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LEGIÃO DE MARIA
Antônia Joaquina Silveira vinda do interior do Paraná onde participava do apostolado Coração de Jesus mudou-se para Limeira em 1979 e foi morar perto da Catedral Nossa Senhora das Dores. Começou ir à missa semanalmente e seu desejo era participar da comunidade e exercer suas atividades de apostolado de Jesus. Decidida, foi falar com o Cônego Rossi que muito atencioso, disse que seria muito bom ter aquele apostolado na Catedral e pediu então, que falasse com a senhora Madalena que a recebeu com todo carinho, mas disse que o Apostolado fosse de Nossa Senhora. Antônia começou participando do grupo da legião de Maria e viveu muito feliz ali participando por muitos anos.
Quando se mudou para o bairro CECAP, Antônia convidou três colegas para irem com ela semanalmente à catedral para as reuniões de orações, visitas e terço. Porém, esse trajeto foi ficando mais difícil, principalmente nas noites frias e chuvosas e, comentando sobre as dificuldades com as oficiais da cúria “Mãe da Divina Graça”, “presídio” que Antônia participava, surgiu a ideia de fundar um núcleo na Comunidade Menino Jesus, na época em que as missas ainda eram feitas debaixo do pé de Jatobá.
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Antônia se encheu de coragem e foi falar com o padre Zanetti que deu todo o apoio e pediu que convidasse as pessoas para participarem e assim ela fez. No dia 30 de setembro de 1985, numa segunda-feira, às 20 horas, Antônia Joaquina da Silveira e mais 15 senhoras, quatro oficiais da Cúria e o padre Zanetti fundaram o “presídio” Maria Mãe do Menino Jesus, iniciando com a oração do terço.
Ao longo do tempo foram se organizando e a primeira diretoria teve como presidente: Maria Aparecida Campos, vice-presidente: Benedita Tieri Pereira, secretária: Esmeralda Ferreira, tesoureira: Iracema Matos com a supervisão das colaboradoras Inês Belon, Madalena Maria Guerra e Maria de Lourdes Peixoto. O “presídio” contava com 30 membros ativos e 25 auxiliares.
Por motivos de saúde houve a necessidade de troca entre os coordenadores, e no dia 13 de junho de 1994, uma terceira diretoria tomou posse e teve Joana Alves da Silva (presidente), Luzia Satero (vice-presidente), Célia de Fátima Silveira (secretária) e Amasília Cordeiro Souza (tesoureira).
E assim se fez por muitos anos e pela graça de Deus, durante as reuniões, havia muitas crianças que e participavam juntamente com a freira Irmã Maria, que tocada sentiu que deveria surgir um novo “presídio” infantil e juvenil. E com a aprovação do padre da época, José Carlos Brandão Cabral, o “presídio” Maria Rainha dos Anjos foi fundado em 13 de agosto de 1989, com 30 membros ativos e 35 auxiliares. Seus colaboradores eram: Rosa Facco (presidente), Estefâni (vice-presidente), Ana Rosa Facco (secretária) e Terezinha Ribeiro (tesoureira).
Infelizmente este “presídio” foi desfeito devido à falta de membros ou por doenças, falecimentos e pelos jovens terem tornando-se adultos e tomando novos caminhos.
Mas o “presídio” Mãe do Menino Jesus continuou com 10 membros, firmes e, mesmo com dificuldades para realizarem visitas devido à idade avançada dos colaboradores, permaneceram com a leitura e orações próprias do Movimento e fé na continuidade por novos membros. Ficou Terezinha Ribeiro (presidente), Lúcia Luz (vice e tesoureira) e Ivanildo Salvador (secretário). Membros ativos Dona Almira, Maria Ribeiro, Vera Lúcia Ribeiro, Odete, Maria Bernadete, Maria Araújo, Dona Raquel, Edileuza e Lúcia Siqueira.
Horário das Missas
Matriz Menino Jesus
Terça a sexta 07h
Sábado 18h30
Domingo 08h, 11h e 18h30
Comunidade Nossa
Senhora das Graças
Sábado 17h
Comunidade São
João Bosco
Domingo 9h30
CORÍNTIOS 12-12
As missas eram quinzenais e intercaladas com celebração da palavra, ornamentação e coral simples e com poucos subsídios, à sombra do pé de jatobá. As missas tinham formato campal e tinha uma equipe para preparar o local. Maria Mattana, uma das participantes da comunidade, era responsável por levar a mesa que servia de altar e ornamentar com toalhas. As flores eram levadas pelos fiéis para decorar o espaço. Cada pessoa levava sua cadeira ou banco para se sentir mais confortável.
Um sistema de mutirão foi firmado. A comunidade recebeu muitas doações em dinheiro e materiais de construção. Além de fazerem vários eventos, como rifas, almoços e bingos para angariar fundos para a construção.
Em 1999, passaram para o salão as atividades da comunidade, porém o espaço ainda era pequeno para o número de fiéis. Em 1998, a comunidade Menino Jesus foi elevada para Paróquia Menino Jesus, com uma linda celebração presidida por Dom Ercílio Turco (in memoriam). A igreja estava repleta, pois era um momento muito especial. Houve uma redefinição de divisas e as comunidades São Bartolomeu e São Marcos passam a fazer parte da Paróquia São Cristóvão.
As missas eram celebradas nas casas quinzenalmente e intercaladas com Celebração da Palavra sempre aos sábados. A equipe litúrgica chegava bem antes na casa com os paramentos, folhetos, toalhas, Edelecy, Maurilio e Maria eram responsáveis pelo coral, organização e marcação onde seria a próxima celebração, essa prática se estendeu até 1998.
Com os acólitos a equipe de Liturgia ficou mais completa, pois os trabalhos com os paramentos e auxiliar o padre passavam a ser função dos acólitos. Em seguida os acólitos que se destacaram, passam a serem os cerimoniários, onde eram os responsáveis em orientar o padre e demais acólitos, para que as celebrações fossem mais discretas, sem atropelos, sem cometer falhas, ou esquecimentos.
Outra prática que também movimentou a Liturgia foram as celebrações mensais que o padre Cabral fazia nas casas com os Círculos Bíblicos, e que foi dado sequência pelo padre Diego (interrompido pela pandemia).
As procissões Domingo de Ramos, sempre ocorriam das comunidades para Matriz, o ponto de partida era a comunidade São Mateus, passando por São João Bosco e Nossa Senhora das Graças. Na sexta-feira Santa, era da comunidade Santa Eulália.
Em fevereiro de 2017, padre Diego Henrique Miquelotto assumiu e deu um novo dinamismo. Foram formando pessoas e enriquecendo seus conhecimentos, inovando as ornamentações e o espaço litúrgico, e acima de tudo, fortalecendo os laços entre as comunidades, imperando assim a união entre os integrantes da Liturgia.
Durante os anos, foram feitas celebrações diferenciadas com elementos afros que nunca tinham sido realizadas antes na paróquia. O evento contou com um grande número de pessoas e uma celebração muito animada e participativa.
Em 2018, para incrementar e melhorar a Liturgia foi formado um grupo de proclamadores da palavra, com escalas dos horários de missa, pois com o cancelamento dos folhetos a assembleia precisava de bons proclamadores, devidamente preparados para um bom entendimento da palavra. Ao longo dos anos, em especial entre 2019 e 2020, sendo elas, predial e espaço litúrgico. Uma reforma grande que contou com a ajuda dos paroquianos. Foram adquiridos novos paramentos, enfeites e toalhas para que as celebrações se enriquecessem cada vez mais.
Em 2019, foi realizada uma linda encenação do descimento da cruz em frente à igreja. O evento contou com milhares de pessoas que participaram da procissão pelas ruas do bairro finalizando na comunidade Nossa Senhora Das Graças. Um momento de grande emoção e fé que ficou estampado nos rostos daqueles que não se abatiam com o cami-