Folheto - Programação seminário e mostra do projeto Ideias e Ações para um Novo Tempo

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Seminário Diálogos sobre os Desafios Socioambientais Contemporâneos Mostra Territórios em Transformação Junho 2017

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Seminário

Diálogos sobre os Desafios Socioambientais Contemporâneos 1 e 2 de junho de 2017 Mostra

Territórios em Transformação 2 a 4 de junho de 2017

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Ideias e Ações para um Novo Tempo Reconhecer a importância do patrimônio natural como bem comum, numa perspectiva para além de bases monetárias, é uma das garantias para manter uma relação mais equilibrada entre meio ambiente e intervenções humanas. Uma premissa que guarda a preocupação sobre o quanto práticas cuidadosas com o ambiente vêm sendo, de fato, incorporadas nas condutas diárias de âmbito individual, passando por políticas ambientais, que possam fortalecer o território e os agentes sociais a ele relacionados; e aos novos arranjos socioambientais, que preconizam relações mais justas e harmônicas na sociedade. Um dos pontos de partida para este caminho é a geração e a difusão de conhecimentos e de práticas voltadas ao fortalecimento da cultura da sustentabilidade. O Sesc partilha deste intento ao realizar, deste 2012, o projeto Ideias e Ações para um Novo Tempo, na área de Educação para Sustentabilidade. Sua metodologia está baseada na identificação e no compartilhamento de iniciativas socioambientais, que possam ser referências para o debate e a mobilização das pessoas, por meio de ações educativas, formativas e espaços de encontro para a troca de conhecimentos, saberes e práticas. Um dos eixos orientadores do projeto é reconhecer nos territórios suas respectivas potencialidades na área socioambiental, especialmente onde as Unidades do Sesc SP estão inseridas. Chega-se assim à reflexão de como os princípios da sustentabilidade se expressam nestas ações e quais são os impactos gerados para a comunidade local. Neste ano, o projeto ganha concretude por meio de um conjunto de ações educativas, cujo intuito é espraiar as possibilidades de diálogo sobre a cultura da sustentabilidade para todos os perfis de públicos, com abordagens que ampliam o interesse e valorizam atitudes transformadoras. Esta programação inclui o seminário Diálogos sobre os Desafios Socioambientais Contemporâneos, que acontece de forma integrada à mostra Territórios em Transformação, com a apresentação de iniciativas socioambientais identificadas no território contíguo às Unidades do Regional de São Paulo. O seminário Diálogos sobre os Desafios Socioambientais Contemporâneos propõe abordar o avanço da crise ambiental planetária a partir de uma dupla perspectiva: a compreensão do problemático contexto atual e a apresentação de caminhos teóricos e práticos que já estão em

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curso. Para tanto, especialistas de várias áreas tratam desse tema, que é por definição transdisciplinar, a partir dos seguintes enfoques: a problematização da conjuntura socioambiental contemporânea; o debate acerca da natureza como bem púbico; o caráter econômico-tecnológico de arranjos socioambientais orientados por valores da ética e da sustentabilidade; e os esforços educativos que buscam conferir maior escala a iniciativas ambientalmente sustentáveis, e que têm capacidade de influenciar políticas públicas. Para sua realização, conta com a parceria da Universidade de São Paulo (USP), por meio do Instituto de Energia e Ambiente, entendendo que esta colaboração acadêmica contribui para aprofundar o debate em torno das questões socioambientais, bem como difundir junto à sociedade o trabalho realizado por ambas as instituições. Já a mostra Territórios em Transformação se configura em um espaço de encontro e de apresentação de experiências de referência na área socioambiental, em nível local e regional. Valorizam-se com isso arranjos produtivos locais ancorados em bases comunitárias, de cooperação e de colaboração; promotores de práticas protetoras do meio ambiente; do desenvolvimento local aliado à ampliação da qualidade de vida; de alternativas aos processos produtivos, de circulação e de distribuição de produtos em bases mais justas que incorporam o cuidado com o patrimônio ambiental e a participação equânime dos agentes envolvidos. Destaca-se o quanto configurações como estas fortalecem a participação cidadã, a interlocução entre saberes tradicionais, populares e acadêmicos, e inspiram ações e respostas concretas aos dilemas socioambientais. Com tais realizações, o Sesc reitera o seu empenho permanente em compreender e valorizar o entrelaçamento de ideias e ações que motivam modos de fazer e de pensar que são transformadores da realidade.

Sejam bem-vindos e participem desta rede!

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Seminário

Diálogos sobre os Desafios Socioambientais Contemporâneos 1 e 2 de junho de 2017 Parceria com o Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE/USP)

Teatro Sesc Vila Mariana

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PROGRAMAÇÃO 1 de junho 9h30 Credenciamento 10h30 às 11h | Abertura institucional Danilo Santos de Miranda (Sesc São Paulo), Colombo Celso Gaeta Tassinari (IEE/USP), José Goldemberg (Fecomercio) 11h às 13h30 | Conferência de Abertura Eixo 1 - Panorama da conjuntura socioambiental: desafios para a mudança e ações transformadoras. Com Enrique Leff (Universidade Autônoma do México) e Ricardo Abramovay (USP) Mediação: Pedro Roberto Jacobi (USP) 13h30 às 15h | Intervalo para Almoço 15h às 16h30 | Palestra de Abertura Eixo 2 - Natureza como Bem Comum. Com Ailton Krenak (Núcleo de Cultura Indígena) e Cristina Adams (USP) Mediação: Sidnei Raimundo (USP) 16h30 às 17h40 | Painel de Relatos Eixo 2 - Proteção socioambiental e o papel dos agentes sociais no território. Com Cristiana Simão Seixas (Unicamp) e Adriana Ramos (Instituto Socioambiental) Mediação: Sidnei Raimundo (USP) 17h40 às 18h | Encerramento

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2 de junho 10h às 11h10 | Palestra de Abertura Eixo 3 – Novos Arranjos Econômico-Tecnológicos. Com Ladislau Dowbor (PUC-SP) Mediação: Amália Safatle (FGV-SP) 11h10 às 12h40 | Painel de Relatos Eixo 3 – Novos Arranjos Econômico-Tecnológicos Com Renato Dagnino (Unicamp), Gabriel Menezes (Instituto AUÁ), Júlio Maestri (Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo) Mediação: Amália Safatle (FGV-SP) 13h às 14h30 | Intervalo para Almoço 14h30 às 16h Painel de Relatos Eixo 4 – Educação para a Participação Cidadã. Com Luiz Antônio Ferraro Jr. (Universidade Estadual de Feira de Santana), Laniela Feitosa (Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento) e Rosani Borba (Coletivo Educador de Foz de Iguaçu) Mediação: Marcos Sorrentino (USP) 16h às 17h30 | Palestra de Encerramento Eixo 4 – Educação para a Participação Cidadã. com Renato Janine Ribeiro (USP) Mediação: Marcos Sorrentino (USP) 17h30 às 18h | Considerações Finais Com Pedro Roberto Jacobi e Marcos Sorrentino. 12h às 20h | Mostra Territórios em Transformação Espaço de encontro de iniciativas e projetos socioambientais do Estado de São Paulo e programação educativa de oficinas, rodas de conversa e vivências. Local: Praça do Sesc Vila Mariana.

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EMENTAS E PARTICIPANTES Eixo 1: Panorama da conjuntura socioambiental: desafios para a mudança e ações transformadoras 1/06, às 11h

As sociedades contemporâneas são regidas por uma concepção de desenvolvimento econômico e de crescimento contínuos, baseada no incentivo ao consumo exacerbado e na exploração dos recursos naturais. Essa dinâmica gera impactos ambientais crescentes, que superam a capacidade regenerativa do planeta. Com isso, a humanidade está sendo instada a repensar sua relação com a natureza para garantir a preservação da biodiversidade, frear os impactos ambientais e combater a desigualdade social. Esse processo passa pela reestruturação das cadeias de produção e consumo, pela geração de renda em nível local, pela valorização dos produtores da própria comunidade, e adoção de valores como a democracia, a solidariedade e a cooperação. As conferências de abertura do seminário apresentarão o contexto socioambiental, político e econômico das sociedades contemporâneas, trazendo ideias e ações que contribuem para uma sociedade mais justa e responsável. Conferencistas Enrique Leff Sociólogo ambientalista, Doutor em Economia do Desenvolvimento pela Sorbonne (França). Professor de pós-graduação em Ecologia Política e Políticas Ambientais na Universidade Autônoma do México. Foi coordenador da Rede de Formação Ambiental para a América Latina e o Caribe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. É autor de mais de 25 livros e 200 capítulos de livros e artigos publicados em vários países. Ricardo Abramovay Professor titular do Departamento de Economia e do Instituto de Relações Internacionais (USP), pesquisador do CNPq e coordenador do Projeto Temático FAPESP sobre Impactos Socioeconômicos das Mudanças Climáticas no Brasil. Autor de dez publicações, incluindo “Muito Além da Economia Verde” (Ed. Planeta Sustentável, SP, 2012). Co-autor de “Lixo Zero: Gestão de Resíduos Sólidos para uma Sociedade Mais Próspera”. Mediador Pedro Roberto Jacobi Sociólogo, Mestre em Planejamento Urbano, Doutor em Sociologia e Livre Docente em Educação. Professor Titular da Faculdade de Educação e do Programa de Pós- Graduação em Ciência Ambiental (USP). Co-editor da revista Ambiente e Sociedade. Membro do Centro de Estudos e Pesquisa em Desastres do Estado de São Paulo, Brasil. Presidente do Conselho do ICLEI-Brasil – Governos Locais pela Sustentabilidade e do Conselho do Instituto 5 Elementos.

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Eixo 2a: Natureza como bem comum 1/06, às 15h

As análises atuais sobre os problemas ambientais apontam para graves dificuldades futuras, evidenciando os desequilíbrios decorrentes, sobretudo, das dinâmicas sociais contemporâneas. Demonstram também, a adesão ainda insuficiente a valores e princípios éticos em relação à natureza, que fundamentem a responsabilidade individual e coletiva, engendrando uma vida mais harmoniosa com o meio. Neste sentido, esta mesa tem a intenção de debater concepções e práticas a partir de duas perspectivas: o entendimento da natureza como um bem de uso comum da coletividade que não está limitado a interesses privados e o pensamento orientado pela noção de respeito a todas formas de vida e a potencialidade regenerativa dos ecossistemas, jogando luz sobre paradigmas distintos daqueles que se tornaram hegemônicos e que impõem severos prejuízos aos ecossistemas. Palestrantes de abertura Ailton Krenak Ativista indígena dos direitos humanos. Pertence à etnia Krenak. Em 1987, liderou a luta pelos princípios inscritos na Constituição Federal do Brasil. Fundou e dirige o Núcleo de Cultura Indígena. Distinguido com o diploma de Professor Honoris Causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora, 2016. Recebeu vários prêmios, sendo um deles o prêmio Internacional de Direitos Humanos para a América Latina Letellier Moffite. Cristina Adams Licenciatura e Bacharelado em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências (USP), Mestrado em Ciência Ambiental (PROCAM-USP) e Doutorado em Ecologia (IBUSP). É Professora Associada do Bacharelado em Gestão Ambiental e da Pós-Graduação em Modelagem de Sistemas Complexos (EACH-USP) e da Pós-Graduação em Ecologia Aplicada Interunidades (ESALQ/CENA-USP). Mediador Sidnei Raimundo É bacharel, licenciado e mestre em Geografia (USP), doutor em Geografia (UNICAMP) e Pós-Doutor na Universidade de Girona (Espanha). Trabalhou durante 15 anos no Instituto Florestal do Estado de São Paulo. É professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH-USP). É líder do grupo de pesquisa “Territorialidades, Políticas Públicas e Conflitos na Conservação de Patrimônios”.

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Eixo 2b: Proteção socioambiental e o papel dos agentes sociais no território 1/06, às 16h30 O quadro ambiental contemporâneo aponta uma crescente privatização do patrimônio ambiental, associada a uma desigualdade de acesso e usufruto aos benefícios que este bem comum pode oferecer às pessoas e a negligência da sua importância para a manutenção dos ciclos ecológicos. Trazer informações acerca desse panorama - marcado por fenômenos tão diversos como a aquisição privada de fontes de água e o avanço da propriedade intelectual sobre a biodiversidade -, indagar acerca dos embasamentos ideológicos e legais que procuram justificar tais tendências são objetivos dessa mesa, que apresentará também estratégias de organização e resistência da sociedade civil diante deste contexto. Relatos de Experiência Cristiana Simão Seixas Bióloga e Mestre em Ecologia (Unicamp), e doutora em Natural Resources and Environmental Management pela University of Manitoba (Canadá). É pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (Unicamp) e Adjunct Professor; no Natural Resources Institute da University of Manitoba, Canadá. Colabora com o Intergovernmental Science-Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services (IPBES) sob o auspício das Nações Unidas. Adriana Ramos Instituto Socioambiental (ISA). Formada em Comunicação Social/Jornalismo, Faculdade da Cidade (RJ). Coordenadora do Programa de Políticas Públicas e Direito Socioambiental do ISA - organização da sociedade civil brasileira, sem fins lucrativos, fundada em 1994, para propor soluções de forma integrada a questões sociais e ambientais com foco central na defesa de bens e direitos sociais, coletivos e difusos relativos ao meio ambiente, ao patrimônio cultural, aos direitos humanos e dos povos. Mediador Sidnei Raimundo É bacharel, licenciado e mestre em Geografia (USP), doutor em Geografia (UNICAMP) e Pós-Doutor na Universidade de Girona (Espanha). Trabalhou durante 15 anos no Instituto Florestal do Estado de São Paulo. É professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da EACH-USP. É líder do grupo de pesquisa “Territorialidades, Políticas Públicas e Conflitos na Conservação de Patrimônios”.

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Eixo 3: Novos arranjos econômico-tecnológicos 2/06, às 10h

As tecnologias constituem parte fundamental das práticas humanas, podendo ser analisadas pelos aspectos simbólicos que carregam ao expressarem a engenhosidade, a inteligência e os conhecimentos de um determinado tempo histórico. Na contemporaneidade, acumulamos conhecimentos tecnológicos suficientes para resolver grande parte dos problemas humanos. Paralelamente, surgem questionamentos acerca das consequências socioambientais do uso de certas tecnologias e conhecimentos. Para que as tecnologias possam responder aos interesses e às necessidades sociais de forma mais ampla, é preciso viabilizar as condições para tornar autossustentáveis e autogestionárias as várias formas sociais que buscam alternativas aos modelos socialmente excludentes e ambientalmente predatórios. Nesta mesa, pretende-se discutir modelos tecnológicos, alicerçados nos pressupostos socioambientais e culturais locais, com princípios éticos de respeito ao equilíbrio dos ecossistemas e a dignidade à vida humana, numa relação recíproca e complementar entre ambas. Palestrante de Abertura Ladislau Dowbor Economista e professor de pós-graduação em Economia e Administração (PUC-SP). Foi consultor de diversas agências das Nações Unidas, além de governos, prefeituras e entidades do sistema “S”. Seus livros e artigos, mais de 40 estudos, podem ser acessados em dowbor.org, entre eles, o estudo “Crises e Oportunidades em tempos de mudança”. Atua como Conselheiro no Instituto Polis, CENPEC, IDEC, Instituto Paulo Freire, Conselho da Cidade de São Paulo e outras instituições. Relatos de Experiência Renato Peixoto Dagnino Professor titular das áreas de Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia e de Política Científica e Tecnológica (Unicamp) e professor visitante em várias universidades latino-americanas. Livros mais importantes: Neutralidade da Ciência e Determinismo Tecnológico; Tecnologia Social: contribuições conceituais e metodológicas; Gestão Estratégica Pública. Júlio Maestri Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo (Cepagro). Coordenador urbano do Cepagro, instituição fundada por pequenos agricultores e técnicos interessados na formação de redes produtivas locais a partir das propriedades rurais familiares. Atua no campo da Agroecologia, agindo de forma participativa junto às comunidades rurais e urbanas e em projetos socioambientais, como “A Revolução dos Baldinhos” de agricultura urbana e gestão comunitária de resíduos orgânicos.

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Gabriel Menezes Instituto Auá. Presidente do Instituto onde atua como empreendedor social e desenvolve a Agência de Ecomercado, o Empório Mata Atlântica e a Rota do Cambuci. O Instituto Auá tem como objetivo apoiar diferentes empreendimentos socioambientais, voltados à transformação de realidades locais, com foco no Cinturão Verde, atuando com base num modelo organizacional descentralizado e integrado a uma rede de parceiros. Mediação Amália Safatle Fundadora da Revista Página22. Graduada em Jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes (USP). Trabalhou na revista CartaCapital, na TerraMagazine e no jornal Gazeta Mercantil e Associação Brasileira dos Analistas do Mercado de Capitais (Apimec). Premiações: Instituto Internacional de Pesquisa e Responsabilidade Socioambiental Chico Mendes, Instituto Ethos, BM&FBovespa, Conservação Internacional e Abrelpe.

Eixo 4: Educação para a Participação Cidadã 2/06, às 14h30 Valorizar todas as formas de vida requer uma profunda mudança de pensamento acerca da relação entre os seres humanos e o meio ambiente. As possibilidades reais de respostas aos dilemas socioambientais vêm, portanto, associadas a processos educativos permanentes, que preconizam a relação complementar entre a reflexão e o agir. Neste cenário, a educação, aliada aos aspectos social, cultural, ecológico, econômico, político e ético, é um valor essencial na formação de indivíduos e coletividades empenhadas na construção de arranjos sociais com capacidade de valorizar as culturas e os povos tradicionais; de influenciar e interferir nas lógicas produtivas hegemônicas; fazer a crítica ao crescimento econômico infinito, ao consumismo exacerbado ou às ações predatórias diante do patrimônio ambiental. A construção desse olhar multifacetado faz com que a atenção se volte para o território, onde a vida acontece em suas várias dimensões, sendo o ponto de partida para a formação de indutores de mudança, para a mobilização e a participação cidadã. Relatos de Experiência Luiz Antônio Ferraro Jr. Graduado em Engenharia Agronômica (ESALQ/USP), mestre em Agronomia (USP), doutor em Desenvolvimento Sustentável (UnB). Professor titular da Uni-

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versidade Estadual de Feira de Santana. Atua como Superintendente de Estudos e Pesquisas Ambientais (Secretaria de Meio Ambiente do Estado da Bahia) em desenvolvimento rural e de organizações, participação social, conflitos, elaboração e avaliação de políticas programas e projetos socioambientais. Laniela Feitosa Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD). Licenciada em Geografia e coordenadora de Projetos do CPCD, organização não-governamental, sem fins lucrativos e de utilidade pública, fundada em 1984, para atuar nas áreas de Educação Popular de Qualidade e Desenvolvimento Comunitário Sustentável, tendo a Cultura como matéria prima e instrumento de trabalho, pedagógico e institucional. Rosani Borba Coletivo Educador de Foz do Iguaçu. Mestra em Ensino pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná. É professora da Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu e integra a equipe de Educação Ambiental da Prefeitura. Atua no Coletivo Educador de Foz do Iguaçu, grupo composto por 11 instituições e que visa a formação, diálogo e planejamento de intervenções socioambientais de forma participativa e democrática, por meio de parcerias entre poder público, instituições privadas e sociedade civil organizada. Palestrante de Encerramento Renato Janine Ribeiro Professor titular de Ética e Filosofia Política(USP), foi Ministro da Educação do Brasil de abril a outubro de 2015. Foi professor visitante na Universidade de Columbia em Nova York, e diretor de avaliação da Capes, órgão do Ministério da Educação (2004-8). Recebeu o Prêmio Jabuti de melhor ensaio (2001), a Ordem Nacional do Mérito Científico (1998), a Ordem de Rio Branco (2009) e a Ordem do Mérito Naval. Mediação Marcos Sorrentino Professor e ambientalista, coordena o Laboratório de Educação e Política Ambiental (Oca), do Depto. de Ciências Florestais (ESALQ/USP). Participou de diversas entidades, coletivos, fóruns e redes ambientalistas e de educação ambiental. Foi diretor de Educação ambiental do Ministério do Meio Ambiente, nos cinco primeiros anos do governo Lula.

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Mostra

TERRITÓRIOS EM TRANSFORMAÇÃO Programação

Praça do Sesc Vila Mariana Dias 2, 3 e 4/06 Sexta, 12h às 20h Sábado, das 10h às 18h Domingo, das 10h às 18h

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Como programação integrada ao seminário Diálogos sobre os Desafios Socioambientais Contemporâneos (dias 1 e 2 de junho), realiza-se a mostra Territórios em Transformação, a partir de curadoria compartilhada entre as equipes técnicas da área de Educação para Sustentabilidade do Sesc São Paulo. O eixo central desta ação é voltar o olhar para o território onde as Unidades estão inseridas, o que pressupõe identificar iniciativas e práticas socioambientais que vêm sendo realizadas em distintas regiões do estado de São Paulo e que se destacam pelo seu potencial educativo, pelos impactos da sua intervenção no território e na mobilização e envolvimento comunitário. Assim, a mostra tem como objetivos se constituir como um espaço de troca de conhecimentos e saberes sobre iniciativas socioambientais que possam ser referência para o debate e a mobilização das pessoas para a intervenção social, bem como valorizar, difundir e fortalecer a rede de iniciativas na área socioambiental. A dinâmica desta programação prevê a apresentação das iniciativas em formato expositivo, realização de oficinas, rodas de conversa, vivências e uma ação formativa dirigida aos expositores convidados.

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PROGRAMAÇÃO 2 de junho - Sexta 12h às 16h | Atelier Aberto: Territórios em Transformação Convidados: Casa Ecoativa e Coletivo Imargem 13h às 14h30 | Oficina Demonstrativa: Cisterna Convidado: Edison Urbano (Sempre Sustentável) 14h30 às 16h | Oficina Demonstrativa: Minhocário Convidados: Paulo Roberto Clemente da Silva e Jackson Ramos de Santana (Horta em Cores e Sabores) 16h às 17h30 | Roda de Conversa: Consumo, Gestão de Resíduos e Sustentabilidade Convidados: Rosa Maria Santos (Rede Verde Sustentável), Sheila Costa Marcolino (Projeto ReviraVolta), Ana Maria Domingues Luz (Instituto GEA) 18h30 | Apresentação Musical com Pereira da Viola Expositores Ângela de Cara Limpa (São Paulo) Assoc. de Agricultores Familiares do Santa Maria (Cananéia) Biofábrica (Sete Barras) Cestas Agroecológicas Assentamento Mario Lago (Ribeirão Preto) COOPERACRA (Americana) COOPERAPAS (São Paulo) CSA Sorocaba e CSA ABC Instituto NUA (São Paulo) Mesa Brasil (Sesc SP) Paiol de Sementes (Eldorado) Projeto Ponte (Piracicaba) Sempre Sustentável (São Paulo) Sítio Floradas da Serra (Embu- Guaçu)

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3 de junho - Sábado 10h30 às 12h | Oficina Demonstrativa: Forno Solar Convidado: Amanda Carrara e João Dias - Veracidade 12h às 14h30 | Roda de Conversa: Meio Ambiente, Protagonismo da Mulher e Mobilização Social Convidados: Valéria Macoratti (Cooperapas), Maria de Lurdes Andrade Silva (Vila Nova Esperança), Ana Coutinho (Sítio Floradas da Serra), Ligia Ortega (Coletivo Educador de Bertioga). 13h às 17h | Atelier Aberto: Territórios em Transformação Convidados: Casa Ecoativa e Coletivo Imargem 14h30 às 16h | Oficina: Produção de Mudas de Árvores Nativas Convidados: Maria de Paula Barbeiro (AAMA Associação Amigos dos Mananciais) 16h30 às 18h | Roda de Conversa: Juventude e Educação Ambiental Convidados: Pedro Paulo Barbosa Gonçalves (Instituto Fauser), Filipe Salvetti Nunes (Projeto Ponte), Jaison Pongiluppi (Casa Ecoativa) e Coletivo Imargem Expositores Amaranto Orgânicos (Sorocaba) NUPEDOR/UNIARA e Assentamentos Monte Alegre e Bela Vista (Araraquara) Assentamento PDS Dom Tomás Balduíno (Franco da Rocha) Assoc. de Agricultores Familiares do Santa Maria (Cananéia) Assoc. de Agricultores da Zona Leste (São Paulo) Biofábrica (Sete Barras) COOPERACRA (Americana) COOPERAPAS (São Paulo) Paiol de Sementes (Eldorado) Projeto Ponte (Piracicaba) Sitio Floradas da Serra (Embu-Guaçu) Vila Nova Esperança (São Paulo) Reserva Natural Sesc em Bertioga (Sesc SP)

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4 de junho - Domingo 10h30 às 12h | Oficina Demonstrativa: Painel Solar Convidado: Yure Queiroz (PUPA Permacultura) 12h às 14h30 | Roda de Conversa: Agroecologia em Rede: Produção e Consumo de Alimentos Saudáveis. Convidados: Assentamento Monte Alegre e Bela Vista Manuel Batista Baltazar (NUPEDOR/UNIARA) Victor Dimitrov (CSA ABC) Thaís Aparecida Lasaro (Rede Guandu) Paulo Marco de Campo Gonçalves (Feira de Orgânicos de Santos) 13h às 17h | Atelier Aberto: Territórios em Transformação Convidados: Casa Ecoativa e Coletivo Imargem 14h30 às 16h | Roda de Conversa: Encontro de Ideias e Ações: Revitalização de Espaços Verdes Públicos Carla Link (Ocupe e Abrace) Maria Siqueira Santos (ECOMUSEU) Leda Maria de Souza Gomes e Benjamim Mattiazzi (Veredas Caminho das Nascentes) Edinilson Ferreira dos Santos (Nossas Vilas, Vielas e Quintais) 16h30 às 17h30 | Oficina Demonstrativa: Temperos por um Fio Convidado: Ana Luisa Frari e Thiago Pontes (Quintal Itinerante) Expositores Amaranto Orgânicos (Sorocaba) Ângela de Cara Limpa (São Paulo) Assentamento PDS Dom Tomás Balduíno (Franco da Rocha) Assoc. de Agricultores da Zona Leste (São Paulo) CSA Sorocaba e CSA ABC Instituto Fauser (Paraibuna) Instituto NUA (São Paulo) Lixo: menos é mais (Sesc SP) NUPEDOR/UNIARA e Assentamento Monte Alegre e Bela Vista (Araraquara) Paiol de Sementes (Eldorado) PUPA (São José dos Campos) Rede Guandu (Piracicaba)

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Iniciativas São Paulo - Capital e Região Metropolitana São Paulo - Interior e Litoral Institucionais

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SÃO PAULO - CAPITAL E REGIÃO METROPOLITANA Ângela de Cara Limpa O Núcleo de Educação e Defesa Ambiental Ângela de Cara Limpa atua com uma série de projetos que integram a gestão dos resíduos, a geração de renda e a inclusão social, associados à recuperação ambiental da região do Jardim Ângela, extremo sul de São Paulo. Assentamento Dom Tomás Balduino Em 2001, em Franco da Rocha, nasce o Assentamento Dom Tomás Balduíno. Ele integra o Comunas da Terra do MST (Movimento Sem Terra), assentamentos situados dentro das grandes cidades que buscam trabalhar com produção de alimentos de base agroecológica. Associação Agricultores Zona Leste– AAZL Busca o desenvolvimento local sustentável com práticas de cultivo que respeitam o ambiente e com participação comunitária. Sua atuação envolve o trabalho de 30 associados em hortas localizadas nos bairros de São Mateus. São Miguel Paulista e Cidade Tiradentes. Casa Ecoativa e Coletivo Imargem Realizam no extremo sul de São Paulo uma série de ações e intervenções que reúne arte e meio ambiente com foco na discussão socioambiental vinculadas a Represa Billings, habitação, comunidades periféricas, identidades territoriais, poluição, área de preservação ambiental, valorização comunitária, fortalecimento das iniciativas eco-turísticas e de produção agrícola orgânica locais. CSA ABC CSA (Comunidade que Sustenta a Agricultura) é um modelo de agricultura local e agroecológica apoiada por uma comunidade, baseada no comércio justo e no compartilhamento de riscos e benefícios. O CSA ABC surgiu na cidade de Santo André e tem como objetivo fazer a integração entre o campo e a cidade no sentido de unir produção e comércio. Coletivo Ocupe e Abrace O coletivo nasceu em 2013, a partir da vontade de revitalizar a Praça Homero Silva/Praça da Nascente, o maior espaço público verde da Vila Pompeia. O objetivo do Ocupe e Abrace é promover a reconexão das pessoas com as águas e a natureza, recriando o sentido de comunidade.

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COOPERAPAS - Cooperativa Agroecológica dos Produtores Rurais e de Água Limpa da Região Sul de São Paulo Criada em 2011, tem atuado como multiplicadora da prática agroecológica na região do extremo sul, aproximando novos agricultores. Contribui também para o debate sobre a necessidade de repensar a cadeia produtiva dos alimentos e as formas de comercialização, tornando os alimentos orgânicos e agroecológicos mais acessíveis à população. Horta Cores e Sabores A Associação Capão Cidadão desenvolveu o primeiro ponto de cultura alimentar na cidade de São Paulo no ano de 2014. Para melhoria dos atendimentos, foi criado um banco de alimentos orgânicos, a Horta Cores e Sabores, espaço comunitário com o foco no desenvolvimento humano. A horta está localiza no terreno da Escola Estadual Jardim Ipê, Capão Redondo. Instituto GEA – Ética e Meio Ambiente O Instituto GEA é uma OSCIP que auxilia a implantação de programas ambientais que sejam independentes da participação das esferas governamentais e está centrada na formação de cooperativas de catadores e à implantação de programas de coleta seletiva, reciclagem e minimização de resíduo. Instituto NUA Com o objetivo de promover o desenvolvimento social do bairro União de Vila Nova, localizado na Zona Leste, o instituto agrega diversas iniciativas com destaque para as ações dos programas “Quebrada Sustentável”, “Mulheres do GAU” e “Flor de Cabruera”, que tem em comum a oferta de espaços para a reflexão e atuação em cultura, ambiente, comércio justo e agroecologia. Projeto Nossas Vilas, Vielas e Quintais – Movimento de Defesa dos Direitos dos Moradores em Favelas (MDDF) Fundado em 1987 na cidade de Santo André, sua missão é representar os moradores de favelas e núcleos habitacionais junto aos poderes e órgãos públicos, autarquias, empresas públicas, privadas e prestar serviços gratuitos. Desde 2012, o MDDF tem focado na promoção de ações de organização comunitária, mobilização de jovens e educação ambiental nas áreas de favelas. Quintal Itinerante Com atuação na região do ABC, por meio da ação educativa difunde práticas ecológicas da compostagem, do plantio saudável de plantas comestíveis, medicinais, ornamentais, da reutilização de materiais descartados, da incorporação de uma alimentação saudável e arte-educação ambiental.

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Rede Verde Sustentável Formada por 12 cooperativas de catadores de materiais recicláveis, atua na região de Cotia. Seu objetivo é fortalecer as cooperativas e agregar catadores na tentativa de melhorar as condições de trabalho, qualidade do material coletado e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores envolvidos. ReviraVolta da População em Situação de Rua O projeto ReviraVolta está vinculado ao Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos e atua junto no centro de São Paulo com o objetivo de transformar catadores de rua em recicladores de resíduos, por meio do cooperativismo. Tem como pressuposto fundamental trabalhar educação ambiental com os participantes. Sempre Sustentável Localizado no Ipiranga, o projeto apresenta pesquisas, desenvolvimento e disseminação de projetos experimentais de baixo custo, com o objetivo de estimular o uso de tecnologias alternativas para a maximização do uso sustentável e consciente dos recursos naturais e minimização na geração de resíduos. Sítio Floradas da Serra O Sitio Floradas da Serra em Embu-Guaçu tornou-se um articulador entre os moradores da região, visando promover a geração de renda de forma sustentável, sobretudo voltado para as mulheres. Destaca-se pelo trabalho com agroecologia, permacultura e produção de mel e derivados a partir da criação sustentável de abelhas. Vila Nova Esperança A comunidade Vila Nova Esperança, localizada na Zona Oeste de São Paulo, é formada por cerca de 500 famílias que desde 2012 passaram a realizar diversos projetos junto a instituições para transformar o local em uma Vila Ecológica. Suas linhas de atuação são a agroecologia, o fortalecimento comunitário, a sensibilização ambiental e o planejamento territorial.

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SÃO PAULO - INTERIOR E LITORAL AAMA - Associação Amigos dos Mananciais Fundada em 2011, a AAMA surgiu com o objetivo de preservar nascentes e mananciais por meio da recuperação de áreas degradadas, reflorestamento e educação ambiental. Atua na cidade de São José do Rio Preto com projetos de coleta de sementes, visitas monitoradas, palestras e plantio. Participa também de eventos de mobilização e sensibilização ambiental. Amaranto Orgânicos É uma cooperativa de trabalho e serviços que articula a produção agrícola familiar de base ecológica com o consumo responsável, aumentando a disponibilidade, oferta e variedade de alimentos saudáveis com preço acessível. Trabalha com o comércio justo e solidário de alimentos orgânicos, por meio do apoio, geração de renda e fomento da agroecologia junto aos produtores da região de Sorocaba. Associação de Agricultores Familiares do Santa Maria Comunidade localizada em Cananéia, onde seus moradores convivem com o ecossitema por meio de saberes e técnicas tradicionais de produção de alimentos. Para aprimorar as condições de produção, a comunidade desenvolve projetos de Sistemas Agrícolas de Policultivos e de Sistemas Agroflorestais, que valorizam a biodiversidade local e a geração de renda. Associação Veracidade Fundada em 2012 na cidade de São Carlos, tem por objetivo difundir as práticas da permacultura e da agroecologia no contexto urbano. Surgiu da união de diversos indivíduos das mais diversas formações e trajetórias preocupados com as interações ambientais campo-cidade. Atualmente a associação implementa hortas urbanas em São Carlos e arredores, além de promover o debate sobre gestão sustentável da água, gestão de resíduos e bioconstrução. Associação Veredas – Caminho das Nascentes Fundada em 2010 com o objetivo de defender a Microbacia do Córrego Santa Maria do Leme no Município de São Carlos. A OSCIP atua por meio da participação no Plano Diretor do município e desenvolvimento de ações educativas e de reflorestamento no bosque Santa Marta. Biofábrica Projeto da região do Vale do Ribeira de orientação à produção orgânica de insumos para agricultura. Rochas moídas, biofertilizantes, caldas e fermentados se tornam insumos viáveis para a agricultura familiar por serem uma matéria-prima de origem local e de baixo custo.

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Coletivo Educador de Bertioga Teve início em 2014, durante a elaboração do Plano de Manejo da Reserva Natural Sesc e surgiu do desejo das instituições e das pessoas pensarem juntas estratégias e projetos nas temáticas da sustentabilidade e melhoria da qualidade de vida. O Coletivo Educador entende que o estímulo à participação comunitária é uma das bases para a ativação das práticas de transformação socioambiental. COOPERACRA - Cooperativa da Agricultura Familiar e Agroecológica de Americana A cooperativa foi criada em 1987 e tem como objetivo a produção agrícola familiar e o desenvolvimento de projetos de educação popular e ação comunitária. Em 2008, ela se tornou uma cooperativa com 18 famílias. Atualmente a Cooperacra pratica a agricultura urbana com princípios da agrofloresta, fornecendo alimentos a 137 escolas municipais e estaduais e 22 entidades assistenciais. CSA Sorocaba CSA (Comunidade que Sustenta a Agricultura) é um modelo de agricultura local e agroecológica apoiada por uma comunidade, baseada no comércio justo e no compartilhamento de riscos e benefícios. O grupo, formado em 2016, financia e consome a produção agrícola de quatro famílias da região de Sorocaba. Ecomuseu Começou a ser estruturado em março de 2015 pelo Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP), organização sem fins lucrativos que atua em São José dos Campos, no âmbito da cultura popular. Os trabalhos do Ecomuseu tem como base a identificação e valorização das referências culturais locais. Propõe ações como palestras, rodas de conversa, oficinas de comunicação com jovens, vivências com a comunidade sobre assuntos relacionados aos saberes do cotidiano, mostras culturais de saberes e fazeres, plantio de mudas nativas em área de preservação permanente e articulação com instituições e escolas. Feira Orgânica de Santos Com início em 2011, conta atualmente com uma organização itinerante em cinco pontos da cidade. Tem como objetivo fortalecer a agricultura familiar, a agroecologia e saúde fornecendo produtos que estimulam e promovem a segurança alimentar. Junto às feiras, também há um espaço educativo, em que são desenvolvidas atividades para o público.

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Grupo cestas agroecológicas - Mario Lago O grupo surgiu em 2015 e faz parte do Assentamento Mario Lago, no Projeto de Desenvolvimento Sustentável Fazenda da Barra em Ribeirão Preto. Atua com produção agroecológica e agroflorestal e comercializa os produtos através de cestas de hortifrúti. Realiza um trabalho de sensibilização sobre a importância dos orgânicos para a saúde. Instituto H & H Fauser Fundado em 2006 na cidade de Paraibuna, o instituto tem como objetivo a promoção do desenvolvimento sustentável, a conservação do meio ambiente e promoção da cultura, focada nos jovens. Entre os projetos estão o turismo rural com produtores da região, a iniciação científica júnior e cursos de formação socioambiental para jovens em parceria com a Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo. Núcleo de Pesquisa e Documentação Rural (NUPEDOR) Formado em 1989 e sediado na UNIARARAS, o grupo foi o primeiro a realizar pesquisas sobre as diferentes dimensões do rural, buscando trabalhos de extensão com agricultores de subsistência na região de Araraquara. Atualmente, desenvolve projetos de pesquisa-ação em Agroecologia para a Agricultura Familiar em parceria com os Assentamentos Monte Alegre e Bela Vista. Paiol de Sementes Consiste num banco de sementes dos quilombos do Vale do Ribeira e reúne etnovariedades de arroz, feijão e mandioca. A organização das Feiras de Trocas de Sementes e Mudas organizadas pelas associações quilombolas do Vale do Ribeira, seus parceiros e o Instituto Socioambienta (ISA), na cidade de Eldorado, colaboram para a discussão sobre a importância dos quilombos na manutenção da agrobiodiverdidade. Programa Ponte O Ponte é um programa de extensão em Educação Ambiental da USP que está alocado no departamento de Ciência do Solo do campus de Piracicaba (ESALQ). Desde 2007, o Ponte realiza intervenções educacionais de caráter interdisciplinar, experimental, vivencial e crítico em escolas da rede pública de Piracicaba. O Programa também desenvolve materiais didáticos como experimentos laboratoriais e jogos, além de realizar capacitações de professores.

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PUPA Permacultura Coletivo que atua com cultura popular e sustentabilidade por meio da permacultura, na comunidade do Bairro dos Freitas em São José dos Campos. O Coletivo é responsável pela Estação Agroecológica PUPA e a Estação (Perma)Cultural PUPA onde realizam vivências e cursos de práticas sustentáveis. Sua atuação tem repercussão na comunidade local, envolvendo projetos, feiras, atividades formativas, culturais, educativas e de atendimento em saúde integral. Rede Guandu A Rede Guandu atua na região de Piracicaba na articulação de produtores e consumidores para a venda direta de produtos da agricultura familiar e de base ecológica. Ao promover o chamado circuito curto, aproxima as duas pontas da cadeia de consumo e reduz emissões de gases poluentes e custos operacionais, permitindo que o custo do produto seja justo para o consumidor e produtor.

INSTITUCIONAIS Lixo: menos é mais Programa de gestão de resíduos do Sesc São Paulo voltado à minimização da produção de resíduos e à destinação socioambientalmente responsável do que é descartado em suas Unidades. Mesa Brasil O programa funciona como uma rede de combate à fome, ao desperdício e à má distribuição de alimentos, baseado na parceria entre a sociedade civil, o empresariado e as instituições sociais. Por meio de ação educativa, coleta e da distribuição urbana, a iniciativa doa alimentos que seriam descartados para localidades onde fazem a diferença. Reserva Natural Sesc em Bertioga Localizada no litoral de São Paulo, a Reserva é uma área de floresta com aproximadamente 60 hectares e com grande variedade de fauna e flora. Seus projetos são orientados pelo seu Plano de Manejo e visam proteger a biodiversidade estimulando uma relação de proteção e cuidado com o meio a partir da participação da comunidade local.

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Sesc Vila Mariana Rua Pelotas, 141, CEP 04012-000 TEL.: +55 11 5080 3000 email@vilamariana.sescsp.org.br

sescsp.org.br

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