Típica Ano V • Edição 20 • Maio de 2012 Sumaré • Hortolândia • Nova Odessa www.revistatipica.com.br
Saúde Como se preparar para a Menopausa.
Em Alta Problemas em casa? Chamem os maridos de aluguel.
Turismo Conheça as maravilhas de Serra Negra.
Célia Leão:
mãe, mulher e exemplo de vida
Com garra e persistência essa mulher multifuncional superou os obstáculos que a vida lhe preparou.
“Procurando apartamento? Esse eu assino embaixo.”
Típica | Março de 2012
Ivete Sangalo
Foto ilustrativa
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Típica | Março de 2012
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Típica | Março de 2012
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Típica | Março de 2012
São 20 edições ao lado de vocês. Que imensa alegria e satisfação pela fidelidade e apoio. Obrigada mais uma vez! Mais um exemplar preparado com carinho, união e profissionalismo. Lá no fundo fica em nós um gostinho de missão cumprida e a vocês esperamos que gostem de mais esta edição, que por acaso, tem muito assunto dedicado as mulheres, principalmente as mamães de todas as idades. Trouxemos uma descontraída entrevista com Célia Leão, uma mulher de fibra, que dentro da política, mostrou (e mostra) o verdadeiro papel da mulher, a força que todas têm desempenhando vários papéis ao mesmo tempo. Que ela possa servir de exemplo e inspiração a ser seguido de que a vida deve ser vivida sempre e jamais devemos desistir de nossos sonhos e ideais. Na seção Comportamento o assunto é o papel da mãe na família, esta que por sua vez desempenha a função com todo o amor e carinho incondicionalmente. E para ajudar tanto as mamães quanto qualquer outra mulher (e até mesmo os homens) vem aí os “maridos de aluguel”. Se você tem algum tipo de probleminha técnico em casa e precisa de ajuda masculina, chame um marido de aluguel, mas não confunda as coisas. Eles são altamente profissionais. Veja os detalhes na seção Em Alta. Em Saúde o assunto é menopausa. Quantas mulheres sofrem por antecipação, já sentindo aqueles calores “insuportáveis”. O calor existe mesmo, entretanto a menopausa é uma das melhores fases da mulher. Com os cuidados devidamente prevenidos e uma boa conversa junto ao ginecologista, pode ser mais uma etapa feminina encarada com naturalidade. Saiba como aproveitar esse momento e não permitir que este seja um problema em sua vida. E se você conhece alguém que esteja passando por esse momento, saiba que sua ajuda é muito bem vinda, desde que ministrada com carinho, amor, apoio e paciência. Na cidade de Hortolândia volte ao passado e descubra a magia desta cidade que mantêm relíquias e alegrias desde os tempos de Jacuba. Parabéns Hortolândia por seus 21 anos. Na seção Minha Casa, um novo jeito de ter peças de decoração feitas por você. Crie sua ideia e faça a impressão em 3D. E para finalizar, a dica de Turismo é conhecer a cidade de Serra Negra. Divirtam-se e até a próxima!
A Revista Típica é uma publicação bimestral da Editora Seta Regional. Circula nas cidades de Sumaré, Hortolândia e Nova Odessa no estado de São Paulo, com tiragem de 15 mil exemplares. Mais informações sobre a publicação podem ser encontradas no site www.revistatipica.com.br Edição, Administração e Publicidade: Editora Seta Regional Rua Joaquim de Paula Souza, 05 Jd. Yolanda Costa e Silva - Sumaré/SP Cep: 13172-210 Tel.: (19) 3873.1745 setaregional@setaregional.com.br Site: www.setaregional.com.br Diretoria Executiva Andressa Pirschner Assunção andressa@setaregional.com.br Leandro Perez Ribeiro leandro@setaregional.com.br Editora Chefe Andréia Dorta, MTb: 52.196 andreia@setaregional.com.br Jornalista Assistente Cleyton A. Jacintho, MTb: 51.959 cleyton@setaregional.com.br Edição de Arte/Diagramação Edinelson Cristiano Prazer edinelson@setaregional.com.br Leonardo Gonçalves Neves leonardo@setaregional.com.br Tatiana Santos tatiana@setaregional.com.br Atendimento/Comercial Ana Paula Silva anapaula@setaregional.com.br Cecília Sousa Teixeira cecilia@setaregional.com.br Leandro Perez Ribeiro leandro@setaregional.com.br Administrativo/Financeiro Andressa Pirschner Assunção financeiro@setaregional.com.br Sinara Souza sinara@setaregional.com.br Fotos, Capa e Matéria de Capa Assessoria de Imprensa Impressão Gráfica Mundo Digital Assessoria Contábil Exato Contabilidade Importante As informações contidas nesta revista são para fins educacionais e informativos. A Revista Típica não se responsabiliza pela utilização inadequada das informações aqui veiculadas, nem pelas opiniões de nossos colaboradores e anunciantes. “Tudo posso naquele que me fortalece” Filipenses 4: 13
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Típica | Março de 2012
EM ALTA Tire as dúvidas e conheça detalhes sobre a nova tendência dos Maridos de Aluguel.
SAÚDE
Típica | Março de 2012
Como se preparar para a menopausa.
MINHA CASA Crie os próprios objetos de decoração e deixe todo o lar com o seu jeito.
8 TURISMO Faça um tour pelas maravilhas de Serra Negra.
COMPORTAMENTO O papel de mãe na família.
CAPA Célia Leão fala dos obstáculos superados e de nunca ter desistido do sonho de ser mãe.
CIDADES 21 anos de história, em comemoração conheça um dos patrimônios culturais da cidade.
EM FOCO Eduardo Machetti, expectativas para a 8ª Edição do Rodeio de Hortolândia.
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Típica | Março de 2012
Temakeria Kanpai
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o dia 24 de abril a cidade de Hortolândia ganhou um novo conceito em alimentação, a primeira Temakeria da cidade que está localizada na rua João Blumer, 12 Remanso Campineiro, próximo ao Shopping de Hortolândia. A frente do empreendimento estão os sócios Val e Claudinho. A Temakeria abriu suas portas com um coquetel para
amigos e parentes das 20 às 21 horas. No mesmo dia, após o coquetel os amantes por comida japonesa já puderam conferir de perto a belíssima estrutura e a diversificação do cardápio oferecido. A Temakeria Kanpai é aberta de segunda a segunda servindo almoço e jantar. Maiores informações
Típica | Março de 2012
pelo telefone 19 3819-4863. Confira fotos da inauguração.
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I9 Design & Decoração Tudo o que há de novo em decoração
R
ecém inaugurada em Sumaré, a I9 Design & Decoração oferece aos clientes o que há de mais moderno no mercado em relação a piso laminado, piso vinílico, persianas, forros, revestimentos, dry wall, papéis de parede e divisórias. Segundo os
sócios Marcos Eduardo Batista Neves, Pedro de Souza Batista Neves e Janaina Barbosa de Almeida Martins, existem vários fatores que os diferem da concorrência como rapidez, lançamentos, qualidade e mão-de-obra qualificada. As novidades estão nas promoções da loja, principalmente em piso laminado, onde o cliente consegue deixar sua casa mais bonita, pagando pouco por isso. E também, o cliente visita a loja e pode agendar um orçamento sem compromisso. “Nós da I9 Design & Decoração trabalhamos com foco na satisfação integral do cliente, dedicando-nos a atingir o resultado de cada projeto de forma singular. Pois, para nós, o cliente é o nosso maior patrimônio.Nossos valores de qualidade são rígidos, por isso garantimos os resultados através da parceria com fornecedores, avaliação
Típica | Março de 2012
e aperfeiçoamento de recursos humanos, manutenção
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e estrutura de atendimento, constante reciclagem de conhecimento e a perfeita qualidade dos produtos”, revelam os sócios. E para mais informações envie um e-mail para contato@i9designedecoracao.com.br ou acesse o site www. i9designedecoracao.com.br. Se preferir, faça uma visita na loja, localizada na Av. Sete de Setembro, 1216. Vila Menuzzo ou ainda pelo telefone (19)3308-8525, (19) 3308-8535.
Sócios Proprietários: Marcos Eduardo Batista Neves, Pedro de Souza Batista Neves e Janaina Barbosa de Almeida Martins.
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Típica | Março de 2012
Armazém do Jeans Um novo conceito em móveis
N
o último dia 12 de abril a cidade de Sumaré ganhou um novo conceito em
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moda masculina e feminina no quesito Jeans, a Armazém do Jeans. Localizada na Avenida Rebouças, 1977 a loja abriu as portas para a população sumareense com muitas novidades em seus produtos de fábrica. A inauguração contou com a presença do ex BBB Rodrigo, que contagiou a todos com a sua alegria e beleza. A loja já é referência na cidade de Americana e região por qualidade e preço
Típica | Março de 2012
baixo. Vejam fotos da inauguração.
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1 – Lucas e Paulo Henrique (proprietários) 2 – Jéssica, Rodrigo, Jéssica e Fabiane 3 – Kerolin, Rodrigo e Leonardo 4 – Rosimar (surpevisora) e Rodrigo 5 – Ana, Rodrigo e Grazieli 6 – Camila, Rodrigo e Fernanda.
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Pradolli Móveis Artesanais Um novo conceito em móveis
A
Pradolli Móveis Artesanais trabalha com uma grande variedade de cores de fibras e tecidos, para proporcionar aos seus clientes inúmeras combinações. Aliada a qualidade, design e bom gosto, você ainda pode optar pela cor do acabamento
da fibra, escolhendo aquela que melhor combine com a decoração de seu ambiente. Horário de atendimento de segunda a sexta-feira das 09 às 18 horas e aos sábados das 09 às 14 horas. Recem inaugurada, a Pradolli oferece aos clientes um conceito inovador na linha de móveis em fibra sintética. Este conceito visa mesclar elegância e qualidade, utilizando materiais como o aço tratado, que garante durabilidade e robustez a peça, o alumínio que além da durabilidade confere leveza ao móvel, e a fibra sintética de alto padrão aplicada de forma artesanal, além de trata-se de um produto ecológico, não extraído da natureza como a fibra natural, preservando, assim, o meio-ambiente. Os móveis possuem um design inovador podendo ser usados nos mais variados tipos de ambiente, tanto na área externa como na interna. “Qualidade, bons preços (por tratar-se de móveis direto da fábrica), várias formas de pagamento, materiais de alta qualidade, fornecedores selecionados com anos de experiência na fabricação destes móveis, entrega rápida são apenas alguns dos nossos diferenciais em relação a concorrência”, declaram os sócios Pedro Aquiles Oliveira e Érica Fernanda Prada Oliveira. Mais informações pelo site www.pradollimoveis.com.br, pelo e-mail contato@pradollimoveis.com.br ou ainda pelo telefone 33069585. Se preferir faça uma visita na Av. Rebouças, 1381B, no Jd. Alvorada em Sumaré.
Sócios Proprietários: Pedro Aquiles Oliveira e Érica Fernanda Prada OLiveira
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Típica | Março de 2012
EM ALTA
Maridos de Aluguel Eles consertam o encanamento, trocam lâmpadas, rebocam e pintam paredes, tudo sem reclamar e na hora em que você precisar texto | Clayton Jacintho
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Ilustração | Edinelson C. Prazer
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P
equenos
problemas
encanamentos? lâmpadas
com
motoristas. Esse tipo de serviço tem crescido
espalhadas pelo Brasil inteiro para atender
com
e caído no gosto de mulheres e homens que
um público formado por homens, mulheres
Armários
não querem ter dor de cabeça com esses
e jovens estudantes de todas as classes
pequenos problemas do dia a dia.
sociais que precisam de um reparo em
Lustres
queimadas?
e portas emperradas ou despencadas? O chuveiro pifou? Não precisa mais se
A profissão existe há cerca de 20
sua residência, empresa ou condomínio. Os
preocupar, é só chamar o Marido de Aluguel.
anos e surgiu na região metropolitana de São
profissionais são treinados e capacitados
trabalhos
Paulo, onde há empresas especializadas no
para prestação de serviço e solucionar todos
triviais como reparos elétricos, serviços
Especializados
assunto e até sites personalizados, nos quais
os problemas.
de construção civil, pinturas de paredes e
os funcionários e serviços oferecidos podem
consertos domésticos, eles ainda trocam
ser escolhidos e contratados pela internet.
lâmpadas,
instalam
em
chuveiros,
“Vimos à dificuldade em contratar mão de obra para pequenos reparos
montam
Uma das franquias pioneiras e de
e também a necessidade de vários
móveis, matam baratas, desentopem pias,
maior sucesso, especializada nesse tipo de
profissionais com especialidades diferentes.
trocam botijões de gás, levam cachorros
serviço, é a Dr. Faz Tudo. A empresa nasceu
A maioria dos profissionais da área não
para passear e também atuam como
há cerca de 15 anos e hoje tem unidades
aceitam pequenos serviços como: trocar um
chuveiro ou arrumar uma única torneira com vazamento”, comentam
Segundo Jorge esse tipo de serviço
Adriana Santos
é requisitado e muito aceito tanto por
Da Hora Oliveira e Elma Camila Silva Farias,
mulheres quanto por homens. “Hoje em dia
gestoras da franquia da Dr. Faz Tudo de
tanto mulher como homem nos procuram,
Sumaré. solicitar que um “marido de aluguel” pudesse
pessoas, realmente não sabem solucionar
tem-se receio de colocar um profissional em
sair com ela somente para fazer ciúmes
esse tipo de problema, mas a grande maioria
sua residência sem que tenha uma indicação.
para seu ex-marido. “Não temos esse tipo
não tem tempo para resolver, é ai que nós
Com a independência das mulheres e a
de problema, uma vez que não usamos esse
entramos”, diz.
falta de tempo dos homens, pensou-se em
rótulo, chamamos nossos profissionais de
“É muito mais fácil ter um “Marido de
um profissional que pudesse resolver os
Doutores. Um profissional capacitado que
Aluguel” que faça tudo que você precise em
pequenos ou grandes reparos que o cliente
prestará um excelente serviço com muito
vez de chamar um eletricista, um encanador,
não saiba ou não tenha tempo para fazer”,
profissionalismo”, completam.
depois um pedreiro, depois um pintor. Marido
completam Abner Leandro e Napolião Silva
região
de aluguel é tudo isso em um só profissional.
De Oliveira também da franquia da Dr. Faz
especializada nesses serviços é a Carvalho
Ele é quase um medico familiar, um amigo,
Tudo.
Manutenções. “Morávamos
fora do Brasil,
alguém que você pode confiar, conhece tudo
Segundo as gestoras essa atividade
quando voltamos, nosso sonho era abrir um
na sua casa, muitas vezes melhor que você”,
surgiu com a necessidade de profissionais
negócio. Foi quando minha esposa sugeriu
completa o gestor.
da área em aumentar sua renda ou mesmo
abrir uma empresa de “Marido de Aluguel”,
de ser a renda principal em momento de
porque eu sempre gostei de concertar coisas
crise, cerca de 20 anos atrás na região
em nossa casa e na casa dos conhecidos,
metropolitana de São Paulo. O nome “marido
parentes, vizinhos e assim por
de aluguel” despertou interesse, curiosidade
explica Carlos Jorge Carvalho Pessoa, gestor
a até algumas confusões, como: a cliente
da empresa.
Outra
empresa
da
diante”,
Típica | Março de 2012
pois vivemos uma vida muito corrida. Muitas “Mesmo para grandes reformas,
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SAÚDE
Menopausa:
receio ou falta de conhecimento? Milhares de mulheres temem essa fase cheia de descobertas e desafios texto | Andréia Dorta
P
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ara algumas mulheres é a pior fase da vida,
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para outras é um momento único de grandes e importantes redescobertas de si mesma, talvez
estas perdidas pelo tempo. Em qual das opções você mulher se encaixa quando o assunto é menopausa? Ou ainda se não está passando por esta fase, com certeza pensa (ou vai pensar) no assunto mediante ao que vive com sua mãe, sua avó, alguma tia ou até mesmo amigas próximas. Nessa fase a mulher se sente “menos mulher” pelo fato de não ovular mais, entretanto a situação é inversa a esse pensamento. É nesse período que a mulher se redescobre como tal. A menopausa é apenas mais uma etapa de transformação (e para melhor) na vida de uma mulher. Segundo Dr. Sérgio A. Gonçalvez (CRM 120.022), clínico geral em Campinas, antigamente, a preparação à menopausa se resumia a ficar tomando hormônios em determinadas concentrações e ficar monitorando o exame de sangue tais doses de hormônio, entretanto, hoje não é mais assim. “Esse procedimento não é mais indicado primeiro pelos riscos de câncer de mama ou de endométrio, e segundo, apenas a reposição hormonal não exclui todos os problemas inerentes a mudança que a mulher sofre durante a menopausa, que inclui mudanças emocionais extremamente importantes. A auto estima fica em desvantagem e muitos casos levam a depressão. A recomendação é que cada mulher se cuide em duas frentes, sendo uma a parte orgânica (com visitas regulares ao ginecologista, exames de mamografia, ultrasom de mama, Papanicolau, etc), e a outra na área emocional, com ajuda de terapeutas ou psicólogos, para que mantenha a auto estima elevada”, revela o especialista. Ao contrário do que as mulheres acham, é nesse período que deveriam se achar mais atraentes. Não é
previna o quanto antes, pois existem formas
as vezes me incomoda: um calor apenas no
mulher. O importante nessa fase é manter
de manter o equilíbrio durante esta fase.
rosto (mas não tanto quanto aquele que
a auto estima em alta, superar a sensação
Para Diva Tobias Leite, prestes a
ouço outras mulheres dizerem que sentem
de que está limitada (pelo contrário, tudo
completar 57 anos, essa experiência tem
em todo o corpo); o humor, que passei a
continua como antes). Dr. Sérgio recomenda
ocorrido sem nenhum tipo de tribulação. “Não
me irritar com algumas coisas com mais
a companhia de outras mulheres que estejam
encaro a menopausa como um bicho de sete
freqüência e um frio de repente a noite que
encarando a menopausa em grande estilo,
cabeças, pelo contrário, eu a vejo até muito
para que uma dê apoio a outra e acima de
bem, mas por um fato muito importante:
vem de dentro. Fora isso, levo minha vida
tudo, sugere que toda a família se empenhe
há anos fiz e ainda faço todo um trabalho
em atenção, paciência e entendimento das
de prevenção, considerando que já tenho
mulheres que estão entrando na menopausa.
histórico na família de câncer de útero, então,
Não há uma idade concreta para
comecei a me preocupar cedo, já que não
entrar na menopausa, visto que existem
posso tomar remédio algum para reposição
hoje exemplos de mulheres que entram
hormonal. Comecei a tomar aquele chá de
na menopausa precoce (antes dos 40
folha de amora por indicação de algumas
anos), e na menopausa tardia (entre os
pessoas que diziam que era bom. Me informei
ginecologista devem ser regulares, visto que
50 e 55 anos), mas cada caso é um caso,
e descobri, até com minha médica, Dra. Nilza
a mudança requer cuidados no lado físico e
considerando o organismo e a estrutura
Aparecida de Souza Di Marzio, que realmente
principalmente emocional. E para que essa
específica de cada mulher. Em cada delas a
esse chá faz muito bem.Além disso, tiro todas
alteração não seja drástica, algumas dicas
menopausa age de uma forma e para isso
as dúvidas com minha médica e mantenho
são essenciais à mulher nesta etapa da
Típica | Março de 2012
a menopausa que a deixa mais ou menos
o importante é que cada mulher conheça o
os exames ginecológicos em dia. De todos os
vida, bem como o apoio e compreensão da
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próprio corpo, se interesse pelo assunto e se
‘efeitos colaterais’ da menopausa, três coisas
família.
como sempre levei”. Como recomendação, o exemplo de Diva deveria ser seguido por todas as mulheres. Não basta esperar as coisas acontecerem
para
depois
ocorrer
a
procura de um especialista. Os cuidados e precauções são gradativos. As idas ao
MINHA CASA
Objetos decorativos exclusivos num passe de mágica Nova tecnologia de impressoras 3D revolucionam mercado de decoração e design
Típica | Março de 2012
texto | Clayton Jacintho
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Créditos: www.imprima3d.com.br
I
magine criar um objeto de decoração exclusivo, aquele que você sempre imaginou, porém nunca encontrou
pela primeira vez, alguém pode realizar mesmo, do seu jeito, com o que quiser e
disponíveis
para comprar? Isso agora é possível com
como quiser, produzido com impressoras
prototipagem rápida no mercado. Apesar
as impressoras 3D. Conhecida também
supermodernas e com uma tecnologia
dessa diversidade, em sua grande maioria,
como prototipagem rápida, essa tecnologia
inovadora”, completa.
o processo de produção é basicamente o
existe há cerca de 10 anos, mas no Brasil ficou conhecida em 2011.
o desejo de ter um produto feito por ele
lá.”, diz o Gestor. Existem para
diversas
tecnologias
impressão
3D
ou
Vinícius explica que o Imprima
mesmo. A impressora deposita a resina do
3D surgiu da vontade de democratizar a
material camada por camada até o objeto
a
tecnologia 3D no Brasil. “Acreditamos que
ser criado. Imagine uma pessoa sendo
possibilidade de ter objetos que não
essa tecnologia já é acessível, mas que os
impressa em miniatura, agora imagine
são encontrados em lojas de design ou
brasileiros ainda acham que está muito
essa pessoa “fatiada” em camadas
decoração. Os profissionais podem produzir
distante. Queremos, ao mesmo tempo,
milimétricas; é basicamente isso o que o
um modelo sob demanda e ninguém mais
mostrar que as pessoas podem criar seus
arquivo de modelamento 3D fornece para
ter, o que pode atrair clientes que prezam
próprios produtos e disseminar o assunto
a máquina. Ela lê esse arquivo “fatiado” e
pela exclusividade, que é um mercado de
entre designers. Nossa inspiração foi o
reproduz essas camadas na matéria prima,
alto potencial e em crescimento no Brasil”,
portal Shapeways, que é norte-americano
que pode ser de vários tipos, de plásticos
comenta Vinícius Dourado, empreendedor
e tem modelo bem semelhante ao nosso.
a resinas.
e gestor do site Imprima 3D. “Significa que,
Eles estão fazendo um belo trabalho por
“O
grande
diferencial
é
O próprio site dispõe de diversos
Créditos: www.imprima3d.com.br
sendo as dimensões da peça fornecidas pelo próprio arquivo e definidas quando o objeto é projetado, e mandar imprimir em 3D. O pagamento é facilitado e o produto chega em até 15 dias úteis. Já na segunda, o cliente pode escolher os objetos disponíveis em galeria, que já foram feitos por designers, que
criaram por livre e espontânea vontade seus desenhos para serem comprados. “No site temos uma área voltada exclusivamente para decoração chamada Arte e Decoração”, completa Vinícius. Para saber mais detalhes e adquirir ou produzir seu objeto acesse o site www. imprima3d.com.
Típica | Março de 2012
desenhos para os mais variados fins. Entre eles, porta-lápis, porta-clips, case para celulares, porta-canetas, capa para caneta, porta-guardanapo, dock para iPhone e esculturas em geral. Caso o consumidor tiver algum conhecimento de softwares específicos, como o AutoCAD, ele pode produzir suas próprias peças e mandar imprimir em 3D. De acordo com Vinícius Dourado, a área mais procurada no site é a de acessórios que contém capas para celulares e porta objetos, seguida da área de miniaturas. Existem duas possibilidades de utilizar o site. Na primeira, o consumidor pode criar o produto ou objeto em um software específico, como o AutoCAD ou o Blender. O arquivo deve ter a extensão “.STL”. Vale lembrar que, caso a necessidade seja enviar um projeto para rápida prototipagem, ele tem de estar no mesmo formato. Após essas etapas, o usuário deve entrar no site, fazer upload do seu projeto, escolher o material que ele quer utilizar,
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22 Típica | Março de 2012
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Típica | Março de 2012
TURISMO
Serra Negra, a cidade da saúde Você vai as compras com ar puro e muita tranquilidade texto | Renato Saes Melhado, Pós Graduado Docência Superior, Guia de Turismo
Típica | Março de 2012
Nacional e América do Sul e Vice Conselheiro do COMTUR de Sumaré.
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Praça João Zelante - Crédito: Circuito das Águas Paulistas
S
ituada das
dentro
Águas
do
Paulistas,
Circuito Serra
Negra é um dos destinos mais
procurados nessa época na nossa região. Com pouco mais de 25.000 habitantes, chega a receber em um único dia 100.000 visitantes, que vem atrás de ar puro, compras variadas e muito descanso. Para atender todo esse público, a cidade conta com mais de 50 hotéis instalados. Além do turismo como fonte econômica do município, a cidade conta com a produção de café, sendo essa uma das principais fontes agrícola Lago dos Macaquinhos - Crédito: Circuito das Águas Paulistas
quanto em seus entornos e divisas de município, são agraciados por inúmeras fontes de águas minerais, sendo uma das mais conhecidas a Fonte São Carlos, localizada na praça John Kennedy, próximo a prefeitura. Para quem dela beber, pode se beneficiar na eliminação do Cloreto de Sódio excessivo, corrigindo e ajudando na hipertensão arterial, edemas e obesidade, bem como o aliviamento do trabalho cardíaco, entre outros benefícios. O
clima
ameno,
a
altitude
diferenciada e a tranquilidade que o
da cidade e um comércio forte na
especialidades entre carnes vermelhas,
rua principal da cidade, com serviços
peixes, fondues, pratos típicos como
prestados, através de passeio de trem,
o frango com polenta e a feijoada.
Típica | Março de 2012
visitante encontra em Serra Negra
charretes, cavalinhos, etc. Nada supera
Isso
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a indústria de malharia, sendo o forte do
aconchegantes,
comércio Serrano junto do artesanato,
e com qualidade, envoltos por muito
sendo comercializados os produtos
charme e tradição.
Loja de Couros - Crédito: Circuito das Águas Paulistas
convidam-no
à
busca
de
opções
gastronômicas saborosas, oferecendo
tudo
oferecido
Contando
como: artigos em couro, madeira, palha,
em
espaços
atendimento
também
rápido
com
um
bambu, tecidos, lã e linha, bem como
turismo rural muito abrangente, vale
porcelana, entre outros.
uma visita ao Vale do Ouro Verde, onde
Com um clima de montanha,
se encontra um pequeno Museu, o
mais as águas minerais radioativas,
“Museu do Café”, que reúne a história
Serra Negra traz até a gente de todo
do café, curiosidades e virtudes do
o Brasil os proveitos dos Balneários da
produto, além de equipamentos e
cidade, que guardam ainda o carinho
ferramentas de época.
de receber bem os visitantes, sendo
Este é o destino especial para
conhecida também e recebendo o título
as mamães se divertirem e fazerem
de “Cidade da Saúde”.
suas compras de “Dias das Mães”, e
Um dos atrativos turísticos mais
os melhores meses para aproveitar a
visitados pelos turistas é o monumento
cidade são os meses de Maio, Junho e
ao Cristo Redentor, localizado a 1.080
Julho. O melhor acesso para Serra
metros no Pico do Fonseca, inaugurado em 1952. O monumento tem 18 metros
Negra
de altura e o melhor jeito de se chegar
pela rodovia SP 340, via Jaguariúna,
até ele é pegando o miniférico, na praça
Pedreira, Arcadas, Amparo e Serra
central da cidade. Existem mais de 100
Negra. Todo esse percurso tem 72 km
cadeirinhas que percorrem cerca de 153
aproximadamente, em torno de 1 ½ de
metros, que faz deste passeio um dos
viagem, para quem vai de carro.
maiores e melhores do país. A cidade na região central,
é
passando
por
Campinas
Bom planejamento e até a próxima dica de viagem!
COMPORTAMENTO
Ser Mãe O papel da Mãe na educação texto | Oswaldo José Ottaviano - Advogado e corretor de imóveis em Sumaré.
Típica | Março de 2012
Sócio do Rotary Club Sumaré - Norte.
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M
ãe é – ou pelo menos
mais da mãe.
as exceções.
deveria ser – tudo de bom.
É lá que está seu restaurante
O papel da mãe na educação é
O nenê fala primeiro papai
sempre com o mesmo cardápio. O colo é
fundamental. Ela ensina tudo à criança.
que mamãe. Não fiquem bravas com ele.
mais macio, é ela que troca suas fraldas.
Segurar a mamadeira, depois a colher, o
É que sendo palavra nasalizada é mais
Se bem que hoje já tem pai que ajuda
garfo, a faca. Descascar as frutas, montar
difícil de aprender. Mas ele gosta muito
muito, mas não vamos argumentar com
o sanduíche, até alfabetizar. Escrever o
Mas no episódio há o maior exemplo que conheço de comportamento de mãe. Quando o filho se torna adulto ela diminui sua participação na educação. A frase fazei tudo o que ele vos disser (ou mandar) é o maior exemplo de humildade que uma mãe pode dar em respeito à liberdade do filho. Ela sabia a educação que o filho tinha e que dele só poderia sair coisa boa. Então, devia estar pensando, vindo dele eu assino em baixo
E quem quer ser mãe e não pode! Existe a adoção. A medicina evoluiu muito e muitas vezes soluciona problemas de infertilidade. Mas nem sempre. Para esses casos existe a adoção, que é um gesto próprio nome e ler alguma coisa é papel
de amor. Antigamente se dizia que a
da mãe. Mesmo a mãe analfabeta sabe ensinar respeito e bons modos ao bebê.
adoção dá filhos àqueles que não os
É preciso notar que a primeira
pode ter. Mais modernamente a adoção
educadora é a família, que ensina a viver.
dá um lar à pessoa que não o teve.
A escola pode completar a educação,
Usamos pessoa de propósito, pois não é
trazendo cultura. Se a família não educa,
só criança que é adotado. Adulto também
deixando a criança com a babá eletrônica
pode.
(TV) ou empregada mal educada, mais
Até 1980 havia uma tradição
tarde terão filhos malcriados. Lembre-se,
em Sumaré de que família que já tinha
você vai colher o que plantou. E não é só
uma criança não podia adotar outra.
plantar é preciso cuidar.
O promotor sustentava a tese e o
Maria, a mãe de Jesus, sendo a
magistrado ia na dele. Até que um dia
mãe por excelência, deve ter tido alguma
resolvi recorrer de uma sentença dessas.
dificuldade com a educação. É que seu
Encontrei um trabalho de um ex-professor
filho sabia tudo e é difícil lidar com criança
que pensava como eu. Deu o que fazer,
assim. A Igreja narra que nas Bodas de
mas como resultado recurso 730-0 de
Caná foi realizado o primeiro milagre. Mas
Sumaré, da relatoria do Des. Dalmo do
num dos evangelhos apócrifos consta
Vale Nogueira, a situação foi alterada e
que quando Jesus estava com seis ou
hoje em toda comarca se pensa diferente.
sete anos a mãe pediu para que buscasse
Nada
contra
bichinhos
de
água na fonte. Ele foi, mas o cântaro se
estimação, mas se você quer ser mãe e
quebrou. Então ele levou água no avental.
não pode por problemas de saúde, pense
Ora, na época não havia plástico, logo a
em adoção. Vai dar muito mais trabalho,
peça era de pano. E levar água no avental
mas você participará plenamente da
de pano só por milagre.
educação que uma mãe pode dar.
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sem ler. Isso é que é confiança no filho!
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CAPA
Célia Leão é modelo de mãe e mulher moderna Mesmo diante dos obstáculos, a vida a tornou ainda mais guerreira texto | Andréia Dorta
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M
ais um ano e cá estamos celebrando mais um Dia das Mães. Para este dia tão especial, nosso presente é, de certa forma, aumentar a auto-estima de tantas mulheres, que além de mãe, são também profissionais competentes, esposas atenciosas, mães zelosas, chefes de família, e na hora do descanso ainda domésticas nos afazeres da casa. Essas mulheres multifuncionais existem e estão ao nosso lado constantemente, ora na presença de alguém da família, ora no reflexo da própria imagem. Sim, essas heroínas existem e Célia Camargo Leão Edelmulth é uma delas. Extremamente decidida no que quer da vida, Célia nos contou um pouco da própria trajetória, desde a infância, o acidente que a deixou paraplégica aos 19 anos, até o momento na carreira de advogada e Deputada Estadual por seis mandatos consecutivos.
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Foto: Arquivo pessoal
Típica: Você é uma figura importante, referência para as mulheres. O que te levou a ser o que é hoje? Célia Leão: Desde cedo, quando, aos 19 anos de idade sofri um acidente de automóvel e fiquei paraplégica, já sentia que as mulheres precisavam ocupar seu lugar de direito na sociedade de maneira geral. E, com a deficiência adquirida devido ao acidente, as dificuldades eram ainda maiores em todos os sentidos. Na visão da maioria das pessoas a deficiência e o fato de ser mulher colocavam uma espécie de ponto final em minha trajetória e eu simplesmente não aceitava esta concepção. Passei a fazer parte de um grupo de ativistas. Eu lutava pelos direitos das pessoas com deficiência no começo dos anos 80 e, a partir daí, as coisas começaram a acontecer, os espaços passaram a ser conquistados e uma coisa acabou puxando a outra. Naquela época estávamos ainda nos primórdios da luta pelo reconhecimento e inclusão das pessoas com deficiência, não somente no Bra-
sil, mas também no resto do mundo. Não foi nada fácil, mas consegui trilhar este caminho tortuoso e que permanece até hoje, pois a luta, o trabalho não pode cessar jamais. Em 1988 me tornei vereadora em Campinas e desde então estamos neste caminho, sempre dentro do Legislativo Paulista e na sociedade como um todo. E, ao meu entender, este trabalho nunca poderá terminar.
Célia Leão: Eu diria que sou mais que multifuncional. Aliás tive que aprender a ser assim, para poder conciliar trabalho intenso, família, marido e questões pessoais. Não é fácil cuidar de tudo, mas graças à Deus, ao longo dos últimos 30 anos, consegui conciliar tudo isso. Minha agenda é muito bem estruturada de modo que torna possível realizar tudo aquilo que o trabalho e tudo que mais exigem.
Foto: Arquivo pessoal - Deputada e o filho Diogo Edelmuth Leão e o marido Daniel Edelmuth.
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Típica: O papel de mãe é importante. Como foi essa experiência com seus filhos? Célia Leão: Ser mãe é uma das coisas mais importantes e maravilhosas e eu não poderia passar por esta vida sem ter tido esta experiência. Quando fiquei paraplégica devido ao acidente de automóvel, os médicos disseram que eu nunca poderia ter filhos ou uma vida normal. Só de teimosia eu me casei e tive três filhos maravilhosos que se tornaram a alegria da nossa vida. Típica: Ser mãe hoje para você continua sendo um sonho? O que mudou de quando eram pequenos e agora que são grandes? Célia Leão: O meu sonho de ser mãe foi realizado com meus três filhos, Rodrigo, Diogo e Stephanie. Hoje eles estão com 24, 21 e 18 anos respectivamente, e todos estão na faculdade e serão futuros médicos. Quer mais alegria que isso? Ser mãe e ver os filhos também construindo sua trajetória, sua vida e, em breve, suas famílias, é uma das maiores alegrias que Deus pode conceder a uma mulher. Sou muito feliz por tudo isso.
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Típica: Você é uma mulher multifuncional. Como é dar conta de tudo isso?
Foto: Arquivo pessoal - Deputada Céia e o filho Rodrigo Edelmuth Leão, estudante de medicina.
Típica: Como foi sua infância? Do que se recorda? Célia Leão: Minha infância foi bastante tranquila ao lado do papai Cândido e da mamãe Rute. Lembro de fazer parte de uma família boa, de respeito mútuo, de amor e especialmente carinho entre todos nós, eu e meus irmãos Celso e Claúdio. Típica: O que mais de alegre te marcou até hoje?
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apenas 21 anos e isso me marcou profundamente.
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Típica: Um sonho ainda não realizado? Célia Leão: Já realizei muitos sonhos em minha vida. Só o fato de eu estar hoje aqui, atuante na política, com meu marido Daniel e meus filhos já é uma vitória.
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Foto: Arquivo pessoal
Célia Leão: Minhas viagens e passeios ao lado de meu pai e minha mãe. Típica: E o que não te traz boas recordações? Célia Leão: Um fato que me deixou muito triste foi quando papai morreu, em decorrência de um acidente de carro. Eu tinha
Célia Leão: Família é tudo, é a base para a construção social. Não há sociedade que possa se manter em equilíbrio e justa sem essa célula importante.
Típica: Como você vê o papel da mulher na sociedade hoje? Célia Leão: A nossa luta, que começou a muito tempo reflete o papel da mulher na sociedade atual. O mundo já não pode e não deve mais continuar sua trajetória sem a participação efetiva da mulher. É questão de direito, pois homens e mulheres fazem parte de um todo e não há como excluir o papel feminino da sociedade. Muito já fizemos e muito já conquistamos, mas ainda há muito espaço a ser conquistado e isso é um trabalho permanente que temos que realizar a todo instante.
Típica: Como é sua rotina? Célia Leão: Minha rotina fica entre Campinas e São Paulo. Praticamente estou todos os dias na Capital paulista, na Assembleia Legislativa, onde as questões políticas que envolvem nosso Estado são discutidas e colocadas em prática. Além disso, temos inúmeros eventos que envolvem as questões legislativas e partidárias que me obrigam a esticar ainda o meu dia e isso é uma constante na minha agenda. Mas, como já disse, graças a uma agenda bem estruturada faço isso tudo com harmonia e tranquilidade.
Típica: O que significa a família para você?
Típica: Como anda a vida na
política? Conte um pouco do presente e os planos futuros. Célia Leão: A vida política anda bem agitada, especialmente agora em 2012, quando teremos as eleições municipais em todo o Brasil. Em nossa base, ou seja, a região de Campinas, as questões políticas ganharam destaque especial devido às denúncias de corrupção e à cassação do prefeito e vice-prefeito de Campinas. Por isso estamos trabalhando forte para mudar este cenário, com bons candidatos do nosso partido, o PSDB, e o nosso apoio ao PSB para a prefeitura de Campinas. Não está fácil, mas certamente, com trabalho sério vamos construir juntos um futuro mais digno para todos nós. Típica: Como é ser mulher na política? Célia Leão: A política é um campo que necessita da participação tanto masculina quanto feminina. Felizmente isso está se tornando cada vez mais claro ao longo dos anos e temos conquistado nosso espaço de direito. Os problemas e as demandas são as
mesmas que enfrentam os homens, porém, temos que fazer mais e melhor, sempre. Típica: O que mudou em sua vida antes e depois do acidente? Célia Leão: Depois do acidente, quando fiquei paraplégica, virei cadeirante, como dizem, tudo mudou. Mas o que importa mesmo não é se podemos andar ou não, o que importa é a vida e o que fazemos dela e o que podemos fazer para melhorar a vida dos outros. E tenho certeza, estou fazendo o melhor possível e os nossos sete mandatos, um de vereadora e outros seis de deputada estadual podem comprovar tudo isso. Típica: Como aconteceu o acidente que a deixou na cadeira de rodas? Célia Leão: Naquela época, em 1974, era muito jovem. Estava indo pela Rodovia Pedro Taques (litoral paulista), na época, mal conservada. Chovia bastante. Perdi o controle do carro e o capotei.
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Foto: Arquivo pessoal - Deputada e os filhos quando pequenos, passeiam na Lagoa do Taquaral, Campinas
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Típica: Você culpou alguém na época por isso? Conte um pouco dos seus sentimentos durante esse momento.. Célia Leão: Não culpei ninguém, exceto a mim mesma. No começo não foi fácil para nenhum de nós, especialmente para o meu pai Cândido que, mesmo com longa experiência na área médica, não suportava ver a filha naquele estado. Os amigos e família passaram a dar a maior força na tentativa de amenizar o problema. Acabei indo até mesmo para a Europa em busca de tratamento que pudesse reverter a lesão mas, claro, acabou não dando certo, pois as lesões na medula são irreversíveis. Assim, acabei me agarrando às esperanças de ter uma vida mais próxima do normal, entrei para a militância dos direitos das pessoas com deficiência e hoje estou aqui, como uma referência nesta luta. Não há nenhum mal do qual não podemos tirar nenhum proveito. Típica: Quais as maiores dificuldades que enfrenta (ou já enfrentou) na vida? Célia Leão: As dificuldades são as mesmas de sempre, principalmente por ser mulher, portadora de uma deficiência e estar dentro da política. As cobranças são muitas, as demandas não param de chegar. O problema da acessibilidade, que é uma das nossas bandeiras dentro da Assembleia Legislativa de São Paulo, ainda é um dos principais e maiores obstáculos que eu e a maioria das pessoas com alguma deficiência ainda enfrentamos. Mas estamos trabalhando forte neste sentido, ou seja, não inclusão social possível sem a promoção da acessibilidade. E venceremos esta luta. Típica: Você se considera uma personalidade? Como é lidar com a situação? Célia Leão: Nunca me considerei uma personalidade, sou apenas uma cidadã que opto pela vida pública e é claro que
Foto: Arquivo pessoal - Deputada e os atletas paraolimpicos. Entre eles a nadadora campneira Fabiana Sugimori, medalha de ouro nos jogos de 2004.
isso implica em estar constantemente sob os olhares da sociedade e os holofotes da mídia. A melhor maneira de lidar com isso é mostrando trabalho, seriedade, ética e compromisso com a população. Típica: De tudo que viveu até hoje, do que mais se arrepende ter feito. E também não ter feito? Célia Leão: Ao longo dos meus 56 anos de vida muita coisa eu pude fazer e muitas outras não me foi possível fazer ou conquistar. Não me arrependo de nada, apenas continuo meu trabalho com a certeza de que tudo o que foi feito está dentro daquilo que era possível fazer, e o que ainda não pude fazer será, certamente, conquistado ao longo do tempo. Não existe fracasso, o que existe é a falta de dedicação ao trabalho. Típica: Um conselho (ou uma frase) a todas as mulheres. Célia Leão: Nunca desistam de seus sonhos. Somos capazes de tudo e podemos conquistar tudo aquilo que o nosso coração deseja. Típica: Um conselho (ou uma frase) a todas as mães em comemoração ao Dia das Mães 2012. Célia Leão: Só há uma coisa mais bela no
mundo do que a mulher: a mãe. Típica: Deixe uma mensagem a todos os leitores da Típica. Célia Leão: A todos os leitores e amigos desta importante revista desejo um feliz Dia das Mães. Que a paz faça moradia em seus corações e que Deus conceda a saúde e a alegria para cada um de vocês. A construção de uma sociedade melhor para todos nós também passa pela informação e a Típica vem fazendo seu papel de maneira sóbria, com respeito e dedicação permanentes. E isso só merece o nosso aplauso. Típica: Fique a vontade para acrescentar o que desejar de informação. Célia Leão: Aos leitores, amigos, jornalistas e parceiros da revista Típica quero aproveitar a oportunidade para reiterar que estamos com as portas do nosso gabinete abertas sempre para todos. Juntos somos sempre mais fortes e São Paulo precisa da nossa união e trabalho. Quem puder visite nosso site (www.celialeao.com.br) ou faça uma visita ao nosso escritório político em Campinas. Teremos o maior prazer e o maior carinho em recebê-los.
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CIDADES
ESPECIAL HORTOLÂNDIA 21 ANOS Estação Ferroviária Jacuba: Patrimônio Cultural Municipal de Hortolândia texto | Gustavo Esteves Lopes, Bacharel e Mestre em História Social pela USP. Pesquisador do Centro de Memória de
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Hortolândia. Agente Cultural Concursado – Prefeitura Municipal de Hortolândia.
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Reprodução em ilustração, Estação de Jacuba ano de 1918 - Crédito: Tatiana Santos
T
odas e quaisquer comunidades são possuidoras e usuárias de bens culturais de diversos matizes: edificados, móveis, naturais, arqueológicos, imateriais. Estes bens culturais representam e interagem com as experiências, passadas e presentes, destas respectivas comunidades. Tais experiências, passadas e presentes, moldam as memórias e identidades das quais essas comunidades são processualmente imbuídas, de maneira que estas se constituem enquanto cerne da produção e/ou apropriação daquilo que são denominados bens culturais. Passíveis de novos usos e outras
atribuições estéticas e socioeconômicas, os bens culturais, quando em situação de precariedade infraestrutural e desvirtuação dos sentidos tradicionais de manifestações emanadas dessas comunidades, dependem de ações de defesa e preservação, para que estes sejam revitalizados e imunes a intempéries e interesses particulares ou escusos. Estas ações de defesa e preservação de bens culturais, uma vez partidas do poder público, são entendidas como ações de “salvaguarda”; e que, para tanto, é necessário, pois, viabilizar decretos e promulgações que tornem estes bens culturais, sobretudo aqueles edificados, naturais e imateriais, como objetos de interesse público, e, por fim, patrimônios
culturais. Ou seja, nem todos os bens culturais são considerados patrimônios: somente os são aqueles que passaram por uma libação legal e institucional, a fim de serem “salvaguardados”. Apesar de haver uma “filtragem” para a seleção daqueles bens culturais que merecem ou necessitam, por urgência/emergência, de seu tombamento ou registro enquanto patrimônios culturais, tais localidades e comunidades também são e devem ser responsáveis pela defesa e preservação de seus bens culturais. Neste sentido, o município de Hortolândia vem desenvolvendo ações patrimoniais para a salvaguarda de seus bens culturais há quase duas décadas. Declarações de “defensores do patrimônio
cultural”; decretos de “áreas de interesse público”; decretos de “tombamento de bens culturais” foram algumas das poucas, mas necessárias, ações institucionais do poder público municipal, neste âmbito legal. Dentre os diplomas mais relevantes no que concerne à ação cultural patrimonial em Hortolândia, citem-se: o tombamento do edifício da antiga Estação Ferroviária Jacuba (decreto n°1.150/2003) e o recém firmado “termo de cessão provisória gratuita” deste patrimônio ao poder público municipal para fins culturais e turísticos, por parte da Superintendência do Patrimônio da União em São Paulo, responsável pelo antigo patrimônio industrial e ferroviário da extinta Rede Ferroviária Federal S.A (processo n°0497.039110/2008-41, Secretaria do Patrimônio da União). Deve-se compreender que a Estação Ferroviária Jacuba, no contexto do Sistema Nacional do Patrimônio Cultural (SNPC) e da vigente Lei Federal n°11.483/07, é patrimônio cultural partícipe da memória ferroviária e industrial nacional, e passível de ser cedido pela SPU ao poder público municipal, em vista do desinteresse do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) não declarar e constituir interesse em administrar
diretamente o referido patrimônio. A Estação Ferroviária Jacuba, e outras duas benfeitorias pertencentes ao patrimônio da extinta “Companhia Paulista de Estradas de Ferro”, foram construídas em povoado homônimo, localizado no antigo distrito de Santa Cruz, Campinas, entre os anos de 1916 e 1917. A área adquirida pela referida Companhia, cedida pelo poder público (por meio da Lei Provincial n°44/1869), era inicialmente de 1340m², sendo esta finalmente ampliada para 5.077m², após a compra de 3.737m² de terras então pertencentes ao casal Antônio Gomes Beato e Maria de Jesus, ao preço de R$1:494$800, firmada na Comarca de Campinas a 19 de Abril de 1916, e cuja escritura se encontra no Livro 34, fls. 3234, do 3° Tabelionato de Transcrição de Imóveis deste município. O edifício utilizado como Estação Ferroviária fora construído em uma área de 123,5m², ao passo que outras duas benfeitorias, utilizadas como moradias, em áreas de 52,5m² e 45,75m², respectivamente. Todas estas edificações foram construídas em alvenaria e cobertura de telhas de barro, com presença de instalações elétricas e hidráulicas. A 1° de Abril de 1917 fora inaugurada
a Estação Ferroviária Jacuba, 42 anos após a inauguração da linha-tronco JundiaíCampinas, a qual, com o passar dos anos, fora paulatinamente estendida a outras localidades do Oeste Paulista. Nesta área da então recém construída estação, já havia em funcionamento um posto telegráfico da Cia. Paulista. A exata localização da estação e entorno está entre o Km62+552,5m e o Km62+780,5m da referida linha-tronco, em área que jamais chegou a tocar as margens do Ribeirão Jacuba. A partir de sua inauguração, a Estação Ferroviária Jacuba se tornara o marco referencial do povoado homônimo para seus moradores do povoado e visitantes alhures. Tornarase o mais prático e acessível meio de transporte para uma população demasiado distante de seu distrito-sede, Campinas, como de qualquer outra localidade. Apesar de estradas vicinais existirem desde a época em que as redondezas de Jacuba serviam de pouso para tropeiros que perfaziam trechos paralelos aos seculares “Caminhos dos Goyazes”, como o que ligava Campinas a Monte Mor, o isolamento geográfico desta população era um caso de carência infraestrutural e logístico gravíssimo, o qual fora relativamente aliviado com a
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Antiga Estação Ferroviária de Hortolândia (Estação Jacuba). Fotos: Anderson Zotesso Rodrigues, jornalista, agente cultural concursado Prefeitura Municipal de Hortolândia.
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Antiga Estação Ferroviária de Hortolândia (Estação Jacuba). Fotos: Anderson Zotesso Rodrigues, jornalista, agente cultural concursado Prefeitura Municipal de Hortolândia.
construção da estação Ferroviária, e posteriormente com o desenvolvimento da indústria automobilística. Até a chegada de empreendedores pioneiros, como o senhor João Ortolan, ao povoado, a Estação Ferroviária Jacuba não somente servia para o embarque/desembarque de passageiros e posto telegráfico, como também para milhares de cabeças de gado que ali embarcavam/desembarcavam, de maneira que isto se consolidava como um dos principais alentos econômicos para o carente povoado. Esta era uma das principais marcas de Jacuba, que também faziam do entorno da Estação Ferroviária área seja para se fazer comércio, passear, namorar ou, simplesmente, contemplar o fluxo diário de gente e de gado. No auge das atividades da Estação Ferroviária Jacuba, uma vez inserida nas extensas e seguras malhas do Estado de São Paulo, entre as décadas de 1950 e 1960, o então distrito de Hortolândia – então ligado ao recém emancipado município de Sumaré, ex-Rebouças, entre 31 de dezembro de 1953 e 19 de maio de 1991, ano em que também conquistara sua emancipação – deixara para trás seu passado de extremo isolamento geográfico (como assim ocorrera principalmente até 1917), para se tornar dinamicamente um relevante polo industrial
na crescente região metropolitana de Campinas. Particularmente sobre a estação ferroviária Jacuba, nenhuma intervenção infraestrutural drástica ocorrera em quase 100 anos de existência destas edificações, sendo estas mantidas em ótimo estado de manutenção e conservação até a extinção da antiga Cia. Paulista, cujo patrimônio fora transmitido à Ferrovia Paulista S.A. (FEPASA), a qual também incorporara todo Prefeitura da Cidade de Hortolândia patrimônio documental, móvel e imóvel (industrial e ferroviário) desta e de outras companhias, como a “Estrada de Ferro Sorocabana”, “São Paulo Railway” e “Estrada de Ferro Mogyana”. Em processo de sucateamento e endividamento, o transporte ferroviário destas pioneiras estradas paulistas, administrado pela FEPASA entre 1971 e 1998, e em seguida pela também extinta Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA) até 2007, limita-se hoje quase exclusivamente à logística de cargas pesadas, transmitidas a empresas privadas. Foram muitas as tentativas, frustradas, de reativação da Estação Ferroviária Jacuba, entre as décadas de 1970 e 1990, de maneira que seu fechamento definitivo se dera a meados de 1996. Resistente às intempéries, e vítima
de depredações e invasões perpetradas por desabrigados e ex-funcionários da antiga FEPASA, a Estação Ferroviária Jacuba, certamente, não funcionará mais como edifício destinado à sua atribuição inicial. Há que se lamentar por isto, pois Hortolândia está intimamente ligada à história do transporte industrial-ferroviário brasileiro, inclusive como filial de diversas empresas voltadas para a construção e manutenção de vagões e eixos férreos (i.e., as extintas Cobrasma S.A e Braseixos S.A., e, atualmente, a Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles – CAF S.A.). Munícipes de Hortolândia convivem diariamente com as inúmeras idas e vindas de trens cargueiros, na linha tronco de bitola irlandesa de mão dupla, com 1.676mm de largura cada uma. Imagem recorrente em diversos pontos do município é o inevitável congestionamento junto aos numerosos cruzamentos, criado pela lenta passagem dos trens cargueiros. É também costume no município pessoas manterem a imprudência de caminharem pelas linhas férreas, apenas para encurtar distâncias (alguns dos motivos de acidentes fatais e trágicos que marcam a memória ferroviária local, e que ocorrem desde há muito tempo). Mas boas lembranças da Estação Ferroviária e dos trens ainda são marcantes na memória de seus
por seus pesquisadores já estão em andamento, antevendo-se e se preparando para o momento de sua transferência e funcionamento nas edificações da antiga Estação Ferroviária Jacuba. É importante ressaltar o aporte paisagístico que receberá o entorno das edificações, para este se tornar um ponto de encontro com finalidades turísticas e culturais, em benefício, sobretudo, à própria população munícipe – local este que irá se somar aos outros parques socioambientais municipais construídos no decorrer das últimas gestões públicas, como medida urgente para a melhoria da qualidade de vida da população local hortolandense. Para tanto, fora celebrado contrato de repasse de verbas, datado de 7 de dezembro de 2010, firmado entre o Ministério de Turismo, representado pela Caixa Econômica Federal, e a Prefeitura Municipal de Hortolândia, para que a reforma/restauro da estação e entorno sejam viabilizados. Em termos de valores financeiros exclusivos para o referido
restauro/reforma, o ministério repassou ao município R$292.500,00 à prefeitura, cuja contrapartida fora de 157.500,00. No que tange ao mobiliário e demais equipamentos destinado ao Centro de Memória de Hortolândia, ainda é necessário que seja elaborado projeto técnico específico a esta futura necessidade. Espera-se que a exposição de alguns dados técnicos legais, agrimensores,
arquitetônicos,
culturais,
históricos, propriamente ditos, possa revelar aos leitores da presente revista Típica o esforço das seguidas gestões públicas em tornar este patrimônio cultural municipal algo em real e plena interação junto à comunidade local. Espera-se que a antiga
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munícipes mais antigos – mas marcantes que fatalidades e frustrações. Firmado o “termo de cessão provisória gratuita” desta área de 5.077m², e das benfeitorias nela localizadas, sendo a principal destas o edifício da Estação Ferroviária Jacuba, essa área será inteiramente revitalizada, e receberá novas atribuições e usos, frente à relevância histórica, cultural e dentitária do referido patrimônio cultural municipal de Hortolândia. Assim, por meio de projeto arquitetônico de restauro/reforma das edificações e entorno (o qual atenderá todos os requisitos de acessibilidade e sustentabilidade ambiental/paisagística, e que se encontra em viabilização), a Prefeitura Municipal – e, por sua vez, a Secretaria Municipal de Cultura – implementará nessas edificações a sede definitiva do Centro de Memória de Hortolândia (órgão público criado pelo decreto-lei municipal n°225/1994). Este órgão há pouco mais de um ano vem deixando de ser “letra morta”, de maneira que projetos culturais elaborados
Estação Ferroviária Jacuba se consolide o quanto antes enquanto patrimônio cultural municipal entendido e vivenciado como lugar de memória e identidade; e, mesmo, simplesmente, como ambiente sugestivo e agradável para o entretenimento de
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munícipes e visitantes.
Esses 21 anos passaram tão rápido... Parece que nem os carros equipados com o nosso câmbio esportivo deram conta de alcançar. Uma homenagem da Magneti Marelli ao aniversário de Hortolândia.
EM FOCO
SEGURA PEÃO!
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8ª Festa do Peão de Hortolândia comemora evolução
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O
“boom” econômico que a cidade
vip, arquibancada e tendas musicais. Todos
respeito a público presente. Tamanho é o
de Hortolândia encontra-se é
em um melhor posicionamento e disposição
sucesso que alcançamos a cada ano que
favorável ao conjunto estrutural
para visualização dos shows, tudo em prol
duplas que estão fazendo sucesso mundial
do aconchego e bem estar do público.
se apresentam em Hortolândia em cinco
que move todo este desenvolvimento, haja
incríveis noites. Isto valoriza a região.
vista o crescimento e implantação de novas
Ao decorrer dos anos estamos
e gigantes empresas do mercado industrial
adquirindo experiência para o progresso
Acreditamos que é sempre muito
brasileiro, bem como a vinda de importantes
necessário, com isso tornamos o rodeio uma
inovador, a cada ano, fazemos mais
empresas estrangeiras em nosso território
tradição na cidade. Todos os anos o evento
parceiras que contribuam para as mudanças
hortolandense.
ocorre junto ao aniversário de Hortolândia
e melhorias que ocorrem na festa. A cada
que agita a cidade em um clima de festa,
evento, novos obstáculos são superados,
Dessa mesma forma, é visível toda melhoria que participamos e produzimos
alegria e grande comemoração.
durante os oito anos da Festa do Peão de
A parceira da Prefeitura é de
Hortolândia. A equipe de organização busca
grande importância para ambas as partes,
avanços ao longo desta data, procurando
tanto pelo apoio dado à festa como pela
aperfeiçoar as técnicas precisas, além de
arrecadação de alimentos as doações às
proporcionar entretenimento à população
famílias necessitadas, que ocorre na primeira
hortolandense e região.
noite do evento.
Neste ano a tecnologia estará
Os
shows
são
excelentes.
A
ainda mais presente nos painéis digitais,
medida que cresce o público, crescem as
no ampliação da área de circulação, no
possibilidades de melhor aquilo que já é feito
aumento do número de camarotes, área
com dedicação, trabalho, profissionalismo e
desafios são vencidos, parcerias fechadas e acima de tudo o melhor aos presentes em cada noite do evento. O trabalho é árduo, cansativo, mas a satisfação e o sucesso no final valem muito a pena. Parabéns Hortolândia por seus 21 anos. “Aproveitem” bom Rodeio a todos! Eduardo Machetti Empresário , formado em Educação Física, organizador do Rodeio de Hortolândia.
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