Revista Típica - Edição 12 - Hortolândia

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TÍPICA Ano II • Edição 12 • Julho de 2010 Sumaré | Hortolândia | Nova Odessa www.revistatipica.com.br

Saúde do homem Exames de alta complexidade são aliados no diagnóstico precoce de várias doenças

Tecnologia da Informação Multinacional IBM quer aumentar a participação de mercado no setor de TI

Dança de Salão Não importa a idade, ela transforma o corpo, a mente e a alma

CELSO PORTIOLLI A simpatia e o carisma do mais novo “construtor de sonhos”




EDITORIAL

O

lá amigos hortolandenses. A Revista Típica está em Sumaré há dois anos e a partir dessa edição, será veiculada aqui também em Hortolândia, ou seja, nossa família está aumentando e você a partir de agora faz parte dela. Essa conquista, além de nossos parceiros, fornecedores e colaboradores, também se deve a vocês, os mais novos leitores da Típica. Sejam Todos Bem Vindos. É com alegria que nos colocamos a disposição para sugestões de pautas, críticas e elogios. Acesse nosso site www. revistatipica.com.br OU entre em contato pelo telefone (19) 3873.1745. Para essa 1ª edição de inverno em 2010, a dica é esquentar o frio e nada melhor do que experimentar um delicioso caldo quente. Veja na seção Gastronomia onde saborear os melhores caldos da região. Outra dica é “chacoalhar o esqueleto” e melhor ainda acompanhado. Na editoria Movimento, saiba como a Dança de Salão pode ajudar nesse sentido. Agosto é Dia dos Pais e em homenagem também a todos os homens, preparamos uma super matéria na seção Saúde, alertando a importância da saúde masculina. Você é viciado em celular 24h? Não larga nem para ir ao banheiro? Fique atento, pois essa mania se chama Nomofobia e afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Em Sumaré, aconteceu mais um ano de Festa Japonesa. Acompanhe o que houve de novidade na seção Eventos. É possível imaginar sua casa toda reformada em menos de 15 dias? A resposta é sim e Celso Portiolli, na capa dessa edição, é o atual Construtor de Sonhos do Domingo Legal. Conheça a carreira do apresentador e veja como ser mais um contemplado desse programa do SBT. Nesse 1º exemplar de Hortolândia, retomamos a economia e o desenvolvimento industrial da cidade, que em curto espaço de tempo, cresceu estrondosamente, abrindo as portas ao progresso. Veja os detalhes na seção Cidades. Em cada cidade há sempre um contador de história, cuja vida se mistura ao crescimento do município. Em Hortolândia, não foi apenas uma pessoa, mas sim um casal, que juntos há mais de 50 anos, recordam a cidade de Jacuba, antigo nome de Hortolândia. A história de seu Milton e de dona Adalgiza, desde a infância, se misturam às memórias da cidade. Viaje a esse passado na seção Personalidades. E para finalizar, veja como anda a capacitação dos profissionais da região no setor da Tecnologia da Informação. Boa leitura a todos e com carinho, ficamos por aqui. Até a próxima.

EXPEDIENTE

A revista Típica é uma publicação bimestral da Editora Seta Regional. Circula nas cidades de Sumaré, Hortolândia e Nova Odessa no estado de São Paulo, com tiragem de 15 mil exemplares. Mais informações sobre a publicação podem ser encontradas no site www.revistatipica.com.br. Edição, Administração e Publicidade: Editora Seta Regional Ltda. Rua Antonio Pereira de Camargo, 421 - Sala 03, Centro - Sumaré-SP - Cep: 13170-200 Telefone: (19) 3873.1745 setaregional@setaregional.com.br Site: www.setaregional.com.br

Diretora Executiva: Andressa Pirschner Assunção andressa@setaregional.com.br Diretor Executivo e Comercial: Leandro Perez Ribeiro leandro@setaregional.com.br Editora Chefe: Andréia Dorta, MTb: 52.196 andreia@setaregional.com.br Jornalistas Assistentes: Cleyton A. Jacintho, MTb: 51.959 cleyton@setaregional.com.br Marcelo Pendezza, MTb: 37.209 marcelo@setaregional.com.br Silmara Soares, MTb: 50.003 silmara@setaregional.com.br Edição de Arte / Diagramação: Emily Andrade emily@setaregional.com.br Samira Oschin Barozzi samira@setaregional.com.br Repórter Fotográfico: Edson Donizete Comercial: Leandro Perez Ribeiro leandro@setaregional.com.br Cecília Souza Teixeira cecilia@setaregional.com.br Israel de Campos Affonso israel@setaregional.com.br

Administrativo/Financeiro: Andressa Pirschner Assunção andressa@setaregional.com.br Colaborador: Eduardo Castilho setaregional@setaregional.com.br Colunista: Eduardo da Silva Amorim setaregional@setaregional.com.br Foto Capa e Matéria de Capa: Assessoria de Imprensa SBT Impressão: Silvamarts Composição Gráfica Ltda. Assessoria Contábil: Exato Contabilidade

Andréia Dorta

Importante:

Editora Chefe

As informações contidas nesta revista são para fins educacionais e informativos. A revista Típica não se responsabiliza pela utilização inadequada das informações aqui veiculadas, nem pelas opiniões de nossos colaboradores e anunciantes.

“Tudo posso naquele que me fortalece” - Filipenses 4:13 www.revistatipica.com.br

Andressa Pirschner Assunção

Leandro Perez Ribeiro

Diretora Executiva

Diretor Executivo


SUMÁRIO

8 SOCIAL

Quem? Quando? Onde?

16 COMPORTAMENTO

Não faça do celular um problema em sua vida. Fuja da Nomofobia

18 EM ALTA

Investimento e inovações no mercado da Tecnologia da Informação (TI)

20 MOVIMENTO

Dança de Salão melhora postura, desinibe os mais tímidos e reaproxima pessoas

22 SAÚDE

Novas tecnologias incentivam os homens a se preocuparem mais com a saúde

24 GASTRONOMIA

Nesse inverno, se aqueça experimentando o delicioso Caldo de Quenga

26 EVENTOS

Mais um ano de Festa Nipo em Sumaré.

42 CIDADES

Hortolândia faz jus à história e segue rumo ao desenvolvimento industrial

43 PERSONALIDADES

28 CAPA

Conheça a carreira e a nova fase de Celso Portiolli a frente do Domingo Legal no SBT

História do casal Breda se mistura às origens de Hortolândia.

44 EM FOCO

Confira nessa edição, Eduardo da Silva Amorim, com o artigo “A Cidade que queremos”


SOCIAL Fotos por Edson Donizete CONFIRA MAIS FOTOS DO SOCIAL EM: www.revistatipica.com.br

1º Encontro de Fanfarras: Sumaré, Hortolândia e Campinas Foi realizado no dia 31 de Julho o 1º Encontro de Fanfarras na Escola Municipal José de Anchieta. O evento reuniu grupos de músicas e coral de Sumaré, Hortolândia e Campinas. A animada programação contou com a abertura da Banda Sinfônica Municipal de Sumaré, Corais da Terceira Idade, Fanfarra Municipal de Sumaré, Fanfarra Cidade de Hortolândia, Fanfarra Escola Municipal José de Anchieta e encerramento da Fanfarra Municipal de Campinas. A Secretaria de Cultura, por meio do Centro de Educação Musical Municipal de Hortolândia, realiza o projeto Fanfarra, que existe há 5 anos e, atualmente é formada por 40 jovens de 12 a 17 anos.

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RIVANNÀ, moda íntima sofisticada, bem perto de você! A pequena empresa que antes era chamada RF Confecções, que produzia pantufas e chinelos para quarto, enxergou a necessidade do mercado na confecção de moda íntima feminina com peças mais elaboradas. Essa necessidade foi vista justamente pela proximidade com as lojas de lingerie nas quais fornecia seus produtos. O primeiro passo foi dar mais peso e sofisticação ao nome da empresa e marca. Essa etapa ficou por conta do empresário e filho de Rivana, quem hoje administra junto com a mãe a confecção e lojas. “Além de homenagear a minha mãe Rivana, quem com muita coragem e determinação fez nascer a empresa, acreditei que este nome tinha peso e sofisticação que se adequavam ao segmento. Daí bastou acrescentar mais um “n”e uma crase, e pronto, lá estava o novo nome - Rivannà Lingerie - . Daí veio a ideia da primeira linha de camisolas, logo em seguida uma linha completa de lingerie noite: camisolas, baby doll, espartilhos, conjuntos, short doll, e o negócio não parou mais” revela satisfeito o empresário Danilo Pedro Florêncio. As peças são inspiradas nas tendências européias, e a preocuDanilo Pedro Florêncio, pro pação é sempre em atender mulheres de todas as idades. “Experiênprietário da Rivannà Linger cia, criatividade e inovação estabelecem um elo íntimo na criação e ie - Praia estilo de cada peça, é fruto de pesquisas e sensibilidade para atender os mais profundos desejos de uma mulher em vários momentos de sua vida, por isso, investimos em maquinários, treinamentos, profissionais na área de modelagem e estilo e por colaboradores que interpretam a necessidade íntima de cada mulher” declara a empresária Rivana T. B. Florêncio As coleção para o segmento são 4 por ano, sendo primavera/verão, alto verão, outono e inverno, além das mine coleções que as intercalam. E é com esse cronograma que a Rivannà trabalha, hoje com uma equipe de 22 colaboradores na confecção, 3 profissionais de venda, 7 representantes comercias e 2 lojas próprias que estão aptas a oferecer Lingerie Sensual, Lingerie Dia, Gestante, Sustentação, Pijamas, Moda Praia, além da SexShop (centro, Sumaré). A empresa vive um momento de grande expansão com a Inauguração da nova loja no centro de Sumaré, e a nova coleção Moda Praia que já está fazendo muito sucesso. “ Quem usa a etiqueta Rivannà, certamente sente a diferença de usar um produto de qualidade, conforto e principalmente sofisticação, além é claro dos belíssimos modelos, e estampas que agradam intensamente as mulheres” Nos conta a gerente da nova loja Josy Batista.

Josy Batista, gerente da loja

Interior da loja Rivannà Lingerie -

Praia

MAIS UMA LOJA JENS MANIA! A Equipe Jens Mania, comemora a Inauguração de mais uma loja. A rede conta com lojas em Limeira, Nova Odessa e agora em Americana. Os produtos são comercializados a preço único de R$ 38,90, e as variedades são muitas. Segundo o empresário Lelis R. Cavallaro, que busca sempre o diferencial, a qualidade e bom preço em seus produtos, declara que muito se tem a comemorar nessa nova etapa.

Fachada da Loja Jeans Mania

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Lelis R. Cavallaro (proprietário da loja) e Bruna Cavallaro (Esposa)

Lelis R. Cavallaro, Dulce Silveira e Bruna Cavallaro

Dulce Silveira (responsável pela loja de Nova Odessa) e Bruna Cavallaro

Equipe Jeans Mania


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INAUGURAÇÃO SEGUNDA LOJA NUTRI ONE EM AMERICANA Foi inaugurado no dia 03 de julho a segunda loja de suplementos Nutri One em Americana sob sociedade dos empresários e atletas Fábio Fantini e William Barbosa. O evento reuniu amigos, clientes e convidados. A loja de Americana fica localizada na Av. Paulista 404, sala 02, Jd. Carolina. Em Sumaré o endereço é Rua Dom Barreto,761 Conj 5, Centro. Fábio Fantin, Luiz Carlos Fantini e William Barbosa

William Barbosa e Helton

Muitos convidados na inauguração da Nutrione em Americana

Denise Ribeiro, Fábio Fantin, Luiz Carlos Fantini e William Barbosa

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Amigos, clientes e convidados prestigiaram o evento

O evento contou com a Tenda Body

Action

Aproveite e conheça nova loja da Nutrione


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Missa em Comemoração aos 142 Anos de Sumaré

Dia 26 de julho foi dia de Festa para nossa querida cidade Sumaré, que completou 142 anos. Em homenagem a data, foi celebrada na Matriz de Sant’Ana uma missa em comemoração ao aniversário da cidade, que contou com a presença de pessoas importantes de nossa cidade, além dos fiéis, o Bispo Dom Bruno Gamberini e Padres de toda região.

LIONS CLUBE SUMARÉ

No mês de junho o Lions Clube de Sumaré, realizou o célebre evento de posse do novo conselho diretor e do mais novo presidente Sr. Eduardo Gigo. A solenidade reuniu sócios, familiares, convidados e amigos no qual celebraram com alegria . O evento contou com jantar festivo, servido pelo Rarus Buffet, na sede do próprio clube.


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COMPORTAMENTO

Nomofobia

Se você não se desgruda do celular nem para ir ao banheiro, cuidado: você pode ser um nomofóbico Marcelo Pendezza

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modelo Gisele Evangelista, 24 anos, já teve de voltar para a casa assim que descobriu que havia esquecido o celular. Apesar de estar longe de casa, não pensou duas vezes. Fez o caminho inverso: retornou para casa e chegou atrasada no compromisso. Gisele enfrentou todo esse incomodo simplesmente para não ficar longe do aparelho por um dia que seja. “Não consigo ficar sem o celular. Para tanto, na falta de um aparelho, hoje tenho três”, diz. Ela faz parte de um grupo que sofre um distúrbio dos tempos modernos, a nomofobia, que vem se juntar às fobias mais conhecidas, como medo de altura ou de espaços fechados. Nomofobia é uma nova expressão usada para designar a sensação de angústia que surge quando alguém se sente impossibilitado de se comunicar por estar em algum lugar sem o celular ou outro telemóvel. Trata-se de um termo recente originado do inglês “no-mo” ou “no-mobile”, 16

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que significa sem telemóvel. “A pessoa que sofre de nomofobia não consegue se desprender da tecnologia”, explica a professora Josyane Lannes Florenzano de Souza, mestre em Ciência da Computação e coordenadora do curso de Sistemas da Informação da Estácio UniRadial de São Paulo. E isso inclui celular, notebook, netbook e todo o aparato tecnológico que a deixa conectada com o mundo. “Ela pode esquecer a carteira ao sair de casa, mas não os aparelhos. Além disso, não desgruda do celular, por exemplo, nem para ir ao banheiro, à feira, à academia ou na hora do sexo”, diz ela, que sente na pele essa forte influência da tecnologia. “Eu fico sempre com meu celular do lado, durmo com o aparelho e raramente esqueço de apanhá-lo. Tenho um carregador no carro, tudo para não deixar ele descarregar”, contou a publicitária Fernanda Reis, 23 anos.


ALERTA VERMELHO

Para ser caracterizada como fobia, a ausência desses tipos de aparelhos deve trazer prejuízo significante à vida, ou seja, causar sensação de pânico e impotência, atrapalhando a vida profissional e pessoal. Segundo a professora, quando as pessoas ficam dependentes desses aparelhos, elas passam a apresentar vários sinais ao ficar longe deles, como taquicardia, suores frios, dor de cabeça e sensação de nudez. “Fico nervosa quando cai o sinal, durmo com o aparelho do lado, se esqueço, volto correndo para pegar. Ele fica comigo 24 horas por dia. Até comprei um celular que comporta dois chips para o meu noivo, sendo cada chip de uma operadora. Assim, se uma não der sinal a outra tem. Não sei o que seria de mim sem celular”, contou a estudante Juliana Palhares, 25 anos, de Sumaré. É claro que a tecnologia e a popularização da internet trazem benefícios inegáveis de ordem econômica e cultural para todo o mundo. Mas essas inovações também imprimem mudanças nas relações interpessoais, que devem ser bem observadas. “Já deixei de sair com amigos porque não queria deixar o conforto de casa, pois tenho as ferramentas, como o MSN, para conversar com eles sem o inconveniente de pegar trânsito, fila”, confessa o programador de sistemas que pediu para não ter a identidade revelada. Para a professora da Estácio UniRadial, quando uma pessoa transforma a vida por causa da tecnologia, ela precisa de ajuda, pois está deixando de conviver com amigos, interagir com a família e ter atividades sociais.

PESQUISA

Segundo uma pesquisa feita pelo instituto YouGov para o Departamento de Telefonia dos Correios britânicos, 53% dos usuários de telefone celular do Reino Unido sofrem de nomofobia. No Brasil não há estudos que revelem o problema. O estudo concluiu que a síndrome atinge mais os homens (58%) que as mulheres (48%). Das 2.163 pessoas ouvidas, 20% afirmaram não desligar o telefone nunca, e cerca de 10% disseram que o próprio trabalho as obriga a estarem sempre acessíveis. Para 55% dos entrevistados, a urgência de estar com o celular sempre ligado e perto está relacionada com a necessidade de estar sempre em contato com amigos e familiares. Para 9% dos entrevistados, desligar o celular os deixa em um estado de profunda ansiedade.

OUTRAS CARACTERÍSTICAS COMUNS NOS NOMOFÓBICOS: • Abandona tudo o que faz para atender o celular. • Nunca deixa o aparelho sem bateria. • Não carrega o celular na bolsa, bolso ou similares; prefere carregá-lo na mão para que possa atender imediatamente. • Interrompe a relação sexual para atender o celular. • Nunca esquece o celular em casa; se isso acontecer, volta de onde está para pegá-lo. • Sente-se mal quando acaba a bateria, quando perde o aparelho ou pensa que perdeu.

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EM ALTA

Região de Campinas integra plano de expansão regional da IBM Multinacional quer aumentar a participação no mercado do setor de Tecnologia da Informação a partir da oferta de novos serviços e produtos Marcelo Pendezza

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Região de Campinas é um dos alvos do plano de expansão regional da IBM do Brasil. A cidade foi uma das escolhidas, ao lado de outros 19 municípios brasileiros, a ser um dos focos de investimentos da estratégia de ampliar negócios. A multinacional de tecnologia da informação (TI) quer aumentar a presença nessa fatia de mercado em que estima existir 54% do potencial da área de TI do Brasil. A expectativa da empresa é aumentar o faturamento em pelo menos 35% nas 20 cidades-foco neste ano. Para isso, a IBM pretende aumentar a oferta de serviços e produtos em novas praças e fomentar as economias regionais por meio de parcerias com empresas, instituições e governos locais. A diretora de expansão regional da IBM, Priscilla Beseggio, destaca que a região de Campinas está entre as quatro localidades prioritárias dentro da estratégia da multinacional, assim como as regiões do Rio de Janeiro, Belo

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Horizonte e Porto Alegre. “Avaliamos que existe um potencial elevado, por causa da maturidade do mercado e a alta demanda por serviços terceirizados de tecnologia da informação”, aponta. A empresa aumentou em 50% o número de funcionários da divisão comercial do escritório regional de Campinas da IBM, situado na planta da companhia em Hortolândia. Lá, uma equipe multidisciplinar, composta por funcionários e parceiros de negócios, é encarregada de analisar as demandas específicas da região e oferecer as soluções mais adequadas em áreas diversas como consultoria e terceirização de infraestrutura e data center, storage, servidores, softwares para gestão da informação, colaboração e segurança. O diretor do escritório regional da IBM em Campinas, Augusto Bezana, ressalta que a multinacional tem buscado estreitar laços com as principais universidades da cidade por meio do Programa de Iniciativa Acadêmica. “É


importante esse contato com as instituições de ensino, pois elas representam uma importante fonte de talentos e receita para nós”, analisa. Além disso, a companhia tem focado o desenvolvimento de parcerias e negócios na região. “Desde o início do ano, já estimulamos três parcerias da IBM que acabaram abrindo escritórios comerciais na cidade”, destaca. A estratégia de expansão regional da IBM está sendo conduzida simultaneamente em outras quatro regiões do planeta: China, Índia, África e Oriente Médio. Desde 2008, a empresa busca aproveitar das oportunidades de negócios nas economias emergentes. Para garantir mão de obra especializada face ao crescimento do setor de Tecnologia da Informação, a IBM em parceria com Prefeituras, vem viabilizando o curso a distância profissionalizante. Em julho, Sumaré iniciou a primeira turma do curso de Tecnologia da Informação. Em apenas uma semana, cerca de 750 inscrições foram homologadas. “Todos os inscritos terão oportunidade de realizar o curso e a procura realmente superou todas as expectativas. Sem dúvida é um grande resultado e esperamos que esta parceria com a IBM tenha continuidade em nossa cidade”, comentou o secretário municipal de Trabalho, Emprego, Geração de Renda e Desenvolvimento Econômico Gilberto Bufarah.

A fase inicial do curso terá carga horária de 30 horas, que serão concluídas em um período máximo de seis semanas. Aqueles que obtiverem as melhores classificações, acima de 70% de aproveitamento, serão contatados para participar da segunda fase. “A segunda fase será desenvolvida nos laboratórios de informática da Faculdade Anhanguera, que gentilmente cederá o espaço para a realização deste curso”, comentou o secretário. A iniciativa de celebrar mais esta parceria faz parte do Programa de Qualificação Profissional em TI da IBM do Brasil, que tem por objetivo fomentar iniciativas para o aprendizado deste promissor mercado, que até 2011 terá um crescimento maior que 20% ao ano, gerando muitas oportunidades de emprego. A informação é da Brasscom - Associação Brasileira das Empresas de Software e Serviços para Exportação. A IBM do Brasil participa como apoiador tecnológico, doando software, disponibilizando conteúdo técnico e treinando professores. “A idéia com esta iniciativa é uma evolução tecnológica do Projeto Oficina do Futuro, em parceria que já existe há cinco anos com o Instituto Eldorado, no formato de aulas presencias e já formou mais 5 mil alunos”, diz Edson Luiz Pereira, gerente de Parcerias Educacionais da IBM Brasil. A IBM, unidade de Hortolândia, tem 8 mil funcionários.


MOVIMENTO

Dança de Salão Não importa a idade, ela transforma o corpo, a mente e a alma Cleyton A. Jacintho

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hovia e os termômetros da cidade marcavam 12 graus, mas nem isso impediu que os dançarinos saíssem de suas casas e se dirigissem ao Recreativo de Sumaré, para, mais uma vez, transformar uma aula de dança de salão em um show à parte. É incrível o dom que a dança tem de transformar o espírito das pessoas e me vi dessa forma diante de tanta beleza. Naquela noite, até mesmo o frio foi embora diante de tanta euforia presente no rosto e no corpo daquelas pessoas, que com tanto ânimo se entregavam a dança de salão. O animado “Val” (47), como gosta de ser chamado, faz dança de salão há três anos. Por se sentir sozinho, resolveu buscar algo que lhe trouxesse um pouco mais de alegria. “Com a dança você consegue fazer exercícios e distrair a mente ao mesmo tempo. Espiritualmente é muito bom”, comenta. Foi por volta do século XV, na Europa, que a dança teve início. Era usada como meio de distração para a aristocracia. Já os camponeses moldavam uma dança mais popular e folclórica. Com o passar do tempo, os dois estilos se misturaram. Enquanto os nobres incorporavam elementos como o salto da dança popular, os camponeses copiavam fundamentos dos dançarinos da corte, entre eles, as reverências nos cumprimentos. A partir daí, a dança evolui ao longo dos anos. Passou a ser chamada de “Ballroom Dancing”, termo inglês para dança de salão. Nesse estilo de dança, pode se englobar todas as danças feitas a dois, com objetivo de entretenimento. No entanto, em cada país, o conjunto de ritmos que a compõem pode variar. No Brasil, por exemplo, as mais conhecidas são: samba de gafieira, samba-pagode, samba-rock, forró, soltinho, merengue, cha-cha-cha, salsa, tango, bolero, zouk, foxtrot, country de casal, valsa e rock. “A maioria das pessoas procuram uma terapia, relaxar. Virou também a dança da moda, pois está muito divulgada na mídia, no Domingão do Faustão e no Melhor do Brasil. Então está muito em evidência no momento”, comenta o professor de dança Carlos Henrique de Souza. Nesses 20 anos de profissão, Souza já fez cursos com dançarinos famosos como Carlinhos de Jesus e Jaime Arouxa. 20

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Os irmãos Ricardo Henrique Januário (28) e Daniele Renata Januário (23), começaram a praticar dança de salão há cerca de três meses. Para eles, a dança serve como distração e relaxamento e também uma forma de fugir da rotina. “A dança é uma coisa relaxante, é uma fuga que tenho do meu estresse”, diz Ricardo com muita animação. Para o casal Edinei Mena (42) e Rosilene Dias Mena (35), a dança de salão é importante também na aproximação do marido e da esposa. “É bom que acaba nos unindo e criando mais harmonia. Isso ajuda bastante”, comenta o casal, cujo ritmo preferido de dançar é o forró.

CORPO E MENTE A dança enriquece a flexibilidade, trabalha o sistema cardiorespiratório e cardiovascular, bem como melhora a postura e coordenação motora. Estudos apontam que é possível perder, em média, de 300 a 700 calorias em 1h, dependendo da intensidade das aulas, do tipo de dança, do nível e frequência cardíaca do praticante. Além das vantagens para o corpo, a dança de salão traz muitos benefícios a mente.Ela ajuda na melhora da timidez,

depressão e solidão. Estimula a criatividade e a capacidade de comunicação. Também contribui no combate ao estresse, além de promover alegria, prazer, bem-estar, paz e tranquilidade. “A dança é tudo. É uma coisa maravilhosa. Traz felicidade e saúde.”, diz Adair Maria da Silva (62), conhecida como Lili. Ela freqüenta a dança de salão há um ano e afirma que gosta de todos os ritmos.”A dança é a melhor coisa que Deus nos deu”, completa. Mas não adianta ficar só nas aulas. O professor Carlos diz que praticar aquilo que foi aprendido na sala de aula é fundamental para o aluno se aprimorar e aproveitar ainda mais os benefícios que a dança proporciona. “Nós formamos grupos de mais ou menos 50 pessoas e saímos para dançar em Salto, Americana, Nova Odessa, Araraquara, enfim, procuro sempre incentivar meus alunos irem ao salão”, explica. “Em cada passo percorremos diversos caminhos, em cada giro viajamos o mundo, em cada olhar transmitimos desejos, em cada toque multiplicamos sensações, em cada queda transcendemos a emoção, em cada dança sonhamos; com os pés no chão”. O poema de Rinaldo Donizete de Freitas reflete exatamente o que é a dança de salão e as sensações que provocam em quem a exercita.

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SAÚDE

A tecnologia a serviço da saúde do homem Exames de alta complexidade são aliados no diagnóstico precoce de várias doenças Cleyton A. Jacintho

O

s números são de causar preocupação. Segundo o Ministério da Saúde (MS), de cada três pessoas que morrem no Brasil, duas são homens. De acordo com a publicação Saúde Brasil 2007, os homens representam quase 60% das mortes no país. Em média, eles vivem sete anos a menos do que as mulheres e são mais acometidos por problemas como: doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol acima do normal e pressão alta. Levantamento feito com as sociedades médicas brasileiras, antropólogos, psicólogos, membros do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), em que foram ouvidos cerca de 250 especialistas, mostrou que os homens não vão ao médico por três razões: culturais, institucionais e médicas. A pesquisa serviu como subsídio para a Política Nacional de Saúde do Homem, lançada há cerca de um ano, com o objetivo de facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde. O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que essa política surge da constatação de que os ho-

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mens, por uma série de questões culturais e educacionais, só procuram o serviço de saúde quando perderam a capacidade de trabalho. Com isso, perde-se um tempo precioso de diagnóstico precoce ou de prevenção, já que chegam ao serviço de saúde em situações limite. No Brasil, o segundo câncer mais comum entre os homens é o da próstata. Pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) com 1061 homens na faixa etária de 40 a 70 anos em 10 capitais, apontou que apenas 32% dos homens fizeram o exame de toque retal, apesar de 76% saber que o exame é usado para detectar o câncer de próstata. Ainda, segundo o levantamento, 77% dos homens não fazem o exame de toque retal por preconceito. No entanto, quando questionados, apenas 8% admitem preconceito em relação ao toque, enquanto 13% afirmam descuido, preguiça, relaxo e falta de tempo.

NOVOS ALIADOS Além dos exames simples, a tecnologia na área da medicina tem evoluído significativamente nos últimos anos. Os diagnósticos por meio de imagem são grandes aliados nesta batalha. O ultrasom, um dos exames de imagem mais conhecidos, pode ser usado como check up geral, para verificar o tamanho de órgãos como fígado e pâncreas. “No diagnóstico do câncer de próstata, por exemplo, além dos exames de PSA sanguíneo e de toque retal, o ultrassom endorretal também pode ser utilizado para avaliar a próstata. Caso haja alguma área suspeita é indicada uma biópsia guiada pelo ultrassom endorretal”, explica a médica Radiologista do Instituto da Imagem de Sumaré, Dra. Leila Maria Romantini Salioni. Ela ainda comenta que o ultrassom também pode ajudar no diagnóstico precoce de tumores e no estudo de outros órgãos como fígado, vesícula biliar, rins, e bexiga, entre outros. As doenças vasculares cerebrais também estão entre as mais comuns entre os homens. Para o diagnóstico precoce, além dos exames tradicionais, pode ser feito o ultrasom Doppler de carótidas, que avalia o fluxo sanguíneo dos vasos que levam sangue para o cérebro e determina o grau de depósito de gordura nessas artérias, servindo como uma amostra do que está acontecendo em todos os outros órgãos do corpo em relação ao depósito de gordura. Este exame é rápido, indolor que pode detectar uma área bloqueada da artéria. “Em casos onde a artéria carótida, artéria do pescoço que leva sangue para o cérebro, tenha regiões com obstrução, está indicado um procedimento cirúrgico, caso


contrário a pessoa pode ter um acidente vascular cerebral (AVC)”, comenta a doutora. Outro exame utilizado no diagnóstico das doenças cerebrais é a Angioressonância, um método não invasivo para estudo da circulação cerebral, que poderá ajudar na decisão de uma intervenção cirúrgica ou não e não detecção de aneurismas. Outra grande inovação é o Raio-x digital. Esta nova tecnologia possui um detector que converte os raios-x em luz, transformando-a em sinal elétrico, que é amplificado, digitalizado, processado e enviado à um monitor de alta resolução. O diagnóstico é feito com maior rapidez e eficiência, evita a repetição de exames, determina uma menor exposição do paciente à radiação e além disso não agride o meio ambiente, pois o seu método de revelação não usa os produtos químicos utilizados antigamente. O exame de raio-x de tórax por exemplo, pode ser utilizado para identificar problemas do coração ou lesões pulmonares, lembrando que o câncer de pulmão é o terceiro mais comum entre os homens. Outros exames mais complexos e avançados por imagem, como a ressonância magnética e a Tomografia computadorizada multislice, são muito úteis na avaliação diagnóstico precoce de várias doenças. Estes aparelhos, cada vez mais sofisticados são capazes de diagnosticar lesões cada vez menores, chegando a analisar estruturas de até 1,0mm. Vale lembrar que cada pessoa antes de realizar qualquer tipo de exame, deve sempre consultar um médico para que ele escolha os exames adequados para seu caso, levando em consideração e sua idade, a sua atividade e o seu histórico familiar.

MAMOGRAFIA DIGITAL RAIO X DIGITAL

Usado nos exames de mamografia e raio-x digital, permite a revisão personalizada de cada exame

ULTRASSONOGRAFIA TRIDIMENSIONAL (4D):

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Realiza exames de alta complexidade do corpo todo, como do cérebro, medula, coluna, vasos sanguíneos, articulações, pulmões e órgãos abdominais.

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GASTRONOMIA

Caldo de Quenga Esquente o inverno com mais uma das delícias da região Andréia Dorta

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o ramo da gastronomia, existem bilhares de elementos, que combinados, encaixam-se perfeitamente em nossas necessidades, e cada um deles em determinada etapa de nossas vidas, ou seja, de recém nascido a adulto experiente, a alimentação é distinta e necessita de alguns cuidados. Até mesmo a mudança de estação nos leva a optar por determinadas combinações, ora mais, ora menos calóricas. O fato é que a quantidade de “quitutes” que existem aguçam o olhar, nos “dá água na boca” e nos leva ao consumismo imediato, bem como a um constante aperfeiçoamento do paladar, a medida do costume no degustar os mais variados tipos de cardápios. Para isso, não vale consumir apenas o que gosta. Como afirmar que não gosta de quiabo sem nunca ter experimentado? É complexo e as crianças, logo que co24

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meçam a entender o significado de sim e não, herdam esse pequeno vício. Existem tantas alternativas que, muitas vezes, podem ou não chamar atenção, seja pela aparência ou até mesmo pelo nome, despertando curiosidade, pelo menos o de saber do que se trata essa ou aquela iguaria. Nessa edição, resolvemos “bisbilhotar” a história do tal Caldo de Quenga. Do que ele é feito? Que gosto tem? Porque o nome tão incomum? Em nossa pesquisa local, descobrimos que esse caldo, principalmente agora no inverno, é o carro chefe de alguns comércios do ramo. Um exemplo é o Kuazi Kaipira em Nossa Odessa (19.3476-3719). Segundo Cláudio Ezziq, proprietário, o caldo ficou muito tradicional. “O Caldo de Quenga é danado


de bão. Vende muito, e não apenas no inverno. Ele vende muito o ano todo, mas com certeza nos meses frios aumenta em média 20%. Já chegamos a adquirir 01 tonelada de mandioca descascada”, comemora o empresário. Foi Cláudio que nos contou um pouco sobre a origem do nome Caldo de Quenga. “Este caldo é oriundo do norte de Minas, região de Salinas (capital nacional da cachaça). É chamado assim porque tem como principal ingrediente o frango desfiado. Daí a relação quenga, galinha, frango”. Os clientes que já experimentaram afirmam ser uma delícia. “A mistura de frango e mandioca é tudo de bom. O tempero é que dá um toque especial. Parece pozinho mágico, porque nos deixa viciados”, confessa Edson Ribeiro, morador de Nova Odessa. Para os sumareenses que desejam degustar dessa maravilha mineira, opções não faltam na cidade. Tanto no restaurante Makey quanto na padaria Taty Pan as opções de caldos são variados (Caldo Verde, de Espinafre, de Feijão, entre outros), mas nos dois nunca falta o Caldo de Quenga. No restaurante Makey (19.3873-4606), a especialidade, além de pizzas fininhas e crocantes e com muito recheio, destaca-se também a Traíra sem espinhos, Filé do Mané e o tradicional Filé a Parmegiana, mas quando o assunto é caldo, opções não faltam. É caldo de Palmito, Ca-

pelete, Sopa de Legumes, entre outros. “Oferecemos de domingo a 4º feira quatro tipos de caldos diferentes, feitos com os melhores ingredientes para os paladares mais refinados. O inverno em nossa cidade é ameno, mas naqueles dias em que a temperatura abaixa, vendemos muito mais caldos”, afirma César, proprietário do Makey. Já na padaria Taty Pan (19.3873-2796), está claro que não se trata apenas de mais uma padaria. A Taty Pan é sinônimo de boa qualidade quando o assunto é variação no cardápio. Para Fernandes, proprietário, atender bem e conhecer o paladar dos clientes é fundamental. “Há três anos implantamos o sistema de servir caldos aqui na padaria. Diariamente servimos três tipos: caldo de feijão, creme com cebola, creme de abóbora, caldo verde c/ bacon, mandioca com costela, creme de espinafre, minestrone com calabresa, creme de brócolis, caldo de mocotó, ervilha com vagem, o caldo de quenga e também o quiabinha, que os clientes adoram”, admite. O caldo quente, além de esquentar um dia frio, não aperta também no bolso. Dependendo do tamanho da cumbuca a ser escolhida, você gasta de R$ 6 à R$ 14,00, com opção de levar para casa ou ainda comer a vontade. Agora é com vocês. Façam desse inverno um momento de alegria com os amigos e toda a família. Bom apetite!

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EVENTOS

Associação Nipo sumareense realiza a

3ª Semana Cultural Japonesa Edson Donizete

Silmara Soares

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E

m meio a danças e apresentações culturais, ligados ao Oriente, a Cidade Orquídea comemorou, no último final de semana de junho, a 3ª Semana da Cultura Japonesa. Com uma intensa programação cultural e gastronômica, o público de mais de duas mil pessoas pode apreciar e entender as mais tradicionais manifestações artísticas e esportivas japonesas. A festa é organizada pela Associação Nipo Sumaré desde 2008, com direito a decoração das cores da bandeira japonesa (branca e vermelha), comidas típicas, músicas e danças, que alegraram o ambiente. Nas decorações das mesas, realizadas por Laura Hasobe, o que mais chamou a atenção foram os famosos origamis, feitos com dobradura de papel, que deram o formato de cisnes. Cada peça pronta, conta com 75 origamis. Ao apreciar a dança japonesa, os convidados vislumbram o saudosismo japonês que contagia a comunidade. Acompanhando as danças, estavam as canções que costumam abordar a natureza e fazer menção a aspectos históricos, como a chegada do navio Kasato Maru ao Brasil em 1908, trazendo o primeiro grupo de imigrantes japoneses vinculados ao acordo estabelecimento entre Brasil e Japão. Ainda no palco, apresentações de karaokê e o Taikô fizeram parte da programação e arrancaram aplausos dos visitantes. Para a apresentação do Taikô, o evento contou com a participação do grupo Miwadaiko de Piracicaba. O grupo mostrou um pouco da tradição milenar japonesa, do ritmo marcado por batidas fortes e sincronizadas. “O taikô alegra o ambiente de uma festa. É uma tradição das festas japonesas”, ressalta a descendente de japonês e presidente da Associação Nipo Sumaré, Maria Conceição Muniz Suguihara, conhecida como Tuca. 26

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A homenagem à descendente de maior idade, associada e voluntária da Nipo de Sumaré, dona Tysua Numura, com 81 anos. A jogadora de mallet golf agradeceu o prestígio e ressaltou a alegria e satisfação de fazer parte daquela comunidade japonesa. Para Tuca, a semana promove uma ampla reflexão sobre a história da imigração japonesa no Brasil. “É gratificante trabalhar para preservar e divulgar as tradições japonesas e nós da associação no esforçamos para que nossa cultura seja lembrada e comemorada por nossos filhos, netos e bisnetos”, comemora a presidenta. Os quitutes da culinária oriental foram degustados não só por descendentes japoneses, mas também por apreciadores. No cardápio, sushi, sashimi, yakissoba, tempurá, mandiu, dorayaki, harumaki, saquê, doces japoneses e outras delícias. Nas exposições, estiveram os artesãos da feira do Villa Flora; os cultivadores de orquídeas (Sumaré) e de bonsai (Bauru); fotos das famílias japonesas da cidade; utensílios japoneses para comercialização e a Ong Viralatinhas de Sumaré expondo seus trabalhos realizados na cidade.

ASSOCIAÇÃO A associação Nipo da cidade tem cerca de 45 associados, e uma média de 250 famílias em Sumaré. Além dos encontros e festividades realizadas pela Nipo de Sumaré durante o ano todo, a sede oferece aulas de danças; atividades voluntárias, promove campeonato interno de mallet golf e desenvolve outros projetos voltados à preservação ao meio ambiente, reciclam materiais, entre outras atividades. A Associação Nipo de Sumaré também recebe doações. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone: (19) 9708-0388 ou e-mail: niposumare@vivax.com.br.


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CAPA

CELSO PORTIOLLI Portiolli assume Domingo Legal do SBT e já é sinônimo de sucesso Andréia Dorta

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ara as mulheres ele é sinônimo de beleza. Para os homens, representa o perfil de como gostariam de estar aos 40 anos. Assim é a imagem de Celso Portiolli, ao menos para quem acompanha a carreira do apresentador, que com rostinho de 20, acaba de completar 43 anos. A carreira, em todos esses anos, não se deve aos olhos claros e a aparência de bom moço. Força de vontade, persistência e profissionalismo, desde jovem, o levaram a conquistar o próprio espaço na televisão brasileira. Não é a toa que foi o escolhido para assumir o comando do Programa Domingo Legal, do SBT, com a saída de Gugu Liberato. Para acompanhar parte do corre corre dos bastidores dessa nova empreitada, a Revista Típica esteve em Campinas, junto com Portiolli, durante a entrega de mais um projeto finalizado do quadro Construindo Um Sonho. Mas antes, vamos voltar ao passado e acompanhar como tudo começou na vida de Celso Yunes Portiolli. Típica: Onde tudo começou? Portiolli: Sou Paranaense, de Maringá, o caçula de 12 irmãos. Meu sonho sempre foi trabalhar na televisão, mas comecei primeiro pelo rádio. Trabalhei em várias emissoras, tanto AM quanto FM, no Paraná, Minas, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

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Típica: Como foi a migração do rádio para a TV? Portiolli: Fui em busca do meu sonho, mesmo tímido e com um pouco de medo. Já tinha muita experiência como locutor. Mais ou menos em 93 enviei uma fita ao Silvio Santos com sugestões para o programa Topa Tudo Por Dinheiro. Ele aprovou algumas idéias para o quadro câmera escondida e me convidou para trabalhar como redator do Topa Tudo. Aí comecei no SBT e estou lá até hoje. A popularidade de Celso decorreu desde a juventude. Um fato inesperado aconteceu em 1992. Na cidade de Ponta Porã, o carisma, a simpatia e o profissionalismo de Portiolli lhe rendiam a liderança da audiência na rádio local, na qual se tornou também diretor. Mais tarde, com apenas 24 anos, foi eleito o vereador mais votado do município. E a primeira experiência de celebridade surgiu. Tentando conciliar a política com a carreira televisiva, colaborou ativamente na campanha de Paulo Maluf para governador de São Paulo em 1998, mas o caminho a ser percorrido trilhava outro destino. Deixando de lado a vida política por completo, abraçou o sonho e se empenhou na busca pelo sucesso definitivo na TV.



Típica: A estréia no SBT? Portiolli: Como apresentador, surgiu a oportunidade de assumir o Passa ou Repassa em 1996. O programa era composto por gincanas entre colégios inscritos de todo o Brasil. O quadro mais famoso e conhecido do programa até hoje foi o “Torta na Cara”. A entrada do condomínio, em Campinas, preparada para as filmagens da entrega do apartamento reformado da Família do Odenir.

Em festa, com muita música, produção do SBT finaliza arrumação e moradores aguardam a chegada de Celso Portiolli.

Produção ensaia, nos mínimos detalhes, o momento correto para levantar a cortina ao mostrar o novo apartamento a família.

Típica: Outros programas assumidos como apresentador? Portiolli: Depois do Passa ou Repassa, vieram os programas Curtindo Uma Viagem; Tempo de Alegria; Xaveco; Namoro na TV; O Conquistador do Fim do Mundo; Tempo de Alegria e outros. Em 2004 convivi com o telespectador nas tardes de sábado apresentando o programa Sessão Premiada. Nele, o telespectador ligava e falava comigo ao vivo e eu distribuía prêmios. Foi muito bom. Junto com o César Filho, apresentamos o Ver para Crer. Típica: Como proporcionar ajuda aos que necessitam? Portiolli: Na campanha do Teleton, por algumas horas, estive a frente como apresentador e comemorei cada centavo arrecadado. Agora, de alguma forma, no Construindo um Sonho, também posso ajudar famílias a realizarem seus sonhos. Isso é muito bom. Desde junho do ano passado, Celso Portiolli está no comando do Domingo Legal. Com a migração de Gugu Liberato para a Record, Portiolli foi o escolhido para substituí-lo e a responsabilidade foi tomada com fervor. Para nós telespectadores a mudança na grade televisiva gera expectativa e para quem assume a nova responsabilidade a situação é complexa e desafiadora. Mas os fãs de carteirinha se mantêm como apoio das celebridades da TV e com Celso não foi diferente. A manifestação é explicita no próprio Twitter, Site e Blogs. Jane, por exemplo, relata a seguinte frase no site de Portiolli: “Celso, imagino como deve ser difícil para um apresentador pegar um programa pronto e ter que dar outra cara á atração, porém apenas sua presença já fez do Domingo Legal um programa mais leve e dinâmico”. E os elogios, apoio e palavras de incentivo não acabam por aí. É uma intensa relação de confiança e incentivo mútuo entre público e celebridade. Típica: Qual a sensação de estar a frente do Construindo um Sonho? Portiolli: Muito boa. Muito boa mesmo, porque quando você pode ver e ajudar alguém e ver a felicidade de uma família inteira, isso não tem preço. Pra mim é uma satisfação muito grande fazer parte da equipe Construindo um Sonho e poder realizar o sonho de muitas pessoas.

Celso Portiolli chega com a família de Odenir. Muita emoção!


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Típica: Profissionalmente você já atingiu seu objetivo? Portiolli: Ainda não, nem comecei (risos)

Dentro da cas a, a produção acerta os últimos detalhes. Agora é a vez da sala. Maravilhosa!

Típica: E a relação com o público? Portiolli: Eu acho muito bacana. Eles são o combustível de qualquer pessoa que tem uma carreira pública. Sem o carinho deles, você não vai a lugar nenhum. Típica: E como está sendo a vida de celebridade? Portiolli: Pra mim é normal. Eu não vivo muito o meu lado artista. A diferença é que meu trabalho é público. Então eu sou um cara super tranqüilo, pé no chão. Acho que é conseqüência de um trabalho.

Conheça os bastidores do Construindo Um Sonho

Até mesmo na cozinha, extremamente pequena, é possível unir beleza e praticidade.

No banheiro, cada detalhe foi escolhido com cuidado, sem falar na banheira: o sonho de consumo de qualquer ser humano que deseja ter em casa um momento particular de relaxamento.

O quadro Construindo Um Sonho é parte do programa Domingo Legal, que vai ao ar todos os Domingos pelo SBT. Qualquer pessoa do Brasil pode participar. É só escrever uma carta contando sua história de vida e torcer para ser o escolhido e ganhar a reforma de sua casa ou do seu apartamento. Veja mais detalhes no site http://www. sbt.com.br/domingolegal. No último dia 24 de Junho a equipe da Típica acompanhou, durante o dia todo, como funciona a entrega de um projeto finalizado desse quadro. Na realidade, essa é a etapa final. Para sabermos os detalhes, entrevistamos parte da equipe a frente do projeto. Durante todo essa etapa, presenciamos a corrida contra o tempo; ensaios com o público que vai chegando; toneladas de fios e equipamentos; o sincronismo entre mais de 100 pessoas envolvidas no decorrer do dia, trabalhando em conjunto; o cuidado dos detalhes para entrega do projeto, etc. E acima de tudo, vimos o carinho, o respeito e companheirismo que existe entre toda equipe, inclusive com Portiolli, que por sua vez, se sente à vontade diante do apoio da produção. Nas palavras dos entrevistados, é visível a satisfação de trabalhar com Celso, que durante todos esses anos, conquistou o coração de todos e hoje é ícone de sucesso na liderança do Domingo Legal. E essa opinião é compartilhada tanto pos fãs quanto pela equipe de trabalho da emissora. Acompanhe agora a entrevista com a equipe e as fotos dos bastidores do Construindo Um Sonho.

Entrevista com o diretor Flávio Tito. Típica: Sua trajetória no SBT? Flávio: Estou há 11 anos na emissora e há 03 conduzindo o Construindo Um Sonho. Sou um dos primeiros diretores Esse é o quarto do casal, decorado em cores claras no intuito de promover plena harmonia.


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Fotos: Talita Petrolini

CONSTRUINDO UM SONHO EM SUMARÉ Ao elaborarmos cada edição da Típica, o foco principal é você leitor e mais uma vez somos prova de que as coisas nao acontecem por acaso. Nessa edição trouxemos a carreira de Celso Portiolli e os bastidores do Construindo um Sonho que ocorreu em Campinas. Pelo destino, na véspera do fechamento dessa edição (02/08), um passarinho nos contou que Portiolli entrou em ação em mais um projeto do Construindo um Sonho, mas agora aqui em Sumaré. A família “sortuda”, dessa vez, é sumareense. Aproveitando a oportunidade, fomos conferir de perto esse momento muito especial. Confiram as fotos abaixo de como foi a surpresa à família, lembrando que a previsão de entrega da reforma final está para o próximo dia 17/08/2010.

FICHA TÉCNICA Nome Completo: Celso Yunes Portiolli Idade: 43 anos Cidade Natal: Maringá-PR Aniversário: 01/06/67 Família: A esposa Suzana e os três filhos: Luana, Pedro e Laura. Orgulho: A família Programa preferido da família: Ficarem juntos em casa assistindo TV e comendo Pipoca. Também gostam de esquiar nas viagens Celso Portiolli fora da TV: Descontraído, caseiro, pai atencioso e marido carinhoso. Celso Portiolli nos bastidores: Gosta de trabalhar em equipe, opinando sobre possíveis mudanças e sugestões. Mesmo fora das câmeras, gosta de conversar com o auditório. Relação com o público: Sem o carinho do público, ninguém vai a lugar algum Vida de celebridade: Conseqüência de um bom trabalho.

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Esse trabalho é um presente de Deus. É muito gratificante, porque a gente proporciona a realização dos sonhos. Olhar no semblante e ver alegria dessas famílias não tem preço. A gente é guiado por Deus. Todas as pessoas as quais chegamos até o momento estavam realmente precisando. É uma benção. A gente faz a surpresa e somos surpreendidos a cada novo projeto. No final a gente pode dizer: Caramba, acertamos de novo! Típica: Como funciona o quadro Construindo Um Sonho? Flávio: Qualquer pessoa do Brasil pode participar. Ela escreve a sua história e o critério de escolha é por merecimento. Aqui a gente não avalia a classe da pessoa, condição social ou financeira. Pode ser escolhida uma pessoa que esteja numa situação difícil, mas a história dela tem que ter merecimento. A gente recebe centenas e milhares de e-mail por dia. A gente separa algumas histórias. A produção confirma a veracidade da história e me passam as que acham interessantes. Aí eu vou pessoalmente, avaliar na casa de cada um, a questão psicológica, a condição da estrutura da casa ou do apartamento para ver se é possível realizar o sonho. O próximo passo é bolar a idéia de preparar a surpresa para a família. O restante vocês acompanham pela TV. Típica: Como foi a transição do trabalho com o Gugu e agora com Portiolli? Flávio: Da transição do Gugu para o Celso mudaram algumas coisas, porque nossa função, como diretor do quadro, é deixar o projeto com a cara do apresentador, então, a coisa foi feita pra ficar com a cara do Celso. O que é legal é que o Celso também é super receptivo. A gente inventou coisas novas para fazer as surpresas. E outra coisa. Eu não faço nada sozinho. Aqui é uma equipe. Eu não consigo fazer nada sem eles. Somos uma família. Por isso a gente tenta manter um clima bem bacana e o Celso ajuda nisso também.

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Entrevista com a arquiteta Ana Paula Faria Típica: Como se sente ao trabalhar nesse projeto? Ana Paula: Estou com essa equipe vai fazer 01 ano mês que vem. A gente está construindo o sonho das famílias. É muito gratificante poder ajudar as pessoas que necessitam, ver a reação delas quando entram. Quando eu faço esse projeto, eu faço com amor. É como fazer para um cliente meu dos Jardins, da Vila Nova Conceição. Típica: Conte um pouco da parceria com o SBT? Ana Paula: Estou na área há 05 anos. Sou a arquiteta que faz o Casa Cor, em São Paulo. O SBT foi fazer uma visita no meu ambiente ano passado e o diretor Flavio veio falar comigo para começar a fazer o quadro. Gostei do projeto e topei a idéia. Entrevista com o chefe de obra Cícero José da Silva Típica: Como é participar desse projeto? Sr. Cícero: Sou o líder da equipe. Sou o responsável pela hidráulica e todos os batentes e janelas. É o terceiro projeto que participo e ajudar na participação do sonho de uma pessoa é como se realizasse o meu também. Eu faço meu trabalho porque gosto e vendo a outra pessoa feliz, me sinto feliz também. Pretendo ficar por aqui até que o diretor me aceite (risos). Típica: Como é o dia a dia durante a reforma da casa ou apartamento? Sr. Cícero: O clima é descontraído e alegre, mas a responsabilidade está acima de tudo. O diretor planeja uma data com a arquiteta, passa para a gente e cuidamos para que não haja atraso, a menos que o material chegue atrasado, aí a gente tem que correr atrás do prejuízo. Somo união, força e família. Eu brinco muito com o pessoal para manter um clima gostoso. Hoje a equipe está em 11 pessoas.


A estréia no SBT, como apresentador, surgiu na oportunidade de assumir o Passa ou Repassa em 1996. O programa era composto por gincanas entre colégios inscritos de todo o Brasil. O quadro mais famoso e conhecido do programa até hoje foi o “Torta na Cara”.

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CIDADES

Hortolândia melhora economia e prepara profissionais Silmara Soares

R$ 1,7 bilhão em 2005 para R$ 4,5 bilhões em 2009. Para o governo, esse aumento na arrecadação ocorreu devido a alguns pontos como a produção industrial, a consolidação do comércio forte e campanhas de arrecadação no município.

QUALIFICAÇÃO

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município de Hortolândia tem sido sinônimo de crescimento industrial entre as cidades que compõe a Região Metropolitana de Campinas (RMC). O cenário favorável ao desenvolvimento econômico pode ser notado no comércio, indústria e na prestação de serviço da cidade, que cada vez mais mostra elevação no nível de qualidade. Diante desse quadro, a Típica, em sua primeira edição em Hortolândia, destaca esse assunto e ouve setores do governo municipal para apontar quais são as ações e motivos do crescimento da cidade. Com mais de 120 anos de registros históricos, sendo apenas 19 de emancipação, a jovem cidade apresenta números importantes para o município e isso tem oferecido muitas oportunidades ao empresariado, trabalhador e reflexo positivo à população. De acordo com o Departamento de Comunicação da Prefeitura de Hortolândia, a ex-cidade dormitório, como era conhecida, dobrou o número de indústrias, atraiu mais de mil estabelecimentos comerciais e 730 empresas de serviços nos últimos cinco anos. O desenvolvimento econômico deu-se com a combinação de planejamento econômico; incentivos fiscais oferecidos a empresas de médio e grande porte; parcerias com o setor privado e os trabalhos desenvolvidos com a comunidade. Para o secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Dimas Correa de Pádua, a criação de uma secretaria específica também contribuiu para a atração dos novos investimentos, pois é a pasta que intermedia o diálogo entre o poder público e o empreendedor. “Dentro das ações casadas, procuramos conciliar ações de políticas públicas para a expansão econômica com a qualidade de vida do munícipe”, completa. Enquanto a população de mais de 200 mil habitantes comemora a queda da taxa de desemprego de 17% para 4% em quatro anos, o índice que mede as riquezas produzidas pelo município, o Produto Interno Bruto (PIB), saltou de 42

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Com o objetivo de fortalecer a economia local, com geração de emprego e ampliação da renda do trabalhador hortolandense, o governo está focado em programas de incentivos a qualificação e requalificação de mão de obras da cidade, por meio de parcerias no setor privado. Atualmente as parcerias são com: Casas Bahia, votado na área de inclusão digital; Microlins, Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial); Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial); Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas); a IBM, com cursos profissionalizantes na área de Tecnologia de Informação (TI) e inglês; e, com o governo federal, no ramo alimentício, por meio da cozinha comunitária.

PARQUE INDUSTRIAL Um dos pontos fundamentais para o crescimento do PIB de Hortolândia foi a chegada de novas empresas de diversos segmentos no município, ampliando ainda mais o parque industrial hortolandense. No setor ferroviário, o mais novo empreendimento foi a espanhola CAF, que inaugurou uma unidade na cidade no mês passado. Já a Amsted Maxion, também no ramo ferroviário, está há 10 anos em solo hortolandense. A cidade é sede da multinacional IBM, que se instalou aqui em 1972. A empresa está situada no condomínio industrial Tech Town, que abriga outros empreendimentos de grande porte. É em Hortolândia, também, que estão a Down Corning do Brasil, líder na fabricação de silicone e, ainda, a Belgo Mineira, a Magnetti Marelli, GKN, BHS Continental, a Dell computadores, o grupo EMS-Sigma Pharma, referência na produção de medicamentos genéricos e a Wickbold, no setor alimentício. Além da localização privilegiada de Hortolândia na RMC, a proximidade do município do Aeroporto Internacional de Viracopos, a presença de importantes vias rodoviárias ao seu redor e o fato de estar numa região de grande concentração de desenvolvimento no país, considerada pólo científico e industrial, são fatores que contribuem para o desenvolvimento industrial.


Personalidades

Uma história que se mistura ao desenvolvimento de Hortolândia Andréia Dorta

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ara contar parte da história do território hortolandense, emancipado em 1991, época em que pouquíssimas casas ocupavam essas terras, fomos apresentados ao sr. Milton e a dona Adalgiza, que mantêm o amor e a dedicação um ao outro, como um casal criado nas raízes do real sentido da família. E por falar neles, se faz necessário lembrar que o seu Milton é filho de José Francisco Breda, mais conhecido como Tico Breda. Já dona Adalgiza é filha de João Blumer. A história começa em Jacuba (antigo nome de Hortolândia), cujo transporte era voltado à tração animal. Dessa forma, o local virou ponto de encontro de tropeiros, responsáveis pelo nome da cidade, devido à comida típica consumida na época. Dona Adalgiza conta o que se recorda daquele tempo. “Minha mãe, Amélia de Camargo Blumer, contava que os tropeiros paravam nas águas e deixavam os cavalos descansando. Pegavam água do Rio Jacuba e punham farinha de milho com carne seca; e comiam. Era a comida deles. Daí o nome Jacuba”. Ambos nascidos aqui, a vida era de dificuldades, mas feliz. “A gente era pobre, não tinha nada. A gente ia estudar em Sumaré. Andava todo dia 7km pra ir e mais sete pra voltar pela linha de trem pra estudar e não pense que chegava em casa e ia descansar. Ia trabalhar”, relembra seu Milton. Conforme relatos no livro Hortolândia Sempre, de Aparecido Paschoal, “na origem do desenvolvimento de Hortolândia, está gravado o nome de João Ortolan, bem

como menção aos hortos florestais da época. Talvez o nome tenha sido resultado de ambas as coisas”, página 42. Segundo seu Milton, há recordações do primeiro ônibus na cidade. “Eu lembro do primeiro ônibus, aliás, da primeira linha em Hortolândia. O dono da linha se chamava Lauro Garcia”. E dona Agalgiza corrige o esposo, dizendo que “não era ônibus, era uma “jardineira”, toda amarelinha, pequenininha, que ia até Campinas”. E ambos acham graça da recordação. Os dois se conheceram desde a infância. “Tinha o cinema. Quem tocava era eu. A gente ia para os mesmos lugares. Não tinha opção”, recorda seu Milton. Já dona Adalgiza conta detalhes dos encontros. “Eu era menina e ele molecote, mas ele não andava atrás de mim. Ele queria só tirar foto pra mostrar pros amigos. Quando ele tinha 18 anos, teve um baile e ele dançou comigo. Daí em diante namoramos, casamos e estamos até hoje”. Em 2010 serão completados 53 anos de história do casal Breda. Pais de três filhas, nunca desejaram sair da cidade e afirmam que vão morrer em Hortolândia. Adoram a cidade. Ambos declaram que a cidade era mais alegre há 40, 50 anos. “Hortolândia tinha cinema, bailes, era uma cidade muito mais família”, desabafa dona Adalgiza. Talvez esse seja o preço que se paga pelo progresso, mas no final das contas, o importante é que a história seja contada pelas futuras gerações. Só depende da forma que contamos a nossa história aos filhos e netos.


EM FOCO

A Cidade que queremos

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á aproximadamente 40 anos que, no Brasil, esse título e todo o sentido que ela carrega, tem sido o centro do debate entre todos os segmentos da sociedade. Até pela naturalidade do tema, a grande maioria da população mora em cidades. (em 2000 : 81,2% da população brasileira) A partir da década de 60, essa discussão ocupa espaço nas universidades, nos movimentos populares, nas igrejas, entre os empreendedores e empresários, no setor imobiliário e até nas classes sociais com maior poder aquisitivo, ou seja, em toda a sociedade civil organizada. A quantidade de tempo se justifica pela busca de consenso, frente à diversidade de interesses e necessidades de todos esses grupos, quanto à cidade idealizada. Preocupação existente no coração humano, conforme a tradição cristão-judaica, desde a Torre de Babel. O homem há muito tempo tem buscado por soluções de ordenamento das cidades. Os teóricos, assim denominados, acreditavam que a vida nas cidades deveria ser organizada, desde o desenho urbano até a separação entre as funções de habitar, trabalhar e a prática do lazer. Buscando atender o consenso da sociedade em relação ao ordenamento e desenvolvimento das cidades que, em 2001, foi aprovado a Lei 10.257 que estabelece as diretrizes gerais da política urbana. Legislação de políticas urbanas consideradas como uma das melhores do mundo atual, pela abrangência em conflitos de interesses nas cidades, que se propõe a atender as seguintes demandas: o pleno desenvolvimento das funções sociais das cidades; garantir o direito a cidades sustentáveis através de direitos a terra, a moradia, ao saneamento ambiental, ao transporte, aos serviços públicos e, ao trabalho e ao lazer; ordenar e controlar o uso do solo de forma a conter a deterioração das áreas urbanizadas, a poluição e a degradação ambiental. Podemos dividir essa legislação, o assim chamado Estatuto das Cidades, em três partes, sendo a primeira como a definição da função social da propriedade; a segunda, um conjunto de instrumentos legais para garantir a função social, incluindo Plano Diretor Participativo, instrumento que em forma de lei abrigando todos os outros; e a terceira, como fazer a gestão das cidades de forma participativa, por exemplo, através da criação de conselhos de desenvolvimento urbano. A materialização dessa ideologia proposta é o Plano Diretor Participativo onde de forma sistemática 44

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EDUARDO DA SILVA AMORIM Arquiteto, com especialização em Administração e Urbanismo Assessor da Secretaria de Meio Ambiente de Hortolândia

e estimulada a participação de todos os segmentos da sociedade, não havendo mais espaço para o conceito de que para discutir a cidade em que convivemos é necessário conhecimento elitizado, adquirido por poucos e ao longo de um grande período de estudos especializados. A função social da propriedade se traduz pela utilização desses instrumentos, contidos no estatuto. Entre vários, me detenho a citar apenas dois exemplos: o nosso conhecido Imposto Predial e Territorial Urbano Progressivo (IPTU) e o Estudo de Impacto de Vizinhança. Com esses exemplos, entre outros, podemos perceber que o poder publico tem os instrumentos para conter o processo de especulação e fomentar a participação da população no processo de desenvolvimento da cidade.


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