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editorial

Vera Fonseca Presidente da SGORJ

O 36º Congresso Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro foi um sucesso. Apesar do feriado prolongado e da proximidade do Rio+20, cerca de 1000 congressistas tiveram a oportunidade de trocar experiências e assistir as palestras de convidados estrangeiros, dentre os quais o Presidente do Congresso Mundial de Ginecologia e Obstetrícia, a realizar-se em outubro, em Roma, Gian Di Renzo. Paralelamente, a SGORJ promoveu encontro com as ligas acadêmicas, preceptores de residentes e chefes de serviço, buscando um entrosamento cada

vez maior da nossa especialidade. Hugo Miyahira foi o anfitrião do já tradicional Fórum Estadual Multiprofissional de Defesa Profissional Médica, reunindo médicos, juízes, promotores e advogados. Os colegas Jorge José Serapião e Deyse Barrocas receberam as medalhas Arnaldo de Moraes e Fernando Magalhães, respectivamente. Enfim, para os que tiveram a oportunidade de participar foi um grande encontro do saber e um momento de rever os velhos amigos. Vera Fonseca

sumário 4

36º Congresso da SGORJ reúne mais de mil participantes

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Chefes de serviço de hospitais públicos discutem melhorias Presidente da SGORJ se reúne com representantes de ligas acadêmicas Residência médica em debate

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Lançamento de livro

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Flashes do congresso

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Fórum Estadual Multiprofissional de Defesa Profissional

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Órgão informativo oficial da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado do Rio de Janeiro ASSOCIAÇÃO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Largo do Machado, 54/1206 - Catete – Rio de Janeiro – RJ - CEP 22221-020 Tel.: (21) 2285-0892 www.sgorj.org.br sgorj@sgorj.org.br

Presidente Vera Lucia Mota da Fonseca 1º Vice-Presidente Hugo Miyahira Vice-Presidentes Ricardo Oliveira e Silva Paulo Maurício Soares Pereira Mauro Romero Leal Passos Secretário-Geral Marcelo Burlá

Secretários Adjuntos Augusta Maria Batista de Assumpção Karen Soto Perez Panisset Marcelo Trindade Alves de Menezes Mario Vicente Giordano Silvio Silva Fernandes

projeto gráfico João Ferreira

Tesoureiro-Geral José Carlos de Jesus Conceição

Fotolito e Impressão Editora Teatral Ltda.

Tesoureiros Adjuntos Deyse Barrocas Luiz Augusto Giordano

Fotografia José Renato

Conselho Editorial Vera Lúcia Mota da Fonseca Marcelo Burlá, Hugo Miyahira Mario Vicente Giordano

Produção Foco Notícias Jornalista Responsável Nicia Maria – MT 16.826/76/198

Tiragem 3.000 exemplares DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA


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36º Congresso da SGORJ reú Com mais de mil inscritos, o 36º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro foi aberto oficialmente pela presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado do Rio de Janeiro (SGORJ), Vera Fonseca, na noite de 7 de junho, no Centro de Convenções Sul América. O evento, que contou com o patrocínio da Unimed, Amil, de indústrias farmacêuticas, da Editora Doc e da FAPERJ, incluiu três simpósios, três fóruns, além de mesas-redondas e conferências proferidas por 219 professores, dos quais 18 de outros Estados e quatro convidados internacionais. A mesa de abertura do evento contou com as presenças de Etelvino Trindade, presidente da Febrasgo; Luís Fernando Moraes, conselheiro do CREMERJ, representando a presidente da entidade, Márcia Rosa de Araujo; José Vinagre, representando o Conselho Federal de Medicina (CFM), José Ramon Varela Blanco, presidente da Sociedade Médica do Estado do Rio de Janeiro (Somerj); Hélio Tostes, representando a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro (SMCRJ); Terezinha Sanfim Cardoso, representando o Departamento de Gestão Hospitalar no Estado do Rio de Janeiro; e Cristina Mendes, diretora-médica da Amil. Vera Fonseca destacou o momento especial da 36ª edição do congresso que marca também os 50 anos da SGORJ e a oportunidade de atualização dos médicos participantes nos temas de ginecologia e obstetrícia, com convidados nacio-

Cristina Mendes, Luís Fernando Soares Moraes, José Vinagre, Vera Fonseca, Etelvino Trindade, José Ramon Varela Blanco, Hélio Tostes e Teresinha Sanfim na mesa de abertura

nais e internacionais. Na abertura oficial, também foi lançado o Manual da Gestante e o novo jornal da Febrasgo. Etelvino Trindade lembrou os 50 anos da SGORJ e sua trajetória de sucesso. - A Febrasgo está atenta aos anseios dos médicos brasileiros e é uma alegria participar de um congresso como esse organizado pela SGORJ - acrescentou Etelvino.

Luís Fernando Moraes, conselheiro do CREMERJ, também parabenizou a SGORJ pelo evento e aproveitou a reunião dos médicos para transmitir informes sobre a audiência pública realizada no dia 5 de junho, contra artigos da MP 568/12 que prejudicam a classe médica. - Os médicos do Rio deram importante resposta nas quatro audiências em Brasília. A MP 568

é um absurdo e precisa ser revertida - observou Luís Fernando. Na cerimônia, foi realizada ainda a entrega da Medalha Arnaldo de Morais pelo médico Paulo Canella ao médico Jorge José Serapião. Já o vice-presidente da SGORJ, Ricardo Oliveira, entregou a Medalha Fernando Magalhães à médica Deyse Barrocas. Encerrando a noite, coquetel e show do cantor Alex Cohen.


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ne mais de mil participantes

Deyse Barrocas, Luís Fernando Moraes e Vera Fonseca

Vera Fonseca, Jorge José Serapião e Paulo Canella


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36º Congresso da SGORJ Chefes de serviço de hospitais públicos discutem melhorias No encerramento das atividades do segundo dia do 36º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro, a presidente da SGORJ, Vera Fonseca, e o secretário-geral da entidade, Marcelo Burlá, se reuniram com cerca de 20 chefes de serviço de unidades públicas de saúde. O objetivo do encontro foi abordar as principais dificuldades e propor soluções. O fórum, no dia 8 de junho, contou com a participação de chefes de serviço dos hospitais de Bonsucesso, Carmela Dutra, Piedade, Santa Casa da Misericórdia, Antonio Pedro, Cardoso Fontes, Instituto Fernandes Fi-

gueira, Hospital dos Servidores do Estado, Hospital Escola Álvaro Alvim (Campos) e Hospital Raphael de Paula Souza. O descredenciamento da Santa Casa para residência médica em ginecologia e obstetrícia

“O Congresso Estadual de Ginecologia e Obstetrícia foi elaborado com sugestões e solicitações de todos os diretores e associados que enviaram e-mail sugerindo os temas que deveriam ser abordados. A diversidade de áreas de atuação que englobam nossa especialidade permitiu a confecção de um amplo programa de atualização, com ocupação de cinco salas simultâneas, durante os três dias do evento. Interação entre Ginecologia, Obstetrícia, Defesa Profissional, Temas Variados de Interesse ao médico são rotineiros nos Congressos da SGORJ e são muito elogiados por nossos colegas”. Mario Vicente Giordano, secretário adjunto da SGORJ “O congresso estadual foi bastante dinâmico, com temas atualizados. Muitas salas abordaram assuntos além de nossa especialidade e também tivemos atividades práticas. Acredito que os anseios dos associados foram plenamente atingidos e mais uma vez houve participação marcante de médicos jovens”. Luiz Augusto Giordano

foi um dos temas em debate. A falta de concursos para renovar as equipes que se aposentam também mereceu destaque. - O Instituto Fernandes Figueira hoje está com 90% do staff aposentado e não é realizado concurso para

““O Congresso da SGORJ é o segundo maior na especialidade, só perdendo para São Paulo. Estamos muito satisfeitos com a participação de ginecologistas e obstetras nessa 36ª. edição, em que, mais uma vez, empreendemos grandes esforços no sentido de trazer quatro convidados internacionais, o que contribui para o progresso da qualidade do evento. Este ano, a novidade é a mesa interativa sobre educação médica continuada, abordando, com simulações práticas, a rotina dos consultórios. Sem dúvida, a troca de experiência será ainda maior com a interatividade, proporcionando maior participação dos médicos.” Marcelo Burlá, secretário-geral da SGORJ “ Para falar a respeito de métodos de contracepção utilizados hoje, estamos promovendo uma sessão interativa. A ideia é apresentar, de maneira mais objetiva, a atualização de critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS). É uma ferramenta mais prática para promover a educação médica continuada, pois apresentamos simulações de casos e

que possamos contratar novos profissionais - disse Marcio Lamblet. Vera Fonseca lembrou que, no ano passado, junto com sua equipe, fez várias visitas a hospitais, vendo de perto as necessidades de cada unidade. - A SGORJ se coloca à disposição para manter um contato mais próximo com as chefias de serviço das unidades de saúde públicas - acrescentou Vera. Ao fim do encontro, os chefes de serviço conversaram com representantes de Ligas em Ginecologia e Obstetrícia da UFF, Unirio e Unigranrio sobre as necessidades dos acadêmicos.

os seus possíveis tratamentos. Em um documento extenso, fazemos um balanço do que pode ser utilizado para prevenir possíveis efeitos colaterais ou efeitos adversos nas pacientes. Dessa forma, o aprendizado torna-se mais dinâmico e participativo. É uma forma também de possibilitar um melhor aproveitamento do conteúdo do programa em debate.” Karen Panisset, secretária adjunta da SGORJ “ Neste congresso, minha colaboração é estimular os cuidados que ginecologistas devem ter em mostrar aos adolescentes a importância das vacinas contra DSTs, Hepatite B e HPV. Os idosos, já convivem com vários vírus e adquirem resistência a eles, já para os jovens, é fundamental a vacinação. O adolescente não vai procurar uma unidade de saúde se não tiver a prescrição médica. Hoje, a vacina contra a Hepatite B é gratuita para quem tem até 29 anos e pode ser encontrada na rede pública. Muitas doenças que atingem a mulher adulta podem ser evitadas com a vacinação na adolescência. É preciso ter um acompanhamento rigoroso do calendário vacinal para não vermos voltar doenças controladas, como o sarampo, por exemplo.” Isabella Ballalai, pediatra


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Durante o Congresso, Pedro Rogério Furley lançou o livro “Cardiotocografia Prática – anteparto e intraparto”, da Editora Rubio, 3ª. Edição, revista e atualizada. Na obra, o autor faz um registro gráfico das contrações uterinas e da frequência cardíaca do bebê antes, durante e no parto. - A cardiotocografia, resumidamente, é como se fosse o “eletro” do bebê. O livro mostra um passo a passo do exame e como interpretar os registros gráficos para diagnosticar a saúde do bebê e avaliar o estado dele para fazer a escolha do tipo de parto, cesariana ou normal – explica Furley.

O 36º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro apresentou cerca de 70 trabalhos científicos, sobre diversas doenças, desde incontinência urinária a câncer, exibidos em pôsteres na área de circulação do Centro de Convenções Sul América. Os trabalhos foram realizados por médicos de universidades, como UERJ, UFF, Estácio de Sá, Gama Filho, Vassouras, Faculdade de Medicina de Valença e UNIG. Os hospitais Universitário Clementino Fraga Filho, dos Servidores, Bonsucesso, Ipanema, Cardoso Fontes, Salgado Filho, Central da Polícia Militar, de Clínica de São Gonçalo e Gaffrée e Guinle, além da SGORJ, também levaram estudos para o evento.

Presidente da SGORJ se reúne com representantes de ligas acadêmicas

Residência médica em debate

A SGORJ apoia e estimula a organização de acadêmicos em ligas na especialidade. No dia 7 de junho, a presidente da SGORJ, Vera Fonseca, reuniu-se com cerca de 20 representantes de ligas em ginecologia e obstetrícia. Entre os assuntos debatidos no fórum, destacaram-se a dificuldade de os acadêmicos conseguirem estágios na rede pública, como criar vínculos com as equipes que coordenam os estágios, e as estratégias para oficializar a par-

ticipação de acadêmicos nas equipes de hospitais públicos. - Desde a residência médica, os jovens precisam se atualizar e se dedicar à educação médica continuada. A SGORJ está à disposição para fazer palestras, emprestar livros e acompanhar o trabalho das ligas. Também lutamos por mais opções de treinamento em unidades de saúde e acredito que podemos chegar a isso pelos centros de estudos, como o da Carmela Dutra - afirmou Vera.

Na tarde de 7 de junho, a presidente da SGORJ, Vera Fonseca, presidiu o Fórum de Coordenadores de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia. Ela anunciou mudanças no curso de educação médica continuada oferecido pela SGORJ, que, após enquete com os alunos, passou a ser realizado durante a semana, à noite. - O curso é gratuito para os residentes filiados à SGORJ e tem tido boa receptividade, mas continuamos preocupados porque grande número de formandos hoje

não está fazendo residência médica - disse Vera. Entre os coordenadores presentes ao fórum, Paulo Leão, vice-presidente da Febrasgo, comentou a dificuldade em conhecer os residentes hoje. - Para lidar com essa e outras situações que afetam a residência médica no Brasil, pretendemos envolver os coordenadores de residência de cada federada na busca de mais ações, como, por exemplo, estimular a participação de residentes em eventos da especialidade - afirmou Paulo.


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A qualidade dos temas, dos palestrantes e dos parceiros expositores fizeram com que as salas e os corredores onde estavam situados os estandes ficassem cheios durante todo o evento. Para festejar mais um evento de sucesso, os congressistas participaram de uma festa de encerramento.


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36º Congresso da SGORJ Fórum Estadual Multiprofissional de Defesa Profissional Médico cassado pelo CFM: há recurso?

Discussão informal: entidades médicas

““Na conferência de hoje, como pediatra e corregedor do Conselho Federal de Medicina, vou abordar mais especificamente a Lei 3.268/57, que prevê, cinco penas, sendo a mais grave de todas, a pena capital, a cassação do médico. Se isso acontece, o profissional perde o registro no CRM para exercer a medicina. Por isso, é importante analisar a questão por meio do estudo de casos. As situações mais comuns registradas na rotina profissional no país são de desvio de caráter, como em caso de prática de abortos. Isso é crime. A ideia da conferência é esclarecer a questão legal que envolve a prática médica para que os participantes tenham conhecimentos também a esse respeito.” José Fernando Vinagre,

“ O Conselho Federal de Medicina foi criado em 1957 por Juscelino Kubitschek, que era médico e quis instituir um órgão recursal para questões éticas, e também para estimular o debate sobre temas da medicina. Como órgão fiscalizador, o Conselho trata de resoluções para questões que afetam a classe médica em nosso país. É importante reviver a trajetória do CFM nesse Congresso da SGORJ, em especial no momento em que voltamos a ver mais de mil médicos em passeatas no Centro do Rio e em concentrações nos Hospitais da Lagoa e de Bonsucesso, em luta contra os absurdos da MP 568/12. É para isso que servem as entidades médicas: para dar voz aos interesses de nossa categoria.” Aloísio Tibiriçá

O médico profissional liberal processado na Justiça comum. POR QUE? Por quem? Estratégia de defesa “Um processo na Justiça vem acontecendo cada vez mais no dia a dia do médico. A Constituição de 88 abriu as portas para o direito do cidadão e hoje as pessoas buscam uma reparação com muita mais facilidade do que antigamente. Há o juizado de pequenas causas e o Código de Defesa do Consumidor de fácil acesso a qualquer pessoa, independente da sua classe social. E o paciente confunde mau resultado com erro. A medicina, mesmo feita em padrões de qualidade, pode ter complicações. Trata-se de uma profissão de meio e não de resultados. O médico pode fazer tudo dentro de suas possibilidades, mas surgir uma complicação que leve a um resultado contrário à sua vontade. As estratégias de defesa são várias. O médico deve estar sempre buscando o melhor que a ciência lhe oferece e primar pela experiência, além de manter uma boa relação médico paciente, que é a maior profilaxia.” Luís Fernando Moraes

O médico funcionário público processado “ A relação médico-paciente está no cerne do processo e, por isso, é importante que os médicos saibam como agir em caso de defesa profissional, indenização e também como lidar com os advogados. O médico precisa ter noção de direito. Além disso, há deveres da ética médica, a questão da responsabilidade civil e a qualidade técnica do atendimento ao paciente. São pontos delicados, pois nem sempre os hospitais públicos oferecem condições boas de trabalho para os médicos. Um profissional em início de carreira deve saber o que é um formulário de consentimento informado e outros documentos presentes no dia a dia da prática médica. Há muitos processos jurídicos que ocorrem por mero desconhecimento de regras e normas. Nesse sentido, informação é fundamental.” Hugo Miyahira

Infecções e obstetrícia

Ginecologia geral. Controvérsias

“Infecções na gravidez são a terceira causa de morte de gestantes no Brasil. Por isso, é tão importante fazer pré-natal adequado para rastrear infecções e promover o tratamento correto. Infecções urinárias, vaginose bacteriana e outras doenças, se não cuidadas, podem levar ao parto prematuro. Há casos também de infecções em gestantes causadas por abortos ilegais. Exames de urina e sangue são importantes para diagnosticar essas doenças.” Antonio Rodrigues Braga Neto

“A candidíase recorrente ainda provoca muitas dúvidas em relação ao seu tratamento. A candidíase atinge boa parte das mulheres brasileiras, também pelas características de nosso clima tropical. É uma doença de grande incidência no Brasil e não há uma faixa etária em que ela ocorra com mais frequência. Ela afeta mulheres em todas as idades, mas com cuidados simples podemos proporcionar mais saúde às mulheres.” Elizabeth Costa Martins


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Progesterona em obstetrícia

Rastreamento do CA de mama

“Além de redução do parto prematuro, o uso da progesterona em gestantes reduz as contrações uterinas. Há evidências científicas para prescrever progesterona profilática e assegurar mais saúde à mulher. É uma solução na medicina para reduzir o número de partos prematuros, economizar para os sistemas públicos de saúde e evitar maior desgaste da saúde da mulher. Os primeiros trabalhos sobre o uso da progesterona foram feitos na década de 1970. Em 2003, novos estudos comprovaram a diminuição da mortalidade e morbidade neonatal.” Eduardo Borges da Fonseca,

“Hoje, há no Brasil um grande número de mulheres que tem ou vão ter câncer de mama e o Rio de Janeiro é o estado campeão. A mortalidade também é muito alta, sendo que dos cânceres femininos é o que mais mata. Para evitar tamanha mortalidade é necessário detectar o câncer e tratá-lo precocemente. E o principal instrumento para se detectar precocemente o câncer de mama é a mamografia. Em casos especiais, se utiliza o ultrassom e a ressonância magnética, São três métodos para rastreamento do câncer. É uma metodologia onerosa, mas necessária.” Euderson Kang Tourinho

Linfonodo sentinela no CA ginecológico

Manejo do parto prematuro

““O linfonodo sentinela é uma forma que o organismo encontra de bloquear a agressão próxima ao local em que está sendo desenvolvido o câncer. O linfonodo é o primeiro sinal de alerta, pois ele inflama. O estudo é importante para o médico ter ideia do porte da cirurgia antes de fazê-la. Injetando corante ou substância radioativa perto do tumor, ao observar a reação do linfonodo, é possível até detectar-se eventual metástase. Trata-se de uma fronteira de conhecimento e pesquisas que pode representar menos agressão em tratamento oncológico na ginecologia. Esse estudo é muito utilizado para tratamento de câncer de mama.” Etelvino Trindade, presidente da FEBRASGO

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“Estudos comprovam que, com o uso da progesterona, conseguimos reduzir em 50% a prematuridade. É interessante notar que no Brasil registramos 10% de partos prematuros em mulheres, enquanto nos Estados Unidos, esse percentual chega a 14%. Uma das razões é que lá o pré-natal não tem sido feito com tantos cuidados, enquanto o Brasil vem registrando melhoria nesse sentido. As mulheres grávidas que têm bebês prematuros também correm riscos, como sangramentos e infecções. Portanto, o uso da progesterona, quando indicado, também assegura qualidade de vida para as mamães.” Gian Carlo Di Renzo, professor do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade de Perugia, na Itália

Carcinoma microinvasor do colo uterino “O carcinoma microinvasor no colo do útero é uma lesão intermediária entre a lesão de alto grau intrepelial e a lesão invasora. É uma lesão que requer um diagnóstico refinado e diferenciado porque dele nasce uma conduta adequada. O prognóstico da paciente dependendo dos parâmetros que o patologista cita em seu laudo. O diagnóstico dessa lesão precisa ser feito numa peça de cone, cortada de forma escalonada. É inaceitável que esse diagnóstico seja dado numa peça de biópsia simples, seja qual for o método a ser utilizado, convencional ou de alta frequência. Também é necessário que o patologista, de posse desse cone, cite a profundidade da invasão e a extensão da lesão, a presença ou não de invasão linfática ou vascular e o estado das margens, se estão comprometidas ou livres. De posse desse resultado, o médico pode traçar a terapêutica”. Gutemberg Leão de Almeida Filho

Gravidez gemelar “Com o advento de técnicas cada vez mais aprimoradas de fertilização e o crescente acesso a esses avanços, vemos, a cada dia, o aumento na incidência de gestações gemelares em nosso país. É importante que os médicos se atualizem a respeito de técnicas e protocolos para poder oferecer assistência adequada às pacientes que se encontrarem nesses casos.” Flavio Tannure


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36º Congresso da SGORJ Profilaxia da doença hemolítica “Desde 1960, existe medicação que reduz o comprometimento do feto na doença hemolítica que surge na gravidez. Pela história natural da doença, sabemos que 15% das mulheres da raça branca que têm RH negativo correm risco de ter a doença hemolítica na gravidez. Assim, a doença pode ser identificada e reduzida com profilaxia e monitoramento ao longo de toda a gravidez para se saber quando haverá necessidade de fazer alguma intervenção. A profilaxia inclui medicamento intramuscular na mãe para ela não se sensibilizar ao RH positivo do bebê.” Giovanni Fraga Lenza

Terapia hormonal no climatério “ A terapia hormonal no climatério das mulheres é um tema importante na rotina de um consultório de ginecologia. Tendo conhecimento aprofundado no assunto e estando atualizado a respeito das novas descobertas e de como prescrevê-las, o médico pode escolher a melhor via de administrar o medicamento nas pacientes, sempre com o cuidado de correlacionar essa terapia com o risco cardiovascular. É, sem dúvida, uma matéria de grande interesse dos ginecologistas, pois também está relacionada ao bem-estar na maturidade.” Francisco Eduardo Prota

““O 36º. Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro é uma oportunidade especial para a atualização médica. Atualmente, com os constantes avanços da medicina, esse tipo de evento é fundamental para o aperfeiçoamento dos médicos. O médico que hoje não se atualiza acaba sendo prejudicial para o tratamento do paciente, pois ele pode não ter acesso às novas técnicas e medicamentos.” Iracema Pacífico

Tratamento não cirúrgico de gravidez ectópica “A gravidez ectópica continua a ser uma das grandes causas de mortalidade materna no mundo. A abordagem, no entanto, tem mudado muito. Temos hoje condições de tratar a gravidez ectópica sem procedimento cirúrgico, desde que se faça o diagnóstico precoce. Podemos dar medicação à paciente e, muitas vezes, apenas fazer um acompanhamento ultrassonográfico e verificar os níveis de beta hcg. Há fatores de risco para a gravidez ectópica que são associados aos fatores de risco da ecografia precoce e do ultrassom precoce e noutros se o paciente apresenta algum sintoma de hemorragia ou dor.pélvica. Quando, no entanto, o paciente apresenta algum sintoma de hemorragia ou dor pélvica, faz-se o ultrassom e o beta hcg. Obviamente, a ecografia só fará o diagnóstico quando o beta hcg atingir um valor em torno de 1200 a 1500 mil unidades por 1ml.” Marcelo Lopes Cançado

Trombofilia na gravidez “ A trombofilia na gravidez é uma doença que pode ser hereditária ou não, e que traz complicações para o parto. A principal novidade hoje são os estudos com heparina de baixo teor molecular, capaz de reduzir a formação de coágulos. É um medicamento ainda caro, que, no entanto, já está sendo usado em alguns países para mulheres com trombofilia na gravidez. O protocolo recomenda, porém, que nem todas as mulheres necessitam desse medicamento. Tudo depende do acompanhamento clínico da gestante e de sua hereditariedade.” Malvina Szwarzfitter, do Hospital Laniado Natania, Israel

Rastreio de pré-eclâmpsia “ A eclâmpsia é a principal causa de morte materna no Brasil. Daí a importância de estudar e debater o tema no Congresso da SGORJ. A realização de prénatal adequado pode detectar a doença antes que as pacientes se queixem das primeiras manifestações clínicas. Há diversos exames com o uso de Doppler e outros para diagnosticar a doença, que tem como um dos sintomas a pressão alta. As pesquisas apontam que a realização de exames no pré-natal de mulheres pode conseguir reduzir um terço da incidência e morte pela doença.” Jorge Fonte de Rezende Filho


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Pré-eclâmpsia “Queremos destacar no debate sobre préeclâmpsia a importância do rastreamento da doença e de sua evolução nos últimos 15 anos. Se estudamos por meio de exames como Doppler, aferição de pressão arterial e biomarcadores específicos, as pacientes com risco aumentado devido à sua história clínica, poderemos ter resultados melhores no controle da doença. Em um projeto da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) realizado pela Maternidade-Escola da UFRJ já estamos até desenvolvendo um importante estudo com mil pessoas, que vai usar os biomarcadores para a doença.” Joffre Amim Junior

Ressecção histeroscópica bipolar. Novas modalidades “A lariscopia bipolar é um avanço muito importante para a cirurgia histeroscópica porque permite utilizar energia bipolar no lugar da energia monopolar. Isso significa menor risco para as mulheres e melhor eficácia no corte e na coagulação durante a cirurgia. Bipolar é uma forma de energia elétrica que não transita no corpo da mulher mas permanece diretamente entre o pólo positivo e o negativo. Por isso é mais segura.” Luca Mencaglia, da Universidade de Florença, na Itália

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Abordagem sindrômica de DST

Terapêutica de reposição hormonal

““Para fazer uma abordagem sindrômica das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), vamos abordar, com destaque, a doença infecciosa pélvica e herpes recorrente. O que acontece hoje é que muitos médicos se preocupam mais com o tratamento dessas doenças e não pesquisam mais detalhadamente o diagnóstico. Por isso, não temos dados que apoiem a realização de um tratamento de abordagem, que é baseado em sinais e sintomas dessas doenças. A própria recomendação do Ministério da Saúde para DST hoje é focada no tratamento e não na realização de exames e estudos mais aprofundados.” Mauro Romero

“A reposição hormonal tem duas vias de administração: a oral e a parenteral, que pode ser através da pele, através da vagina ou na forma de implante. Na via oral, quando a medicação faz a primeira passagem pelo fígado, praticamente um terço é destruído. Além disso, causa um impacto no fígado que pode produzir substâncias não adequadas, como, por exemplo fatores de coagulação. Quando se administra a medicação por via não oral, como, por exemplo, um gel hormonal pela pele, ele não faz a primeira passagem hepática. Logo, o impacto no fígado é menor, diminuindo o risco de cálculo na vesícula biliar e os riscos para a hipertensão, para o diabete e para a trombose.” Nilson Roberto de Melo

Depressão gravídico puerperal “ A depressão puerperal e gravídica é percebida quando a mulher externa vários sentimentos, inclusive a rejeição ao fato de estar gestando uma nova vida. Muitas mulheres não aceitam a gravidez e essas podem sentir até aumento de náuseas, por motivos emocionais. Isso é demonstrado em estudos e pode até acarretar ameaça de parto prematuro. A doença merece rigorosa avaliação médica. Gestantes adolescentes, por exemplo, têm mais chances de ficarem deprimidas, pois ainda não estão maduras para viver essa experiência. Há vários níveis de depressão e tipos de tratamento para a doença. É muito importante destacar esse tema no Congresso da SGORJ, pois ele costuma ser negligenciado, inclusive em eventos de atualização médica.” Moysés Rechtman

Visão unitária da fisiopatologia ovariana “ A visão unitária da fisiopatologia ovariana na mulher é um termo que foi criado há vinte anos. Eu venho desde então me dedicando a esses estudos. E é possível identificar dois quadros nessa situação: a mulher que ovula, mas não produz hormônio, ou se o bloqueio é mais intenso, a mulher pode ou não ovular. Para a que não ovula, seus ovários tornamse policísticos e ela passa a produzir, em maior grau, o hormônio masculino. E a produção insuficiente de progesterona dificulta a gravidez. Lucas Vianna Machado


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36º Congresso da SGORJ Colo curto x colo competente. Quando cercear? “A ceclagem é um procedimento que previne o trabalho de parto prematuro quando a mulher tem um problema no colo do útero, ou seja, o colo do útero não consegue manter a gravidez e abre antes do tempo. Nem todo colo curto é um colo incompetente e existe colo longo que também não é competente. Quando a mulher tem o colo incompetente, ela entra em trabalho de parto prematuramente. Isso pode acontecer com 6 e até quatro meses. Tendo o diagnóstico, o médico fecha o colo, dá uns pontos em forma de cesta e só abre na hora do termo.” Olímpio Barbosa de Moraes Filho (PE)

Seguimento pós-molar “Quando há o diagnóstico de gravidez molar, ou neoplasia trofoblástica gestacional, com ou sem feto, por meio de exames que usam marcadores biológicos, é necessário fazer o esvaziamento uterino por aspiração para retirar o feto morto ou malformado. O seguimento pós-molar é o tratamento realizado na mulher após esse procedimento. Dados de estudos clínicos revelam que a doença está associada à pobreza e à falta de proteínas, que causam deficiência imunológica. A doença atinge mulheres com menos de 15 anos e mais de 40 anos e a mortalidade não é alta. A única forma de prevenção para a doença seria a mulher que se encontra nessas faixas etárias evitar a gravidez.” Paulo Belfort de Aguiar

Gravidez gemelar

Óbito fetal

A gravidez gemelar passou a ser uma preocupação muito grande com a questão da terapia de reprodução assistida. As mulheres têm engravidado, cada vez mais, com fetos múltiplos, não só gemelar, como de maior número de óvulos. Além disso, as mulheres estão engravidando um pouco mais tarde. As que engravidam depois dos 35 anos correm maior risco de gravidez mútlipla. Também, a obesidade (índice de massa corporal acima de 30) aumenta a chance de gravidez gemelar. A principio, a gravidez gemelar é encarada como uma coisa boa, ainda mais quando a mulher tem mais de 35 anos. Pensam que com apenas uma gravidez já resolveram todo o planejamento familiar. Mas não é bem assim. A gravidez gemelar não é simplesmente dois bebês dentro de um útero. Nós somos diferentes dos outros animais, que são preparados para vários fetos. O útero da nossa espécie é preparado para um feto. Quando a mulher fica grávida de gêmeos, o risco é maior tanto para ela, como para a própria gravidez. O pré-natal é todo diferenciado em caso de gravidez múltipla. A mulher tem maior chance de pressão alta na gravidez e os fetos também correm maior risco de morte durante a gestação. Outra coisa importante é que a gravidez gemelar acaba levando à prematuridade, um problema de saúde pública porque vão nascer antes do tempo dois bebês. São duas vagas em UTI neonatal. É preciso que a rede pública esteja preparada para atender à gravidez múltipla. Renato Augusto de Moreira Sá

“ O líquido meconial pode trazer sofrimento fetal, pois contém as fezes do bebê. Se esse líquido sair para a placenta e o bebê aspirá-lo pode até morrer em 48 horas. Dados mostram que 70% dos bebês absorvem o líquido meconial sem terem consequências mais graves. No entanto, o bebê com pouco parâmetro respiratório, de acordo com testes realizados, pode vir a ter problemas. Dentro desse tema, também abordamos a prevenção ao parto prematuro, que tem alta morbimortalidade para o bebê na América Latina, pois há vários fatores que contribuem para a prematuridade, como a realização de pré-natal sem a devida regularidade, descuidos com a nutrição das mães e infecções que podem atingir mães adolescentes.” Rafael Cortés Charry, da Universidade Central da Venezuela

O papel do teste HPV e o rastreamento pelo DNA “O rastreamento do HPV é um teste de biologia molecular, que investiga o DNA do HPV. O que provoca o câncer do colo uterino é um tipo de HPV, o chamado HPV de alto risco. Se a mulher não tem o HPV de alto risco, essa mulher não vai desenvolver câncer nos próximos cinco anos. Se ela tiver, é preciso continuar a investigação, encaminhando-a para a coposcolpia e, às vezes, para a biópsia, verificando se a lesão é de alto ou baixo risco. Há muitas publicações europeias, americanas e canadenses, mostrando as vantagens desse teste no rastreamento primário do câncer do colo uterino. Ele tem uma sensibilidade mais alta, o que significa que se o teste for negativo, o médico pode estender o intervalo para o próximo rastreamento em até cinco anos.” Victor Hugo de Melo


Contracepção na adolescência

1,2

• Alivia a dismenorreia • Apresenta bom controle do ciclo • Melhora os sintomas de Índice de pré-menstruais Pearl • Reduz a retenção hídrica 3-5

2,3

1,2

3,6

0,21 1

Tantin - Apresentação: Comprimido revestido. Caixa com 1 blister com 28 comprimidos. USO ADULTO. Composição: Cada comprimido cor de rosa contém: gestodeno 0,060mg, etinilestradiol 0,015mg. Excipientes: polacrilina potássica, lactose, celulose microcristalina, estearato de magnésio, dióxido de titânio, macrogol, hipromelose, óxido de ferro vermelho, cloreto demetileno. Cada comprimido branco contém: Excipientes q.s.p. 1 comprimido. Excipientes: polacrilina potássica, lactose, celulose microcristalina, estearato de magnésio, dióxido de titânio, macrogol, hipromelose. Contraindicações: Lactação – Pequenas quantidades de contraceptivos esteroidais e/ou metabólitos foram identificadas no leite materno e poucos efeitos adversos foram relatados em lactentes, incluindo icterícia e aumento das mamas. A lactação pode ser influenciada pelos contraceptivos orais combinados, uma vez que podem reduzir a quantidade e alterar a composição do leite materno. Em geral, não deve ser recomendado o uso de contraceptivos orais combinados até que a lactante tenha deixado totalmente de amamentar a criança. Pediatria – Este medicamento não é indicado para o uso em crianças. Geriatria (idosos) – Tantin® não é indicado para pacientes idosas. Precauções e advertências: Fumar cigarros aumenta o risco de efeitos colaterais cardiovasculares sérios decorrentes do uso de contraceptivos orais combinados. Este risco aumenta com a idade e com o consumo intenso (em estudos epidemiológicos, fumar 15 ou mais cigarros por dia foi associado a risco significativamente maior) e é bastante acentuado em mulheres com mais de 35 anos de idade. Mulheres que tomam contraceptivos orais combinados devem ser firmemente aconselhadas a não fumar. Interações medicamentosas: Interações entre etinilestradiol e outras substâncias podem diminuir ou aumentar as concentrações séricas de etinilestradiol, respectivamente. Embora o ritonavir seja um inibidor do citocromo P450 3A4, demonstrou-se que esse tratamento diminui as concentrações séricas de etinilestradiol. Posologia: A cartela de Tantin® contém 28 comprimidos, sendo 24 comprimidos cor-derosa com hormônios e 4 comprimidos inertes de cor branca. Iniciar tomando um comprimido cor-de-rosa no primeiro dia do ciclo (primeiro dia de sangramento). Assim, diariamente, durante 24 dias consecutivos, deve-se tomar 1 comprimido cor-de-rosa de Tantin® terminados os comprimidos cor-de-rosa deve-se continuar tomando 1 comprimido branco de Tantin® por mais 4 dias consecutivos, seguindo a ordem indicada no blister. O fluxo menstrual deve ocorrer nesses dias, após o término dos comprimidos cor-derosa. A embalagem seguinte deverá ser iniciada no dia seguinte ao término dos comprimidos brancos, sem intervalo, mesmo que a hemorragia por supressão esteja em curso. Como começar a tomar Tantin® sem uso anterior de contraceptivo hormonal (no mês anterior): o primeiro comprimido deve ser tomado no 1º dia do ciclo natural, ou seja, o primeiro dia de sangramento menstrual. Pode-se iniciar o tratamento entre o 2º e o 7º dia, mas recomenda-se a utilização de método contraceptivo não hormonal (como preservativo e espermicida) nos primeiros 7 dias de administração durante o primeiro ciclo. Quando se passa a usar Tantin® no lugar de outro contraceptivo oral: deve-se começar a tomar Tantin® de preferência no dia seguinte ao último comprimido ativo do contraceptivo oral combinado anterior ter sido ingerido ou, no máximo, no dia seguinte ao intervalo habitual sem comprimidos ou com comprimido inerte do contraceptivo oral combinado anterior. Quando se passa a usar Tantin® no lugar de outro método com apenas progestogênio (minipílulas, injetável, implante): pode-se interromper a minipílula em qualquer dia e deve-se começar a tomar Tantin® no dia da remoção do implante ou, no caso de utilização de contraceptivo injetável, deve-se esperar o dia programado para a próxima injeção. Em todas essas situações, a paciente deve ser orientada a utilizar outro método não hormonal de contracepção durante os 7 primeiros dias de administração dos comprimidos. Após aborto no primeiro trimestre: pode-se começar a tomar Tantin® imediatamente. Não são necessários outros métodos contraceptivos. Após parto ou aborto no segundo trimestre: como o pós-parto imediato está associado ao aumento do risco de tromboembolismo, o tratamento com contraceptivos orais combinados não deve começar antes do 28º dia após o parto ou aborto no segundo trimestre. Deve-se orientar a paciente a utilizar outro método não hormonal de contracepção durante os 7 primeiros dias de administração dos comprimidos. Entretanto, se já tiver ocorrido relação sexual, a possibilidade de gravidez antes do início da utilização do contraceptivo oral combinado deve ser descartada ou deve-se esperar receber um contraceptivo oral combinado,deve ser rigorosamente monitorizada e se a condição reaparecer, o tratamento com contraceptivo oral combinado deve ser interrompido. Venda sob prescrição médica.

Contraindicações: Lactação – Pequenas quantidades de contraceptivos esteroidais e/ou metabólitos foram identificadas no leite materno e poucos efeitos adversos foram relatados em lactentes, incluindo icterícia e aumento das mamas. Interações medicamentosas: Interações entre etinilestradiol e outras substâncias podem diminuir ou aumentar as concentrações séricas de etinilestradiol, respectivamente. Referências Bibliográficas: 1- Gestodene Study Group. The safety and contraceptive efficacy of 24-day low dose oral contraceptive regimen containing gestodene 60 mcg and ethinylestradiol 15 mcg.Eur J Contracept Reprod Health Care 1999; 4 (Suppl 2:)9-15. 2- Sullivan H, FurnissH, Spona J, Elstein M . Effect of 21-day and 24-day oral contraceptive regimens containing gestodene (60 mcg) and thinylestradiol (15 mcg) on ovarian activity. Fertil Steril.1999 Jul:72 (1);115-20. 3- Barbosa IC, Filho CI, Faggion Djr, Baracat EC. Prospective, open-label, non comparative study to assess cycle control, safety and acceptability of a new oral contraceptive containing gestodene 60 mcg and ethinylestradiol 15 mcg. Contraception .2006 Jan;73 (1) 30-3. 4- Gestodene Study Group 324. Cycle control, safety and efficacy of a 24-day regimen of gestodene 60 mcg and ethinylestradiol 15 mcg and a 21-day regimen of desogestrel 150 mcg/ethinylestradiol 20 mcg. Eur J.Contracept Reprod Health Care 1999. 5- Speroff L, Fritz MA. Clinical Gynecologic Endocrinology and Infertitlity. 7th Edition. Lippincott Williams & Wilkins. 2005. 6- Questionário MDQ. 7 - Revista Kairos Maio/11. 8- Siblima é marca registrada do laboratório Libbs. 9-Adoless é marca registrada do laboratório Farmoquímica. 10- Mínima é marca registrada do laboratório Medley. 11- Minesse é marca registrada do laboratório Wyeth Farma.

Informações adicionais disponíveis à classe médica mediante solicitação.

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No Rio,

a saúde da mulher está em boas mãos

A

mulher do nosso estado é iluminada e compõe um cenário perfeito ao lado das belezas do Rio de Janeiro. A SGORJ, ao longo de

seus 50 anos, se orgulha de contribuir para que esta beleza esteja em constante brilho. Em nossa história, trabalhamos e superamos adversidades para colocar a mulher em harmonia com o Rio de Janeiro.

SGORJ: há 50 anos deixando o Rio de Janeiro ainda mais bonito


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