Yesu Luso Teatro e Dramaturgia em Língua Portuguesa
Espetáculos pág. 9 Leituras de Textos Dramatúrgicos pág. 23 Encontros pág. 33 Programação dia a dia pág. 39
Teatro falado Muitas podem ser as línguas, inumeráveis os sotaques, sutis suas semânticas e diversos seus sentidos. A variedade da cultura atravessa os tempos, os saberes se esparramam por imemorialidades, esquecimentos e anterioridades, que se presentificam por meio de vestígios nas atualidades do mundo, deste aqui e agora. Uma língua vem de algum lugar longínquo, ancestral e inacessível, mas se faz como acúmulo e transformações de sentido, acréscimos de significados, novos signos da vida vivida, que adentram as veias abertas do tempo. Signos que ressignificam o ser das coisas e das pessoas, que instauram novos juízos, pensares e dizeres, novos começos. Pensar a forma teatral, com seus textos e sua prosódia, como uma expressão da língua de um lugar, de uma terra, de um povo, pode ensejar-nos a possibilidade de reconhecimento de mundos que aparecem como o diferente, como um outro. Mas esse outro é, antes de qualquer distinção ou alteridade, pluralidade. E este é também o fundamento da igualdade. O ser humano só é possível enquanto singularidade plural. Daí que só se pode compreender o outro pelo reconhecimento dele, pelo testemunho que somos todo o tempo dele. O teatro e seus dizeres, no seu modo de ação e de discursos, na estrutura linguística, carrega consigo os latejos e relâmpagos, das latências ainda não ditas, ainda não expressas, mas já presentes nos fazeres e pensares de um tempo.
Yesu, que em uma das 43 línguas locais moçambicanas significa “nosso”, propicia-nos pensar compartilhamentos possíveis e deixa-nos à vontade para abrir olhos e ouvidos na tentativa de escutas nem sempre fáceis. Yesu Luso, que pode significar “um luso que é nosso”, deve ser mais que nosso, deve ser de muitos e pode ser de todos os falantes do português nos mais distintos lugares. Oferecer obras de teatro em língua portuguesa, como pretende o evento Yesu Luso – Teatro e Dramaturgia em Língua Portuguesa, exige-nos uma responsabilidade de acolhimento deste outro que nos visita de alhures, que nos solicita como hóspede de nosso mundo, em nossa casa. Este que nos chega com sua língua, com sua pátria, seus ditos e modos, e ainda que em português coloca-nos a diferença e a dessemelhança como possibilidades do encontro. Justamente o mútuo desconhecimento entre nós é o que nos possibilita visitar-nos e comungarmos. Com esta iniciativa de aproximação com os dizeres teatrais e estéticos de alguns grupos e artistas de países lusófonos como Angola, Cabo Verde, Moçambique, Portugal, Macau e Brasil, o Sesc cumpre com uma de suas premissas fundamentais: promover o intercâmbio simbólico e o diálogo artístico entre diversos que reconhecem na própria diferença a possibilidade de convívio e cidadania que transforma a cada um e à sociedade em um lugar melhor. Danilo Santos de Miranda Diretor do Sesc São Paulo
Minha Pátria é minha língua?! Em meio às guerras e a desumanidade entre as nações, ao descaso social diante dos que são obrigados a se refugiar em outras terras, e diante do sentido existencial de se estar sem Pátria, pensamos: Como andam nossos “países irmãos”? E na tentativa de uma aproximação com os dizeres teatrais e estéticos de alguns grupos e artistas desses países, apresentamos o nosso Yesu Luso – Teatro e Dramaturgia em Língua Portuguesa 2018, com a realização do Sesc São Paulo. Mais uma vez nos perguntamos o porquê de fazê-lo? E o que vem à mente é: o que será que temos em comum com esses povos espalhados pelos diferentes continentes, para além da mesma língua falada entre nós? Politicamente e socialmente somos “irmãos”? Retratamos a mesma miséria? Omitimos a mesma riqueza? Falamos sobre o ser humano com seus abusos e belezas, de uma maneira próxima? Esteticamente “pensamos” a arte através do quê? De qual ponto de vista? O que somos e o que temos são igual, menor ou maior? Ou nada disso? Somos “irmãos”? Como podem culturas tão diferentes, países tão distantes, vivências tão plurais expressarem-se e exprimirem-se desde uma só raiz: a Língua Portuguesa? Que sutilezas e semânticas desta fala determinam a comunicação entre pessoas tão diversas? Se comunicar é tornar comum, é compartilhamento, é compreensão, podemos admitir que hajam coisas e humanidades que se assemelham? Será mesmo que a minha aldeia pode ser universal?
O que isso nos diz verdadeiramente? Como podemos nos aproximar e somarmos forças socioculturais? Pode o teatro ser um meio propício e alvissareiro para trocas e intercâmbios duradouros e iniciadores de novas posturas frente ao mundo?! Escolhemos a Dramaturgia como tema para essa terceira edição do Yesu Luso, pois acreditamos que através dos textos, cada autor irá inevitavelmente revelar sua cultura, meios, costumes, ideias políticas, sociais, e tudo o mais que forme e constitua o ser dos homens, mulheres e tantas outras vozes de seu redor, de sua terra. As palavras revelam-nos não apenas uma história, mas a vida mesma que se preenche, como um rio que invade veredas, frestas, gretas e caminhos imprevisíveis. Somos todos seres viventes nesse mundo cada vez mais acelerado e quase sempre exterminador de humanidades. E, por isso, talvez devamos mais que nunca, agora, aproximarmonos uns dos ouros, especialmente desses ‘irmãos’ falantes da mesma Língua. Aguçar nosso olhar e ouvido em direção aos seus dizeres e saberes, amores e dissabores, suas escritas, seus gestos e seus gritos de liberdade. Assim, com a intenção de unir, somar e trocar experiências, convívio, arte, cultura, por meio do Teatro, desta forma emblemática da cultura dos povos do mundo, temos a satisfação de trazer-lhes expressões de Angola, Cabo Verde, Macau, Moçambique, Portugal e Brasil. Arieta Corrêa e Pedro Santos Curadores de Yesu Luso – Teatro e Dramaturgia em Língua Portuguesa
Ingressos e valores Venda a partir de 30/10, às 16h, no Portal sescsp.org.br, e a partir de 31/10, às 17h30, nas bilheterias das unidades do Sesc. Consulte a limitação de ingressos à venda por pessoa. R$ 20. R$ 10 ( ). R$ 6,50 ( ) Aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escola pública com comprovante. Trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependetes (Credencial Plena).
Espetรกculos
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Brasil Amok Teatro
Os Cadernos de Kindzu Sesc Campo Limpo 8 e 9/11. Quinta e sexta, Ă s 20h 16 anos, 130 min.
Foto: Daniel Barboza
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O grupo do Rio de Janeiro, fundado há 20 anos, toma como ponto de partida o primeiro romance de Mia Couto, Terra Sonâmbula (1992). E, por extensão, o imagnário do escritor moçambicano exímio na ancestral arte de contar histórias. No contexto do país em guerra civil pós-independência, o jovem personagem-título deixa sua vila para fugir das atrocidades e ruma para uma viagem iniciática. Nela, encontrará refugiados e personagens repletos de humanidade. Viverá experiências ancoradas tanto na cultura tradicional do sudeste da África como testemunhará um conflito devastador. Essa peça sucede a Salina (A Última Vértebra), ambas ancoradas em formas narrativas de matriz africana.
Criação: Amok Teatro, a partir da obra Terra Sonâmbula, de Mia Couto. Direção, cenário e figurinos: Ana Teixeira e Stéphane Brodt. Com: Graciana Valladares (Farida), Gustavo Damasceno (Romao Pinto e Anão Xipoco), Luciana Lopes (Mãe Kindzu, Tia Euzinha e Juliana), Sergio Loureiro (Pai Kindzu e Quintinho), Thiago Catarino (Kindzu), Vanessa Dias (Assma, Anão Xipoco e Virgínia) e Stephane Brodt (Surendra).
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Portugal Companhia João Garcia Miguel
A Casa de Bernarda Alba Sesc Santo Amaro 8 a 11/11. Quinta a sábado, às 20h. Domingo, às 18h 16 anos, 60 min.
Foto: Mario Rainha
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A morte do marido leva a matriarca a impor mão de ferro sobre as cinco filhas. Decreta oito anos de luto e reclusão entre paredes frias e janelas cerradas. Até que a paixão de duas delas por um rapaz precipita rupturas. O espanhol Federico García Lorca pôs o ponto final na peça a 30 dias de ser assassinado pela ditadura, em 1936. O espetáculo a toma como um libelo contra o conservadorismo. “As Bernardas Albas fecham as casas, que é como quem diz, as nossas instituições, e são a cada dia mais coercivas. As oportunidades não são iguais para todos. Propagam discursos onde subentendem mecanismos de repressão e censura como se defendessem liberdades. Fazem-nos confusos”, diz o diretor.
Texto original: Federico García Lorca. Direção e espaço cênico: João Garcia Miguel. Com: Sean O’Callaghan, Annette Naiman, Paula Liberati e Duarte Melo. Figurinos: Rute Osório de Castro. Imagens de ensaios e promoção: Mário Rainha. Assistência à encenação: Rita Costa e Eurico D’Orca. Direção de produção em Portugal: Georgina Pires. Direção técnica: Roger Madureira. Consultoria de imagem e comunicação em Portugal: Alcina Monteiro. Apoio técnico: AUDEX. Coprodução: Companhia João Garcia Miguel, Teatro Ibérico, República PortuguesaCultura/Direção-Geral das Artes, Teatro-Cine de Torres Vedras e Junta de Freguesia do Beato. A Companhia João Garcia Miguel é uma estrutura financiada pelo Governo de Portugal | Ministério da Cultura | Direção-Geral das Artes | Câmara Municipal de Lisboa.
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Cabo Verde Grupo Craq’ Otchod
Esquizofrenia Sesc Campo Limpo 10 e 11/11. Sábado, às 19h. Domingo, às 18h 16 anos, 50 min.
Foto: Mário César
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Um homem mergulhado em seu universo desliza entre os limites do real e da alucinação. Corpo e palavra são veículos para instaurar poesia e dissociar ação e pensamento no espaço. A expressividade física, o humor e a música têm lugar no monólogo concebido a partir da vivência do autor e diretor num centro de recuperação e acolhimento de doentes mentais. Em vez de isolar, cuidar – eis a síntese do projeto. O Grupo Craq’ Otchod contrapõe-se artisticamente aos estigmas sofridos por quem padece de transforno mental. Coerente com sua gênese, em 2008, reflexo de iniciativa sociocultural na comunidade da Ribeira de Craquinha, em Mindelo, segunda maior cidade caboverdiana, na ilha de São Vicente.
Encenação: Edilson Fortes (Di). Interpretação: Renato Lopes. Músicas ao vivo: Edilson Fortes (Di)
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Angola Grupo Elinga Teatro
A Última Viagem do Príncipe Perfeito Sesc Vila Mariana 15 e 16/11. Quinta, às 18h. Sexta, às 20h30 16 anos, 55 min.
Foto: Divulgação
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No ano da independência angolana ante a colonização portuguesa, 1975, o navio Príncipe Perfeito fez o derradeiro trajeto Luanda-Lisboa. Singrou o Atlântico com pessoas que, na intimidade, sentiam o fim agônico do império erguido por Dom João II (14551495), cujo apelido batizava a embarcação. Essa travessia desdobra quatro narrativas curtas. Em A vigia, estudante volta ao país crendo que terá papel na revolução em curso. Oh, Mar fala da mulher que perde as ilusões e luta para reencontrar um lar. O Clandestino diz sobre o dito cujo e suas aventuras. Em Do Outro Lado do Mar casal descobre que sentimentos não morrem, se renovam feito ondas. O Grupo Elinga Teatro soma 30 anos de atividades.
Texto, cenografia e direção: José Mena Abrantes. Com: Claudia Pucuta e Raul Rosario (do grupo Elinga) e Ana Clara Hibner (atriz brasileira convidada). Desenho de luz: Rui Vidal. Figurinos: Anacleta Pereira. Coreografia: Ngau Afonsina Domingas. Música: Raul Rosário (marimba), Ana Clara Hibner e Claudia Pucuta (chocalhos e dança). Produção: Elinga Teatro (52 Produção). Cartaz: Tiago Zaal, com base num detalhe em quadro de David Wojnarowicz
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Moçambique Klemente Tsamba
Nos Tempos de Gungunhana Sesc Campo Limpo 17 e 18/11. Sábado, às 19h. Domingo, às 18h 16 anos, 60 min.
Foto: Margareth Leite
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A tradição oral africana é base do monólogo que transpõe para o palco alguns contos (os karingana) do livro Ualalapi (1987), do professor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa. Relata aspectos da vida na corte do rei Gungunhana (1861-1884), quando passou de aliado a inimigo de Portugal. Traições e crueldades evoluem ao ritmo de berimbau, chocalho e, inclusive, humor na interação com o público. O mote acerca de um singelo casal logo é transformado em outro fio narrativo, e assim sucessivamente: “Era duma vez um guerreiro da tribo tsonga chamado Umbangananamani, que fora em tempos casado com uma linda mulher da tribo Macua, de nome Malice. Não tiveram filhos. Mas tentaram muito...”.
Criação e interpretação: Klemente Tsamba. Textos originais: Ungulani Ba Ka Khosa. Apoio e assistência criativa: Filipa Figueiredo, Paulo Cintrão e Ricardo Karitsis. Adereços e figurinos: Klemente Tsamba. Fotografia: Margareth Leite
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Macau Hiu Kok Theatre
A Linha Sesc Santo Amaro 17 e 18/11. Sábado, às 20h. Domingo, às 18h 16 anos, 60 min.
Foto: Instituto Português de Macau
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Em meio à rotina de levar animais ao pasto e os vigiar, dois pastores gostam de compartilhar histórias e observar sinais e formas da natureza em volta. Certo dia, a brincadeira de dividir o chão com uma corda, como que demarcando os respectivos territórios no campo, evolui para uma disputa irracional de posse, ameaçando a amizade de longa data. A dramaturgia costura excertos da fábula Uma Linha, do chinês Anthony Chan, e do romance Ensaio Sobre a Cegueira, do português José Saramago. São justamente as duas línguas faladas no espetáculo. O grupo Hiu Kok Theatre foi fundado em 1975 em Macau, região administrativa especial da China, desde 1999, e colônia de Portugal por quase 450 anos.
Direção: Billy Hui e Gary NG. Autor original: Athnony Chan, com excertos de Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago. Adaptação: Fernando Sales Lopes e Billy Hui. Com: Ian I Kong e Chin Hong Leong. Produção: Ben Ieong e Yin Hui Chen. Acessórios e figurinos: Laura Nyogeri e Fernando Sales Lopes. Editor de vídeos: Ka Ch’io Cheong. Gerente de palco: Ben Ieong. Gerente assistente de palco: Ka Ch’io Cheong e Wilson Chan. Legendas: Ben Ieong. Música: Amélia Muge, do álbum Todos os Dias... (O Pastorinho)
Leituras de Textos Dramatúrgicos
O Coletivo de Heterônimos foi criado em 2015 por artistas instigados a pesquisar e criar espetáculos com dramaturgia própria e inspirada na discussão sobre as gramáticas sociais que controlam o sujeito em sociedade. O núcleo é composto pelos atores Bruno Ribeiro (Núcleo de Artes Cênicas, NAC) e Amanda Mantovani (Centro de Pesquisa Teatral, CPT-Sesc), além do diretor e dramaturgo Alexandre França (das peças Billie e Mínimo Contato), entre outros colaboradores.
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Elmano Sancho, Portugal Com Coletivo de Heterônimos, Brasil
A Última Estação Sesc Santo Amaro 8/11. Quinta, às 18h Grátis. Retirada de ingressos 1h antes da atividade no local. 14 anos
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A peça reflete sobre violência e desejo de transgressão na vida e na arte a partir da trajetória do serial killer estadunidense Ted Bundy (1946-1989). Nela, o dibuk da mitologia judaica – espírito ou demônio que habitaria o corpo de cada um – é interpelado à maneira da via-crúcis. Da sentença de morte ao sepultamento, o personagem aspira à ressurreição, a 15ª e última estação. Elmano Sancho (1982) admite certa obsessão com a controversa figura da crônica policial, pois já teve foto sua confundida com a do criminoso devido à semelhança física. O dramaturgo estudou em Paris, Nova York e Madri. Encenou Misterman (2014), de Enda Walsh, e I Can´t Breathe (2015), de sua autoria, tendo atuado em ambas.
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Silvia Gomez, Brasil Com Coletivo de Heterônimos, Brasil
Neste Mundo Louco, Nesta Noite Brilhante Sesc Vila Mariana 13/11. Terça, às 18h Grátis. Retirada de ingressos 1h antes da atividade no local. 14 anos
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Entre 2011 e 2016, o Brasil registrou média de dez estupros coletivos por dia, diz o Ministério da Saúde. A peça toca essa ferida aberta do país machista e patriarcal. Neste mundo louco, nesta noite brilhante, enquanto aviões decolam e aterrissam em várias partes do mundo, a rotina da Vigia do KM 23 daquela rodovia brasileira é alterada pela presença de uma garota que delira, largada no asfalto após ser violentada nesta noite cheia de estrelas. A jornalista Silvia Gomez (1977) fez parte do Círculo de Dramaturgia do Centro de Pesquisa Teatral (CPTSesc), coordenado por Antunes Filho. Autora de O Céu Cinco Minutos Antes da Tempestade (2006), Mantenha Fora do Alcance do Bebê (2015) e outras.
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Venâncio Calisto, Moçambique Com Coletivo de Heterônimos, Brasil
(Des)mascarado Sesc Vila Mariana 14/11. Quarta, às 18h Grátis. Retirada de ingressos 1h antes da atividade no local. 14 anos
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O conflito de gênero é tão antigo quanto a humanidade. A relação homem-mulher costuma ser percebida como um braço de ferro. A necessidade de dominar a sociedade, verificada em ambos, estaria na base do mito, da tradição. A manifestação do Mapiko exemplifica isso por meio da dança e da máscara. Plena de ritos, cor e magia, ela foi inventada pelos homens macondes (povo do norte moçambicano) como forma de amedrontar a mulher e reivindicar espaço em contexto matrilinear. Venâncio Calisto (1993) é encenador e ativista ligado ao Movimento Literário Kuphaluxa. Fundador dos grupos Katchoro e (In)versos. Locutor de rádio, integra a Plataforma ECArte, da Universidade Eduardo Mondlane, na qual estudou.
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Valódia Monteiro, Cabo Verde Com Coletivo de Heterônimos, Brasil
Sim ou Não? Sesc Santo Amaro 16/11. Sexta, às 20h Grátis. Retirada de ingressos 1h antes da atividade no local. 14 anos
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Dois personagens – Antonius, ou António, nome dos mais comuns em Cabo Verde, e Nemo (ou ninguém) – encontram-se sempre no mesmo espaço. Até que o primeiro, sufocado com o estado de coisas, decide sair e procurar outro lugar para viver. Para tanto, convida o companheiro para a jornada, mas este refuta. Antonius não se dá por vencido e continua tentando convencer Nemo nessa narrativa feita de razões e recordações. Valódia Monteiro (1981) é professor de português e latim. Estudou e ainda estuda em universidades do país ou de Cuba. A escrita surgiu na metade dos anos 2000, quando atuava na Companhia de Teatro Solaris. Entre seus textos, estão Psycho (2006), Marthur (2007) e Glória (2011).
Encontros
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Portugal Companhia João Garcia Miguel
Processo Pedagógico de Criação Sesc Santo Amaro 9 a 14/11, exceto dia 12. Sexta a quarta, das 14h às 18h R$ 30. R$ 15 ( ). R$ 9 ( ) Inscrições com carta de intenção e breve currículo para yesuluso@santoamaro.sescsp.org.br 16 anos, duração: 20 horas
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Convite a imergir em experimentações com vistas a uma criação cênica a partir dos expedientes e pensamentos do ator e encenador João Garcia Miguel (1961) e membros da companhia. Ela foi fundada em 2003, voltada à pesquisa continuada nas artes performativas. Até há pouco cumpria residência artística no Teatro-Cine de Torres Vedras. Desde 2016 ocupa o Teatro Ibérico, também em Lisboa. Miguel é artista performativo, programador e pesquisador. As suas práticas artísticas caracterizam-se pelo experimentalismo performativo e a preocupação com o papel do artista enquanto interventor social.
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Dramaturgia em Língua Portuguesa Sesc Vila Mariana 14/11. Quarta, às 20h Grátis. Retirada de ingressos 1h antes da atividade no local. 14 anos
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Perspectivas formais e temáticas da prática das escritas teatral e performativa sob a ótica de três profissionais oriundos de Angola, Brasil e Portugal. José Mena Abrantes (1945) é cofundador do grupo mais longevo de Luanda, o Elinga Teatro (1988). Ambos são referenciais na produção dramatúrgica pós-independência do país, em 1975. A fluminense Dione Carlos (1977) é radicada em São Paulo. Formada em dramaturgia pela SP Escola de Teatro, coordena o Núcleo de Dramaturgia da Escola Livre de Teatro de Santo André. O lisboeta João Garcia Miguel (1961) escreve obras performativas e ensaios sobre o ato criativo e o corpo. Fundador de distintos coletivos, como a companhia que leva seu nome, em 2003.
Programação dia a dia
SESC – SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO Administração Regional no Estado de São Paulo Presidente do Conselho Regional Abram Szajman Diretor do Departamento Regional Danilo Santos de Miranda Superintendentes Técnico-social Joel Naimayer Padula Comunicação Social Ivan Giannini Administração Luiz Deoclécio Massaro Galina Assessoria Técnica e de Planejamento Sérgio José Battistelli Gerentes Ação Cultural Rosana Paulo da Cunha Estudos e Desenvolvimento Marta Raquel Colabone Artes Gráficas Hélcio Magalhães Difusão e Promoção Marcos Ribeiro de Carvalho Sesc Digital Gilberto Paschoal Sesc Campo Limpo Mário Fernandes da Silva Sesc Santo Amaro Claudia Darakjian Tavares Prado Sesc Vila Mariana Érika Mourão Trindade Dutra Equipe Sesc Alexandre Caversan Simonelli, Aline Ribenboim, Carlos Eduardo Hara, Fernanda Fava, Fernando Marineli, Juliana Gardim, Juliana Ramos, Mara Rita Oriolo, Marcos Villas Boas, Natália dos Reis Fernandes Silva, Natalia da Silva Martins, Priscila Sayuri Oliveira Fukuda, Renato Pereira, Rogerio Ianelli, Sérgio Luis V. Oliveira, Tamara Demuner, Thaís Emília Yesu Lusu – Teatro e Dramaturgia em Língua Portuguesa Curadoria Arieta Corrêa e Pedro Santos Produção Szpektor & Corrêa Produções Artísticas
Sesc Campo Limpo Rua Nossa Senhora do Bom Conselho, 120 Tel.: (11) 5510-2700 Sesc Santo Amaro Rua Amador Bueno, 505 Tel.: (11) 5541-4000 Sesc Vila Mariana Rua Pelotas, 141 Tel.: (11) 5080-3000