Revista Típica Condomínio - Edição 06

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Típica condomínio

ANO 2 | EDIÇÃO 06 | DEZEMBRO DE 2012 Americana | Hortolândia | Nova Odessa Paulínia | Sumaré WWW.REVISTATIPICA.COM.BR

Cuide Bem Como é possível adequar os espaços do condomínio a acessibilidade universal.

Minha Casa

Sustentabilidade

presente na hora de mudar, reformar ou decorar.


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Editorial Caríssimos amigos condôminos e síndicos! Chegamos na 6ª e última edição da Típica Condomínio no ano de 2012. Não foi fácil, mas chegamos até aqui com muita garra, trabalho, força de vontade e objetivo, levando a realidade e dicas necessárias ao bem estar e qualidade de vida de quem mora em condomínio. Na seção Minha Casa preparamos uma matéria super especial e exclusiva com o renomado arquiteto Gustavo Calazans. Em parceria com a Leroy Merlim e outros importantes clientes, ambos vêm desenvolvendo projetos 100% sustentáveis, tendo como objetivo a beleza e a sustentabilidade como palavras chaves. Os resultados têm sido reveladores e de grande repercussão, visto que o que chamamos de lixo (na maioria das vezes) podem ser excelentes utensílios de decoração. Acompanhe essa matéria e veja como condôminos e condomínios podem adaptar o dia a dia com pequenos ajustes e remodelagem de tudo o que pode ou não ser considerado lixo. Basta apenas uma nova forma de enxergar as coisas. Em Cuide Bem, veja os espaços comuns que podem ser adequados quando o assunto é acessibilidade universal. No Você Síndico, as revelações e desabafos de Rony Carlos, um jovem síndico que passa por situações engraçadas, entretanto que com jogo de cintura acaba contornando as

A Revista Típica Condomínio é uma publicação bimestral da Editora Seta Regional. Circula nas cidades de Sumaré, Hortolândia, Nova Odessa, Americana e Paulínia no estado de São Paulo, com tiragem de 15 mil exemplares. Mais informações sobre a publicação podem ser encontradas no site www.revistatipica.com.br Edição, Administração e Publicidade: Editora Seta Regional Rua Joaquim de Paula Souza, 05 Jd. Yolanda Costa e Silva - Sumaré/SP Cep: 13172-210 Tel.: (19) 3873.1745 setaregional@setaregional.com.br Site: www.revistatipica.com.br Diretoria Executiva Andressa Pirschner Assunção andressa@setaregional.com.br Leandro Ribeiro leandro@setaregional.com.br Editora Chefe Andréia Dorta, MTb: 52.196 andreia@setaregional.com.br Edição de Arte/Diagramação/Ilustração Edinelson Cristiano Prazer edinelson@setaregional.com.br Tatiana Santos tatiana@setaregional.com.br Atendimento/Comercial Leandro Ribeiro leandro@setaregional.com.br Administrativo/Financeiro Andressa Pirschner Assunção financeiro@setaregional.com.br Sinara Souza sinara@setaregional.com.br

situações. Aproveitamos o ensejo para desejar a concretização dos melhores sonhos para 2013, e que em cada detalhe a felicidade possa ser alcançada. Além disso, desejamos que cada momento seja vivido como um milagre, aprendendo o que há de melhor: viver sempre cada dia como se fosse o último. Até ano que vem e boa leitura!

Impressão Gráfica Mundo Digital Assessoria Contábil Exato Contabilidade Importante As informações contidas nesta revista são para fins educacionais e informativos. A Revista Típica Condomínio não se responsabiliza pela utilização inadequada das informações aqui veiculadas, nem pelas opiniões de nossos colaboradores e anunciantes. “Tudo posso naquele que me fortalece” Filipenses 4: 13

Andréia Dorta

Editora Chefe



Sumário Você Síndico Rony Carlos revela as dificuldades e os caminhos encontrados na solução de problemas.

Minha Casa Na hora de decorar, mudar ou reformar, tenha a sustentabilidade de forma bonita e prática dentro do seu lar.

Cuide Bem Saiba como adequar os espaços do condomínio a acessibilidade universal.

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Você Síndico “Bom censo para as decisões dos condôminos” Texto por: Andréia Dorta

Rony Carlos Zacharias 35 anos, solteiro e síndico do Condomínio e Edifício João Milani em Campinas

Quando surgem as adversidades, o jeito é reverter a situação.

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ão existe fórmula mágica para resolver um impasse de opiniões. No final das contas, alguém acaba saindo chateado, entretanto, quando a situação ocorre nas decisões de uma comunidade, nesse caso de um condomínio, o que prevalece é o bom censo e normalmente é o síndico que toma as rédeas do momento. Sendo ele o escolhido para estar a frente da administração do condomínio, cabe a ele tentar amenizar a situação e escolher o melhor caminho mediante ao que for melhor ao bem estar do condomínio. Para Rony Carlos Zacharias, 35 anos, solteiro e síndico do Condomínio e Edifício João Milani em Campinas, assumiu a empreitada a pedido da subsíndica do antigo mandato. “O ex síndico deixou o prédio e a subsíndica, já idosa, me pediu auxílio, já que não tinha acesso a informática e não gostaria de administrar tudo sozinha. Achei interessante e um desafio muito grande. Aceitei o cargo e estarei nele até Fevereiro do ano que vem”, declara Rony. Como experiência, o avô passou algumas dicas, visto que desempenhou a função por 10 anos em outro condomínio na cidade. “Ele me disse que ser síndico nem sempre é agradável, pois exige, além da responsabilidade, muita paciência, pois uma das maiores complicações é lidar com várias opiniões ao mesmo tempo e na hora de optar por esse ou aquele caminho, tentar agradar a todos, mas isso é quase impossível. Pretendo ficar até terminar o que o antigo síndico começou e também finalizar o que comecei. Acredito que tudo dê certo”, desabafa o jovem síndico.

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Mediante aos mais diversos problemas enfrentados, Rony tem demonstrado um bom jogo de cintura. “São apenas 12 apartamentos e nem todos participam das reuniões, mas o que vão tentam fazer o melhor. Sinto que o maior problema realmente é lidar com cada um deles, pois quando cada um quer fazer do seu jeito é um Deus nos acuda, mas no final tentamos a conciliação e tudo fica bem. Alguns ainda me vêm apenas como um empregado, mas não ligo para isso não. Faço o melhor que posso. Me oriento pelas leis, atas e regulamentos e se não consigo resolver, apelo para alguns advogados com as orientações necessárias em cada situação”. Um dos momentos mais engraçados até hoje aconteceu quando houve a necessidade de resolver o problema do jardim da frente. “Durante anos a subsíndica queria concretar a frente, dizendo que a água do terreno estava fazendo o prédio afundar. Chamei um engenheiro civil, formado pela Unicamp, e com mais de 10 anos de Odebrecht, que me orientou sem custos a fazer um jardim. E refazer a frente que valorizaria o prédio. Fizemos isso e o jardim deu um charme na fachada do prédio. O engraçado é que no final das contas todos ficaram satisfeitos com o novo jardim”. Rony revela que algumas pequenas atitudes, no caso do Condomínio e Edifício João Milani, poderiam aumentar o fluxo do bom trabalho como o pagamento do condomínio em dia, o respeito com os vizinhos, o seguimento a risca das leis e normas do prédio e a limpeza do pedaço em frente a porta de cada condômino. “São coisas bobas, mas que alguns moradores têm dificuldade em cumprir e isso acaba interferindo no bem estar do conjunto. Acredito que uma boa conversa resolve tudo, mas ambos os lados têm que estarem abertos as colocações, sejam elas boas ou não tão boas. Com um bom diálogo tudo fica resolvido”, desabafa Rony.

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Minha Casa

Texto por: Andréia Dorta

Sustentabilidade com máxima transformação e mínima intervenção Veja como isso é possível e prático dentro do seu lar com a ajuda de Gustavo Calazans Créditos: MCA Estúdio.

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a teoria a sustentabilidade nunca foi tão discutida nos últimos anos, no entanto na prática, a realidade é outra. E para nos auxiliar nessa urgência mundial, ninguém melhor do

que um profissional para falar do assunto. Fizemos uma entrevista com Gustavo Calazans, um dos melhores arquitetos do país. Em parceria com a Leroy Merlim, e outros clientes, tem desenvolvido grandiosos projetos, revelando truques e facilidades na hora de mudar, decorar, reformar ou ainda adequar os espaços da casa, do apartamento, enfim, de qualquer cantinho que necessita de uma mudança. A hora de praticar sustentabilidade é agora. Típica: Como é possível os condomínios (vertical ou horizontal) contribuir com a sustentabilidade no dia a dia? Gustavo Calazans: A sustentabilidade se tornou um conceito disseminado por todos. Há um descompasso entre a consciência que temos hoje e a implementação efetiva de técnicas e tecnologias que nos permitam gerar menor impacto ao meio ambiente. Devemos lembrar aqui que o conceito de sustentabilidade, como a definição da palavra já nos indica, não tem a ver necessariamente com esta redução de impacto - ele fala sobre a possibilidade de sustentarmos uma situação ao longo do tempo, tem a ver com a perenidade das coisas. Os condomínios por se tratarem de unidades coletivas de organização habitacional devem prever que as fontes de energia e de recursos naturais tendem a ficar cada vez mais escassas e caras. Com isto, todas as atitudes que puderem fazer para dependerem menos destes recursos, melhor para o custo de manutenção deste empreendimento. - reservatório de água pluvial; - mini estação de tratamento de esgoto para uso de água de reuso em vasos sanitários e para a rega de jardim (mesmo uso que podemos fazer com a água do reservatório de água pluvial) - caixa

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umidade do ar; - ventilação cruzada nos ambientes - uso de elementos vazados, volumetria que permita que as correntes de ar possam perpassar as unidades habitacionais sem que a construção se transforme em um paredão; - sistemas de geração de energia elétrica e de aquecimento de água através da matriz de energia solar; - sistemas de iluminação que faça uso de leds - lâmpadas de menor consumo e maior durabilidade; - iluminação das áreas coletivas externas com sistemas solares; - manutenção da vegetação nativa e plantio de vegetação com liberação de áreas ajardinadas num percentual maior do que 15% do total da área do empreendimento; Créditos: MCA Estúdio.

- pisos drenantes nas áreas externas que permitam maior permeabilidade do solo e evitem além de enchentes a morte da

d’água de reuso;

vegetação nativa nas áreas que o piso exterior for realmente fun-

- telhado verde - redução de temperatura dos ambientes e me-

damental;

lhoria das condições climáticas urbana; - terraços, varandas e brises que regulem a insolação dos am-

Típica: De que forma é possível reformar um apartamento dei-

bientes nas faces mais quentes;

xando-o mais próximo da sustentabilidade?

- jardins verticais e ajardinamento nas varandas para arrefeci-

Gustavo Calazans: No caso de um apartamento, a prática sus-

mento das temperaturas internas dos ambientes e aumento da

tentável se limita aos preceitos da arquitetura de interiores susten-


tável - a não ser que seja uma ação orquestrada pelo próprio condomínio. E devemos sim pensar que estas alterações estruturais nos condomínios verticais é aconselhável se pensarmos no panorama que estamos antevendo ai acima, com algumas práticas possíveis: - A primeira delas é a de fazermos um projeto acertado, coerente com as necessidades e anseios do morador, para que este seja perene. Nada mais insustentável do que um projeto que seja refeito várias vezes. Claro que podemos errar, mas devemos ser mais conscientes nas nossas escolhas e amadurecer nossos desejos para que estes não antagonizem muito rapidamente com novos desejos. - Decorrente deste primeiro item, descubra quem você é e o que você gosta. Pode parecer uma coisa fácil, mas não é. Somos todos muito contraditórios e olhar para este paradoxo é fundamental para nos entendermos e sabermos qual o estilo de casa que vai funcionar para a nossa personalidade e o nosso cotidiano. - Uma forma de fazermos isto é cuidarmos para que a ousadia seja aplicada somente nos itens que você, após longa reflexão, imagina que poderá suportar por um tempo maior. Caso você esteja em dúvida, use cores ousadas nas paredes - já que a pintura não é tão trabalhosa e nem tem tanto impacto - ou nos acessórios. Evite ousar em itens muito estruturais se você não estiver muito certo disto. - Escolher sempre que possível ações que diminuam a geração de resíduos - demolição de piso e contrapiso, por exemplo. Se você puder aproveitar os pisos existentes, tanto melhor. Caso realmente queira trocar, pense em opções que possam ser aplicadas sobre os pisos existentes - exemplo laminado melamínico, pisos laminados, pisos vinílicos. - Aproveitar ao máximo os recursos existen-

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Créditos: MCA Estúdio.

tes - acabamentos que possam ser explorados através da revelação de tijolos existentes, estruturas existentes, etc. - Pensar na ventilação e iluminação natural, buscando integrar ambientes que predisponham o imóvel para a ventilação cruzada e a mínima necessidade de iluminação artificial. Típica: E como funcionaria essa reforma sustentável no caso de uma casa? Gustavo Calazans: No caso de uma casa temos condições de alterar os sistemas de aquecimento de água e de geração de energia elétrica a partir da matriz solar, a implantação de um sistema de reuso de água tanto do reservatório de água pluvial quanto do tratamento da água servida. todas os elementos exterioes, tais como os brises, abertura de vãos que permitam ventilação cruzada, elementos vazados, pisos drenantes e ajardinamento das áreas exteriores são ações mais difíceis no caso de uma reforma de apartamento, pois no geral implicam em mudanças estruturais de todo o condomínio e não apenas da unidade habitacional. Típica: Do suposto “lixo”, o que pode normalmente ser reaproveitável na decoração do apartamento ou da casa? De que forma o condômino pode colocar isso em prática? Gustavo Calazans: Se eu falar exemplos isolados, provavelmente vou res-

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tringir a liberdade e criatividade das pessoas. Mas só para dar um exemplo: vasos sanitários podem se transformar em vasos de plantas, podem ser pintados e decorados - afinal eles já são vasos né (risos); pneus podem ser usados para conter encostas e taludes e ajardiná-los; o entulho gerado pode ser utilizado em enchimento de vazios de lajes; tijolos retirados de uma parede podem ser reaproveitados em outra - ou mesmo em outra unidade habitacional. O mesmo vale para tacos, azulejos e outros revestimentos que se consiga remover. Se saírem quebrados pode-se fazer mosaicos ou o piso de madeira no caso de tábuas pode ser usado para fazer brises e outros elementos de marcenaria. A ideia é mudar o conceito do que seja lixo. O que não tem uso para mim pode ser muito útil para os demais. Uma atitude muito legal nos condomínios seria criarmos uma central de trocas, onde as pessoas possam colocar itens que serão descartados por eles - em uma reforma ou mesmo no dia a dia, brinquedos, livros, roupas - e estes itens possam ser trocados entre os vizinhos. Isto inclusive pode criar uma sensação de coletividade tão em falta hoje em dia. Típica: Hoje, o que há de novidade no mercado para quem deseja aderir a moradia sustentável? Gustavo Calazans: Eu diria que mais do que produtos e serviços, a principal novidade no setor nos mostra que tão importante quanto avaliarmos a origem dos produtos que utilizamos e sua cadeia produtiva e de aderirmos as técnicas e ecnologias que nos permitam reduzir consumo de recursos e energia, é a noção de que temos que ser conscientes nas nossas escolhas e temos que restringir o desejo aspiracional que muitas vezes nos propõe adquirir coisas que não precisamos só para que nos sintamos parte de um grupo. Temos que tentar esta sensação de pertencimento por um viés mais humano e sustentável.


Cuide Bem

Texto por: Andréia Dorta

O direito de ir e vir A acessibilidade universal dentro dos condomínios é garantida por lei

O

artigo 5º da Constituição Brasileira diz que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”. O inciso XV desta Constituição, datada em 1988, garante que “é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens”. Induzindo tal artigo à realidade de quem vive em condomínios, a situação em alguns aspectos é distorcida e totalmente alheia a necessidade de seus moradores. Seja no condomínio vertical ou horizontal, nos deparamos com algumas dificuldades quando o assunto é acessibilidade universal. O termo, um tanto generalizado e complexo, tem por finalidade garantir procedimentos práticos e acessíveis a todos os moradores, independente de sua condição física. Um exemplo bem prático são pessoas que moram depois do 2º andar, cujas subidas e descidas são feitas cotidianamente pelas escadas pela falta de um elevador. Isso não remete apenas as situações que envolvem pessoas com algum tipo de deficiência física, mas qualquer um que, por um ou outro motivo, carregam a dificuldade de

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exercer a subida e descida das escadas: um idoso; uma criança com a perna fraturada; as compras do mercado; a chegada de um móvel novo ou ainda possíveis mudanças de condôminos, esteja ele saindo ou chegando no condomínio. A situação é bem crítica e poucos condomínios em todo território brasileiro oferecem o pacote completo no quesito acessibilidade segundo o sindicato do setor. O fato é quem sempre a situação ocorre por falta de administração ou por culpa do síndico. Ora são os próprios condôminos que impedem a implantação de projetos em função das possíveis melhorias a eles mesmos. Quantas vezes você já não ouviu alguém ou até mesmo seu vizinho comentar algo do gênero e ouvir aquela frase “mas vai ficar feio”. Ou ainda uma frase pior e sarcástica: “porque fulano não vai morar em uma casa”. A questão não é essa. Quando se mora em uma comunidade, vence a lei do bom senso e da democracia e tudo gira em torno do bem comum, ou seja, todos devem (ou deveriam) se sentirem satisfeitos e ganhadores da causa diante a um impasse. Nem todos serão contemplados, entretanto no assunto acessibilidade todos os cuidados, projetos e detalhes merecem total atenção de todos os envolvidos, desde o administrador aos condôminos. Outra fonte que ajuda na conscientização das benfeitorias da acessibilidade é a Lei 10.098, criada no ano 2000. A lei decreta “normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com


mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação”. Nos capítulos IV e V várias citações trazem a realidade dos condomínios e edifícios, entre elas o seguinte: “percurso acessível que una as unidades habitacionais com o exterior e com as dependências de uso comum”. Colocando a necessidade de forma prática, é necessário repensar a instalação de rampas, corrimão ou passagens de nível, facilitando a circulação de cadeirantes, bem como idosos e pessoas obesas; instalação de elevador, plataformas ou cadeira elevatória de escada; átrios, ascensores, escadas antiderrapantes com corrimões; entre outras ações concretas. Segundo o Código Civil “a realização de obras de alteração nesses espaços comuns carece de aprovação da maioria qualificada do condomínio, mesmo que o próprio condómino se disponha a suportar as despesas. É o que decorre do artigo 1425.º, n.º 1: “As obras que constituam inovações dependem da aprovação da maioria dos condôminos, devendo essa maioria representar dois terços do valor total do prédio”. Sendo assim, o 1º passo para a mudança é a conscientização de todos os condôminos, principalmente no argumento de um velho ditado popular: “nunca se sabe o dia de amanhã”. Mudanças trazem medo e indiferenças, mas nada que um bom diálogo não promova discussões, impasses e o bom senso do que é melhor a comunidade e não apenas a si mesmo.

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LĂĄ no CondomĂ­nio...

Charge por: Edinelson C. Prazer


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