Pinóquio: Uma Bela Arte | SESC Belenzinho

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18 de julho a 18 de novembro de 2012


Uma questão de experiência...

Há mais de um século a história do boneco de madeira é contada para diferentes gerações e traduzida para diversas línguas, fascinando crianças e adultos. A novela do italiano Carlo Collodi foi publicada originalmente como folhetim no periódico Il Giornale dei Bambini (O Jornal das Crianças) de 1881 a 1883, sob o título La storia di um burattino (A história de uma marionete). A partir dessas publicações, em 1883, foi organizada a primeira edição do livro “As aventuras de Pinóquio”. Essa obra literária, por sua riqueza de interpretações, nos aproxima de variadas inquietações sobre a essência da condição humana com suas mazelas e encantos. A madeira “viva” esculpida na forma de uma marionete inaugura as transformações que percorrem o texto. O desejo de tornar-se um menino e os percalços que enfrenta em suas aventuras sugerem, simbolicamente, os processos de desenvolvimento de nossa formação. Pinóquio tenta ser aceito socialmente e protagoniza situações onde o conhecimento acontece por meio das experiências concretas e por seus erros. Ele aprende a mentir para consolidar seus anseios, mas carrega, em sua face, o delator de suas falácias. Os conselhos que ouve sobre valores morais e virtudes são ignorados, recusando as recomendações derivadas da vivência dos outros.

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Nessa perspectiva, o texto de Collodi, oportunamente, nos interroga sobre o sentido das experiências na contemporaneidade, onde o ambiente virtual, por meio das redes sociais, compreende um emaranhado de relações provavelmente pouco acessadas no contato real. Dessa forma, retomar a vivência do encontro para a aquisição dos saberes pode ser a inspiração para novas descobertas e aventuras em nosso cotidiano. “Pinóquio: Uma Bela Arte!” propõe um diálogo entre literatura e arte contemporânea, oferecendo caminhos interativos para o público construir as significações possíveis entre a exposição e o livro, por meio de instalações lúdicas de artistas nacionais e estrangeiros. O Grande Ateliê de Pinóquio, realizado pela fundação italiana PInAC – Pinacoteca Internazionale dell’età Evolutiva Aldo Cibaldi, abriga o núcleo histórico, que apresenta algumas interpretações sobre a obra, e o núcleo educativo, favorecendo a mediação e a aproximação entre os sentidos do texto. Para o SESC, apresentar “Pinóquio: Uma Bela Arte!”, é motivar as descobertas e redescobertas de uma história que não se esgota na última página do livro, e propiciar experiências para trilhar caminhos no aprimoramento contínuo do desenvolvimento da formação humana. Assim, esperamos que a inquietude e a curiosidade de Pinóquio sejam os condutores dessa aventura do conhecimento, por meio das palavras, das imagens e da imaginação.

Danilo Santos de Miranda Diretor Regional do SESC São Paulo

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Apresentação

Pinóquio: Uma Bela Arte! encontra no Sesc Belenzinho não apenas um espaço para estar no mundo, mas um parceiro apaixonado e entusiasta disposto a traduzir em realidade sonhos vindos de um velho mundo... As dicas de que Pinóquio foi um grande aventureiro podem ser percebidas pelo título do livro As Aventuras de Pinóquio e de que o sonho de Collodi, seu criador, fosse levá-lo a terras muito distantes, vamos descobrindo à medida que começamos a leitura e não conseguimos mais parar... Pinóquio salta de uma aventura a outra sem nos dar tempo de respirar, e já nos encontramos em outra história e outros seres se juntam e a família se alonga e cresce como o nariz que não o permite mentir em paz... Não, Pinóquio não pode mentir porque, mesmo sendo de madeira, é transparente como o vidro que nada esconde, tudo revela. Pinóquio: Uma Bela Arte! é uma mostra para contar essa maravilhosa história dialogando com a arte contemporânea e estimulando o público, sobretudo infantojuvenil, a uma aproximação com o mundo da arte e de Pinóquio de forma lúdica, divertida e direta, sem interlocutores, para que essa liberdade possa colaborar com a formação de uma nova geração capaz de colocar-se em jogo com espírito crítico e sensibilidade artística.

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Pinóquio: uma bela arte!

A mostra nasce de uma interpretação livre da história de Collodi e fundamenta seu discurso no processo de crescimento e amadurecimento de Pinóquio, que, de simples boneco de madeira, se transforma em um autêntico ser humano. Das aventuras vividas pela personagem, foram especificados nove núcleos salientes, interpretados como os nove meses de “gestação” necessários para a formação de um ser humano e traduzidos como um percurso de nove instalações artísticas. Portanto, cada instalação é a expressão de seu significado simbólico e desenvolve um ponto importante da história; uma trajetória interior na qual o confronto entre a emoção (Pinóquio) e a razão (Grilo Falante) cria a tensão necessária para o desenvolvimento do percurso, introduzindo o público em uma nova dimensão/instalação. Pinóquio: Uma Bela Arte! é um trabalho coletivo construído com a participação e colaboração de diversos interlocutores; artistas de várias partes do mundo se juntaram para dar vida a essa mostra e refletir sobre a famosa personagem interpretando cada um a seu modo, com suas obras de arte, as possibilidades que Collodi nos indicou. Caminhar sobre as páginas do livro e mergulhar no mundo da arte. Livremente. Sem redes de proteção. Um embate físico para despertar a sensibilidade que trazemos em nós e nos emocionar. Rir e chorar com Pinóquio nos faz mais humanos e, assim, também nós poderemos chegar ao fim desprovidos de uma “armadura de madeira” para sermos simplesmente nós mesmos.

Vera Uberti Concepção e Direção Artística

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Galpão Mapa da exposição

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Instalação Sonora Obra na área externa

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Saída

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1 Studio CTRLZAK (Katia Meneghini e Thanos Zakopoulos)

Floresta Suspensa Núcleo: O Carpinteiro A madeira. A origem de Pinóquio. A instalação permite a quem entra ser permeado pela essência da materialidade da madeira: odor, presença física, nível tátil e visual, corporeidade da madeira que se transforma graças à presença do público, que, como Gepeto, através da própria ação, dá vida a um pedaço de madeira: Pinóquio.

Studio CTRLZAK é um time multidisciplinar de arte e design fundado em 2008 por Katia Meneghini, nascida em Pádua, Itália, em 1981, onde mais tarde estudou desenho gráfico e fotografia. Graduou-se em história da arte na Universidade Ca’ Foscari, em Veneza, e fez pósgraduação em artes visuais pela Iuav, Universidade de Veneza; e por Thanos Zakopoulos, nascido em Atenas, Grécia, em 1978. Ele estudou arte e teoria do design em Southampton College, na Inglaterra. Graduou-se em design na Solent University, em Southampton, na Inglaterra, e fez pós-graduação em artes visuais pela Iuav, Universidade de Veneza, Itália.

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2 Zaven Paré

Memória, Entendimento e Vontade das Marionetes Núcleo: Teatro das Marionetes O jovem boneco de madeira, apenas começa a caminhar sozinho, sente-se “grande o suficiente” e foge de casa, curioso para conhecer o mundo que o cerca. Encontra no Teatro das Marionetes “sua” turma, e, como um adolescente comum, disposto a tudo para fazer parte do grupo, acaba por esquecer seus bons propósitos de vida.

Zaven Paré nasceu em Fort de l’Eau, Argélia, em 1961. Trabalha no Rio de Janeiro. É o criador da Marionete Eletrônica (Coleções do Museu Gadagne, em Lyon, e do Instituto Ballard, em Connecticut) e colaborador do Robot Actors Project, em Osaka (bolsista da Japan Society for Promotion of Science e da Villa Kujoyama). Em 2011, recebeu o Prêmio Sergio Motta, Brasil.

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3 Studio Magenta (Paola Serboli e Stefano Ceresara)

Sonho Dourado Núcleo: Campo dos Milagres A ilusão. Pinóquio querendo acreditar que é possível semear e colher dinheiro nos campos, fantasia possuir uma quantidade tão grande de moedas de ouro a ponto de não conseguir guardá-las no próprio bolso e, assim, sonhando de olhos abertos, atravessa o campo envolvido por ouro de todos os lados, que não passam de ar!

Studio Magenta é um grupo de artistas fundado por Paola Serboli, nascida em Bréscia, Itália, em 1959. Ela graduou-se em arquitetura pela Iuav, Universidade de Veneza, em 1984. Como arquiteta, desenvolveu projetos focados principalmente na recuperação de edifícios históricos, sobretudo de caráter público. Em 2011, em colaboração com Stefano Ceresara, nascido em Bréscia, em 1989, criou o Studio Magenta, com o objetivo de abrir horizontes, aproximando arte e paisagem ambiental.

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4 Luciana Magno

MetaAmorPhosis Núcleo: O Voo do Pombo Transcender. Ir além. Alçar voo para poder ter uma visão ampliada do mundo. A descoberta do outro ao interno da própria vida leva a um novo estado mental e de conscientização, que permite uma transformação motivada pela busca da essência da vida. O amor. O verdadeiro gerador da metamorfose humana.

Luciana Magno nasceu em Belém, Brasil, em 1987. Graduou-se em artes visuais e tecnologia da imagem pela Universidade da Amazônia, fez mestrado em artes pela Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciência e Arte, com linha de pesquisa em arte contemporânea, e desenvolve projetos na tentativa de diluir fronteiras entre arte e vida. Em 2010, com Mais Rapidamente para o Paraíso, recebeu o Prêmio Secult de Artes Visuais, Museu Casa das Onze Janelas, Belém, Brasil, e, em 2009, II Prêmio Fotoarte, Brasília.

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5 Castelo de Açúcar Núcleo: Ilha das Abelhas Operárias O trabalho. A colaboração. O momento da maturidade. Confrontar-se com a necessidade de ajudar o outro para construir algo em comum que, de outra forma, seria impossível ser alcançado. O público é convidado a participar elaborando um trabalho artístico coletivo, que exige a participação do outro.

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6 GRL-Brasil/Gambiologia

Paredes Avessas Núcleo: País da Folia Uma alegria violenta, na qual vem eliminada toda forma de repressão e de censura. Uma transgressão que ultrapassa a ideia de liberdade, por gerar confusão e desordem quando vivida sem controle. Pode ser comparada à sensação de “encantamento explosivo” vivido pelo ser humano com o despertar da paixão e da sexualidade.

GRL-Brasil foi fundada por Fred Paulino, nascido em Belo Horizonte, em 1977. É cientista, artista multimídia, designer idealizador e participante de diversas iniciativas criativas desde a década de 1990, como: Mosquito Vídeo e Design, Estúdio Osso, GRL-BR, e mais recentemente, Coletivo Gambiologia. É coordenador do Graffiti Research Lab Brasil, o núcleo brasileiro do coletivo GRL, originário dos EUA e atuante em mais de 15 países desde 2005. A célula brasileira GRL-BR, criada em 2008, realiza trabalhos de street art, videoinstalações e intervenções urbanas com grafite digital.

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7 Vera Uberti

Mar Aberto Núcleo: O Mar O mergulho no mar como ato de purificação interior. “Lavar a alma”. Passagem de um estado inconsciente/“ignorante” para atingir uma consciência superior. Um “batismo” que permite o ingresso à vida adulta, exigindo empenho, determinação e esforço físico para ultrapassar obstáculos e chegar do lado de lá.

Vera Uberti nasceu em São Paulo, Brasil, em 1964. Graduou-se em artes visuais pela Fundação Armando Alvares Penteado – Faap, São Paulo, e fez pós-graduação em arte, paisagem e arquitetura pelo Politécnico de Milão e residência artística na Fundação Michelangelo Pistoletto, em Biella, Itália. Atualmente, vive e trabalha entre Itália e Brasil, colaborando com importantes instituições culturais. Recebeu o prêmio da 35° Anual de Arte Faap em 2004, o Prêmio Chamex de Arte Jovem, do Instituto Tomie Ohtake, em 2004, e o Prêmio Award for Planning in Landscape Architecture – Special Jury Citation for Innovation in Community, na Austrália, em 2008.

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8 Martí Guixé

Big Fish Núcleo: O Monstro Marinho Momento do confronto corpo a corpo com nossos “monstros” interiores. A necessidade de conhecê-los internamente e dominá-los para que possamos nos libertar de suas garras, que nos aprisionam e nos impedem de ver a luz natural.

Martí Guixé nasceu em Barcelona, Espanha, em 1964. Graduou-se em Barcelona e Milão como designer de interiores e industrial. Em 1994, morando em Berlim, formulou uma nova forma de entender a cultura de produtos, caracterizada pela busca por sistemas de produtos e apresentação dos alimentos através da performance. Atualmente, vive e trabalha entre Barcelona e Berlim. Desenvolve trabalhos como designer para empresas de todo o mundo. Em 1999, recebeu o Prêmio Ciutat de Barcelona Prize, na Espanha, e, em 2007, o Prêmio Nacional de Design da Catalunha.

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9 Studio Azzurro

Sombras de Passagem Núcleo: Transformação de Pinóquio A transformação definitiva de Pinóquio em menino de carne e osso (e coração!). Uma viagem imersiva da verdade da fábula à realidade do mundo por meio de uma cenografia sugestiva, na qual o visitante é diretamente envolvido no processo de transformação interior, que permite um reencontro com o próprio eu.

Studio Azzurro é um grupo de artistas de Milão, Itália, criado em 1982 por Fabio Cirifino (fotógrafo), Paolo Rosa (artista visual e film maker) e Leonardo Sangiorgi (gráfico e animador). Em 1995, Stefano Roveda, expert em sistemas interativos, começou a colaborar com o grupo. Há mais de 20 anos, o Studio Azzurro pesquisa as possibilidades poéticas e expressivas das linguagens tecnológicas por meio de uma estética relacional que se preocupa com as consequências sociais. Projeta e realiza videoinstalações e filmes. Em 2011, o Studio Azzurro venceu, entre outros, o concurso Arte para a Praça Matteotti, em Ímola, Itália.

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Instalação sonora Ultrassom Music Ideas (Melissa Garcia e Ruben Feffer)

O Som da História Instalação Sonora Acompanhando todo o percurso da mostra, a instalação sonora O Som da História atua como fil rouge, conectando a fábula à arte contemporânea. Aparecem as vozes das personagens que, reproduzindo diálogos do livro, conduzem o público de uma instalação a outra, criando a tensão necessária para o desenvolvimento do discurso artístico-literário.

Ultrassom Music Ideas foi fundada por Ruben Feffer (Binho), nascido em São Paulo, em 1970. Músico, produtor e diretor musical, o foco de sua pesquisa artística está na busca por sonoridades distintas, capazes de proporcionar ao público vivências sensoriais inusitadas. Recebeu o Prêmio de Melhor Trilha Sonora no Festival Internacional de Pernambuco; e por Melissa Garcia, nascida em Santo André, São Paulo, em 1980. Atriz, contadora de histórias, dubladora e diretora de vozes, em 2009 ganhou o prêmio APCA de melhor programa de rádio infantil com o projeto Rádio Pipoca, veiculado pela Rádio USP.

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Auto-Pinóquio Obra na área externa

Maurizio Zelada

Um Pinóquio de grandes dimensões, colocado na entrada da unidade, convida o público a viver suas aventuras sentindo as próprias emoções. Ao propor um Pinóquio que é ao mesmo tempo marionete e ventríloquo, o artista evidencia o conflito existencial da personagem: se deixar manipular pelos outros ou tomar as rédeas da vida nas próprias mãos? Eis a questão!

Maurizio Zelada nasceu em São Paulo, em 1963, e se graduou pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, em São Paulo. Em 1987, criou, em sociedade com Cao Hamburger, a Z.H. Produções Cinematográficas, especializada em filmes de animação tridimensional e efeitos especiais. Projetou diversos elementos cênicos para o programa Castelo Rá-Tim-Bum, na TV Cultura. Desde então, vem atuando na área de cenografia e efeitos especiais para importantes projetos culturais. Recebeu prêmios com o curta Franksteinpunk, de 1986, entre eles o Melhor Curta para Jovens de Oberhauser, em 1987.

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Grande Ateliê de Pinóquio Fundação PInAC

PInAC – Pinacoteca Internazionale dell’Età Evolutiva (Pinacoteca Internacional de Jovens e Adolescentes): a casa, que reúne desenhos de meninos e meninas do mundo, tem como logotipo um menino/quadro/casa com rosto sorridente. Um elemento gráfico que remete vagamente a Pinóquio é seu teto/chapéu. Existe, no entanto, outra profunda ligação com Pinóquio, porque a PInAC é para os pequenos e para os grandes, compartilhando a ambiguidade de estar com crianças e ser para crianças. Exatamente o que acontece com o Pinóquio de Carlo Collodi. Estar com crianças e ser para crianças é a orientação pedagógica que guiou a criação do Grande Ateliê de Pinóquio: as estações lúdicas provocam e mergulham os visitantes do público infantil – sozinhos ou acompanhados por adultos que se lembram de ter sido crianças – em um jogo de dentro e fora, tido como participação e estranhamento, conhecimento e transgressão, narração literária e narração cotidiana. Joga-se com o texto e suas palavras: palavras-som, palavras-imagem, palavras-emoção, palavras-sabor. Brinca-se com a memória visual, com os livros, com os cubos no percurso do mar, com o eco da voz em diálogos distantes, com marionetes que são amigas-irmãs de Pinóquio.

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Pinóquio: uma bela arte!

O texto oitocentista de Pinóquio vai ao encontro dos jovens de hoje e propõe suas provocações atemporais. Ambienta-se em uma terra de luzes e cores nas paisagens toscanas, mas se adequa perfeitamente ao Belenzinho, distrito de São Paulo, Brasil. Talvez porque o tempo e o espaço das Aventuras de Pinóquio são os mesmos que orientam quem, como nós, se preocupa em abrir caminhos de compreensão recíproca entre adultos e crianças. Pinóquio e sua história são como alimentos sustanciosos, sempre válidos para quem está em formação. O Grande Ateliê de Pinóquio foi pensado segundo a mesma perspectiva ambígua da penúria e da abundância do alimento de Pinóquio, regime similar da relação entre grandes e pequenos. O Grande Ateliê de Pinóquio se propõe como projeto/oportunidade para todos, direito de cidadania expresso de cada um, de qualquer idade e país, incluindo Pavio e Traga-Fogo, direito à beleza e à criatividade. O direito, isto é, a qualquer coisa necessária, como pão, mas com manteiga dos dois lados.

Elena Pasetti Diretora – Fundação PInAC

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Mapa do AteliĂŞ

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Saída

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Entrada

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O Carpinteiro

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Teatro das Marionetes

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Campo dos Milagres

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O Voo do Pombo

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Ilha das Abelhas Operárias

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País da Folia

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O Mar

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O Monstro Marinho

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Transformação de Pinóquio

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O mundo de Collodi

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Grande Ateliê de Pinóquio

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O Carpinteiro Troncos de madeira com incisões de frases, em que os participantes podem descobrir, por meio da técnica de frottage, o trecho do livro no qual o Mestre Cereja presenteia Gepeto com um pedaço de madeira que fala.

Teatro das Marionetes Espaço dedicado à construção de bonecos pelo público, utilizando-se de pedaços de madeira e cordas.

Campo dos Milagres Tabuleiros do jogo da memoria, com três níveis de dificuldade, com ilustrações feitas por crianças e jovens da Fundação PInAC.

O Voo do Pombo O público é convidado a pesquisar nos livros as mais variadas ilustrações que foram realizadas sobre a história de Pinóquio e seus personagens.

Ilha das Abelhas Operárias O jogo é um exercício de compreensão oral e resposta a distância em que o participante é convidado a recompor alguns diálogos originais do texto de “As Aventuras de Pinóquio”.

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País da Folia Jogo de recriação do sentido de frases retiradas de alguns capítulos do romance ‘As aventuras de Pinóquio’, que estão dispostas em um grande quadro magnético.

O Mar Jogo de dados e tabuleiro que representa a grande travessia: os jogadores passam pelos acontecimentos mais marcantes do romance “As Aventuras de Pinóquio” e poderão conhecer as ilustrações da primeira edição do livro.

O Monstro Marinho Esta estação propõe ao público completar o desenho do personagem “Monstro” da história “As Aventuras de Pinóquio”.

Transformação de Pinóquio Os participantes, em duplas, desenham o contorno de seus corpos em diferentes posições. A atividade tem o objetivo de proporcionar uma observação de como a vida emocional influencia o nosso corpo.

O mundo de Collodi Grande mesa central do Grande Ateliê do Pinóquio contendo publicações, livros e objetos históricos pertencentes à Coleção Fundação Franco Fossati e Coleção Fabrizio Lorenzoni.

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Serviço Social do Comércio Administração Regional no Estado de São Paulo PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL Abram Szajman DIRETOR DO DEPARTAMENTO REGIONAL Danilo Santos de Miranda SUPERINTENDENTES Técnico Social Joel Naimayer Padula /Comunicação Social Ivan Giannini /Administração Luiz Deoclécio Massaro Galina /Assessoria Técnica e de Planejamento Sérgio José Battistelli GERENTES Ação Cultural Rosana Paulo da Cunha /Adjunta Flávia Carvalho. Assistentes: Juliana Braga e Nilva Luz /Estudos e Desenvolvimento Marta Colabone /Adjunta Andréa Nogueira /SESC Belenzinho Marina Avilez /Adjunta Patrícia Piquera

Pinóquio: Uma Bela Arte! COORDENAÇÃO DE PROGRAMAÇÃO Antonio C. Martinelli Jr COORDENADORES DE ÁREA Alimentação Roselaine Tavares Da Silva /Comunicação Andressa De Gois E Silva /Operação De Serviço Edmilson Ferreira Lima /Infraestrutura Josué Cardoso /Administrativo Mario Luiz Alves De Matos NÚCLEO DA IMAGEM E DA PALAVRA Salete dos Anjos (supervisão), Alcimar Frazão, Catia Leandro, Daniela Momozaki, Juliana Santos e Vanessa Raquel Lambert; Mirella Aparecida Santos Marinho (estagiária) /Apoio À Montagem Marcelo Fernandes, Gesivan Barbosa, Ivan Bento e Afonso Pereira NÚCLEO SÓCIO EDUCATIVO Alexandre Caversan (supervisão), Ana Meyer, Aline Medeiros de Souza, Juraci de Souza, Mauro Lucas, Regina Marques Magalhães CONCEPÇÃO E DIREÇÃO ARTÍSTICA Vera Uberti

COORDENAÇÃO GERAL Produção Ana Helena Curti / arte3 PRODUÇÃO Angela Magdalena, Douglas Estrella, Gabriel Curti, Mariana Chaves, Rodrigo Curti PROJETO EXPOGRÁFICO E DE ILUMINAÇÃO (ITÁLIA) Paolo Mestriner / Studio Azero ASSISTÊNCIA DE PROJETO EXPOGRÁFICO (ITÁLIA) Sara Omassi / Studio Azero PROJETO EDUCATIVO (ITÁLIA) Elena Tognoli, Vera Uberti SUPERVISÃO PROJETO EDUCATIVO (ITÁLIA) Elena Pasetti -PINAC Pinacoteca Internazionale della’etá evolutiva Aldo Cibaldi – Itália PROJETO EDUCATIVO (BRASIL) Acontemporânea: Marcela Tiboni PESQUISA (ITÁLIA) Elena Tognoli IDENTIDADE VISUAL Estúdio Campo CENOTECNIA Pigari Cenografia MONTAGEM FINA Quadro Cênico – Lee Garrow Dawkins PROJETO TÉCNICO MULTIMIDIA Gian Luca Beccari COORDENADOR DE MONTAGEM MULTIMÍDIA Charles Oliveira ADEREÇOS Boca de Cena Produções Artísticas, Caeto REVISÃO DE TEXTOS Fabiana Pino TRADUÇÃO DE TEXTOS Traduzca COLABORADORES Aldo Dellore, Antonio Caballero de la Fuente, Beto Kaiser, Fabrizio Lorenzoni, Fondazione Collodi, Fondazione Franco Fossati, Gianbattista Uberti, Gilberto Souza, Patricia Costa



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Rua Padre Adelino, 1000 | Belém CEP 03303 000 | São Paulo SP Tel: (11) 2076 9700 email@belenzinho.sescsp.org.br www.sescsp.org.br Visitação de 18 de julho a 18 de novembro de 2012 Terça a sexta, das 10h às 21h30. Sábados, das 10h às 21h. Domingos e feriados, das 10h às 19h30. Acesso à exposição para visitação até 1 hora antes do fechamento do espaço. *Visitação limitada à capacidade do espaço. Agendamento de grupos: (11) 2076 9704 ou agendamento@belenzinho.sescsp.org.br


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