Revista Típica - Edição 13 - Sumaré

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TÍPICA Ano III • Edição 13 • Setembro de 2010 Sumaré | Hortolândia | Nova Odessa www.revistatipica.com.br

Shopping de Hortolândia O mais novo

empreendimento da região

Saúde Bucal Uma boca saudável também depende da boa alimentação

Halloween As verdades e mitos de um costume

americano

40 anos da dupla

CHITÃOZINHO E XORORÓ Será um ano de grandes eventos em comemoração a carreira de sucesso




EDITORIAL

A

13ª edição da Típica está recheada de Festas e uma delas vai movimentar o território nacional até Julho de 2011. O motivo nada mais é do que a comemoração dos 40 anos da dupla mais querida do Brasil: Chitãozinho e Xororó. Vários eventos já foram realizados na nossa região e na abertura dessa comemoração, ocorrida no The Royal Palm Plaza, a Típica esteve presente. Acompanhe tudo o que aconteceu e o que ainda está por vir nessa publicação. Outro acontecimento que promete agitar a região é a 23ª Festa das Nações em Nova Odessa. O evento espera um público de aproximadamente 100 mil pessoas, as arrecadações serão destinadas para algumas entidades do município. Isso vale como incentivo, na tentativa de fazer a nossa parte, no que diz respeito a conscientização de ajuda aos que necessitam. Parabéns a todos que trabalham com essa iniciativa. E falando em consciência, na Seção Movimento o assunto é Muai Thai, uma arte marcial milenar de origem tailandesa. Cada vez mais procurada pelos jovens, o principal aprendizado é a disciplina e não fazer dessa luta uma “arma”, em quem num momento súbito de raiva, possa ser aplicada indevidamente. Em Sumaré, acompanhamos mais detalhes do projeto da SOFIC, que tem como missão promover e fomentar o desenvolvimento humano. Acompanhe os detalhes na Seção Cidades. Como personalidade sumareense, conhecemos melhor a vida de Carlos Cunha, piloto vencedor de vários prêmios nacionais, inclusive da Stock Car, que se orgulha de possuir seis recordes registrados no Guinness Book. O dia 31 de Outubro é bem conhecido como O Dia das Bruxas. Mesmo fora dos costumes brasileiros, o Dia de Halloween tem forte aceitação no Brasil. Conheça as verdades e os mitos dessa tradição na Seção Comportamento. A saúde bucal é tão importante quanto a saúde do corpo. Por isso se dedique mais a boa escovação e redobre os cuidados com a higiene de sua boca. Você vai perceber os benefícios em um curto espaço de tempo, e os outros também. Para finalizar, o tema em Gastronomia é pão de queijo. Hortolândia é a capital desse quitute gostoso, rápido de fazer e que não pode faltar no dia a dia do cardápio brasileiro. Nos despedimos, desejando a todos uma boa leitura.

EXPEDIENTE

A revista Típica é uma publicação bimestral da Editora Seta Regional. Circula nas cidades de Sumaré, Hortolândia e Nova Odessa no estado de São Paulo, com tiragem de 15 mil exemplares. Mais informações sobre a publicação podem ser encontradas no site www.revistatipica.com.br. Edição, Administração e Publicidade: Editora Seta Regional Ltda. Rua Antonio Pereira de Camargo, 421 - Sala 03, Centro - Sumaré-SP - Cep: 13170-200 Telefone: (19) 3873.1745 setaregional@setaregional.com.br Site: www.setaregional.com.br

Diretora Executiva: Andressa Pirschner Assunção andressa@setaregional.com.br Diretor Executivo e Comercial: Leandro Perez Ribeiro leandro@setaregional.com.br Editora Chefe: Andréia Dorta, MTb: 52.196 andreia@setaregional.com.br Jornalistas Assistentes: Cleyton A. Jacintho, MTb: 51.959 cleyton@setaregional.com.br Marcelo Pendezza, MTb: 37.209 marcelo@setaregional.com.br Silmara Soares, MTb: 50.003 silmara@setaregional.com.br Edição de Arte / Diagramação: Emily Andrade emily@setaregional.com.br Samira Oschin Barozzi samira@setaregional.com.br Repórter Fotográfico: Edson Donizete Comercial: Leandro Perez Ribeiro leandro@setaregional.com.br Cecília Souza Teixeira cecilia@setaregional.com.br Israel de Campos Affonso israel@setaregional.com.br

Administrativo/Financeiro: Andressa Pirschner Assunção andressa@setaregional.com.br Colaborador: Eduardo Castilho setaregional@setaregional.com.br Colunista: Dr. Daniel Miranda Ferreira setaregional@setaregional.com.br Foto Capa e Matéria de Capa: Marcos Hermes Impressão: Gráfica Mundo Digital Assessoria Contábil: Exato Contabilidade

Andréia Dorta

Editora Chefe

Importante:

As informações contidas nesta revista são para fins educacionais e informativos. A revista Típica não se responsabiliza pela utilização inadequada das informações aqui veiculadas, nem pelas opiniões de nossos colaboradores e anunciantes.

“Tudo posso naquele que me fortalece” - Filipenses 4:13

Andressa Pirschner Assunção

Leandro Perez Ribeiro

Diretora Executiva

Diretor Executivo

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Fotos: Adilson Silva/Foto Perigo

SUMÁRIO

8 SOCIAL

Quem? Quando? Onde? Nas cidades da região.

14 COMPORTAMENTO

As verdades e mitos sobre a origem e costumes do Dia das Bruxas ou Halloween.

16 MOVIMENTO

Muai Thai: a luta milenar que tem atraído cada vez mais adeptos à modalidade.

18 SAÚDE

Invista mais tempo em uma boa escovação e mantenha a saúde de sua boca em dia

20 GASTRONOMIA

Hortolândia é a capital do petisco mais consumido na mesa do brasileiro: o pão de queijo.

32 EVENTOS

Festa das Nações em Nova Odessa agita a região

34 CIDADES

A Sofic mais uma vez à frente da formação e desenvolvimento do ser humano.

24 CAPA

40 anos de carreira CHITÃOZINHO E XORORÓ

36 PERSONALIDADES

Conheçam a vida de Carlos Cunha, o piloto com seis recordes no Guinness Book.

38 EM FOCO

Redobre os cuidados na prevenção ao câncer de mama.



SOCIAL Fotos por Edson Donizete CONFIRA MAIS FOTOS DO SOCIAL EM: www.revistatipica.com.br

Os prazeres gastronômicos do Seo Jorge O diferencial se resume no bom preço, qualidade e atendimento Conquistar a confiança da clientela é trabalho constante de qualquer empresa que se preze, e no ramo da gastronomia a missão é redobrada. São esses dois fatores que levam Elson Eduardo Eluf, proprietário do Seo Jorge, a trabalhar, em média, 18h por dia. “A vida aqui é louca, porque são muitos detalhes. A gente mexe com comida, então tem que ter um controle muito rigoroso. Eu falo que não durmo mais, eu descanso. Mas eu gosto. Do que pensei deu tudo certo e acredito que a coisa vai melhorar e isso é bom”, revela Eduardo. rante restau do ietária propr Paula Cristina B. Eluf, Nascido em São Paulo, Eduardo veio para Sumaré ainda criança. Em Outubro do ano passado o empresário decidiu montar o próprio negócio junto com a esposa Paula, na Avenida Ivo Trevisan. A decisão do local se deve ao fato de não haver nada do gênero na região e o nome como homenagem aos muitos amigos chamados Jorge e também pelo São Jorge do timão Corinthians. O Seo Jorge, com público 90% familiar, oferece: pizzas, porções, música ao vivo de quinta, lanches no prato e na quarta o público pode assistir o Campeonato Brasileiro no telão. Em breve o Seo Jorge abrirá uma nova filial em Americana ou Hortolândia e para aumentar a qualidade do serviço em Sumaré, o projeto é ampliar as instalações, mas segundo Eduardo, “um passo de cada vez”.

Depósito de Construção União Tradição e qualidade há 35 anos O depósito de construção União comemora 35 anos de existência e não é por menos. Durante todos esses anos a credibilidade e o bom atendimento conquistaram gerações. “Muitos clientes vêm aqui porque o pai ou o avô comprava e isso é muito bom. Eles confiam em nosso trabalho. Já viramos tradição”, afirma Nice, proprietária do estabelecimento. Junto com o marido Nilson, estão à frente do negócio há dois Nilson Fernandes Mendonça e Leon ice Tomazin Fernandes anos, mas confessam que esse Mendonça, proprietários do depósit o não era o caminho procurado. “Estávamos procurando outro tipo de comércio, voltado à moda íntima, mas um corretor nos apresentou esse negócio e topamos o desafio”, revela Nilson. A empresa prosperou, mesmo diante das piores crises de mercado : a de cimento por 40 dias corridos e o ano de 2008 ter sido o mais chuvoso. Ambos afirmam que estão realizados profissionalmente e o fato de estar em Sumaré facilita devido ao fato de serem conhecidos, e dessa forma, promovendo créditos com os clientes. Nesse ramo, ganha quem tiver bom preço, atendimento e qualidade nos produtos. Durante 35 anos, o depósito União soube trabalhar com todos esses ingredientes e não é por acaso que chegaram até aqui.

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BALÃO DA INFORMÁTICA

Depois de meses de espera, a população sumareense volta a contar com os serviços da loja Balão da Informática. Com uma estrutura invejável a loja foi reinaugurada no dia 20/08/2010 na Avenida Sete de Setembro. Além das novas instalações, os consumidores também encontraram eletrodomésticos, eletroeletrônicos e muito mais novidades em produtos. Grandes são as expectativas do empresário Fabrizio Marchese, para essa nova etapa de sua empresa na cidade.

Adriano Miller representante AOC e Fabrizio Marchese

Ulisses Melo e Cleber Lima

Veridiana, Victória, Victor Ravagnani e Peteleco

Equipe Balão da Informática

Fabrizio Marchese e Cleber Lima

Valmir Lopes e José Emidio Lopes

Grupo Escoteiro Quilombo (G.E.C.) comemoram 1 Ano

No dia 18/09/10 o Grupo Escoteiro Quilombo (Villa Flora), equipe de 30 jovens de 7 a 14 anos, comemorou seu 1º aniversário. Foi um sábado de confraternização e muitas atividades especiais, a comemoração garantiu diversão para os escoteiros e também para os pais e mães do grupo, que experimentaram ser escoteiros por um dia. O G.E.Q. foi fundado no dia 26/09/09 por um grupo de ex-escoteiros e integrantes do Grupo Pró Jovem que preocupados com o futuro das crianças e adolescentes da comunidade, dedicam parte do seu tempo para contribuir com a educação dos jovens através de atividades que garantem muita diversão, aventura e aprendizado.

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ALUNOS DA GROWING SCHOOL CONQUISTAM CERTIFICAÇÃO

Há cinco anos a Growing School (escola de inglês), sediada no Villa flora, garante que está levando seus alunos a romper barreiras e conquistar objetivos através de certificações internacionais, as quais a escola oferece. Segundo Rosemeire de S. G. Oliveira, proprietária da escola, a conquista dos alunos também é conquista da Growing School, quando refere-se à certificação FCE da Universidade Cambridge, prêmio alcançado por Luiz Antônio B. V. Izidoro (16) e Ana Clara B. V. Izidoro (14). “Um certificado de nível internacional, como o que fizemos, acima de tudo prova a capacidade da comunicação básica em inglês que nos dias de hoje é essencial e pode ajudar-nos na obtenção de um bom emprego.”, declara Luiz Antônio muito satisfeito com o sucesso alcançado na prova. “No começo do curso de inglês, eu pensei em desistir, era muito puxado. Mas com o apoio dos meus pais e incentivo dos professores, resolvi continuar, e em pouco tempo, o meu nível em inglês aumentou, tanto que no final desse ano pretendo fazer outra prova para ter um novo certificado. Essa certificação vai me ajudar muito no futuro quando eu estiver à procura de um emprego, viajando e vivendo a minha vida”, declara Ana Clara de apenas 14 anos.

DEMOLICAR 2010, Sucesso Absoluto Foi realizado nos dias 21 e 22 de agosto nas imediações do clube Paraíso das Águas em Sumaré, o Demolicar 2010. Conceituado o maior evento em destruição de carros do Brasil, o Demolicar que já é tradição na cidade reuniu um grande número de apreciadores e convidados nos dois dias de festa.

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COMPORTAMENTO

As histórias, curiosidades e mitos do

Halloween

As crianças aprendem sobre esse costume estrangeiro brincando Andréia Dorta

A

festa de Halloween ou Dia das Bruxas, como também é conhecida, se comemora todo dia 31 de Outubro, entretanto não faz parte da cultura brasileira. O curioso se deve ao fato de que, a cada ano, surgem novos adeptos da comemoração. Para Heloísa Silva Carvalho, sócia proprietária da escola de inglês Green Life, há cinco anos em Sumaré, conhecer o Halloween faz parte da prática e entendimento no contexto geral do inglês. “Não basta apenas aprender a falar ou escrever um novo idioma. O aluno tem que conhecer a cultura da língua que está aprendendo e o Halloween é muito. Eu morei durante um ano na Austrália e presenciei o fato: duas mães com três crianças pedindo doces, com baldinho e fantasias”, declara. Na Green Life, especializada no ensinamento de idiomas (inglês, espanhol e francês), à crianças a partir de três anos, o Halloween é comemorado todos os anos. “A

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gente já fez uma festa grande, aberta aos familiares e amigos no Centro Esportivo de Sumaré. Já fizemos também acampamento dentro e fora da escola. Então é uma coisa que a gente sempre deixa viva aqui para os nossos alunos e como a gente trabalha com criança, fazemos uma decoração bem leve. A gente enfeita com bruxinhas alegres, bexigas pretas e laranjas, brincadeiras, gincanas, abóboras e tudo voltado ao aprendizado do inglês, mas de um jeito divertido. A gente não pode perder o foco que é o aprendizado de um novo idioma. O Halloween apenas complementa o conhecimento”. Na antiguidade, há mais de 2500 anos, o Halloween surgiu nos países anglo saxões, marcando presença na Irlanda, Inglaterra, Reino Unido e Canadá. Nos Estados Unidos chegou por volta do ano de 1840, por meio dos irlandeses, que fugiam da fome do próprio país. No princípio, o Halloween era uma festa que celebrava o fim do verão e o início


do novo ano céltico, bem como a comemoração da última colheita do ano. Entretanto, uma das lendas celtas, conta que todas as almas, nesse dia 31 de outubro, voltavam à procura dos vivos para possuí-los, como única forma de viver novamente. Como os vivos não queriam que isso acontecesse, apagavam as tochas e fogueiras da cidade, colocavam ossos e caveiras na frente de suas casas e se fantasiavam de formas horripilantes, a fim de provocar medo a quem se aproximasse. Outra curiosidade é o termo “trick or treats”, no português, “gostosuras ou travessuras”. Relacionado também as almas dos mortos, conta o costume que as pessoas passavam de vila em vila pedindo um bolo doce (bolo com groselha) e em troca, a pessoa que ganhava o bolo fazia uma oração por um ente querido da pessoa que doou o bolo. Hoje, até mesmo em filmes, é visível a mudança original do costume, pois atualmente são apenas crianças que se fantasiam e vão as ruas no dia 31 de outubro com um único objetivo: pedir doces, usando o termo “doces ou travessuras”. E nada mais além disso. Existem outros elementos que compõem a caracterização do Halloween e cada um tem o próprio significado: as abóboras significam fertilidade; as velas o caminho para

a luz; o caldeirão onde se jogavam as moedas e os pedidos às almas; a vassoura o poder feminino de limpar a energia negativa; as aranhas o destino, os fios para seguir em frente; os morcegos a visão ocular, que enxerga além das formas e aparências e por fim o gato preto, simbolizando a capacidade de meditação, em plena harmonia com o universo. Existe toda a simbologia por trás do Halloween, entretanto não resta dúvida de que, hoje, é um costume bem americano, que desperta a curiosidade de crianças e adultos por todo o mundo. “O Halloween aqui tem objetivo mostrar à criança uma imagem positiva, tanto que nossa decoração é bem infantilizada: bruxinha boazinha, vampirinho com sorriso bonitinho, sempre conduzido no sentido de brincadeira e não uma distorção, que as vezes acontece, de ter a imagem do Halloween uma coisa tenebrosa, que dá medo. Não queremos embutir medo nas crianças”, revela Ana Lúcia Maestrello, também sócia da Green Life. E por fim, Ana Lúcia reforça que não basta aprender um novo idioma, pois é também necessário entender a cultura, a história e os costumes desse povo.

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MOVIMENTO

Muay Thai Conheça um pouco mais sobre esta arte marcial milenar Cleyton A. Jacintho

G

olpes fortes e contundentes, muito rigor físico e muita energia. Estes são alguns dos ingredientes do Muay Thai, uma arte marcial de origem tailandesa que tem atraído um número cada vez maior de adeptos e admiradores. “O Muay Thai hoje se você pesquisar é considerada a arte marcial na qual mais se perde calorias. A procura está sendo muito grande, porque hoje o Muay Thai tá na mídia e muitas atrizes têm praticado, e por isso está uma febre. Mas basicamente além de perder calorias, eu indico o esporte para quem gosta de luta em pé e com golpes contundentes”, explica o professor de Muay Thai da academia Revolution de Sumaré, Rodrigo Julião. O Muay Thai é conhecido como Thai Boxing em alguns países como Estados Unidos e Inglaterra, já no Brasil como Boxe Tailandês. É uma arte marcial Tailandesa com mais de 2.000 anos de idade. Foi criada como forma de defesa em suas guerras e como obtenção de uma boa saúde. “É conhecida como a Arte das Oito Armas, já que utiliza o uso combinado dos dois punhos, dos dois cotovelos (usados oficialmente somente na Tailândia), dos dois joelhos e dos dois pés e canelas”, explica o professor. É uma luta que desenvolve o condicionamento físico e mental, concentração e auto-confiança. Até por volta de 1920 os lutadores não utilizavam qualquer tipo de proteção. Eles simplesmente usavam tiras de algodão ou de crina de cavalo enroladas nas mãos. Após 1920, algumas regras do boxe inglês foram adaptadas para o Muay Thai em razão das graves lesões que estavam ocorrendo com os lutadores. Entre elas estão: as divisões por peso, o uso de luvas, a inclusão dos rounds e a participação dos árbitros. No Brasil no ano de 1979, Nelio Naja introduziu o esporte reunindo um grupo de faixas pretas de TaeKwonDo. Na época era mais conhecido como Boxe Tailandês. Em 1980 foi fundada a primeira associação de Muay Thai, já em 1981 aconteceu o primeiro campeonato Interestadual 16

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no Rio de Janeiro. Desde de seu início no Brasil, foi implantada uma graduação que antigamente era usada em forma de faixa na cintura, mas há 14 anos passou ser utilizada uma corda no braço esquerdo ao lado do coração com a mesma coloração que foi definida em 1979, são elas respectivamente: Branca, Vermelha, Vermelha ponta Azul Clara, Azul Clara, Azul Clara ponta Azul Escura, Azul Escura, Azul Escura ponta Preta, Preta, Preta e Branca, Preta Branca e vermelha.

ESPORTE X VIOLÊNCIA Infelizmente alguns casos isolados acabam manchando a imagem das artes marciais no Brasil, porém a maioria das pessoas que praticam este tipo de esporte tendem a se tornarem mais tranquilos e disciplinados. “Eu estou gostando das aulas, do preparamento físico e senti uma melhora na disciplina, porque toda arte marcial melhora sua disciplina”, comenta o Armazenista Cleber Listerio da Silva, 29, que sempre teve vontade de praticar o esporte e há três meses está na academia. O professor Rodrigo explica que geralmente existe problemas com adolescentes, rapazes até 23 anos. Eles costumam se aproveitar do poder que a arte marcial proporciona para usar na rua. “O que acontece é que dentro de uma escola na qual você pratique o Muay Thai, o professor é treinado e instruído a passar para o aluno toda tranquilidade necessária de como se deve agir com o cidadão normal na rua, e toda essa disciplina o aluno recebe na aula. Se ele desobedecer e sair batendo em todo mundo na rua, ele automaticamente é expulso da academia e não tem retorno”, comenta. E completa, “Quem briga na rua na realidade não passa de um covarde, sem caráter. Pessoas sérias entram num ringue para lutar de forma justa pelo esporte, dentro das regras, com um juiz, contra outro oponente com seu peso e também treinado para aquele propósito. Isso sim é bonito no esporte e vale a pena”.


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SAÚDE

Sorriso perfeito depende da boa escovação Veja a importância da higiene bucal

S

e todos os seres humanos cuidassem da boca como cuidam do corpo, com certeza não haveria inúmeras propagandas de cremes dentais, principalmente na TV. Por curiosidade, há poucas semanas, contei quantos comerciais veicularam, apenas em um dia, na Rede Globo, das 9 da manhã as 23h. Fiquei surpresa: foram 22 anúncios, só perdendo para as marcas de cerveja. Esse dado é apenas um detalhe em relação à importância e cuidados que deveríamos ter com a saúde bucal, mas relevante e preocupante, considerando as poucas visitas que fazemos ao dentista desde crianças. Os cremes dentais, na composição da suposta “fórmula milagrosa” de manter os dentes sempre brancos e um sorriso perfeito, longe das bactérias, do tártaro e do mau hálito, fazem o papel de mágicos, mas os profissionais da área advertem: uma boca saudável depende também da boa alimentação e principalmente de uma excelente escovação, bem como o uso freqüente do fio dental. Essas informações já são mais do que conhecidas, 18

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Andréia Dorta

tanto de crianças e adultos, mas o agravante é que, a cada dia, aumenta o número de problemas bucais, provocando a perda definitiva dos dentes, bem como generalizando outros tipos de doenças, visto que o organismo age de forma sistêmica. Segundo dados do Ministério da Saúde e dos profissionais da área, o Brasil hoje é o melhor do mundo no setor de odontologia, entretanto, as pessoas ainda procuram esse tipo de serviço por uma questão apenas de estética. Um dos pontos favoráveis a essa informação é que, aos poucos, os adultos estão mudando os hábitos, despertando desde cedo o interesse pela higiene bucal nas crianças. Em Sumaré, na Clínica Dona Alice (CDA), especializada em vários setores da saúde e bem estar do ser humano, inclusive saúde bucal, o cirurgião dentista Dr. Mauricio Juabre Rahal resume, de forma clara e objetiva, que a boca é a porta de entrada de tudo que vai para o organismo. “Tudo passa pela boca: o ar, o alimento; e ela é um conjunto muito complexo: sensores, músculos, dentes. Na boca, também, existe muita sujeira, ou seja, inúmeras bactérias, seja as que


já vem com você desde quando nasce ou aquelas que vem pelo ar, pelos alimentos, etc. Algumas são benéficas, mas se isso ficar fora de controle, se torna prejudicial”. O especialista esclarece que o acúmulo das bactérias provoca doenças freqüentemente encontradas na boca e o aumento das “colônias” desses microorganismos se dá a partir do momento que eles consomem os alimentos que ingerimos. “A bactéria come o que a gente come e desse alimento ela sintetiza o que serve a ela. O restante, ela joga fora. E a partir do momento que aparece a cárie, a tendência é piorar, pois elas se proliferam muito rápido e não tem como limpar a cárie”. A dica do Dr. Mauricio para evitar transtornos à boca é sintetizada em poucas palavras. “Você tem que tirar a comida delas, mas você precisa comer. Então coma e limpe a boca: use fio dental, escove e limpe da melhor maneira possível, porque o processo é muito rápido. Comeu, escova o dente”. Para outro cirurgião, o Dr. Christian José de O. Macedo, o cuidado vem do berço. “A preocupação tem que começar desde o nascimento. O desenvolvimento da mandíbula, da musculatura dessa região da criança, já começa a partir da amamentação. A criança, ao sugar o leite do seio da mãe, exercita os movimentos que vão gerar todo esse desenvolvimento, inclusive ósseo. Ou seja, a criança que não mama, futuramente pode apresentar uma deficiência nesse sentido”. Ambos especialistas compartilham da mesma opinião: os pais deveriam procurar, além do pediatra, um dentista especialista em crianças. Dessa forma, inúmeros transtornos bucais seriam evitados desde a infância.

Não há como diferenciar os cuidados bucais entre crianças e adultos. Existe apenas uma diferença: a responsabilidade do adulto é maior, pois a criança as vezes não possui o mínimo de coordenação motora para usar o fio dental ou a escova, dependendo exclusivamente do adulto. Dessa forma, os pais, mães, avós, avôs, tios, tias, etc, viram a referência e se não houver essa prática, a criança não vai aprender sozinha. Para eles, a orientação começa do berço. Esse é o caminho.

DICAS PARA LIDAR COM OS BAIXINHOS • Seja você o exemplo de uma criança escovando sempre os dentes; • Use fio dental e oriente os pequenos em como usar; • Faça a higiene bucal inclusive no recém nascido usando dedeira de silicone; • Recomende a amamentação desde o 1º dia de vida da criança; • A partir dos seis meses, insira alimentos mais pastosos (frutas, papinhas, etc); • Demonstre prazer ao escovar os dentes aos baixinhos; • Não obrigue a criança a escovar os dentes. Faça isso brincando.

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GASTRONOMIA

O saboroso pão de queijo paulista De origem mineira, essa iguaria tem “gostinho de quero mais” Andréia Dorta

O

pão de queijo já faz parte do café da manhã dos paulistanos, mesmo sendo originário de Minas Gerais. E esse quitute não é consumido apenas no café da manhã. Já é quase obrigatório antes do almoço, no cafezinho ou chá da tarde, no papo com a família e os amigos, e muito consumido dentro dos lares brasileiros. Existem várias formas e gostos para se deliciar com esse petisco: com recheios de requeijão, cheddar, catupiry, doce de leite, brigadeiro, goiabada, entre outros sabores; pode ser consumido sem recheio mesmo; é vendido em unidade ou porções em tamanho menor; enfim, existe pão de queijo para todos os gostos e tamanhos, conforme a vontade do freguês. Hortolândia há alguns anos, ganhou status de Capital do Pão de Queijo, perdendo apenas para Minas. Já 20

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existem dados que comprovem tal título, entretanto a informação não é tão conhecida, talvez por falta de divulgação e pela origem mineira do produto. Dados da Vigilância Sanitária confirmam 36 empresas formalizadas, porém sabe-se da informalidade, por volta de 15 empreendimentos em todo o município. Há 15 anos no mercado, a empresa Sabor Total, comandada por Mara Pereira e o esposo, mantém um padrão de qualidade e investimento, tanto que desde 2001 está em sede própria no bairro Remanso Campineiro. “Me sinto realizada profissionalmente. Eu sou mineira e viemos para cá em 88. Em 94 vimos uma porta aberta ao negócio de pão de queijo e deu tão certo que estamos até hoje a todo vapor. Estamos pensando em expandir o empreendimento, principalmente focando agora supermercados de médio e grande porte”, afirma Mara.


Com 27 funcionários, hoje a empresa produz cerca de 2.500 kg de pão de queijo por dia, em duas opções: massa em balde e congelado. Ambos são destinados a distribuidoras locais e empresas, ou seja, não é vendido direto ao consumidor. Os estados que mais consomem o pão de queijo da Sabor Total é São Paulo e Paraná. Mara aproveita o momento e esclarece também um fator extremamente importante ao consumo do produto: a validade. “A massa em balde tem validade de um mês e o congelado de até três meses”. Com essa dica, atenção consumidores à data de validade, e não apenas ao pão de queijo, mas a todo e qualquer tipo de produto que entrar na sua casa, seja ele consumido ou não. Outra dica é aos consumidores que desejam ter sempre às mãos essa delícia dentro da casa. Além de saboroso, é prático e de fácil preparo. Para isso, basta ir a supermercados e distribuidoras e comprar a quantidade que desejar. Existe também a possibilidade de consumí-lo a qualquer hora, quentinho e crocante, nas padarias, cafés, lanchonetes e lojas de conveniência espalhadas por todo o Brasil. A título de curiosidade, Mara explicou que o produto se adapta conforme o lançamento realizado na região.

De forma direta, o pão de queijo paulista não é tão parecido quanto o pão de queijo mineiro. “No pão de queijo mineiro é usado muito mais polvilho azedo, com características mais abiscoitadas. Já o pão de queijo paulista vai menos polvilho azedo; ele é mais crocante e o miolo mais molinho e macio”, esclarece a empresária mineira. Outra curiosidade vem do histórico surgimento do pão de queijo. Tipicamente de Minas, não há data concreta de sua existência, apenas rumores de que se tornou mais popular a partir da década de 50, ou seja, o pão de queijo acaba de completar 60 anos. Em relação aos ingredientes, é composto basicamente por: biscoito de polvilho azedo (ou doce em alguns casos), ovos, sal, óleo vegetal e queijo de leite de vaca. Entretanto, cada fabricante tem seus segredinhos, desde a forma de preparo à execução final do produto, o que de certa forma acaba diferenciando os produtos no mercado. Em outros países, alguns produtos se assemelham ao que conhecemos no Brasil em relação ao pão de queijo. Na Colômbia, recebe o nome de Pandebono e no Paraguai de Chipá. Agora que já sabemos algo a mais do saboroso pão de queijo, o momento é de pedir mais um. Bom apetite.

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CAPA

CHITÃOZINHO E XORORÓ O sucesso de uma dupla tipicamente brasileira

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Andréia Dorta


S

impáticos, descontraídos, atenciosos, humildes,

cadeado nada mais que um nó, desembarcaram de trem,

carismáticos e felizes. Essas são apenas algumas

na época ainda com bancos de madeira, na extinta Estação

das qualidades que presenciamos em Chitãozinho

Julio Prestes, hoje Sala São Paulo.

e Xororó no último dia 20 de Julho de 2010.

Entretanto, no decorrer dos acontecimentos e mo-

Junto a outros veículos de rede nacional, a Revista

tivados pelo sonho do pai, de os verem um dia cantores,

Típica compareceu a coletiva de imprensa promovida pela

foram em busca do sonho. Já no Paraná, o pai os havia

dupla sertaneja no The Royal Palm Plaza em Campinas.

ensinado a cantar, quando percebeu o dom dos irmãos e,

Esse foi o 1º dos mais de 25 eventos que serão realizados

que desde pequenos, cantavam nas festas e pequenos shows

até Julho de 2011, em comemoração aos 40 anos de carreira

da comunidade.

dessa dupla tão amada e querida do Brasil.

Com muita luta, desafios, cantando em circos, en-

Além da mídia, gente famosa marcou presença,

frentando grandes dificuldades, levando-os a pensar em

como: Daniel; Bruno e Marrone; César Menotti e Fabiano;

até mesmo a desistir, deram a volta por cima por meio da

Rio Negro e Solimões; Paulinho do Grupo Roupa Nova;

força de vontade, talento, dom e amor nas veias pela mú-

Ratinho; Helen Ganzarolli; Maria Cecília e Rodolfo; Família

sica sertaneja. Graças a todos esses ingredientes, alcança-

Lima, entre outros.

ram e mantiveram o sucesso e chegaram onde

As famílias de ambos também es-

estão. E tudo indica que não vão parar

tiveram presentes: a esposa Noely e a filha Sandy (de Xororó) e Alison e Aline Lima (de Chitãozinho). Junior não compareceu ao evento por estar em turnê fora do país. Com todo glamour que eles merecem, após a coletiva, houve um coquetel aos 800 convidados. Na seqüência, todos os presentes, in-

por aqui.

Chitãozinho e Xororó comemoram 40 anos de carreira e até julho de 2011, irão viajar o Brasil com vários eventos

Chitãozinho: Hoje a gente começa a comemoração dos 40 anos da nossa história, da nossa carreira. Nessas comemorações, teremos vários projetos. A partir de hoje, até julho de 2011, vamos viajar o Brasil com vários eventos. Fazemos questão de iniciar as

clusive a imprensa, foram levados a um

comemorações dos 40 anos, convidando

maravilhoso salão decorado para um delicioso jantar. Antes, presenciamos o show de abertura da Fa-

essa nova geração da musica sertaneja e em breve

mília Lima e um breve relato da história da dupla, conduzi-

estaremos gravando o 1º DVD, lá no Via Funchal, em

da pelo mestre de cerimônias Raul Gazola.

São Paulo, com 12 duplas dessa nova geração. Eu acho

E para fechar essa excepcional noite, um show ao vivo com os próprios homenageados: Chitaozinho e

que a música sertaneja está atravessando uma fase maravilhosa. Xororó: E já que você falou do 1º passo, eu vou

Xororó. Antes de acompanharem a entrevista com a dupla,

dar o 2º. O nosso 2º DVD, que estamos elaborando, já con-

aí vai um pouco da história dos irmãos Lima, que ainda

firmamos as participações dessa outra geração que vinha

crianças, saíram de Astorga, perto de Maringá, no norte do

com a gente, segurando a bandeira da música sertaneja, um

Paraná, e vieram para São Paulo.

pouco antes, que é: Zezé de Camargo e Luciano; Leonardo;

A vinda dos meninos José Lima Sobrinho (Chitãozinho)

Daniel; Bruno e Marrone; entre outros grandes nomes da

e Durval de Lima (Xororó), junto com toda a família, sur-

música sertaneja, que estão conosco há um certo tempo.

giu, primeiramente, pela necessidade do tratamento da do-

Eles também começaram com essa mesma história, de can-

ença da mãe. De calças curtas, cujas malas eram sacos e o

tar nosso repertório. www.revistatipica.com.br •

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quando é que uma dupla na infância, que curtia Roberto Carlos, Bee Gees, poderia sonhar cantando música sertaneja e ter o privilégio não apenas de conhecer, mas de gravar com os ídolos da infância? Então, acho que sonhar; pensar algum projeto futuro; realizar algum sonho, eu acho que a gente deve continuar do jeito que sempre fomos: sem sonhar, realizando os sonhos que têm pela frente. Chitãozinho: Eu acho que tivemos muita sorte na vida. Além do trabalho, da nossa música, que está no nosso sangue, a gente se manteve nessa autenticidade. E tivemos o privilégio de conhecer muita gente da música brasileira, sabe, não só do lado romântico, que é mais o estilo da música sertaneja, mas da MPB mesmo. Percebemos que as pessoas têm um carinho, um respeito pela nossa música. Temos a grande felicidade de ter começado na in-

Então, nós só temos a agradecer à Deus.

fância, por isso estamos aqui já faz 40 anos, e ainda temos muita vontade de continuar cantando. Na sequência, no

Típica: Em relação à tecnologia, consi-

ano que vem, faremos outro projeto para finalizar as co-

derando que vocês começaram na era do vinil,

memorações, trazendo todos os amigos que cantaram com

da fita cassete; passaram pelo CD, DVD e hoje

a gente durante esses 40 anos de carreira. Acho que todos,

já se consegue puxar pela Internet os sucessos

talvez, seja até impossível, mas a maior parte: Jair Rodrigues,

do momento. Como é vista essa mudança para o

Fafá de Belém, o próprio Roberto Carlos, que se tornou um

formato digital nós próximos 40 anos da dupla?

grande amigo, também deverá participar do projeto do ano que vem. E tem também os 20 shows, com o maestro João Carlos Martins, que vamos fazer em todo o Brasil. Esse é um momento muito especial. Típica: Nesses 40 anos de carreira, o que não foi feito, mas desejam ainda realizar? Chitãozinho: Particularmente acho que nós conquistamos muito mais do que sonhamos. Esse presente da música sertaneja, de se tornar uma coisa assim mais aberta ao povo, principalmente com a juventude agora cantando as canções recentes e as antigas também, é uma coisa que a gente não esperava mesmo. Então estamos muito felizes. Eu não sei te responder o que não conseguimos. Tudo foi muito bom. Deus nos deu tantos presentes. Xororó: A gente costuma dizer, na verdade, que realizamos muitos sonhos que não tínhamos sonhado durante esses anos todos de carreira. Porque, por exemplo, 26

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Chitãozinho: Eu acho que é o que está acontecendo mesmo. É o digital, não há outro caminho. A partir



do momento que se regulamentar melhor as leis, as pessoas

depois fazer os shows. Não há outro caminho. É o digital

passarem a seguir corretamente, quem sabe pagar ali alguns

mesmo.

centavos por uma faixa, como funciona na Europa, nos E.U.A. Hoje o mercado internacional já cresceu de novo. Xororó: Infelizmente no Brasil, a indústria do

Típica: Haverá alguma minissérie sobre a vida de vocês nas comemorações dos 40 anos?

disco demorou um pouco para enxergar esse futuro, como

Chitãozinho: Vai ter um documentário nosso,

nos Estados Unidos. Então, lá, eles estão bem melhores. É

no final do ano, pela Rede Record. Já estamos acertando a

preciso trabalhar isso melhor, porque o disco continua sen-

fase de produção. Vai contar nossa vida, mas será um capí-

do caro para gravar. Esse é o problema. As multinacionais

tulo só. É um projeto super bacana. Nós estaremos partici-

estão praticamente fechando as portas, porque o disco, no

pando não como atores, mas dando as dicas nas coisas que

Brasil, é barato em relação ao valor do disco lá fora, com-

vão acontecer. Será feita por atores, uma produção super

parando Real e Dólar. E o disco, para gravar, gastamos, no

requintada, bonita e de boa qualidade. Faz parte da parceria

mínimo, 300 mil reais para fazer com uma boa qualidade.

para os nossos 40 anos. Ainda não estão definidos os atores,

E para isso voltar na companhia, é muito difícil, por isso é

mas em breve vocês receberão novas noticias.

comum os artistas fazerem como estamos fazendo. A gente saiu de uma multinacional, abriu nosso selo e estamos como

Típica: Existe algum projeto para fazer al-

parceiros de algumas distribuidoras para viabilizar, fazendo

gum filme, no estilo do Zezé de Camargo e Luciano?

um disco com qualidade. O artista hoje vive dos shows. Fa-

Chitãozinho: Nós sempre fomos cobrados. O

zemos a música, divulgamos e colocamos no mercado, para

Benedito Rui Barbosa, a Edmara, filha do Benedito, eles es-


Divulgação

Discografia da dupla, no evento de inauguração das fetividades

tão escrevendo a nossa história. A princípio, no ano passado, era uma idéia de minissérie, mas acabou não dando certo. Eu acredito que futuramente role alguma coisa no cinema, mas no momento não estamos pensando nisso. Estamos focados nesse especial de final de ano na Record. Típica: E onde entra a família nesses 40 anos de carreira? Chitãozinho: Família é a nossa base, é o nosso esteio. É onde a gente encontra força para seguir. A família, para o ser humano, é importante. O equilíbrio de uma pessoa depende muito da família. Xororó: O sucesso de qualquer segmento, se não tiver uma base, um apoio familiar, não vai muito longe. A família é tudo. É muito claro para todo mundo que a gente tem uma família bastante unida e graças a Deus isso ajuda muito. Voltar dos shows e ver a família é a melhor coisa

Divulgação

que existe.

Evento de inauguração das festividades de 40 anos www.revistatipica.com.br •

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Adilson Silva/Foto Perigo

Apresentação no show de 40 anos do Campinas Country Music

Típica: Nesses 40 anos, como foi evoluir e manter a qualidade musical?

cipalmente na música. Mas, em 75, viemos de uma turnê, no Paraná, e aconteceu uma geada muito forte. Perdemos tudo

Chitãozinho: Na realidade, nós vamos mostrar

o que tínhamos, inclusive o pouco de dinheiro que a gente

no show nossos 40 anos. Nós vamos começar cantando

tinha levado. Voltamos para casa com uma mão na frente

Galopeira, que é o nosso primeiro grande disco, dentro do

e a outra atrás e a única coisa que restou era um Fusca. E a

repertório que a gente escolheu para lançar, até o disco “Se

gente não tinha como pagar as dívidas. Pensamos em vender

For Pra Ser Feliz”, que é o disco mais recente, incluindo a

o Fusca e dar um tempo na carreira; arrumar um emprego e

música Planeta Azul, que gravamos em 92. Então vamos

fazer alguma outra coisa por um período. Ainda em São Pau-

mostrar, no show, a evolução do que aconteceu com a gen-

lo, pensando nessa possibilidade de vender o carro, ligamos

te. Todas as influências, passar por tudo que vivemos nesses

o rádio e aí ouvimos a música “Tente Outra Vez”, do Raul

40 anos. Os arranjos serão muito fiéis ao que nós fizemos

Seixas, que estava sendo lançado naquele momento. E aquela

naquela época, porém só com a tecnologia de agora, usan-

música tocou fundo. “Caramba, a gente vai parar a música,

do uns efeitos visuais bacanas. Então queremos fazer uma

vender o carro e fazer o que?”. Aí tentamos mais um pouco

coisa muito característica mesmo.

e, graças a Deus, a música deu a força que a gente precisava

Xororó: A gente vai cantar a nossa história.

naquela hora de decisão. Logo dois, três anos depois, fizemos o 1º sucesso, com a musica “60 Dias Apaixonado” e ganha-

Típica: Vocês já pensaram em desistir?

mos nosso 1º disco de ouro e começou a mudar nossa vida.

Xororó: Já. Na verdade não por problemas de re-

Começamos a tocar em lugares maiores, até chegar o Fio de

lacionamentos, porque a gente se entende muito bem, prin30

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Cabelo, em 82, quando foi a grande virada.


S

AMIGO S O D ENTO M I O P E D

Cezar Menotti e Fabiano: É uma honra estar diante de uma dupla que a gente admira e respeita tanto. Pretendemos chegar aos 40 também, porque a gente sabe o quanto foi difícil escrever a história que o Chitaozinho e o Xororó construíram.

Daniel: Eles são um grande exemplo de todo artista. Permanecer no sucesso por tanto tempo não é para qualquer um. Eu acho muito complicado criar uma história e manter essa história. Já é difícil chegar e manter mais difícil ainda. É um privilégio estar aqui comemorando esse momento com eles. Eu posso dizer que faço meio parte dessa história, porque eu participei de vários projetos com eles, junto com o saudoso João Paulo. Eles são espelhos de vida para mim e me fascina cada oportunidade que tenho de estar junto ao lado deles. Eles são essência, qualidade. São referência para mim. È um divisor de águas na música sertaneja. É um presente estar ao lado deles. É motivo de aplausos para tanto sucesso.

Bruno e Marrone: Somos fãs natos do Chitãozinho e Xororó. E hoje está sendo maravilhoso estarmos aqui, termos sidos convidados por eles, comemorando esses 40 anos de carreira e de sucesso. É motivo de muito orgulho para nós. Já cantamos muita música da dupla e temos orgulho de sermos amigos deles.

Paulinho (do Grupo Roupa Nova): Eu os vejo com o maior respeito. Já fizemos muita coisas juntos, não apenas com eles, mas também com os filhos. A gente gosta muito deles. Eu considero o Chitãozinho e o Xororó como irmãos. São pessoas maravilhosas, com um talento inegável. Não é para qualquer um. São expressões da música brasileira. 40 anos de sucesso acho que diz tudo.

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EVENTOS

Festa das Nações de Nova Odessa deve atrair 100 mil pessoas Principal evento do município será realizado de 8 à 11 de outubro Marcelo Pendezza

U

ma grande comemoração da diversidade de povos, que formam a cultura brasileira, aliada a uma causa nobre: ajudar os mais necessitados. A cada ano, a Festa das Nações de Nova Odessa se consolida como a principal atração cultural e gastronômica do calendário de eventos da cidade e uma das maiores de todo o Estado de São Paulo. A 23ª edição da Festa já tem data para acontecer. A festa beneficente, que envolve Poder Público Municipal e entidades assistências da cidade, está marcada para os dias 8, 9, 10 e 11 de outubro. As entidades deste ano são as mesmas de 2009. Cada uma representa a cultura e a culinária típica dos 11 países representados: Apnen/Inglaterra, Apae/Itália, Caminho de Damasco/Havaí, Rotary Clube/Alemanha, SOS/México, Comunidade Geriátrica/Brasil, Avano/China, Lions Club/ Estados Unidos, Apadano/Portugal, Comunidade Leta/Letônia e Casa Abrigo Casulo/Mundo Árabe. A renda das barracas é integralmente revertida em prol das entidades. Segundo o presidente da Comissão Organizadora, João Zaramelo Neto, membro do Rotary Clube, a expectativa deste ano é realizar uma festa ainda maior do que a dos anos anteriores. Para isso, o presidente conta com ajuda dos céus e espera que o tempo, neste ano, colabore. “Ano passado, tivemos três dias de chuva, mas as pessoas já estão comentando e torcendo para não chover este ano. Já está tudo encaminhado: programação de palco, parquinho, cardápio das barracas das entidades, entre outras atrações previstas para a festa deste ano”, afirmou Zaramelo. As atrações musicais incluem: na abertura, apresentação da Banda Sinfônica Municipal “Professor Gunars Tiss”; apresentação também de academias e grupos de dança, músicos da cidade; embaixatrizes das entidades e também apresentações da “Re Virada Cultural Regional”. As embaixatrizes, que vão defender as cores de cada país representado pelas barracas das entidades, já foram escolhi32

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das e estão ensaiando sob a supervisão da coreógrafa Meire Prado, da Academia Aquarius. Como acontece todo ano, a infraestrutura de palco, som, banheiros químicos e segurança pública fica a cargo da Prefeitura. Cada entidade monta sua barraca. Segundo Zaramelo, a Polícia Militar também já foi acionada e deve estar presente, assim como o Serviço de Guarda Municipal (Segam) e o Conselho Tutelar. A 23ª edição também recebe apoio da Companhia de Desenvolvimento (Coden). O recinto fica na Praça dos Três Poderes, em frente à Prefeitura de Nova Odessa, na Avenida João Pessoa, nº 777 – Centro.

ACESSIBILIDADE Para a organização de grandes festas, cada vez mais a Comissão Organizadora se torna vigilante, no sentido de garantir o melhor acesso para todos, em especial os portadores de necessidades especiais. A pedido da Comissão, no ano passado, a Prefeitura realizou importantes obras de acessibilidade em vários pontos do Convívio Municipal. A Associação dos Portadores de Necessidades Especiais de Nova Odessa (Apnen), entidade que integra o quadro de barracas da festa, aprovou as adaptações. Representante da Apnen, Carlos Raugust, lembrou que esta necessidade havia sido entregue, no passado, pela entidade em um relatório à Comissão Organizadora da Festa, no qual constavam pontos que dificultavam o acesso das pessoas portadoras de deficiências. Neste sentido, guias foram rebaixadas e rampas de acesso foram instaladas. A festa conta também com vagas de estacionamento para pessoas com deficiências, próximas ao local do evento - as vagas estão pintadas, na Rua Riachuelo, com Avenida João Pessoa. Além das obras de acessibilidades e vagas de veículos, os portadores de necessidades especiais contarão com adaptações para os banheiros químicos.


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CIDADES

SOFIC lança campanha da nota fiscal solidária Entidade que há 9 anos coordena ações de promoção da qualidade de vida e geração de renda lança um novo projeto. Clayton A. Jacintho

P

romover e fomentar o desenvolvimento social, econômico e humano por meio da articulação da sociedade civil e das organizações comunitárias; fortalecer e coordenar as entidades não governamentais do município: estes são os principais objetivos da Sociedade de Filantropia Comunitária (Sofic). Criada em setembro de 2001, a Sofic é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), sem fins lucrativos, dirigida pelas organizações que a compõem. Atualmente 14 entidades integram a Sofic, entre elas estão: APAE, CCI, CER, IPMS, Pestalozzi, Instituto Pio XII, Sociedade São Judas Tadeu e SHD. Segundo a Presidente da entidade, Terezinha Ongaro Monteiro de Barros, a organização visa ser referência em ações voltadas ao desenvolvimento humano e comunitário. “Nossa missão é promover e fomentar o desenvolvimento humano, articulado em rede por meio da mobilização e envolvimento da população, das organizações comu-

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nitárias e da participação popular. Apoiando, incentivando e realizando ações de natureza emancipatória, bem como obtenção e gerenciamento de recursos para a formação de fundos comunitários, tendo em vista a promoção do investimento social e humano no município de Sumaré e região”, explica. Nesses nove anos de atividades, a Sofic tem apoiado atividades sociais, culturais, assistenciais e comunitárias, incentivando projetos de enfrentamento da pobreza. Além dessas ações, a instituições tem usado o Centro de Referência do Trabalho Comunitário (CRTU), como espaço de discussões e implementação de projetos que estimulam a geração de renda, estimulando o empreendedorismo e o desenvolvimento comunitário, a fim de elevar o índice de qualidade de vida dos participantes. Entre as ações desenvolvidas pela Sofic, está o resgate do artesanato da região. Segundo Teresinha, o objetivo é resgatar a identidade local na área da fiação e tecelagem, já


que na década de 40, Sumaré foi um grande pólo produtor. A instituição oferece cursos e oficinas de capacitação aos artesãos e tem como escoamento da produção, a participação em eventos culturais do município como: A Festa das Nações e a Feira da Indústria e Comércio. Além dos eventos, os produtos são vendidos na Loja Social/Casa do Artesão, localizada no centro da cidade, contribuindo com a geração de renda dos envolvidos. Entre os produtos confeccionados nas oficinas, um dos grandes destaques é a coleção de sacolas sustentáveis, as chamadas ecobags, cuja importância deu a Sofic o Troféu Cidadão 2009, prêmio da RAC, em parceria com a CPFL. São sacolas retornáveis em tecido, que contam com três modelos: feitos em lona, crochê e malha de garrafas pet. O projeto foi coordenado pela designer Renata Mendes, que já possuía experiência nesse tipo de projeto. A sacola feita de lona tem no bolso reproduções de duas pinturas a óleo, feitas por alunos das aulas de arte da Apae de Sumaré. A de lona e malha pet (sacola marrom) traz pintura feita com molde vazado, produzido pelos atendidos da Sociedade Pestalozzi de Sumaré. Ambas trazem carimbos criados pelos jovens da SHD. No mês de setembro deste ano, foi lançado um novo projeto pela Sofic, que pode contar com a participação de toda população de Sumaré, é a Nota Fiscal Solidária (NFS).

Regulamentada pela Lei Municipal 4968 de 30 de abril de 2010, a NFS se caracteriza pela doação de cupons fiscais às entidades filantrópicas do Município de Sumaré. São aqueles cujos consumidores deixam de informar seu CPF. Neste caso, o comércio deverá estar orientado acerca da doação desses cupons. Cada estabelecimento comercial terá uma urna e um cartaz explicativo ao cliente sobre a importância da doação. Esses cupons serão recolhidos pelas entidades de Sumaré e posteriormente direcionados à entidade mãe como sugere a lei, no caso a Sofic. Para este projeto foi criado um conselho próprio para gerenciar esses fundos que é representado pelas entidades: APAE, CER, CMAS/ CALUZ, IBQ, SANOVA, SHD, SOFIC. A entidade muito tem a comemorar por esses 9 anos de luta e muito trabalho. Quem quiser conhecer mais sobre os projetos e ações, a Sofic estará de portas abertas à população, seu endereço é na Praça da República, 157 no Centro de Sumaré, o telefone é (19) 3828-1576 e o email: sofic@ sofic.org.br.


Personalidades

Adrenalina, velocidade, manobras radicais e fé Ingredientes que fazem parte da história de Carlos Cunha dentro e fora das pistas Clayton A. Jacintho

H

á mais de 30 anos, levando o público ao delírio com suas manobras radicais, Carlos Cunha é dono de um currículo impressionante. Já enfrentou muitos desafios e com muita fé venceu todos eles e hoje se orgulha de tudo que conquistou. A história começa em Novo Horizonte. Carlos Cunha não gostava muito da escola porque preferia aplicar o tempo aprendendo sobre sua grande paixão: carros. Aos sete anos, depois da morte do pai, a mãe, ele e os quatro irmãos, que também eram pequenos, foram para São Paulo, a fim de ficarem mais perto dos familiares. Foi um momento de muitas transformações em sua vida e também a grande oportunidade de ficar mais próximo do que sempre desejou. Hoje ele é empresário, Campeão da Stock Car, apresentador de programa sobre carros e tem seis recordes registrados no Guinness Book. “Desde que nasci sempre gostei de carros, sempre me identifiquei e tive muita facilidade para dominar essa máquina que fascina o mundo inteiro. As primeiras competições foram meus recordes com suecos e franceses. O primeiro recorde foi um desafio que eu lancei para o mundo e andei 33 quilômetros em duas rodas na rodovia dos Bandeirantes, de Jundiaí até São Paulo. Aí começaram os vários desafios para vencer os europeus nesta modalidade. Fiz também velocidade em duas rodas, andei a 155 km/h e no recorde de percurso fui ao limite físico e do carro e percorri 215 km sobre duas rodas, ou seja, 68 voltas na pista de Interlagos”, explica o corredor. Porém foi fora das pistas que ocorreu um fato que quase interrompeu sua brilhante trajetória. Em outubro de 1993, durante um show do cantor Michael Jackson, em São Paulo, não se sentiu muito bem, apagou e caiu para trás. Perdeu a base 36

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do crânio e foi encaminhado ao Hospital Albert Einstein. Dias depois, recebeu a informação dos médicos de que não poderia mais pilotar carros, pois havia perdido a audição e o labirinto. “Mas eu nunca aceitei e como costumava fazer com os patrocinadores, fiz mais um contrato, mas desta vez era um contrato especial porque era com o Papai do Céu e eu disse: me tire daqui e irei conhecer mais um pouquinho do teu Reino; vou ler o Manual do Proprietário, como eu chamei carinhosamente a Bíblia, e deixo o meu compromisso de falar disso por onde eu passar. Vou contar para todos que só voltei a pilotar um carro porque o Meu Deus fez o impossível e restaurou por completo todo o meu equilíbrio. Hoje acho que sou até melhor do que antes e posso garantir que o carro se tornou fácil de ser dominado nas minhas manobras. E o mais importante: li o Manual do Proprietário inteirinho, que além de me colocar de volta na vida profissional, desafiando aqueles que disseram que não iria mais pilotar, também me deixou mais determinado do que eu era. Sou mais do que vencedor, como esta escrito em Romanos 8:37”, fala Carlos emocionado. Além das manobras audaciosas e impressionantes que o tornaram famoso, Carlos Cunha já participou de várias competições como o Rally dos Sertões, Mil milhas,

Copa Endurance; foi campeão da Stock Car em 1998 e ganhou os 500 km de Tarumã no Rio Grande do Sul. Tem seu nome gravado no livro dos recordes por seis vezes, fato conseguido por poucos. “É uma sensação única. Quando eu recebi do representante do Guinness Book o primeiro diploma e o livro foi como se estivesse recebendo do público o reconhecimento por todo meu esforço e dedicação”, comenta com orgulho. Hoje continua no automobilismo fazendo suas famosas apresentações, conhecidas como Carlos Cunha Show, com mais de 3 mil exibições realizadas. “Continuo sentindo alegria em cada apresentação que faço pelo Brasil e nos convites que tenho recebido para realizar o show em outros países, mas não tenho aceitado por falta de tempo. Mas só de receber esses convites, eu já me sinto muito feliz”, afirma. Como apresentador, já fez vários programas de Direção Defensiva, entre eles: participações no Aqui Agora, no programa do Gugu e Fantástico. “Demonstro a mesma alegria nos nossos programas quando testo os carros ou dou dicas de direção defensiva, seja na REDETV (aos domingos às 17h15) e na TVB de Campinas, onde já estamos há seis anos com o programa no ar e uma audiência muito grande. Muitos fãs assistem o nosso programa todos os sábados, às 9h da manhã”, comenta.


EM FOCO

O melhor remédio contra o câncer de mama é a prevenção

O

câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais comum no mundo e o mais frequente entre as mulheres. Estima-se que em 2010 teremos no Brasil 94.240 novos casos e 11.860 mortes devidas ao câncer de mama. Dieta equilibrada e prática regular de exercícios físicos é uma recomendação básica para prevenir o câncer de mama, já que o excesso de peso aumenta o risco. Ainda não há certeza, mas mulheres que usaram contraceptivos orais por longo período e antes da primeira gravidez podem estar mais predispostas a ter esta doença. Mulheres com história familiar de câncer de mama, especialmente se parentes de primeiro grau (mãe ou irmãs) foram acometidas antes dos 50 anos, primeira menstruação precoce, menopausa tardia (após os 50 anos), primeira gravidez após os 30 anos e não ter tido filhos também constituem fatores de risco para o câncer de mama. Graças a melhorias no tratamento e diagnóstico precoce, milhões de mulheres sobrevivem de câncer de mama hoje. Fazer o exame de mamografia anualmente é uma das melhores coisas que uma mulher pode fazer para proteger sua saúde. Este exame simples é capaz de detectar câncer inicial quando ele está pequeno, fácil de tratar e com grande chance de cura. Os tipos de câncer detectados através de exames de rastreamento como a mamografia geralmente são menores, não apresentam nenhum tipo de sintoma e não estão espalhados pelo corpo, ao passo que os tumores detectados somente quando o paciente apresenta algum sintoma geralmente são maiores, estão espalhados pele corpo e necessitam de um tratamento mais agressivo. Deste modo a recomendação para a detecção precoce do câncer de mama é seguinte: • Mulheres com 40 anos ou mais devem ter as mamas examinadas por um profissional de saúde e realizar exame de mamografia anualmente. • A mamografia pode ser realizada anualmente em mulheres de alto risco após os 35 anos. • Mulheres abaixo desta faixa etária devem ter as mamas examinadas por um profissional de saúde, pelo menos a cada 3 anos. • Todas as mulheres desde os seus 20 anos devem realizar o auto-exame das mamas e comunicar seu médico caso encontre alguma anormalidade. • A ultrassonografia deve ser utilizada como método complementar à mamografia em mulheres de alto risco e em mamas densas de jovens e grávidas. Durante o exame de mamografia as mamas são colocadas entre duas placas e pressionadas para espalhar o tecido, a compressão pode causar certo desconforto à paciente, no entanto, é muito importante para obter uma imagem de qualidade. Geralmente são realizadas 4 incidências, duas de cada mama, muitas vezes incidências adicionais poderão ser realizadas e a paciente pode ser convocada para realizar uma complementação e não deve ficar preocupada caso isso ocorra. Para a adequada interpretação dos exames mamográficos é de grande importância que a paciente traga suas mamogra38

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DR. DANIEL MIRANDA FERREIRA é Médico radiologista especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Doutor em Radiologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Médico Assistente do Departamento de Radiologia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e Médico radiologista do Instituto da Imagem de Sumaré. fias anteriores para comparação. Os exames anteriores podem ser fundamentais para comprovar que uma alteração observada no passado não mudou durante os anos, esta condição mostra que provavelmente a alteração é benigna, evitando muitas vezes biópsias e outros procedimentos que teriam que ser realizados caso a paciente não trouxesse o exame anterior, por isso nunca jogue fora nenhum exame de mama que você realizou. Em mulheres jovens a mamografia pode não ter a mesma capacidade de detecção em comparação com as mulheres mais velhas, pois nestas pacientes as mamas são densas, ou seja, ainda possuem muito tecido mamário fibroglandular em relação ao tecido gorduroso. Por isso o exame deve ser complementado com o exame de ultrassom que nestes casos permitem a detecção destas lesões. No entanto, mulheres jovens que tem alto risco de cancêr de mama devido a mutações genéticas, história familiar ou outros fatores, devem sempre procurar um médico para que ele recomende a melhor forma de rastreamento e evitem a realização de exames desnecessários. Em resumo, a mamografia é um exame de rastreamento, devendo ser realizado mesmo que não exista nenhum sinal ou sintoma. Das pacientes diagnosticadas com câncer de mama 75% não apresentam nenhum fator de risco, ou seja, o rastreamento é importante para qualquer um, independente de apresentar ou não um sinal ou sintoma ou de ser ou não de um grupo de risco. Mais Informações: Inca – Instituto Nascional de Câncer (www.inca.com.br), ACR – American Cancer Society (www.cancer. org), Sociedade Brasileira de Mastologia (www.sbmastologia.com. br), Brestcancer.org (www.breastcancer.org).


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