“Mulher de palavra” é um projeto voltado à difusão de obras literárias contemporâneas escritas por mulheres e que propõe discutir questões ligadas ao feminino e as conjunturas sociais que o cercam. Nesta terceira edição, denominada “Mulher de palavra: independente e coletiva”, convidamos um coletivo para a cocuradoria do ciclo de leituras, o Coletivo Sycorax, composto por tradutoras e que ficou conhecido por trazer ao português as obras de Silvia Federici: “Calibã e a Bruxa” e “O ponto zero da revolução”. Os livros a serem abordados mensalmente nos encontros do ciclo foram selecionados de modo a dialogar com os temas tratados por Federeci, no que se refere ao período de caça às bruxas, à violência contra as mulheres, assim como as relações de trabalho não remunerado, envolvendo o controle sobre o corpo, a reprodução e as múltiplas estruturas sociais que interpelam as mulheres individual e coletivamente até os dias atuais, sem perder de vista a potência da coletividade como força geradora de novas formas de ser e agir no mundo. Além dos encontros, teremos oficinas, contações de histórias e uma feira de publicações independentes, que oferecem como oportunidade ao público um maior contato com as obras e autoras, seus desafios, possíveis alternativas ao mercado e autonomia de criação. Desta forma, o Sesc mantém o compromisso de difundir diferentes linhas de pensamento e vertentes artísticas, além de fomentar a reflexão sobre temas importantes para a sociedade.
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FEIRA DE PUBLICAÇÕES
Praça de Convivência
12h às 21h
Feira que visa promover obras escritas e publicadas de forma independente por mulheres autoras.
Biblioteca
14h às 16h
“A autopublicação como alternativa” Mediação: Lubi Prates Convidadas: Cidinha da Silva e Marilene Felinto. Bate-papo sobre as possibilidades de autonomia de criação e publicação de mulheres, como alternativa ao mercado editorial.
16h30 às 18h30
“Lírica e política: poéticas feministas” Mediação: Heloísa Buarque de Holanda Convidadas: Angélica Freitas, Luna Vitrolira e Natasha Felix. Conversa entre poetas sobre como o fato de ser mulher influencia em suas criações artísticas e escolhas estéticas.
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CONVIDADAS
Angélica Freitas Autora dos livros de poemas “Rilke Shake” (2007) e “Um útero é do tamanho de um punho” (2012, vencedor do prêmio APCA), e da graphic novel “Guadalupe” (2012), em parceria com o artista visual Odyr. Seus poemas apareceram em publicações como Inimigo Rumor, Poetry Magazine, Granta e Diário de Poesía. Em 2016, a tradução de Hilary Kaplan de “Rilke Shake” para o inglês recebeu o prêmio Best Translated Book Award (BTBA) nos Estados Unidos.
Cidinha da Silva Escritora e editora na Kuanza Produções. Publicou 17 livros distribuídos pelos gêneros crônica, conto, ensaio, dramaturgia e infantil/juvenil. “Um Exu em Nova York”, recebeu o Prêmio da Biblioteca Nacional (contos, 2019) e “Explosão Feminista” (ensaio), do qual é coautora, foi finalista do Jabuti (2019), e recebeu o Prêmio Rio Literatura 4ª edição.
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Heloísa Buarque de Holanda Coordenadora do Programa Avançado de Cultura Contemporânea da Universidade Federal do Rio de Janeiro, desenvolve o laboratório de tecnologias sociais Universidade das Quebradas, baseado no conceito de ecologia dos saberes. Trabalhou em cinema, rádio e TV e dirigiu o Museu da Imagem e do Som, RJ. Atualmente, as questões relativas ao cruzamento da tecnologia, cultura e desenvolvimento bem como a questão dos direitos humanos são seu foco principal. É autora de muitos livros, tendo publicado recentemente: “Explosão Feminista” (ed. Cia das Letras 2018), “O Pensamento Feminista: conceitos fundamentais” e “Pensamento Feminista Brasileiro: formação e contexto” (ambos pela ed. Bazar do Tempo, 2019).
Lubi Prates Poeta, tradutora, editora e curadora. Tem três livros publicados (“coração na boca”, 2012; “triz”, 2016; “um corpo negro”, 2018). Seu último livro está em processo de publicação na Argentina, Colômbia, Estados Unidos, Espanha e França, além de ter sido finalista do 61º Prêmio Jabuti e do 4º Prêmio Rio de Literatura. É sócia-fundadora e editora da nosotros, editorial, e é editora da revista literária Parênteses. Atualmente, é doutoranda em Psicologia do Desenvolvimento Humano, na Universidade de São Paulo.
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Luna Vitrolira Finalista do prêmio Jabuti 2019, autora do livro “Aquenda – o amor às vezes é isso” (ed. LIVRE,2018), é escritora, poeta declamadora, atriz, performer, apresentadora, educadora, mestra em Teoria da Literatura, com ênfase em literatura das vozes, produtora e idealizadora dos projetos de circulação nacional Estados em Poesia, De Repente uma Glosa e Mulheres de Repente. Pernambucana, natural de Recife/PE, 27 anos, iniciou sua trajetória em 2004, aos 12, e aos 15 começou a se apresentar profissionalmente. Desde que iniciou sua carreira vem participando de importantes eventos e festivais literários por todo Brasil. Nesse momento a artista se prepara para lançar seu primeiro disco autoral, produzido pelo pianista Amaro Freitas, baseado em seu livro.
Marilene Felinto Marilene Felinto (1957, Recife - PE) é escritora de ficção, ganhadora do Prêmio Jabuti de Revelação de Autor (1983) pelo romance “As Mulheres de Tijucopapo (1982), também ganhador do prêmio de melhor romance inédito da União Brasileira de Escritores (1982). Tem outros romances publicados, contos e ensaios, como sua dissertação de mestrado em Psicologia Clínica pela PUC-SP, “Autobiografia de uma escrita de ficção – ou: porque as crianças brincam e os escritores escrevem” (Ed. da autora, 2019); “Fama e infâmia: uma crítica ao jornalismo brasileiro” (Ed. da autora, 2019); “Contos reunidos” (Ed. da autora, 2019) e “Sinfonia de contos de infância” (Ed. da autora, 2019). Foi colunista da revista Caros Amigos por seis anos e atualmente colabora com a Folha de S. Paulo.
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Natasha Felix Nascida em Santos (1996), Natasha Felix é poeta, escritora e educadora. Vive em São Paulo (SP) e é autora do livro de poemas “Use o Alicate Agora”, publicado pelas Edições Macondo, em 2018. A artista desenvolve projetos de performance que exploram a poesia falada, o experimentalismo dos sons, ruídos e a música.
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INTERVENÇÃO ARTÍSTICA 12
Biblioteca
13h30 às 14h e 16h15 às 16h30
“Aquenda – o amor às vezes é isso” Com Luna Vitrolira A obra enfatiza o protagonismo feminino no universo do amor, com fundamento racial, sob perspectiva dos feminismos, discutindo temas como a solidão e a invisibilidade das mulheres negras; violências de gênero, físicas, verbais e psicológicas nas relações afetivas; feminicídio, abuso, estupro, gordofobia e sexualidade, bem como o prazer e o corpo como autocuidado e autopertencimento.
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ATELIÊ
Foyer * Melhor aproveitado por crianças a partir de 5 anos
13h às 17h
GRAFIQUETA Livro_Entre: Experimentação gráfica e livrística para todas as idades Com Ateliê Libélula A Grafiqueta é um ateliê aberto para a criação de livros a partir da linguagem fotográfica. A experimentação envolve a impressão, redução/ampliação e enquadramento para a criação de livros através de fotografias tiradas pelos participantes, que serão impressas, criando estes encontros entre imagens e os participantes, propondo diferentes possibilidades de relações.
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CICLO DE LEITURAS
Ao redor de todo o mundo, mulheres vêm sofrendo ataques à sua autonomia há muito tempo. Por autonomia, entendemos a capacidade de sobreviver de maneira independente, mas não só isso. A impossibilidade de existir de maneira autônoma passa necessariamente pela destruição das redes femininas de apoio, de colaboração e criação, essenciais para construir resistências e formas de compartilhar o mundo. Quando pensamos em autonomia, falamos de cozinhas coletivas nas quais se alimenta toda uma comunidade, de hortas comunitárias capazes de prover sustento coletivo, de cooperativas profissionais que transformam habilidades em fonte de renda, mas falamos também de possibilidades de imaginar outros mundos possíveis para si e para quem está sob seus cuidados. Se as mulheres estão majoritariamente encarregadas do trabalho doméstico e de cuidado na sociedade em que vivemos, sabemos que é por meio da união de forças comuns que se estruturam vidas vivíveis. Neste ciclo de leituras e oficinas, propomos reunir autoras, tradutoras e público em geral para debater obras literárias capazes de abordar como concebem maneiras de estar no mundo que desafiam, debatem e dialogam com esses ataques. Com isso em mente, buscamos autoras latino-americanas, caribenhas e brasileiras, que tematizam a luta de mulheres negras, periféricas e queer, ontem e hoje. Iniciamos o ciclo de leituras com Eu, Tituba… Bruxa negra de Salém, da escritora francesa de origem martiniquense Maryse Condé: uma ficção na qual Tituba, uma mulher escravizada trazida de Barbados, acusada de bruxaria na famosa Salém, conta sua própria história e seus embates com o sistema escravista, com o sexismo e as represen-
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tações estereotipadas que culminaram na sua acusação. No encontro seguinte, vamos conversar sobre uma autora que, de dentro da hegemonia da língua inglesa, apresenta também um olhar periférico: Nicole Dennis-Benn trata de lesbofobia, turismo e trabalho sexual em sua Jamaica de origem no Bem-vindos ao paraíso. Na sequência, discutiremos A Fúria, uma coletânea de contos insólitos e provocadores da argentina Silvina Ocampo. No mês seguinte, será a vez da feminista Ursula Le Guin, que, por meio da ficção científica, abole os papéis de gênero nos novos mundos que cria em A mão esquerda da escuridão.
das neste dia; e Ana Paula Costa Silva, escritora, trabalhou como catadora na CooperCata Mauá, faz parte do sarau Poesia é da hora e de saraus na Fundação Casa, junto com o coletivo Poetas do Tietê. Entendemos que questões como maternidade, precarização, trabalho sexual, invisibilidade e desvalorização do trabalho doméstico se entrelaçam com a própria vida das mulheres, assim como a capacidade de contar histórias. Estamos muito felizes de poder tecer em conjunto com todas mais esta rede de criação coletiva. Coletivo Sycorax, verão de 2020
Por fim, encerramos o ciclo com o Quarto de Despejo diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus, uma compilação de seus diários, de quando a escritora vivia com suas três crianças em uma favela do Canindé e Notas sobre a fome, potente reflexão de Helena Silvestre. Para conversar sobre esses livros, convidamos mulheres que admiramos e que constroem reflexões sobre a atualidade dessas questões. Entre elas estão Miriam Nobre, ativista da Sempre-viva Organização Feminista, que vem discutir conosco sua experiência com as mulheres do Congo; Giselle Cristina dos Anjos Santos, doutoranda em História, autora dos livros Somos todas rainhas (2012) e coautora de Mujeres afrodescendientes en América Latina y el Caribe: Deudas de igualdad (2018); Livia Deorsola, tradutora de A Fúria para o português; e Ana Rüsche, escritora, poeta e pesquisadora. No último encontro, contaremos com a presença de duas convidadas, escritoras e militantes: Helena Silvestre, militante do movimento de moradia, editora da Revista Amazonas e autora de uma das obras que serão discuti18
SOBRE A COLETIVO SYCORAX: O coletivo é composto atualmente por cinco tradutoras, são elas: Cecília Rosas, Cecilia Farias, Juliana Bittencourt, Leila Giovana Izidoro e Shisleni Oliveira Macedo. Em comum, as integrantes do coletivo já colaboraram com meios independentes de comunicação e entendem a criação do coletivo como uma contribuição para pautar conteúdos e ampliar a circulação de autoras que o mercado editorial não contempla. O grupo traduziu coletivamente os livros “Calibã e a Bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva” e “O ponto zero da revolução: trabalho doméstico, reprodução e luta feminista”, de Silvia Federici. 19
ENCONTROS
Biblioteca
Horário: QUA 19h-21h
18/03
Livro: “Eu, Tituba, bruxa negra de Salém”, de Maryse Condé Tradução: Angela Melim Editora Rosa dos Tempos Debatedora: Shisleni Oliveira Macedo Convidada: Miriam Nobre
Na caça às bruxas de Salém, posteriormente retomada por diversos autores como alegoria de opressão e perseguição política, Tituba, uma mulher negra escravizada, foi a primeira acusada. Ainda assim, frequentemente é deixada de fora da narrativa. Neste livro, a escritora francesa de origem caribenha Maryse Condé escreve a história de Tituba, criando literariamente para ela um destino que os livros de história ignoraram. Miriam Nobre é militante da Sempre Viva Organização Feminista, publicou o artigo “Costuras, comidas e coisas concretas da vida” no livro “Inovação ancestral de mulheres negras táticas e políticas do cotidiano” organizado por Bianca Santana e lançado pela editora Oralituras.
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Shisleni de Oliveira Macedo, integrante do coletivo Sycorax, é mestre em ciências humanas e sociais, com foco em teoria feminista e mestranda em Antropologia Social. Atualmente faz parte do NUMAS - Núcleo de Estudos dos Marcadores Sociais, da USP, do Centro de Estudos Periféricos, da Unifesp e do Coletivo Sycorax. 21
22/04
Livro: “Bem-vindos ao paraíso”, de Nicole Dennis-Benn Tradução: Heci Candiane Editora Morro Branco Debatedora: Juliana Bittencourt Convidada: Giselle Cristina dos Anjos Santos
Ambientado em um resort de luxo na Jamaica, a obra aborda a história de Margot e sua irmã Thandi para tratar de temas como vinculação do trabalho e a exploração sexual, além do racismo, lesbofobia e turismo. Giselle Cristina dos Anjos Santos é doutoranda em História Social na Universidade de São Paulo (USP), com o projeto “Discursos sobre a democracia racial em Cuba e no Brasil: Tramas de gênero, raça e sexualidade na literatura (1933-1978)”. Além disso, é autora do livro “Somos todas rainhas” (2012) e é uma das autoras do livro “Mujeres afrodescendientes en América Latina y el Caribe: Deudas de igualdad” (2018), organizado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL).
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Juliana Bittencourt é fotógrafa, mestranda e integrante do Coletivo Sycorax. Colaborou com meios de comunicação livres, alternativos, autônomos como a Revista Geni e a Agência SubVersiones, no México. Em 2014 percorreu 10 países das Américas Central e do Sul em uma iniciativa de articulação e cooperação entre comunidades e coletivos de diferentes países em torno da justiça climática. A equipe realizou uma série de eventos públicos, além de uma campanha de ações e mobilizações para a COP-20, no Peru. Realizou residências artísticas na Ceiba Gráfica e no SOMA, ambos no México.
20/05
Livro: “A fúria”, de Silvina Ocampo Tradução: Livia Deorsola Companhia das Letras Debatedora: Cecília Rosas Convidada: Livia Deorsola
Por muito tempo, Silvina Ocampo ficou à sombra de outros gênios literários com quem convivia, como o marido Bioy Casares e o amigo Borges. O volume “A fúria” reúne alguns de seus contos insólitos, nos quais a autora trata com ambiguidade temas como a infância, o ciúme, os sonhos. Livia Deorsola é a tradutora da obra para o português. Formada em jornalismo na Unesp e em letras hispânicas na USP, trabalhou como editora na Companhia das Letras e na Cosac Naify. Além de diversos títulos infanto-juvenis, traduziu também os contos de “Grinalda com amores”, de Adolfo Bioy Casares (Globo, 2019), e a novela “De duas, uma, de Daniel Sada (Todavia, 2017).
Cecília Rosas, integrante do coletivo Sycorax, é tradutora, mestre e doutora em Literatura e Cultura Russa pela USP. Trabalhou como editora assistente na Editora 34. Entre suas traduções mais recentes estão “Meninos de zinco”, de Svetlana Aleksiévitch (Companhia das Letras, 2020) e Era uma vez uma mulher que tentou matar o bebê da vizinha, de Liudmila Petruchévskaia (Companhia das Letras, 2018).
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22/07
17/06
Livro: “A mão esquerda da escuridão”, de Ursula Le Guin Tradução: Susana Alexandria Editora Aleph Debatedora: Cecília Farias Convidada: Ana Rüsche
Na obra Ursula Le Guin usa a ficção científica para criar um planeta chamado Gethen, habitado por seres humanoides ambissexuais, sem gênero definido. O fato de as pessoas dessa sociedade não serem divididas de acordo com o gênero faz com que suas relações interpessoais, desde o âmbito privado até os jogos políticos, sejam profundamente diferentes das nossas, a começar pela criação dos filhos. Ana Rüsche é escritora e pesquisadora, doutora em Letras pela FFLCH-USP com a tese “Utopia, feminismo e resignação em The left Hand of Darkness (de Ursula Le Guin) eThe Handmaid’s Tale (de Margaret Atwood)”. Seus últimos livros são “Do amor” (Quelônio, 2018), “A telepatia são os outros” (Monomito, 2019) e a plaquete de poesia “Monstruosidades” (Editora Nosotros, 2019).
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Cecilia Farias, integrante do coletivo Sycorax, é revisora e editora de textos, mestra e doutoranda em Linguística, com interesse particular em políticas linguísticas e línguas minoritárias. Atualmente, participa do Língua Franca, projeto de divulgação da pesquisa linguística que abriga, entre outros, o Membrana Linguística, blog sobre as interfaces da linguística com outras áreas de conhecimento, e o Babel, podcast sobre a história das línguas de diversos povos do mundo.
Livro: “Quarto de despejo”, de Carolina Maria de Jesus Editora Ática, e “Notas sobre a fome”, de Helena Silvestre Selo Sarau do Binho Debatedora: Leila Giovana Izidoro Convidadas: Ana Paula Costa Silva e Helena Silvestre
Diálogo entre o livro “Quarto de Despejo - diário de uma favelada”, de Carolina Maria de Jesus, uma compilação de seus diários, de quando a escritora vivia com suas três crianças em uma favela do Canindé e o livro “Notas sobre a fome”, potente reflexão de Helena Silvestre. Helena Silvestre, escritora favelada e afroindígena, é militante do movimento Luta Popular e editora da Revista Amazonas. Autora de uma reflexão original e pungente sobre a situação da mulher brasileira e latino-americana, em seu livro “Notas sobre a fome”, de teor autobiográfico, atravessa o cotidiano da miséria material, percorrendo que há de difícil, mas também a luta e a força que cresce entre os que sentem fome. O livro tem relatos de fatos ocorridos ao longo da militância em movimentos de moradia, bem como seu próprio processo de apropriação das teorias que discutem classe, gênero e raça.
Ana Paula Costa Silva, escritora, trabalhou como catadora na CooperCata Mauá, faz parte do sarau Poesia é da hora e de saraus na Fundação Casa, junto com o coletivo Poetas do Tietê. Leila Giovana Izidoro, integrante do coletivo Sycorax, é bacharela em direito e advogada e trabalha como pesquisadora e assistente editorial. Integrou o Coletivo Feminista Dandara e o Serviço de Assessoria Jurídica Universitária (SAJU). Atualmente é mestranda em direitos humanos e faz parte do Grupo de Pesquisa Direitos Humanos, Centralidade do Trabalho e Marxismo (DHCTEM) e do Núcleo de Estudos de Teoria e Prática de Greve no Direito Sindical Brasileiro Contemporâneo (NETEP Greve). 25
OFICINAS
Sala de oficinas 1
17/03, das 19h às 22h
“A mulher é uma construção”
Inscrições online: sescsp.org.br Retirada de senhas 1h antes. Atividade para mulheres a partir de 16 anos.
com Angélica Freitas.
04/04, das 14h às 18h Inscrição no local 30 min antes da atividade. Atividade para mulheres a partir de 16 anos.
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Como escrever sobre a mulher? Como encontrar o tom e a forma ideais? Quais são os poemas que cada mulher precisa escrever? Nesta oficina de poesia, em um encontro de três horas, serão debatidas essas questões e produzidos textos que deem conta da experiência de cada participante. Para participar, basta trazer caneta e papel.
“Calibã e a Bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva” com coletivo Sycorax A proposta da oficina parte do debate central do livro de Silvia Federici, traduzido pelo coletivo Sycorax. Desde a conexão entre a pesquisa histórica sobre a perseguição às mulheres na Europa e América com a atualidade da caça às bruxas e o exercício de múltiplas formas de violência contra as mulheres, juntamente a uma análise de documentos históricos e notícias da atualidade. 27
CONTAÇÃO DE HISTÓRIASS 28
Biblioteca
Sábados, às 14h Duração: 60min
“Mulheres Fabulosas”, com Yohana Ciotti e Alexandra Pericão Histórias fabulosas inspiradas em heroínas reais.
06/06 - Corra, Olímpia! Inspirada na história da dramaturga francesa Olympe de Gauges.
20/06 - O Que Pensava A Avó De Frankenstein
Inspirada na escritora inglesa Mary Wollstonecraft e sua filha Mary Shelley, a autora de “Frankenstein”.
04/07 - As Tapadoras De Buracos
Inspirada na famosa marcha de mulheres russas por Pão e Paz no período da 1ª Guerra Mundial.
18/07 - Domitila Quer Falar
Inspirada na história Domitila de Barrios, líder camponesa boliviana.
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Sesc Bom Retiro Al. Nothmann, 185 01216-000 | São Paulo | SP Luz | Tiradentes (11) 3332.3600
/sescbomretiro sescsp.org.br