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8 – 27 OUT 2019

12 unidades 9 cidades 26 atrações 12 nacionalidades 81 apresentações 17 atividades educativas




JAZZ DE TODOS OS CANTOS


Falar de jazz é falar de diversidade e experimentalismo. A segunda edição do Sesc Jazz, de 8 a 27 de outubro, reúne artistas de quatro continentes para mostrar a produção atual do jazz em apresentações e atividades educativas. O Sesc Jazz 2019 terá 26 atrações de 12 países (Brasil, Cuba, Espanha, Estados Unidos, França, Hungria, Inglaterra, Israel, Nigéria, Noruega, Suíça e Tunísia) em nove unidades do Sesc no estado de São Paulo – na capital (Sesc Pompeia), Grande São Paulo (Guarulhos), litoral (Santos) e interior (Araraquara, Bauru, Jundiaí, Piracicaba, Ribeirão Preto e Sorocaba). Além dos shows, ocorrerão 17 atividades com caráter educativo e de difusão da linguagem. Serão encontros, workshops e palestras nas mesmas unidades e também Consolação, Vila Mariana e Centro de Pesquisa e Formação. Será uma oportunidade de apreciar tanto a obra de artistas de relevância histórica quanto dos expoentes da vanguarda. Acompanhe a programação e bom festival!


SUMÁRIO

8

shows

62

75

atividades educativas

venda de ingressos

76

legenda de valores


77

sobre o sesc

78

79

sesc jazz na rede

termos do jazz

locais

90

92

grade de programação


SHOWS


10

22

38

50

[ESTADOS UNIDOS E CUBA]

[NORUEGA]

[SUÍÇA]

[ESTADOS UNIDOS]

Arturo Sandoval

12

Avishai Cohen Big Vicious

Gard Nilssen’s Acoustic Unity

24

Gary Bartz

[ESTADOS UNIDOS]

[ISRAEL]

26 14

Dhafer Youssef [TUNÍSIA]

16

Duo + 2

[BRASIL – SP, RJ, AL]

18

Edu Ribeiro Quinteto [BRASIL – SC]

20

Em Família: Egberto e Alexandre Gismonti [BRASIL – RJ]

John Zorn & New Masada Quartet

[ESTADOS UNIDOS]

28

Jonathan Ferr

Marc Perrenoud Trio

40

María Toro & Chano Domínguez Quarteto [ESPANHA]

Sun Ra Arkestra

52

Terri Lyne Carrington and the Social Science Community

[ESTADOS UNIDOS]

42

Maurício Einhorn

54

44

[ESTADOS UNIDOS]

[BRASIL – RJ]

The Art Ensemble of Chicago

Nelson Ayres Big Band

56

Kamaal Williams

46

[VÁRIOS PAÍSES]

32

[NIGÉRIA]

[BRASIL – RJ]

30

[INGLATERRA]

Kristóf Bacsó Trio

[BRASIL – SP]

Orlando Julius & The Heliocentrics

Women’s Improvising Group

58

Yazmin Lacey [INGLATERRA]

[HUNGRIA]

34

Lonnie Holley

[ESTADOS UNIDOS]

36

Luísa Mitre Quinteto [BRASIL – MG]

48

Ozma Quintet [FRANÇA]

60

Yissy García & Bandancha [CUBA]


ESTADOS UNIDOS E CUBA

Arturo Sandoval

O trompetista cubano é um dos responsáveis por adicionar influências latinas ao jazz norte-americano. Isso se deu em parte pela amizade e mentoria do jazzista norte-americano Dizzy Gillespie (1917-1993), para quem prestou homenagem no álbum Dear Diz: Everyday I Think of You, lançado em 2012. Sandoval foi um dos fundadores do grupo Irakere, ao lado de Chucho Valdés, em 1973. A mistura de jazz, rock e das músicas clássica e tradicional cubana impactou o mundo do entretenimento e conquistou público e crítica, que rendeu ao grupo um Grammy na categoria melhor álbum latino em 1980. Oito anos depois, ele deixou o Irakere para formar sua própria banda. O artista, que começou a carreira aos 12 anos tocando trompete clássico, ganhou dez vezes o prêmio Grammy em diversas categorias e seis vezes o Billboard Arturo Sandoval trompete Music Awards. O set list dos shows John Belzaguy baixo Tiki de Arturo sempre muda de acordo com o Pasillas percussão Michael público e o país por onde se apresenta. No Tucker sax Johnny Friday Sesc Jazz, a expectativa é de que Arturo bateria Maxwell Haymer piano passeie do jazz afro-cubano até o bebop, com seu trompete e também ao piano.

Trumpet player Arturo Sandoval, who has won ten Grammy Awards, performs his jazz with Cuban swing.

10

16/10 qua 20h30 Sesc Bauru (Ginásio). 16 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 17/10 qui 20h Sesc Araraquara (Ginásio). 12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+] 19/10 sáb 21h30 Sesc Pompeia (Comedoria). 18 anos. R$ 60 | ■ 30 | ● 18 20/10 dom 18h30 Sesc Pompeia (Comedoria). 18 anos. R$ 60 | ■ 30 | ● 18



ISRAEL

Avishai Cohen Big Vicious Avishai Cohen tinha oito anos quando começou a estudar trompete. Aos dez, Avishai Cohen trompete Aviv Cohen bateria Uzi já tocava numa big band e saía em turnê com Ramirez guitarra Yonatan a Orquestra Filarmônica Jovem de Israel, sob Albalak baixo a batuta de maestros como Zubin Mehta. Mais tarde, foi estudar no Berklee College of Music, em Boston, e em Nova York mergulhou na cena jazzística dos clubes da cidade. Começava uma trajetória que já resultou em nove álbuns, sem falar em parcerias ecléticas, como com seu compatriota Omer Avital (baixista) e a banda de rock norte-americana Red Hot Chili Peppers. Ao primeiro álbum, de 2003, Cohen deu o nome The Trumpet Player [O Trompetista]. Os dois últimos trabalhos saíram pelo selo ECM: Into the Silence (2016), álbum do ano pela TSF Jazz e Academie Du Jazz, e Cross my Palm with Silver (2017). Houve turnês mundiais de lançamento e críticas elogiosas nos grandes jornais, algumas estabelecendo paralelo com Miles Davis. A formação para o Sesc Jazz é o Big Vicious, quarteto que compõe um jazz elétrico baseado em riffs de rock e nas melodias de trompete de Cohen. After being critically acclaimed for the albums Into the Silence and Cross My Palm with Silver, trumpet player Avishai Cohen brings to Brazil a project that mixes jazz and rock.

12

17/10 qui 21h30 Sesc Pompeia (Comedoria). 18 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 18/10 sex 20h30 Sesc Ribeirão Preto (Galpão). 16 anos. R$ 40 | ■ 20 | ● 12 19/10 sáb 20h Sesc Araraquara (Ginásio). 12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+] 20/10 dom 20h30 Sesc Bauru (Ginásio). 16 anos. R$ 40 | ■ 20 | ● 12



TUNÍSIA

Dhafer Youssef Nascido em uma pequena cidade no litoral da Tunísia, onde o Mar Mediterrâneo toca o Norte da África, Dhafer Youssef foi introduzido ainda criança, pelo avô, à tradição dos muezins – responsáveis nas mesquitas por recitar os chamados à oração. Essa foi sua iniciação no uso da voz como instrumento, e também na música. A partir daí, o jovem Youssef foi dando saltos cada vez maiores na exploração de seu talento vocal e de suas possibilidades musicais. Mudou-se para a capital, Túnis, para estudar em um conservatório, e depois para Viena, na Áustria, onde criou elos com diferentes culturas sonoras, entre elas a indiana. Essa trajetória evoluiria para uma carreira internacional, com Dhafer Youssef voz e oud nove álbuns de estúdios gravados e cenalaúde árabe Isfar Sarabski tenas de apresentações, tocando junto a piano e eletrônica Raffaele grandes nomes do jazz. Especialista e Casarano saxofone Adriano referência no uso do oud (também conhedos Santos percussão cido como alaúde árabe), Youssef apresenta no Sesc Jazz seu mais recente trabalho de estúdio, Sounds of Mirrors (2018).

Master in oud, the Arabic lute, Dhafer Youssef connects jazz with Indian music in minimal and emotional tracks.

14

18/10 sex 21h Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 60 / ● 30 / ■ 18 19/10 sáb 20h30 Sesc Bauru (Ginásio). 16 anos. R$ 50 / ● 25 / ■ 15 20/10 dom 19h Riberão Preto (Teatro Municipal). 12 anos. R$ 50 / ● 25 / ■ 15



BRASIL SP, RJ, AL

Duo + 2 O Duofel, formado pelos violonistas Fernando Melo e Luiz Bueno, se uniu aos sopros de Carlos Malta e à percussão de Robertinho Silva para juntos apostarem em releituras originais de composições históricas da música brasileira. O quarteto formado em 2016 apresenta sonoridades inéditas para clássicos como Canto de Yemanjá, de Baden Powell e Vinicius de Moraes, e Maracangalha, de Dorival Caymmi. A larga experiência dos músicos, que têm mais de 40 anos de estrada cada um, propicia um misto de liberdade criativa com refinamento musical. Em agosto de 2018, o Duo + 2 gravou seu disco homônimo pelo Selo Sesc e, desde então, vem viajando por todo o país para Fernando Melo violão de 12 cordas mostrar o resultado de seu trabalho, que Luiz Bueno violão clássico, efeito tem como base o jazz e o improviso. OC3, frouxolão, zig zum Carlos O álbum, que será tocado na íntegra nos Malta sax tenor, sax soprano, flauta shows do Sesc Jazz, inclui também verbaixo, piccolo, pífano Robertinho sões instrumentais de Upa Neguinho, de Silva percussão Edu Lobo, Água de Beber, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, e Cais, de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos.

Duofel joins Carlos Malta and Robertinho Silva for a concert of Brazilian classics, such as Cais and Upa Neguinho, based on jazz and improvisation.

16

24/10 qui 20h Sesc Piracicaba (Ginásio). 16 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+] 25/10 sex 21h30 | Sesc Pompeia (Comedoria). 18 anos. R$ 40 | ■ 20 | ● 12



BRASIL SC

Edu Ribeiro Quinteto Edu Ribeiro é autodidata e aprendeu a tocar bateria aos oito anos. Cursou música popular na Unicamp e fundou nesse período o Trio Água, ao lado do violonista Chico Saraiva e do baixista José Nigro. Já acompanhou diversos artistas brasileiros, como Dominguinhos, João Bosco e Zélia Duncan, e estrangeiros, como Brad Mehldau e Stacey Kent. Em 2002, formou com o pianista Fabio Torres e o baixista Paulo Paulelli Edu Ribeiro bateria Daniel D’Alcantara trompete o Trio Corrente, que toca clássicos do Guilherme Ribeiro acordeão choro e da MPB, além de composições Bruno Migotto contrabaixo próprias. Com o grupo, Edu foi premiaFernando Correa guitarra do duas vezes com o Grammy pelo álbum Song for Maura (2012), gravado com o saxofonista cubano Paquito D’Rivera. O trabalho é uma homenagem à mãe de Paquito. No Sesc Jazz, o baterista mostra as músicas de seu segundo álbum solo, Na Calada do Dia, lançado em 2017, como Maracatim, um maracatu cantável, nas palavras dele, cuja composição teve início como um canto e só depois foi combinada com os instrumentos.

Drummer Edu Ribeiro, who has won two Grammy Awards with Trio Corrente, performs songs from his second solo album, Na Calada do Dia.

16/10 qua 21h Sesc Pompeia (Teatro).

18

12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+] 18/10 sex 20h Sesc Araraquara (Ginásio). 12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+] 26/10 sáb 20h Sesc Santos (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+]



BRASIL RJ

Em Família: Egberto e Alexandre Gismonti Egberto Gismonti começou a tocar piano aos cinco anos. Durante a infância e adolescência, estudou no Conservatório Brasileiro de Música, no Rio de Janeiro. Aos 21 anos, lançou o primeiro disco, Egberto Gismonti (1969). Desde então, mergulhou em experiências com música eletrônica, jazz e em sonoridades dos povos nativos brasileiros. Foram décadas de pesquisa no violão e no piano, que originou 60 álbuns de estúdio, dezenas de trilhas para cinema e peças para orquestras. Tornou-se um dos grandes compositores e multi-instrumentistas do país. No Sesc Jazz, o músico de 71 anos se apresenta ao lado do filho Alexandre, de 38. Formado em música pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Alexandre é violonista, arranjador, comEgberto Gismonti piano e violão positor e autor dos álbuns Saudações Alexandre Gismonti violão (2009, em parceria com o pai) e Baião de Domingo (2010). A apresentação familiar terá duos de violão e piano, duos de violões e solos de cada um dos artistas.

Egberto Gismonti takes the stage with his son Alexandre Gismonti to perform decades of musical experiments with guitar and piano.

20

11/10 sex 20h Sesc Guarulhos (Teatro). 12 anos. R$ 40 | ■ 20 | ● 12 12/10 sáb 21h Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 13/10 dom 18h Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15



NORUEGA

Gard Nilssen’s Acoustic Unity Acoustic Unity é o projeto mais recente do baterista e compositor norueguês Gard Nilssen, que tem 36 anos e já gravou 18 álbuns. Nilssen se apresentou ao lado de diversos artistas e bandas, tais como os trios noruegueses Bushman’s Revenge (jazz com rock progressivo) e Puma (jazz experimental). Com o Acoustic Unity, criado em 2014, ele já gravou Firehouse (2015), Live in Europe (2017) e To Whom Who Buys a Record (2019). Este último trabalho, caracterizado por jazz experimental com traços de rock progressivo, será a base do repertório no Sesc Jazz. O disco, segundo o bateGard Nilssen bateria Petter Eldh baixo Andrè rista, foi gravado ao vivo em um quarto em Roligheten saxofone Oslo, capital da Noruega, sem amplificação alguma. “Tenho muito orgulho do resultado”, Nilssen, que já fez quatro shows no Brasil em 2018, promete diz ele. que o retorno será “com muita energia”. Um dos músicos que o acompanham é o norueguês Andrè Roligheten, que não se contenta com um instrumento só. Ele tem o hábito de tocar dois saxofones ao mesmo tempo, ou clarinete e sax simultaneamente.

Drummer and composer Gard Nilssen brings to Brazil the experimental sound of his latest album with the Acoustic Unity trio, To Whom Who Buys a Record.

16/10 qua 21h Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+] 17/10 qui 20h Sesc Araraquara (Ginásio).

22

12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+]



ESTADOS UNIDOS

Gary Bartz O saxofonista Gary Bartz tem um pé no jazz e outro nas estrelas. Em seu segundo álbum de estúdio, Another Earth (1969), o norte-americano já declarava o seu interesse pelos fenômenos celestes – e pela atividade extraterrestre – em faixas como UFO e Lost in the Stars, peças de uma sonoridade espacial, solene. Bartz afirma ter tido duas experiências de observação de objetos voadores não identificados. Formado no Conservatório de Música de Juilliard, em Nova York, e membro da Jazz Workshop do consagrado compositor Charles Mingus, entre 1962 e 1964, Bartz tem mais de 60 anos de carreira e já tocou ao lado de grandes nomes do jazz como a cantora Abbey Lincoln e o baterista Max Roach. Em 1970, foi contratado por Miles Davis. Bartz Gary Bartz saxofone alto coleciona peças-chave na história do jazz, e barítono James King entre elas os álbuns que ele gravou com contrabaixo Francisco a banda Ntu Troop, como o disco duplo Mella bateria Berney Harlem Bush Music (1970-1971), em que o McCall piano saxofonista voltou a registrar seu interesse por assuntos cósmicos, em faixas como Celestial Blues e The Planets. Gary Bartz performs the results of an over 60-year saxophone career, which includes research about space and extraterrestrial topics. 16/10 qua 20h30 Ribeirão Preto (Teatro Municipal). 12 anos R$ 50 | ■ 25 | ● 15 18/10 sex 20h Sesc Araraquara (Ginásio). 12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+] 19/10 sáb 21h Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 60 | ■ 30 | ● 18 20/10 dom 18h Sesc Pompeia (Teatro).

24

12 anos. R$ 60 | ■ 30 | ● 18



ESTADOS UNIDOS

John Zorn & New Masada Quartet

John Zorn nasceu em Nova York numa família judaica, ancestralidade que inJohn Zorn saxofone Julian Lage guitarra fluencia até hoje seu trabalho. Na infância, já Jorge Roeder contrabaixo tocava piano, violão e flauta. Na adolescência, Kenny Wollesen bateria tocou baixo numa banda de rock. Dali em diante, dedicou-se ao jazz e ao saxofone, instrumento que começou a estudar aos 16 anos e toca até hoje, aos 66. O músico trabalhou em centenas de álbuns e construiu um portfólio eclético. Uma de suas bandas, Painkiller (1991–2005), tocava jazzcore e era composta pelo baixista Bill Laswell e pelo baterista Mick Harris, oriundo do grupo de death metal Napalm Death. Um dos discos contou com a participação de Mike Patton, do Faith No More, nos vocais. Já no projeto Masada (1994–2005), cujo nome faz referência a um sítio histórico de Israel, Zorn aplicava arranjos contemporâneos às suas raízes judaicas. O New Masada Quartet, que se apresenta no Sesc Jazz, é uma nova formação para o Masada. Tem influência do free jazz e do klezmer, gênero comumente tocado nas celebrações judaicas. Saxophonist John Zorn performs a new lineup of Masada project, with a repertoire influenced by free jazz and the Jewish genre of klezmer music. 22/10 ter 21h Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 60 | ■ 30 | ● 18 23/10 qua 21h Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 60 | ■ 30 | ● 18 24/10 qui 21h Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 60 | ■ 30 | ● 18 25/10 sex 20h Sesc Santos (Teatro).

26

12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15



BRASIL RJ

Jonathan Ferr Alinhado ao jazz moderno, o pianista carioca Jonathan Ferr explora as fronteiras do gênero com o broken beat e outros estilos eletrônicos, e faz a ligação da música com política e espiritualidade, seguindo a trilha de músicos norte-americanos como Alice Coltrane, John Coltrane e Sun Ra. Ferr é um representante brasileiro do afrofuturismo, movimento que mescla tradições africanas com ficção científica e fantasia para rever o passado negro e criar novas narrativas. Sun Ra foi pioneiro dessa vertente, atualmente explorada por artistas contemporâneos, como os também norte-americanos Flying Lotus e Thundercat. O músico carioca chama de urban jazz o resultado dessas experimentaJonathan Ferr voz, piano ções, que podem incluir, por exemplo, o vocoder, Facundo Estefanell baixo instrumento que faz com que os timbres da voz Caio Oica bateria Alex soem robóticos. O uso desse recurso pode ser Sá saxofone conferido na faixa Luv is the Way, parceria com Donatinho, que aparece no seu primeiro álbum de estúdio, Trilogia do Amor, lançado em 2019.

Brazilian representative of Afrofuturism, pianist Jonathan Ferr crosses jazz boundaries with electronic influences and robotic vocal timbres.

10/10 qui 21h Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+] 25/10 sex 20h Sesc Sorocaba (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+] 26/10 sáb 20h Sesc Piracicaba (Ginásio).

28

16 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+]



INGLATERRA

Kamaal Williams Fundador da Yussef Kamaal, dupla celebrada pelo álbum de estreia Black Focus (2016), o pianista Kamaal Williams – Kamaal Williams teclado Quinn Mason saxofone nome adotado após sua conversão para o Rick Leon James islamismo em 2011 – é uma das principais contrabaixo Jonathan referências da cena contemporânea do jazz Tuitt bateria no Reino Unido. Seguindo carreira solo, em 2017, Williams cita como referências as bandas de acid jazz inglesas Incognito e Brand New Heavies. O pianista afirma encontrar mais proximidade com essas bandas do que com os grandes nomes do jazz norte-americano. Próximo da cena eletrônica inglesa (ele também lança faixas de house music sob o pseudônimo Henry Wu), Kamaal incorpora muitos desses elementos ao próprio trabalho. Um exemplo são os teclados sintetizadores ouvidos nas faixas do álbum The Return (2018), que dá o tom dos shows no Sesc Jazz.

Kamaal Williams, a highlight of the acid jazz scene in the UK, performs tracks from his first solo album, The Return.

11/10 sex 20h Sesc Jundiaí (Ginásio). 18 anos. R$ 40 | ■ 20 | ● 12 12/10 sáb 21h30 Sesc Pompeia (Comedoria). 18 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 13/10 dom 18h30 Sesc Pompeia (Comedoria).

30

18 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15



HUNGRIA

Kristóf Bacsó Trio Saxofonista e compositor, Kristóf Bacsó é um nome conceituado do jazz húngaro. Estudou na Academia de Música Ferenc Liszt, de Budapeste, no Conservatório de Paris e no Berklee College of Music, em Boston. Tem 25 anos de carreira e produziu vários álbuns para trios, quartetos e big bands, assinando composições e arranjos. Já lançou quatro trabalhos próprios, sendo o último com a formação Kristóf Bacsó Trio: Pannon Blue (2016), que teve participação do guitarrista Lionel Loueke, de Benim. Os shows no Sesc Jazz terão músicas deste trabalho e outras composições recentes. O músico, que vem ao Brasil pela primeira vez, define seu estilo como uma combinação entre jazz contemporâneo e sonoridades da Europa Kristóf Bacsó saxofone, efeitos e composição Central, como a música folclórica húngara. Suas Áron Tálas teclado principais referências nos Estados Unidos são Márton Juhász bateria John Coltrane, Miles Davis e Wayne Shorter. E na Hungria, os eruditos Béla Bartók, György Ligeti e Zoltán Kodály.

Saxophonist Kristóf Bacsó, who tempers his jazz improvisation with rhythms of Hungarian folk music, performs for the first time in Brazil.

10/10 qui 21h Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+]

32



ESTADOS UNIDOS

Lonnie Holley Lonnie Holley nasceu no Alabama, Estados Unidos, em 1950, e teve Lonnie Holley teclado e voz Dave Nelson uma infância problemática. Trabalhou desde trombone, sintetizador muito cedo, inclusive catando lixo num cinee estação de loopings ma. Mas soube canalizar essas experiências Marlon Patton bateria difíceis em uma intensa veia criativa, tornane sintetizador de baixo do-se um multiartista conceituado. Na música, Holley é cantor e tecladista. Mas também é escultor, desenhista, fotógrafo e por aí vai. O resultado dessa conjunção de habilidades pode ser visto em álbuns como Just Before Music (2012), em que declama sua poesia de cunho político, espiritual e humanístico sobre bases instrumentais experimentais. Em The End of Film Era, por exemplo, seus vocais se desenrolam por cima do barulho contínuo de um rolo de filme rodando em um projetor. As performances de Holley se baseiam no improviso. Suas declamações poéticas se transformam e se adaptam a cada concerto. O álbum mais recente, MITH (2018), foi aclamado pela crítica, com resenhas elogiosas tanto em veículos mainstream, como a revista New Yorker, quanto em sites alternativos, como o Pitchfork. Experimentation and improvisation are the hallmarks of Loonie Holley, who often recites poems on unusual instrumental bases. 24/10 qui 20h Sesc Piracicaba (Ginásio). 16 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+] 25/10 sex 20h Sesc Sorocaba (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+] 26/10 sáb 21h30 Sesc Pompeia (Comedoria). 18 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 27/10 dom 18h30 Sesc Pompeia (Comedoria).

34

18 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15



BRASIL MG

Luísa Mitre Quinteto O fascínio da pianista e compositora mineira Luísa Mitre tanto pela música erudita quanto pela popular vem da época em que ela estudava na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), quando dedicou seu mestrado à pesquisa sobre a contribuição do piano ao choro. “Gosto tanto de música erudita quanto de popular e acho que o muro entre as duas está cada dia mais baixo, o que é bom, porque enriquece a experiência musical de todos”, diz a artista, que credita aos pianistas Egberto Gismonti, César Camargo Mariano e Cristóvão Bastos suas principais influências. O resultado dessa conjunção de estilos poderá ser visto e ouvido no Sesc Jazz. O repertório do show é o disco Oferenda, seu primeiro trabalho autoral, lançado em 2018. Todas as canções foram compostas por mulheres: Luísa valoriza as composiLuísa Mitre piano, arranjos toras para aumentar sua representatividae composições Natália Mitre de na música instrumental. Oferenda vibrafone Marcela Nunes recebeu o Prêmio Marco Antônio Araújo flauta e composição Camila 2019 de melhor disco instrumental autoral Rocha baixo Paulo Fróis de Minas Gerais. Em 15 anos de premiação, bateria Léa Freire flauta – foi a primeira vitória de uma artista mulher. participação no Sesc Pompeia

The pianist Luísa Mitre takes to the stage the repertoire of Oferenda, her award-winning authorial work, whose all the songs were composed by women. 22/10 ter 21h30 Sesc Pompeia (Comedoria). 18 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+] 24/10 qui 20h Sesc Santos (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+] 25/10 sex 20h Sesc Piracicaba (Ginásio).

36

16 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+]



SUÍÇA

Marc Perrenoud Trio Há 12 anos, o pianista suíço nascido na Alemanha Marc Perrenoud conduz esta formação, da qual fazem parte o baixista Marc Perrenoud piano Marco Müller contrabaixo alemão Marco Müller e o baterista suíço Cyril Cyril Regamey bateria Regamey. Juntos, já realizaram mais de 300 shows em alguns dos principais festivais e clubes de jazz ao redor do mundo. As influências do trio vão desde o trompetista norte-americano Chet Baker e o pianista canadense Oscar Peterson, passam pelo pianista e compositor russo Igor Stravinsky e o francês Maurice Ravel, e chegam até a banda inglesa de trip-hop Massive Attack. Em seus shows, gostam de dar liberdade e desafiar uns aos outros. O resultado disso é uma música instrumental que ganha tônus ao longo dos acordes. “Para nós, cada show é uma ocasião única. Já tocamos muito e ainda nos sentimos como crianças quando chega o momento de subir ao palco. É importante manter esse espírito de criança!”, diz Marc Perrenoud. Atualmente eles preparam o lançamento de seu quinto álbum e vão apresentar em primeira mão algumas das novas composições no Sesc Jazz.

Swiss pianist Marc Perrenoud’s trio performs firsthand compositions from their unreleased fifth studio album, still untitled.

22/10 ter 21h30 Sesc Pompeia (Comedoria). 18 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+] 23/10 qua 20h Sesc Santos (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+] 24/10 qui 20h Sesc Sorocaba (Teatro).

38

12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+]



ESPANHA

María Toro & Chano Domínguez Quarteto

A flautista María Toro e o pianista Chano Domínguez nasceram na Espanha e tocam jazz flamenco. Estão na estrada há décadas, mas só foram se conhecer pessoalmente em 2017, quando decidiram se apresentar juntos. María é da Galícia, toca flauta desde os oito anos e tem 20 anos de carreira. Tem as músicas galega e portuguesa como seus pilares. Mais tarde, interessou-se pelo jazz e pelo flamenco e se mudou para Madri. Lá entrou em contato com músicos experientes, como o guitarrista norte-americano Peter Bernstein. Morou também no Rio de Janeiro por quatro anos e ali lançou seu segundo álbum, Araras (2018). Chano é da Andaluzia, tem mais de 40 anos de carreira e combina as matizes do flamenco e as músicas de origem cigana e moura com os improvisos do jazz e do blues afro-americanos. Tem mais de 20 álbuns lançados e já colaborou com diverMaría Toro flauta Chano Domínguez piano Pablo sos artistas, como o guitarrista espanhol Paco Arruda contrabaixo de Lucía e o trompetista e compositor norteAjurinã Zwarg bateria -americano Wynton Marsalis. O Sesc Jazz é a primeira oportunidade de ver essa parceria inédita. In an unprecedented partnership, flutist María Toro and pianist Chano Domínguez show the flamenco jazz that joins them, with Galician and Moorish influences. 11/10 sex 21h Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 12/10 sáb 19h Sesc Jundiaí (Teatro). 18 anos. R$ 40 | ■ 20 | ● 12 13/10 dom 18h Sesc Guarulhos (Teatro).

40

12 anos. R$ 40 | ■ 20 | ● 12



BRASIL RJ

Maurício Einhorn Maurício Einhorn é um dos gaitistas mais importantes do Brasil. Já tocou com Maurício Einhorn gaita Natan Gomes piano Toots Thielemans, um dos melhores do mundo Luís Alves baixo João na gaita, e artistas como Sarah Vaughan e Nina Cortez bateria Simone. Integrou a cena musical que criou a bossa nova e compôs clássicos como Batida Diferente (com Durval Ferreira) e Alvorada (com Arnaldo Costa e Lula Freire), que fazem parte do primeiro de seus 12 álbuns solo, ME (1979), considerado item de colecionador. Aos 87 anos, ele não perde o pique. “Ainda tenho muito trabalho pela frente. A música não para nunca.” Maurício conta que já compôs “quase mil músicas” e apenas algumas dezenas foram gravadas. Por isso, está garimpando seu acervo em busca de novidades. “Revirei o baú e achei músicas que a meu ver não podem ficar mais nas gavetas.” Uma dessas inéditas estará no Sesc Jazz, Conexão Leme-Copacabana (parceria com Alberto Chimelli). As demais músicas do repertório, como Já Era (com Eumir Deodato) e Estamos Aí (com Durval Ferreira e Regina Werneck), estão em seu último álbum, Ao Vivo no Teatro Vanucci (2012). At the age of 87, Maurício Einhorn, who has played his harmonica with Sarah Vaughan and Nina Simone, performs unreleased music and says he has a lot of work ahead of him. 17/10 qui 21h Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 40 | ■ 20 | ● 12 18/10 sex 20h30 Sesc Bauru (Ginásio). 16 anos. R$ 40 | ■ 20 | ● 12 24/10 qui 20h Sesc Sorocaba (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+] 26/10 sáb 20h Sesc Santos (Teatro).

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12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+]



BRASIL SP

Nelson Ayres Big Band Nelson Ayres é um dos artistas mais conceituados da música instrumental brasileira. Aos 72 anos, o pianista, compositor e maestro contabiliza uma série de parcerias com artistas estrangeiros e nacionais – de Dizzy Gillespie a Vinicius de Moraes –, além de reger por uma década a Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo e também diversas outras prestigiosas, como a Orquestra Filarmônica de Israel. A big band que leva o seu nome existe desde 1973 e virou referência para as que vieram depois, como a Banda Mantiqueira e a Soundscape. É formada por 14 músicos. Entre eles, há dois que costumavam assistir aos shows da formação original desde a plateia (Ubaldo Versolato e Nahor Gomes) e outros dois Nelson Ayres piano Cássio Ferreira, Mauro Oliveira, Lucas que nem sequer tinham nascido quando Macedo, César Roversi, Ubaldo a big band foi criada (Cássio Ferreira e Versolato saxofone Nahor Gomes, Rubinho Antunes). A mistura de múJoão Lenhari, Bruno Belasco, sica brasileira com jazz virou a marca da Rubinho Antunes trompete Fábio banda, que vai tocar no Sesc Jazz alguOliva, André Tinoco, Joabe Reis, Diego Calderoni trombone mas composições que fazem parte da Alberto Luccas baixo Ricardo sua história, como Meio de Campo, de Mosca bateria Gilberto Gil, com arranjo de Ayres, e Organdi e Gomalina, do próprio maestro. Nelson Ayres Big Band shows the mix of Brazilian music with jazz, including in their repertoire compositions by Gilberto Gil, Tom Jobim, and others. 23/10 qua 20h Sesc Santos (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+] 26/10 sáb 19h Sesc Sorocaba (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+] 27/10 dom 16h Sesc Pompeia (Deck).

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Livre. Grátis.



NIGÉRIA

Orlando Julius & The Heliocentrics O cantor e saxofonista nigeriano Orlando Julius Ekemode vocal, Orlando Julius Ekemode aprendeu a saxofone, teclado Latoya Ekemode tocar bateria e flauta na escola. Aos 14 percussão Jake Benjamin anos, saiu de casa para tentar a vida Ferguson baixo Ekow Alabi Savage numa cidade maior da Nigéria, Ibadan. bateria Jack Yglesias congas Em lojas de discos, ouvia clássicos como Adrian Maurice Owusu guitarra Charlie Parker e John Coltrane, que Julien Guillauem André Matrot trompete Jason Christopher Yarde influenciaram sua formação como sasaxofone barítono xofonista. Ao misturar o jazz norte-americano com ritmos tradicionais africanos, ele deu forma a um novo estilo que mais tarde seria reconhecido como a base do afropop e se tornou referência no seu país e no mundo. Seu primeiro álbum de estúdio, Super Afro Soul, foi lançado em 1966, e faixas como Ijo Soul e Alo Mi Alo seguem até hoje no repertório de seus shows. Em 2014, Julius lançou Jaiyede Afro, álbum em parceria com o coletivo musical inglês The Heliocentrics, que faz uma releitura de composições antigas com toques progressivos e psicodélicos. O coletivo que se apresenta com Julius no Sesc Jazz mistura jazz, soul e funk. Já tocou com músicos renomados como o etíope Mulatu Astatke e o norte-americano DJ Shadow. Orlando Julius, author of Super Afro Soul and considered the founder of Afropop, plays a mix of jazz and African rhythms with The Heliocentrics collective. 17/10 qui 20h30 Sesc Ribeirão Preto (Galpão). 16 anos. R$ 40 | ■ 20 | ● 12 19/10 sáb 20h Sesc Araraquara (Ginásio). 12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+] 20/10 dom 16h Sesc Pompeia (Deck).

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Livre. Grátis.



FRANÇA

Ozma Quintet O Ozma Quintet nasceu em 2001, de um encontro de instrumentistas no departamento de jazz do Conservatório de Estrasburgo, na França. Mas nem por isso sua sonoridade se prende a formalidades acadêmicas. O jazz do grupo é temperado por rock e pelo electro, subgênero da música eletrônica. Seus shows são cheios de experimentações, solos e situações inusitadas. Quando lançou Peacemaker, em 2011, o jornal francês Libération disse que o quinteto faz lembrar a “excentricidade radiante do falecido [contrabaixista e compositor norte-americano] Charles Mingus”. A banda tem seis álbuns de estúdio e planeja lançar o sétimo, Hyperlapse, em novembro de 2019. A escolha do nome do grupo foi inspirada no Projeto Ozma, da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, que nos anos 1960 buscava por sinais de vida alienígena no espaStéphane Scharlé bateria, composições Édouard Séro-Guillaume ço profundo, analisando ondas de baixo Julien Soro saxofone, teclado rádio interestelares. O projeto, Guillaume Nuss trombone, efeitos por sua vez, leva o nome da Tam de Villiers guitarra Princesa Ozma, personagem criado pelo escritor norte-americano L. Frank Baum para a sequência do livro O Mágico de Oz (1900). Ozma Quintet’s French artists, who prepare to release the album Hyperlapse, perform experimental jazz with references to rock and electronic music. 9/10 qua 20h Sesc Jundiaí (Teatro). 18 anos. R$ 40 | ■ 20 | ● 12 10/10 qui 20h Sesc Guarulhos (Teatro). 12 anos. R$ 40 | ■ 20 | ● 12 13/10 dom 16h Sesc Pompeia (Deck).

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Livre. Grátis.



ESTADOS UNIDOS

Sun Ra Arkestra Uma das figuras mais misteriosas e emblemáticas da música no século passado, o tecladista, poeta e filósofo norte-americano Sun Ra (1914-1993), que leva no nome artístico uma referência ao deus egípcio do Sol, Ra, criou um universo em torno de si. Os músicos da Sun Ra Arkestra seguem com a chama de sua ideologia e sonoridade, fundadoras do afrofuturismo – conceito que mistura cultura africana com ficção científica, e que hoje influencia artistas como Flying Lotus e Erykah Badu. A banda, que mudou de nome muitas vezes ao longo de sua história (Solar Arkestra, Myth Science Arkestra, entre outros), deve seu título a uma fusão das palavras “orquestra” e “arca” – referência à Arca da Aliança bíblica. Os músicos da Sun Ra Arkestra, atualmente lideraMarshall Allen saxofone alto, flauta, dos pelo saxofonista Marshall Allen, EVI Knoel Scott saxofone alto, vocais braço direito de Sun Ra desde 1958, James Edward Stewart saxofone sustentam esse espírito inovador que tenor Cecil Brooks trompete Tyler Mitchell baixo Elson Nascimento se mantém na vanguarda do jazz conpercussão D. Hotep guitarra Wayne temporâneo. Parte da “arca” desde Smith bateria Tara Middleton vocais, 1988, o percussionista paulistano Elson percussão Vincent Chancey trompa Nascimento é outro integrante do gruMichael Ray trompete Tavin Thomas po, convocado pelo próprio Sun Ra. piano Robert Stringuer trombone Carl Leblanc guitarra

A legacy band of one of the leading names in experimental jazz, Sun Ra keeps his ideology and sonority alive, hallmarks that defined the basis of Afrofuturist aesthetics. 8/10 ter 21h30 Sesc Pompeia (Comedoria). 18 anos. R$ 60 | ■ 30 | ● 18 9/10 qua 21h30 Sesc Pompeia (Comedoria). 18 anos. R$ 60 | ■ 30 | ● 18 10/10 qui 20h Sesc Jundiaí (Ginásio).

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18 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15



ESTADOS UNIDOS

Terri Lyne Carrington and the Social Science Community

O pai de Terri Lyne Carrington era saxofonista, e foi com ele que ela começou Terri Lyne Carrington bateria Maimouna Youssef a tocar sax, aos cinco anos. Aos sete, passou (Mumu Fresh) voz/MC para a bateria, usando o instrumento do avô. Marc Cary teclado Ben Desde então, construiu uma sólida carreira Eunson guitarra Morgan de 40 anos, na qual venceu três prêmios Guerin baixo e saxofone Grammy e se apresentou ao lado de grandes tenor Brian Raydar Ellis DJ/rapper nomes do jazz, como Herbie Hancock, Wayne Shorter, Stan Getz e Cassandra Wilson. Logo no álbum de estreia, Real Life Story, a artista recebeu uma indicação ao Grammy. Mas a primeira conquista veio em 2011, por The Mosaic Project, na categoria Melhor Álbum Vocal de Jazz; a segunda, em 2013, por Money Jungle: Provocative in Blue; e a terceira, em 2014, pela produção do álbum Beautiful Life, da cantora Dianne Reeves. Engajada em causas sociais e no uso da música como ferramenta de transformação, ela apresenta no Sesc Jazz seu mais recente projeto, Terri Lyne Carrington and the Social Science Community, cujo álbum duplo Waiting Game reflete sobre o momento político global atual e sai em novembro pelo selo Motéma. The drummer Terri Lyne 10/10 qui 21h30 Sesc Pompeia (Comedoria). Carrington, winner of 18 anos. R$ 60 | ■ 30 | ● 18 11/10 sex 21h30 Sesc Pompeia (Comedoria). 18 anos. R$ 60 | ■ 30 | ● 18 12/10 sáb 20h Sesc Guarulhos (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 13/10 dom 18h Sesc Jundiaí (Teatro).

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18 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15

the Grammy Award, presents her new project with soundtracks from Waiting Game, which is going to be released by Motéma label.



ESTADOS UNIDOS

The Art Ensemble of Chicago

Trazendo na bagagem décadas de Roscoe Mitchell saxofone, flauta experiência como uma das referênFamoudou Don Moye bateria, cias do jazz de vanguarda dos Estapercussão Rodolfo Lebron vocais dos Unidos, os músicos da The Art Hugh Ragin trompete Simon Sieger Ensemble of Chicago estão há 50 trombone Eddy Kwon viola Brett anos na estrada. O saxofonista Carson piano Junius Paul, Jaribu Roscoe Mitchell e o baterista FamouShahid contrabaixo Enoch Williamson, Dudu Kouate percussão dou Don Moye, remanescentes da formação original, recebem músicos convidados para os shows do Sesc Jazz e prestam um tributo aos fundadores que já faleceram – o trompetista Lester Bowie (1941-1999), o saxofonista Joseph Jarman (1937-2019) e o baixista Malachi Favors (1927-2004) – e a suas “contribuições duradouras para a black music: dos ancestrais para o futuro”, nas palavras da banda. Ainda hoje, a The Art Ensemble of Chicago mantém vivo o espírito de vanguarda e o apetite pela experimentação que fizeram sucesso nos anos 1970 com álbuns como Bap-Tizum (1972) e Fanfare for the Warriors (1973). No Sesc Jazz, espere ver os arranjos daquela época transpostos para o palco com o uso de instrumentos pouco convencionais, como apitos, pequenos sinos e até tubos plásticos. Synonymous with avant-garde jazz, The Art Ensemble of Chicago honors its founders playing 1970s hits with unusual instruments. 24/10 qui 20h Sesc Santos (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+] 26/10 sáb 21h Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 60 | ■ 30 | ● 18 27/10 dom 18h Sesc Pompeia (Teatro).

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12 anos. R$ 60 | ■ 30 | ● 18



VÁRIOS PAÍSES

Women’s Improvising Group O grupo foi criado em 1977 em Londres, na Inglaterra, em resposta ao lineup do festival Music in Socialism, que só tinha bandas formadas por homens. Incomodada, a escocesa Maggie Nicols, junto com a inglesa Lindsay Cooper (1951-2013), convocou outras mulheres e assim nasceu uma das primeiras formações femininas de improviso no jazz de que se tem notícia. Os shows do Sesc Jazz vão reviver a memória do Women’s Improvising Group e sua importância histórica. Maggie, única remanescente da formação original, convidou mulheres artistas de vários países, inclusive do Brasil, para se apresentarem juntas. Todo show do Women’s Improvising Group é uma surpresa. Não exisMaggie Nicols voz tem letras, canções ou vozes melódicas. AliCharlotte Hug voz e viola ás, quando usam a voz é para transformá-la Caroline Kraabel voz e em mais um instrumento. À época da saxofone alto Matilda criação do grupo, elas também realizavam Rolfsson percussão Sarah performances teatrais enquanto faziam seus Gail Brand trombone Mariá improvisos sobre o palco. Agora, as encenaPortugal bateria Joana Queiroz clarinete e clarone ções ficam de fora, mas o som experimental Bella eletrônicos Nanati ganha novas nuances: o público vai poder Francischini guitarra conferir peças musicais únicas e contínuas Mariana Carvalho piano de uma hora de duração em cada show.

25/10 sex 21h Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 26/10 sáb 20h Sesc Piracicaba (Ginásio). 16 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+] 27/10 dom 19h Sesc Sorocaba (Teatro).

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12 anos. R$ 40 | ■ 20 | ● 12

In an unprecedented lineup, Women’s Improvising Group brings back their experimental jazz created to tackle a men-only lineup at the 1970s London festival.



INGLATERRA

Yazmin Lacey Filha de imigrantes caribenhos, crescida em meio às influências do reggae, do dancehall e do rap norte-americano, a cantora nascida em Londres, na Inglaterra, e baseada em Nottingham, apresenta uma fusão de jazz e soul. Em músicas como Body Needs Healing e 90 Degrees, a voz suave de Yazmin, ligeiramente rouca, faz zigue-zague por entre os grooves do baixo de George French, a bateria minimalista de Tom Towle e a percussão latina de Owen Campbell, entre outros instrumentistas. As letras, que ela costuma escrever no próprio quarto, abordam aflições do cotidiano, a busca pela cura de dores existenciais e outros temas que emergem de sua experiência de vida. Desde 2014, a artista vem ganhando os palcos com suporte de nomes importantes do jazz britânico, como o DJ Gilles Peterson, da BBC, que a descreveu como uma “brilhante cantoYazmin Lacey voz Jordan Hadfield bateria Sarah ra e compositora, um grande novo nome Tandy teclado Marla para o Reino Unido”. Seu trabalho está Mbemba - baixo registrado nos EPs Black Moon (2017), gravado em sua sala de estar, e When the Sun Dips 90 Degrees (2018).

Singer Yazmin Lacey performs a jazz and soul fusion, with existentialist compositions from EPs Black Moon and When the Sun Dips 90 Degrees.

17/10 qui 20h30 Sesc Bauru (Ginásio). 16 anos. R$ 40 | ■ 20 | ● 12 18/10 sex 21h30 Sesc Pompeia (Comedoria). 18 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 19/10 sáb 19h Sesc Riberão Preto (Galpão).

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16 anos. R$ 40 | ■ 20 | ● 12



CUBA

Yissy García & Bandancha A baterista Yissy García é filha de Bernardo García, cofundador da Irakere, uma das mais importantes bandas cubanas, da qual também participou Arturo Sandoval, outra atração deste Sesc Jazz. Ela teve os primeiros contatos com o jazz a partir das fitas cassete trazidas pelo pai de viagens aos Estados Unidos. Foi aí que conheceu artistas como o pianista Herbie Hancock e iniciou a formação musical que define o seu trabalho. Nome de destaque da nova cena musical de Cuba, Yissy é a líder da Bandancha, grupo que funde sonoridades caribenhas e elementos eletrônicos ao cânone do jazz norte-americano. Entre suas referências estão Buddy Rich, considerado um dos maiores bateristas de jazz dos Estados Unidos, e músicos cubanos, como Julio Barreto. Com a Bandancha, Yissy García lançou em Yissy García bateria Miguel Ángel 2015 o seu primeiro álbum de estúdio, García piano Lino Piquero Bueno Última Noticia, em que revela essa mistubaixo elétrico María Garcia ra desde a primeira música, Cambios, com percussão Julio Rigal trompete scratches de DJs dividindo a base com a bateria ritmada e precisa da cubana. With drumsticks in her hands, Yissy García gives the rhythm for her Bandancha quintet, that makes the alchemy between Caribbean sounds, jazz and electronic elements.

24/10 qui 21h30 Sesc Pompeia (Comedoria). 18 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 25/10 sex 20h Sesc Piracicaba (Ginásio). 16 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+] 26/10 sáb 19h Sesc Sorocaba (Teatro).

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12 anos. R$ 50 | ■ 25 | ● 15 [+]



ATIVIDADES EDUCATIVAS


DEBATE

WORKSHOPS

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Mulheres Compositoras no Jazz e Música Instrumental. Com Maggie Nicols (Escócia) e Luísa Mitre [BRASIL – MG]

ENCONTROS

Bateria com Terri Lyne Carrington [ESTADOS UNIDOS]

71

Bateria com Edu Ribeiro [BRASIL – SC]

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Com Egberto Gismonti

Bateria e Percussão Brasileira com Robertinho Silva

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[BRASIL – RJ]

Com Gary Bartz [ESTADOS UNIDOS]

67

Com Maurício Einhorn [BRASIL – RJ]

[BRASIL – RJ]

Improvisação no Jazz: Primórdios, Transformações e Desdobramentos. Com Fábio Leal [BRASIL – SP]

PALESTRAS

68

Como Gostar de Jazz. Por Fabiano Alcântara [BRASIL – DF]

69

Como Ouvir Jazz sem Medo. Por Carlos Calado [BRASIL – SP]

74

A Improvisação: O Coração do Jazz. Com Nando Diniz [BRASIL – SP]


DEBATE

Mulheres Compositoras no Jazz e Música Instrumental. Com Maggie Nicols [ESCÓCIA] e Luísa Mitre [BRASIL - MG]

A jovem pianista, compositora e arranjadora mineira Luísa Mitre encontra a veterana escocesa Maggie Nicols, cantora da banda experimental Women’s Improvising Group, para discutir o cenário da música instrumental, tradicionalmente marcado pela presença masculina, tanto nas composições quanto nas gravações e nos palcos. Maggie Nicols criou a Women’s Improvising Group, nos anos 1970, como resposta a um festival inglês cujas bandas só tinham integrantes homens. Luísa Mitre montou o repertório de seu último disco, Oferenda, exclusivamente com músicas compostas por mulheres – Marcela Nunes, Léa Freire e a própria Luísa – com o intuito, segundo ela, de dar visibilidade e incentivo ao trabalho feminino. Tanto Luísa Mitre quanto a Women’s Improvising Group vão tocar no Sesc Jazz. Mediação: Inti Queiroz, linguista, produtora cultural na Casa das Caldeiras, curadora do Festival PIB – Produto Instrumental Bruto e pesquisadora de políticas culturais. É doutora em filologia e língua portuguesa pela USP.

The artists talk about the presence of women in a music scene where men have always been a majority.

23/10 qua 19h Sesc Pompeia (Convivência). Livre. Grátis. Com tradução simultânea.

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ENCONTRO

Com Egberto Gismonti [BRASIL - RJ]

Egberto Gismonti conversa informalmente com o público sobre sua carreira e trajetória, além de apresentar algumas de suas obras ao violão. O músico, que no Sesc Jazz se apresenta com seu filho Alexandre, também fala sobre seu processo de composição e parcerias. Aos 71 anos, ele já contabiliza 60 álbuns de estúdio, sendo que o primeiro, Egberto Gismonti, é de 1969. Nesses 50 anos de trajetória profissional, também compôs dezenas de trilhas sonoras para cinema e peças para orquestras. Suas experiências passeiam pela música eletrônica, jazz e sons tradicionais dos povos nativos brasileiros. Considerado um dos grandes compositores e multi-instrumentistas do país, já fez parcerias com músicos do calibre de Naná Vasconcelos, Hermeto Pascoal e Airto Moreira. Mediação: Flavia Prando, doutoranda em música (ECA/USP), violonista e pesquisadora do Centro de Pesquisa e Formação (CPF) do Sesc SP.

The composer has a casual conversation with the audience about his career and life history, and performs some of his works on the guitar.

10/10 qui 19h30 Centro de Pesquisa e Formação (CPF). Livre. R$ 20 / ■ 10 / ● 6

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ENCONTRO

Com Gary Bartz [ESTADOS UNIDOS]

O saxofonista e compositor norte-americano, de 79 anos, formado no Conservatório de Música de Juilliard, em Nova York, fala da carreira de mais de 60 anos e das parcerias com figuras históricas, como Miles Davis, Max Roach e Abbey Lincoln. Também conta curiosidades de sua vida, como o fato de ser estudioso de astronomia, ufologia e ter visto objetos voadores não identificados em duas oportunidades. Essa temática está em músicas como UFO e Lost in the Stars, do álbum Another Earth (1969), e em Celestial Blues e The Planets, de Harlem Bush Music (1970-1971). Mediação: Marcelo Pereira Coelho, saxofonista, compositor, pós-doutor em composição pela USP e professor e coordenador da pós-graduação no Conservatório e Faculdade de Música Souza Lima.

The veteran saxophonist and composer talks about his career and partnerships with historical jazz figures such as Miles Davis and Max Roach.

15/10 ter 20h Sesc Vila Mariana (Auditório). Livre. R$ 20 / ■ 10 / ● 6 Com tradução simultânea.

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ENCONTRO

Com Maurício Einhorn [BRASIL - RJ]

Maurício, um dos gaitistas mais importantes do Brasil, é autor de famosos temas de samba-jazz, como Estamos Aí – parceria com Durval Ferreira e Regina Werneck – e Batida Diferente – também com Durval. Já tocou com as cantoras norte-americanas Sarah Vaughan e Nina Simone e com o gaitista belga Toots Thielemans, entre outros artistas de ponta no cenário internacional. Segundo suas próprias contas, já compôs mais de mil músicas com diversos parceiros. Mas ainda não acha que a missão está cumprida. Quem comparecer a esta atividade terá a oportunidade de passar um tempo com um artista que não perde o pique, apesar de já ter tido tantas realizações profissionais ao longo de seus 87 anos de vida. “Ainda tenho muito trabalho pela frente. A música não para”, diz. Mediação: Henrique Rubin, bacharel em música popular pela Unicamp e pós-graduado em gestão em artes pelo Senac. É assistente para a área de música da Gerência de Ação Cultural do Sesc SP e um dos curadores do Sesc Jazz.

The harmonica player from Rio de Janeiro, author of samba-jazz classics, talks about his 60-year career and performs some of his works.

25/10 sex 20h Sesc Vila Mariana (Auditório). Livre. R$ 20 / ■ 10 / ● 6

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PALESTRA

Como Gostar de Jazz. Por Fabiano Alcântara [BRASIL - DF]

Fabiano Alcântara faz uma abordagem histórica, filosófica e afetiva sobre o jazz. O intuito é desmistificar a ideia de que o gênero é elitizado, difícil de ser entendido, acessível apenas aos que são estudiosos do tema ou têm conhecimentos prévios. O palestrante mostra que, com linguagem e estética que se mantêm revolucionárias após mais de cem anos de seu surgimento, o jazz pode ser visto como um sistema baseado na diversidade, no diálogo e nas trocas, que permeia todo o universo cultural e está presente no cinema, literatura, moda e artes visuais. Tem também um papel marcante na questão social, racial e de gênero. Fabiano Alcântara é editor colaborador do Music Non Stop, do UOL. Já trabalhou como repórter na Folha de S.Paulo, escreveu reportagens e críticas para a Revista Bizz, O Estado de S. Paulo, Valor Econômico e Rolling Stone. Também é músico, baixista, um dos compositores da banda pós-caipira Mercado de Peixe, um dos fundadores do coletivo de jazz futurista Lavoura e um dos curadores do festival Phusion, do CCBB.

The journalist and musician proposes a historical and affective approach to jazz, a genre that is neither elitist nor “hard” to understand.

19/10 sáb 16h Sesc Ribeirão Preto (Sala das Oficinas 3). 22/10 ter 20h Sesc Santos (Sala 1). 23/10 qua 20h Sesc Piracicaba (Sala do Curumim). Livre. Grátis. Retirada de ingresso 1 hora antes.

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PALESTRA

Como Ouvir Jazz sem Medo. Por Carlos Calado [BRASIL - SP]

O objetivo dessa atividade é desmistificar a suposta dificuldade que algumas pessoas teriam para apreciar o jazz, partindo do princípio de que esse gênero musical tem essência popular e é acessível a qualquer um. Além de expor seus conhecimentos sobre o tema, o crítico musical Carlos Calado apresenta músicas e vídeos contendo trechos de shows, filmes e festivais. Alguns temas abordados são: raízes do jazz, estilos tradicionais, vanguardas e fusões. A atividade é dirigida a qualquer interessado em se familiarizar com o universo do jazz. Não é necessário possuir formação musical, nem saber tocar algum instrumento. Jornalista, crítico musical e mestre em artes pela USP, Carlos Calado escreve sobre festivais, shows e discos desde meados dos anos 1980. É autor dos livros Tropicália: A História de uma Revolução Musical, A Divina Comédia dos Mutantes, O Jazz como Espetáculo e Jazz ao Vivo, entre outros. Atualmente escreve para os jornais Folha de S.Paulo e Valor Econômico.

The critic talks to audiences interested in becoming familiar with jazz, demystifying the supposed difficulty in listening to this music genre.

9/10 qua 19h30 Sesc Guarulhos (Estúdio 1). 12/10 sáb 16h Sesc Jundiaí (Sala Múltiplo Uso). 19/10 sáb 16h Sesc Araraquara (Teatro). 23/10 qua 19h Sesc Sorocaba (Sala 2). Livre. Grátis. Retirada de ingresso 1 hora antes.

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WORKSHOP

Bateria com Terri Lyne Carrington [ESTADOS UNIDOS]

Destinado a bateristas, profissionais e estudantes de música, a norte-americana Terri Lyne Carrington conduz este workshop de bateria. Com duração de duas horas, ela apresenta técnicas para tocar jazz no instrumento, abordando fundamentos para improvisação e coordenação motora. A baterista, compositora e cantora norte-americana já tocou ao lado de grandes nomes do jazz, como Herbie Hancock, Wayne Shorter, Al Jarreau, Stan Getz, David Sanborn, Cassandra Wilson e Esperanza Spalding. Ao longo de 40 anos, construiu uma sólida carreira, na qual venceu três prêmios Grammy. Terri Lyne acredita que a música também deve servir como ferramenta de transformação. Prova disso é que seu próximo álbum, Waiting Game, a ser lançado em novembro junto a nova banda Social Science Community, propõe uma reflexão sobre o momento político atual do mundo.

The American drummer provides techniques about how to play jazz, fundamentals of coordination and improvisation for drummers, students and music professionals.

11/10 sex das 15h às 17h Sesc Consolação (Miniauditório – Centro de Música). Livre. R$ 40 / ● 12 12/10 sáb das 15h às 17h Sesc Guarulhos (Sala 4). Livre. R$ 40 / ● 12 Inscrições na Central de Atendimento a partir de 1º/10. Com tradução simultânea.

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WORKSHOP

Bateria com Edu Ribeiro [BRASIL - SC]

Neste workshop, Edu Ribeiro apresenta algumas maneiras de organizar suas ideias musicais usando a bateria. O instrumento, geralmente subordinado a algum outro instrumento melódico, também pode ter suas frases rítmicas transformadas em melodia por meio da combinação de seus tambores. Edu mostra um pouco sobre como trabalhar em formatos de pergunta e resposta, tema e variação, além de formas abstratas utilizadas na composição musical. Em 1h45, ele apresenta processos de criação e de improvisação que podem ajudar tanto bateristas quanto instrumentistas e maestros a entender melhor o universo do instrumento. O baterista Edu Ribeiro é formado em música popular na Unicamp e integra diversos grupos, como Trio Corrente e Quinteto Vento em Madeira. Lançou recentemente seu segundo álbum solo, Na Calada do Dia, em que apresenta composições próprias e de parceiros. Foi premiado duas vezes junto ao Trio Corrente com o Grammy pelo álbum Song for Maura (2012), gravado com o saxofonista cubano Paquito D’Rivera. Já se apresentou nos principais teatros e festivais do mundo, como Montreux Jazz Festival e Blue Note, de Tóquio. Desde 2006, atua como professor.

The drummer works on processes of creation and improvisation, as well as some ways to organize his musical ideas through the instrument.

19/10 sáb 11h Sesc Bauru (Auditório) Livre. R$ 20 / ● 6 Inscrições na Central de Atendimento da unidade a partir de 1º/10.

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WORKSHOP

Bateria e Percussão Brasileira com Robertinho Silva [BRASIL - RJ]

O percussionista e baterista carioca Robertinho Silva mostra algumas de suas técnicas de percussão em diversos instrumentos, tais como atabaque, pandeiro, tamborim, frigideira e agogô. O objetivo é estimular o público a se familiarizar com elementos que são parte integrante dos ritmos brasileiros. Além disso, compartilha histórias de seus 60 anos de carreira com seu conhecido senso de humor. Ele deve tocar músicas como Ponto de Umbanda (domínio público), Luar do Sertão (Catulo da Paixão Cearense), Trem Caipira (Villa-Lobos) e Cravo e Canela (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos), entre outras. Robertinho aprendeu a ser músico por conta própria. Começou a tocar ainda criança. Aos 15 anos, já se apresentava profissionalmente em bailes. Aos 28, conheceu Milton Nascimento, com quem tocou por 25 anos. Também dividiu palcos e estúdios com Herbie Hancock, Wayne Shorter, Sarah Vaughan, Tom Jobim, Chico Buarque e outros artistas renomados, brasileiros e estrangeiros. Nesta edição do Sesc Jazz, aos 78 anos, ele se apresenta no Duo + 2, ao lado de Duofel e Carlos Malta.

Robertinho will perform demos on instruments such as drums, frying pan, atabaque and tambourine, and will tell stories of his 60-year career.

26/10 sáb 15h Sesc Vila Mariana (Centro de Música). Livre. R$ 30 / ● 9

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WORKSHOP

Improvisação no Jazz: Primórdios, Transformações e Desdobramentos. Com Fábio Leal [BRASIL - SP]

O DJ Fábio Leal traça um panorama das principais transformações, influências e desdobramentos de um dos mais importantes elementos do jazz: a improvisação. Ele também mostra como o gênero influenciou a música mundial ao mesmo tempo em que esteve aberto para influências de várias culturas. A atividade é direcionada ao público em geral, não sendo necessário prévio conhecimento musical. Fábio Leal desenvolve há 20 anos uma concepção de guitarra brasileira, tanto no campo da improvisação quanto da composição. Gravou seis álbuns e tocou com grandes nomes da música instrumental brasileira, como Hermeto Pascoal, Toninho Horta, Thiago Espírito Santo, Toninho Ferragutti, Nenê, Vinícius Dorin, André Marques e Arismar do Espírito Santo, entre outros. É graduado em pedagogia e há 16 anos é professor de prática de grupo e guitarra do Conservatório de Tatuí (SP), além de ministrar aulas de improvisação e guitarra em festivais pelo Brasil.

DJ Fábio Leal provides an overview of the transformations, influences and developments of one of the main elements of jazz: improvisation.

12 e 13/10 sáb 17h e dom 15h Sesc Guarulhos (Estúdio 13 – Centro de Música). Livre. Grátis. Retirada de ingresso 1 hora antes.

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WORKSHOP

A Improvisação: O Coração do Jazz. Com Nando Diniz [BRASIL - SP]

O jazz comporta muitos tipos de improvisação, o que exige do músico tanto sensibilidade para criar espontaneamente, quanto preparo para interpretar conscientemente o contexto da improvisação. O objetivo deste workshop, que não exige conhecimento de música, é articular os universos da teoria e da prática. Num primeiro momento, haverá um breve panorama da improvisação no mundo do jazz, do choro e da música instrumental e vocal, num arco de referências que vai de Bobby McFerrin a Jacob do Bandolim. Em seguida, vem a parte prática, os exercícios de criação musical contemporânea – com variados instrumentos musicais, como guitarra, contrabaixo, saxofone e trompete, que serão trazidos pelos participantes. Por fim, haverá uma criação musical coletiva, a fim de articular os fundamentos trabalhados no workshop. Luis Fernando Diniz Leite, mais conhecido como Nando Diniz, é compositor e produtor musical. Em 2017, lançou o EP “Contraponto”, seu primeiro trabalho autoral. Atualmente, trabalha num projeto de resgate de músicas utilizadas em rituais de povos autóctones da América do Sul.

Participants experience the musical improvisation and creation with exercises in instruments such as the guitar, bass, sax, and trumpet.

9/10 a 11/10 qua a sex 18h Sesc Guarulhos (Estúdio 2) Livre. Grátis Retirada de ingresso 1 hora antes

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VENDA DE INGRESSOS ONLINE Disponível a partir das 19h do dia 1º de outubro, terça, no portal do Sesc São Paulo. PRESENCIAL Disponível a partir das 17h30 do dia 2 de outubro, quarta, nas bilheterias das unidades do Sesc São Paulo. Limite de 4 ingressos por pessoa.

Comprovantes para ingressos com desconto Credencial Plena do Sesc válida, carteirinha de estudante, carteirinha escolar do ano ou semestre vigente ou comprovante de matrícula ou de pagamento da mensalidade; comprovante ID Jovem, carteira funcional ou holerite para servidor de escola pública; comprovante de aposentadoria e documento de identidade (pessoa com mais de 60 anos). Formas de pagamento ONLINE cartão de crédito (somente à vista) Mastercard, Visa, Elo, Hipercard. BILHETERIA dinheiro, débito, crédito (à vista) e Voucher Cultura. Classificação indicativa Consulte junto a cada atividade.


LEGENDA DE VALORES ● Credencial Plena Trabalhador do comércio, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes. ■ Meia-entrada Aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência e acompanhante, ID Jovem, estudante e servidor da escola pública com comprovante. [+] Ingresso válido para os dois shows que acontecem na mesma data. Consulte a programação.

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O SESC O Serviço Social do Comércio é uma instituição privada, mantida e administrada pelo empresariado dos setores do comércio, serviços e turismo. Diariamente, realiza atividades que têm por finalidade a promoção do bem-estar social, o desenvolvimento cultural e a melhoria da qualidade de vida desses trabalhadores.

Informações sobre a Credencial Plena A Credencial Plena dá acesso aos serviços e programações do Sesc. O empregado com registro em carteira profissional, funcionários temporários, estagiários, desempregados há até 12 meses e os que se aposentaram no comércio, serviços e turismo podem fazer a Credencial Plena e incluir como dependentes: ■ Cônjuge ■ Pais, padrastos e avós ■ Filhos, enteados, netos e tutelados até 21 anos. O credenciamento é gratuito e tem validade de até dois anos, podendo ser utilizado nas unidades do Sesc em todo território nacional. Mais informações sescsp.org.br/credencialplena

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SESC JAZZ NA REDE Nos festivais que realiza, o Sesc São Paulo procura oferecer ferramentas que enriqueçam a experiência dos espectadores. Por isso foi criado o Ponto Digital, que estará em ação no Sesc Jazz 2019. Durante os 20 dias do festival, uma equipe de profissionais de comunicação do Sesc vai acompanhar shows e atividades educativas para produzir e veicular textos, fotos, vídeos e áudios exclusivos com os artistas, a equipe técnica e o público. Esse material vai mostrar não só o que está na programação, mas Learn about everything também os bastidores, os bate-papos e o that happens on and off clima jazzístico que se instalará em nove the stages: follow the unidades do Sesc no estado de São Paulo multimedia coverage at sescsp.org.br/sescjazz – na capital (Sesc Pompeia), na Grande São Paulo (Guarulhos), no litoral (Santos) e no interior (Araraquara, Ribeirão Preto, Bauru, Sorocaba, Piracicaba, Jundiaí). Assim, o público não perde nenhum detalhe do que acontecerá nos palcos e fora deles. O resultado dessa cobertura poderá ser conferido diariamente no site do festival e nas redes sociais. 78


TERMOS DO JAZZ

A

Acid jazz Gênero musical definido no final dos anos 1980 a partir da junção dos termos jazz e acid house, um tipo de música eletrônica. O estilo evoluiu a partir de colagens, feitas por DJs em compilações lançadas na Inglaterra, que misturavam faixas de jazz a batidas eletrônicas. Bandas inglesas, como Incognito e Jamiroquai, passaram a se inspirar nessa sonoridade, criando uma música mais dançante rotulada como acid jazz. Afrobeat Gênero que surge a partir do trabalho de bandas como a Africa 70, do compositor nigeriano Fela Kuti. Resulta da fusão de jazz, soul e música highlife já experimentada por seus predecessores, como o saxofonista Orlando Julius.

Afrofuturismo Expressão criada em 1994 pelo autor e ensaísta norte-americano Mark Dery para se referir a um movimento cultural e artístico que, desde meados dos anos 1950, mistura a tradição ancestral dos povos africanos a temas futuristas e de ficção científica. O afrofuturismo aparece na literatura, nas artes plásticas e no cinema. Na música, foi originalmente representado pelo compositor norte-americano Sun Ra.

B

Bebop Estilo que nasceu nos anos 1940 nos Estados Unidos e é considerado o início do jazz moderno. O nome remete ao barulho que os martelos faziam na construção das ferrovias norte-americanas. Caracterizado por ritmos mais rápi-

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dos, o bebop não se destinava à dança e convidava à escuta mais atenta. A ênfase maior era dada à técnica e às harmonias mais complexas. O saxofonista Charlie Parker (1920-1955) é considerado o pai do estilo, ao lado do trompetista Dizzy Gillespie (1917-1993). Broken beat Estilo de música eletrônica caracterizado pelo uso de ritmos de bateria sincopados, ou seja, em que as batidas se comportam de forma inesperada, fora do fluxo regular. Surgido a partir da tradição de bateristas de jazz dos anos 1970, se popularizou nos anos 1990 por meio de grupos como o inglês Bugz in the Attic.

C

Conga Instrumento de percussão cubano, alto, com formato de barril e de origem africana – possivelmente derivado de tambores tradicionais congoleses chamados makuta. As congas foram centrais na definição da sonoridade da rumba cubana, mas o seu uso também se espalhou por outros gêneros musicais de ascendência latina, como a salsa, e na fusão deles com o jazz.

D

Dancehall Tipo de música popular jamaicana, cujo nome vem dos salões de dança do país onde essas produções eram ouvidas. É um derivado do reggae, mais focado nas bases instrumentais, que com o tempo incorporou elementos eletrônicos, principalmente a partir dos anos 1980. Na última década, encontrou espaço na cena pop por meio de artistas como Rihanna e Major Lazer.

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E

Electro Gênero musical originado nos anos 1980 e definido pelo uso de bateria eletrônica, especialmente o modelo TR-808 da fabricante japonesa Roland, além de samples – trechos instrumentais e vocais extraídos de outras músicas, reaproveitados em uma nova faixa em diferente contexto criativo e de arranjo. Entre os expoentes do electro está o produtor norte-americano Afrika Bambaataa. EP Sigla para extended play, um formato de disco que contém mais faixas que um single, mas não tantas quanto um álbum, ou LP (long play). EVI Sigla em inglês para instrumento eletrônico valvulado, refere-se a uma classe de instrumentos que utilizam o sopro para produzir sonoridades eletrônicas. É uma categoria de sintetizador eletrônico de sopro.

F

Frouxolão Termo cunhado por Duofel. A sexta corda do violão de nylon é afrouxada ao máximo. Desta forma, amplia-se o efeito de melodia percussiva. Free jazz Gênero desenvolvido a partir dos anos 1960, dos esforços de músicos dessa geração para romper com os moldes estabelecidos no jazz convencional até então, explorando variações incomuns de tons e acordes. O saxofonista Ornette Coleman foi quem cunhou o termo, ao lançar em 1961 o álbum Free Jazz: A Collective Improvisation, 81


em que dois quartetos improvisavam simultaneamente em diferentes canais de áudio.

G

Groove Elemento musical caracterizado pela repetição dos sons produzidos por um conjunto de instrumentos em uma música, da seção rítmica da banda, como contrabaixo e bateria.

H

Hardcore jazz Também conhecido como punk jazz ou jazzcore, é uma subcategoria do jazz que incorpora elementos musicais e estéticos do punk rock, com uma sonoridade mais acelerada e agressiva. O saxofonista e compositor americano John Zorn é um dos representantes do gênero. Highlife Gênero surgido na região da atual Gana, no início do século XX, resultado da fusão de estilos tradicionais africanos com influências dos colonizadores britânicos, como o foxtrot. O nome do gênero, highlife, vinha do fato de as bandas tocarem em clubes fechados, mais caros, que eram frequentados por cidadãos com mais dinheiro.

J

Jam sessions A expressão em inglês se refere a encontros e eventos informais, mais descontraídos, em que os músicos podem explorar acordes, melodias e ritmos em sequências de improviso.

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K

Klezmer Tipo de música judaica surgida inicialmente no Leste Europeu, caracterizada pelo seu estilo dançante, comum em casamentos e outras festas. Levado para os Estados Unidos por comunidades judaicas, fundiu-se à sonoridade do jazz.

L

Lineup Termo em inglês que, na música, geralmente se refere à escalação de integrantes em uma banda. Mas também pode se referir à lista de bandas em um festival, por exemplo.

O

Oud Instrumento de cordas também conhecido como alaúde árabe. No jazz, foi incorporado por músicos de origem árabe, como Dhafer Youssef.

R

Riff Uma frase instrumental que se repete, formada por uma sequência de acordes que funcionam como base das harmonias em faixas de rock, jazz e outros estilos musicais. Por serem marcantes, essas frases acabam se tornando assinaturas, ou marcas registradas das músicas.

S

Scratch Vem da palavra em inglês arranhar. É o som característico produzido quando o DJ manipula a rotação de um vinil em um toca-disco com as mãos, produzindo um efeito sonoro que se tornou parte da sonoridade do rap a partir de meados dos anos 1970.

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Suingue (Swing) Estilo de jazz que se desenvolveu nos Estados Unidos entre as décadas de 1930 e 1940, caracterizado pelas batidas sincopadas e mais dançantes tocadas por big bands ou orquestras. Entre os representantes dessa era estão os trombonistas Glenn Miller e Tommy Dorsey, e os pianistas Count Basie e Duke Ellington – todos exemplos de bandleaders (líderes de orquestras) da época.

T

Trip-hop Termo usado inicialmente para definir a sonoridade de bandas inglesas, especialmente da cidade de Bristol, como Massive Attack e Portishead, que se destacaram nos anos 1990 por misturar hip-hop, música eletrônica e psicodélica. O resultado é uma música mais lenta, pesada e viajante.

U

Urban jazz O termo se refere ao som produzido por uma leva de artistas que, a partir dos anos 1990, começou a misturar jazz à música eletrônica, principalmente ao broken beat. O gênero ganhou corpo com o surgimento de artistas e produtores de Los Angeles, nos Estados Unidos, como Flying Lotus e Thundercat. No Brasil, é representado pelo pianista carioca Jonathan Ferr.

V

Vocoder Instrumento eletrônico que processa o sinal da voz, transformando o seu timbre de diferentes formas. Foi originalmente desenvolvido em 1928, pela empresa norte-americana de telecomunicações Bell Labs. Principal-

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mente a partir dos anos 1970, começou a ser usado de forma criativa, ligado a teclados sintetizadores, por artistas como a banda alemã Kraftwerk, para criar vocais com timbres robóticos. Seu uso pode ser ouvido também em faixas como Intergalactic, do grupo norte-americano de rap Beastie Boys.

Z

Zig zum Termo cunhado pelo violonista João Mendes Nogueira, irmão de Paulinho Nogueira. Como o arco normal não pode alcançar as cordas centrais do violão, utilizam um pequeno arco de madeira, o zig zum, que inserem entre as cordas, friccionando-as.

Fontes: Allmusic.com – https://www.allmusic.com Discogs – https://www.discogs.com Duofel – https://www.duofel.com Enciclopédia Britânica – https://www.britannica.com Encyclotronic – https://encyclotronic.com/ Oxford Music Online – https://www.oxfordmusiconline.com/ Oxford Bibliographies – https://www.oxfordbibliographies.com/ Roland – https://www.roland.com/

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ILUSTRAÇÕES DE ROBINHO SANTANA


CAPITAL E GRANDE SÃO PAULO

INTERIOR E LITORAL

Centro de Pesquisa e Formação Rua Doutor Plínio Barreto, 285, 4º andar (11) 3254-5600

Sesc Araraquara Rua Castro Alves, 1.315 (16) 3301-7500

Sesc Consolação Rua Doutor Vila Nova, 245 (11) 3234-3000 Sesc Guarulhos Rua Guilherme Lino dos Santos, 1.200 (11) 2475-5550 Sesc Pompeia Rua Clélia, 93 (11) 3871-7700 Sesc Vila Mariana Rua Pelotas, 141 (11) 5080-3000

Sesc Bauru Avenida Aureliano Cardia, 6-71 (14) 3235-1750 Sesc Jundiaí Avenida Antônio Frederico Ozanan, 6.600 (11) 4583-4900 Sesc Piracicaba Rua Ipiranga, 155 (19) 3437-9292 Sesc Ribeirão Preto Rua Tibiriçá, 50 (16) 3977-4477 Teatro Municipal de Ribeirão Preto Praça Alto do São Bento, s/n° Sesc Santos Rua Conselheiro Ribas, 136 (13) 3278-9800 Sesc Sorocaba Rua Barão de Piratininga, 555 (15) 3332-9933

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REALIZAÇÃO

APOIO


sescsp.org.br/sescjazz #sescjazz


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