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M UI Q S PA NOS O A 50



O PASQUIM 50ANOS

A exposição celebra os 50 anos da primeira edição d’O Pasquim, periódico que marcou o jornalismo brasileiro por seu humor, liberdade, irreverência e criatividade. 19 de novembro de 2019 a 12 de abril de 2020


UM JORNAL A FAVOR DO CONTRA


Jornal que ri de si mesmo, desdenhando das convenções e topando correr riscos. Tal foi a condição assumida pelo Pasquim, tabloide “especializado” em humor corrosivo. Criado em 1969, um ano após a instauração do Ato Institucional Número Cinco (AI-5), período de maior recrudescimento da ditadura civil-militar, o semanário distinguia-se, entre outras, pela disposição em troçar da sua própria natureza: “O Pasquim, corajoso como um rato”, “De tanto ver triunfarem as nulidades, O Pasquim acabou dando certo” e “O Pasquim: o bloco dos sujos da imprensa brasileira”, são alguns dos contra-atributos estampados em sua primeira página. Aliado à inteligência e à agudeza crítica de sua redação, formada por jornalistas e cartunistas mordazes, esse desprendimento se refletia na linguagem e na forma inaugurada pelo jornal. Suas experimentações com o meio noticioso provocaram uma espécie de revolução na imprensa brasileira, despindo-a da formalidade e do palavrório empolado, em benefício do tom coloquial e de um despojamento patente na diagramação, na interação entre imagem e texto e no modo contundente de abordar temas delicados da realidade. Esse sopro revigorante teve que lidar, todavia, com os impedimentos impostos pela censura, buscando driblá-la, algo que o time d’O Pasquim fazia com habilidade. O que não evitaria que parte do grupo fosse presa pela ditadura, sem que o jornal pudesse noticiar o fato. Sob o lema de que “imprensa é oposição”, o tabloide tomava a censura como um tipo de combustível para o humor, mantendo-se insubmisso. O Pasquim 50anos, exposição que ocupa diversos espaços do Sesc Ipiranga, narra a história do jornal, a ela agregando elementos que auxiliam na sua contextualização. Para o Sesc, trata-se de oportunidade ímpar de revisitarmos o legado de um órgão de mídia que se tornou paradigmático da imprensa livre – preceito básico da democracia. Rever ou conhecer esse repertório representa, em si mesmo, um exercício de cidadania, uma vez que as páginas d’O Pasquim guardam a verve da consciência crítica, da liberdade de expressão e do livre pensar. Danilo Santos de Miranda Diretor do Sesc São Paulo


IRREVERENTE, ÚNICO E ABUSADO, O PASQUIM

No fim dos anos sessenta do século passado, o Brasil estava, de novo e ainda, sob sistema autoritário. Contra o peso da ditadura que se impunha, o jornal O Pasquim trocou paletó e gravata das redações por liberdade, humor, criatividade, inteligência e deboche, sobrevivendo ao obscurantismo que o regime trazia. Nunca houve e ainda não há nada parecido com O Pasquim, na forma, no conteúdo, no impacto, na insolência, na indignação, na irresponsabilidade, na absoluta e completa irreverência. Foi um momento daqueles que não vai se repetir. Aqueles caras, aquela bagunça criativa, aquele sucesso, aquela mágica única é o que justifica uma exposição dessa magnitude. Em duas décadas de vida – 1969/1991 –, a publicação alterou paradigmas, pontos de partida e referências que nos possibilitaram sobreviver à opressão com dignidade. Na batalha pela autodeterminação, usavam, como ferramentas, a liberdade e a ironia, às vezes ferinas de doer. Por tais artes, seus autores, que tentavam driblar a censura, foram, inclusive, trancafiados pela ousadia de peitar a opressão. A mostra representa um esforço, no sentido de resgatar o adequado entendimento memorialístico do fato e sua dimensão cultural no contexto de uma circunstância histórica, cuja memória não se pode deixar perder. Zélio Alves Pinto Fernando Coelho dos Santos Curadores


SEM DINHEIRO E SEM PATRÃO

O Pasquim foi o maior fenômeno editorial da imprensa brasileira. A bancá-lo, só um punhado de porras-loucas. Assumidamente nanico, moleque, paroquial e abusado, nasceu sob a suspeita de que duraria pouco tempo. Durou, afinal, 1.072 números – o equivalente a 22 anos de vida. Aos trancos e barrancos, é verdade, mas durou até mais que o regime militar, sob o qual nasceu e floresceu. As suspeitas iniciais tinham sua razão de ser. Onde já se viu um jornal sem patrão, em que todos os colaboradores podiam escrever o que e como bem entendessem? Pois a velha utopia de dez em cada dez jornalistas revelou-se, mais do que factível, um sucesso – fulminante. A tal ponto que o cético Millôr, que no segundo número previra menos de três meses de vida para o solerte hebdomadário, admitiu, já no quarto número, que se equivocara. Foi, sem dúvida, um risco; quase uma bravata. Entre setembro de 1968, quando a ideia do jornal não era mais que um brilho nos olhos de Jaguar e Tarso de Castro, e 26 de junho de 1969, quando o primeiro número chegou às bancas, os generais haviam “legalizado” a ditadura com o AI-5 e a censura apertara as cravelhas nas redações menos dóceis ao novo regime. O Pasquim não pagou barato pela audácia de nascer já do contra (sobretudo contra as babaquices da classe média) e “livre como um táxi”, “equilibrado como um pingente”, “incômodo como um folião num velório”. E ainda que nos primeiros tempos fosse mais folgazão, gozador, festivo e atento a questões de comportamento, aos poucos se deixou contaminar pelo inevitável: a indignação política. Sem, contudo, abrir mão do velho preceito de Horácio: o riso é a melhor arma contra todas as imposturas.


No começo, deu-se muito espaço a futebol, amenidades, música, cinema, teatro, ao direito de as mulheres tomarem cafezinho no balcão sem ser molestadas (uma das bandeiras de Martha Alencar, a primeira diva da redação, ao lado de Olga Savary, editora inicial da seção Dicas). O mercurial Tarso de Castro, dínamo do veículo, debochava de tudo, gozava amigos e desafetos, fazia o humor mais petulante do grupo. Luiz Carlos Maciel encontrou de cara o seu nicho: a contracultura. Salvo engano, foi ele quem inventou (ou pelo menos popularizou) expressões condenadas à imortalidade como “barato”, “curtir”, “sarro”, que ao lado de outras gírias, ressuscitadas (“balaco”, “balacobaco”) e liberadas (“bicha”) pelos demais pasquinenses, caíram na boca do povo e nos verbetes do Aurélio. Ao núcleo fundador agregaram-se, paulatinamente, cinco cabeças privilegiadas: Ziraldo, Fortuna, Henfil, Paulo Francis e Ivan Lessa (que vivia em Londres e só estreou no número 23). Entre os astros convidados, a fina flor da intelectualidade e da boemia ipanemense: Vinicius de Moraes, Otto Maria Carpeaux, Ferreira Gullar, Glauber Rocha, Chico Buarque (autoexilado em Roma), Caetano Veloso (idem em Londres), Chico Anísio, Jô Soares, Flávio Rangel, Fernando Sabino, Antonio Callado, Luis Fernando Verissimo, Carlos Heitor Cony, Rubem Fonseca, Ruy Castro, Fausto Wolff, Reynaldo Jardim, Newton Carlos, Luís Garcia (fugaz correspondente em Nova York). Sem contar os bambas adventícios, como Jules Feiffer, James Thurber, André François, Wolinski, Copi, Tomi Ungerer, o português Santos Fernando etc. Quando o jornal estourou (“De tanto ver triunfar as nulidades, O Pasquim acabou dando certo”, proclamava um de seus dísticos semanais), quem mais se surpreendeu com aquele imprevisto foram os seus próprios redatores e cartunistas. Mas já que os deuses, para frustração dos milicos, pareciam estar do lado da gente, o jeito foi relaxar e aproveitar o sucesso até a última gota de uísque e o último rabo de saia. Tamanho era o prestígio do jornaleco, que se desse na telha de seus editores imprimirem uma edição toda em grego, a vendagem seria a mesma e não faltaria quem achasse a ideia “duca” (ou seja, do cacete). Isso nunca aconteceu, mas é fato comprovado que um dia, com a página do Tarso em


branco, ele sumido da redação, o prazo de entrega esgotado e a gráfica em pânico, Jaguar fez valer sua autoridade e sua porra-louquice, enchendo todo o espaço com a palavra “blablablá”, mantendo a assinatura do Tarso, que afinal levou a fama pela original ideia. Os leitores acharam o máximo, inventivo, o escambau – especialmente aqueles que entenderam a brincadeira como uma dissimulada cutucada na Censura, não pelo que de fato era: um inconsequente sarro dadaísta. O leitor padrão do jornal (70% do total) tinha entre 18 e 30 anos, o filé-mignon do mercado. Em circunstâncias normais, vendendo (já no número 16) 80 mil exemplares e aumentando a tiragem, em dez semanas, para 200 mil, em sete meses teria se transformado numa mina de ouro. Mas, apesar de todos esses números, os anunciantes fugiam do jornal, a maioria por medo de uma prensa do governo, que muitos deles, aliás, levaram. A ditadura e seus apóstolos não achavam a menor graça n’O Pasquim e tentaram, por todos os meios, destruí-lo. Para eles, “aquilo” era um antro de comunistas, bêbados, pervertidos e drogados, empenhados em difundir ideologias exóticas e subversivas, desencaminhar a juventude e destruir a família brasileira. No fundo, O Pasquim não passava de um alternativo anarquista, misto de Harakiri e Village Voice. Muitas outras gerações de jornalistas boêmios animaram o Rio, mas nenhuma delas pôde dar-se ao luxo de estender suas farras ao batente na redação como a turma d’O Pasquim. Suas reuniões de pauta, quando havia, eram uma festa – ou melhor, uma esbórnia. Ainda mais zoneadas eram as entrevistas, sempre coletivas e regadas a Buchanan’s, e cujo inusitado clima de descontração outros tentaram em vão imitar. Cabia tudo n’O Pasquim. Até artigos sérios. Os de Paulo Francis só eram sérios nos temas, na aparência, e às vezes nem isso. Francis foi um dos fenômenos mais intrigantes do jornal: um intelectual cujo rompimento com a sisudez e a linguagem engomada do jornalismo político e cultural abriu-lhe as portas para a popularidade. Outro fenômeno foi Ivan Lessa, cuja frenética inventividade invadia quase todas as páginas do jornal, a começar pela seção de cartas dos leitores, que a partir de uma época ele passou a responder, oculto pelo pseudônimo de Edélsio Tavares, um


consumado cafajeste que tratava os leitores aos pontapés. Os iniciados e os masoquistas adoravam. Ivan também reinou absoluto como autor de fotonovelas debochadas e surrealistas, volta e meia estreladas por gente famosa (até Fernanda Montenegro protagonizou uma), da coluna Gip-Gip, Nheco-Nheco, um mosaico de desaforismos de fazer Groucho Marx e o Barão de Itararé babarem de inveja: “No Brasil morre-se muito de médico”; “Num país onde o futuro a Deus pertence, os agnósticos perguntam: ‘E o passado? Quem vai se responsabilizar por ele?’”; “Todo homem tem o sagrado direito de ser imbecil por conta própria”; “O brasileiro é um povo com os pés no chão – e as mãos também”. Um deles (“A cada 15 anos os brasileiros esquecem o que aconteceu nos últimos 15 anos”) até virou epígrafe de um filme. Millôr gostava de dizer que nenhum humorista atira para matar. Os milicos da ditadura, incrédulos e paranoicos, não foram nessa e vigiaram com crescente rigor as gracinhas do jornal. Seu 39º número chegou às bancas, em 19 de março de 1970, com o seguinte aviso: “Este número foi submetido à censura e liberado”. Com vários cortes. Mas disso o leitor não podia ser informado. Na capa, Sig fantasiado de Estátua da Liberdade, suando de medo e empunhando, à guisa de tocha, um Pasquim em chamas. Dias antes, uma bomba fora colocada na sede do jornal, na Rua Clarisse Índio do Brasil, que só não explodiu por incompetência dos terroristas, gente da própria polícia. Como se vê, a censura prévia não liberava o jornal de outros tipos de agressão. Algumas edições, não obstante “aprovadas” e “liberadas”, foram inopinadamente recolhidas nas bancas por ordem de alguma “autoridade” que não se dera por satisfeita com os cortes executados por dona Marina, o primeiro censor (ou a primeira censora) d’O Pasquim, que caiu em desgraça ao deixar passar um cartum feito em cima do famoso quadro de Pedro Américo sobre o Grito do Ipiranga, com D. Pedro I gritando “Eu quero é mocotó!”, em vez de “Independência ou Morte!”. Em substituição a dona Marina entrou o general da reserva Juarez Paes Pinto, até então apenas conhecido como “o pai de Helô Pinheiro”, a Garota de Ipanema original. Depois que o general foi afastado de suas funções por ter aprovado uma entrevista com a antropóloga norte-americana Angela Gillian, que


afirmava haver racismo no Brasil, constatação desde sempre tabu para os militares, o jornal passou a ser censurado em Brasília, no próprio covil da repressão, o Centro de Informações do Exército, por canetas Pilot anônimas, implacáveis e vingativas. E assim foi até 1975, quando a censura acabou. No dia 1º de novembro de 1970, com o número 72 já na gráfica, Cabral e Fortuna estavam em Campos, no interior do estado do Rio, quando foram avisados de que Ziraldo, Francis, Maciel, o fotógrafo Paulo Garcez (em plena lua de mel!) e Haroldo Zager Tinoco (na época, boy do jornal) haviam sido presos. Fortuna foi agregado ao grupo ao chegar de volta ao Rio, no dia 3. Na companhia de Jaguar, Cabral foi à polícia para depor e tentar libertar os companheiros. De lá saíram para juntar-se aos amigos nas celas da Vila Militar, para onde Tarso também foi levado. As duas semanas de prisão, inicialmente previstas, acabaram esticadas para dois meses. Por que motivo foram presos? Nunca souberam. Do número 74 ao 80, O Pasquim se transfigurou. Para todos os efeitos, baixara um surto de gripe na redação, atingindo nove integrantes da patota. A metafórica gripe foi a maneira cifrada que Martha Alencar, Millôr, Henfil e Miguel Paiva encontraram para informar aos leitores o que acontecera. Pouco depois, Paulo Francis mandou-se para Nova York. Pressionado pela censura, cada vez mais perseguido por terroristas de direita (daí o slogan “Um jornal mais verde de susto que de esperança”), boicotado pelas agências de publicidade e imerso em dívidas, O Pasquim viu-se num beco sem saída e obrigado a experimentar novas formas de sobrevivência. Foi nesse período que surgiram algumas das seções e brincadeiras pelas quais até hoje O Pasquim costuma ser lembrado. E festejado, como nesta exposição. Sérgio Augusto Jornalista, escritor brasileiro e colaborador do semanário O Pasquim


O PASQUIM 50ANOS: A EXPOSIÇÃO A exposição O Pasquim 50anos é um mergulho na história de um jornal humorístico e uma viagem para o Brasil daquela época, com os costumes, o ambiente político, as preocupações, as transformações e as contradições desse período. Ao relembrar O Pasquim – e a equipe que o fez – vemos num espelho o que somos nós, os brasileiros e enfatizamos a importância do humor na vida das pessoas.

1 SIG, O MC DO PASQUIM 2 O SOM DO PASQUIM 3 LINHA DO TEMPO 4 AS GRANDES CAPAS 5 MÁXIMAS DO PASQUIM 6 A TURMA DO PASQUIM 7 A GRIPE DO PASQUIM 8 A REDAÇÃO DO PASQUIM 9 PASQUIM INCORRETO 10 PRAÇA DE IPANEMA 11 PASQUIM ATIVISTA 12 HISTÓRIAS DA PATOTA 13 EDUCATIVO


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1 SIG, O MC DO PASQUIM Sig é um ratinho desenhado por Jaguar que interagia com as matérias e com os colaboradores do jornal. Na exposição, o encontramos em vários espaços, fazendo as honras de mestre de cerimônia.


Sig por Jaguar


2 O SOM DO PASQUIM


A mesa que está localizada na área de Convivência do Sesc Ipiranga abriga seis vitrolas da década de 1970, onde é possível ouvir alguns dos discos lançados pelo O Pasquim. Registros de artistas consagrados como Tom Jobim ou lançamentos de artistas novos à época, como João Bosco, são alguns dos exemplos da produção cultural do jornal, que teve uma atuação intensa no campo das artes.


3 LINHA DO TEMPO A história d’O Pasquim é contada por meio de uma Linha do Tempo composta de 50 de suas capas mais importantes. Textos informativos complementam essas capas, narrando, cronologicamente, os principais acontecimentos e as diversas fases do jornal, de 1969 a 1991.



4 AS GRANDES CAPAS Entre os espaços da Convivência e do Quintal, encontramos um painel que apresenta onze das principais capas do jornal. Elas têm grande impacto visual e foram ampliadas para demonstrar como O Pasquim, além de revolucionário no conteúdo, foi inovador em sua apresentação gráfica.

O Pasquim nº 157, julho de 1972



5 MÁXIMAS DO PASQUIM

PASQUIM, UM JORNAL A FAVOR DO CONTRA.


QUEM TEM JORNAL TEM MEDO. O Pasquim inovou também ao trazer na capa, a cada semana, uma frase-lema diferente, logo abaixo do logotipo. Além de espirituosas, algumas descrevem situações pelas quais o jornal passava ou o clima existente no país naquela semana. No espaço do Deck, é possível ler as Máximas do Pasquim.


6 A TURMA DO PASQUIM Em frente ao Galpão encontramos 33 totens que representam alguns dos mais de 4.000 colaboradores do jornal. Nesta turma estão os seus fundadores e editores, o pessoal da redação, alguns cartunistas, colunistas fixos e convidados especiais – e algumas das Musas do Pasquim. Cada totem reproduz a fisionomia do homenageado, trazendo no verso uma apresentação de quem é e qual a sua relação com o semanário.

1. Fausto Wolff 2. Nani 3. Claudius 4. Ziraldo 5. Sérgio Augusto 6. Tarso de Castro 7. Luiz Carlos Maciel 8. Flávio Rangel 9. Jaguar 10. Mariano 11. Paulo Francis 12. Miguel Paiva 13. Odete Lara 14. Nelma Quadros 15. Caetano Veloso 16. Millôr 17. Fortuna

18. Ivan Lessa 19. Martha Alencar 20. Ricky Goodwin 21. Luiz Rosa 22. Henfil 23. Elke Maravilha 24. Reinaldo 25. Redi 26. Jô Soares 27. Sérgio Cabral 28. Caulos 29. Leila Diniz 30. Rogéria 31. Vinicius de Moraes 32. Amorim 33. Olga Savary

Ilustrações na sobrecapa por Alice Tassara


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7 A GRIPE DO PASQUIM Um dos acontecimentos mais marcantes da história d’O Pasquim foi a prisão de seus integrantes, em novembro de 1970, em uma tentativa da ditadura civil-militar de acabar com o jornal. Na ocasião não se podia falar o que de fato ocorreu com a equipe. Por este motivo, o acontecimento ficou conhecido como A Gripe do Pasquim. Neste espaço, aborda-se o clima sombrio daqueles anos de chumbo, tendo como principal tema a repressão sobre O Pasquim, a censura prévia, atentados a bomba e edições apreendidas.


SĂŠrgio Cabral, Jaguar e Fortuna por Ziraldo


8 A REDAÇÃO DO PASQUIM

BB L A • B L A B L A • B BLA• BLA• BLA BB L A B L A B L A B L B BLA BLA BLA BLA• BLA BLA• B

FERR NA

BONEC A redação d’O Pasquim está localizada no espaço do Galpão, onde por meio de 24 rotativas são apresentados diversos trabalhos publicados no semanário. Em uma vitrine encontramos fotos, livros e revistas produzidas pelo jornal, assim como originais do Pasquim – Novela. Além disso, os visitantes também podem ouvir histórias dos colaboradores em telefones e redigir suas ideias em máquinas de escrever manuais, que lembram a época em que os textos eram datilografados.

MACH

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9 PASQUIM INCORRETO

Ao mesmo tempo, O Pasquim foi um jornal moleque e sem limites. No espaço Pasquim Incorreto as obras estão dentro de visores para que sejam apreciadas por meio das lentes do passado, dentro daquele contexto e com o olhar crítico do presente.


Desenho de Henfil


10 PRAÇA DE IPANEMA


Ipanema não poderia faltar na exposição, afinal O Pasquim nasceu e fez sucesso como um jornal de Ipanema, bairro carioca que na época era super badalado no Brasil e no mundo.

Ipanema 1972 por Ziraldo


11 PASQUIM ATIVISTA O Pasquim foi um jornal militante, sempre no ataque contra a repressão, os preconceitos, a exploração econômica, a violência, a degradação das cidades e reforçava o discurso a favor das liberdades democráticas, da justiça social, por um mundo menos desigual.



12 HISTÓRIAS DA PATOTA Em vários pontos do Sesc Ipiranga encontramos doze das histórias mais interessantes d’O Pasquim em forma de quadrinhos, criadas por alguns dos desenhistas mais talentosos do país. É um material inédito que se soma à mostra comemorativa dos 50 anos do jornal.


Fortuna, SĂŠrgio Cabral, Jaguar, Paulo Francis e Ziraldo por Pryscila Vieira


13 EDUCATIVO A equipe de ação educativa do Sesc promove visitas, oficinas e discussões com o público agendado e espontâneo. Agendamentos em: sescsp.org.br/ipiranga


Desenho de Ziraldo


SESC – SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO Administração Regional no Estado de São Paulo Presidente do Conselho Regional Abram Szajman Diretor do Departamento Regional Danilo Santos de Miranda Superintendentes Técnico-Social Joel Naimayer Padula Comunicação Social Ivan Giannini Administração Luiz Deoclécio Massaro Galina Assessoria Técnica e de Planejamento Sergio José Battistelli Gerentes Artes Visuais e Tecnologia Juliana Braga de Mattos Ação Cultural Rosana Paulo da Cunha Assessoria Jurídica Carla Bertucci Barbieri Estudos e Programas Sociais Cristina Madi Estudos e Desenvolvimento Marta Raquel Colabone Artes Gráficas Hélcio Magalhães Difusão e Promoção Marcos Ribeiro de Carvalho Sesc Ipiranga Antonio Carlos Martinelli Jr.

O PASQUIM 50 ANOS Curadoria Zélio Alves Pinto Fernando Coelho dos Santos Equipe Sesc Adriano Alves Pinto, André Dias, Amanda Cristina de Souza, Carolina Barmel, Celina Dias Azevedo, Cristiane Ferrari, Diana Gama, Diogo de Moraes, Érica Dias, Fabiana Regina de Freitas, Fernando Fialho, Getúlio Vargas Pizani, Guilherme Land, Ilona Hertel, José Cláudio Moia Sevieri, Karina Musumeci, Kelly Adriano de Oliveira, Leonardo Borges, Ligia Minami, Lourdes Teixeira Benedan, Luciana Itapema, Marcela Monteiro de Barros Guimarães, Nathalia Magalhães, Nilson Cruseiro, Nilton Andrade Bergamini, Nilva Luz, Priscila Machado Nunes, Rachel Amoroso, Rafaela Queiroz, Rogério Ianelli, Salete dos Anjos, Tatiane Vieira de Almeida, Vanusa Soares Souza, Wagner Garcia e William Moraes Alves Assistência de Curadoria e Pesquisa Gualberto Costa Redação e Pesquisa Rick Goodwin Projeto Expográfico T+T Projetos | Daniela Thomas e Felipe Tassara Arquitetura Stella Tennembaum Assistentes Iara Terzi Ito e Tania Mara Menecucci Produção Executiva Escamilla Soluções Culturais | Sergio Escamilla (Coordenação), Tiago Guimarães, Julieta Regazzoni e Silvia Ruiz Produção de Conteúdo Daniela Baptista Planejamento de Programação Integrada Antonio Carlos de Moraes Sartini Projeto Gráfico ps.2 arquitetura + design l Fábio Prata e Flávia Nalon Produção Gráfica Signorini Produção Gráfica Ilustrações Totens Patota Alice Tassara Editoração dos Quadrinhos Daniela Baptista Projeto de Multimídia Estúdio Preto e Branco | Mauricio F. P. Moreira e Murilo Celebrone Projeto de Iluminação Fernanda Carvalho Cenotecnia Maxxy Stands Cenotecnia


das Rotativas Dado Brettas e Fernando Brettas Estúdio Comunicação Visual Seritec Multimídia Imagens Projetor Iluminação Santa Luz Fac Símiles Gerson Tung Assessoria Jurídica Olivieri & Associados Coordenação da Ação Educativa Juliana Biscalquim Edição de Aúdio e Vídeo Morena Miranda Engenharia de Segurança Repro Engenharia Apoio Cultural Biblioteca Nacional Você poderá conferir todas as edições do jornal O Pasquim no site da Biblioteca Nacional: http://bndigital.bn.gov.br/ dossies/o-pasquim

Todos os esforços foram realizados para a identificação, obtenção das autorizações e concessão dos créditos de autoria e titularidade para reprodução das imagens, vídeos e áudios nessa exposição. Na hipótese de eventual omissão, os direitos encontram-se reservados aos seus titulares.


Sesc Ipiranga Rua Bom Pastor, 822 CEP 04203-000 São Paulo/SP  /sescipiranga sescsp.org.br/ipiranga



Ziraldo


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