TÍPICA Ano II • Edição 11 • Maio de 2010 www.revistatipica.com.br
Criança Segura Quem não usar a cadeirinha no banco de trás vai levar multa
Carbon Control Projeto estimula a conscientização ambiental em órgãos públicos, privados e eventos
Shantala Veja como é possível deixar seu filho mais tranquilo
Copa do Mundo 2010 Que venha o Hexa Fotógrafos contam as aventuras vividas desde a copa de 1998
EDITORIAL
J
á se aproximamos de quase metade do ano e a sensação de corrida contra o tempo toma conta do corpo e da mente. Maio já passou e com ele se foi o Dia das Mães, mas nós da Revista Típica não poderíamos deixar de presentear essas pessoas maravilhosas em nossas vidas e por isso preparamos duas matérias especiais. A primeira está na seção Saúde, com o tema Shantala. Essa massagem resgata o vínculo entre mães e filhos e pode ser feita até mesmo pelos papais de plantão. A segunda é na seção Comportamento, abordando os detalhes da Lei em relação ao uso obrigatório da cadeirinha no banco de trás do carro. Outra comemoração deste mês foi do Clube Recreativo de Sumaré, que há 60 anos promove os mais variados eventos que agitam nossa cidade. Parabéns Recreativo! Acompanhe a comemoração do Baile dos 60 anos no Social desta edição. E os presentes não param por aí. Outra parte dessa edição é dedicada aos fãs do futebol. O ano de 2010 não é apenas mais um. É ano de Copa do Mundo e nesse sentido milhões de brasileiros se unem no desejo de mais uma vez torcer pela seleção brasileira na busca da taça, dessa vez, do tão sonhado Hexa. Acompanhe uma reveladora e descontraída entrevista com dois super fotógrafos da região: Nelson Chinália e Alexandre Battibugli, que orgulhosos e emocionados, contam os bastidores e histórias vividas durante a cobertura dos Mundiais de Futebol que participam desde 1998. Além da Copa, em Junho começam as cobiçadas Festas Juninas, com fogueira, bandeirinhas, quadrilha, quentão e docinhos típicos. Mas se você deseja levar um pouquinho dessa festa para dentro de sua casa, envolva toda a família e aprenda como fazer paçoca e pé de moleque de um jeito prático e rápido na seção Gastronomia. Sumaré mais uma vez comprova seu favoritismo na escolha dos empresários ao optar pela instalação da sede na região. A bola da vez é a empresa Idealax, que há poucos meses em território sumareense comemora os bons resultados. E mais. Na seção Em Alta, veja como funciona o projeto Carbon Control, que conscientiza empresas no plantio de árvores para compensar emissão de CO². Em Eventos, confira como foi o Rodeo Festival de Sumaré 2010. Saiba como funciona o Rally da Solidariedade na seção Movimento e se emocione com a história de vida de um dos mais antigos moradores de Sumaré: Roberto Euclides Rovagnelli. Ficamos por aqui e desejamos a todos uma boa leitura.
EXPEDIENTE
A revista Típica é uma publicação bimestral da Editora Seta Regional. Circula em Sumaré-SP, com tiragem de 6 mil exemplares. Edição, Administração e Publicidade: Editora Seta Regional Ltda. Rua Antonio Pereira de Camargo, 421 Sala 03, Centro - Sumaré-SP Cep: 13170-200 Telefone: (19) 3873.1745 setaregional@setaregional.com.br Site: www.setaregional.com.br Diretora Executiva: Andressa Pirschner Assunção andressa@setaregional.com.br Diretor Executivo e Comercial: Leandro Perez Ribeiro leandro@setaregional.com.br Editora Chefe: Andréia Dorta, MTb: 52.196 andreia@setaregional.com.br Jornalistas Assistentes: Cleyton A. Jacintho, MTb: 51.959 cleyton@setaregional.com.br Marcelo Pendezza, MTb: 37.209 marcelo@setaregional.com.br Silmara Soares, MTb: 50.003 silmara@setaregional.com.br Edição de Arte / Diagramação: Emily Andrade emily@setaregional.com.br Samira Oschin Barozzi samira@setaregional.com.br Repórter Fotográfico: Edson Donizete Comercial: Leandro Perez Ribeiro leandro@setaregional.com.br Cecília Souza Teixeira cecilia@setaregional.com.br Administrativo/Financeiro: Andressa Pirschner Assunção andressa@setaregional.com.br Colaborador: Eduardo Castilho setaregional@setaregional.com.br Colunista: Rosemeire de Souza Gomes de Oliveira setaregional@setaregional.com.br Foto Capa: Arquivo pessoal de Alexandre Battibugli Impressão: Silvamarts Composição Gráfica Ltda. Assessoria Contábil: Exato Contabilidade Importante: As informações contidas nesta revista são para fins educacionais e informativos. A revista Típica não se responsabiliza pela utilização inadequada das informações aqui veiculadas, nem pelas opiniões de nossos colaboradores e anunciantes.
Andréia Dorta Editora Chefe
4
• www.revistatipica.com.br
“Tudo posso naquele que me fortalece” - Filipenses 4:13
www.revistatipica.com.br
Alexandre Battibugli
SUMÁRIO
08 COMPORTAMENTO
Atenção papais. Quem não usar cadeirinha no banco de trás vai levar multa
Alexandre Battibugli
10 EM ALTA
Projeto Carbon Control conscientiza empresas no plantio de árvores.
12 MOVIMENTO
Saiba mais sobre como funciona o Rally da Solidariedade de Sumaré.
14 SAÚDE
Aprenda como a Shantala pode proporcionar carinho e tranqüilidade às crianças.
Nelson Chinália
16 GASTRONOMIA
Junho é o sinônimo de Festa Junina. Veja como fazer típicos docinhos em casa
28 CIDADES
Chega a Sumaré mais uma empresa líder de mercado: a Idealax.
30 SOCIAL
Quem? Quando? Onde? Em Sumaré!
20 CAPA
Conheça a realidade das Copas do Mundo desde 1998 na visão de dois super fotógrafos da região.
Nelson Chinália
34 EVENTOS
Veja como foi um dos maiores eventos de rodeio da região: o Rodeo Festival de Sumaré 2010
36 PERSONALIDADES
Se emocione com a história de Roberto Euclides Rovagnelli.
38 EM FOCO
Confira nesta edição o artigo de Rosemeire de Souza Gomes de Oliveira
COMPORTAMENTO comportamento
Criança segura exige uso de cadeirinha Nova lei de trânsito coloca as crianças nos seus devidos lugares Silmara Soares
P
ode parecer carinhosa e até segura a imagem do bebê acolhido nos braços da mãe no banco traseiro. É até divertida a brincadeira da criança pulando de um lado para o outro no carro em movimento, mas os pais que não ficarem atentos aos riscos dessas cenas aparentemente inocentes, irão cometer infração de trânsito gravíssima, com a possibilidade de multas e pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O uso da cadeirinha nos bancos traseiros dos automóveis para crianças, o que leva a uma atitude consciente e segura, passa a ser obrigatória a partir do dia 9 de junho ao transporte de crianças de zero a sete anos e meio. Uma nova regulamentação do Contran (Conselho Nacional de
8
• www.revistatipica.com.br
Trânsito) coloca, definitivamente, os “pimpolhos” em seus devidos lugares. Os equipamentos são definidos pela idade e há opções como o bebê conforto, cadeirinha ou booster (cadeira protege). O Código de Trânsito já determinava o transporte seguro de crianças, e recomendava o uso de cadeirinhas, mas não definia como deveria ser o equipamento e a punição a quem descumprisse a lei. Com a regulamentação, o motorista terá o documento do carro apreendido, uma multa de R$ 191,54 e sete pontos na CNH. Sidney Soares da Silva, contador, sabe como garantir a segurança da sua princesinha Ana Julia, de três aninhos, e do garotão João Pedro, de sete. “Sempre transportei meus filhos
com segurança. Foi bebê conforto quando precisava, e hoje, a menina fica na cadeirinha e o João no acento”, ressalta. No comércio de Sumaré, a procura pelos produtos aumentou com a aplicação da lei. A proprietária da loja sumareense Love Baby Móveis, Ana Paula Gomes Falleiros, já sentiu esse aquecimento nas vendas, chegando a 60%. Satisfeita, Ana Paula, mãe de dois filhos, um menino de sete anos e uma menina de 12, salienta que os pais devem estar sempre atentos e preocupados com a segurança das crianças. “Meus filhos sempre tiveram o hábito de utilizarem o cinto de segurança. Mas, infelizmente, muitos pais não têm essa consciência. Por isso sou favor da legislação. Acho que a população, às vezes, precisa de um chacoalho”, destaca. Até um ano de idade, as crianças têm que ser transportadas em cadeirinhas tipo Bebê Conforto, que devem ser fixadas de costas para o motorista. De um a quatro anos, as crianças devem usar cadeirinhas Neo Matrix. Dos quatro aos sete anos e meio as Cadeiras Protege. Após os sete anos e meio, podem usar somente o cinto, mas tem que ser no banco de trás. Hoje, o mercado oferece modelos, entre bebê conforto, cadeirinhas e acentos, que variam de R$ 90,00 a mais de R$ 500,00. A mamãe de primeira viagem, Deisy Marques, formada em Administração, comenta sobre o cuidado que tem
ao transportar Letícia Marques, de três meses, em seu veículo. “Sempre que viajamos, fico no banco de trás e ela no bebê conforto. Tiro apenas para alimentá-la ou, se está chorando. Mas, claro, o carro tem que estar estacionado”, comenta. Já para a professora Jane Rodrigues Gomes de Noranha, vítima de um acidente quando criança (que estava sem a cadeirinha, pois o equipamento não era utilizado), defende que o uso da cadeirinha “é mais que uma obrigação, é uma conscientização”. “É importante lembrar que sem o acessório de segurança, a criança pode ser arremessada contra o painel interno, banco da frente, contra as portas ou pode até mesmo ser jogada para fora do veículo”, expressa Jane, mãe de Luisa Gomes de Noronha, de um ano e meio. De acordo com o estudo do Departamento Nacional de Trânsito, cerca de duas mil crianças de até 14 anos, morrem por ano, em acidentes no trânsito. Dados do Instituto Criança Segura revela que as mortes de crianças na condição de passageira de veículos representam 24%, sendo a terceira principal causa de morte de crianças menores de um ano e crianças de 5 a 14 anos. Por isso, mamães e papais: atenção redobrada e respeitem as leis de trânsito. Garantir a segurança dos baixinhos é uma grande demonstração de amor.
•
Cadeira Protege
Neo Matrix
Bebê conforto
www.revistatipica.com.br •
9
EM ALTA
CONTRIBUINDO COM O MEIO AMBIENTE Projeto Carbon Control da Faculdade Network compensa e reduz as emissões de CO² estimulando a educação ambiental. Marcelo Pendezza
“C
ontribuir com o meio ambiente e proporcionar ambientes sustentáveis hoje e para as futuras gerações”. Com este objetivo, o Colégio e Faculdade Network lançou em 2006 o projeto Carbon Control. Crianças aprendem desde cedo a aplicação de práticas sustentáveis contribuindo com o meio ambiente hoje, visando o bem estar das futuras gerações; jovens e adultos recebem informações sobre a importância da sustentabilidade e aplicação no dia-a-dia. De acordo com o mantenedor da Network, Alexandre Cecílio, o projeto tem por iniciativa firmar parcerias com órgãos públicos, privados e eventos que se preocupem com a responsabilidade ambiental e se interessem em fazer a compensação do carbono com o plantio de árvores. Para isso, quando a parceria é firmada com a faculdade Network, ela faz um mapeamento das emissões de gás carbônico e realiza o cálculo do número de mudas de árvores a serem plantadas, além de propor atividades que possam diminuir a emissão de gases nos anos seguintes. Essa metodologia de cálculo foi desenvolvida de acordo com pressupostos da Organização das Nações Unidas (ONU). “Além da responsabilidade ambiental o projeto agrega valor aos produtos e serviços das empresas participantes. Os investimentos podem ser deduzidos parcialmente através dos benefícios fiscais.”, declarou Cecílio. O projeto começou com a compensação do carbono gerado pelo própria faculdade. Em 2007, com a colaboração dos 10
• www.revistatipica.com.br
alunos, a Network plantou 1,3 mil mudas no leito do Ribeirão Quilombo. Aliado ao plantio, a escola implantou um projeto de conscientização ambiental que, inclusive, diminuiu de um ano para o outro a emissão de gases. Em 2008, a quantidade de árvores plantadas para compensar o carbono emitido já foi bem menor: apenas 700 novas mudas.“Preservar a Amazônia e outros ecossistemas é importante ao planeta e com este projeto, queremos mostrar a comunidade escolar que a preocupação ambiental deve começar aqui. Com pequenos gestos é possível fazer a diferença”, explicou a diretora geral da Network, Tânia Bassani Cecílio.
PRIMEIROS RESULTADOS Na primeira área que recebeu o plantio das mudas de árvores, no leito do Ribeirão Quilombo, em 2007, já é possível notar as mudanças. De acordo com o professor da Network responsável pelo projeto Carbon Control, Renato Santos Júnior, doutorando em meio ambiente, a natureza mostra a sua força. “É interessante notar que, na área plantada, aves nativas ressurgiram no ambiente. É a natureza se regenerando”, afirmou. No plantio de árvores, toda a comunidade está envolvida. “Para criar vínculo e incentivar a participação nas ações, cada participante pode dar um nome à árvore que plantou”, destacou o professor.
VECCON PARTICIPA A primeira empresa, filha da terra, a participar do Carbon Control é a VeCCon, empresa com foco em loteamentos e condomínios industriais, comerciais e residenciais. “Antes mesmo de adotar o Carbon Control, é bom esclarecer que a VeCCon sempre executou seus empreendimentos reservando 20% da área total para destinação de área verde com replantio e recuperação de recuperação. Sejam em empreendimentos industriais, comerciais ou residenciais. Hoje, com a implantação do Carbon Control, visamos estender nossa preocupação com o meio ambiente a nossa sede”, explicou o diretor da empresa Fabiano Vendramini. Para este ano, a meta de plantio para a compensação do gás carbônico será de 30 mil mudas. “Existem projetos aprovados para o plantio de 4 mil e o restante estão em fase de aprovação”, esclareceu Vendramini. Com a adoção, a empresa é a primeira a adotar o Carbon Control e uma das primeiras a realizar um projeto voltado ao meio ambiente.
PROGRAMA CARBON CONTROL É O 5º MELHOR DO BRASIL Em outubro de 2009, a Prefeitura de Sumaré se tornou o primeiro orgão público do Brasil a adotar o projeto Carbon Control. A parceria com a Network prevê, neste primeiro momento, a adoção do programa em 19 departamentos administrativos do Poder Público sumareense. De acordo com o secretário municipal de Defesa, Proteção e Conservação do Meio Ambiente, Valdemir Ravagnani, a meta é plantar e cultivar por 2 anos cerca de
5 mil mudas de árvores para efetuar a compensação anual dos departamentos previstos, com outras ações da secretária, ultrapassar 14 mil até o final de 2010. “A adoção do Carbon Control é muito mais amplo e o plantio de árvores é apenas uma das medidas adotadas. “A ideia é propagar a conscientização ambiental entre os servidores municipais, diminuindo o consumo de papel, energia elétrica, água, combustível, ar condicionado, entre outros insumos que fazem parte do dia-adia do trabalho público”, explicou Ravagnani. Para realizar o acompanhamento em todos os setores da municipalidade, cada secretaria conta com um representante responsável em realizar o acompanhamento objetivando as metas do programa. A partir da adoção do projeto e desenvolvimento dos primeiros trabalhos de compensação do CO², a Prefeitura de Sumaré conquistou em março a quinta colocação no concurso “Boas Práticas em Gestão Ambiental Urbana”, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente, em Brasília. “Entre 60 projetos, receberam classificação somente 10, dentre eles, Sumaré conquistou o quinto lugar com o projeto Carbon Control. Uma posição honrosa e que valoriza ainda mais a nossa ação”, declarou Ravagnani. O Carbon Control conquistou muitas premiações como melhor projeto das instituições de ensino, dentre outros nacionais e internacionais foi apresentado e premiado no X Fórum Internacional de Administração-FIA e IV Congresso Mundial de Administração, em Coimbra, Portugal. Outras informações podem ser adquiridas nas faculdades Network e na Secretaria de Defesa, Proteção e Preservação do Meio Ambiente, ou pelo telefone (19) 34662527 ou no site www.carboncontrol.com.br.
•
www.revistatipica.com.br •
11
Fotos: Trilha.COM
MOVIMENTO
Velocidade, aventura e solidariedade Amigos da trilha.COM misturam esporte de aventura com ação social Cleyton A. Jacintho
U
ma conversa entre amigos. Foi assim que surgiu o Rally da Solidariedade: união entre um esporte de aventura e ação social. O Rally de Regularidade é uma competição automobilística, disputada normalmente em duplas, na qual o piloto tem a função de conduzir o veículo e o navegador orientar o piloto acerca do percurso. Vence quem completar o trajeto com as médias de velocidade estabelecidas em um livro de bordo – também conhecido como “planilha” - sem errar o caminho. O primeiro Rally da Solidariedade ocorreu em 2005, com a participação de 26 equipes e arrecadou cerca de 950 quilos de alimentos. Com o resultado, este grupo de amigos percebeu que a iniciativa estava no caminho correto, uma vez que a ação de juntar esporte e solidariedade havia colhido bons frutos. Nasceu então os Amigos da Trilha.COM. Em cinco anos, foram oito eventos realizados com a participação de mais de 50 equipes e arrecadados aproximadamente 12 toneladas de alimentos destinadas à instituições filantrópicas da região de Sumaré. Segundo os organizadores, a principal dificuldade do grupo, foi preparar uma prova em que qualquer pessoa pudesse disputar. “Nossa ideia foi criar um evento onde pudessem participar não só os adeptos ao esporte, bem como aqueles que nunca participaram, mas tinham interesse pelo Rally de Regularidade”, comentam. “Toda equipe é formada por piloto/navegador/carro, sendo assim, qualquer dupla que possua um veículo poderá participar. No dia que 12
• www.revistatipica.com.br
antecede o evento fazemos uma largada promocional, na qual ficamos à disposição para tirar dúvidas das equipes iniciantes. A dupla pode ainda levar em seu carro amigos de carona, que neste mundo do Rally são conhecidos como “Zequinhas”, completam. A prova é dividida em dois trajetos distintos: a todo tipo de veículo de passeio e outro aos veículos com tração 4x4. “Fazemos o trajeto para veículos de passeio, mostrando que não é preciso um 4x4 para participar”, comenta o grupo. Dentro destas categorias, existem sub-categorias, em que são separados os competidores mais experientes dos novatos, são elas: graduados, as equipes experientes e com uso liberado de equipamentos de navegação; turismo, as equipes com noções básicas de Rally de Regularidade, na qual é liberado apenas um hodômetro aferível; novatos, as equipes iniciantes. Nesta não é liberado nenhum tipo de equipamento de navegação, apenas hodômetro original do veículo. Além da prova organizada pelo grupo, eles também competem Brasil a fora. “Dentro do nosso grupo possuímos alguns competidores que participam de campeonatos tanto em nível estadual como nacional, ajudando assim a promover o nosso projeto. Pois a cada evento trazem gente nova e conhecida no meio do Rally o que aumenta a credibilidade de nosso evento”, comentam. A próxima prova está prevista para o mês de outubro deste ano e os interessados em participar devem acessar o site www.amigosdatrilha.com e se cadastrar. O número de inscrições são limitadas.
A modalidade também pode ser praticada por veículos de passeio
FIQUE POR DENTRO O início do Rally se dá por volta de 1875, com alguns carros movidos a vapor, percorrendo estradas perigosas entre Le Mans e Paris. Porém, a primeira corrida oficial foi realizada na própria França no ano de 1894, com largada em Paris e chegada em Rouen, num percurso de cerca de 126 quilômetros. O Rally Paris-Dakar é uma das provas mais conhecidas do mundo, idealizada pelo francês Thierry Sabine em 1977, entretanto a primeira edição ocorreu somente em 1979, com a participação de 182 veículos num percurso de 10 mil quilômetros, dos quais somente 74 competidores completaram a corrida. Em 2008, o evento foi cancelado
8º encontro do Rally da Solidariedade em 2009 em razão da ameaça de ataque terrorista em continente africano. A partir de 2009, o evento foi transferido para América do Sul, mais precisamente Argentina/Chile. No Brasil, o Rally tem início na década de 50, quando um grupo de amantes do esporte vinculados à Sociedade Esportiva e Cultural dos Empregados da Light (Segel), resolveu organizar uma prova em São Paulo. O primeiro evento de repercussão no país foi o Rally da Integração Nacional na década de 70. A prova mais conhecida por aqui é o Rally dos Sertões, cujo início se deu em 1992, apenas com a participação de motos, com percurso entre Campos do Jordão (SP) e Natal (RN). Em 1996, houve a inclusão de veículos 4x4 e contou com a participação de campeões do Paris-Dakar.
•
www.revistatipica.com.br •
13
SAÚDE
A poderosa massagem que une mães e filhos A Shantala é simples e se torna arte diante da técnica e naturalidade do momento Andréia Dorta
“P
arecia um balé. Estava cego de beleza e amor”. Essas foram as palavras de Frédérick Leboyer, pioneiro na introdução da Shantala no Ocidente, ao presenciar uma jovem mãe, chamada Shantala, realizando massagem no próprio filho em Calcutá. Na Índia, local de origem, a técnica não tem nome, por ser um cuidado rotineiro com o bebê, passado de mãe para filha há milênios e recomendado a praticar com crianças até 07 anos. Entretanto, no Ocidente, recebeu essa denominação, por Leboyer, em homenagem a jovem mãe. A massagem se trata do uso das mãos como ferramenta no corpo da criança, fazendo desse contato uma nova forma de comunicação entre pais e filhos por meio da linguagem não verbal. “O Vitor pede massagem toda noite”, relata Nanci Munhaes, nutricionista, sobre a atitude do filho. Para Eliana Fonseca, fisioterapeuta e responsável pelo Curso de Shantala na Pimenta Doce Bem Estar, é possível ajudar a criança e a família nos vínculos afetivos. “A Shantala exige concentração de quem conduz, pois é uma forma de dar atenção e segurança a criança”. A novidade é envolver a família, principalmente o pai. “Não é hábito dos homens, mas agora buscamos fazêla de um novo jeito, principalmente estimulando os novos papais. Eles querem aprender a dar banho, trocar fralda e também fazer massagem no bebê”, revela Eliana. Como vínculo afetivo, a massagem proporciona momentos únicos entre pais e filhos, entretanto, existem situações em que não é recomendável. Algumas delas são: 1) se a mãe ou a criança estiverem doentes; 2) se a criança estiver com febre, diarréia ou vômito, pois a massagem só estimula o processo de aquecimento e se houver infecção é prejudicial; 3) se quem aplicar a massagem estiver agitado ou nervoso. Atualmente invoca-se a importância da presença dos pais na vida das crianças desde o útero da mãe, e a Shantala é um excelente instrumento nesse sentido de aproximação, principalmente na primeira infância. A Shantala, em parceria junto a uma alimentação saudável e o estímulo do desenvolvimento psicomotor desde os primeiros anos de vida, colaboram no bem estar presente e futuro da criança e da família. Veja o porque nos próximos tópicos.
SHANTALA E A NUTRIÇÃO MATERNO INFANTIL A dica é da Dra. Nanci Munhaes Ferreira, nutricionista. 14
• www.revistatipica.com.br
Uma alimentação saudável é decisiva na saúde da mãe e seu bebê e a má alimentação interfere em vários setores do organismo, indiretamente na execução da Shantala. Aqui daremos dois exemplos: 1) alguns alimentos geram maior quantidade de gases, 2) a ingestão de alimento (até mesmo a amamentação) pouco antes da massagem não é recomendável. As proteínas, encontradas em carnes, ovos, peixes, frango, laticínios e soja, participam do desenvolvimento do feto. Já os carboidratos (açúcares), como os cereais, hortaliças, frutas, grãos e massas, são combustíveis vitais, enquanto as gorduras como óleos, azeite e manteiga, participam da formação do sistema nervoso. O elemento de maior atenção é o ácido fólico, direcionado ao desenvolvimento cerebral e neurológico do bebê; complexo B e vitamina A na formação dos tecidos; vitamina C na pele, vasos sanguíneos e sistema imunológico, e por fim o cálcio para ossos e dentes. Consumir alimentos, fontes de carboidrato, logo ao acordar e manter-ser na cama por mais 20 minutos reduz o enjôo matinal. Prefira pequenas porções. Evite alimentos ricos em conservantes e ingredientes artificiais. Alimentação caseira é o melhor conselho. Para o bebê, até os 6 meses, prefira a amamentação exclusiva. E até os 2 anos, tenha como lema: menos açúcar, mais saúde! Ao final da fase de amamentação exclusiva, gradativamente os alimentos devem ser introduzidos na alimentação. Quanto mais tarde for iniciado o consumo de açúcar refinado e produtos industrializados, melhor.
SHANTALA E O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR Segundo Marisa Ramos de Azevedo Germano, psicopedagoga, após conhecer os benefícios da Shantala ao desenvolvimento da criança, é necessário saber que ela tem papel importante no futuro, precisamente no momento em que inicia a vida escolar. A criança que teve o aparelho psicomotor estimulado, certamente terá um desenvolvimento global mais eficiente. A criança que tem domínio de seu próprio corpo e conhece seus limites e potencialidades, terá um desempenho cognitivo mais adequado e pronto a ser trabalhado em todos os aspectos. A psicomotricidade é base fundamental no progresso intelectual de aprendizagem da criança, pois durante todo esse processo, serão utilizados elementos básicos com freqüência. Entre eles, podemos citar o esquema corporal, lateralidade, estruturação espacial, orientação temporal e pré escrita. Se ocorrer um problema em um destes elementos,
se não estiverem adequadamente desenvolvidos, esta interferência prejudica a aprendizagem. “Vemos então que o desenvolvimento psicomotor, quando mal constituído na criança, acarreta dificuldades na escrita, leitura e até na direção gráfica. Concluímos então, que a criança que possui um bom controle motor, tem enormes possibilidades de explorar o mundo externo. Desta forma, terá condições de desenvolver seu intelecto e assim ter maior domínio do mundo que a cerca”, finaliza.
•
1
Prepare um local aconchegante e aquecido para que a criança despida não passe frio. Meia luz e música de fundo ajudam a relaxar. Sente-se no chão, mas antes forre-o com algo que impeça você de sofrer algum tipo de friagem. Estique suas pernas, relaxe os ombros e mantenha as costas apoiadas na parede. Estenda sobre suas pernas uma toalha e algo impermeável, pois corre-se o risco da criança esvaziar a bexiga durante a massagem. Dê total atenção desde agora. Tire a roupa da criança e vá falando com ela em tom suave e carinhoso. Coloque-a sobre suas pernas.
5
Faça novamente o bracelete com as mãos e vá da virilha até os pés da criança, alternando as mãos. Movimente os polares de sua mão do centro do pé aos dedinhos. Deslize toda a mão pelo pé. Segure dedo por dedo, fazendo massagem na pontinha de cada um deles. Repita os movimentos com o outro lado do pé.
2
Despeje um pouco de óleo natural (de preferência com aroma suave) nas mãos e as aqueça contraindo uma a outra. Os movimentos são repetidos de três a dez vezes. Deslize as mãos espalmadas do centro do peito da criança para as axilas e do centro do peito para os ombros
6
Carinhosamente vire a criança de costas. Deixe-o perpendicular às suas pernas. Faça movimentos de vai e vem com suas mãos, descendo da nuca ao bumbum da criança. Depois, suba até a nuca. Repita os movimentos por até 10 vezes.
E se você está curioso ou deseja aprender como aplicar a Shantala, veja os primeiros passos nas fotos abaixo, com a mamãe Érica Barbon Gregório, fisioterapeuta e protética, 33 anos e sua filha Iara Barbon Gregório, com 2 meses de vida e aprenda como deixar os “pimpolhos” mais felizes. Outra opção é aprender na prática através do Curso de Shantala, promovido pela Pimenta Doce Bem Estar (19 3883.5763) nos dias 19 e 20 do mês de junho. Além disso, recomendamos também a leitura do livro de Frédérick Leboyer “Shantala, massagem para bebês: uma arte tradicional”.
3
Envolva o braço do bebê com a mão, formando uma espécie de bracelete. Comece do ombro e vá em direção as mãos da criança. Abra-as com os polegares, indo da palma aos dedos. Faça movimentos leves em toda a palma da mão. Segure dedo por dedo, fazendo massagem em cada um deles. Repita os movimentos com o outro lado do braço e da mão da criança.
7
Delicadamente volte a criança a posição inicial. Junte os dedos na testa da criança e faça semicírculos, contorna os olhos. Inicie o semicírculo, agora indo em direção as bochechas. Faça o mesmo com o nariz e o queixo.
4
Coloque suas mãos em concha e escorregue a lateral externa das mãos desde a base das costelas até o quadril. Pegue as perninhas e leve para o alto levemente. Utilize de seu antebraço para deslizar da costela ao quadril da criança.
8
Essa é a última etapa. Segure as mãos da criança, abra os braços e depois os feche, cruzando e alternando. Cruze as pernas, com o pé sobre o joelho oposto e o outro joelho sobre o outro pé. Leve-os em direção a barriga. Alterne as pernas. Para finalizar esse momento único entre pais e filhos, prepare um delicioso banho para a criança. Coloque água morna, faça imersão da criança, com apenas o rosto e ouvidos para fora. Segure-a por baixo e deixea flutuar por alguns minutos.
GASTRONOMIA
Doces juninos enfeitam a mesa em época de festa
Silmara Soares
É
hora de tirar o chapéu de palha e a roupa caipira do armário e se preparar para as festas juninas. A tradição de vestir à moda caipira, pular fogueira, soltar balões e enfeitar o ambiente com bandeirinhas mexe com a animação de adultos e crianças. E diante de todos esses costumes, o que não pode faltar são os doces “caipiras”. As opções são as mais variadas e, com certeza, muito saborosas. Para que não faltem os quitutes a sua mesa, a Revista Típica visitou a fábrica de doces, Doces Terra de Sumaré, e trouxe uma lista de variedades. E para aqueles que não dispensam o fogão nem mesmo nessas horas, tem uma opção de receita caseira, prática, de baixo custo e de dar água na boca.
FÁBRICA DE DOCES Quem visitar a tradicional fábrica de doces de Sumaré, Doces Terra, vai encher os olhos e dar água na boca com as variedades de produtos que a loja oferece. A fábrica, que leva o sobrenome da família, foi criada em 1986 por cinco irmãos e um cunhado. Mas uma das proprietárias, Marlene de Paula Terra, relembra como tudo come16
• www.revistatipica.com.br
çou, há 40 anos. “Começamos com a produção bem caseira de rapadura, depois fomos para a rapadura mista, conhecida na época como tijolo. A gente fazia e depois vendia na rua. Fazíamos para a sobrevivência”, relembra. Com o passar dos anos, a família Terra foi crescendo e se estruturando no mercado e aos poucos, modernizando a produção dos doces. O que no início era fornalha à lenha, com tacho aberto para bater e esfriar o doce, agora se modernizou, com uso de fornos industrializados, onde o próprio tacho que cozinha, também resfria. “Isso agiliza todo o processo. Antigamente levava quatro horas para um doce ficar pronto. Hoje, sai fornada a cada 15 minutos”, comemora Marlene. Paçoca, pé de moleque, cocada branca, cocada queimada, doce de leite e rapadura fazem parte da extensa variedades de doces da fábrica, que chega a produzir, mais de 30 qualidades. O mais novo doce produzido é o pé de moça (leite condensado com amendoim). Além dos doces, a fábrica também produz um tipo de pinga e oito sabores de licores “Coquetel de Leite Terra”. Para quem quiser apreciar as delícias, a fábrica fica na rua Isaltina Orlandini Terra, 301, Chácaras Reunidas Anhanguera, e o telefone para contato é (19) 3873-1584 ou (19) 3873-5165.
•
PÉ DE MOLEQUE
Fonte: http://tudogostoso.uol.com.br
Fonte: http://tudogostoso.uol.com.br
PAÇOCA DE AMENDOIM
Ingredientes • 500 g de amendoim • 2 latas de leite condensando • 2 pacotes de bolacha maisena • 1 colher (sopa) de chocolate em pó Modo de Preparo Torre o amendoim e descasque-o. Triture o amendoim e a bolacha no liquidificador. Em uma tigela, misture os ingredientes triturados, o leite condensado e o chocolate em pó. Depois coloque em uma assadeira pequena, pressionando bem. Leve para a geladeira por cerca de uma hora. Retire e corte em quadradinhos e sirva.
Ingredientes • 1/2Kg de amendoim cru • 4 xícaras (chá) de açúcar • 1 lata de leite condensado Modo de Preparo Levar o amendoim misturado com o açúcar ao fogo. Logo que o açúcar derreter, acrescente o leite condensado, misturando sempre até ficar amarelo. Colocar ainda quente, em forma retangular untada com manteiga. Depois de frio cortar em quadradinhos e servir.
www.revistatipica.com.br •
17
18
• www.revistatipica.com.br
www.revistatipica.com.br •
19
20
• www.revistatipica.com.br
Alexandre Battibugli
CAPA
Muito mais que um simples olhar Repórteres fotográficos, radicados em nossa região, contam suas experiências em participar de uma Copa do Mundo Marcelo Pendezza
E
m período de Copa do Mundo, o Brasil se transforma e o clima de patriotismo fica mais evidente na alma e na pele do torcedor. Ruas recebem enfeites especiais em verde e amarelo. As camisas canarinhos se tornam peças indispensáveis no guarda roupa. Até os menos fanáticos passam a acompanhar os jogos de Copa, se dizendo torcedores. Na terra do futebol, quem pode viaja com a seleção até o país sede do Mundial. Quem não pode, trata de arrumar o televisor para não desgrudar os olhos do monitor. No dia seguinte as partidas, temos o prazer de ir até a banca e comprar o jornal e a revista, de preferência aquelas que estampam em tamanho “GG” as fotos dos nossos heróis nacionais. O torcedor quer e deseja ver todos os ângulos da mesma jogada e, para saciar essa necessidade cada vez crescente, eis que surgem os repórteres fotográficos. Em dia de jogo, os atletas são observados pelos torcedores em campo, pelos telespectadores em todo o mundo e por um batalhão de profissionais: mais de 300 fotógrafos ficam à beira do gramado disputando uma competição paralela. Cada centímetro da lateral e da linha de fundo é concorrido milimetricamente para que possam conseguir a grande foto que, para eles, é como se fosse um gol de placa. Para os repórteres fotográficos, cobrir uma Copa do Mundo é um dos pontos altos da carreira. Mas além de competência, a cobertura do Campeonato Mundial de Futebol da Federação Internacional de Futebol (FIFA) exige grande preparo físico, agilidade e esperteza. Muitas são as jogadas para conseguir grandes fotos, enfrentar concorrência, disputar o melhor espaço e, em algumas situações, driblar o fuso horário.
O TRABALHO Os repórteres fotográficos que vão a Copa não têm uma rotina fácil. Geralmente, poucos dias antes do início da
competição, chegam ao país-sede para acompanhar a seleção brasileira. A partir daí, fotografam treinos e os jogadores nas folgas. Nesse período também fazem um trabalho de reportagem e procuram descobrir novidades e situações inusitadas. Quanto à seleção e aos jogadores, é sempre importante ter uma atenção especial no sentido de descobrir possíveis desentendimentos, passeios, amizades, entre outros fatos que possam se tornar notícia. “Em uma Copa do Mundo, a gente ‘rala’ muito e estamos sempre atentos para que possamos cumprir as pautas do jornal e ainda buscar um diferencial que possa ser importante aos leitores”, revelou Nelson Chinália, professor da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC) e repórter fotográfico do Correio Popular na Copa do Mundo da França de 1998. Para Chinália, fotografar os treinos e ficar atento as pautas era a parte mais pesada da cobertura. “Na França, a seleção treinava cerca de 40 quilômetros de Paris. Andar de carro era uma tortura, face ao trânsito pesado. As dificuldades estruturais que tínhamos que enfrentar eram grandes. Sem dúvida era uma jornada longa e desgastante”, disse.
BOLA ROLANDO Alexandre Battibugli, fotógrafo da revista Placar e que trabalhou no jornal Correio Popular, cobriu as Copas de 1994, 1998, 2002, 2006 e se prepara para cobrir o seu quinto mundial na África do Sul. Para ele, as partidas da Copa do Mundo não são complicadas devido à organização no evento. Opinião compartilhada com Chinália, que considera a cobertura do jogo como o dia mais tranquilo na cobertura de uma Copa. “É cobrir a partida e enviar as fotos para o jornal”, comentou Chinália. Apesar dessa aparente tranquilidade, em dia de partida da seleção brasileira, os compromissos começam cedo. Os fotógrafos chegam ao estádio cerca de cinco horas antes www.revistatipica.com.br •
21
Nelson Chinália Alexandre Battibugli
do início do jogo para pegar o briefing com informações da seleção e, o mais importante, guardar lugar na fila e assegurar um bom lugar de trabalho. De acordo com informações da Fifa, a ordem de entrada dos fotógrafos no estádio segue três níveis de prioridade. Primeiro, entram os repórteres fotográficos de agências internacionais de notícia, que têm lugares marcados comprados por elas. Em seguida é liberada a entrada dos fotógrafos dos países envolvidos na partida e, por último, fotojornalistas de outros países com interesse no jogo. Segundo Battibugli, nos Mundiais de 1994 e 1998, a disputa por espaço em campo era insano. Depois de horas esperando, todos os fotográfos, com mais de 40 quilos de equipamentos, entravam correndo, disputando os lugares ainda vagos. “A partir de 2002, formamos uma fila no Centro de Imprensa onde escolhemos o lugar no estádio. Dai em determinado momento somos liberados pra entrar no campo. Em ordem, sem correria. Cada um no seu lugar”, contou. Para fotografar, Chinália e Battibugli são unânimes quanto a posição em campo. Ambos preferem a lateral. “Se for no bico, entre a lateral e a linha de fundo, melhor ainda”, destacou o professor da PUC.
Nelson Chinália
JEITINHO BRASILEIRO
22
• www.revistatipica.com.br
Para alguns profissionais de imprensa, fotografar toda a partida de um mesmo ponto pode não ser uma boa ideia. Sem o consentimento da Fifa, depois do intervalo, quando os times trocam de lado de campo, alguns fotógrafos fazem uso de um truque para também mudarem de lugar e ficarem próximos ao gol do ataque da seleção desejada: trocam de colete com um fotógrafo do time adversário. Battibugli não é adepto a essa prática e disse que o importante é estar sempre alerta. “Esta troca de colete, nada mais é que uma saída que os fotógrafos encontraram para fazer o ataque da seleção que lhes interessam. E, por experiência própria, fazer o jogo de um mesmo lugar pode ser bem interessante. Na final da Copa da França, estava fotografando a defesa do Brasil. Fiz a capa da nossa edição com a foto do gol do Zidane. Quem disse que isso ou aquilo é melhor está enganado. Na minha opinião, o ideal é estar sempre atento e, lógico, um pouco de sorte também ajuda”, afirmou. Um desafio para quem está à beira do gramado é tentar fazer a foto diferenciada em meio aos mais de 300 profissionais concorrentes. O experiente Battibugli explica que o segredo é apostar no que você está vendo. No entanto, os fotojornalistas enviados do Brasil acabam tendo de competir com os fotógrafos de agências de notícias internacionais. Por já assinarem o serviço dessas agências, os veículos de comunicação publicam mais fotos
Nelson Chinália
delas do que as feitas por fotógrafos enviados ao Mundial. “Pelo Correio Popular, em 1998, eu era o único fotógrafo. Outras agências, mesmo as nacionais, como O Globo, Estadão, Folha, estavam com uma equipe de quatro, seis fotógrafos. Agências internacionais tinham mais de dez em campo. Quanto mais fotógrafos, mais fotos são feitas e maiores as possibilidades de registrar belas imagens. Isso é lógica”, disse Chinália. O repórter fotográfico da Placar concorda com o amigo professor e diz que na sua publicação as fotos dos seus profissionais são prioridade. “Aqui na Placar priorizamos o uso do nosso material. Em pouquíssimas vezes fomos ‘socorridos’ pelas agências”, explicou Battibugli. O fotojornalista da Placar lembra que para os fotógrafos de revista o enfoque é diferenciado. Ao contrário dos profissionais de jornal, eles cobrem não apenas as partidas do Brasil, mas também os jogos de outras seleções para conseguir uma abordagem mais aprofundada. Treinos e fotos de jogadores em dia de folga também não interessam tanto para as revistas por estas não publicarem o factual. “As fotos de revista duram mais do que as de jornal. Se o jornal não tiver foto de um gol, perde muito. A revista busca mais a estética do que a informação”, diz Battibugli. Segundo ele, há mais possibilidades de experimentar e de arriscar do que um fotógrafo de jornal: “Eu não preciso mostrar o momento do gol. Se o jogador está berrando e comemorando posso fechar em close e mostrar a veia na testa dele saltando”, diz.
EQUIPAMENTOS FOTOGRÁFICOS Uma das maiores patrocinadoras oficiais de Copas do Mundo é a Cannon, que monta um estande dentro dos estádios. Nikon também oferece suporte aos fotógrafos, mas sua base fica fora do estádio. As duas empresas oferecem serviços de edição, envio das imagens, empréstimo e até conserto de equipamento. Apesar de grande parte dos fotógrafos levarem objetivas novas para a Copa do Mundo, os serviços oferecidos pelas empresas dão segurança no caso de algum dano. Nelson Chinália lembrou de histórias de www.revistatipica.com.br •
23
Alexandre Battibugli Alexandre Battibugli
fotógrafos que estiveram em outros mundiais e descreve as dificuldades de se cobrir uma Copa do Mundo com equipamento analógico. “Em jogos do Campeonato Brasileiro, na década de 1970, tive que revelar filme no banheiro, fazer ampliação e transmitir a foto por meio de equipamento chamado de telefoto, onde demorava mais de meia hora para mandar a imagem. Isso ocorria com fotógrafos que estiveram nas Copas anteriores a 1998”, recordou. Battibugli também possui muitas histórias para contar em relação a transição do equipamento de filme analógico para o digital. “Simplesmente mudou tudo! Em 1994, quando cobri a Copa dos Estados Unidos pelo Correio Popular, levei um equipamento que transmitia a foto por meio de ondas de rádio, que já era antiquado na época. Grande parte da imprensa já usava a LEAFAX, mais moderna, que escaneava e transmitia a partir do negativo”, comentou e explica que depois do filme revelado, que levava em media 1h30 para ser finalizado, era preciso escanear o negativo e conectar o telefone na máquina. Fazer uma ligação para o Brasil, onde alguém tinha que conectar para iniciar o envio. De acordo com ele, foto colorida era preciso transmiti-la três vezes, dividindo-a em três cores básicas: magenta, cyan e amarelo. Cada lâmina de cor levava cerca de oito minutos pra ser transmitida. “Então, em 30 minutos, se tudo desse certo, a foto chegava na redação. Mas não era bem assim. A foto que o Correio Popular publicou do Brasil campeão de 1994, demorou seis horas para ser transmitida. Já na Copa da França tinha um escaner Nikon e um computador e a Internet já funcionava bem. Agora, na Alemanha, transmiti de dentro do campo. Tudo muito rápido. Então não tenho saudade nenhuma do equipamento analógico”, declarou.
Alexandre Battibugli
FUSO HORÁRIO
24
• www.revistatipica.com.br
Outro grande problema é o fuso horário. Em competições na Europa, que está em média 5 horas à frente do Brasil, há tempo para editar e tratar as fotos, mas, no horário em que deveria estar dormindo, o fotógrafo tem de enviar imagens para a redação no Brasil, ainda em plena atividade. Já quando as competições aconteceram em países como Estados Unidos (1994) e México (1970 e 1986), a correria era maior. “Na Copa dos Estados Unidos, os jogos ocorriam no fim da tarde. Assim que acabava a partida, a gente já tinha de enviar correndo as fotos para o jornal no Brasil”, contou Alexandre Battibugli. Na Copa do Mundo de 2002, na Coreia do Sul e no Japão, a diferença era de 12 horas. Apesar de fusos favoráveis e desfavoráveis, atualmente a diferença de horário é sempre complicada. Com a necessidade de atualização das publicações, a correria é constante para conseguir baixar as fotos na página quase em tempo real. Outro problema são as distâncias. Além do fuso,
www.revistatipica.com.br •
25
Alexandre Battibugli
a Copa do Mundo no Japão e na Coreia foi especialmente complicada aos fotógrafos por causa da grande distância a percorrer ao cobrir uma competição em dois países. Apesar das dificuldades, Alexandre Battibugli afirmou que depois de uma primeira cobertura de Copa pega-se a prática e tudo o que acontece em uma, vai acontecer nas outras. “Como tudo é novo, na verdade o sentimento é de deslumbramento. É um evento que pode ensinar muitas coisas boas que poderiam ser implantadas no futebol brasileiro.”, revela. Em geral, fotógrafo escalado para cobrir um Campeonato Mundial já tem técnica apurada e experiência. “Para quem vai pela primeira vez, é uma experiência fantástica e, todos os grandes repórteres fotográficos deveriam participar de um evento como este. É um aprendizado que servirá para toda a vida”, contou Nelson Chinália. Para fazer uma boa cobertura é importante não se intimidar com a grandiosidade do evento, se informar sobre as partidas, ler com atenção os briefing e, sempre, procurar o inusitado para ter um material diferenciado, recomendou o professor.
•
26
• www.revistatipica.com.br
www.revistatipica.com.br •
27
CIDADES
Idealax chega a Sumaré com força total Com o aumento da produção, o alvo é beneficiar moradores Andréia Dorta
A
vinda de mais uma indústria à Sumaré comprova a importância geográfica e desenvolvida da região. A recém chegada Idealax, que há 14 meses iniciou a construção da sede na cidade, destaca que dos sete municípios avaliados na construção da nova casa, Sumaré foi a que melhor proporcionou condições à instalação definitiva. “A prefeitura sumareense se preocupou em esclarecer todas as nossas dúvidas desde o princípio. Foi aqui que a gente encontrou a importância de uma excelente localização geográfica, bem próxima das principais rodovias. Além disso, ficamos perto da nossa antiga sede, em Campinas”, declara Fernando Neves Figueiredo, sócio diretor da empresa. Para Figueiredo, Sumaré demonstrou ter mais condições de receber a empresa em vários setores, principalmente em relação a qualidade e disponibilidade de mão de obra. “Podemos contar com a possibilidade de preparar o funcionário aqui mesmo. Dentro da prefeitura tem o posto do Sebrae como apoio ao desenvolvimento profissional dos trabalhadores e contamos também com a assistência do PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador)”, confessa. 28
• www.revistatipica.com.br
Há 23 anos no mercado, voltada à fabricação de produtos e materiais de limpeza, a Idealax conta hoje com 23 funcionários internos. Dos 30.000 metros de terreno, 10.000 são destinados a construção da fábrica, que segundo Fernando, até o final de 2010, pretende chegar a aproximadamente 85 colaboradores. Ao lado do irmão Alberto Figueiredo, também sócio da Idealax, Fernando pretende implantar projetos sociais junto à comunidade local. Há pouco mais de um ano, a empresa está envolvida em algumas atividades, como passeios ciclísticos e para o 2ª semestre a idéia e fechar algumas parcerias, fomentando a marca na cidade. Mas o principal e primeiro projeto em prol dos moradores, e já em andamento, é a doação de aproximadamente 5.000 mts de área a prefeitura. O objetivo dessa ação é possibilitar à administração sumareense a construção de uma rua que dê acesso ao bairro Maria Antonia e consequentemente aos bairros adjacentes. Com a mudança de sede, a Idealax não mudou apenas de casa, mas principalmente de tecnologia. Todos os equipamentos foram trocados, especialmente os relacionados a produção, aumentando dessa forma a qualidade. O laboratório de desenvolvimento recebeu altos investimentos,
no intuito de preservar a qualidade do que já é fabricado e proporcionar condições na ampliação de novos produtos. “Até o final do ano temos três marcas a serem lançadas e pretendemos desenvolver de quatro a cinco novos produtos, que são diferentes do que produzimos hoje”, revela Fernando. O aumento no setor de venda já permite a comemoração dos diretores com as novas instalações. Para eles, já é possível sentir a mudança de mercado nas cidades de Hortolândia, Nova Odessa e principalmente na própria Sumaré. Hoje a Idealax atende toda a Região Metropolitana de Campinas (RMC), Vale do Paraíba, Baixada Santista, Sul de Minas e a próxima etapa é inserir os produtos Idealax no centro do estado paulista, atingindo cidades como Ribeirão Preto, Sertãozinho, dentro outras. “Acreditamos que o nosso produto está sendo bem aceito pelos consumidores, que são exigentes e precisamos melhorá-los. Por isso, nossos dois grandes produtos são a parceria e a transparência. O fornecedor precisa disso, o consumidor final e o supermercadista também. É uma via de mão dupla”, complementa o empresário. E a preocupação na qualidade não pára por aí. Fernando informa que este setor é um dos mais regularizados. Segundo ele, que também é diretor da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza (ABIPLA), a região tem problemas com empresas clandestinas, mas a vigilância da região atua muito bem nesse sentido.
•
Linha de Produção da empresa Idealax
Família Figueiredo: patrimônio passado de pai para filho
SOCIAL Fotos por Edson Donizete
ROSA SHOCK: Novidades, Nova Direção!
Moderna e sofisticada como sempre, a loja feminina Rosa Shock agora sob o comando das irmãs Tatiane de Fátima Bussoli e Gilsiane Cristine Bussoli, traz para cidade novidades com novas marcas e um estilo cativante de atender seus clientes. “Gostamos de ver nossas clientes realizadas, satisfeitas, tanto pelos produtos de qualidade no qual oferecemos como pelo atendimento, entendemos a alma da mulher e sabemos lidar bem com isso, cada cliente é única.” Revelam as empresárias que acabam de selar parceria com a marca de sapatos Para Raio. “ Agora também temos sapatos e bolsas” reforça Tatiane. As irmãs que antes trabalhavam com e-commerce, na venda de sapatos e roupas, tinham como sonho a ideia de loja própria e representação de grandes marcas de roupas femininas. “ Quando foi para dar certo tudo se encaixou, considero ser um presente de Deus assumir a direção da Rosa Shock” declara satisfeita Gilsiane. A loja oferece modernidade e estilo com as marcas Morena Rosa, Tatiane de Fátima Bussoli e Gilsian Chopper, Maria Valentina, Zinco, e as novidades Para Raio e Evandra e Cristine Bussoli Bijuterias. O plano agora é continuar inovando. “ Temos muitas ideias, estamos planejando coquetéis de lançamento para as próximas coleções. Nossas energias também estão concentradas na proximidade com nossas clientes, que venham nos visitar e conhecer esse novo momento da Rosa Shcok.” Finalizem muito realizadas Tatiane e Gilsiane Bussoli.
•
EMPÓRIO OLIVEIRA
Butique de carne diferenciada em Sumaré
A loja é nova, mas está agradando muitos clientes, principalmente aqueles que adoram um bom churrasco e estão atentos as novidades. Mas o real ingrediente desse sucesso é o serviço e atendimento diferenciado. “Aqui temos tudo para seu churrasco, variedades de carnes, espetinhos, cortes nobres, queijos, pão de alho, carvão, gelo, chopp, refrigerante e muito mais, além de alugarmos mesas e cadeiras, trabalharmos com o sistema de buffet e levarmos tudo até o cliente quando necessário.” Nos conta os empresários Adilson Aparecido de Oliveira e Luciana Alves da Silva. A idéia surgiu de uma paixão, e já aponta resultados. “A princípio íamos montar um negócio em outro segmento, mas resolvi seguir o coração. Sou um especialista em churrasco, além de adorar, por isso a idéia do negócio e prestar um atendimento vip. Dou dicas e sugestões à meus clientes, estou sempre atento com novidades, além da relação de amizade que facilita a realização e iana Alves da Silva o sucesso dos eventos no qual presto serviços.” Declara satisfeito Adilson. Adilson Aparecido de Oliveira e Luc E os projetos não param, os empresários agora tem planos de reformar a loja e deixar o ambiente ainda mais agradável para seus clientes. “Gostaria que as pessoas tivessem a oportunidade de conhecer a Empório das Oliveiras, pois vão se surpreender, Tanto pelo atendimento e prestação de serviços como pela diversidade de produtos que temos a oferecer.” Finaliza Adilson Oliveira.
•
Coquetel de Lançamento, ALUAP MODA ÍNTIMA
No dia 13 de maio, a cidade de Sumaré ganhou mais uma opção de qualidade em moda íntima: Aluap Moda Íntima. Na ocasião os proprietários Paula e Eder, receberam amigos e clientes em um coquetel para brindar essa conquista. A empresa que funcionava como distribuidora no atacado, agora tem sede própria com opções no varejo . A Aluap Moda Íntima está situada na Av. Rebouças, 2586 no Centro de Sumaré.
A inauguração da loja Aluap foi um sucesso!
Tatiana Camargo, Sueli Camargo, Ana Paula Campo Dall’Orto, Adriana Marmirolli e Yara Marmiroll
Daniela Padovani, Ana Paula e Avani Mendes
Eder e Ana Paula Campo Dall’Orto
Elis Regina e Ana Paula
Ana Paula, Maria Luíza Pacheco e Luciana Pacheco
Juliana Coltro e Milena Yanssen
Daniela Padovani e Ana Paula Campo Dall’orto
www.revistatipica.com.br •
31
60 anos do Clube Recreativo de Sumaré Para o Clube Recreativo Sumaré (CRS), 2010 é ano de festa. São 60 anos de existência, proporcionando a população sumareense os mais variados eventos, sejam esportivos, comemorativos ou até mesmo abrindo as portas do Clube a outras atividades da cidade. Segundo Enes Junior, popularmente conhecido como Tunão e atual presidente do Clube, as comemorações serão muitas. “Que todos nossos amigos associados participem de todos à medida do possível”. Voltando um pouco a história do Recreativo, a data de fundação ocorreu em 13 de Maio de 1950, entretanto, de acordo com o estatuto do próprio CRS, as primeiras sementes surgiram em 1907, com a fundação em Rebouças da Sociedade Civil de Mútuo Giuseppe Garibaldi pelos integrantes italianos. Surgiram na época algumas diferenças entre italianos e portugueses, mas logo sanada pela fundação do Clube Recreativo Esportivo Aliança, em 1918. O alvo era aliar os dois grupos, senão pela integração legal, ao menos pela convivência civilizada. Em 1942, a Sociedade Civil Giuseppe Garibaldi transformou-se no Grêmio Esportivo Paulista. Este, em 1950, fundiu-se com o Aliança, formando o CRS. Desde então, o Clube cresceu. Foram consolidados laços sociais junto às entidades, o nº de associados aumentou, formas de entretenimento mudaram e tantas melhorias em benefício de quem aproveita o espaço. Hoje o Recreativo conta com academia, quiosques, lanchonete, sauna, escola de dança, parque aquático, piscinas; tudo no intuito de promover o bem estar dos associados. O primeiro evento das comemorações dos 60 anos ocorreu a poucas semanas e foi um sucesso. No “baile dos 60 anos”, houve grande participação, comes e bebes e muita música. Acompanhando um pouco do que foi realizado a seguir, podemos ter uma ideia do que vem pela frente, com certeza, ainda melhor.
Próximo Evento CRS No sábado dia 12 de junho a partir das 21h, a espetacular cantora Mafalda Minnozzi apresenta seu show, no evento La Notte – O jantar romântico do Clube Recreativo Sumaré. Cantando com corpo e alma, Mafalda Minnozzi promete embalar o jantar do Dia dos Namorados com muito romantismo.
2
1
3
6
4
5
9
7
8
12
10
11
15
13
14
18
16
17
LEGENDA
1- Roberto Coragem Diretor Social, Patricia Paes e Antonio Enes Jr (Tunão) | 2- ) Tunão, presidente do CRS e João Rubens Gigo, presidente vitálicio do CRS | 3- Banda Kremlin | 4-Marcia e Gilberto Bufarah, diretor de patrimonio do CRS | 5- Ex presidentes do CRS | 6- Banda Kremlin animou o evento | 7- Selma e Pedro Biondo, diretor de esportes do CRS | 8- Alexandra e Rogério Zagui | 9- Ana Carolina Padovani e Luiz Fernando Martins | 10- Beni e Noacir Gasparini | 11- Bruno Simionatto e Rafaele Serra | 12- Eda e Ademir Zuzi e Maria de Lurde e Dr. Ubatan Martins | 13- Bruno Henrique e Tamirtes Almeida (proprietários) e Equipe Studio Gloz. | 14- Evaldo Perissinotto, Claudia e Marcelo Zanibom | 15- Flávia Coral e Hamilton Lorençato | 16- Maira Alves e Juliano Oliveira | 17- Rosa e Alaerte Menuzo | 18- Larissa Simionatto e Cicero Celestino.
www.revistatipica.com.br •
33
1
eventos Texto: Silmara Soares | Fotos: Edson Donizete
B
otas e chapéus, animais bem tratados, beleza masculina e feminina por todos os lados, peões experientes, locutores agitando a galera, grande queima de fogos e a benção do padre da Paróquia Sant’Anna, Carlos José Nascimento, marcaram a 10º edição do Sumaré Rodeo Festival. Todos esses ingredientes se juntaram as músicas, as montarias, e é claro, o que mais chamou a atenção do público, o novo local do evento. Os amantes do circuito de rodeio destacaram, também, estrutura das arquibancadas, a acomodação da praça de alimentação com mais de 60 barracas, a equipe de segurança, camarotes e banheiros organizados. O temor momentâneo da organização que o Paraíso das Águas pudesse ser palco de contratempos, transformou-se no palco de emoções que marcaram os dez anos de rodeio da cidade. Com acesso facilitado, a 10ª edição do Sumaré Rodeo Festival fez jus ao nome do local e animou o público entre os dias 15 e 18 de abril. Segundo o presidente da festa, Marcelo Messias, o Marcelo Tomateiro, cerca de 80 mil pessoas passaram pelo recinto. Marcelo Tomateiro disse não ter dúvidas que esta edição foi uma das melhores já realizadas. “Dos dez anos de festa, esse ano foi o mais perfeito. Saiu tudo redondo, o tempo ajudou e não tivemos chuva. Sem falar no local, que foi perfeito. Enfim, deu tudo certo”, comemora Tomateiro. As montarias em touro foram um show à parte, com muita dose de coragem, força e tradição, onde os peões têm que permanecer por “apenas” oito segundos montado num animal em explosão. Os locutores Rafael Vilela e Rangel Renato agitaram a galera, com brincadeiras e versos de duplo sentido. Nessa modalidade também se destacaram os “salva-vidas”, vestidos de palhaços que arriscam sua pele para proteger os competidores.
•
LEGENDA
2
3
15
4
1- Claudete e Claudio Padovani | 2- Dafine Fukunishi e Katia Taniguti | 3- Fernando e Sorocaba | 4- Jonilson Carvalho e Rosana Gigo | 5- Marcela e Fellipe Alves | 6- Nathalia Abud e Marcio Tito | 7- O Secretario de Finanças de Sumaré Luiz Carlos Luciano e as filhas Julia e Marina | 8- Rachid Camargo e Livia Stephanelly, Banda VaKa Loka | 9- João Bosco e Vinicius e no centro a fã Marcia Lacerda | 10- Rodrigo Padovani e Ana Paula Vasconcelos | 11- Silmara e Celso Oliveira, Secretario de Comunicação de Sumaré 12- Tatiane Oliveira, Karina Pereira dos Santos e Cristina Benti Voglio | 13- Marcos Rodrigues, Sandra e Vilson Alves, vice prefeito de Sumaré | 14- Comitiva, Fruto Rustico e Sistematico | 15- Noemi Stein Siacio, Carlos Zazeri e Paulo Sciacio Neto do Paraiso das Águas | 16- Vera e Vilma dos Anjos e Ademar Faria | 17- Marcelo Tomateiro presidente do Sumaré Rodeo Festival e seu filho | 18- 1ª princesa, Renata Polito, 2ª princesa, Jéssica Ferreira, Miss Simpatia, Monique Garcia e a Rainha Ariane dos Reis.
6
34
• www.revistatipica.com.br
5
7
8
ESTRUTURA 10ª nto, a organização da Para a segurança do eve mediu esforços. O público não Festa do Peão de Sumaré parte interna e a organizou na s nça ura seg com contou Municipal Polícia Militar, Guarda contou com o apoio da ura de feit dade Urbana da Pre e a Secretaria de Mobili bém tam cia lân bu dico e am Sumaré. Atendimento mé os casos de emergência. ra estavam à disposição pa ente informa quatro noites, o presid aré Diante do sucesso das próxima edição do Sum o que já está pensando na com e qu sa, avi Tomateiro Rodeo Festival. Marcelo A data não o. sm me o á ser into sucesso desse ano, o rec o circuito ta continuará abrindo está definida, mas a fes . ão pe do tas fes nacional de
18
17
16
12
10
13
14
VENCEDO
R
11 9
Em uma dis p R$ 25 mil fo uta acirrada, quem fatu i o peão do ro da montaria Pará, Magn u o prêmio de o Alves, cam em to u ro d Festival. Alé a 10ª ediçã peão m o o campeão da premiação em din do Sumaré Rodeo heiro, Alves da 5ª Festa se tornou do Peão de (Professiona Sum l Bu o mundial q ll Riders). A competição aré etapa do PBR ue conta ponto feminina do acontece em Las Veg s para as (EUA). A s três tambo p re Carolina Vie s foi vencida pela am rova azona ira, de Cosm ópolis.
Personalidades
Feliz o homem que tem história para contar Cleyton A. Jacintho
E
ra sábado, dia 24 de abril deste ano, oito horas da manhã. O dia estava com aquele frio típico do início do outono. Em frente a uma casa tradicional no centro da cidade bati palmas duas vezes. Dali a pouco um homem de aparência jovial, e com um ar de disposição que muitos jovens de hoje não têm, veio me atender. Seu nome é Roberto Euclides Rovagnelli, mais um filho de Sumaré, que ao longo dos anos, ajudou a construir a identidade da nossa cidade. Simples e de personalidade forte, seu semblante se enche de orgulho quando fala da família. Leva como “filosofia” de vida a frase que dá título a esta reportagem: “feliz o homem que tem história para contar”. Neto de italianos, seu Rovagnelli nasceu em 11 de julho de 1946. Seu pai já nascera no Brasil, mais
36
• www.revistatipica.com.br
precisamente na cidade de Americana em 1911. A família é de agricultores: plantavam algodão, milho e criavam gado de leite. “Era a gente mesmo que ajudava o pai, eram quatro irmãos e apenas uma irmã. O pai era muito católico, ajudou a construir a igreja matriz aqui. Na época, era uma cidade pequena, com Sumaré e Hortolândia juntas, não havia nem seis mil habitantes,” conta com orgulho. Com muito trabalho, seu pai comprou várias propriedades na região, “não havia empregados, então a família trabalhava unida e conseguia um resultado melhor. Hoje quase não tem a família. Quando chega certa idade eles têm de estudar. Eu formei os meus dois filhos, um em Administração e o outro em Direito”, comenta com entusiasmo. Estudou só até o primário, no colégio Professor
André Rodrigues de Alkmin. Sua sabedoria vem de uma escola muito mais importante, a escola da vida. Casou-se em 1969 com a senhora Avani Furian, e partir daí começou trabalhar por conta. “No começo foi de plantar algodão, depois mudei para o plantio de batata e de tomate. Fui um dos pioneiros no cultivo do tomate por aqui e tem até meu nome no livro da história da cidade. Trabalhei mais ou menos trinta anos com tomate, fui bem sucedido na época, comprei este terreno no centro e construí. Muitos criticam, mas para se trabalhar e ganhar dinheiro honestamente, foi na época do Governo Militar. Não havia tanta corrupção”, conta com saudosismo. Na década de 1980 seu Rovagnelli resolveu dar uma virada nos negócios e adquiriu um cinema que já estava em decadência. Ele o administrou durante cerca de oito anos. “Isso foi uma ideia assim, não era o ramo da gente. Aí como tinha que passar muito filme pornográfico, porque havia uma cota de filme brasileiro para exibir, não achei muito legal aquilo, até pela tradição de religião, fui desanimando. Havia menor querendo entrar no cinema dando problema na bilheteria. Falei: Isso não é para mim, e parei”, explica. Paralelo ao cinema, seu Roberto já investia em um novo mercado, montou um engenho de pinga e álcool. Aproveitou a crise em que o petróleo passava e entrou de cabeça num programa lançado pelo governo, o Proálcool. “Mas assim que eu acabei de montar o engenho o governo
mudou e o projeto foi extinto, era melhor vender a cana para a usina do que fabricar a pinga, o preço era muito baixo e não cobria os custos do corte e moagem. Fui tocando devagar, cheguei a produzir 180 mil litros de pinga em uma safra. Então chegou um paraguaio aqui e perguntou quanto eu queria para vender o engenho. Eu disse 100 mil dólares, ele não cochilou, pagou e levou embora”, fala com um sorriso de satisfação. Nos bons tempos da agricultura chegou a empregar mais de 100 funcionários. Hoje seu Roberto continua a se dedicar à agricultura. Aos 63 anos se acostuma com a ideia de se aposentar. O homem que ainda montou uma leiteria participou também de outros projetos: foi membro de entidades como o Conselho Municipal de Turismo de Sumaré (COMTUR); candidato a vereador; além de fazer parte de uma importante instituição filantrópica. Várias vezes pensou em sair da cidade, mas seu amor por Sumaré o fez permanecer. A trajetória de vida de seu Rovagnelli mostra que, para deixarmos um legado não é necessário sermos personalidades famosas ou estrelas midiáticas, basta plantar e semear sementes de luta, trabalho e perseverança, que sejam exemplos de sabedoria e dignidade para as próximas gerações. E para ser feliz é muito fácil, pois como diz seu Roberto: “feliz o homem que tem história para contar”, e este repórter com humildade completa: “boas histórias”.
•
EM FOCO
A COPA DO MUNDO É NOSSA, COM BRASILEIRO NÃO HÁ QUEM POSSA !!
M
coisas.
uito tem sido questionada a realização da Copa 2014 no Brasil, pois para receber um dos maiores eventos do mundo, é necessário adequar muitas
Temos consciência de que as atuais infra-estruturas deixam a desejar, mas nada que impossibilite a realização do evento. A questão é: o país ainda não está 100% preparado para receber tamanho fluxo de turistas. São necessárias melhores condições nas estruturas de hoteleira, transportes (tanto terrestre como aéreo) e principalmente qualificação de profissionais e serviços. É preciso melhorar a condição de recebermos essa demanda de pessoas. O que mais me preocupa é o fato da maioria dos brasileiros não falarem outra língua além do português. As 12 cidades brasileiras que irão receber os jogos da Copa do Mundo de 2014 são: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Sabemos que algumas delas já estão acostumadas à lidar com estrangeiros, mas apesar da calorosa recepção, típica do povo brasileiro, é nítida a dificuldade na comunicação. Para o turismo, será de extrema importância a realização desse evento, pois o mundo poderá conhecer melhor os atrativos e belezas naturais que existem apenas aqui no Brasil. Acredito que nossa imagem, ao resto do mundo, sem dúvida será diferente. Só resta saber se será positiva ou negativa e isso depende de cada um de nós; do que vamos promover de mudanças e melhorias até 2014. Quanto às críticas, elas existem e uma das mais contundentes faz juz a corrupção brasileira, entretanto o principal argumento dos defensores do Brasil como sede de uma Copa refere-se ao retorno financeiro. Os gastos giram em torno dos R$ 5 bilhões na preparação do evento, mas países-sede ganham, em média, um ponto percentual a mais no PIB no ano da Copa. Em 2006, a Alemanha cresceu 1,7% a mais; recebeu 2 milhões de turistas e criou 50 mil empregos. E esse item (emprego) é uma das questões que não pode esperar até 2014 por resposta. O que os brasileiros têm feito a fim de se prepararem as vagas de emprego que surgirão na Copa de 2014? Se você ainda não pensou a respeito, aí vai uma dica: comece agora mesmo a fazer um curso de língua 38
• www.revistatipica.com.br
Rosemeire de Souza Gomes de Oliveira Language Coordinator GROWING SCHOOL VILLA FLORA CAMBRIDGE EDUCATIONAL PARTNER
estrangeira, pois com certeza esse será o principal requisito no processo de seleção. Não pensem que ainda é muito cedo para começar a estudar, mas sim que outros já estão estudando e estarão a sua frente num processo seletivo, pois nada se aprende do dia para a noite. Teremos grandes oportunidades em todas as áreas na copa de 2014, mas a melhor de todas será de poder fazer parte deste período histórico, sabendo que ajudamos a construí-lo. Seja um bom jogador e se prepare para marcar um gol de placa, mudando o resultado da sua vida e do seu país.
•
www.revistatipica.com.br •
39