22A EDIÇÃO
VA I T C E P S O R T E R DO CINEMA O R I E L I S A R B O DE 2021 EZEMBR 9 A 30 DE D
22A EDIÇÃO
RETROSPECTIVA DO CINEMA BRASILEIRO 9 A 30 DE DEZEMBRO DE 2021
A Retrospectiva do Cinema Brasileiro reúne uma seleção da produção nacional lançada comercialmente entre novembro de 2020 e outubro de 2021 na cidade de São Paulo. Desde sua primeira edição, no ano 2000, a Retrospectiva busca dar visibilidade à produção cinematográfica brasileira contemporânea por meio de um recorte que procura refletir a diversidade de estilos, vozes e linguagens. Este ano, a 22ª Retrospectiva do Cinema Brasileiro contempla sessões presenciais no CineSesc e exibições gratuitas na plataforma do Sesc Digital, com uma programação de longas e curtas-metragens. Para assistir, basta acessar sescsp.org.br/cinemaemcasa. Além da produção recente, a Retrospectiva exibe, no CineSesc, a faixa especial “Diversos 22 - Novas Percepções”, uma das ações promovidas pelo Sesc São Paulo em comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna de 22, celebrado no próximo ano. A seleção traz títulos que, seja por suas propostas temáticas e/ou estéticas, questionam os padrões culturais vigentes e colocam em debate nossa identidade nacional, dialogando com o espírito disruptivo dos artistas Modernistas, provocando e revistando o debate iniciado em 1922 e que se mostra ainda atual e urgente.
ÍNDICE 22A EDIÇÃO RETROSPECTIVA DO CINEMA BRASILEIRO Acqua Movie
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A Febre
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Alcione - O Samba É Primo do Jazz
10
Alvorada 11 Babenco - Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer: Parou
12
Cabeça de Nêgo
13
Callado 14 Chão 15 Chorão - Marginal Alado
16
Cidade Pássaro
17
Cine Marrocos
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Doutor Gama
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Libelu - Abaixo a Ditadura
20
Mangueira em 2 Tempos
21
Meu Nome é Bagdá
22
O Barco
23
Pacarrete 24 Por que Você não Chora?
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Sertânia 26 Todos os Mortos
27
Valentina 28 Vento Seco
29
Zimba 30
DIVERSOS 22 - NOVAS PERSPECTIVAS Até o Fim
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A Última Floresta
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Carro Rei
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Cavalo 37 Marighella 38 Rolê: A História dos Rolezinhos
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Um Animal Amarelo
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AGENDA De 9 a 18/12
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De 19 a 30/12
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ACQUA MOVIE Direção Lírio Ferreira. Brasil. 2019. 105 minutos. Ficção. 12 anos. Após a morte do pai, menino de 12 anos vai ao encontro da mãe, que está fazendo um documentário na floresta amazônica sobre as causas indígenas. Os dois iniciam uma viagem passando por canais de transposição do rio São Francisco. Do mesmo diretor de “Árido Movie” (2005).
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A FEBRE Direção Maya Da-Rin. Brasil. 2020. 98 minutos. Ficção. 10 anos. Justino, um indígena de 45 anos, trabalha como vigilante em um porto de cargas e vive em uma casa modesta na periferia de Manaus. Desde a morte da sua esposa, sua única companhia tem sido sua filha Vanessa, mas ela está de partida para estudar medicina em Brasília. Sob o sol escaldante e as chuvas tropicais, Justino esforça- se para manter-se concentrado no trabalho. Com o passar dos dias, ele é tomado por uma febre forte. Em seus sonhos, uma criatura vagueia perdida pela floresta. Na televisão, o noticiário fala de um animal selvagem que ronda o bairro. Justino acredita que está sendo seguido, mas não sabe se quem o persegue é um animal ou um homem.
9
ALCIONE - O SAMBA É PRIMO DO JAZZ Direção Angela Zoé. Brasil. 2020. 70 minutos. Documentário. 12 anos. A trajetória musical de Alcione Dias Nazareth, a nossa grande intérprete brasileira, a partir de suas referências musicais, sua inserção no mundo da música e sua relação com família e amigos. A cinebiografia nos aproxima de uma Alcione descontraída, divertida e matriarcal com a vida e o fazer artístico.
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ALVORADA Direção Anna Muylaert, Lô Politi. Brasil. 2021. 80 minutos. Documentário. Livre. Enquanto aguardava o resultado do processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff deu acesso à equipe de filmagem, que acompanhou de dentro do Palácio da Alvorada o período que culminou com o impedimento de Dilma.
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BABENCO - ALGUÉM TEM QUE OUVIR O CORAÇÃO E DIZER: PAROU Direção Bárbara Paz. Brasil. 2019. 75 minutos. Documentário. 14 anos. “Eu já vivi minha morte, agora só falta fazer um filme sobre ela” – disse o cineasta Hector Babenco a Bárbara Paz, ao perceber que não lhe restava muito tempo de vida. Ela aceitou a missão e realizou o último desejo do companheiro: ser protagonista de sua própria morte. Do primeiro câncer, aos 38 até a morte, aos 70 anos, Babenco fez do cinema remédio e alimento para continuar vivendo. Tell me when I die é o primeiro filme de Bárbara Paz mas, também, de certa forma, a última obra de Hector – um filme sobre filmar para não morrer jamais. 12
CABEÇA DE NÊGO Direção Déo Cardoso. Brasil. 2020. 86 minutos. Ficção. 14 anos. Inspirado por um livro dos Panteras Negras, o jovem Saulo Chuvisco tenta impor mudanças em sua escola e acaba entrando em conflito com alguns colegas e professores. Após reagir a um insulto racista, ele é expulso, mas se recusa a deixar as dependências da escola por tempo indeterminado, dando início a uma grande mobilização coletiva.
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CALLADO Direção Emilia Silveira. Brasil. 2020. 74 minutos. Documentário. Livre. O jornalista e escritor Antonio Callado, autor de obras seminais como “Quarup” e “Reflexo do Baile”, completaria em 2017 os seus 100 anos de idade. Ele nasceu em 26 de janeiro de 1917, em Niterói, Rio, e morreu dois dias depois do seu aniversário de 80 anos, em 28 de janeiro de 1997. O documentário é uma busca dos vestígios deixados pelo escritor, para trazer até nós o seu tempo e assim podermos entender melhor os nossos dias. São fragmentos do seu pensamento, encontrados em depoimentos e entrevistas de épocas diferentes.
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CHÃO Direção Camila Freitas. Brasil. 2019. 112 minutos. Documentário. 10 anos. Junto ao Movimento Sem Terra, um dos mais longevos movimentos populares brasileiros, Chão vivencia a ocupação das terras de uma usina de cana-de-açúcar em processo de falência. A despeito da estagnação jurídica e da aridez do agronegócio no sul de Goiás, o gesto da ocupação se firma em resistência e reinvenção de uma paisagem em disputa. Vó, PC e os mais de 600 acampados regam diariamente a utopia de um lugar por vir, em um futuro projetado para o horizonte ainda intocável da reforma agrária.
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CHORÃO - MARGINAL ALADO Direção Felipe Novaes. Brasil. 2019. 78 minutos. Documentário. 14 anos. O documentário resgata a trajetória de Chorão, líder do grupo Charlie Brown Jr. e grande astro do rock brasileiro nos anos 1990 e 2000. Com muitas imagens de acervo pessoal e de entrevistas, o longa mostra o início do sucesso, quando dividia seu tempo com o mundo do skate, as polêmicas e a morte precoce, em 2013, por overdose.
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CIDADE PÁSSARO Direção Matias Mariani. Brasil. 2020. 84 minutos. Ficção. 16 anos. O nigeriano Amadi procura seu irmão Ikenna na cidade de São Paulo. Aos poucos percebe que o supostamente bem sucedido professor de matemática inventou para sua família uma narrativa imaginária de sua vida no Brasil. Amadi descobre lentamente a verdade em uma missão pelo submundo da cidade.
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CINE MARROCOS Direção Ricardo Calil. Brasil. 2020. 76 minutos. Documentário. 12 anos. Em São Paulo, brasileiros sem-teto, imigrantes latino-americanos e refugiados africanos ocupam um cinema abandonado e recriam cenas de filmes clássicos apresentados ali há 60 anos. Diante da ameaça de despejo, eles partem em uma viagem da realidade para a ficção. Com Alexandre João Alberto, Dulce Tavares, Fagner Oliveira e Joseph Ojong Akem.
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DOUTOR GAMA Direção Jeferson De. Brasil. 2021. 92 minutos. Ficção. 14 anos. O filme é baseado na biografia de Luiz Gama, um dos personagens mais importantes da história brasileira, homem negro que utilizou as leis e os tribunais para libertar mais de 500 escravos. Nascido de ventre livre, Gama foi vendido como escravo aos 10 anos de idade para pagar dívidas de jogo de seu pai. Mesmo como escravo, se alfabetizou, estudou e conquistou sua própria liberdade, se tornando um dos mais respeitados advogados de sua época. Um abolicionista e republicano que inspirou um país inteiro. Com Pedro Guilherme, Angelo Fernandes, César Mello, Isabél Zuaa.
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LIBELU - ABAIXO A DITADURA Direção Diógenes Muniz. Brasil. 2021. 90 minutos. Documentário. 14 anos. Liberdade e Luta foi uma tendência estudantil universitária surgida em 1976. Impulsionada por uma organização clandestina, a Libelu ganhou fama por ser o primeiro grupo a retomar a palavra de ordem “abaixo a ditadura” após o AI-5. Seus integrantes eram famosos pela irreverência, combatividade e abertura cultural. Eram contra a luta armada e críticos do Partido Comunista. Em suas festas tocava rock. Entre as décadas de 1970 e 1980, "libelu" virou adjetivo. Era sinônimo de radicalidade e, para os adversários, inconsequência. Quatro décadas depois, onde estão e o que pensam os jovens trotskistas que foram às ruas contra os generais?
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MANGUEIRA EM 2 TEMPOS Direção Ana Maria Magalhães. Brasil. 2021. 90 minutos. Documentário. 10 anos. Depois de quase trinta anos, Mangueira em 2 tempos revisita amigos de infância retratados no vídeo “Mangueira do amanhã”, sobre a escola de samba mirim. Suas histórias revelam as circunstâncias brutais da vida dos moradores da s favelas do Rio de Janeiro, mas também de seus surpreendentes destinos. Mestre Wesley se inspira na musicalidade local para realizar a carreira de percussionista. A narrativa de sua trajetória explora a conexão entre samba e funk, ritmos marcados pelas batidas em 2 tempos e propõe o diálogo entre o jazz e a percussão da Mangueira. Com Mestre Wesley, Buí do Tamborim, Alcione e Ivo Meirelles.
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MEU NOME É BAGDÁ Direção Caru Alves de Souza. Brasil. 2020. 96 minutos. Ficção. 16 anos. Bagdá é uma skatista de 17 anos, que vive na Freguesia do Ó, um bairro da periferia da cidade de São Paulo. Bagdá anda de skate com um grupo de meninos skatistas do bairro e passa boa parte de seu tempo com sua família e as amigas de sua mãe. Juntas elas formam um grupo de mulheres pouco convencionais. Quando Bagdá finalmente encontra um grupo de meninas skatistas, sua vida muda.
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O BARCO Direção Petrus Cariry. Brasil. 2020. 72 minutos. Ficção. 14 anos. Em uma praia perdida no tempo, Esmerina, a esposa de um velho pescador, tem 26 filhos - o nome de cada um deles corresponde a uma letra do alfabeto. Intimamente, o primogênito deseja partir e descobrir o mundo além do mar. O cotidiano dessa família é bruscamente alterado após a chegada de um misterioso barco que encalha na praia e de Ana, uma moça que sobreviveu ao naufrágio.
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PACARRETE Direção Allan Deberton. Brasil. 2020. 97 minutos. Ficção. 12 anos. Pacarrete é uma bailarina idosa, considerada louca, que vive em Russas, no Ceará, uma cidade do interior. Na véspera da festa de 200 anos da cidade, ela decide fazer uma apresentação de dança como presente para o povo. Mas parece que ninguém se importa.
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POR QUE VOCÊ NÃO CHORA? Direção Cibele Amaral. Brasil. 2020. 98 minutos. Ficção. 14 anos. Jéssica, uma menina de origem humilde sai do interior para estudar na capital, e se depara com um novo mundo durante o estágio na faculdade de psicologia, quando passa a atender Bárbara, diagnosticada com Transtorno de Personalidade Borderline. Jéssica é séria demais, enquanto Bárbara é uma bomba relógio. Jéssica nada sabe de si, Bárbara está sempre em processo de autoconhecimento. Enquanto Bárbara vai ganhando limites e confiança para recuperar sua vida, Jéssica vai descobrindo que nunca teve uma.
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SERTÂNIA Direção Geraldo Sarno. Brasil. 2020. 97 minutos. Ficção. 14 anos. Antão é ferido, preso e morto quando bando de jagunços de Jesuíno invade a cidade de Sertânia. O filme projeta a mente febril e delirante de Antão, que rememora os acontecimentos. Com Vertin Moura, Julio Adrião, Kecia Prado.
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TODOS OS MORTOS Direção Caetano Gotardo, Marco Dutra. Brasil, França. 2020. 120 minutos. Ficção. 14 anos. Na São Paulo de 1899, os fantasmas do passado ainda caminham entre os vivos. As mulheres da família Soares, antigas proprietárias de terra, tentam se agarrar ao que resta de seus privilégios. Para Iná Nascimento, que viveu muito tempo como escravizada, a luta para reunir seus entes queridos em um mundo hostil a conduz a um questionamento de suas próprias vontades. Entre o passado conturbado do Brasil e seu presente fraturado, essas mulheres tentam construir um futuro próprio.
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VALENTINA Direção Cássio Pereira dos Santos. Brasil. 2020. 112 minutos. Ficção. 14 anos. Valentina, uma menina trans de 17 anos de idade, muda-se para uma pequena cidade mineira com sua mãe, Márcia, para um recomeço. Com receio de ser intimidada na nova escola, a garota busca mais privacidade e tenta se matricular com seu novo nome. No entanto, a menina e a mãe começam a enfrentar dilemas quando a escola pública local começa a exigir, de forma injusta, a assinatura do pai ausente para realizar a matrícula. Apresentando a estreia no cinema da atriz e youtuber trans Thiessa Woinbackk, Valentina é um reflexo dos obstáculos que a sociedade obriga uma jovem mulher a superar, a fim de abraçar quem ela realmente é.
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VENTO SECO Direção Daniel Nolasco. Brasil. 2020. 110 minutos. Ficção. 18 anos. No mês de julho, o vento seco e a baixa umidade do ar ressecam a pele dos moradores de uma pequena cidade no interior de Goiás. Sandro divide seus dias entre o clube da cidade, o trabalho, o futebol com amigos e as festas locais. Ele tem um relacionamento com Ricardo, seu colega de trabalho. Mas a sua rotina começa a mudar com a chegada de Maicon, um rapaz que desperta o seu interesse e do qual todos sabem muito pouco. Indicado ao Teddy de Melhor Filme, no Festival de Berlim.
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ZIMBA Direção Joel Pizzini. Brasil. 2021. 78 minutos. Documentário. 12 anos. O filme aborda a trajetória artística e existencial do ator e diretor de teatro, Ziembinski, que ao denunciar o nazismo com a peça “Genebra”, de Bernard Shaw, é obrigado a fugir da Polônia. Após sua fuga, chega por acaso ao Brasil onde se encontra com Nelson Rodrigues e monta “Vestido de Noiva” (1943), que revolucionou as artes cênicas no país. Narrado em primeira pessoa, a partir de vasto material de arquivo e com participações das atrizes Nathalia Timberg, Camila Amado e Nicette Bruno, o filme recupera performances de Ziembinski no cinema, novelas e teleteatros através de um diálogo cineteatral. Apelido carinhoso recebido no país que o adotou, "Zimba" celebra a arte e o ideário do primeiro encenador “brasileiro", criador do teatro moderno e inovador da televisão latino-americana.
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Novas Percepções
Em 1922, na famosa Semana de Arte Moderna que ocupou os espaços do Theatro Municipal de São Paulo, o cinema não teve vez. Porém, alguns de nossos modernistas já acreditavam no poder dessa linguagem. No mesmo 1922, o “cinemeiro” Mário de Andrade – como ele se intitulava – escrevia críticas esporádicas sobre filmes em cartaz. Ao mesmo tempo em que admirava o cinema de outros cantos do mundo, cobrava uma identidade da produção local. Em um texto sobre o filme “Do Rio a São Paulo para Casar”, de José Medina, fez críticas às imitações presentes na trama: “É preciso compreender os norte-americanos e não macaqueá-los. Aproveitar deles o que têm de bom sob o ponto de vista técnico e não sob o ponto de vista dos costumes”. O questionamento dos padrões culturais importados e a busca por uma identidade autêntica, impulsionaram os modernistas - e a criação da própria Semana. Eles também se debruçaram, propondo uma reflexão crítica, sobre o projeto de país que estava sendo construído. A crítica ao pensamento estético vigente e o espírito disruptivo modernista, ainda ecoam 100 anos depois e estão presentes nos títulos da mostra Novas Percepções, programação que complementa a 22ª Retrospectiva do Cinema Brasileiro, e é uma das muitas iniciativas do projeto Diversos 22, promovido pelo Sesc São Paulo em homenagem à efeméride.
Títulos como “Cavalo”, de Rafhael Barbosa e Werner Salles Bagetti, que circula entre imagens ficcionais e documentais para falar sobre memória e ancestralidade; “Um Animal Amarelo”, de Felipe Bragança, que propõe uma reflexão sobre identidades brasileiras possíveis no começo de século 21; “A Última Floresta”, de Luiz Bolognesi e o xamã Davi Kopenawa Yanomami, que traz o esforço dos povos indígenas em manter vivos os espíritos da floresta e suas tradições; “Carro Rei”, de Renata Carvalho, que constrói uma fantasia distópica para retratar a chegada da extrema-direita ao poder; “Rolê: Histórias dos Rolezinhos”, que documenta os corpos periféricos no centro da narrativa ao acompanhar três personagens dos rolezinhos; “Até o Fim”, de Ary Rosa, Glenda Nicácio, discute, através da relação entre três irmãs, questões como emancipação feminina, transsexualidade e a homossexualidade, entre outros. Essa seleção de filmes lança luz sobre novas estéticas, diferentes corpos que ocupam os espaços, em frente e atrás das câmeras, e propostas narrativas diversas, provocando e revistando o debate iniciado em 1922 e que se mostra ainda atual e urgente.
ATÉ O FIM Direção Ary Rosa e Glenda Nicácio. Brasil. 2020. 99 minutos. Ficção. 14 anos. Geralda está trabalhando em seu quiosque à beira de uma praia no Recôncavo da Bahia, ela recebe um telefonema do hospital dizendo que seu pai pode morrer a qualquer momento. Ela avisa suas irmãs Rose, Bel e Vilmar. O encontro promovido pela espera da morte se torna um momento de desabafo e reconhecimentos das quatro irmãs que não se reúnem desde a morte da mãe, há 15 anos.
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A ÚLTIMA FLORESTA Direção Luiz Bolognesi. Brasil. 2020. 74 minutos. Documentário. Livre. Em um grupo Yanomani isolado na Amazônia, o xamã Davi Kopenawa Yanomani tenta manter vivos os espíritos da floresta e as tradições, enquanto a chegada de garimpeiros traz morte e doenças para a comunidade. Os jovens ficam encantados com os bens trazidos pelos brancos; e Ehuana, que vê seu marido desaparecer, tenta entender o que aconteceu em seus sonhos. Com Davi Kopenawa Yanomami, Ehuana Yaira Yanomami, Pedrinho Yanomami, Joselino Yanomami, Nilson Wakari Yanomami , Júnior Wakari Yanomami, Roseane Yanomami, Daucirene Yanomami, Genésio Yanomami e Justino Yanomami. Roteiro de Davi Kopenawa Yanomami e Luiz Bolognesi.
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CARRO REI Direção Renata Pinheiro. Brasil. 2021. 99 minutos. Ficção. 14 anos. Uno tem um dom fantástico: ele consegue se comunicar com carros. Quando uma nova lei proíbe a circulação de carros velhos e coloca a empresa de táxi do seu pai em perigo, Uno busca orientação com seu melhor amigo de infância, um carro. Junto com seu tio, um mecânico inventivo, eles armam um plano para burlar a lei, transformando carros velhos em “novos”. O carro renasce e seu nome é Carro Rei - um carro que pode falar, pode ouvir, pode até se apaixonar; um carro que tem planos para todos.
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CAVALO Direção Rafhael Barbosa, Werner Salles. Brasil. 2020. 84 minutos. Documentário. 14 anos. Após um teste de elenco, um grupo de bailarinos passa a conviver num intenso processo de preparação e criação coletiva, onde os protagonistas são provocados a construir performances inspiradas pelo arquétipo do cavalo e suas muitas simbologias. Nas religiões afro-diaspóricas, como a Umbanda e o Candomblé, Cavalo é o termo usado para denominar os praticantes que são capazes de receber entidades em seus corpos. O filme não tenta desvendar ou explicar a religiosidade, mas toma carona na experiência singular do corpo para acessar a memória, a ancestralidade e a construção de identidade de seus personagens. Performance, dança e rito se entrecortam em três eixos narrativos em um filme híbrido que circula entre a ficção, o documentário e a experimentação para falar sobre a memória da ancestralidade no corpo.
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MARIGHELLA Direção Wagner Moura. Brasil. 2021. 155 minutos. Ficção. 16 anos. Cinebiografia de Carlos Marighella, ex-deputado, poeta e guerrilheiro brasileiro que foi assassinado pela ditadura militar em 1969. Adaptação do livro Marighella - O Guerrilheiro Que Incendiou o Mundo, de Mário Magalhães. A direção é do ator Wagner Moura, que faz sua estreia na função.
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ROLÊ: A HISTÓRIA DOS ROLEZINHOS Direção Vladimir Seixas. Brasil. 2020. 82 minutos. Documentário. 16 anos. Os Rolezinhos em shoppings no Brasil mobilizaram milhares de pessoas nos últimos anos. Essa forma inusitada de manifestação escancarou as barreiras impostas pela discriminação racial e exclusão social. Acompanhe neste documentário a vida e as lembranças de três personagens negras que enfrentaram situações traumáticas de racismo e participaram das ocupações em shoppings. Descubra os sonhos, a beleza, a poesia, a arte e a política de uma geração que encontrou novas maneiras de lidar com a violência vivida promovendo um intenso debate pelo país.
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UM ANIMAL AMARELO Direção Felipe Bragança. Brasil, Portugal, Moçambique. 2020. 115 minutos. Ficção. 16 anos. Brasil, final de 2017. Fernando, um falido cineasta brasileiro, cresceu assombrado pelas memórias violentas de seu avô e assombrado pelo espírito de um homem moçambicano que lhe prometia riquezas e glória. Acossado pelo estado político e cultural de seu país, o cineasta mergulha em uma jornada de desventuras e inesperados milagres, em busca de fantasmas do passado. Com Higor Campagnaro, Isabel Zuaa, Tainá Medina, Catarina Wallenstein, Matamba Joaquim, Lucília Raimundo, Diogo Dória, Adriano Luz, Herson Capri, Thiago Lacerda, Sophie Charlotte, Márcio Vito.
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AGENDA 9/12, QUINTA 14h – Pacarrete 17h – Mangueira em 2 Tempos 20h – A Última Floresta
10/12, SEXTA 14h – Todos os Mortos 17h – Alvorada 20h – Marighella
11/12, SÁBADO 14h – Valentina 17h – Doutor Gama 20h – Carro Rei
12/12, DOMINGO 14h – Sertânia 17h – O Barco 20h – Cavalo
13/12, SEGUNDA 14h – Alcione - O Samba É Primo do Jazz 17h – A Febre 20h – Rolê: A História dos Rolezinhos
14/12, TERÇA 14h – Cidade Pássaro 17h – Meu Nome é Bagdá 20h – Até o Fim
15/12, QUARTA 14h – Acqua Movie 17h – Libelu - Abaixo a Ditadura 20h – Um Animal Amarelo
16/12, QUINTA 14h – O Barco 17h – Marighella 20h – Cine Marrocos
17/12, SEXTA 14h – Cabeça de Nêgo 17h – A Última Floresta 20h – Pacarrete
18/12, SÁBADO 14h – Chão 17h – Rolê: A História dos Rolezinhos 20h – Meu Nome é Bagdá
19/12, DOMINGO 14h – Babenco - Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer: Parou 17h – Um Animal Amarelo 20h – Sertânia
20/12, SEGUNDA 14h – Callado 17h – Carro Rei 20h – Valentina
21/12, TERÇA 14h – Vento Seco 17h – Cavalo 20h – Cabeça de Nêgo
22/12, QUARTA 14h – Zimba 17h – Até o Fim 20h – Acqua Movie
23/12, QUINTA 14h – Chorão - Marginal Alado 17h – Alcione - O Samba É Primo do Jazz 20h – Alvorada
27/12, SEGUNDA 14h – A Febre 17h – Babenco - Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer: Parou 20h – Todos os Mortos
28/12, TERÇA 14h – Mangueira em 2 Tempos 17h – Chorão - Marginal Alado 20h – Zimba
29/12, QUARTA 14h – Por que Você não Chora? 17h – Cidade Pássaro 20h – Chão
30/12, QUINTA 14h – Libelu - Abaixo a Ditadura 17h – Doutor Gama 20h – Vento Seco
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