SGS Global
Revista do Grupo SGS Portugal Julho 2004 • Ano 4 • Número 12
A génese da SGS
Supervisão há mais de 125 anos!
há mais de 125 anos!
Paulo Gomes Responsável do Departamento de Comunicação & Imagem do Grupo SGS Portugal
Sumário 01
Editorial
Divisão de Recursos Naturais Mais e melhor serviço
04
Galp Energia e Cires Controlar o produto movimentado
Editorial
Serviços de Supervisão 02
Supervisão & Logística 08
Sector de Supervisão Agrícola Assegurar a Qualidade e acautelar os riscos
12
Porto de Sines Um activo estratégico para a economia Serviços do Logística
16
18
Logística Soluções à medida do cliente Parcerias inteligentes Ensaios & Testes
22
Laboratório de Ensaios de Têxteis Controlar a qualidade têxtil Segurança de Equipamentos
25
Novo Departamento da SGS Portugal Certificação do Serviço
26
28
31
Jumbo de Almada Primeiro hipermercado com certificação do serviço em Portugal Eventos & Notícias • Os novos desafios do turismo • Parcerias com Universidade dos Açores e Internacional • Valnor é a pioneira com certificação integrada • Concluída aquisição do Instituto Fresenius • Serviços de OGC mais competitivos com aquisição de Vernolab • Primeiro hotel português com EMAS • Werner Pluss é o novo administrador-delegado do Grupo SGS Navegar
Em 1878, quando Henry Golstück fundou
proporcionar no futuro, conforme teste-
a SGS - Société Générale de Surveillance,
munha o seu presidente em entrevista a
certamente não imaginaria que, passados
esta revista. Oportunidades não só para
126 anos, esta empresa seria líder mun-
os serviços de supervisão mas também
dial nos serviços de supervisão, conceito
para o cada vez mais pujante sector da
que inventou em regime de outsourcing.
logística.
A necessidade de controlar a qualidade
Entretanto, os serviços da SGS continuam
e quantidade dos cereais oriundos do les-
a crescer num ambiente de grande dinâ-
te da Europa, por uma entidade indepen-
mica: investimento na modernização do
dente, foi o conceito que esteve na gé-
Laboratório de Ensaios Têxteis e na cria-
nese da SGS. Hoje em dia, a SGS contro-
ção do novo serviço de inspecção de se-
la nos portos de todo o mundo as cargas
gurança de equipamentos, a alternativa
e descargas dos mais variados produtos:
mais célere e profissional que actualmen-
cereais, petróleos e petroquímicos, mi-
te o mercado oferece.
nerais e automóveis, entre outros.
Por fim, quero enaltecer o sentido pionei-
Neste número da SGS Global dedicamos
rista dos nossos clientes. Desde o pri-
o tema de capa exactamente ao serviço
meiro green de golfe do mundo certifica-
que deu nome à SGS: a Supervisão. Des-
do pela ISO 14001 até à primeira Socie-
de 1922, ano da sua fundação em Portu-
dade de Advogados com certificação ISO
gal, que a SGS supervisiona cargas e des-
9001:2000 em Portugal e à certificação
cargas nos principais portos portugue-
do serviço do primeiro hipermercado no
ses: Viana do Castelo, Leixões, Aveiro,
nosso país, que o grupo Auchan obteve
Figueira da Foz, Lisboa e Sines.
recentemente.
Esta é, sem dúvida, uma das áreas de
É caso para dizer que os nossos clientes
aposta da SGS dadas as oportunidades
querem menos ‘ais’, escolhendo a SGS
que o projecto do Porto de Sines poderá
porque querem muito ‘mais’!
Opinião 32
Ferramentas informáticas no apoio à gestão documental
Ficha Técnica > Propriedade: SGS Portugal - Av. José Gomes Ferreira, 11, 5º piso, 1495-139 Algés, Miraflores > Telf.: 21 412 72 00 > Fax: 21 412 72 90 > Direcção: Paulo Gomes > Redacção, Design e Produção Gráfica: Editando (www.editando.pt) > Fotografia: Bruno Barata e Júlio Sousa (Editando) e SGS Image Bank > Pré-impressão: IDG > Impressão: Madeira&Madeira > Distribuição: Gratuita > Agradecimentos: Sílvia Fafaiol (Galp Energia), Luís Sobral Torres (Cires), José Raimundo (Oleocom), António Moreira (Sorgal), Pedro Manuel Severiano (ADP), Luís Vasconcelos (Acembex), José Monteiro de Morais (Autoridade Portuária de Sines), Manuel António Ladeiras (Ladeiras & Machado), Fernando Veiga (Transcinco), Mário Sousa (Portocargo), Jaime Lemos (Jumbo de Almada), José Castro (Grupo Auchan) e Maria José Giesteira (Flexível Consultores).
Serviços de Supervisão
Divisão de Recursos Naturais
Mais e melhor serviço Maior oferta de serviços online para o cliente e uma equipa cada vez mais polivalente são as apostas da Divisão de Recursos Naturais da SGS para 2004.
de e quantidade de produtos como o petróleo, seus derivados e outros químicos, até à amostragem automática em linha. Este Departamento, como esclarece Alcides Silva, director da Divisão de Recursos Naturais, “está também vocacionado para elaborar análises de consultoria técnica, proceder a medições, fazer gestão de operações e gestão de amostras, bem como elaborar inspecções a tanques e a contentores".
epois de terminada a reestruturação
viços que contribuem para a garantia da quan-
Sistemas avançados de controlo e análise
interna iniciada há dois anos, a SGS
tidade e da qualidade do produto movimenta-
Para corresponder na íntegra às expectativas
Portugal criou a Divisão de Recursos
do. Realizado por técnicos altamente especia-
dos clientes e conquistar a sua confiança, a
Naturais que agrupa duas grandes áreas de
lizados, este tipo de controlo à carga ou des-
SGS investiu e continua a investir nos siste-
actividade: a Agrícola/Mineral e a Oil, Gas &
carga incide, no caso de produtos agrícolas ou
mas de amostragem e na tecnologia labora-
Chemicals (OGC). Enquanto a primeira pres-
minerais, sobre aspectos como a determina-
torial para que a inspecção e os testes aos
ta serviços relacionados com a actividade de
ção da quantidade e garantia do peso por draft-
produtos sejam fiáveis e não suscitem qual-
inspecção de carga e descarga de produtos
survey. A equipa está, também, capacitada
quer tipo de dúvida. Na indústria petrolífera,
agrícolas (cereais, oleaginosas, óleos e gordu-
para averiguar a qualidade do produto através
por exemplo, os custos de medições erradas
ras líquidas, azeite, açúcar e café, entre ou-
de testes ou análises laboratoriais, assim co-
de níveis de água e densidade das cargas ou
tros) e minerais (adubos, carvão, cimento, fer-
mo para efectuar peritagens de avarias, veri-
descargas de um tanque podem ser conside-
ro e clínquer, entre outros), a segunda, por sua
ficações a estivas, inspecções técnicas de con-
ráveis. Por isso, a SGS tem apostado na tec-
vez, dedica-se especificamente às indústrias
tentores, cargas e inspecções de limpeza a
nologia de amostragem automática para na-
petrolíferas e petroquímicas, traders, refina-
tanques de navios.
vios e aplicações fixas em portos. O SGS Au-
rias e armadores.
No domínio OGC, a SGS dispõe igualmente
tomatic Sampler Portátil tem demonstrado al-
Tanto um Departamento como o outro ofere-
de um leque variado de serviços, que passam
tos níveis de exactidão, agora substancialmen-
cem ao cliente uma gama diversificada de ser-
necessariamente pela inspecção da qualida-
te melhorados com a introdução de novos sis-
D
02
Revista do Grupo SGS Portugal
Serviços de Supervisão
temas electrónicos, que monitorizam continuamente o fluxo de crude e produtos derivados – assim como óleos aquecidos e fluídos processados – e responde automaticamente, colhendo amostras proporcionalmente, representando o fluxo fielmente. O serviço prestado por este equipamento é reforçado pela rede internacional de laboratórios do Grupo SGS, que age de forma rápida e eficiente, uma vez que opera 24 horas por dia, 365 dias por ano, com vista a garantir ao cliente informações ainda mais especializadas. Em Portugal, a empresa possui um sofisticado laboratório petroquímico instalado em Sines que beneficia de todo este conhecimento promovido a nível internacional. Sempre que se justifica, a empresa não hesita em recorrer a ensaios interlaboratoriais. No âmbito do sector Agrícola/Mineral procede-se de igual modo. Apoiada por um laboratório agro-alimentar e pela rede mundial de la-
Para corresponder na íntegra às expectativas dos clientes e conquistar a confiança dos mesmos, a SGS investiu e continua a investir nos sistemas de amostragem e na tecnologia laboratorial para que a inspecção e os testes aos produtos sejam fiáveis e não suscitem qualquer tipo de dúvida.
boratórios, a equipa de técnicos possui todos os recursos necessários para responder adequadamente a qualquer tipo de solicitação. A SGS tornou-se, desta forma, uma mais-valia para as empresas, no que concerne às inspecções e análises qualitativas dos produtos que movimenta, uma vez que os seus labora-
Alcides Silva, director da Divisão de Recursos Naturais
tórios estão preparados para realizar um controlo completo, no que se refere à qualidade dos produtos agrícolas e petrolíferos ou pe-
Para o presente ano, os objectivos da Divi-
lizando toda a informação fundamental ao in-
troquímicos. O laboratório de Sines faz con-
são de Recursos Naturais estão há muito de-
cremento do seu negócio”, sublinha o director
trolo da qualidade de combustíveis (frotas de
lineados. "Queremos fomentar um entendi-
da Divisão.
carros, centrais de cogeração, aquecimento
mento cada vez mais estreito com os clien-
Em virtude das características, objectivos e
central, entre outros); monitorização da quali-
tes, para que possamos delinear qual a me-
exigências específicas dos diferentes secto-
dade de lubrificantes utilizados em unidades
lhor estratégia para cada caso. Sabemos que
res de actividade que integram a Divisão de
de refrigeração e centrais de cogeração, en-
nos dias que correm a velocidade da infor-
Recursos Naturais, a formação contínua e
tre outras. O laboratório salvaguarda ainda o
mação é uma mais-valia e, portanto, há que
permanente dos recursos humanos é outra
controlo da qualidade de produtos químicos
agilizar toda a vertente burocrática do proces-
questão a privilegiar, realça Alcides Silva. “Pa-
comercializados, como a acetona, o álcool etí-
so. É certo e sabido que nem tudo o que cons-
ra respondermos aos novos desafios impos-
lico, o álcool isopropílico e outros, estando
ta do relatório que efectuamos após cada ser-
tos constantemente pelos clientes, é impres-
também vocacionado para efectuar o contro-
viço prestado é necessário no momento. O
cindível sermos pro-activos. Quanto maior for
lo da qualidade da água de refrigeração de mo-
ideal é desbloquearmos a informação priori-
a nossa capacidade de resposta, mais com-
tores.
tária rapidamente e oferecermos posterior-
petitivos podemos ser. E para que esta má-
mente ao cliente a informação mais detalha-
xima seja bem sucedida temos de apostar
Menos burocracia, maior rapidez
da. Assim sendo, para aliarmos a rapidez e a
em formação interna e externa, com vista a
eficácia em termos informativos, estamos
desenvolver e aperfeiçoar competências. A
Mas para fidelizar o cliente, Alcides Silva sa-
empenhados em melhorar a oferta de servi-
optimização desta Divisão passa também pe-
be que é preciso ir mais além. E, por isso, o
ços online para que o cliente acompanhe de
la polivalência da equipa de técnicos, que é
director, conjuntamente com a equipa de téc-
perto os processos que lhe dizem respeito e
outro dos objectivos a prosseguir. Se agirmos
nicos que dirige, está empenhado em melho-
possa, também, receber os relatórios relati-
desta forma, não há dúvida que estaremos a
rar a qualidade do serviço prestado para refor-
vos a qualquer um dos serviços prestados
contribuir para a evolução da SGS, que é uma
çar a confiança de todos aqueles que hoje em
pelos técnicos da Divisão. Pensámos que des-
organização centenária, com credenciais fir-
dia contam com a SGS como um parceiro de
ta forma podemos proporcionar ao cliente um
madas nas mais diversas áreas de negócio
negócio.
apoio permanente, rápido e eficaz, disponibi-
em todo o mundo”, conclui Alcides Silva. Revista do Grupo SGS Portugal
03
Serviços de Supervisão
Galp Energia e Cires
Controlar o produto movimentado
Nos actos de embarque ou desembarque de mercadoria, a Galp Energia e a Cires contam com os serviços da SGS para proceder ao controlo da quantidade e da qualidade do produto.
A
Galp Energia, empresa de referência no mercado ibérico de energia, há muito que recorre aos serviços de inspecção e controlo da quantidade e da qualida-
de prestados pela SGS. Através da sub-unidade orgânica denominada Aprovisionamento e Trading, que tem como principal função a selecção e aprovisionamento de matérias-primas, a Galp Energia movimenta milhões de toneladas/ano de petróleo bruto e de produtos intermédios e finais como gasolina, gasóleo, fuel-óleo, betumes e nafta, entre outros. É justamente nesta fase, quando se procede à carga ou descarga dos produtos petrolíferos, tanto na refinaria de Sines como na do Porto, que a Galp Energia ‘se socorre’ da vasta experiência da SGS para testemunhar a exactidão dos procedimentos de determinação das quantidades e da qualidade dos produtos. Sílvia Fafaiol, directora de operações de Aprovisionamento e
04
Revista do Grupo SGS Portugal
Serviços de Supervisão
Trading da Galp Energia, não tem dúvidas em
o apoio de uma entidade inspectora, indepen-
dos e preparados para cumprir em pleno to-
reconhecer a importância deste serviço. "O
dente e fidedigna, que acompanha as medições
dos os nossos requisitos. Até ao momento,
testemunho do inspector da SGS é funda-
tanto na instalação expedidora como na ins-
consideramos uma mais-valia para a Galp Ener-
mental para o caso de existir algum diferen-
talação receptora do produto, por forma a ga-
gia contar com os serviços da SGS no que se
do entre o fornecedor e o cliente. Os valores
rantir o cumprimento dos procedimentos
refere à actividade de inspecção de carga e
de descarga do produto, tanto em termos
adequados e acordados entre o fornecedor
descarga de produtos petrolíferos. A SGS é
quantitativos como qualitativos, devem cor-
e o cliente", sublinha a directora.
uma empresa de referência internacional nes-
responder ao declarado no acto de embar-
te âmbito e, como tal, estamos satisfeitos com
que. Caso contrário, é necessário averiguar
SGS renova contrato
o know-how que tem manifestado ao longo
quais as causas que induziram às diferenças.
A Galp Energia trabalha em exclusivo com a
de muitos anos de actuação conjunta. Nas
Verificam-se, por vezes, situações de conta-
SGS no controlo por amostragem automática
operações de inspecção o fornecedor e o cli-
minação ou diferenças entre quantidades
em linha, cujo contrato de adjudicação foi re-
ente final têm de estar de acordo relativamen-
carregadas e descarregadas, para as quais é
centemente renovado por mais dois anos, no
te à entidade inspectora a nomear, para que
importante ter dados que permitam identificar
seguimento do concurso realizado este ano
esta represente um testemunho válido tem
responsabilidades", esclarece.
em que a proposta da SGS foi a seleccionada.
que ser aceite por ambas as partes e a SGS
Na Galp Energia os serviços de superinten-
Neste âmbito, a SGS é a entidade responsá-
tem conquistado o consenso necessário", ga-
dência da SGS são também utilizados nas
vel pela instalação e gestão dos amostrado-
rante a directora.
Luís Sobral Torres, director geral de Aprovisionamento e Logística da CIRES
Sílvia Fafaiol, directora de operações de Aprovisionamento e Trading da Galp Energia
transferências feitas por pipeline e não ape-
res automáticos de petróleo bruto a operar
nas nas que envolvem o uso de navios tan-
tanto na refinaria de Sines como na do Porto,
CIRES e SGS Uma parceria de 30 anos
ques. "Por norma, a Galp Energia adjudica os
que visam medir a qualidade do produto, atra-
A Companhia Industrial de Resinas Sintéti-
serviços de inspecção para todas as opera-
vés da recolha de uma amostra precisa e re-
cas, CIRES, SA, situada em Estarreja, é o úni-
ções de importação ou exportação de produ-
presentativa do todo, a qual é posteriormen-
co produtor de policloreto de vinilo, vulgar-
tos e para a aquisição de matéria-prima. Há,
te analisada num laboratório da Galp Energia.
mente conhecido por PVC, em Portugal. Com
no entanto, outra área de negócio em que
Como explica Sílvia Fafaiol, os diferentes ac-
uma capacidade instalada de 200 mil tonela-
consideramos igualmente importante man-
tos de verificação de mercadoria ocorridos du-
das/ano de resinas PVC tipo suspensão e de
ter a presença dos inspectores. Refiro-me às
rante o ano são adjudicados carga a carga. "A
aproximadamente 15 mil toneladas/ano de
transferências de produto por pipeline para
SGS absorve uma percentagem bastante
resinas PVC do tipo emulsão para pastas, es-
outros operadores do mercado nacional de
significativa de todas as inspecções que rea-
ta empresa abastece, sobretudo, a indústria
combustíveis. À semelhança das outras si-
lizamos na Galp Energia, porque encontramos
transformadora de PVC na Península Ibérica,
tuações, também neste caso contamos com
nesta empresa recursos humanos qualifica-
mas perspectiva diversificar os países de exRevista do Grupo SGS Portugal
05
Serviços de Supervisão
cil de transformar (por
-prima é muito profissional. Sabe como fa-
extrusão, injecção, mol-
zer e para a CIRES este conhecimento acu-
dação-sopro, calandra-
mulado é sinónimo de valor acrescentado",
gem, termo-moldação,
sublinha o director.
prensagem, recobri-
A CIRES recebe, em média, no Porto de
mento e moldagem de
Aveiro, cinco navios de três mil toneladas
pastas), não será difí-
cada de gás liquefeito de petróleo (LPG) por
cil prever um futuro
mês – oriundos da Holanda, França e Bélgi-
promissor para a utili-
ca – cuja carga é, na maioria das vezes, ins-
zação deste plástico.
peccionada pela SGS, tanto em termos quan-
A CIRES, que inicial-
titativos como qualitativos. "Paralelamente
mente (em 1960) pro-
ao relatório que confere os valores regista-
duziu a matéria-prima,
dos pelo operador do terminal, onde cons-
ou seja, o monómero
tam todas as diferenças encontradas na des-
de cloreto de vinilo,
carga do meio de transporte face à descri-
deixou praticamente
ção efectuada no manifesto da carga, a SGS
de fazê-lo na década
é também responsável pela emissão de um
de 70 quando a sua
documento onde confirma a qualidade da
produção se tornou
matéria-prima. Naturalmente que esta veri-
pouco competitiva pa-
ficação é feita por amostragem. Para que se
ra a empresa. Peran-
proceda ao desembarque, realizamos um
te este cenário, a
primeiro teste num mini-laboratório que a
CIRES começou a im-
CIRES possui no próprio terminal portuário
portar o monómero de
e, mais tarde, elaboramos análises mais com-
cloreto de vinilo atra-
pletas no laboratório de que dispomos nas
vés do Porto Industri-
instalações fabris de Estarreja, o qual está
al de Aveiro, onde pos-
acreditado para o efeito. Para validar estes
portação e conquistar quotas de mercado
sui infra-estruturas portuárias de recepção e
resultados, contamos com o testemunho da
noutros Estados-membros europeus.
armazenagem ligadas às instalações fabris
SGS, como entidade independente", infor-
O consumo mundial de PVC é, nos dias de
de Estarreja por pipeline numa extensão de
ma Luís Sobral Torres.
hoje, de cerca de 30 milhões de toneladas
23 kms.
O director geral de Aprovisionamento e Lo-
anuais, das quais 25% são utilizadas na Eu-
06
gística da CIRES recorda ainda que, hoje em dia, o serviço de inspecção prestado pela
cos mais procurados. A título de exemplo, re-
Empresa de referência = a valor acrescentado
fira-se que o PVC é um dos polímeros utiliza-
Os serviços de superintendência da SGS fo-
dústria no geral, uma vez que os valores de
dos no fabrico de reservatórios de sangue pa-
ram contratados precisamente nesta épo-
carga movimentados são, por norma, bas-
ra transfusões, tubos para diálise e para liga-
ca, decorria o ano de 1972, relembra Luís
tante significativos. "Como garantia contra
ções entre diversos equipamentos de medi-
Sobral Torres, director geral de Aprovisiona-
todos e quaisquer imprevistos decorrentes
cina. Prevê-se que o consumo deste materi-
mento e Logística da CIRES. "Foi nesse ano
do acto de embarque, toda a carga está co-
al continue em franco crescimento, uma vez
que começámos a importar monómero, por-
berta por um seguro. Em caso de diferendo
que é também largamente empregue em mui-
que o que produzíamos não satisfazia as ne-
entre as partes envolvidas, é necessário exis-
tos outros sectores da actividade económi-
cessidades da empresa. Com a chegada con-
tir uma terceira entidade, independente, que
ca, especialmente no domínio da construção
tínua de navios, foi inevitável recorrer aos
ateste a validade dos dados avançados. Só
civil (tubagem, perfis de janelas e portas, re-
serviços de inspecção prestados pela SGS,
deste modo podemos accionar a apólice de
vestimento de cabos eléctricos, telas para
na altura uma das poucas empresas a ope-
seguro porque há como justificar os valores
impermeabilização) e ainda em aplicações na
rar neste âmbito em Portugal. Desde então,
apresentados. A SGS tem sido uma das em-
indústria automóvel, brinquedos, electrodo-
e estamos a falar de uma relação de traba-
presas de supervisão escolhidas pela CIRES
mésticos, napas e couros artificiais e cintas
lho com mais de três décadas de existên-
porque, desde o início, é uma empresa que
transportadoras. Dado que o policloreto de
cia, temos consolidado esta parceria e os
nos merece confiança e tem sabido crescer
vinil é um material leve, quimicamente iner-
resultados satisfazem-nos plenamente. A
de acordo com os desafios impostos pelo
te e completamente inócuo, resistente ao fo-
SGS merece-nos toda a confiança e a equi-
mercado", conclui o responsável pela área
go e às intempéries, impermeável e isolan-
pa de técnicos que acompanha tanto as ope-
de Aprovisionamento e Logística do único
te, de elevada transparência, económico e fá-
rações de carga como descarga da matéria-
fabricante de PVC em Portugal.
ropa Ocidental, o que o torna um dos plásti-
Revista do Grupo SGS Portugal
SGS é uma verdadeira mais-valia para a in-
Supervisão & Logística
Sector de Supervisão Agrícola
Assegurar a qualidade e acautelar os riscos A ADP, a Oleocom, a Acembex e a Sorgal são algumas das empresas que recorrem aos serviços prestados pelo sector de Supervisão Agrícola. A superintendência das cargas e descargas é, cada vez mais, um factor crucial para assegurar a qualidade dos produtos transaccionados e para acautelar os riscos comerciais.
08
Revista do Grupo SGS Portugal
Supervisão & Logística
elas fronteiras portuguesas, seja por
P
via marítima ou por via terrestre, en-
"Na maior parte dos contratos, tanto o peso como a qualidade dos produtos são determinados ‘à carga’, o que dispensa a contratação de um serviço de verificação. Mas a SGS ainda intervém em cerca de 20% da mercadoria por nós transaccionada".
tram todos os anos milhares de tone-
ladas de produtos, os quais são alvo de inspecção e verificação, quer da quantidade quer da qualidade, por uma entidade terceira independente, idónea e credível. A supervisão das cargas e descargas é um dos serviços mais antigos da SGS, tendo inclusive dado origem à designação do grupo – Société Générale de Surveillance. Em Portugal este serviço tem especial ênfase na carga e descarga de cereais, petróleo e petroquímicos, minerais, madeiras e automóveis, entre outros. Através do sector de Supervisão Agrícola, a SGS fornece um vasto leque de serviços (de assistência às operações de carga/descarga;
Ramiro Raimundo, director-geral da Oleocom
determinação de pesos e quantidades; amostragem para fins de qualidade e de prevenção de contaminações; inspecções de limpeza de tanques de navios; draft surveys; ve-
tram mais vulneráveis, pode reduzir signifi-
nados ‘à carga’, o que dispensa a contrata-
rificação de avarias e estivas; on e off hires;
cativamente a exposição ao risco comercial
ção de um serviço de verificação. Mas a SGS
inspecção de contentores e de cargas; ga-
das partes envolvidas. “Por exemplo, há con-
ainda intervém em cerca de 20% da merca-
rantias de peso, qualidade e seguro) que são
tratos em que o valor dos produtos comer-
doria por nós transaccionada”, refere Rami-
colocados à disposição das empresas que
cializados são acertados em função da quan-
ro Raimundo.
transaccionam produtos agrícolas destinados
tidade e da qualidade registadas no momen-
ao consumo humano ou animal, como sejam
to da descarga, podendo os preços sofrer al-
Garantia de qualidade
cereais, oleaginosas, sub produtos (mandio-
guma alteração em função das variações re-
A existência de uma imposição legal e/ou con-
ca, farinhas, soja, etc.), azeite, peixe, açúcar
gistadas. Por isso, recorremos a uma entida-
tratual é, por norma, o principal motivo que
e café, entre muitos outros.
de terceira (habitualmente à SGS), que vai su-
leva as empresas a recorrer a este tipo de
pervisionar o processo, fazer o controlo do
serviços. Mas não é o único. Para um núme-
Controlar os riscos
peso da mercadoria, retirar uma amostra do
ro crescente de companhias, a inspecção das
Sempre que uma carga é vendida e compra-
produto, a qual é posteriormente enviada pa-
cargas e/ou descargas é um meio que lhes
da há um risco comercial envolvido, tanto pa-
ra um laboratório independente, em Londres”,
permite controlar, e assegurar, a qualidade
ra o vendedor como para o comprador. O ris-
explica Ramiro Raimundo, director-geral da
das matérias-primas que estão a adquirir. Afi-
co é tanto maior quanto maior for a distância
Oleocom - Comércio de Oleaginosas, SA.
nal, este é o primeiro passo do processo pro-
geográfica que separa os primeiros dos se-
A sociedade de trading importa dos EUA, Bra-
dutivo.
gundos, e pode significar a perda do produ-
sil, Argentina, Tailândia, bem como de alguns
“A procura e a contratação deste tipo de ser-
to, a sua deterioração e/ou a alteração das ca-
países europeus, matérias-primas destinadas
viço surge na sequência da preocupação da
racterísticas previamente contratadas, o que
à indústria nacional de rações, como farinhas
empresa em querer garantir a qualidade da
na prática se traduz na perda de valor do mes-
de soja, glutens e cereais.
sua produção”, sublinha António Moreira,
mo. Como parte integrante dos sistemas e
Por ano, a Oleocom movimenta cerca de um
director de Aprovisionamento da Sorgal - So-
dos procedimentos de garantia da qualidade,
milhão e meio de toneladas de mercadorias.
ciedade de Óleos e Rações. Com três unida-
a inspecção e análise dos produtos nos pon-
“Na maior parte dos contratos, tanto o peso
des de rações para animais e uma fábrica de
tos de movimentação, onde eles se encon-
como a qualidade dos produtos são determi-
alimento para peixe, a Sorgal tem uma proRevista do Grupo SGS Portugal
09
Supervisão & Logística
origem o produto tem determinadas carac-
de ao longo de todo o fluxo de aprovisiona-
terísticas, mas depois de uma longa viagem
mento de matérias-primas. “Mais do que um
os parâmetros de qualidade por nós exigidos
prestador de serviços, a SGS tem sido um
podem ter sofrido alguma alteração. Assim,
dos nossos principais parceiros nesta área”,
no momento da descarga, é feito novo con-
sublinha Luís Vasconcelos.
trolo de pesagem e nova amostragem e aná-
À semelhança da Sorgal ou da Oleocom, tam-
lise do produto pela equipa da SGS”, justifi-
bém a Acembex recorre aos serviços de su-
ca o responsável.
pervisão de cargas e descargas da SGS há
Nos últimos anos, tem vindo a assistir-se a uma crescente exigência do mercado ao nível da implementação de mecanismos de controlo que garantam a qualidade das rações animais. Um sentimento impulsionado pelas recentes crises na indústria alimentar, como a crise da BSE, no gado bovino, e dos nitrofuranos, nas aves. “Hoje em dia há uma grande preocupação com a alimentação animal. Para além da exigência dos consumidores, assiste-se também a um maior rigor na legislação que rege este sector. A nossa perspectiva é de que
"A procura e contratação deste tipo de serviço surge na sequência da preocupação da empresa em querer garantir a qualidade da sua produção".
só com um produto de qualidade nos conseguiremos impor no mercado, e esse processo tem início, desde logo, com a utilização de matérias-primas rigorosamente controladas por uma entidade independente e na qual depositamos toda a nossa confiança”, lembra António Moreira. Esta preocupação não é exclusiva da indústria nacional de rações, estendendo-se “a to-
António Moreira, director de Aprovisionamento da Sorgal
da a indústria alimentar”, como refere Luís Vasconcelos, gerente da Acembex. Detida pelo Grupo RAR - Refinarias de Açúcar Reunidas, a Acembex é uma empresa de
dução média mensal na ordem das 22 a 24
comércio internacional que centra a sua ac-
mil toneladas de ração para gado e de 1200
tividade na prestação de um serviço de logís-
a 1500 toneladas de alimento para peixe.
tica e aconselhamento. A empresa tem man-
Regularmente, a empresa compra nos paí-
tido uma posição de destaque como impor-
ses da União Europeia, principalmente em
tadora e distribuidora de cereais (trigo, milho,
França, Dinamarca, Inglaterra e Alemanha, as
arroz e cevada) e de outras matérias-primas
matérias-primas utilizadas na produção das
para as indústrias de rações e alimentar, mo-
rações. “Também importamos farinhas de
vimentando, através dos portos de Aveiro,
peixe, algas e proteínas da América do Sul,
Leixões e Lisboa, mais de 700 mil tonela-
designadamente do Perú e do Chile”, acres-
das/ano, o que a torna o segundo maior ope-
centa António Moreira.
rador nacional de cereais e seus derivados e
Apesar da maioria destas importações se-
o mais importante na zona norte do país.
"Muitas vezes impomos, contratualmente, a SGS como nosso representante nos mercados exteriores onde adquirimos as matérias-primas, para validar não só a qualidade como a quantidade do produto adquirido".
Luís Vasconcelos, gerente da Acembex
rem, obrigatoriamente, acompanhadas do res-
10
pectivo certificado de inspecção [documen-
Parceria internacional
uma larga dezena de anos. Desde meados
to máximo que verifica a quantidade e a qua-
O facto da empresa trabalhar numa lógica de
da década de 80 que a SGS é a entidade res-
lidade da transferência], a empresa tem opta-
B2B não diminui a preocupação dos seus res-
ponsável, em regime de outsourcing, pela fis-
do por contratar os serviços de Supervisão
ponsáveis em desenvolver, em colaboração
calização de todas as operações portuárias
Agrícola da SGS para efectuar o controlo no
com os seus clientes e fornecedores, um con-
da empresa, onde se inclui a actividade de
momento da descarga dos navios. “Na sua
junto de acções de controlo e rastreabilida-
controlo e supervisão das cargas e descar-
Revista do Grupo SGS Portugal
Supervisão & Logística
Supervisão além fronteiras
quiliza o cliente e protege quem vende. “Pa-
da, então, pela expansão do volume de transacções da Acembex, “pela confiança, pelo
Com alguma frequência, as empresas portu-
não há nenhuma imposição legal que obrigue
know-how e pelas capacidades técnicas da
guesas têm vindo também a recorrer aos ser-
à contratação de um serviço de supervisão
SGS e pelo reconhecimento internacional do
viços de Supervisão Agrícola do Grupo SGS
da carga. Contudo, por uma questão de se-
grupo, enquanto entidade independente e
noutros pontos do globo. Afinal, esta é uma
gurança, quer nossa quer dos clientes, recor-
idónea”, refere o gerente da empresa.
actividade tradicional do Grupo, prestada em
remos a esse serviço”, refere Pedro Manuel
Ao longo dos anos a parceria Acembex/SGS
mais de 140 países, com as tecnologias mais
Severiano, director de Aprovisionamento, Ma-
evoluiu internacionalmente, tendo conduzi-
sofisticadas e com o recurso a técnicos alta-
térias-Primas e Exportação da ADP - Adubos
do ao desenvolvimento conjunto de novos
mente especializados. “Para além de traba-
de Portugal. No momento do embarque da
modelos de actuação. Neste âmbito, surgiu
lharmos com a SGS no mercado nacional,
mercadoria, “os serviços de supervisão ga-
o Granex, uma adenda aos contratos inter-
muitas vezes impomos, contratualmente, a
rantem-nos a conformidade do produto, a sua
nacionais – a SGS está registada como mem-
SGS como nosso representante nos merca-
quantidade e verificam as condições de em-
bro das principais associações de comércio
dos exteriores onde adquirimos as matérias-
balagem e o tipo de transporte”, explica es-
de produtos do sector, entre as quais se des-
-primas, para validar não só a qualidade co-
te responsável. No caso de haver um conten-
tacam a GAFTA (Grain and Feed Trade As-
mo a quantidade do produto adquirido”, acres-
cioso com o importador, a informação e os
sociation) e a FOSFA (Federation of Oils, Se-
centa Luís Vasconcelos.
dados recolhidos pela SGS asseguram que
eds and Fats Association), que permitiu im-
À semelhança do responsável da Acembex,
tudo estava conforme.
gas. Uma relação “inovadora”, impulsiona-
ra as matérias-primas que movimentamos
plementar um controlo da qualidade à carga ‘mais sofisticado’, e que foi negociado em conjunto com os maiores exportadores franceses de trigo panificável. “Uma das al-
"Para as matérias-primas que movimentamos não há imposição legal que obrigue à contratação de um serviço de supervisão da carga. Contudo, por uma questão de segurança, recorremos a esse serviço".
terações introduzidas com este novo processo verificou-se na metodologia de amostragem à carga, que passou a ser feita de uma forma sistemática de 250 em 250 toneladas. Anteriormente fazia-se uma média do navio, o que na prática não impedia que na mesma mercadoria houvesse trigo de boa e má qualidade”, explica Luís Vasconcelos. Outro dos modelos pioneiros criados pela Acembex, com o apoio da SGS, está directamente relacionado com o processo de rastreabilidade e controlo de milhos não OGM
Pedro Manuel Severiano, director de Aprovisionamento, Matérias-Primas e Exportação da ADP
(organismos geneticamente modificados), desde a semente até ao consumidor final. Este processo inclui também a verificação e inspecção dos meios utilizados para o transporte do produto, desde os camiões que transportam o milho para o porto de embar-
também António Moreira reconhece as van-
Criada em 1997, a partir da fusão das duas
que até aos mecanismos utilizados na des-
tagens da dimensão internacional do Grupo.
maiores empresas adubeiras em Portugal,
carga, sem esquecer as condições do navio
“Uma parte dos certificados de inspecção
Quimigal e Sapec, a ADP ocupa uma posição
e o acondicionamento da carga.
que acompanham as importações são emiti-
de destaque na produção e comercialização
Mais recentemente, seguindo a lógica sub-
dos pela SGS. Ainda que nestas situações
de fertilizantes na Europa, sendo líder no mer-
jacente ao programa de controlo de OGM’s,
seja por conta do fornecedor, é uma seguran-
cado nacional, onde detém uma quota acima
foi montado um outro modelo piloto visando
ça acrescida para a empresa”, sublinha.
dos 70%. “Adubos azotados, fosfatados, fer-
a fiscalização de pesticidas e de metais pe-
Os serviços de superintendência do Sector
tilizantes líquidos, amoníaco e nitratos de cál-
sados no trigo. O processo tem início no si-
de Supervisão Agrícola são também utiliza-
cio”, são algumas das matérias produzidas e
lo em Inglaterra e só termina no controlo da
dos pelas empresas na actividade de expor-
que se destinam ao mercado ibérico e de ex-
farinha produzida em Portugal, abrangendo
tação. A validação, por uma entidade tercei-
portação, que abarca a Europa de Leste, Áfri-
também toda a fileira de serviços e transpor-
ra e idónea, da quantidade e qualidade da
ca, Médio Oriente, Extremo Oriente, Améri-
tes do produto.
mercadoria no momento do embarque tran-
ca do Sul e Oceânia. Revista do Grupo SGS Portugal
11
Supervisão & Logística
Porto de Sines
Um activo estratégico para a economia O Porto de Sines, que é uma infra-estrutura onde a SGS presta regularmente serviços através da sua Divisão de Recursos Naturais, é considerado desde há muito um “activo estratégico de desenvolvimento económico nacional”. José Monteiro de Morais, presidente da Autoridade Portuária de Sines (APS), explica porquê na entrevista que concedeu à SGS Global.
12
Qual o posicionamento do Porto de Sines
Se olharmos para os 25 anos de história des-
ais de contentores a nível mundial, e, refor-
no contexto actual?
te porto, somos obrigados a reconhecer-lhe
çando o cariz energético, e do Terminal de
O Porto de Sines, no contexto nacional, apre-
uma vocação essencialmente energética –
GNL (Gás Natural Liquefeito), que iniciou a
senta características fisiográficas ímpares, no-
Terminal Petroleiro; Petroquímico e Multipur-
sua exploração em Outubro de 2003.
meadamente a sua localização geográfica, no
pose (carvão). No entanto, o presente revela
entrecruzar das principais rotas comerciais,
uma nova faceta deste porto, que hoje em dia
Que estratégia tem vindo a ser seguida pa-
dispondo ainda de profundidades que rondam
oferece múltiplas oportunidades na movimen-
ra a optimização das valências que acaba
os -28m (no Posto 2), em fundos rochosos,
tação de diferentes tráfegos – Carga Geral
de referir?
sem necessidade de se recorrer a assorea-
(unitizada, a granel e contentorizada) no Ter-
A estratégia adoptada e a adoptar pela APS
mento, permitindo a recepção dos maiores
minal Multipurpose. Dispomos também de
assenta em dois grandes eixos. Por um lado,
navios utilizados hoje em dia, sem qualquer
um Terminal de Contentores, que coloca o
pretendem-se concessionar, de uma forma
restrição.
Porto de Sines nas principais rotas comerci-
sustentável, as actividades ainda desempe-
Revista do Grupo SGS Portugal
Supervisão & Logística
nhadas pela administração portuária; e, por
tes; promoção do porto, onde para além de
necessárias para a atracção de indústrias e de
outro, pretende-se alargar o âmbito de actua-
acções que visem o aumento da sua notorie-
actividades logísticas; Agência Portuguesa pa-
ção, desenvolvendo novas actividades rela-
dade se dará particular importância à criação
ra o Investimento, relativamente à qual temos
cionadas com a recepção do GNL, o tráfego
das condições de competitividade e eleva-
grandes expectativas; CP, Refer e Instituto de
contentorizado e a zona de actividades logís-
dos padrões de serviço, em estreita colabo-
Estradas de Portugal, enquanto entidades ges-
ticas, determinantes para o desenvolvimen-
ração com a comunidade portuária; e o de-
toras de transportes, no desenvolvimento dos
to da região e, consequentemente, do país.
senvolvimento dos sistemas de informação,
acessos ao porto; o Aeroporto de Beja, na de-
A implementação destas linhas estratégicas
com o objectivo de integração progressiva do
finição de uma estratégia integrada para o trá-
ridade Portuária do Porto de Sines passarão
negócio portuário e simplificação de procedi-
fego de mercadorias; e as entidades oficiais
pelos seguintes eixos: estabelecimento de
mentos, entre outros.
que actuam no porto como parceiros nas con-
está a ser feita através de um programa de acção denominado Programa Neptuno, mediante o qual se pretende transformar o Porto de Sines de um activo energético do país num activo estratégico do desenvolvimento nacional.
Alargar intervenção Com que modelo de Autoridade Portuária o pensa conseguir? No que se refere ao modelo da Autoridade Portuária, o Porto de Sines tem por objectivo adoptar o modelo de Landlord Port, motivo pelo qual está em curso o processo de concessão do Terminal Petroleiro, único terminal que ainda é operado pela Autoridade Portuária. Esta situação será alterada até ao fim do corrente ano, data a partir da qual as funções da Autoridade Portuária serão particularmente centradas na actividade normativa, reguladora e promocional. A partir de então, as prioridades e os domínios de actuação da Auto-
uma visão comum para o desenvolvimento
dições de competitividade e segurança.
estratégico do porto; articulação com a co-
A regulamentação, ou o seu reforço, e a
munidade de agentes intervenientes; gestão
segurança do porto serão, com certeza,
das concessões, garantindo a prestação de
igualmente prioritárias!…
Funcionalidades actuais e futuras
serviço público; e participação activa no de-
Obviamente que sim, que para nós é extrema-
Qual é o ponto de situação possível, em
senvolvimento económico do porto e da sua
mente importante o desenvolvimento de ac-
termos operacionais, do terminal de con-
zona de influência.
ções de reforço da regulamentação portuária
tentores deep sea (Terminal XXI), conces-
já existente no Porto de Sines, que vá ao en-
sionado à PSA Corporation?
Nesse âmbito, quais passam a ser, então
contro das medidas de segurança mais exigen-
O Terminal de Contentores está a ser cons-
e especificamente, as funções da APS?
tes no que se refere ao transporte de merca-
truído faseadamente, sendo que a Fase 1A
Para além da execução das medidas anterior-
dorias perigosas e fiscalização da carga que
se encontra concluída. Neste momento, o Ter-
mente referidas, a APS irá concentrar-se nas
transita em contentores. Assim como é igual-
minal tem capacidade para a movimentação
tarefas nucleares da função de autoridade
mente importante a articulação com as insti-
de 320.000 TEU’s e está pronto para entrar
portuária, que são a valorização do capital hu-
tuições centrais, regionais e locais, garantindo
em funcionamento. O seu funcionamento em
mano, através da criação de novas oportuni-
uma conveniente integração de esforços. Re-
pleno dependerá das condicionantes do mer-
dades de evolução profissional e do desen-
alço aqui as seguintes instituições: Câmara Mu-
cado em si. Como sabe, a movimentação de
volvimento de acções de reciclagem e for-
nicipal de Sines, na definição do ordenamento
contentores é um mercado totalmente novo
mação profissional; redução do impacto am-
urbano da frente portuária e na definição de
em Sines, e sempre que assim é o arranque
biental do porto, assegurando o cumprimen-
uma articulação estratégica de desenvolvimen-
é um pouco difícil. No entanto, continuamos
to de normas ambientais e estimulando o in-
to local; PGS - Promoção e Gestão de Áreas
convictos de que este Terminal será um su-
vestimento em tecnologias menos poluen-
Industriais e Serviços, na criação de condições
cesso num futuro muito próximo, uma vez Revista do Grupo SGS Portugal
13
Supervisão & Logística
A implementação do Sistema de Informação para a Comunidade Portuária teve como objectivo a implementação de um sistema informático, que permita a transferência electrónica dos documentos e da informação com vista ao despacho de mercadorias e navios, bem como a célere tramitação burocrática associada. O seu desenvolvimento decorre de uma parceria entre a APDL (Administração dos Portos de Douro e Leixões), APL (Administração do Porto de Lisboa) e a APS (Administração do Porto de Sines), com possibilidade de ser alargado aos outros portos. É também parceiro importante a DGAIEC Direcção Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo/DGITA - Direcção Geral de Informática e Apoio aos Serviços Tributários e Aduaneiros, que no âmbito do projecto ISPS - International Ship and Port Facility Security está a desenvolver o sistema informático das alfândegas para o despacho aduaneiro se processar electronicamente (declarações electrónicas), com base na informação proveniente do Sistema de Informação para a Comunidade Portuária. Digamos que se trata do melhor que há em “tecnologia portuária” ao serviço da que a APS,SA e a PSA Corporation têm uni-
armazenagem com capacidade de 120.000m3
eficiência…
do sinergias e continuam a trabalhar em con-
cada, tendo sido deixado espaço para a cons-
Exactamente, até porque este sistema per-
junto para o sucesso desta infra-estrutura.
trução de um terceiro tanque, caso o merca-
mitirá também a curto prazo, a transferência
do assim o exija.
electrónica de manifestos provenientes dos
E da Zona de Actividades Logísticas?
Durante o último trimestre do ano transacto,
Agentes de Navegação para a Alfândega, e a
Neste momento, e até final de Julho de 2004,
este terminal recebeu 4 navios testes, ten-
transferência de informação entre os conces-
decorre o estudo de viabilidade da ZAL (Zo-
do a actividade comercial propriamente dita
sionários e a Alfândega, passando toda esta
na de Actividades Logísticas).
arrancado no início do corrente ano. Estão 22
informação sempre pelo sistema da Autori-
navios agendados para este ano, o que signi-
dade Portuária. Além disso, a aplicação per-
Em finais de 2003 entrou em funcionamen-
fica que este terminal está a revelar-se um
mite também outras funcionalidades, como,
to o novo Terminal de GNL. Qual a capa-
sucesso.
por exemplo, a marcação de manobras, o pedido de serviços para os navios, a elaboração
cidade deste terminal e como está a de-
14
correr o seu funcionamento?
Um porto avançado
de estatística associada à movimentação dos
Com o novo Terminal de GNL dotamos o
Para terminar, que capacidades tecnológi-
navios no porto, e a execução da facturação
país de uma infra-estrutura capaz de reduzir
cas do porto gostaria de enfatizar junto
decorrente da utilização do porto.
a sua dependência energética face a países
dos potenciais clientes do mesmo?
O CDN está ainda equipado com um VTS (Ves-
vizinhos, permitindo o abastecimento alter-
O desenvolvimento das operações portuárias
sel Traffic System) que contribui para o au-
nativo de GNL a custos muito competitivos.
e o crescimento do porto em novas valências
mento do nível de segurança e protecção do
Adicionalmente, os novos tanques de gás
foi sendo acompanhado pela melhoria cons-
meio ambiente da área portuária marítima,
permitem a distribuição de gás natural ao sul
tante dos processos, nela assumindo um pa-
sendo que os dados actuais de detecção do
do país e a refrigeração a baixo custo de áreas
pel de relevo o Sistema de Informação para
tráfego resultam da captura de radar. Por ou-
contíguas de armazenagem, através do apro-
a Comunidade Portuária. O centro nevrálgico
tro lado, existem ainda estações meteoroló-
veitamento do frio libertado pelo processo de
do relacionamento entre o porto e os seus
gicas, ondulação por bóia, ondógrafo, esta-
regaseificação do GNL. Deste modo, é pos-
clientes é o CDN (Centro de Despacho de
ção meteorológica atmosférica e ondulação
sível dotar os novos espaços logísticos a cons-
Navios), que concentra num único local o aten-
por radar que recolhem e tratam dados me-
truir dentro do porto de uma vantagem com-
dimento, a fiscalização e o desembaraço de
teorológicos em tempo real, permitindo as-
petitiva única a nível regional.
todas as actividades operacionais e comerci-
sim a tomada de decisões e acções de pro-
O terminal está dotado de dois tanques de
ais do porto 24 horas por dia.
tecção e prevenção.
Revista do Grupo SGS Portugal
Serviços de Logística
Logística
Soluções à medida do cliente Com um entreposto na Maia (Leixões) e outro em Lisboa, inaugurado no início do ano, a SGS prepara terreno para oferecer um serviço integrado de logística na Península Ibérica até final de 2005.
om um entreposto na Maia e outro
C
em Lisboa, a Divisão de Logística da SGS disponibiliza um conjunto de ser-
viços logísticos completos a todos os seus clientes, sejam estes importadores, exportadores ou parceiros transitários. A par das actividades normais inerentes ao funcionamento de cada entreposto, como a descarga e desconsolidação das mercadorias contentorizadas de países terceiros e comunitários, respectiva identificação e titularização, de modo a que o importador possa proceder ao despacho aduaneiro da mercadoria, a Divisão de Logística da SGS faculta aos seus clientes serviços de controlo da qualidade das mercadorias, entrepostagem aduaneira, gestão de stocks, distribuição e inspecções da qualidade. “Fornecemos um serviço completo desde a origem ao destino, incluindo a logística e o controlo da qualidade da mercadoria. Inclusive, contamos com o apoio de laboratórios têxteis para o controlo da qualidade do algodão,
Luís Pinto director da Divisão de Logística
no âmbito do serviço de cotton surveillance que também prestamos”, explica Luís Pinto, director da Divisão de Logística desde 1999.
16
Revista do Grupo SGS Portugal
Serviços de Logística
Serviço aos exportadores
te do mundo, executando todas as funções
Em Lisboa, onde no início de 2004 foi inau-
que lhe são inerentes, desde a classificação
gurado um entreposto público, a SGS pres-
aduaneira até à tramitação da documentação
ta serviços que englobam a importação de
junto das autoridades competentes.
países terceiros, cargas comunitárias e ex-
O entreposto público da Maia tem uma área
portação, prevendo-se a extensão desta últi-
coberta de 7000m2 e o de Lisboa tem 2750m2,
ma ao entreposto da Maia até ao final do ano.
implantado numa área com 4000m2. Em Lis-
“Os clientes que trabalham connosco em Lis-
boa, o entreposto conta com uma ´máquina
boa já nos conhecem, pelo que as expecta-
de cheios´, um equipamento com capacida-
tivas são bastante elevadas. Até agora o ní-
de para manusear contentores cheios até 45
vel de satisfação é bom. Além disso, com a
toneladas de peso. Como explica Luís Pinto,
abertura em Lisboa asseguramos uma liga-
trata-se de um equipamento extremamente
ção diária de transporte de mercadorias en-
útil, pois aumenta substancialmente a capa-
tre Lisboa-Porto e Porto-Lisboa. A nossa pos-
cidade de movimento de cargas e descargas.
tura é a de corresponder às necessidades
Os camiões dos transitários não precisam de
dos clientes e estar onde os clientes preci-
ficar à espera de que se descarreguem ou
sam.
carreguem os conteúdos dos contentores.
A abertura do entreposto em Lisboa e a cri-
No Porto, e enquanto o movimento não o jus-
ação do serviço de exportação é o exemplo
tificar, continuam a ser utilizados os cais de
desse nosso posicionamento, pois veio dar
descarga. O movimento mensal atinge as cer-
resposta a necessidades específicas dos cli-
ca de 5000 toneladas de carga, para uma equi-
entes deste mercado”, sustenta Luís Pinto.
pa de 21 colaboradores.
Os entrepostos da Maia e Lisboa funcionam
Expandir a actividade a outras zonas do país
como ponto de partida e chegada para e de
é um objectivo a atingir a curto prazo. Os pla-
todo o país. Com os operadores de transpor-
nos passam, inclusive, e como avança o di-
te parceiros, a SGS Portugal executa qual-
rector da Divisão de Logística, por oferecer
quer tipo de transporte door to door ou wa-
um serviço integrado em toda a Península
rehouse to warehouse e tem capacidade pa-
Ibérica a partir do porto de Barcelona e/ou do
ra oferecer soluções de entrega de merca-
porto de Valência, que ganham cada vez mai-
doria em qualquer ponto da União Europeia.
or relevância ao nível dos transportes maríti-
“Os operadores de transporte e os transitá-
mos.
Cotton Surveillance A actividade Logística da SGS começou em 1981 com a abertura e gestão de um entreposto afiançado de algodão em rama para um cliente. Muito evoluiu desde então, mas o algodão ainda hoje está presente nos serviços da empresa com o chamado Cotton Surveillance. Através da rede de afiliadas nos países de produção e consumo de algodão, o Grupo SGS presta inúmeros serviços a vendedores e compradores, entre os quais controlo do peso do fardo a fardo ou carregado em camiões/contentores, extracção de amostras para verificação da qualidade (da referência, grau e comprimento da fibra), testes para determinação de espessura, resistência, HVI e teor de açúcar ou viscosidade das amostras extraídas, inspecções externas de avaria do algodão durante a carga ou descarga, inspecções a corpos estranhos e inspecções de avarias de origem e determinação do teor de humidade.
rios são nossos clientes, mas a nossa relação com eles é de total parceria. Tentamos ser parte da solução que o
Gestão de stocks
transitário precisa para pres-
Através das mais sofisticadas
tar o melhor serviço aos res-
soluções de tecnologias de in-
pectivos clientes”, esclarece o director da Divisão. E acrescenta: “trabalhamos
formação e comunicação disponíveis, a SGS disponibiliza
também com traders, fun-
aos clientes um serviço de ges-
cionando como hub de dis-
tão de stocks online com cál-
tribuição para toda a Euro-
culo de ponto de encomenda
pa”.
e quantidade económica ópti-
A nível aduaneiro, a SGS pro-
ma, que disponibiliza informa-
cede aos despachos adua-
ção online sobre existências.
neiros das mercadorias, em Portugal e em qualquer parRevista do Grupo SGS Portugal
17
Serviços de Logística
Parcerias inteligentes
A Ladeiras & Machado, Despachantes Oficiais, é o parceiro de confiança na actividade logística desenvolvida pela SGS Portugal. A Transcinco e a Portocargo testemunham como clientes, exigentes mas satisfeitos, a eficácia com que a Divisão de Logística resolve todos os seus problemas enquanto utilizadores dos seus entrepostos aduaneiros.
A
18
Revista do Grupo SGS Portugal
relação entre Manuel António La-
agentes da praça do Porto de Leixões para
deiras, sócio gerente da Ladeiras &
operações de manuseamento de cargas (par-
Machado, Despachantes Oficiais,
ticularmente de algodões) e, enquanto con-
Lda., com a SGS remonta aos anos sessenta,
signatária, a um despachante oficial para ge-
quando desempenhava as funções de aju-
rir a parte de documentação relativa à pro-
dante de um despachante. A empresa de que
priedade e entrega de mercadorias.
é sócio, constituída nos anos setenta, traba-
“Em meados dos anos oitenta foi publicada
lha desde então com a SGS, sobretudo des-
legislação que criava pela primeira vez a figu-
de o início da década de oitenta, quando a
ra do depósito provisório privado e depósito
SGS assumiu a actividade de consignatária
provisório público. Influenciada por mim, a
de carregadores estrangeiros, recorrendo aos
SGS candidatou-se ao estabelecimento de
Serviços de Logística
um terminal público de recepção de cargas
de cumprir uma série de formalidades alfan-
os seus clientes da área da Logística”.
por via marítima. Foi recusado, mas, atentos
degárias e operacionais. É aqui que entra o
A Ladeiras & Machado conta com quatro
à realidade, verificámos que a lei previa a fi-
serviço da Ladeiras & Machado, que, no ca-
despachantes oficiais e 20 colaboradores,
gura da cessação de mercadorias, isto é, a
so de importação por via marítima, trata de
entre ajudantes e pessoal administrativo.
possibilidade de transferir mercadorias a ter-
toda a documentação junto da Alfândega em
Além das instalações da sede, em Leixões,
ceiros. Optámos por esse caminho. Reorga-
coordenação com as autoridades portuárias,
a empresa tem uma delegação no Peso da
nizámos o processo e solicitámos à Direc-
com os agentes de navegação e com os ope-
Régua para apoio aos sistemas de impos-
ção Geral das Alfândegas autorização para
radores portuários. Este serviço torna pos-
tos especiais do consumo de bebidas alco-
estabelecer um depósito privado, que na prá-
sível a transferência dos meios de transpor-
ólicas, nomeadamente do Vinho do Porto.
tica correspondia às necessidades da activi-
te dos contentores das docas para os entre-
Poucos clientes mas bons é a estratégia se-
dade da SGS. Enquanto consignatária, tinha
postos da SGS. A Ladeiras & Machado tra-
guida de há uns anos a esta parte, e com
a possibilidade de ceder as mercadorias aos
ta, também, da documentação aduaneira pa-
bons resultados.
verdadeiros proprietários. E foi assim que a
ra a entrega das mercadorias ao importador
SGS criou o primeiro armazém afiançado e
ou destinatário das mesmas. Com rapidez
iniciou a actividade de logísitica”, recorda Ma-
e a máxima eficiência. “A Ladeiras & Ma-
Clientes plenamente satisfeitos
nuel António Ladeiras. Foi também em par-
chado tem estado permanentemente ao la-
A Portocargo, fundada em 1990, e a Transcin-
ceria que, já nos anos 90, foi organizado o
do da SGS no cumprimento de todo o con-
co, constituída em 1997, são empresas vo-
processo de transformação do depósito pri-
junto de obrigações aduaneiras e no encon-
cacionadas para o transporte nacional e in-
vado em depósito público (entreposto) e a
trar de soluções consentâneas com os ob-
ternacional de mercadorias e que encaram a
correspondente abertura à carga geral (im-
jectivos dos clientes da própria SGS, de acor-
SGS como um parceiro de negócio. “Opera-
portação de países terceiros e cargas comu-
do com os objectivos comerciais que per-
mos sobretudo com cargas com origem ou
nitárias).
segue. A nossa postura é a de estarmos
destino para mercados extra-comunitários,
Tanto durante o regime de entreposto afian-
atentos, termos sempre presentes os prin-
pelo que necessitamos de as desconsolidar
çado como no de entreposto aduaneiro, a La-
cipais dossiês de legislação nacional, comu-
ou grupar num entreposto aduaneiro. E a SGS,
deiras & Machado é o parceiro da SGS no
nitária e internacional em matéria de comér-
além de ter entrepostos aduaneiros que nos
cumprimento das formalidades aduaneiras
cio externo, sermos profissionais e, sempre
prestam esse serviço, é o melhor operador
necessárias. Cheguem por via marítima ou
que o considerarmos conveniente, levar ao
logístico do mercado. Não tenho qualquer dú-
rodoviária, as mercadorias importadas de paí-
conhecimento da SGS todas as situações
vida”, afirma sem hesitações Fernando Vei-
ses terceiros para entrarem nos entrepostos
novas que possam contribuir para que a em-
ga, sócio gerente da Transcinco. Orientada
da SGS (à consignação ou de clientes) têm
presa melhore o serviço que presta a todos
para a carga marítima, nomeadamente no
"A Ladeiras & Machado tem estado permanentemente ao lado da SGS no cumprimento de todo o conjunto de obrigações aduaneiras e no encontrar de soluções consentâneas com os objectivos dos clientes da própria SGS, de acordo com os objectivos Manuel António Ladeiras sócio gerente da Ladeiras & Machado
comerciais que persegue”.
Revista do Grupo SGS Portugal
19
Serviços de Logística
"Operamos sobretudo com cargas com origem ou destino para mercados extra-comunitários, pelo que necessitamos de as
“Escolhemos a SGS pelo facto de termos
desconsolidar ou grupar num
boas relações com a empresa e nos prestar
entreposto aduaneiro. E a SGS,
um serviço que nos satisfaz plenamente.
além de ter entrepostos aduaneiros que nos prestam
Quer na credibilidade de que desfruta quer na forma como descarrega e acondiciona as cargas e pela celeridade que imprime aos
esse serviço, é o melhor
processos de desalfandegamento. Tem, ain-
operador logístico do mercado.
da, facilidade na forma de recepcionar as car-
Não tenho qualquer dúvida".
gas e isso é muito importante para a obtenção do chamado título de depósito, pois é
Fernando Veiga sócio gerente da Transcinco
com ele que o despachante oficial apresenta as mercadorias à Alfândega para que possam ser desalfandegadas. Nos entrepostos da SGS está um representante da Alfândega que abre os contentores (no nosso caso
"Escolhemos a SGS pelo facto de termos boas relações com a empresa e nos prestar um serviço
a maioria chega por via marítima), assiste à conferência da mercadoria e, se tudo estiver correcto, são emitidos os títulos de depósito das mercadorias, que ficam à confiança
que nos satisfaz plenamente.
da SGS até que sejam desalfandegadas e se-
Quer na credibilidade de que des-
ja autorizada a sua saída para entrega ao im-
fruta quer na forma como
portador”, explica Mário de Sousa, director
descarrega e acondiciona as cargas e pela celeridade que imprime aos processos de desalfandegamento.“
geral da Portocargo. E acrescenta: “a rapidez e a celeridade são factores de escolha importantes de um operador, mas as condições de segurança e higiene de manuseamento e armazenagem das cargas também. Trabalhamos com cargas de zonas remotas, longínquas, e todo o cuidado é pouco para o
Mário Sousa director geral da Portocargo
seu manuseamento, seja no país de origem seja no de chegada. A SGS procede com muita cautela, exactamente como queremos que faça, e por isso o seu serviço nos satisfaz.
segmento de grupagem de mercadorias, a
fissionalismo para encontrar soluções e re-
Também damos muito importância ao acon-
Transcinco tem como mercados prioritários
solver problemas é o que conseguimos a tra-
dicionamento da mercadoria nos armazéns,
África, China e Índia, ao nível das importa-
balhar com a SGS”, reitera o sócio gerente
até porque enquanto empresa de transpor-
ções, e EUA, Brasil e Canadá nas exporta-
da Transcinco.
tes certificada, qualquer reclamação é mui-
ções. “A escolha do operador logístico com
20
to penalizante”, conclui o director geral da
que se trabalha depende, em primeiro lugar,
Sinergias rentáveis
Portocargo.
do conhecimento do negócio. Depois, é ex-
Os primeiros contactos da Portocargo com
A Portocargo, com sede em Vila da Telha e
tremamente importante a capacidade técni-
o Grupo SGS estão directamente ligados ao
uma filial em Lisboa, planeia, coordena e exe-
ca para desenvolver o serviço necessário e,
seu processo de certificação, através do qual
cuta o transporte de mercadorias desde as
obviamente, capacidade logística. Instalações
se tornou a primeira empresa transitária por-
mais remotas origens até ao mais longínquo
adequadas onde as mercadorias cheguem
tuguesa a obter a certificação de acordo com
destino, independentemente dos meios de
em perfeitas condições e assim se mante-
a norma NP EN ISO 9001:2000. A relação ao
transporte usados. Muitos clientes exporta-
nham em locais apropriados e facilitadores
nível da certificação mantém-se até hoje, sen-
dores da Portogargo utilizam também os ser-
do seu encaminhamento para o cliente final.
do que desde então a Portocargo recorre tam-
viços de supervisão e inspecção de cargas
Rapidez, eficiência, cuidado no manuseamen-
bém aos serviços de logística da SGS en-
da SGS contratados pelas autoridades dos
to da carga, flexibilidade, capacidade e pro-
quanto operador autorizado à chegada.
países de destino.
Revista do Grupo SGS Portugal
Ensaios & Testes
Laboratório de Ensaios Têxteis
Controlar a qualidade têxtil para superar desafios
O Laboratório de Ensaios Têxteis da SGS Portugal foi criado em 1983 com o objectivo de apoiar a indústria têxtil a realizar com maior precisão o controlo da qualidade dos seus produtos, de acordo com as diferentes normas nacionais e internacionais, e com as especificações referidas nos cadernos de encargos dos clientes.
O
rientado por princípios e valores rigorosos, o Laboratório de Ensaios Têxteis (LABT) da SGS Portugal,
em Leça da Palmeira, executou até ao momento um elevado leque de testes a pedido, sobretudo, de pequenas e médias empresas portuguesas, localizadas na zona Norte do país, particularmente no Vale do Ave, onde está concentrada a maioria das unidades ligadas ao sector. Segundo explicou Dora Cardoso, responsável do LABT, "o laboratório está vocacionado para controlar a qualidade das matérias têxteis, em particular tecidos e malhas. Relativamente aos fios e às fibras, estamos equipados para efectuar ensaios químicos", sublinha. Acreditado pelo Instituto Português da Qua-
22
Revista do Grupo SGS Portugal
Ensaios & Testes
lidade, o laboratório está preparado para pro-
ência. Por outro lado, permitiu-nos também
mover, entre outros, os seguintes ensaios:
avançar para a realização de ensaios de acor-
identificação de fibras; composição e cons-
do com outras normas".
trução de tecidos; determinação da estabilidade dimensional à lavagem, à limpeza a se-
Investir para inovar Em 2003, o laboratório adquiriu um novo software para o dinamómetro, um novo programa para a máquina de testes da estabilidade dimensional, um Elmatear para ensaios de resistência ao rasgo e um Crockmaster para analisar a solidez do tinto à fricção. A SGS Portugal apostou, também, na compra de uma câmara de avaliação da formação de borbotos e de um novo agitador mecânico, bem como na montagem de uma sala para avaliação do aspecto do enrugado após lavagem e secagem domésticas. A empresa investiu, ainda, na aquisição de uma série de outros acessórios complementares ao bom desenvolvimento do trabalho e implementou um novo sistema de ar condicionado, uma vez que diversos ensaios têm de ser efectuados em ambiente controlado. Em 2004, está previsto continuar a inovar e a apetrechar
Dora Cardoso, directora técnica do Laboratório de Ensaios Têxteis
o laboratório com equipamentos de ponta para assegurar um apoio permanente, rápido e eficaz ao cliente. Uma das prioridades, conta Dora Cardoso, "passa pela renovação dos secadores de roupa. Há outros equipamentos a ponderar, mas estão dependentes do co e à imersão em água; resistência à rotura
volume de trabalho requerido pela indústria
e alongamento; resistência ao rasgo; resis-
têxtil", explica.
tência e deslizamento das costuras; resistên-
A responsável pelo Laboratório de Ensaios
cia à abrasão, à formação de borboto; solidez
Têxteis lamenta, no entanto, a pouca sensi-
dos tintos a diferentes agentes; teste de fla-
bilidade que as empresas portuguesas de-
mabilidade; e determinação do pH.
monstram relativamente ao controlo da qua-
Para continuar a desenvolver um serviço con-
lidade. "A maioria das empresas têxteis
cordante com os elevados padrões de quali-
recorrem aos serviços de ensaios porque são
dade habitualmente prestados por qualquer
obrigadas pelos seus clientes, que cada vez
departamento da SGS Portugal e manter uma
mais apresentam cadernos de encargos que
entrega rápida dos resultados dos ensaios
definem à partida rigorosos critérios e pa-
aos clientes, a empresa investiu 40 mil eu-
drões de exigência a nível da qualidade para
ros em 2003, perspectivando investir o mes-
cada gama de produtos têxteis. Não temos
mo valor no presente ano para actualizações
muitas experiências de clientes que nos so-
de software e substituição de equipamentos.
licitem ensaios voluntariamente, quando de-
Esta acção, diz Dora Cardoso, "contribuiu em
veria ser um princípio básico, tendo em vis-
definitivo para uma melhoria substancial do
ta a satisfação máxima do cliente final. Con-
nosso trabalho em termos de rapidez e efici-
trariamente ao que se passa na Europa, es-
"A maioria das empresas têxteis recorrem aos serviços de ensaios porque são obrigadas pelos seus clientes, que cada vez mais apresentam cadernos de encargos que definem à partida rigorosos critérios e padrões de exigência a nível da qualidade para cada gama de produtos têxteis”.
Revista do Grupo SGS Portugal
23
Ensaios & Testes
pecialmente em França e Inglaterra, Portugal está bastante atrasado em termos legislativos. Nada tem sido feito neste âmbito e, portanto, cada um age de acordo com a sua consciência, o que está errado. Com a globalização dos mercados, novos desafios são colocados a todos os sectores da economia portuguesa e a indústria têxtil não é excepção. Se não acompanharmos os outros países, com realidades sócio-económicas bastante diferentes, corremos o risco de sermos anulados. É importante que os empresários portugueses reconheçam esta realidade e se preparem para enfrentar com êxito tais desafios. Mudem estratégias e alterem procedimentos, por forma a garantirem a qualidade máxima do produto final", conclui Dora Cardoso.
Consumer Testing Services Segurança nas importações/exportações
O
24
Laboratório de Ensaios Têxteis desem-
cos, vidro, livros, cortiça, entre outras maté-
penha funções complementares aos
rias, os têxteis, (tecidos e vestuário) e o cal-
serviços do Departamento Consumer Tes-
çado assumem maior predomínio no volume
ting Services da SGS Portugal. Este Depar-
de negócios do Consumer Testing Services.
tamento presta serviços em outsourcing ,
Paralelamente às inspecções, Joaquim Lou-
de forma a que as empresas concentrem
reiro salienta ainda a vocação do Departa-
toda a atenção no seu negócio e deixem
mento para prestar serviços de consultoria e
nas mãos dos especialistas mundiais da SGS
para executar auditorias aos fornecedores,
as operações inerentes à qualidade e logís-
com vista a averiguar se cumprem os regu-
tica dos produtos. Como explica Joaquim
lamentos e normas estabelecidas no contra-
Loureiro, gestor operacional deste sector,
to. "Temos capacidade técnica e de recursos
"é um serviço adaptado às necessidades de
humanos para acompanhar na globalidade to-
cada cliente. Disponibilizamos um pacote de
do o processo de importação ou exportação,
serviços que cobre as áreas de prospecção,
fomentando um trabalho de filtragem até ao
selecção e avaliação de fornecedores, de con-
cliente final. As empresas que nos procuram
trolo da qualidade dos produtos, transporte
estão protegidas e salvaguardadas de im-
e logística. Prestamos todo o apoio ao clien-
previstos. Garantimos, praticamente a 100%,
te tanto na gestão de importações como de
a segurança da transacção, a redução de ris-
exportações, porque temos agências em
cos de importação de produtos não confor-
todo o mundo, com uma equipa de peritos
mes a optimização dos custos. No exercício
altamente especializada no controlo da qua-
da nossa actividade procuramos actuar de
lidade", sublinha.
acordo com elevados níveis de competência,
Apesar de estarem vocacionados para ins-
profissionalismo, protecção e confidenciali-
peccionar encomendas de produtos cerâmi-
dade", conclui o gestor operacional.
Revista do Grupo SGS Portugal
Joaquim Loureiro, gestor de clientes do Departamento Consumer Testing Services
Segurança de Equipamentos
Novo Departamento da SGS Portugal O Departamento de Segurança de Equipamentos da SGS Portugal está operacional desde o início de 2004, apesar de o serviço de segurança de equipamentos estar disponível desde o segundo semestre de 2003. Este Departamento presta serviços que complementam as actividades de consultoria, inspecção e certificação da SGS Portugal e, brevemente, vai estar também ao serviço de fabricantes, no âmbito da verificação da conformidade de fabrico de equipamentos, de acordo com a Directiva Máquinas.
A
SGS Portugal decidiu apostar for-
operacionais. Não basta ser um bom técnico
temente, no início de 2004 na pres-
metalomecânico, é necessário ter formação
tação de serviços de segurança de
em segurança. Além disso, a estratégia da
equipamentos, uma área de negócio que in-
SGS para esta área é a de actuar na vertente
tegra a Divisão Industrial e que, atendendo às
de inspecção de equipamentos usados, co-
crescentes imposições de ordem legal, apre-
mo está a fazer actualmente, e na de equipa-
senta elevadas potencialidades de crescimen-
mentos novos, junto dos fabricantes. Solici-
to. “Todos os equipamentos de trabalho, do
tou-se ao IPQ a acreditação de acordo com a
mais simples torno ou berbequim à mais so-
Directiva Máquinas, que, julgo, deverá ser con-
fisticada máquina industrial ou de constru-
cedida até final deste ano. Nessa altura,
ção civil, têm de cumprir requisitos legais de
além da prestação de apoio técnico, a SGS vai
segurança para o utilizador. Os equipamentos
poder emitir certificados de conformidade
mais recentes, nomeadamente a partir da dé-
no âmbito da Directiva”, explica Helder Araú-
cada de noventa têm esses requisitos defini-
jo, responsável do Departamento de Seguran-
dos, até por imposição comunitária. Os equi-
ça de Equipamentos.
pamentos fabricados antes desse período nor-
A grande maioria dos clientes na SGS da área
malmente não têm requisitos estabelecidos,
de segurança de equipamentos são empre-
pelo que devem obedecer à legislação relati-
sas de construção civil e do sector metalome-
va à segurança de equipamentos de trabalho,
cânico. Mas as exigências estendem-se a mui-
que é relativamente vaga, tem lacunas e ain-
tos outros sectores de actividade. Como su-
da não foi devidamente regulamentada. Até
blinha Helder Araújo, existem normas de cum-
final de 2003, a SGS Portugal prestava con-
primento obrigatório que algumas empresas
é complementar a quase todas as actividades
sultoria na área da Segurança de Equipamen-
só aplicam na altura das fiscalizações, quan-
desenvolvidas pela SGS Portugal”, sublinha
tos, nomeadamente a clientes em processo
do o objectivo deverá ser o de ter um nível
Helder Araújo.
de certificação, mas não fazia a inspecção das
óptimo de segurança para o utilizador, ao mes-
Com a acreditação, a SGS vai poder actuar
máquinas. Nessa altura, decidiu autonomizar
mo tempo que se garante a operacionalida-
junto das empresas fabricantes, pois também
esta área de actividade e enveredar pela par-
de do equipamento. “A segurança deve ser
estas são obrigadas a cumprir normas espe-
te operacional, que tem especificidades pró-
uma prioridade para todas as empresas, pois
cíficas de âmbito nacional e comunitário du-
prias, quer ao nível da definição de planos de
diminui os riscos a todos os níveis e aumen-
rante o processo de fabrico e de comerciali-
segurança quer de qualificação dos técnicos
ta a produtividade, razão pela qual esta área
zação dos seus produtos.
Helder Araújo responsável do Departamento de Segurança de Equipamentos
Revista do Grupo SGS Portugal
25
Certificação do Serviço
Jumbo de Almada
Primeiro hipermercado com certificação do serviço em Portugal
O Departamento de Produtos Frescos do hipermercado Jumbo de Almada recebeu, no final de Abril, da SGS ICS - Serviços Internacionais de Certificação, a marca ´Certificação do Serviço´. Uma certificação que será estendida a outras lojas e que confirma, uma vez mais, o pioneirismo e inovação do Grupo Auchan na distribuição em Portugal.
da qualidade. O processo iniciou-se no primeiro trimestre de 2002 com a ‘construção’ das diversas normas, regras e procedimentos que viriam a dar origem à especificação técnica que permitiria certificar o serviço. Esta fase envolveu a colaboração entre diversos serviços do Grupo Auchan. Em Dezembro de 2002 a norma da Especificação Técnica (SC RETR-019) estava pronta, tendo sido submetida à apreciação de um
26
certificação do serviço no Departa-
A
todas as vertentes da sua actuação no mer-
Comité Técnico e devidamente aprovada lo-
mento de Produtos Frescos (DPF)
cado. O facto de a certificação ser na área
go em Janeiro de 2003. A partir daí, iniciou-
do hipermercado Jumbo de Almada
dos produtos frescos, confere ao Jumbo ain-
-se todo o trabalho de implementação do sis-
abrange o atendimento e apoio a clientes, a
da mais valor, uma vez que se trata de uma
tema na loja, começando pela formação dos
comercialização de produtos frescos, a higie-
das áreas mais sensíveis de qualquer loja.
cerca de 240 colaboradores afectos ao DPF.
ne e segurança alimentar, a satisfação dos
Significa que conseguimos fazer o mais difí-
Foram realizadas 61 acções de formação em
clientes e a formação e qualificação dos co-
cil”, assinala José Castro, director da Quali-
áreas como o atendimento e apoio ao clien-
laboradores, e é encarada como uma mais-
dade do Grupo Auchan.
te, comercialização de produtos frescos, hi-
-valia para a loja e para o Grupo Auchan.
A decisão de certificar o serviço do DPF do
giene e segurança alimentar, sensibilização
“A obtenção da primeira certificação do ser-
Jumbo de Almada foi tomada em 2001, ain-
para a certificação de serviços e em acções
viço atribuída a um hipermercado em Portu-
da antes da abertura da loja, inaugurada em
correctivas e preventivas, entre outras.
gal vem reafirmar o carácter inovador que o
Setembro de 2002, e surgiu em sequência
O processo implicou, igualmente, a criação
Grupo Auchan tem vindo a demonstrar em
do trabalho desenvolvido pelo Grupo na área
de um conjunto de suportes técnicos de
Revista do Grupo SGS Portugal
Certificação do Serviço
apoio, como a elaboração de um Manual de Certificação de Serviços, nova sinalética em vários formatos em todas as secções do Departamento – charcutaria, congelados, gastronomia, lácteos, padaria, pastelaria, peixaria, talho e frutas e verduras –, assim como a elaboração de fichas de aconselhamento e de produto com informação detalhada para os consumidores. Em simultâneo, foram introduzidas metodologias de controlo, consubstanciadas em auditorias ´Cliente Mistério´, auditoria de controlo de certificação e auditoria interna ao sistema, e criado um inquérito de avaliação da satisfação de cliente, a realizar anualmente. Jaime Lemos, director do Jumbo de Almada, assegura que a dedicação dos colaboradores foi e é determinante para o sucesso do
Jaime Lemos, director do Jumbo de Almada, e José Castro, director da Qualidade do Grupo Auchan
projecto. “As exigências do processo de certificação são inegáveis, pelo que o cumprimento dos objectivos só foi possível com o empenho das pessoas. O envolvimento dos
objectivos, ainda lançámos um concurso, mas
pessoas deficientes podem também benefi-
colaboradores é fundamental, já que são eles
a SGS ICS acabou mesmo por ser a seleccio-
ciar de um acompanhamento na loja, sempre
que praticam a certificação, a qualidade do
nada”, salienta o director da Qualidade do Gru-
que o solicitem”, acrescenta o director de lo-
serviço, todos os dias, em tudo o que fazem”,
po Auchan.
ja. O sucesso destes serviços na loja de Al-
sustenta.
A certificação do serviço do DPF é encarada
mada levou à sua aplicação noutras lojas Jum-
Para o director de loja, a opção pela certifica-
pela Direcção do hipermercado como uma
bo, onde também já se tornaram práticas dis-
ção do serviço é uma aposta ganha pelo Gru-
mais-valia que, adicionada à política de preços
tintivas da marca. Tal como vai acontecer com
po Auchan. “Estamos a fazer inovação em
baixos que o Grupo privilegia, confere ao Jum-
a certificação do serviço do DPF, que gradual-
contra-ciclo. Quando toda a gente fala em de-
bo de Almada maior capacidade para conquis-
mente será estendida a outras lojas do Grupo
sinvestimento e contenção de custos, o Gru-
tar clientes. “A opção pelos preços baixos é
Auchan.
po Auchan investe em inovação, investe nos
um dado adquirido, é uma prática que está in-
Confiante na ampliação do conceito da quali-
recursos humanos, investe na qualidade do
teriorizada desde a primeira hora em que abri-
dade, José Castro considera que os sucessos
serviço que presta aos clientes, e serão cer-
mos a loja, daí que o passo seguinte tenha
conseguidos depois da certificação são um in-
tamente investimentos com retorno, tendo
sido necessariamente a inovação, criando mais
centivo a outras lojas, que “vão beneficiar do
em consideração o aumento substancial que
uma vantagem competitiva, através da quali-
know-how adquirido depois da implementa-
se consegue no grau de profissionalismo dos
dade”, adianta Jaime Lemos.
ção da certificação no Jumbo de Almada”.
colaboradores e a consequente diferencia-
Em consonância com a certificação dos ser-
Para o director da loja de Almada, Jaime Le-
ção perante a concorrência”.
viços do DPF, o Jumbo de Almada decidiu
mos, a valorização que a certificação imprime
apostar na diferenciação, oferecendo serviços
à secção dos produtos frescos é visível no
A escolha da SGS
pouco comuns em hipermercados, como é o
crescimento do peso do sector nas vendas,
Há 12 anos que o Grupo Auchan conhece o
caso do serviço de listas de casamento, dis-
mas, ainda assim, acredita que o hipermerca-
trabalho da SGS, em particular na área de con-
ponível num espaço especialmente concebi-
do beneficiará globalmente da inovação expe-
trolo laboratorial de produtos. Uma relação de
do para esse fim. Ou, ainda, o espaço criado
rimentada naquele Departamento. “Quere-
confiança que pesou na escolha da empresa
especificamente para apoiar as mães com be-
mos que o peso dos produtos frescos aumen-
para entidade certificadora. “Já éramos clien-
bés em fase de amamentação. É uma zona
te face ao valor total das vendas, mas isso de-
tes da SGS, conhecíamos as suas metodolo-
reservada e resguardada onde as mães po-
ve acontecer à custa do crescimento global
gias de trabalho e capacidade técnica dos seus
dem amamentar tranquilamente ou aquecer
do hipermercado, o que, estamos certos, se
profissionais. No entanto, e procurando ser
biberões e trocar as fraldas aos bebés. As
irá verificar”, conclui. Revista do Grupo SGS Portugal
27
Eventos & Notícias
Turismo com novos desafios
Gilberto Jordan, administrador do Grupo Lusotur, com Ana Pina Teixeira, administradora executiva do Grupo SGS Portugal
om o patrocínio da SGS, o Jornal
C
na definição de políticas ambientais, na imple-
realizado na certificação da unidade hoteleira
Água&Ambiente juntou empresários,
mentação de sistemas de gestão ambiental
do grupo na Madeira, o Hotel Jardim Atlânti-
especialistas e representantes de ins-
(SGA) e na obtenção de uma certificação de
co. “A implementação de um SGA é uma ga-
tituições para discutir, durante dois dias, as
acordo com algumas das normas internacio-
rantia, um símbolo de qualidade e uma mais-
vantagens do ‘turismo sustentável’.
nais como as NP EN ISO 14001, o sistema co-
-valia para os hóspedes do hotel. Para além da
Num contexto onde surge como um dos
munitário de rótulo ecológico aplicado ao tu-
importância a nível de marketing e de compe-
eixos prioritários do desenvolvimento do
rismo ou o EMAS, confirmam a motivação.
titividade, este sistema é já responsável por
país, o sector do turismo tem hoje pela fren-
28
uma poupança a nível económico-financeiro, através da redução de consumos em vários
e a ´sustentabilidade´ da actividade turística
A procura de um selo de garantia
constituem duas das questões centrais.
Segundo Pedro Ferreira, da SGS ICS e um dos
Mas se um ´turismo sustentável´ pode redu-
A relevância do tema, bem como a sua actua-
intervenientes no encontro, até Fevereiro a
zir, em muito, os custos operacionais, também
lidade, juntou, em Fevereiro, empresários do
SGS certificou, de acordo com os requisitos
é verdade que nos últimos anos tem vindo a
sector, especialistas e representantes de di-
da norma NP EN ISO 14001, oito empresas.
observar-se uma mudança gradual de atitude
versas instituições numa conferência, de dois
Entre elas contam-se três hotéis, três explo-
do lado da procura turística face às questões
dias, organizada pelo Jornal Água&Ambiente
rações de campos de golfe, uma marina e uma
ambientais.
e patrocinada pela SGS. A sensibilização do
praia.
De acordo com Susana Lima, da Escola Supe-
mercado para as vantagens do turismo sus-
Em Portugal, o Grupo Lusotur é um dos que
rior de Educação de Coimbra, existe hoje um
tentável, o intercâmbio de ideias e a partilha
mais tem apostado, e investido, na implemen-
novo ´consumidor verde´, que é sensível às
de experiências foram alguns dos objectivos
tação de boas práticas ambientais. Com vá-
culturas locais, tem preocupações ambientais
do encontro, que abordou, pela primeira vez,
rios dos seus empreendimentos já certifica-
e se interessa pela conservação dos recursos
o tema sob uma perspectiva empresarial.
dos – entre eles a Lusotur Golfes, S.A. (aliás,
naturais. Citando as conclusões de um estu-
A actividade turística provoca impactos am-
este foi o primeiro operador de golfe, a nível
do sobre a ´importância atribuída ao desem-
bientais de vulto, os quais estão directamen-
mundial, a obter a certificação ambiental), a
penho ambiental dos hotéis´, esta investiga-
te ligados aos excessivos consumos de água
Marina de Vilamoura e a Praia da Rocha Baixi-
dora referiu que “70% dos inquiridos manifes-
e energia, aos elevados níveis de produção de
nha, (da qual o grupo é concessionário) – es-
tou apetência para seleccionar unidades que
resíduos e às pressões exercidas sob o meio
ta parece ser “uma estratégia a seguir no fu-
tivessem um bom desempenho ambiental”.
natural. São cada vez mais os empreendimen-
turo”, como afirmou o seu administrador, Gil-
Em conjunto, os dois factores (redução de cus-
tos turísticos que optam pela “prática susten-
berto Jordan, na sua intervenção.
tos e o novo consumidor) estão a produzir uma,
tável” da sua actividade. O crescente interes-
Também Henrique Montelobo, administrador
ainda que lenta, mudança no turismo em Por-
se demonstrado pelos empresários do sector
da Sonae Turismo, justificou o investimento
tugal.
te alguns desafios. A preocupação ambiental
Revista do Grupo SGS Portugal
sectores da unidade hoteleira”, disse.
Eventos & Notícias
Parcerias com a Universidade dos Açores e a Universidade Internacional
N
o sentido de reforçar a aposta do Esta-
humanos em projectos de interesse
Saúde e Res-
do português e da União Europeia na
comum, entre outros. A formalização
ponsabilidade
interligação entre os sectores público e pri-
desta parceria foi iniciada com a reali-
Social, com iní-
vado, a SGS Portugal tem vindo a estabele-
zação conjunta de um curso de mestra-
cio a 15 de Outu-
cer parcerias com algumas universidades.
do em ´Ambiente, Saúde e Segurança´,
A Universidade dos Açores foi um dos esta-
com arranque previsto para Outubro de 2004.
rá prestado através do
belecimentos do ensino superior com o qual
Os participantes neste mestrado ficarão qua-
Departamento de Formação
a SGS Portugal decidiu colaborar, celebrando
lificados como Técnicos Superiores de Higie-
do Grupo, a SGS Training, que disponibilizará
um convénio, que visa o desenvolvimento de
ne e Segurança no Trabalho.
os seus formadores para assegurarem os mó-
algumas acções conjuntas, como por exem-
Por seu lado, a recente parceria da SGS com
dulos relacionados com a implementação e
plo, a organização de eventos, utilização de
a Universidade Internacional tem o objectivo
certificação de sistemas integrados (Qualida-
equipamentos e espaços laboratoriais de am-
de apoiar a pós-graduação em Gestão Inte-
de, Ambiente, Segurança e Responsabilida-
bas as instituições, participação de recursos
grada da Qualidade, Ambiente, Segurança e
de Social).
bro. Este apoio se-
Concluída aquisição do Instituto Fresenius âmbito dos laboratórios, empre-
Valnor é a pioneira com certificação integrada
gando mais de 1600 colaboradores em cerca de 30 instalações. Fundado em 1848, o Instituto Fresenius, presta serviços de análi-
Valnor, empresa responsável pela
ses não clínicas que abrangem
recolha e tratamento dos resíduos
produtos alimentares, cosméti-
sólidos urbanos no Norte Alentejano, foi
cos, têxteis e chips electrónicos,
a primeira empresa europeia do sector a
assim como análises ambientais
completar o processo de integração dos
e de higiene de edifícios. A sua
A
sistemas de gestão da qualidade, do ambiente e da segurança, de acordo com
reputação foi construída ao lonGrupo SGS finalizou a aquisição do Ins-
as normas NP EN ISO 9001:2000, NP
O
go de 155 anos com base em competências
tituto Fresenius, um dos maiores e mais
especializadas, e a confiança depositada pe-
EN ISO 14001:1999 e NP 4397:2001
prestigiados laboratórios de análises não clí-
los consumidores no seu nome pode ser com-
(OSHAS 18001). A certificação obtida
nicas na Europa. Com esta aquisição, a SGS
provada nas mais de 150 certificações, acre-
nestas três áreas é essencial para um
torna-se a maior organização na Alemanha no
ditações e aprovações.
crescimento sustentável de uma empresa que pretende consolidar a sua imagem, pois, os benefícios internos associados ao reconhecimento externo potenciam a confiança da comunidade envolvente.
Grupo SGS concluiu a aquisição da
Reino Unido (Stanlow). Esta aquisição tem
empresa Vernolienne de Laboratoires
como objectivo expandir os serviços da Divi-
O
SA (Vernolab), com sede em França.
são Oil, Gas & Chemicals do Grupo SGS.
A Vernolab é especialista em serviços de aná-
Serviços de OGC mais competitivos com aquisição da Vernolab
lise de óleos lubrificantes usados e diagnósticos de manutenção preventiva, bem como análises de combustível aéreo e produtos petrolíferos. A empresa também possui uma unidade de diagnóstico de motores de automóveis. Fundada em 1960, a Vernolab tem 90 colaboradores entre as suas instalações de França (Verneuil sur Avre e Longjumeau) e do
Revista do Grupo SGS Portugal
29
Eventos & Notícias
Primeiro hotel português com EMAS
Navegar PORTUGAL
Terceira Mar Hotel recebeu a certificação
O
ANTRAM - Associação Nacional
Ambiental de acordo com a norma NP EN
de Transportadores Públicos
ISO 14001:1999 e o regulamento relativo ao
Rodoviários de Mercadorias
Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria
http://www.antram.pt
(EMAS), atribuídos pela SGS ICS.
Ministério das Obras Públicas
O EMAS foi criado pela União Europeia para “promover a melhoria contínua do comportamento das empresas e para exigir que estas adoptem, de forma antecipada e continuamente evidenciada, políticas e práticas eficazes de gestão ambiental”. Neste contexto, o Terceira Mar Hotel investiu em equipamentos (sala de resíduos com câmara refrigerada para os resíduos orgânicos; cisterna para aproveitamento das águas pluviais para rega dos jardins; central de gestão técnica de energia para monitorização e controlo dos consumos de energia) que lhe permitem disponibilizar aos seus clientes serviços de alta qualidade utilizando os recursos disponíveis de
Transportes e Habitação http://www.mopth.pt Porto de Aveiro http://www.portodeaveiro.pt Porto de Leixões http://www.apdl.pt Porto de Lisboa http://www.portodelisboa.pt
forma racional. Estas medidas foram suportadas pela implementação do sistema
Porto de Sines
agora certificado que segue a norma ISO 14001 e o regulamento EMAS.
http://www.portodesines.pt
O Terceira Mar Hotel, situado em Angra do Heroísmo, nos Açores, é uma unidade
Porto de Viana do Castelo
de 4 estrelas propriedade do Grupo Bensaude Turismo, tendo sido inaugurado a 29
http://www.ipnorte.pt
de Maio de 2003.
Internacional GAFTA - Grain And Feed Trade Association (Associação
Werner Pluss é o novo administrador-delegado do Grupo SGS
internacional composta por traders de géneros alimentares para animais) http://www.gafta.com SOLEUROPE - The International Society of Logistics - Europe (Sociedade profissional não-lucrativa dedicada à Tecnologia, Educação e
a sequência da nomeação de Sergio Marchionne como novo administrador-
Logística)
-delegado da FIAT SPA, o Conselho de Administração da SGS SA nomeou Werner
http://www.soleurope.org/english/
N
Pluss como o seu novo administrador-delegado (CEO) a nível global. Werner Pluss é actualmente vice-presidente executivo responsável pelos Serviços de Petróleo, Gás e Químicos (OGC) da SGS a nível mundial. Sob a sua liderança, esta área registou um crescimento significativo e representa a fatia mais importante, em termos de volume, dos negócios da SGS.
WTO - World Trade Organization (Site oficial da Organização Mundial do Comércio) http://wto.org FOSFA - Federation of Oils, Seeds and Fats Associations (Site oficial da Federação das Associações de Óleos, Sementes e Gorduras)
Pluss entrou para a SGS em 1966
http://www.fosfa.org
e, ao longo da sua carreira, ocupou
IRU - International Road Transport Union
diversos cargos de relevo na estru-
(Site da União de Transportes
tura internacional dos Serviços OGC
Internacionais Rodoviários)
da empresa. Em 1996 foi nomeado
http://www.iru.org
administrador-delegado da SGS
Transfrigoroute International
em França e, em 2000, assumiu a
(Federação para o Transporte de
responsabilidade pela Área Executi-
Alimentos e Mercadorias a
va para França, Portugal, Reino
temperatura controlada)
Unido, Espanha e também para a
http://www.transfrigo.com
Irlanda. 30
soleuropegeneral.htm
Revista do Grupo SGS Portugal
Eventos & Notícias
SGS Adventure Day
N
os dias 21 e 22 de Maio realizou-se
tes e crachás, o jantar foi o primeiro momen-
todos os colaboradores. Reinou a boa dis-
mais um encontro interno anual da SGS
to de convívio. Corriam rumores sobre as
posição e aquela pontinha saudável de com-
Portugal. Este ano, a SGS Portugal decidiu
secretas actividades planeadas para o fim-
petitividade. O descanso do guerreiro deu-
‘radicalizar’ o seu encontro interno anual,
-de-semana e o entusiasmo sentia-se nas
-se ao almoço, com ritmos latinos bem me-
transformando-o num Adventure Day. O Vi-
gargalhadas. Para terminar a noite em bele-
xidos para evitar a vitória do cansaço.
meiro foi o cenário escolhido para testar a
za, a primeira actividade surpresa foi um ka-
Apesar das poucas horas de sono, alguns
resistência da SGS Team.
raoke digno de festivais internacionais!
entorses e muitos quilómetros percorridos,
A aventura começou ainda na sexta-feira,
No sábado, foi desvendado o mistério. Um
a SGS Team manteve-se animada e, diz-se
dia 21 de Maio, com uma verdadeira Adven-
percurso de orientação minado de provas
por aí, que está toda a gente pronta para
ture Night! Entre malas e bagagens, cole-
testou a resistência e espírito de equipa de
outra!
Opinião
Ferramentas informáticas no apoio à
Gestão Documental D
e acordo com a ISO 9001 requisito 4.2.1
relevantes quando a organização tem de
"a extensão da documentação do
responder a requisitos contratuais e legais
sistema de gestão da qualidade pode
relacionados com a disponibilização de docu-
diferir de uma organização para outra devido:
mentação a clientes e partes interessadas,
à dimensão da organização e tipo de
como é o caso dos certificados de produtos
actividades; à complexidade dos processos e suas interacções;
Maria José Giesteira, Consultora e auditora da qualidade, ambiente e segurança
32
Revista do Grupo SGS Portugal
e das fichas de segurança. Por outro lado, as mesmas questões tornam-se mais complexas com o aumento do nú-
à competência do pessoal ".
mero de utilizadores e a distância a que estes
O sistema documental deve ser pois um "fa-
se encontram.
to à medida", na devida proporção do seu
Neste contexto, as ferramentas informáticas
utilizador, ou seja, da empresa. A esta é dada
de gestão documental podem ser verdadeiros
a liberdade de escolha na maior ou menor for-
aliados, que, por si só, não resolvem a questão
malização do seu sistema, sendo certo,
mas constituem uma ajuda preciosa.
porém, que, pelo menos, seis procedimentos
Como é habitual num investimento em soft-
terão de estar documentados.
ware, a fase de implementação carece sempre
A realidade demonstra, no entanto, que, por
de um esforço inicial associado à parametri-
diferentes razões, as empresas em geral não
zação do mesmo, quer em termos de estrutu-
alteraram radicalmente os seus sistemas
ra da documentação quer em responsabilidades
documentais e consequentemente o proble-
e acessos a utilizadores. Há ainda a questão da
ma persiste: como gerir toda a papelada?
elaboração dos conteúdos documentais que
Neste universo de papéis encontram-se quer
exige a taxa de esforço habitual.
os documentos internos quer os externos,
O verdadeiro retorno surge quando o sistema
como a legislação, as normas, os certificados
documental entra em velocidade cruzeiro e
de produtos, os catálogos, as fichas técnicas,
se inicia a dinâmica das revisões. O fluxo da
etc... Cada um deles possui uma determinada
elaboração-verificação-aprovação-distribuição
estrutura, um determinado sistema de codifi-
torna-se mais fácil e rápido, não se encontrando
cação, diferentes responsáveis pela elabo-
condicionado à presença física dos envolvidos.
ração, aprovação, distribuição, recolha, arqui-
À distância de uns clicks o documento elaborado
vo.... Enfim, gerir documentação da forma
é disponibilizado para análise e de seguida para
tradicional tornou-se uma verdadeira Odisseia!
aprovação. Automaticamente os envolvidos
E no meio disto tudo há que garantir a fiabili-
podem ser notificados via intranet/internet e
dade e a acessibilidade ao sistema documen-
responder de forma rápida, evitando o atraso
tal. Ou seja, quando necessário, o sistema
na implementação das alterações. Automa-
tem de estar disponível para a pessoa certa,
ticamente deixam de estar disponíveis as ver-
no local exacto e na versão actual!
sões obsoletas e há a garantia de todos se-
Ora, sendo conhecida a frase ‘errar é humano’,
guirem as mesmas orientações. O ‘dossier da
como podemos continuar a apostar apenas
documentação’ passa a andar sempre connos-
em pessoas para gerir informação? E qual a
co, disponível via web.
motivação destas pessoas ao serem gestoras
Para quem ainda não o fez, está, certamente,
de ‘papéis’? E qual o valor acrescentado para
na altura de apostar num investimento cujo
a organização? E a segurança e o sigilo? E a
payback é curto, tendo em conta, sobretudo,
eficiência do processo?
as consequências dos potenciais proble-
Todas estas questões se tornam ainda mais
mas.