Típica Regional Edição 24

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Típica Ano VI • Edição 24 • Outubro de 2013 Sumaré • Hortolândia • Nova Odessa www.revistatipica.com.br

Karina Bacchi em:

Os Múltiplos Talentos O Gigante Acordou

Manifestações tomam as ruas do Brasil

Fale Você É a sua vez de colocar a boca no Megafone!


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TĂ­pica | Setembro / Outubro de 2013


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TĂ­pica | Setembro / Outubro de 2013


“Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu. Tempo de nascer e tempo de morrer, tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de chorar e tempo de rir”, e assim, conforme escrito na Bíblia, no livro de Eclesiastes, a vida segue. Ora bom, ora não tão bom, cada um de nós cumpre a própria missão. Na hora dos acertos nada mais justo do que comemorar, entretanto, na hora dos erros, é necessário parar e refletir sobre os rumos tomados que ocasionaram a não chegada do objetivo final. E finalmente, no final do túnel, eis que surge a esperança de algo melhor, de novos caminhos a serem trilhados e a busca por novos horizontes e isso vale para todos os aspectos da vida, seja pessoal ou profissional. Com o carinho e profissionalismo que você leitor já conhece, novamente preparamos um novo exemplar da Típica. Nesta 24ª edição trazemos até você alguns assuntos que podem auxiliar no seu dia a dia. Afinal de contas, nossa relação já se perdura por um longo tempo, no qual o objetivo é agradar você leitor da melhor maneira possível. E com os últimos acontecimentos que reviraram o Brasil, nossa região participou de alguma forma? O que mudou? O que fizemos? Acompanhe na seção Cidades tais reflexões, retomando de certa forma o sentido patriótico que habita em cada um de nós. Em Personalidades, o que faz um homem amar tanto as flores? Veja as respostas e conheça a vida do carismático e simpático Sr. Dorival. Na Capa desta edição trazemos uma retrospectiva da vida de Karina Bacchi, que além de atriz é também escritora, apresentadora e modelo. Difícil imaginar uma mulher tão jovem desempenhando tantos papéis ao mesmo tempo. E aí vem a pergunta: como ela consegue? Assim como Karina, alguns de nós também aprendemos a ser malabaristas na vida. O problema é quando não conseguimos mais desempenhar essa função e queremos “fugir” do mundo. Nesse sentido, veja algumas dicas na seção Diagnóstico para elevar a própria auto estima em tempos de crise pessoal. E por falar em crise pessoal, quer melhor remédio do que uma boa viagem? Seja para sair da rotina ou fazer algo diferente nas férias, nada mais justo do que planejar algo inusitado. Para tanto, leia na seção Turismo as sugestões de viagem ao Uruguai. Na editoria Cozinha de Casa, novidade desta edição, a receita é Salsicha Empanada na Cerveja. Aproveite e curta esse momento com a família e os amigos. Outra novidade da Típica é a seção Especial, cuja reflexão traz as preocupações da educação dos filhos nos dias de hoje. Falando em filhos, mais uma matéria sobre desenvolvimento infantil na seção Saúde. Agora é com vocês. Uma excelente leitura e até breve.

A Revista Típica é uma publicação bimestral da Editora Seta Regional. Circula nas cidades de Sumaré, Hortolândia e Nova Odessa no estado de São Paulo, com tiragem de 15 mil exemplares. Mais informações sobre a publicação podem ser encontradas no site www.revistatipica.com.br Edição, Administração e Publicidade: Editora Seta Regional Rua João Jacob Rohwedder, 113 Vila Santana – Sumaré Cep: 13.170-584 Tel.: (19) 3873.1745 setaregional@setaregional.com.br Site: www.setaregional.com.br Diretoria Executiva Andressa Pirschner Assunção andressa@setaregional.com.br Leandro Perez Ribeiro leandro@setaregional.com.br Rodrigo Formigoni rodrigo@revistatipica.com.br Editora Chefe Andressa Pirschner Assunção andressa@setaregional.com.br Jornalistas Andréia Dorta, Mtb: 52.196 Marcelo Pendezza, Mtb: 37.209 Colaboradores / Colunistas Claudia de Souza Mota Jairo Gudzowskyj Brandão Lucimara Mugnos Oswaldo José Ottaviano Renato Saes Melhado

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FALE VOCÊ

É a sua vez de colocar a boca no Megafone!

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COMPORTAMENTO Verdades e Mitos na Internet

O Gigante acordou, jovens soltam o verbo em busca de mais qualidade nos serviços públicos.

Autoestima, como alcançar

SAÚDE

O papel importante dos pais na fase do desenvolvimento de crianças de 10 a 14/15 anos.

KIDS

Recorte e monte um Quebra-Cabeças super divertido com o Tip.

ESPECIAL

Os pais, os filhos, a educação e o futuro da humanidade

Tatielly Maia tatielly@setaregional.com.br Atendimento/Comercial Leandro Perez Ribeiro leandro@revistatipica.com.br

CIDADES

DIAGNÓSTICO

Edição de Arte/Diagramação/Ilustração Edinelson Cristiano Prazer edinelson@setaregional.com.br

Rodrigo Formigoni rodrigo@revistatipica.com.br

28 36 38 40

CAPA | Karina Bacchi Os múltiplos talentos de Karina bacchi Conheça a história da jovem atriz que encontrou na profussão um motivo a mais pra ser feliz.

TURISMO Uruguai, uma paixão.

PERSONALIDADES Conheça a vida de Dorival Facioli o apaixonado e incansável florista.

COZINHA DE CASA Salsicha Empanada na Cerveja.

Administrativo/Financeiro Katiana Souza katiana@setaregional.com.br Fotos, Capa e Matéria de Capa Assessoria de Imprensa Fotógrafo Oficial Ben Hur Photo Studio Projeto Gráfico Oca Editora Impressão Grafilar Assessoria Contábil Exato Contabilidade Importante As informações contidas nesta revista são para fins educacionais e informativos. A Revista Típica não se responsabiliza pela utilização inadequada das informações aqui veiculadas, nem pelas opiniões de nossos colaboradores e anunciantes. “Tudo posso naquele que me fortalece” Filipenses 4: 13

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Jantar do Empresário

18º

Prêmio

2013 ACIAS

CONVITES A VENDA RESERVE SUA MESA Evento beneficente à Casa Apoio do Hospital Estadual de Sumaré

Data: 29 de Novembro Horário: 19h30 Local: Clube Recreativo Sumaré Av. Rebouças, 863

Realização: Realização:

Informações: 19 3873.8701 | www.acias.com.br PATROCÍNIOOURO



FALE VOCE Temos a honra de apresentar a mais nova seção interativa da Típica. Cada edição lançamos uma pergunta diferente, aberta à população no geral. Recolhemos as opiniões por Facebook, e-mails ou entrevista e publicamos.

Participe. Contamos com sua opinião. Nessa edição, perguntamos a você:

?

Depois dos importantes movimentos sociais, Diretas Já de 1984 e dos Caras Pintadas de 1992. Qual a sua opinião a respeito das manifestações “Passe Livre” de nossa região

Denilson L. Silva, analista financeiro “Aguardaremos ansiosamente que tal momento restitua a ética na política e nos governantes desse País.”

Ilma Estevam Guimarães, empresária “Na minha opinião, as manifestações foram perda de tempo, pois ocorreram de forma desfocada, sem um propósito claro, sem embasamento critico considerável, e pior, não houve um acompanhamento a respeito das solicitações para ver se o que foi solicitado de fato, foi ou não atendido."

André Luiz Greenbergh, corretor de imóveis “Num País onde nada mais nos surpreende vindo da classe governante

Karine Gallo, Comunicóloga e Coordenadora de Vendas

qualquer resultado positivo será uma grande surpresa”

"É de extrema importância as manifestações que ocorrem em nosso País. Podemos e DEVEMOS exercer o nosso direito de democracia, exigindo transparência de nossos governantes."

Adriana T. Piza, estudante “Esperamos muito mais que simples reduções de taxas e impostos. Aguardamos ansiosos a volta da moral política.”

Leandro Cristino, Coordenador de Almoxarifado “Sou a favor da população, as passeatas são uma forma de reivindicar nossos direitos e impor nossas opiniões.”

Gabriel Trevisan Formigoni, estudante de direito “O Movimento do Passe Livre, assim como os demais movimentos ocorridos nas últimas décadas de Brasil, não representa unicamente a conquista dos objetivos que intitulam a manifestação. Vai além. Todos os movimentos são reflexos da saturação no perfil do brasileiro. O povo está cansado, assim como já esteve antes, mas não identifica

Patrícia Bampa Garcia, gerente executiva da Associação Comercial de Sumaré e professora da Faculdade Uniesp “A manifestação é um ato válido e até emocionante para àqueles que realmente sentem amor pelo nosso País.”

um único objetivo para sintetizar a revolta. O passe livre é um rótulo bem montado para a angústia total com um Estado que explora muito bem, e distribui muito mal.”

Claudinho Moreno, empresário “Sou a favor das manifestações. Porque só com essa atitude que mudaremos esse quadro lamentável que está nosso País.”


Adriana Beleboni, financeiro da Associação Comercial de Hortolândia

Gustavo Caron, empresário

“Não sou a favor do vandalismo,mas acho sim que o povo tem que ir

te organização. Fazer manifestação por fazer não. Saber o porque da ma-

para rua lutar por seus direitos. O povo brasileiro já se calou muito, e

“As manifestações são válidas, desde que tenham critérios e principalmennifestação é primordial. Organizar, para que esses pedidos aconteçam.”

por muito tempo, sempre aceitou tudo que foi imposto pelo governo mas agora tem mesmo q exigir o que foi prometido e discutir as coisas que estão erradas.”

Danila Assunção, analista de suporte “Sou a favor das manifestações, se quisermos melhorias temos que levantar e ir às ruas mostrar que não estamos de brincadeira. Queremos uma cidade, um estado, um País melhor."

Carina Castilho, Modelo e Empresária “O Brasil acordou! Mas vandalismo não.”

Rafael Fernando Beraldo, assistente de administração sênior, estudante de odontologia. “Nada de esmorecer, sou a favor dos protestos sim, mas de forma ordeira e à partidária. A "democracia" que elege o poder executivo que no fim legislam em beneficio próprio, causa muita indignação. Protestos, uma forma de buscar direitos do cidadão, mas sempre de forma pacífica, destruir

Joslaine Batista, empresária

patrimônio público é rasgar nosso próprio dinheiro.”

“Acho importante o povo brasileiro se manifestar. É a nossa resposta, é a dos trabalhadores, dos desempregados, da dona de casa, dos pais que

Sandro Padovani, gerente de compras

tem um filho doente e que não consegue ser atendido nos hospitais. As

“Acho a manifestação justa, isso é democracia, mas sem as badernas.”

manifestações foram parar até nas redes sociais. Nosso País se indignou com tanta injustiça acontecendo. Acredito que toda ação tem uma reação. Nosso País implora por uma reforma na política urgente. Sou a favor das manifestações Sim, mas contra os vandalismos.”

Adrielle Aparecida de Moraes Ropero, estudante “As manifestações são positivas, só lutando por nossos direitos temos respostas.”


CIDADES

Típica | Setembro / Outubro de 2013

Ilustração: Edinelson Prazer

Texto | Marcelo Pendezza - Jornalista

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O Gigante

acordou...

e jovens soltam o verbo em busca de mais qualidade dos serviços públicos

Q

uando seu filho ficar doente,

laram nas mãos de milhões de brasileiros

leve-o a um estádio"; "O povo

na maior onda de manifestações da histó-

Para a estudante de Direito e mo-

acordou, o povo decidiu. Ou

ria do Brasil. Do Oiapoque ao Chuí, o povo,

radora do bairro Maria Antonia, Karlyne

para a roubalheira, ou paramos o Brasil”;

convocado pelas redes sociais, foi para as

Zanela da Rocha, 24 anos, que participou

"Queremos hospital e escola no padrão

ruas cobrar melhorias e reivindicar direitos

das manifestações em Campinas e em

FIFA"; "Não é por 20 centavos é por 40

constitucionais, como melhoria na Saúde e

Sumaré nos meses de junho e julho, disse

pois a viagem é de ida e volta"; "Aqui resi-

na Educação. Essa onda, tomou as capi-

que o País está vivendo uma nova reali-

de uma nação conformista. O Brasil acor-

tais, grandes e pequenas cidades do Brasil.

dade com uma juventude mais conscien-

dou"; "Jogamos Mentos na geração Coca

Desde 1992, no movimento dos “Caras Pin-

te e escolarizada. “Os protestos iniciados

Cola". Essas foram algumas das milhares

tadadas”, onde cobraram a saída do então

nas redes sociais que ganharam as ruas

de frases escritas em cartazes que desfi-

presidente Fernando Collor de Mello, não se

de nossas cidades nos mostraram que es-

"

via tamanha comoção.


tamos vivendo outra realidade. Estamos diante de uma juventude mais escolarizada que há 20 anos. O acesso a Universidade e as necessidades constantes de serem inseridos em um mercado de trabalho, que a todo instante testa o conhecimento e responsabilidade de cada um, faz crescer o sentimento de que essa cobrança precisa ser estendida aos nossos governantes, nós como cidadãos, não deixamos de fazer nossa parte ao pagar os impostos para de qualidade, transporte, educação, entre outros direitos”, declarou Karlyne. Em

relação

às

Manifestação em Sumaré, Karlyne Zanela da Rocha e amigos. Arquivo pessoal Karlyne Zanela da Rocha

manifestações

tro muitas vezes aos anseios da população

ções da cidade. “Em Hortolândia a mani-

ocorridas em Sumaré, Hortolândia e Nova

sendo prestado de forma ineficaz, talvez

festação foi pacífica, me senti feliz em po-

Odessa, um dos pontos debatidos e recla-

porque não haja também uma fiscalização

der contribuir pela minha cidade, meu país.

mados foi o transporte público. “No con-

por parte da Prefeitura em melhorar a vida

Todos respeitando um ao outro, a cidade

texto de Sumaré, citando apenas o trans-

dos nossos munícipes?”, questionou a jovem.

está de parabéns pela manifestação histó-

porte público como exemplo, quantos anos

Para a jovem designer gráfico, Ta-

já estamos presenciando o monopólio de

tielly Maia, 29 anos, moradora do bairro

Durante o seu discurso, Tatielly

apenas uma empresa na prestação desse

Remanso Campineiro em Hortolândia foi

Maia faz uma alerta à população, dizen-

serviço? Serviço que não vem de encon-

um orgulho ter participado das manifesta-

do que não basta ir às ruas, é preciso ter

rica”, revelou a jovem.

Típica | Setembro / Outubro de 2013

termos em contra partida, saúde pública

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CIDADES consciência na hora de votar. “A política de certa forma se acomodou e ficou nas promessas. Um país mais justo é o que queremos, com escolas, hospitais, saneamento de qualidade. O dinheiro público muitas vezes é gasto de forma irregular e isso levou o povo às ruas. O futuro de amanhã depende da nossa atitude de hoje, só assim podemos tornar um país melhor e digno. Que tenhamos consciência nas próximas eleições. Para buscar uma agenda positiva frente a onda de manifestações, o prefeito de Hortolândia, Antonio Meira, divulgou que a Prefeitura está aberta ao diálogo e para receber as possíveis reclamações que estejam ao alcance do Poder Público Municipal. “Estamos abertos ao diálogo e a re-

Coreto em frente a prefeitura de Hortolândia na concentração antes da manifestação começar. Tatielly Maia, design gráfico e Thales Azevedo, fotógrafo. Arquivo pessoal de Tatielly Maia

ceber as reclamações para que possamos

ram as cidades da região e o Brasil. Os

Planalto e em diversas prefeituras pelo País

estabelecer uma agenda positiva e buscar

atos públicos foram massivamente divul-

afora. Se realmente “O Gigante Acordou”,

juntos as melhorias para a nossa popula-

gados pelos jornais, rádio, internet e tele-

os atos só refletirão positivamente para um

ção”, comentou o prefeito.

visão. Algumas ações já foram sentidas

País mais politizado e consciente sobre seus

no Congresso Nacional, no Palácio do

direitos e deveres.

As manifestações ocorreram, para-


Texto | Claudia de Souza Mota | Psicóloga

DIAGNÓSTICO

A

utoestima está relacionada a

Quando ausente pode levar a es-

é ter em mãos o equilíbrio da autoestima,

saúde mental ou bem estar psi-

tados mentais negativos, causando senti-

é ser capaz de olhar para dentro de si e

cológico, é a maneira como nos

mentos de depressão, descontentamento

enxergar o potencial humano que há em

enxergamos. Também responsável por nos-

consigo mesmo. Não tratada corretamente

você. Aceitar os lemas de sua vida, con-

sas atitudes e decisões ao longo de nossas

pode levar a um grau avançado, gerando

vidas.

sentimentos de inadequação e desvaloriPossuir uma autoestima equilibra-

zação pessoal.

viver da melhor maneira possível com as dificuldades e procurar ajuda profissional, são dicas para manter a autoestima equilibrada.

da é sentir-se confiantemente adequado à

Em algumas situações os proble-

vida, isto é, com olhos para o lado positivo

mas relacionados a autoestima podem ter

das coisas e pessoas, acreditar sempre no

sido originados na infância, interferindo em

aconteça, esteja sempre cuidando de si

melhor, no lado bom. Ter uma autoestima

diversos aspectos no decorrer de uma vida

mesmo e regando diariamente sua semen-

baixa é sentir-se inadequado à vida, erra-

num todo.

te da autoestima.

do, desanimado.

O princípio para uma vida saudável

O mais importante é, além de estar, é ser feliz e viver bem, e para que isso

Fica a dica, até a próxima edição.

Típica | Setembro / Outubro de 2013

Autoestima Como alcançar

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Texto | Lucimara Mugnos, Psicanalista e gestora de Recursos Humanos, pós graduada em Gestão de Pessoas.

SAÚDE

O desenvolvimento Típica | Setembro / Outubro de 2013

Infantil

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O papel importante dos pais na fase do desenvolvimento de crianças de 10 a 14/15 anos A Pré-Adolescência ou Adolescência Inicial.

A

criança passa por uma transformação, onde ocorrem diversas e intensas mudanças físicas e psicológicas (deixa de ser criança para começar a ser um adulto), em contrapartida os pais iniciam um conflito de perda do seu bebê e começam a vivenciar um desafio muitas vezes frustrante. É uma fase de sofrimento contínuo, mas iremos ajudá-los a entender o que ocorre realmente e o que vocês pais podem fazer para diminuir esse tal conflito. Psicanaliticamente estamos falando do período ou fase genital (que ocorre dos 10 aos 14-15 anos de idade) é precedida pelo período de latência, a organização genital propriamente dita se instala na puberdade, quando as pulsões parciais estão definitivamente integradas sob a primazia genital específica de cada sexo. É o estágio final do desenvolvimento libidinal instintual. A pré-adolescência é uma das etapas do desenvolvimento humano caracterizada por anteceder a entrada na adolescência, pois é neste período da vida que as crianças passam a ter mais responsabilidades (deveres), ao mesmo tempo em que passam a querer e exigir mais respeito de outras pessoas - particularmente dos adultos. A criança passa a compreender mais a sociedade, ordens sociais e grupos, a instabilidade toma conta do desenvolvimento psicológico, pois são muitas informações ao mesmo tempo. Este período de mudanças físicas e emocionais que compreende toda a puberdade, começa por volta dos 10 anos de idade e dura aproximadamente quatro anos. Sabe aquela história de que as meninas se desenvolvem primeiro do que os meninos? É verdade! Geralmente, as transformações no corpo deles começam dois anos depois do que no delas e, ainda por cima, não são visíveis. Nos meninos ocorrem com o primeiro

sinal de que estão na puberdade, é o aumento dos testículos, o pênis só cresce dois anos depois. Em seguida, surgem os pêlos pubianos. Mudanças visíveis, como pêlos faciais e mudança de voz acontecem na adolescência final. Se os meninos sofrem por serem tratados como criança, mesmo quando já entraram na adolescência, com as meninas, o constrangimento não é menor, pois todos que estão em volta acompanham e reparam o seu desenvolvimento: O primeiro sinal da puberdade é a pelarca, o surgimento do broto mamário. Os ovários começam a funcionar, o corpo passa a produzir hormônios, surgem os pêlos pubianos, a cintura afina, o corpo começa a tomar a forma violão e, por último, contrariando o que muita gente pensa, acontece a menarca, a primeira menstruação. A grande responsável por toda essa revolução é a hipófise, glândula que fica localizada no meio do cérebro. Lá pelos dez anos, a hipófise resolve que chegou a hora da mudança e começa a secretar hormônios que estimulam as gônadas (testículos e ovários) a produzir os hormônios sexuais, causando todo esse alvoroço – também conhecido pelo nome de puberdade. A partir daí, quem era criança virá pré-adolescente!


Com todas essas mudanças físicas ainda ocorrem a maturação psicológica, por isso, vêm acompanhadas de muita confusão. Os carrinhos e bonecas, que antes garantiam horas de diversão, já não têm a mesma graça de antes. Ouvir música no último volume e ir paquerar no shopping passam a ser os programas preferidos. Nesta fase a presença dos pais também é fundamental, essa relação tem que ser vivida como parceria, onde os pais irão indicar o caminho, ajudar em suas dúvidas, deixando sempre claro sobre suas atitudes ou escolhas e suas respectivas consequências. Não esquecendo que seu filho tem que arcar com as responsabilidades de ser um adolescente, pois os problemas, as dúvidas, afinal, já existem na cabeça dele. Bem, falamos sobre as mudanças do corpo e da mente como funciona? A palavra adolescência vem do termo latim “adolescere”, que significa amadurecer. É isso mesmo o que vai acontecer com seu

filho nessa fase. Ele vai crescer, vai mudar a sua forma de pensar e de se relacionar com o mundo, vai ter desejos, sonhos e interesses diferentes, enfim, sua vida vai ganhar um novo sentido. A pré-adolescência é uma preparação para essa fase. Antes de tudo seu filho precisa desligar-se de tudo o que prende à infância e construir uma nova identidade para si. Criando em suas cabecinhas muitas fantasias e expectativas. Em primeiro lugar as brincadeiras infantis são abandonadas de vez e entram em cena os jogos de raciocínios, típicos dos adultos. A fase do clube do bolinha – aquele onde “menina não entra”- finalmente acaba, reintegrando meninos e meninas. E outra, não se desespere se seu filho pedir que você o deixe um quarteirão antes da porta da escola e se recuse a dar um beijo de despedida – nesta fase, as manifestações de cuidado e carinho dos pais são interpretadas como uma volta à infância – e isso é o que eles menos querem! Então pais, entendam, não briguem

com eles, pois é natural esse tipo de comportamento! Devemos ressaltar que muitos pré-adolescentes podem até mesmo se sentir em pânico ao se deparar com as novas regras de seu grupo social e achar que não podem se adequar a elas. Vamos dar um exemplo: “Vou ter que namorar? E se eu não conseguir?”, é um pensamento comum da cabeça de muitos pré-adolescentes. Entre as meninas, a preocupação em se adequar aos padrões de beleza também gera muita angústia (tomar cuidado com bulimia, anorexia, etc.). Em razão desse sofrimento, o jovem pode se isolar e apresentar um comportamento auto-destrutivo. Em casos mais intensos pode até vir a ter depressão – então pais fiquem de olhos abertos, e se isso acontecer não hesitem em procurar um profissional da área para poder ajudar seu filho a passar essa fase de turbulência! Bem, é isso! Torne-se parceiro, amigo de seu filho (a), mostre a realidade de forma clara, apontando que suas

Típica | Setembro / Outubro de 2013

SAÚDE

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SAÚDE

Típica | Setembro / Outubro de 2013

escolhas trarão resultados positivos ou negativos para sua vida. Limites precisam existir! E não podemos esquecer também que as referencias dos pais como: visão, valores, atitudes irão também influenciar nesta fase, só que de forma bem nítida e conflituosa. Os padrões se repetem!

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Mais informações pelo e-mail lucimara_mugnos@hotmail. com ou pelo telefone 19 9518-1554. Como psicanalista, atendo adultos, adolescentes e crianças na Clinica Dona Alice - Rua João Francisco Ramos, 217 - Telefone: 3873-3202. É pais, já deu para perceber que essa fase não será nada fácil, segue ao lado mais dicas para ajudar vocês:

Referente a roupas – por mais que seus filhos usem roupas que vocês achem inadequadas, tente respeitar seu estilo, pois ele precisar realizar suas próprias experiências para amadurecer e definir sua identidade. Não coloque no mesmo nível regras para coisas sérias, como uso de drogas e regras para coisas menos sérias, como uso de determinados tipos de roupas. Se os pais fizerem isso, os filhos vão achar que eles implicam com tudo e não vão dar valor às recomendações realmente importantes. Referente à piercings e tatuagens – a coisa se complica! Se seu filho perguntar por que você não o deixa fazê-las, não diga apenas que é porque você não quer ou porque você é a mãe (ou o pai) e sabe o que é melhor para eles. Esse tipo de argumento é vazio, não funciona. Informe sobre os riscos que isso pode trazer e explique os motivos pelos quais você acha que ainda é cedo para ele fazer, diga que quando estiver mais velho poderá decidir melhor.


KIDS

TĂ­pica | Setembro / Outubro de 2013

Recorte a imagem nas linhas pontilhadas e monte o quebra-cabeças do Tip

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ESPECIAL

Texto | Andréia Dorta - Jornalista

Os pais, os filhos, a educação e o futuro da humanidade Típica | Setembro / Outubro de 2013

Os paradigmas que podem ajudar ou atrapalhar quando o assunto é criação dos filhos

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U

m dos principais medos dos pais

nossa atenção 24h por dia. A comuni-

por cada responsável de uma criança. É

de hoje, talvez o maior deles,

cação ora silenciosa, ora pelos mais va-

uma tarefa diária e o mundo, dependen-

seja a preocupação em como

riados tipos de choro, bem como ines-

do do seu ponto de vista, pode inspirar

criar os filhos, como prepará-los para os

quecíveis sorrisos e longos períodos na

ou conspirar contra você. A sociedade se

dias de amanhã, como fazer deles pesso-

troca de olhares fazem deles o sentido de

transformou e com ela toda a estrutura

as no mínimo de bom caráter e de certa

nossas vidas. Nessa hora não dá para en-

física e psíquica do ser humano, inclusi-

forma ensiná-los a se protegerem da mal-

tender, se é que tem alguma explicação,

ve o antigo padrão tradicional de família.

dade humana.

as atrocidades que acontecem com esses

Nem todos foram preparados para tama-

Em um mundo em que a vida do

pequenos anjos na terra como abuso se-

nha mudança, mas a vida continua e com

ser humano passou a valer tão pouco

xual, abandono nas ruas, em sacos de lixo,

ela a busca pelo melhor de cada um de

em relação ao tamanho da violência que

caçambas e caixas de sapatos. É lamentá-

nós, seja até mesmo quebrando paradig-

abrange os quatro cantos da Terra, é difícil

vel ver a que ponto chegamos.

mas, superando conflitos e vencendo os

não se preocupar quando surge a confirmação de um novo membro na família. Mesmo tão pequenos, tomam

Ter filho é um grande desafio e

obstáculos.

será eternamente uma cartilha individual

Diante das dificuldades e medos,

a ser escrita por cada pai, por cada mãe,

até mesmo a mídia nacional e internacio-


ESPECIAL nal tem colaborado com alguns programas

criança no futuro. Acima de tudo tenham

ra também para a ligação entre família,

que podem ajudar a lidar com as crianças.

paciência e jamais joguem essa respon-

relembrando que um dia nós adultos tam-

São tantas as opções, mas a verdade é

sabilidade nas costas de quem auxilia na

bém fomos crianças. Aquele sentimento

única: na prática cada um conta com o

criação de seus filhos. A educação de seu

de culpa dos pais pela ausência em fa-

que realmente tem. Ajuda da família, das

filho só depende de você.

mília jamais deve ser substituída por “pre-

do responsável jamais pode ser perdida.

Mediante a correria do dia a dia,

sentes”. Ao invés disso, tentem cada vez

acúmulo de tarefas, trabalho excessivo,

mais uma aproximação: um passeio na

Estudos revelam que uma das

entre outros obstáculos, fica difícil uma

principais lições de casa para os pais é

rotina saudável e presencial em família,

a participação. Segundo a especialista

mas isso não impede de nós pais sermos

Maria Inês Fini, doutora em educação,

criativos a ponto de reavaliarmos o que

não cabe aos pais a responsabilidade de

pode ser mudado em função de uma roti-

assumir o papel de professores dentro de

na mais próxima e afetiva em família. Nin-

casa, entretanto, cabe a eles o papel de

guém disse que seria fácil, mas isso não

incentivadores a educação desde cedo,

nos impede que façamos a diferença na

e principalmente a participação durante

vida de nossos filhos.

praça, um ida ao cinema ou teatro com seus filhos, um piquenique no quintal ou na área de serviço, uma noite do pijama na sala, com direito a cabana de lençóis e chocolate quente com pipoca e quem sabe um filme infantil, só vocês. A questão é que não existe uma única coisa a ser feita, mas sim várias e para cada relação de pai e filho se encaixa uma. Durante os 7 dias da semana, um

o período da lição de casa. Sendo assim,

Acompanhar e no mínimo saber o

pais e responsáveis, independente do que

que acontece com nossos filhos fora de

ter a linha do diálogo sempre no restante

fazem, ou que horas trabalham, coloquem

casa é primordial. Estabelecer horários

dos dias, ajudam no resgate do papel da

em sua rotina um horário para ajuda-

de acesso principalmente ao computador

família em qualquer lugar do mundo, basta

rem seus filhos na lição de casa. O apoio

é importante. Ensiná-los a enxergar que

querer mudar e fazer dessa oportunidade

moral e incentivador ajudam e muito no

existem outras formas de brincar além do

um meio de ser testemunho o que há de

desenvolvimento do que se espera dessa

celular, computador, internet, etc, colabo-

melhor no ser humano para seus filhos.

único dia de dedicação aos filhos e man-

Típica | Setembro / Outubro de 2013

babás, tudo é bem vindo, mas a referência

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Texto | Oswaldo José Ottaviano Advogado e corretor de imóveis em Sumaré autor do livro Retalhos do Quotidiano

COMPORTAMENTO

Verdades e Mitos na Internet

N

ão se pode confiar em tudo o que se vê na internet nem mesmo quanto aos seus autores. Arnaldo Jabor está can-

sado de ser cumprimentado ou malhado por textos que diz não serem seus. Mas o que segue, e tem sido circulado na rede nos últimos tempos, é atribuído a João Ubaldo Ribeiro e parece ser dele mesmo. Se não for, bem que ele gostaria que fosse, pois só diz a verdade e merece elogios. Vale a pena refletir sobre o assunto. Assim vejamos:

Precisa-se de Matéria-Prima para construir um País. A crença geral anterior era que Collor não servia, bem como Itamar e Fernando Henrique. Agora alguns dizem que Lula não serviu e que Dilma não serve. E o que vier depois de Lula e Dilma também não servirá para nada... Por isso estou começando a suspeitar que o problema não está no ladrão corrupto que foi Collor, ou na farsa que foi o Lula. O problema está em nós. NÓS COMO POVO. NÓS COMO MATÉRIA-PRIMA DE UM PAÍS. Porque pertenço a um país onde a “ESPERTEZA” é a moeda que sempre é valorizada, tanto ou mais do que o dólar. Um país onde ficar rico da noite

para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família, baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nas calçadas, onde se paga por um só jornal e SE RETIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO OS DEMAIS ONDE ESTÃO. Pertenço a um país onde as “Empresas Privadas”, são papelarias particulares de seus empregados desonestos, que levam para casa como se fosse correto, folhas de papel, lápis, canetas, clipes e tudo o que possa ser útil para o trabalho dos filhos... e para eles mesmos. Pertenço a um país onde a gente se sente o Máximo porque conseguiu “puxar” a tevê a cabo do vizi-

nho, onde a gente frauda a declaração de imposto de renda para não pagar ou pagar menos impostos. Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os diretores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e reclamam do governo por não limpar os esgotos. O povo saqueia cargas de veículos acidentados das estradas, dirige após consumir bebida alcoólica, pega atestado médico sem estar doente, só para faltar ao trabalho. Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou R$10,00, pede nota fiscal de R$20,00. Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes, compra produtos piratas com a plena consciência de que são piratas.


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Típica | Setembro / Outubro de 2013

COMPORTAMENTO

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Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve. Se falsifica tudo, tudo mesmo. Só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado. E quer que os políticos sejam honestos. O brasileiro reclama de quê afinal? Aqui nossos congressistas trabalham dois dias por semana para aprovar projetos e leis que só servem para afundar o que não tem, encher o saco do que tem pouco e beneficia só a alguns. Pertenço a um país onde as carteiras de motoristas e os certificados médicos podem ser “comprados” sem fazer nenhum exame. Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no ônibus, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar o lugar. Um país onde a prioridade de passagem é para um carro e não para um pedestre. Um país onde fazemos um monte de coisas erradas, mas nos esbaldamos em criticar nossos governantes. Como “Matéria Prima” de um país, temos muitas coisas boas, mas nos falta muito para sermos os homens e mulheres de que nosso

país precisa. Esses defeitos, essa “ESPERTEZA BRASILEIRA” congênita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em caso de escândalo, essa falta de qualidade humana, mas do que Collor, Itamar, Fernando Henrique ou Lula, e que é real e honestamente ruim, porque todos eles são brasileiros como nós. ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte. Entristeço-me. Porque, ainda que Dilma renunciasse hoje mesmo, o próximo presidente que suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria-prima defeituosa que, como povo somos nós mesmos. E não poderá fazer nada. Não tenho nenhuma garantia de que alguém o possa fazer melhor. Mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Collor, nem serviu Itamar, não serviu Fernando Henrique, Lula e nem a Dilma, nem servirá o que vier. Qual é a Alternativa? Precisamos de mais um ditador para que nos faça cumprir a lei com a força por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa.

E enquanto essa “outra coisa” não começa a surgir de baixo pra cima ou de cima pra baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados... igualmente sacaneados! É muito gostoso ser brasileiro. Mas quando essa brasilinidade autóctone começa a ser um empecilho ás nossas possibilidades de desenvolvimento como nação, aí a coisa muda. Não esperemos acender uma vela para todos os santos, a ver se nos mandam um messias. Nós temos que mudar! Um novo governante com os mesmos brasileiros não poderá fazer nada. Está muito claro. Somos nós que temos que mudar. Agora depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de surdo, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. É o que sempre digo “O governo somos nós, os políticos nem tanto assim” (Paulo Busko). “MEDITE !!!” E eu acrescento: o que nos falta é EDUCAÇÃO!

Com efeito, somos um povo que

Mas é preciso um trabalho gigantesco em

Os comunicadores – professores,

herdou uma série enorme de usos e cos-

favor da educação para o bem de todos.

palestrantes, padres, pastores, enfim to-

tumes. Infelizmente os maus são mais

Esse papel cabe a muitos: a im-

dos os que lidam com as massas preci-

prensa – falada, escrita e televisada – pre-

sam se unir em favor da educação. Só

cisa cumprir o Artigo 221 da Constituição

assim teremos o País que queremos.

aprendidos e os bons.... deixa pra lá. Num país de dimensões continentais é natural que isso tenha acontecido.

Federal para que não seja letra morta.


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Texto | Andréia Dorta - Jornalista

CAPA

Karina Bacchi

em:

Típica | Setembro / Outubro de 2013

Os Múltiplos Talentos

28

Conheça a história da jovem atriz que encontrou na profissão um motivo a mais para ser feliz

P

restes a completar 37 anos, buscar a felicidade sempre é um dos objetivos que a libriana Karina Bacchi tem desde o berço. Nascida em São Manuel, interior de São Paulo, iniciou a carreira com apenas qua-

tro anos como modelo mirim e foi em São Paulo que alcançou o auge como modelo aos 14 anos. Capa de importantes revistas, Karina estampou a beleza nata que a descendência italiana lhe deu: pele clara, cabelos louros e invejáveis olhos azuis. Em paralelo, estudou dança e teatro e finalmente no ano 2000 foi chamada para o primeiro trabalho na TV, com a novela Vidas Cruzadas. Daí em diante não parou mais. Foram novelas em várias redes de TV como Globo, SBT e Record. Também fez filmes e participou de alguns quadros como a Dança dos Famosos, na qual foi campeã. Em 2009 foi a vencedora da edição A Fazenda 2, conquistando mais uma vez a simpatia, carinho e admiração do público. Da experiência do reality show Simple Life, lançou o livro “Patricinha sem Salto”, escrito por Fernanda Moraes. O livro conta as peripécias de duas patricinhas no mundo rural. Mas a experiência como escritora deu início em 2004, com a criação do livro “Felizka”, uma fábula infantil, ganhadora do prêmio Quality Cultural em 2005. Outra obra da escritora é o livro “Código”, baseado em sua própria experiência de relatos de um diário pessoal que acompanha Karina desde a infância. O li-

Programas e Seriados de TV "Louca Família"

vivendo a personagem Suzi, 2009 Em 2008 e 2009 apresentou o

"Um Baque com Karina" no Domingo Espetacular - Rede Record


imprensa. Do sucesso como escritora, Karina foi convidada a ter uma coluna exclusiva na Revista “Toda Teen” por quase dois anos, com temas propícios aos adolescentes. Além de escritora, atriz, modelo e apresentadora, Karina é engajada em inúmeras causas sociais, despertando a consciência humanitária, solidária e filantrópica existente nela e em cada um de nós seres humanos. Junto a ONG Florescer, parceira da Unesco, hoje cerca de 500 crianças são beneficiadas na comunidade carente de Paraisópolis-SP. Dentre outras instituições que Karina participa encontram-se SOS Mata Atlântica, Inverno Sem Frio, Casa da Sopa, Amém, Ação Criança, Pestalozzi, entre outras. Junto ao Ministério da Saúde, em 2005, foi nomeada embaixadora brasileira nas campanhas de conscientização em algumas áreas da saúde. Acompanhe agora a entrevista com a carismática Karina Bacchi.

Típica: Como surgiu o amor pela profissão? Karina Bacchi: O amor surgiu naturalmente quando criança.

Karina Bacchi:

Cada etapa

Posar para fotos, desfilar e fazer

para mim eu considero um desafio.

comerciais sempre foi algo natural,

O início da carreira de atriz, o reali-

uma alegria. Me sentia muito bem

ty, os livros que escrevi, agora como

e não com aquela sensação de

apresentadora, enfim, estou sempre

“obrigação” porque alguém queria

me desafiando a crescer. De certa

que fizesse. Me sentia feliz.

forma esses desafios acabam se tornando os sonhos que sempre tive,

Típica: Conte-nos um pouco de sua infância.

que com trabalho, profissionalismo e seriedade conquistei cada um deles e agradeço por hoje estar onde estou.

Karina Bacchi:

Nasci e vivi

até meus 14 anos em São Manuel, minha cidade natal (interior de São Paulo), e tive uma infância maravilhosa, de brincar na rua, fazer “pic-nics” e ter a imaginação e meu lado artístico e lúdico incentivado e aflorado pela família e pelos amigos.

Típica: Houve apoio da família quando decidiu ser artista? Karina Bacchi:

Sempre me

apoiaram e isto foi essencial. Família é muito importante, é nossa base para a vida. É com ela que conseguimos alcançar os nossos sonhos, manter nossos valores e seguir em frente sempre.

Novelas de Sucesso Vidas Cruzadas [Rede Record] Pícara Sonhadora [SBT] Marisol [SBT] O Clone [Rede Globo]

Típica: O maior desafio superado até o momento?

Agora É Que São Elas [Rede Globo] Da Cor do Pecado [Rede Globo] Cidadão Brasileiro [Rede Record] Caminhos do Coração [Rede Record]

Típica | Setembro / Outubro de 2013

vro teve destaque e foi elogiado pela

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Típica | Setembro / Outubro de 2013

30

Típica: Um desejo ainda não alcançado?

e fico junto com a minha família, um dos meus bens mais preciosos.

Karina Bacchi: O de apresentar um programa com plateia.

Típica: Um momento muito alegre até o momento?

Típica: Algumas coisas que mudaram no dia a dia antes e depois da fama.

Karina Bacchi: Profissionalmente: a vi-

Karina Bacchi: Hoje eu evito estar em eventos com imprensa e meu namorado. Mantenho minha vida pessoal longe dos holofotes e vivo muito melhor assim.

Típica: Como é conciliar amigos, profissão, família? Karina Bacchi: Eu priorizo minha vida pessoal. Para mim é o que mais importa e o que me deixa mais feliz. Assumo compromissos profissionais que possibilitam isto e desta forma equilibro tudo. Sendo assim, faço tudo com entusiasmo e tenho qualidade de vida, acima de tudo, em clima de harmonia em todos os aspectos.

Típica: Qual o significado de família para você? Karina Bacchi: A família é o meu porto seguro, o amor maior. Típica: O dia a dia de Karina Bacchi. Karina Bacchi: Amo as coisas simples. Tenho minha hortinha e também adoro estar no campo. Quando estou em São Paulo trabalho bastante, vou a academia, faço cursos de culinária e filosofia, namoro

Reality Shows Dança dos Famosos [Rede Globo] - 2006

Simple Life - Brasil

[Rede Record & Fox] - 2008

A Fazenda 2

[Rede Record] - 2010 (Karina foi a grande vencedora!)

tória no reality A Fazenda! Foi muito legal ter vencido.

Típica: Outro não tão alegre? Karina Bacchi: Não alimento nenhuma lembrança que não me faz feliz.

Típica: O que mais de dá prazer? Atuar no teatro, na TV, ser apresentadora, ser escritora, modelo? Karina Bacchi: O que mais me dá prazer é seguir minha vontade em cada momento. Hoje apresentar me realiza mais.

Típica: O que faz para melhorar a cada dia? Karina Bacchi: Sou otimista e procuro crescer sempre. Valorizo cada minuto da minha vida.


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TĂ­pica | Setembro / Outubro de 2013


CAPA

Posar nua. Me arrependo imensamente.

Típica | Setembro / Outubro de 2013

- Karina Bacchi -

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Típica: Já se sente realizada profissionalmente? De que forma? Karina Bacchi: Me sinto sim, conquistei tudo o que me propus a fazer , venci tudo o que competi. Lógico que quero realizar mais, entretanto, são etapas futuras. As anteriores já foram realizadas, foram importantes e me fizeram feliz.

Típica: Durante o Reality Simple Life, Mudando de Vida, como foi conviver com tantas mudanças? Como foi e ainda é a convivência com Ticiane Pinheiro?

Karina Bacchi: Foi uma experiência maravilhosa, divertida. Fez com que o convívio no campo se tornasse algo natural e prazeroso para mim, o que colaborou imensamente para minha experiência na Fazenda. Conviver com a “Tici” é pura alegria, é uma delícia! Nos dávamos super bem, o que permanece até hoje. É uma amizade e um carinho para sempre. Típica: Na 2ª temporada de A Fazenda, qual foi a estratégia usada para ser a vencedora? Karina Bacchi: A mesma estratégia que uso na minha vida. Respeitar as pessoas, ser paciente, perseverante, batalhadora,

ter equilíbrio e inteligência emocional. Querer muito vencer e fazer por merecer!

Típica: Durante o confinamento, do que mais sentiu falta e do que nem se lembrou que existia? Karina Bacchi: Senti muita falta da minha família, de conversar com eles e com meus verdadeiros amigos. Porém estava bastante focada na vitória o que me deu força pra seguir. Nem lembrei que existia TV, computador, telefone, etc. Esta parte foi sensacional. Viver intensamente junto a natureza e os animais para mim foi um presente.

Cinema

Publicações Literárias

UM LOBISOMEM NA AMAZÔNIA

FELIZKA

Karina esteve ao lado de lendário Paul Nesh, astro argentino.

Gênero: Fábula Infantil [Editora Edelbra]

MULHER INVISÍVEL

CÓDIGO K

Participação especial

[Editora ARX].


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TĂ­pica | Setembro / Outubro de 2013


Típica: O que não faria por dinheiro e fama?

Típica: Durante esses reality´s que participou, o que mais te marcou durante as gravações e o que a levou a mudar algumas atitudes na própria vida?

incrível. O programa aborda o Universo das celebridades com o diferencial de matérias exclusivas e entrevistas internacionais. O programa é super bem feito, dinâmico e jovem. Me identifico e adoro fazer.

Karina Bacchi: O que mais causou mu-

Típica: Quais os planos futuros em relação a profissão? Karina Bacchi: Quero conquistar mais, e

danças no meu jeito de ser foi o Simple Life. Passei a amar ainda mais a vida no campo e a ter menos frescuras. Já a vitória na Fazenda foi um coroamento às minhas convicções, a minha forma de ver o mundo, de conviver com as pessoas etc. Foi uma vitória pessoal importante para mim.

Típica: Como se sente estar a frente do Pop Up? Fale um pouco do programa para os leitores da Típica.

já estou no caminho destas conquistas.

Típica: E os planos pessoais? Karina Bacchi: Estes são pessoais mesmo .... rsss, mas basicamente continuar valorizando o que tem valor para mim e viver feliz !

Típica: Do que mais se arrepende de ter feito? Karina Bacchi: Posar nua. Me arrependo imensamente.

Típica: Um conselho aos que estão iniciando a carreira de artista como você? Karina Bacchi: Sigam seus sonhos, se preparem profissionalmente, tenham os pés no chão e continuem valorizando a vida como ela é e façam tudo com dedicação e entusiasmo. Assim os frutos aparecerão. É preciso plantar.

Típica: Qual o maior mico que já pagou até hoje?

Típica: Deixe uma mensagem a todos os leitores da Típica.

Karina Bacchi: Acho que não teve nenhum muito sério não, não que me lembre.

Karina Bacchi: Sejam Felizes! Nosso caminho é a gente quem faz!

Karina Bacchi: É a realização de mais um desejo profissional. Estar a frente do POP UP apresentando está sendo

Karina Bacchi: Não faria nada só por isto.

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TĂ­pica | Setembro / Outubro de 2013


TURISMO

Texto | Renato Saes Melhado Guia de Turismo Nacional e América do Sul

Típica | Setembro / Outubro de 2013

Uruguai: uma paixão

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C

Teatro Solis

enários absolutamente encantado-

José “Pepe” Mujica de 77 anos, presidente

sem querer, alamedas e bairros como Po-

res, histórias para todos os lados,

que dispensou privilégios do cargo para se-

citos e Punta Carretas, rodeados de pláta-

sabores diversificados, estilo e cor

guir morando em sua chácara na periferia

nos, são as árvores mais vistas na capital,

em um dos lugares mais fáceis do mundo

de Montevidéu e que ainda dirige seu velho

cafés, bistrôs, restaurantes.

para se perder de amores.

e amigo fusca 87.

Passeios pelas ruas do Centro e

As raízes da história do Uruguai

A capital uruguaia está cheia de

começaram pelos charrúas, população na-

atrativos para oferecer aos visitantes que

tiva original, foram as pessoas que deram

chegam durante todo ano, para os que vi-

características ao país, dando-lhe forma a

sitam no verão, belas praias, no inverno as

sua personalidade.

praças e arquitetura da cidade o deixará

Em 25 de agosto de 1825, o Uru-

hipnotizado.

da Ciudad Vieja, arquitetura espetacular, assombrada e caprichosa, logo avisto o Palácio Salvo, de 1928, já conhecido como o edifício mais alto da América do Sul, com seu quase 100 metros de altura, tendo 27 pavimentos e onde foi o local da primeira apresentação de La Cumparsita, o tango

guai teve sua independência, lutas contra

Mas em qualquer época não deixe

portugueses e espanhóis que haviam ocu-

de visitar a Rambla, larga e movimentada,

pado seu país, o país desenvolveu-se, e

a avenida margeia o Rio da Prata e abraça

tendo Montevidéu como sua capital, cres-

a cidade com duas pistas e um generoso

Teatro de Solis, (1856), leva o nome do

ceu e se tornou um país cheio de encantos

calçadão, excelente para diversas ativida-

primeiro comandante que entrou no Rio

e belezas.

des ao ar livre, lembra à orla carioca.

da Prata, o teatro tem características de

Atualmente governado pelo Sr.

Passeando,

podemos

descobrir

mais famoso do mundo, além de loucos por mate, são loucos por tango. Outro atrativo de destaque é o

outros vários teatros europeus.


Av. 18 de Julio, Montevidéo - Comemoração da conquista do Uruguai na Copa América pra cima dos Argentinos Típica | Setembro / Outubro de 2013

Museu do Gaúcho e da Moeda

Pedalinhos do Parque Rodo em Montevidéo

Gramado do Estádio Centenário.

O que dizer então do futebol, são

Com cerca de 3,4 milhões de habi-

loucos por ele, país que nos levou a taça

tantes, o Uruguai tem 98% de suas crian-

em 1950, com seu estádio centenário que

ças nas escolas e cada criança da rede

foi palco da primeira copa do mundo em

pública tem seu computador pessoal ofere-

1930, em seu interior tem um museu onde

cido pelo governo gratuitamente.

conta parte da história do futebol mundial. Outra

particularidade

É um dos países mais seguros e

parecida

menos corruptos da América do Sul, possui

com nós brasileiros é o Carnaval, no Museu

tensão de 220V, o fuso horário com o Bra-

do Carnaval, pequeno, mais muito bonito

sil é de 0 horas (com exceção dos estados

e atraente, podemos conferir um pouco

do AM, MT, MS, RO, AC E RR).

dessa festa grandiosa, que por lá dura 3 meses. Que festa! Uma atração imperdível é o Castillo Pittamiglio, foi residência do arquiteto

Não é preciso visto para adentrar ao país, somente carteira de identidade. A moeda local é o Peso Uruguaio, 1 Real vale equivalente a 10 Pesos Uruguaios.

Humberto Pittamiglio até sua morte em

A melhor forma de chegar ao país,

1966, hoje pertence a uma Associação de

além de fazer divisa com o Sul do Brasil,

Arquitetos onde é preservado e aberto a

(via terrestre), é de avião (Aeroporto de

visitação, local de histórias bem interessan-

Carrasco) a 20 km do centro, um dos mais

tes desde Alquimia a Maçonaria.

modernos e atrativos do mundo, saindo de

Outras atrações como o Palácio

São Paulo leva em torno de 3 horas.

Legislativo e sua forte influencia italiana, o

Com seu clima moderado e sem

Parque Rodo, lugar de natureza exuberan-

grandes variações o país pode ser agitado

te e passeios como os de pedalinhos no

o ano todo.

lago, o museu del Gaúcho e de la Mone-

O melhor roteiro é você quem faz,

da, o acervo é muito bom e sua entrada

viaje, planeje, curta, até a próxima dica de

é gratuita.

viagem.

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PERSONALIDADES

Texto | Andréia Dorta - Jornalista

Conheça a vida de

Típica | Setembro / Outubro de 2013

Dorival Facioli o apaixonado e incansável florista 38

Ele leva até as pessoas as belezas da Primavera nas 04 estações do ano

P

aulo Coelho diz que “Não se pode dizer para a primavera: 'tomara que chegue logo e dure bastante! Pode-

-se apenas dizer: 'venha, me abençoe com sua esperança, e fique o máximo de tempo que puder'.” Quem não se encanta com a harmonia das cores ao ver o desabrochar das flores quando chega a primavera. São poucas as palavras para mensurar tanta beleza nessa época do ano, momento este em que a natureza nos prepara um espetáculo a parte. Além da natureza, existem algumas pessoas que fazem dela a própria vida, e que junto a ela, trazem a todos nós uma parte dessa beleza natural mais pertinho de cada um de nós. Essa vida dedicada às flores, especialmente as rosas, conta com mais de 25 anos de história. Foi na década de 80 que Dorival Sebastião Barbosa Facioli (74) iniciou o trabalho como florista. “Estava eu em uma praça de Americana ‘olhando a

e manifestei interesse em saber mais do

Dorival atende as sextas e sábados a noite.

gos, e de repente observei um rapaz ofe-

assunto. Foi daí que tudo começou”, conta

“Aprendi cedo a lidar com as pes-

recendo flores aos casais de namorados

Sr. Dorival.

banda passar’, como dizem os mais anti-

soas. Já vendi jornal, fui vendedor de cal-

que estavam ali por perto. Como também

Desde então foi necessário apenas

çados na antiga Gobbo em Campinas, fui

trabalhava vendendo pano de prato e sa-

aprimorar as técnicas de venda e a partir

engraxate, trabalhei com venda de livros

cos alvejados, achei interessante o fato de

daí criar a própria e fiel clientela, em par-

para algumas editoras e depois de me apo-

vender flores. Me aproximei do Joãozinho

ceria é claro com algumas empresas que

sentar na Bosch, me identifiquei com mi-


nhas amadas rosas e aí estou, com corpo

mais sete irmãos, dos quais a mais velha

de 74, espírito de 18 e juízo de 70”, declara

de 94 e o mais novo de 72 mantêm con-

Dorival. A rotina começa na quinta as 5h

tato sempre que possível. Casado por duas

da manhã no Ceasa de Campinas. O flo-

vezes, com orgulho fala da família consti-

rista escolhe as flores, leva para casa, lim-

tuída. “Da primeira vez fiquei viúvo e da

pa uma a uma, embala e dá o toque final.

segunda não deu certo, mas acabou o ca-

Nas sextas e sábados a noite as vende em

samento e não a amizade. Hoje moro com

alguns pontos de Santa Bárbara d'Oeste,

meu filho mais novo, o Douglas de 19 anos,

Americana, Sumaré e Nova Odessa. Peni-

e graças a Deus nos damos bem”. Para Do-

nha Show, Tito´s Bar e Caldo de Guenga

rival o mais importante é passar para os

são alguns dos pontos desse incansável

filhos a honestidade e o caminho do bem.

homem de fé. Sob encomenda, com até 01

“Olho sempre para o futuro e do passado

semana de antecedência, também mostra

guardo as lições aprendidas”.

talento ao fazer buquês e outros arranjos para casais apaixonados.

Em relação as flores, seu eterno e presente amor da vida, guarda alguns se-

Ao perguntar do que mais se orgu-

gredos para atingir o objetivo, que é unir as

lha dos anos vividos, a emoção surge nos

pessoas com um simples gesto: dar uma

olhos com algumas lágrimas prestes a rolar

flor a quem se ama. “Com os anos aprendi

pelo rosto: “me orgulho das minhas flores.

a abordar as pessoas, sempre com respei-

Quando estou com elas, me sinto realizado

to e por isso consigo vender minhas rosas

e muito feliz”, revela.

e completar minha aposentadoria e assim

Nascido em Campinas, Dorival tem

viver com o necessário. Sou feliz assim”.

Típica | Setembro / Outubro de 2013

PERSONALIDADES

39


Texto | Jairo Gudzowskyj Brandão Consultor de Gestão Gastronômica e Gestão Financeira

V

COZINHA DE CASA

amos abrir a seção “Cozinha

que quando isso acontecer você não passe

de Casa” com algo bem prático

apertado.

para seu dia a dia. Às vezes, re-

Nessas ocasiões o ideal é servir um

solvemos fazer aquela reunião de amigos

petisco para degustar com cerveja ou para

de ”supetão” e você não lembra de nada

enganar um pouco o estômago. Eis aí uma

que possa oferecer a eles. E agora? Que

receita bem fácil, leve e deliciosa. Fica a

tal aprender uma receita de petisco para

dica, até a próxima edição.

Salsicha Empanada

na Cerveja

Preparo: Ingredientes:

1. Numa tigela pequena, coloque a farinha de trigo com o sal, misturando-os e adicionando a cerveja e o óleo, mexendo até obter uma mistura lisa;

3/4 de xícara (chá) de farinha de trigo Sal a gosto

2. Deixe-a descansar por cerca de 1 hora na geladeira; 3. Adicione a clara em neve, mexendo cuidadosamente; até ficar

1/2 xícara (chá) de cerveja

homogêneo.

2 colheres (sopa) de óleo

4. Coloque um espeto em cada uma das salsichas, mergulhe-as

1 clara em neve

na massa e coloque para fritar no óleo quente, virando cada uma

12 salsichas para coquetel

até que fiquem douradas.

Óleo para fritar

Sirva com Mostarda, Ketchup, e molho de pimenta.


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TĂ­pica | Setembro / Outubro de 2013


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