by a small group of actors. Based on ordinary situations and habits, its purpose is not to explore deeply the psychological aspects of characters. As an entertainment resource, it was constantly used in musical shows (cabaret, music-hall, vaudeville), popular theater, and later went to radio and television. From English, sketch, outline.

Funâmbulo  Equilibrista que anda no fio ou na corda; acrobata. Globista  Artista que se apresenta sobre uma moto dentro do globo da morte.

Funambulist  An equilibrist that walks on wire or rope; an acrobat. GLOBE RIDER  An artist that performs an act on a motorcycle inside a Globe of Death.

Hamlet  Peça teatral trágica de William Shakespeare, escrita entre 1599 e 1601. Situada na Dinamarca, acompanha a história do príncipe Hamlet e como tenta vingar a morte de seu pai, o rei, executado pelo irmão Cláudio, que o envenenou e em seguida tomou o trono casando-se com a rainha. A peça explora temas como traição, vingança, incesto, corrupção e moralidade.

Hamlet  A tragic theatrical play by William Shakespeare, written between 1599 and 1601. Located in Denmark, it follows the story of prince Hamlet and how he seeks to revenge the death of his father, the king, killed by his brother Claudio that poisoned the king and then took the throne by marrying the queen. The play explores themes such as treason, revenge, incest, corruption, and morality.

Hipérbole  Figura retórica de pensamento que exagera a imagem evocada ou descrita, seja na quantidade, seja na qualidade, de modo positivo ou negativo. No circo, é utilizada como recurso cênico do palhaço.

Hyperbole  A rhetoric figure of thought that exaggerates the evoked or described image, whether in quantity or quality, in a positive or negative way. In circus, it is used as a scenic resource for the clown.

Homem-banda  Artista que leva consigo vários instrumentos acoplados ao corpo e é capaz de produzir um som parecido com o de uma orquestra.

One-man band An artist who takes several instruments coupled to his body and is able to produce sounds similar to those of an orchestra.

GLOSSÁRIO | GLOSSARY 127


ILINX Ilinx é um tipo de jogo, descrito pelo sociólogo Roger Callois, que gera interrupções temporárias da percepção, como vertigens, tonturas, desorientação ou mudanças repentinas de movimento.

ILINX Ilinx is a kind of play, described by sociologist Roger Caillois, that creates a temporary disruption of perception, as vertigo, dizziness, or disorienting changes in direction of movement.

Joseph Grimaldi  Considerado pai do clown moderno, Joseph Grimaldi (1778-1837) foi um ator, comediante e dançarino inglês, que se tornou o humorista mais popular da Regência Britânica (1811-1820).

Joseph Grimaldi  Considered the father of modern clown, Joseph Grimaldi (1778-1837) was an English actor, comedian and dancer that became the most popular humorist of the British Regency (1811-1820).

Malabarista  Artista circense que exibe grande habilidade atirando e apanhando objetos jogados ao ar, manipulando-os e equilibrando-os ao mesmo tempo.

Juggler  A circus artist with great skills throwing and catching objects cast in the air, handling and balancing them at the same time.

Mão a mão  Acrobacia realizada geralmente em dupla que depende do contato, equilíbrio e força entre as mãos.

Hand-to-hand  Acrobatics generally performed in duos that depend on contact, balance and strength between hands.

Mastro chinês  Modalidade circense de acrobacia aérea realizada em um mastro vertical de aço, preso no chão e forrado com material antiderrapante de, normalmente, 5 a 10 metros de altura. Exige flexibilidade e força dos artistas.

Chinese Pole  A circus modality of aerial acrobatics performed in a vertical steel pole, stuck to the ground and lined with non-skid material, usually at 5 to 10 meters high. It requires flexibility and strength from artists.

Monga  Número tradicional do circo, o jogo de espelhos que garante a transformação de uma garota em um macaco gigante (geralmente uma fantasia) foi inspirado em uma história real. A mexicana Julia Pastrana, nascida em 1834, desenvolveu uma forma severa de hipertricose, doença raríssima que atinge uma em cada 300 milhões de pessoas, deixando o corpo coberto de pelos pretos. Orquestra de sinos  Conjunto incumbido de tocar apenas com sinos, de diferentes tamanhos e sonoridades diferentes.

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Monga  A traditional circus act, a set of mirrors that enables the transformation of a girl into a giant monkey (generally a costume). It was inspired in a real story. Mexican Julia Pastrana, born in 1834, developed a severe form of hypertrichosis, a very rare disease that affects one in each 300 million people, leaving the whole body covered with black hair. Bell Orchestra  An ensemble with the task of playing only with bells of different sizes and sounds.


Pantomima  É a representação de emoções, de atos e de várias situações humanas somente por meio dos movimentos do corpo, dos gestos e dos passos. Encontra-se em muitas culturas sob a forma de danças guerreiras, de ritos de sacrifício, de imitação de animais, e entre os antigos egípcios e indianos apareceu com contornos artísticos. Por vezes os gregos empregaram coros para acompanhar as suas pantomimas e os romanos foram grandes cultivadores desse gênero, chegando a ter, durante a República, uma escola especial para o seu desenvolvimento. Um único ator, o pantomimus, costumava representar, sem dizer palavra, todas as pessoas ou coisas de uma determinada história. Os atores distinguiam, por meio de máscaras, os diferentes tipos de personagens da pantomima. Empregava-se o mesmo termo para designar o ator dessa espécie de espetáculo e o próprio espetáculo. Os mistérios religiosos da Idade Média manifestavam vestígios da antiga pantomima. Paródia  Termo de origem grega, paraode, formado pela união de ode (canto, canção) e para (aquilo que se desenvolve ao longo de, ao lado de). Logo, contracanto ou canção transposta. Trata-se da recriação geralmente cômica ou imitação burlesca de uma obra, gênero, estilo ou estereótipo literário, com sentido crítico insinuado ou explícito. É a transposição de um texto tomado como modelo, já escrito e conhecido, manipulado e submetido a um formato crítico. Piano de garrafas  É composto por diversas garrafas que variam em seu volume de água e, quando tocadas, produzem diferentes notas musicais. Ao tocá-las ritmicamente, o artista é capaz de compor músicas. Picadeiro  A área central de um circo reservada à exibição das atrações; arena.

Pantomime  This is the representation of emotions, acts and several human situations only through body movements, gestures and steps. It is found in many cultures under the form of warrior dances, sacrificial rites, imitation of animals, and, among ancient Egyptians and Indians, it appeared with artistic features. Sometimes the Greek employed chorus to accompany their pantomimes and the Romans were great nurturers of that art gender, and during the Republic, they even had a special school for its development. A single actor, the pantomimus, usually represented, without saying a single word, all people or things of a certain story. The actors distinguished, through masks, the different types of pantomime characters. The same term was employed to designate that type of show and the show itself. The religious mystery plays of the Middle Age expressed vestiges of the old pantomime. Parody  A term of Greek origin, paraode, formed by the union of ode (singing, song) and para (that which is developed throughout, besides). Therefore, countermelody or transposed song. This is a generally comic recreation or burlesque imitation of a literary work, gender, style or stereotype, with insinuated or explicit critical meaning. It is the transposition of a text taken as model, already written and known, handled and subjected to a critical format. Bottle Piano  This piano consists of several bottles with varied water volumes that, when played, produce different musical notes. When playing them rhythmically, the artist can compose melodies. Ring  The central arena of a circus reserved for the performance of attractions; arena.

GLOSSÁRIO | GLOSSARY 129


Reprise  Além das entradas mais longas, executadas pelo excêntrico, o espetáculo circense também oferece a reprise cômica no intervalo entre duas atrações. Os palhaços que se dedicam às reprises são também conhecidos como Tony de Soirée ou Augusto de Soirée. As reprises são predominantemente mudas (mas não necessariamente) e têm o circo, seus artistas e números como objeto de riso. Participam do espetáculo em vários momentos e têm a função de preencher o espaço cênico quando se monta ou se desmonta um grande aparelho, como trapézio voador ou jaula. De um modo geral, são mais curtas se comparadas às entradas.

REPRISE  Also found as gag, routine or skit. In addition to the longer entrées, performed by the eccentric man, the circus show also offers the comic act in the intermission between two attractions. The clowns that are dedicated to it are also known as Tony de Soirée or Augusto de Soirée. These sketches are predominantly (but not necessarily) mute and have the circus, its artists and acts as objects of jokes. They participate in the show in several moments and have the function of filling the scenic space when a large apparatus such as a flying trapeze or cage is assembled or disassembled. Generally, they are shorter as compared to entrées.

Rigger  Técnico especializado em montagem e manutenção de pontos de fixação para aparelhos aéreos.

Rigger  A technician specializing in the assembly and maintenance of anchor points for aerial apparatuses.

Roda alemã  Equipamento originalmente usado em exercícios de ginástica na Alemanha, a roda feita de aço exige concentração e equilíbrio por parte dos acrobatas que a utilizam. Nela, é possível girar e rodar, variando a intensidade e, consequentemente, o grau de dificuldade.

German Wheel  A piece of equipment originally used in gymnastics exercises in Germany, the steel wheel requires concentration and balance on the part of the acrobats that use it. In the steel wheel, it is possible to turn and rotate, varying the intensity and, consequently, the degree of difficulty.

Saltimbanco  Artista popular itinerante, que integra grupos de circo e teatro que fazem exibições em praças e em pequenas cidades do interior.

Saltimbanco (Acrobat)  A popular itinerant artist that participates in circus and theater groups and perform acts in plazas and small towns.

Sísifo  Na mitologia grega, Sísifo, filho do rei Éolo, da Tessália, e Enarete, era considerado o mais astuto de todos os mortais. Tendo escapado do inferno, foi condenado a repetir sempre a mesma tarefa de empurrar uma pedra até o topo de uma montanha: toda vez que estava quase alcançando o cume, a pedra rolava montanha abaixo até o ponto de partida.

Sisyphus  In Greek mythology, Sisyphus, son of Thessaly king Aeolus, and Enarete, was considered the cleverest of all mortals. Having escaped from hell, he was condemned to repeat forever the same task of pushing a stone up to the top of a hill: when he was almost reaching the top, the stone rolled down the mountain to the starting point.

Showman  Artista capaz de, sozinho, desenvolver diversos movimentos, números e evoluções. Um dos primeiros a ganhar essa denominação foi o inglês “Lord” George Sanger (1825-1911), milionário excêntrico que se

Showman  An artist who is able, by himself, to develop several movements, acts and evolutions. One of the first to receive this name was English “Lord” George Sanger (1825-1911), an eccentric millionaire that became

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tornou um dos donos de circo mais bem-sucedidos do século XIX. Foi ele um dos primeiros a introduzir animais para que participassem de números junto a humanos. Sua mulher, Pauline de Vere, dançava com serpentes dentro da jaula de um leão.

one of the owners of the most successful circuses in the nineteenth century. He was one of the first to introduce animals to participate in circus acts together with humans. His wife, Pauline de Vere, danced with serpents inside a lion cage.

Teatro físico  Construção de formas compreensíveis pelo imaginário coletivo sem falas. Por meio de gestos e outras habilidades não verbais, os artistas devem ser capazes de interpretar uma grande variedade de papéis e emoções, além de improvisar com o público.

Physical Theater  A construction with forms that may be understood by the collective imaginary without words. Through gestures and other non-verbal skills, the artists can interpret a large variety of roles and emotions, in addition to improvising with the audience.

Tony de Soirée  Designação técnica para uma determinada função do palhaço. Ele deve conhecer as mais variadas habilidades circenses para participar como elemento cômico em números sérios. Por exemplo, é bastante comum a presença de um palhaço no trapézio voador, incumbido de trazer uma espécie de relaxamento entre as evoluções, tanto para o público como principalmente para os artistas, que teriam um tempo de descanso e recuperação de energias para as próximas evoluções. O Tony de Soirée também é responsável pelo desempenho das reprises que se intercalam entre números distintos. Mais uma vez, ele é responsável pela pausa cômica que se interpõe entre a sublimidade das atrações.

Tony de Soirée  A technical designation for a certain clown function. The clown should know the most varied circus skills to participate as a comic element in serious acts. For example, it is quite common to have the presence of a clown on the flying trapeze, responsible for bringing a type of relaxation between evolutions, both for the audience and mainly for the artists that can have a break to recover energies for the next evolutions. Tony de Soirée is also responsible for the performance of reruns that are inserted between distinctive acts. Once again, he is responsible for the comic pause that is inserted between the sublimity of the attractions.

Tragédia  Drama que se caracteriza pela seriedade e frequentemente envolve um conflito entre uma personagem e algum poder de instância maior, os deuses, o destino ou a sociedade. A literatura grega reúne três grandes nomes que são referências do gênero: Ésquilo, Sófocles e Eurípedes.

Tragedy  A drama that is characterized by the seriousness and often involving a conflict between a character and another power of a higher instance, the Gods, destiny or society. Greek literature gathers three great names that are references for the gender: Aeschylus, Sophocles and Euripides.

GLOSSÁRIO | GLOSSARY 131


Trapézio  Equipamento usado para acrobacias aéreas, constituído por uma barra suspensa por duas cordas verticais. Existem diferentes variações do equipamento: trapézio fixo, que, como o próprio nome diz, é imóvel e dá maior estabilidade durante a execução das manobras; trapézio de balanço, que permite tanto movimentos típicos do fixo quanto elementos de quedas, piruetas, giros, saltos mortais etc.; trapézio de voo, de onde partem e chegam os artistas que voam e balançam, além de um trapézio simples e um trapézio para o aparador/portô. Triple volta  Consiste em um salto triplo de um trapézio para outro. É considerada uma das manobras mais difíceis de se realizar no equipamento. Virtuose  s2g. 1. Mús. Músico que apresenta domínio excepcional da técnica de execução de um instrumento. 2. Qualquer artista que demonstra grande domínio sobre os processos artísticos e técnicos da arte a que se dedica. 3. P.ext. Qualquer profissional que demonstra ser excepcional naquilo que faz. 4. P.ext. Qualquer pessoa que demonstra extrema habilidade naquilo que faz. [F.: Do fr. virtuose. Sin. ger.: virtuoso] William Shakespeare  Poeta e dramaturgo inglês, William Shakespeare (1564-1616) é tido como o maior escritor do idioma inglês e o mais influente dramaturgo do mundo. Muitos de seus textos e temas, especialmente os do teatro, permanecem contemporâneos, sendo encenados com frequência pelo teatro, televisão, cinema e literatura. Entre suas obras mais conhecidas estão “Romeu e Julieta”, que se tornou a história de amor por excelência, e “Hamlet”, que possui uma das frases mais conhecidas da língua inglesa: “To be or not to be: that’s the question” (“Ser ou não ser, eis a questão”).

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Trapeze  An apparatus used by aerial acrobatics, consisting of a bar suspended by two vertical ropes. There are different variations of the equipment: static trapeze that, as the name says, is immovable and gives greater stability during maneuvers; swing trapeze, that enables both movements that are typical of the static trapeze and elements of falls, pirouettes, turns, somersaults etc.; and flying trapeze, from where artists fly and swing depart and arrive, in addition to a simple trapeze and a trapeze for the catcher/port. Triple LAYOUT  This act consists of a triple somersault from a trapeze to another. It is considered one of the most difficult maneuvers to be performed in the equipment. Virtuosity  1. Mus. A musician that has exceptional mastering of the technique to play an instrument 2. Any artist that shows mastering of artistic and technical processes of the art to which he is dedicated. 3. By ext. Any professional that is exceptional in what he does. 4. By ext. Any person that shows extreme ability in what he does. [F.: From Fr. virtuose. Syn. In general: virtuoso] William Shakespeare  An English poet and playwright, William Shakespeare (1564-1616) is considered as the greatest English language writer and the world’s most influential playwright. Many of his texts and themes, especially theater plays, are still contemporary, and are frequently played in theater, television, cinema and literature. His best known plays include “Romeo and Juliet” that became the love story par excellence, and Hamlet, that has one of the best known sentences of the English language: “To be or not to be: that’s the question”.


Yorick  Personagem criado por William Shakespeare, citado pela primeira vez na Cena I do Quinto Ato da peça teatral “Hamlet”, é um falecido bobo da corte. Ao ver o crânio de Yorick, Hamlet fala sobre os efeitos da morte sobre o corpo.

Yorick  A character created by William Shakespeare, mentioned for the first time in Scene I of the Fifth Act of theatrical play “Hamlet”, is deceased court jester. When seeing Yorick’s skull, Hamlet talks about the effects of death on the body.

Fontes: Dicionário Caldas Aulete da Língua Portuguesa (2007, Lexicon Editora Digital e L&PM);

Sources: Dicionário Caldas Aulete da Língua Portuguesa (2007, Lexicon Editora Digital and L&PM);

Dicionário Sesc – A Linguagem da Cultura, de Newton Cunha (2003, Edições Sesc São Paulo);

Dicionário Sesc – A Linguagem da Cultura, Newton Cunha (2003, Edições Sesc São Paulo);

Dicionário do Teatro Brasileiro – Temas, Formas e Conceitos. Coordenação: J. Guinsburg, João Roberto Faria e Mariangela Alves de Lima (2006, Edições Sesc São Paulo);

Dicionário do Teatro Brasileiro – Temas, Formas e Conceitos. Coordenação: J. Guinsburg, João Roberto Faria e Mariangela Alves de Lima (2006, Edições Sesc São Paulo);

Enciclopédia Itaú Cultural online;

Enciclopédia Itaú Cultural online;

Revista Superinteressante (janeiro de 2008).

Superinteressante Magazine (January 2008).

GLOSSÁRIO | GLOSSARY 133


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ESPETテ,ULOS | speCtacles 135


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CONTATOS | CONTACTS 137


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CONTATOS | CONTACTS 139


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Sesc Belenzinho

Sesc Itaquera

Rua Padre Adelino, 1000 (11) 2076 9700 Metrô Belém / Subway Station 550m CPTM / CPTM Station Tatuapé 1.400m

Av. Fernando do Espírito Santo Alves de Mattos, 1000 (11) 2523 9200 Metrô Itaquera / Subway Station: 7.200m Terminal / Bus Terminal: São Mateus 5.200m Apresentações no Parque do Carmo

Sesc Bom Retiro Alameda Nothmann, 185 (11) 3332 3600 Metrô / Subway Station: Luz 1.500m CPTM / CPTM Station: Júlio Prestes 500m Terminal / Bus Terminal: Princesa Isabel 750m

Sesc Pinheiros

Sesc Campo Limpo

Sesc Pompeia

Rua Nossa Senhora do Bom Conselho, 120 email@campolimpo.sescsp.org.br Metrô / Subway Station: Campo Limpo 400m Metrô / Subway Station: Vila das Belezas 1.500m

Rua Clélia, 93 (11) 3871 7700 Metrô Barra Funda 2.000m CPTM Água Branca 800m CPTM Barra Funda 2.000m Terminal / Bus Terminal: Lapa 2.100m Parada / Bus Stop: Barra Funda 2.000m

Sesc Carmo Rua do Carmo, 147 (11) 3111 7000 Metrô / Subway Station: Sé 550m Terminal / Bus Terminal: Parque D. Pedro II 850m Apresentação na Praça da Liberdade

Sesc Consolação Rua Dr. Vila Nova, 245 (11) 3234 3000 Metrô / Subway Station: República 900m Metrô / Subway Station: Santa Cecília 1.000m Terminal / Bus Terminal: Amaral Gurgel 850m

Sesc Interlagos Av. Manoel Alves Soares, 1100 (11) 5662-9500 CPTM / CPTM Station: Primavera Interlagos 1.300m

Sesc Ipiranga Rua Bom Pastor, 822 (11) 3340 2000 Metrô / Subway Station: Sacomã 2.200m CPTM / CPTM Station: Ipiranga 2.000m Terminal / Bus Terminal: Vila Prudente 2.800m Apresentações no Parque da Independência

142

Rua Paes Leme, 195 (11) 3095 9400 Metrô / Subway Station: Faria Lima 500m CPTM / CPTM Station: Pinheiros 800m

Sesc Santana Av. Luiz Dumont Villares, 579 (11) 2971 8700 Metrô / Subway Station: Jardim São Paulo-Ayrton Senna 850m Metrô / Subway Station: Parada Inglesa 1.200m Parada / Bus Stop: Santana 1.700m

Sesc Santo André Rua Tamarutaca, 302 (11) 4469 1200 CPTM / CPTM Station: Santo André 2.000m Terminal / Bus Terminal: Santo André 2.000m

Sesc Vila Mariana Rua Pelotas, 141 (11) 5080-3000 Metrô / Subway Station: Ana Rosa 750m Metrô / Subway Station: Paraíso 1.000m

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SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO ADMINISTRAÇÃO REGIONAL NO ESTADO DE SÃO PAULO / REGIONAL ADMINISTRATION OF SÃO PAULO STATE PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL PRESIDENT OF REGIONAL COUNCIL Abram Szajman DIRETOR DO DEPARTAMENTO REGIONAL REGIONAL DEPARTMENT DIRECTOR Danilo Santos de Miranda SUPERINTENDÊNCIAS / SUPERINTENDENCE TÉCNICO SOCIAL SOCIAL / TECHNICIAL Joel Naimayer Padula COMUNICAÇÃO SOCIAL / SOCIAL COMMUNICATION Ivan Paulo Giannini ADMINISTRAÇÃO / ADMINISTRATION Luiz Deoclécio Massaro Galina ASSESSORIA TÉCNICA E DE PLANEJAMENTO / TECHNICAL AND PLANNING CONSULTANCY Sérgio José Battistelli GERÊNCIAS / MANAGEMENTS AÇÃO CULTURAL / CULTURAL ACTION GERENTE / MANAGER Rosana Paulo da Cunha ADJUNTA / DEPUTY MANAGER Kelly Adriano de Oliveira ARTES GRÁFICAS / GRAPHIC DESIGN GERENTE / MANAGER Hélcio Magalhães ADJUNTA / DEPUTY MANAGER Karina Musumeci ASSISTENTE / ASSISTANT Rogério Ianelli EQUIPE / TEAM Lourdes Teixeira Benedan ARTES VISUAIS E TECNOLOGIA / VISUAL ARTS AND TECHNOLOGY GERENTE / MANAGER Juliana Braga de Mattos ADJUNTA / DEPUTY MANAGER Nilva Luz ASSISTENTE / ASSISTANT Juliana Okuda ASSESSORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS INTERNATIONAL RELATIONS ADVICE GERENTE / MANAGER Aurea Leszczynski Vieira Gonçalves CENTRO DE PRODUÇÃO AUDIOVISUAL / AUDIOVISUAL PRODUCTION CENTER GERENTE / MANAGER Silvana Morales Nunes ADJUNTA / DEPUTY MANAGER Sandra Karaoglan COORDENADORAS / COORDINATORS Joana Eça de Queiroz e Taís Barato CONTRATAÇÃO E LOGÍSTICA / HIRING AND LOGISTICS GERENTE / MANAGER Jackson Andrade de Matos ADJUNTO / DEPUTY MANAGER William Moraes Alves ASSISTENTE / ASSISTANT Edson Costa COORDENADOR / COORDINATOR Luciano Bueno Quirino EQUIPE / TEAM Christiane H Shei Y Cham, Erica Aguiar, Guiomar Maria Bernardo, Juliana Ferreira Oliveira, Jussara Elias de Brito e Marcos R. A. da S. Cardoso DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS / PRODUCT DEVELOPMENT GERENTE / MANAGER Évelim Lúcia Moraes ADJUNTA /DEPUTY MANAGER Andressa de Góis e Silva ASSISTENTE / ASSISTANT Francisco Manoel Santinho DIFUSÃO E PROMOÇÃO / PUBLICITY AND PROMOTION GERENTE / MANAGER Marcos Carvalho ADJUNTO / DEPUTY MANAGER Fernando Fialho ASSISTENTES / ASSISTANTS Aline Ribenboim e Daniel Tonus EQUIPE / TEAM Roberta Perroni ESTUDOS E DESENVOLVIMENTO / STUDIES AND DEVELOPMENT GERENTE / MANAGER Marta Colabone ADJUNTO / DEPUTY MANAGER Iã Paulo Ribeiro ASSISTENTE / ASSISTANT Virgínia Chiaravalloti ENGENHARIA E INFRAESTRUTURA / ENGINEERING AND INFRASTRUCTURE GERENTE / MANAGER Amilcar João Gay Filho ADJUNTO / DEPUTY MANAGER Carlos Humberto Bigaton ASSISTENTE / ASSISTANT Irimar Palombo EQUIPE / TEAM Ana Rita Silva Bicheri PATRIMÔNIO E SERVIÇOS / ASSETS AND SERVICES GERENTE / MANAGER Jair Moreira da Silva

Junior ADJUNTO / DEPUTY MANAGER Gilberto de Almeida ASSISTENTE / ASSISTANT Márcio Donisete Lopes RELAÇÕES COM O PÚBLICO / PUBLIC RELATIONS GERENTE / MANAGER Milton Soares de Souza ADJUNTO / DEPUTY MANAGER Carlos Cabral ASSISTENTE /ASSISTANT Malu Maia EQUIPE / TEAM Rafael Munduruca, Leandro Nunes, Paco Sampaio, Juliana Bertollucci e Francele Cocco UNIDADES / UNITS BELENZINHO GERENTE / MANAGER Marina Avilez ADJUNTA / DEPUTY MANAGER Patrícia Piquera Vianna BOM RETIRO GERENTE / MANAGER Monica Machado ADJUNTA / DEPUTY MANAGER Meilin Maria Werneck Da Silva CAMPO LIMPO GERENTE / MANAGER Paulo Sérgio Casale ADJUNTO /DEPUTY MANAGER Mario Luiz Alves de Matos CARMO GERENTE / MANAGER Andréa Cristina Bisatti ADJUNTO / DEPUTY MANAGER Afonso Elisio Corrêa Alves CONSOLAÇÃO GERENTE / MANAGER Felipe Mancebo ADJUNTA /DEPUTY MANAGER Simone Engbruch Avancini Silva INTERLAGOS GERENTE / MANAGER Mariângela Abbatepaulo ADJUNTO / DEPUTY MANAGER Renato Franceschini Oliani IPIRANGA GERENTE / MANAGER Mônica Carnieto ADJUNTO / DEPUTY MANAGER Antonio Carlos Martinelli Júnior ITAQUERA GERENTE / MANAGER Érika Mourão Trindade Dutra ADJUNTO / DEPUTY MANAGER Fabio Luiz Vasconcelos PINHEIROS GERENTE / MANAGER Flávia Andréa Carvalho ADJUNTO / DEPUTY MANAGER Ricardo de Oliveira Silva POMPEIA GERENTE / MANAGER Elisa Saintive ADJUNTO / DEPUTY MANAGER Sérgio Pinto SANTANA GERENTE / MANAGER Lilia Marcia Barra ADJUNTO / DEPUTY MANAGER Mario Fernandes Da Silva SANTO ANDRÉ GERENTE / MANAGER Jayme Paez ADJUNTO / DEPUTY MANAGER Robson Silva Vila Mariana GERENTE / MANAGER Oscar Rodrigues Filho ADJUNTA / DEPUTY MANAGER Denise Lacroix Rosenkjar

CIRCOS – FESTIVAL INTERNACIONAL SESC DE CIRCO COORDENAÇÃO / COORDINATION Carolina Garcez e Ligia Azevedo CURADORIA / CURATORIAL TEAM Adriana de Souza, Ana Meyer, Caio Csermak, Fernando Oliveira Viana, Gisele Lopes Ribeiro, Gizele Comunello Dalmolin, Guilherme Garcia V. Silva, Liliane Soares Oliveira, Lucia Helena Do Nascimento, Luis Claudio De Oliveira Tocchio, Rachel De Oliveira Leão Rocha, Simone Wicca, Thiago Barbosa Aoki, Vanessa Moura Afonso e Vanessa Oliveira dos Santos de Paula PRODUÇÃO / PRODUCTION Adriana de Souza COMUNICAÇÃO / COMMUNICATION Marina Reis SECRETARIA / SECRETARIAL SERVICES Renata Barros da Silva e Valquiria Aparecida de Oliveira EDIÇÃO E PRODUÇÃO TEXTUAL / TEXT EDITING AND PRODUCTION Livia Deodato FOTOGRAFIA / PHOTOGRAPHY André Andrade ASSESSORIA DE IMPRENSA / PRESS OFFICE Roberta Montanari, Paula Viana e Luciano Pereira /Conteúdo Comunicação IDENTIDADE VISUAL E DESIGN GRÁFICO / VISUAL IDENTITY AND GRAPHIC DESIGN Naíma Almeida / Chapéu Comunicação REVISÃO / PROOFREADING Ana Sesso Revisão Ltda. VERSÃO INGLÊS / ENGLISH VERSION Attuy & Fanucchi Cons. Ltda SITE / WEBSITE TV1.com WEBDOCUMENTÁRIOS / WEB DOCUMENTARIES Galeria Experiência


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